Вы находитесь на странице: 1из 29

LOS SANTOS PATRONOS

DE LAS CIUDADES DEL MÉXICO


CENTRAL (SIGLOS X\T Y XVII)

F i e r r e RAGON
Université de Rouen

E N LOS UMBRALES DEL SIGLO xvi, muchas ciudades y pueblos de


E u r o p a occidental ya se hallaban bajo el p a t r o n a t o de u n o
o varios santos. Estos, protectores, escogidos voluntaria-
m e n t e p o r las comunidades de habitantes, secundaban a
los santos titulares de las parroquias, a quienes se les h a b í a
delegado la defensa colectiva d e l g r u p o y la p r o t e c c i ó n par-
ticular de cada u n o de sus m i e m b r o s . C o m o recuerda Jean-
M i c h e l Sallmann, s e g ú n parece, este p r o c e d e r todavía m a l
c o n o c i d o se g e n e r a l i z ó desde fines de la a n t i g ü e d a d t a r d í a
en las ciudades y d e s p u é s fue seguido p o r los pueblos de
m e n o r i m p o r t a n c i a a lo largo de la alta E d a d M e d i a . 1
Varios estudios d a n fe de su vitalidad, si n o es que de su
r e n o v a c i ó n e n los comienzos mismos de la edad m o d e r n a ,
m u y especialmente e n el seno d e l m u n d o c a t ó l i c o medite-
r r á n e o . E n la Francia m e r i d i o n a l , Marsella y A v i ñ ó n conta-
b a n cada u n a c o n varios santos patronos y los pueblos de

F e c h a d e r e c e p c i ó n : 1 4 de f e b r e r o de 2 0 0 2
F e c h a d e a c e p t a c i ó n : 1 1 de j u n i o de 2 0 0 2

1
SALLMANN, 1 9 9 4 , p . 6 6 , q u i e n cita a ORSELLI, 1 9 6 5 , p a r a el caso de la
c i u d a d d e Ñ o l a , d o n d e e l c u l t o a san F é l i x e s t á a t e s t i g u a d o desde e l si-
glo IV.

HMex, L H : 2, 2002 361


362 PIERRE RAGON

Provenza a m e n u d o tienen al menos u n o . 2 Bajo el reinado


de Felipe I I , en 538 pueblos de Nueva Castilla, en E s p a ñ a ,
W i l l i a m Christian e n u m e r a 1515 votos de d e v o c i ó n f o r m u -
lados e n h o n o r de u n santo: algunos, c o n t o d a seguridad,
e r a n candidatos elegidos en fecha m u y reciente y, proba-
b l e m e n t e , la m i t a d de estos cultos n a c i e r o n a p a r t i r de
1500. 3 Por ú l t i m o , en Italia, y de m a n e r a singular en el rei-
no de Ñapóles, las elecciones se m u l t i p l i c a r o n e n los siglos
X V I I y X V I I I : a p a r t i r de los registros de decretos de la con-

g r e g a c i ó n de ritos, Jean-Michel Sallmann cuenta 347 que,


en algo m á s de u n siglo (1630-1750), c o n c i e r n e n 225 ciuda-
des y comunidades de habitantes d e l r e i n o . Para Sallmann,
el sur de Italia se ubica en el e p i c e n t r o de u n m o v i m i e n t o
que, a c o g i é n d o s e cada vez m á s a los santos de la r e f o r m a
c a t ó l i c a , cambia sensiblemente de naturaleza.
T i e r r a de h i s p a n i d a d p o r sus o r í g e n e s , la Nueva Espa-
ñ a c o m p a r t e este entusiasmo p o r las demandas de pro-
t e c c i ó n colectiva y, c o m o en otras partes, las elecciones de
santos patronos se m u l t i p l i c a n a h í . De m a n e r a algo sor-
p r e n d e n t e , M é x i c o parece, incluso, someterse a sus mode-
los europeos c o n u n celo m u y particular, mientras que en
otras circunstancias, siendo t i e r r a de nueva cristiandad sin
una t r a d i c i ó n arraigada, h a b í a llegado a m o s t r a r m á s inde-
pendencia.4

SOBRE LOS C U L T O S TRADICIONALES

En la Nueva E s p a ñ a , las primeras elecciones de santos patro-


nos se inscribieron en la c o n t i n u i d a d de prácticas europeas
hoy m u y b i e n descritas. Estas participaban de procederes di-
versos, p e r o que siempre c o r r e s p o n d í a n , ante u n a grave si-
t u a c i ó n de crisis caracterizada p o r el a u m e n t o b r u t a l de las
angustias colectivas, a la b ú s q u e d a de u n recurso celeste o la

2
C O U L E T , 1 9 9 5 , pp. 1 1 9 - 1 3 3 ; VENARD, 1 9 9 5 , pp. 4 7 1 - 4 7 9 , y FROESCHLÉ-
CHOPARD, 1 9 9 4 , p. 33.
3
CHRISTIAN, 1 9 9 1 , pp. 26, 45 y 89-91.
4
R A G O N , 1 9 9 5 , pp. 481-495.
LOS SANTOS PATRONOS 363

o b t e n c i ó n de u n a e x p l i c a c i ó n sobrenatural. L a e l e c c i ó n del
santo p a t r ó n p o d í a destinarse a conjurar la mala suerte o,
u n a vez aquietado el terror, a agradecer al santo a q u i e n se
creía deber la salvación. E n la E s p a ñ a del siglo X V I , las crisis
agrícolas (de manera notable la invasión de plagas) y las epi-
demias, casi a partes iguales, se hallaban en el origen de los vo-
tos que las municipalidades pronunciaban en n o m b r e de sus
conciudadanos; de manera similar, la alternancia de buenas
y malas cosechas parece haber tenido u n papel en el r i t m o de
las elecciones de las provincias napolitanas m á s abiertas a los
mercados externos. 5
L a e l e c c i ó n d e l santo resulta de distintas l ó g i c a s . Aveces,
se trata d e l santo d e l d í a , elegido p o r su ayuda, si l o g r a de-
tener los males que afligen a la c o m u n i d a d . Pero l l e g ó a su-
ceder que se i n t e r p r e t a r a n las calamidades c o m o p r u e b a de
su ira: entonces, se esperaba apaciguarlo p r o m e t i é n d o l e
honores particulares. A d e m á s , otros santos f u e r o n elegidos
en r a z ó n de las funciones particulares que se les a t r i b u í a n ,
tal es el caso de san G r e g o r i o , cuya r e p u t a c i ó n v e n í a de su
eficacia para c o m b a t i r las plagas de langosta. 6 E l m é t o d o de
echar suertes estuvo i g u a l m e n t e m u y d i f u n d i d o , pues po-
seía u n a ventaja evidente: la c o m u n i d a d n o e s c o g í a p o r sí
misma su nuevo p a t r o n o , sino que se dejaba elegir p o r u n
santo que fuera sensible a sus dificultades, dado que la suer-
te se i n t e r p r e t a b a c o m o m a n i f e s t a c i ó n de su v o l u n t a d so-
brenatural.7
E n M é x i c o , n o b i e n acababan de llegar los e s p a ñ o l e s
cuando p u s i e r o n en p r á c t i c a estas viejas l ó g i c a s . N o obstan-
te, d u r a n t e los p r i m e r o s a ñ o s , en u n c o n t e x t o marcado p o r
la c o n f r o n t a c i ó n g u e r r e r a c o n las sociedades i n d í g e n a s , es
con frecuencia la victoria m i l i t a r la que suscita la e l e c c i ó n
de los p r i m e r o s santos patronos. E n esta materia, la guerra,
tercer azote de los que asolaban a E u r o p a , recobra la i m -

5
CHRISTIAN, 1 9 9 1 , p . 4 5 y SALLMANN, 1 9 9 4 , p p . 72-75.
6
APONTE MARÍN, 1 9 8 9 , vol. 2 , pp. 556-558.
7
A l g u n o s santos, i n i c i a l m e n t e festejados p o r d e v o c i ó n o b i e n solicita-
dos de m a n e r a r e i t e r a d a s i n h a b e r sido elegidos f o r m a l m e n t e l l e g a b a n
t a m b i é n a colarse e n e l g r u p o de santos p a t r o n o s .
364 PIERRE R A G O N

portancia que h a b í a p e r d i d o en E s p a ñ a , incluso antes de la


conquista del r e i n o ele Granada, d e b i d o al agotamiento de
la d i n á m i c a de la f r o n t e r a c o n el Islam. Así, el p r i m e r pa-
t r o n o de la ciudad de M é x i c o fue san H i p ó l i t o , cuya fiesta
cae el 13 de agosto, d í a en que los ú l t i m o s defensores de
T e n o c h t i t l a n r e n u n c i a r o n al combate. El a r c á n g e l san M i -
guel, vencedor de S a t a n á s y defensor de la cristiandad, a
m e n u d o fue escogido c o m o p r o t e c t o r de las ciudades; así
s u c e d i ó en Puebla, a raíz de u n s u e ñ o d e l obispo J u l i á n Gar-
cés, o e n Guadalajara, cuyo p r i m e r p a t r o n o regularmente
festejado fue san M i g u e l . 8 Siempre, d o n d e q u i e r a que exis-
tieran, estos santos patronos o c u p a r o n u n lugar aparte. M á s
que las propias ciudades, se e n c o n t r a b a n ligados a su acto
de f u n d a c i ó n y a p a r e c í a n menos c o m o protectores de la co-
m u n i d a d u r b a n a que c o m o e x p r e s i ó n de su i d e n t i d a d . 9 Sus
fiestas anuales daban lugar a verdaderas fiestas cívicas don-
de t o d a la c o m u n i d a d , r e u n i d a a l r e d e d o r de la conme-
m o r a c i ó n de sus o r í g e n e s , celebraba al m i s m o t i e m p o la
estabilidad de su o r d e n y su i n s c r i p c i ó n en la hispanidad,
rezando p o r su p e r e n n i d a d . De m a n e r a significativa y sin
p a r a n g ó n entre otras fiestas patronales, el desarrollo de es-
tas ceremonias y sus procesiones se r e g í a entonces p o r u n
o r d e n i n m u t a b l e y, a lo que parece universal, que h a c í a d e l
r e g i d o r designado c o m o alférez d e l a ñ o el personaje cen-
tral de la fiesta.10 E n el caso de la c i u d a d de M é x i c o , el sim-
b o l i s m o del r i t u a l t e n í a u n apoyo particular, ya que la
p r o c e s i ó n c o n d u c í a al cortejo hasta la iglesia de san H i p ó -
l i t o , fundada, se d e c í a de la acequia d o n d e los conquista-
dores y sus aliados se h a b í a n ahogado en masa durante la
retirada conocida c o n el n o m b r e de la N o c h e Triste.

8
POMPA Y POMPA y L Ó P E Z , 1970, v o l . 1, p p . 25 y passim.
9
A falta de u n a b a t a l l a , es e l d í a de la f u n d a c i ó n o f i c i a l l o q u e s e r v í a
d e r e f e r e n c i a . A s í , e n 1559, Zacatecas se c o l o c ó b a j o u n p a t r o n a t o ma-
ñ a n o cuya fiesta se fijó e l 8 de s e p t i e m b r e , d í a d e l aniversario d e l esta-
b l e c i m i e n t o d e l p r i m e r c a m p a m e n t o de J u a n de T o l o s a al pie de la
c o l i n a de la Buffa. V é a s e POWELL, 1977, p . 26 y H O Y O , 1 9 9 1 , p. 20.
1 0
V é a n s e descripciones de estas fiestas e n GONZÁLEZ OBREGÓN, 1959, p p .
47-56 y, p a r a Puebla, A H C M P , Libro de patronatos, n ú m . 13, ff. 24v.-29v.
LOS SANTOS PATRONOS 365

L a i m p o r t a n c i a de la gesta m i l i t a r c o m o acto f u n d a d o r
es tal, que ciertas ciudades i d e n t i f i c a r o n su verdadero na-
c i m i e n t o a u n episodio g u e r r e r o posterior a su f u n d a c i ó n
histórica. T a l es el caso, en u n a de las m á r g e n e s m á s aleja-
das d e l v i r r e i n a t o , de la ciudad de M a n i l a , cuya fiesta d e l
paseo del p e n d ó n ( d í a de san A n d r é s ) , celebraba el aniver-
sario de la derrota del almirante c h i n o L i m a h o n g , q u i e n va-
namente h a b í a tratado de apoderarse de la ciudad unos
doce a ñ o s d e s p u é s de su f u n d a c i ó n . 1 1
Por lo d e m á s , el c a r á c t e r m i l i t a r de la conquista n o des-
truyó totalmente los procederes propios de las c o m u n i -
dades agrarias de E u r o p a . L ó g i c a m e n t e , allí d o n d e los
colonos e s p a ñ o l e s se dedicaban a la agricultura, el abanico
de devociones campesinas de Castilla t a m b i é n se a b r i ó .
Cierto, este aspecto es menos c o n o c i d o . U n expediente de
u n a riqueza excepcional, el de la e l e c c i ó n de san Félix en
A t l i x c o , conservado en los archivos episcopales de Puebla,
n o deja de ilustrarlo de m a n e r a bastante espectacular. 1 2 L a
villa e s p a ñ o l a de A t l i x c o n a c i ó al pie de la ladera o r i e n t a l
d e l P o p o c a t é p e t l , s ó l o unos 30 a ñ o s d e s p u é s de la conquis-
ta. E l h e r m a n o de u n o i d o r , u n tal M o n t e Alegre, pasa p o r
haber iniciado en ese lugar u n m o v i m i e n t o e s p a ñ o l de co-
l o n i z a c i ó n que se r e m o n t a a la é p o c a del virrey A n t o n i o de
Mendoza. Allí h a b r í a v e n i d o a t o m a r p o s e s i ó n de u n a tie-
r r a ganada antes de su salida a E u r o p a , p o r favor especial
de la corona. De h e c h o , el lugar a t r a í a a los e s p a ñ o l e s : cle-
mente, fértil y relativamente a b a n d o n a d o p o r las poblacio-
nes i n d í g e n a s ; situado e n el c o r a z ó n de u n a zona que se
h a b í a n disputado dos antiguos s e ñ o r í o s nahuas, constituía,
al m o m e n t o de la conquista, u n a especie de no man 's landP
U n a vez lanzado, el m o v i m i e n t o de c o l o n i z a c i ó n e s p a ñ o l a
p r o n t o a l c a n z ó a m p l i t u d . Incluso antes de que concluyera
el virreinato de Luis de Velasco (1550-1564), los habitantes

1 1
L E G E N T I L DE LA GELAISIÉRE, 1 7 8 1 , vol. 2, pp. 127-128.
1 2
C o n s u l t a m o s u n a c o p i a de este d o c u m e n t o e n A M I N A H , A H C C M P ,
rs. 8 y 9.
1 3
TORQUEMADA, 1975, vol. 1 , pp. 3 1 5 - 3 2 2 y PAREDES M A R T Í N E Z , 1991,
pp. 49-51.
366 PIERRE R A G O N

del lugar h a b í a n d e m a n d a d o que el título de villa le fue-


ra otorgado. E n 1570, o b t u v i e r o n la presencia de u n cura
y nueve a ñ o s d e s p u é s , A t l i x c o se convirtió en la "villa de
C a r r e ó n " al m i s m o t i e m p o que en el c e n t r o de una alcal-
d í a mayor de nueva c r e a c i ó n . Ya para ese entonces, la villa
contaba c o n m á s de 200 familias e s p a ñ o l a s , las cuales se de-
dicaban p r i n c i p a l m e n t e al cultivo d e l t r i g o . 1 4
Sumido en la corriente de estos acontecimientos, en 1580,
este nuevo establecimiento vinculó su sino con los buenos ofi-
cios de san Félix. E n octubre de aquel a ñ o , u n parásito, " u n a
plaga de gusanos", invadía los trigales y amenazaba los tiernos
retoños. L a c o m u n i d a d de habitantes, reagrupada a la zaga
de su cura y sus religiosos, e s c o g i ó , entre todas las respuestas
simbólicas posibles, echar a suertes la d e s i g n a c i ó n de u n nue-
vo protector, p r o c e d i e n d o "en f o r m a acostumbrada". E n
presencia de los principales habitantes y de los eclesiásticos
de la villa, se colocaron dos urnas, u n a que c o n t e n í a peque-
ñ o s papeles c o n los nombres de los santos del calendario l i -
túrgico y otra que tenía el m i s m o n ú m e r o de papelitos en
blanco, a e x c e p c i ó n de u n o marcado c o n la leyenda latina te
accipimus in tutelam. Siguiendo u n argumento m u y perfeccio-
nado, el n o m b r e de san Félix fue sacado tres veces de la u r n a
al m i s m o t i e m p o que la boleta que designaba al elegido. San
Félix n o era conocido precisamente c o m o intercesor suscep-
tible de proteger las cosechas de los campesinos; por ello, los
labradores h a b í a n exigido u n a segunda r o n d a y d e s p u é s u n a
tercera para echar la suerte, " p o r parecer a todos que era
extravagante". L a reiteración d e l resultado, episodio casi
obligado, aumentaba la evidencia de la manifestación sobre-
natural y le daba crédito. Pero daba la casualidad que la iden-
tidad —sorprendente para los c o n t e m p o r á n e o s — del nuevo
patrono reforzaba el valor de la elección: justificaba que se re-
pitiera la suerte y, p a r a d ó j i c a m e n t e , constituía u n a promesa
de p r o t e c c i ó n eficaz, de manera particular, porque en tres
ocasiones, este santo olvidado ofrecía su p r o t e c c i ó n . 1 5

1 4
GERHARD, 1986, p p . 57-58.
" E l e c c i ó n y n o m b r a m i e n t o de p a t r ó n e n esta v i l l a de C a r r i ó n . . . " ,
1,3

e n A M I N A H , A H C C M P , r. 8, ff. 1-25.
LOS SANTOS PATRONOS 367

C o m o respuesta a la mayor p r e o c u p a c i ó n de una comu-


n i d a d campesina, la e l e c c i ó n t e n í a t a m b i é n , en este contex-
to particular, u n a d i m e n s i ó n política: daba a la villa de
C a r r e ó n u n p r o t e c t o r a t r a í d o que llegaba a reforzar su re-
cién a d q u i r i d a a u t o n o m í a respecto de Puebla, cuyo r á p i d o
desarrollo constituía a la vez u n m o d e l o y u n peligro. E n
efecto, hasta entonces, las tierras d e l valle de A t l i x c o h a b í a n
estado ligadas a la zona de pastoreo a t r i b u i d a a la Mesta de
Puebla. Siendo p a r t i c u l a r m e n t e fértiles, estaban sometidas
a dos cosechas p o r a ñ o y n u n c a descansaban l o suficien-
te para que fueran abiertas a los r e b a ñ o s . A l colocar sus
campos de trigo bajo la p r o t e c c i ó n de san Félix, los cultiva-
dores locales, reagrupados en la nueva m u n i c i p a l i d a d , aña-
d í a n u n a i m p o r t a n t e d i m e n s i ó n s i m b ó l i c a a la i d e n t i d a d
p o l í t i c a que acababan de a d q u i r i r .
San Félix h a b í a sido elegido para c o n j u r a r u n a calami-
d a d a g r í c o l a , p e r o t a m b i é n para prevenir la llegada de po-
sibles epidemias, pues para los testigos de ese t i e m p o , el
sentido de tales catástrofes era claro: al p e r m i t i r la des-
t r u c c i ó n de los campos, Dios preparaba la i r r u p c i ó n de la
e n f e r m e d a d que h a b r í a de castigar a los pecadores. Por
ello, t a m b i é n se eligió, tanto en la Nueva E s p a ñ a c o m o en
E s p a ñ a , a santos patronos destinados a c o n j u r a r las epide-
mias. A u n menos c o n o c i d a que la e l e c c i ó n p o r sorteo de
san Félix en A t l i x c o , la e l e c c i ó n de san S e b a s t i á n en Vera-
cruz es el e j e m p l o de ello. E l g r a n p u e r t o d e l virreinato era
u n lugar tan e s t r a t é g i c o c o m o insalubre. S ó l o la necesidad
de m a n t e n e r u n enlace m a r í t i m o c o n E s p a ñ a y de asegurar
la defensa de la costa justificaba el m a n t e n i m i e n t o de u n
establecimiento tan i m p o r t a n t e en las tierras calientes del
golfo de M é x i c o . Pero su desarrollo fue difícil, de m a n e r a
n o t a b l e en r a z ó n del c a r á c t e r e n d é m i c o de la fiebre amari-
lla, el " v ó m i t o n e g r o " . E n o c a s i ó n de u n a de estas epide-
mias, en 1648, la ciudad se c o l o c ó bajo la p r o t e c c i ó n de u n o
de los dos grandes santos antipeste, san S e b a s t i á n . La en-
f e r m e d a d h a b í a b r o t a d o en agosto. A lo largo de cuatro me-
ses, d i e z m ó a los habitantes de la c i u d a d así c o m o a los
viajeros y m a r i n o s de la flota que a t r a c ó a mediados de sep-
368 PIERRE RAGON

tiembre. E l m a l era incurable y sus víctimas m o r í a n , se de-


cía, en tres o cuatro d í a s . 1 6
F u n d a d o i n i c i a l m e n t e bajo la p r o t e c c i ó n de la Vera
Cruz, el p u e r t o entonces se p a s ó a la de san S e b a s t i á n , su
ú n i c a salvación de a h í en adelante. A fines del p e r i o d o co-
l o n i a l , la c i u d a d n o parece tener o t r o protector. Así, e n ca-
so de calamidad p ú b l i c a , siempre se a c u d í a a él: en 1757,
en 1762 p o r u n a e p i d e m i a de "enfermedades al parecer
pestilentes", en 1777 p o r u n a e p i d e m i a i n d e t e r m i n a d a , en
1779 contra la viruela, t o d a v í a en 1802 c u a n d o a z o t ó u n a
e p i d e m i a de fiebre amarilla. E l santo se convirtió entonces
en u n o de a p l i c a c i ó n general, pues en 1777 se h a b í a pedi-
do su ayuda contra u n a invasión de langostas. 1 7 L a c i u d a d
se identifica totalmente c o n él y al p r i n c i p i o d e l a ñ o , antes
de cualquier d e l i b e r a c i ó n , el cabildo invoca sucesivamen-
te la I n m a c u l a d a C o n c e p c i ó n (protectora de las E s p a ñ a s ) ,
la virgen de Guadalupe ( p a t r o n a de M é x i c o ) y san Sebas-
tián, su santo p a t r ó n .

E N LAS CIUDADES: L A PROLIFERACIÓN DE LOS PATRONATOS

E n las ciudades p e q u e ñ a s y los pueblos, las elecciones de


los santos patronos n o parecen haber sido m u y n u m e r o -
sas. Los cabildos de las grandes ciudades t e n d i e r o n , p o r el
c o n t r a r i o , a multiplicarlas, tanto que a mediados d e l si-
glo X V I I I , cabildos tales c o m o los de San Luis Potosí, M é x i c o
o Puebla llegaban a tener nueve, trece y 17 santos patronos,
r e s p e c t i v a m e n t e . 1 8 Este p r o c e s o de a c u m u l a c i ó n , igual-
m e n t e descrito para las municipalidades d e l sur de Italia,
no era exclusivo de las grandes ciudades coloniales de la
Nueva E s p a ñ a . Incluso, éstas p a r e c í a n permanecer a la za-

1 6
GUIJO, 1984, v o l . l , p . 22.
1 7
A H C M V , Actas de cabildo, c. 6, v o l . 6, ff. 198-199; c. 8, v o l . 8, f. 5 1 ;
c. 14, v o l . 14, ff. 180-187; c. 17, v o l . 17, ff. 310-311; c. 70, v o l . 80, f. 486,
y e . 20, v o l . 37, f. 78.
1 8
G u a d a l a j a r a ya t e n í a siete e n su h a b e r e n 1667. V é a s e e l a n e x o y
POMPA Y POMPA y LÓPEZ, 1970 y 1984, vols. 1 y 2, passim.
LOS SANTOS PATRONOS 369

ga de ciertos centros urbanos d e l M e d i t e r r á n e o . Recorde-


mos, siguiendo aJean-Michel Sallmann, que en 1731 Ñ a p ó -
les contaba c o n 35 protectores elegidos. 1 9
A l menos dos factores favorecieron la m u l t i p l i c a c i ó n de
estas elecciones: la diversidad de las amenazas susceptibles
de p o n e r en j a q u e a los frágiles equilibrios urbanos y la va-
r i e d a d de los actores interesados en la p r o m o c i ó n de nue-
vos santos patronos.
Sin duda, en r a z ó n de la relativa eficacia de sus circuitos
de abastecimiento, las ciudades mismas e s t á n expuestas
menos directamente a los periodos de escasez que el cam-
po. Sin embargo, sumidas en u n a s i t u a c i ó n vulnerable p o r
la a c u m u l a c i ó n de p o b l a c i ó n y la densidad de sus construc-
ciones, en todos los d e m á s aspectos, son las perdedoras:
frente a la epidemia, c o m o ante el riesgo de i n c e n d i o o los
temblores de tierra. De la misma manera, las ciudades se es-
fuerzan p o r precaverse c o n t r a todos los ataques de la natu-
raleza. San Luis P o t o s í parece h a b e r l o l o g r a d o de manera
bastante sistemática, a l l e g á n d o s e u n p r o t e c t o r particular
para r e m e d i a r los desequilibrios de cada u n o de los ele-
mentos de la naturaleza: mientras que el santo tutelar de la
p a r r o q u i a , san Luis de Francia protege sus tierras (;?), en
1629, eligió a san N i c o l á s T o l e n t i n o c o n el fin de c o n j u r a r
el retraso de las lluvias, así c o m o su opuesto, la i n u n d a c i ó n
de las galerías de las minas; a p a r t i r de 1645, san A n t o n i o de
Padua queda encargado de p r o t e g e r l a de las tormentas...
y de los temblores de tierra que p u e d e n provocar; p o r últi-
m o , a p a r t i r de 1694, toca a san L o r e n z o defenderla de las
borrascas y de los i n c e n d i o s . 2 0 M é x i c o e s c o g i ó u n c a m i n o
u n p o c o diferente. H a c i e n d o caso omiso de los d e s ó r d e n e s
a t m o s f é r i c o s , prefirió precaverse de los problemas causa-
dos p o r el agua c o n san G r e g o r i o (sin d u d a en 1604), p o r
el fuego c o n san A n t o n i o de Padua (1723) y sobre t o d o de
los temblores de tierra, c o n t r a los cuales p i d i ó la ayuda
de san N i c o l á s T o l e n t i n o (1611) y san J o s é (1732).

SALLMANN, 1994, p. 86.


S e g u i m o s la e x p o s i c i ó n d e M A R T Í N E Z ROSAI.ES, 1993, v o l . 1, p . 120.
370 PIERRE R A G O N

Fuera de la capital d e l v i r r e i n a t o , las borrascas aparecen


sin d u d a c o m o el m á s t e m i b l e de todos los peligros. Por
ello, son pocas las ciudades que n o tengan al menos u n i n -
tercesor encargado de alejarlas. Puebla, para precaverse, se
dirige p r i m e r o a san J o s é y d e s p u é s le adjunta a santa Bár-
bara en 1611, mientras que Guadalajara se ampara en san
Clemente (antes de 1624).
C o n toda seguridad, ciertos santos e s t á n dotados de f u n -
ciones particulares: santa B á r b a r a es eficaz c o n t r a la borras-
ca (y la m u e r t e p r e m a t u r a ) ; san S e b a s t i á n c o n t r a la peste,
p o r ejemplo. Por l o d e m á s , la e l e c c i ó n de u n santo n u n c a
está d e t e r m i n a d a c o m p l e t a m e n t e p o r la e s p e c i a l i z a c i ó n
que se le atribuye, y su e l e c c i ó n puede ser el resultado de
diferentes p r o c e d i m i e n t o s . Dos de éstos, la a s o c i a c i ó n d e l
santo d e l d í a c o n el suceso h i s t ó r i c o cuya fecha coincide
con su fiesta y el sorteo, sin d u d a son los m á s socorridos en
el siglo X V I . C o m o hemos visto, la segunda f ó r m u l a parece
haber sido empleada bastante s i s t e m á t i c a m e n t e e n la é p o -
ca de la conquista y de la f u n d a c i ó n de las primeras ciuda-
des: p o s t e r i o r m e n t e , n o d e s a p a r e c i ó y las autoridades de la
ciudad de M é x i c o la e m p l e a r o n en dos ocasiones en la d é -
cada de los a ñ o s veinte d e l siglo XVIII, en f o r m a consecuti-
va. T o d a v í a en 1723, para protegerse de los incendios,
M é x i c o e s c o g i ó ponerse bajo la p r o t e c c i ó n de san A n t o n i o
A b a d p o r q u e su fiesta, asignada el 17 de enero, c a í a en
m e d i o de u n p e r i o d o e n el q u e los i n c e n d i o s se h a b í a n
m u l t i p l i c a d o d u r a n t e los a ñ o s previos (1704,1710 o 1711 y
1722). Entonces, la coincidencia a d q u i r í a u n valor de víncu-
lo l ó g i c o .

Sobreviniendo estos accidentes en este mes de henero y que


según lo publico de las voces los mas de los incendios acaeci-
dos en esta ciudad han sido por este mes en el qual a los diez
y siete del se selebra el señor san Antonio Abad a quien le pa-
rece que esa Nobilísima Ciudad puede y debe elegir y votar por
su especialidad patrón y abogado para que libre a esta ciudad
de semejantes yncendios [ . . . ] 2 1

2 1
A H C M M , v o l . 3604, e x p . 8. C o n t o d o , n o t e m o s q u e la a n t o r c h a
LOS SANTOS PATRONOS 371

Seis a ñ o s m á s tarde, el consejo m u n i c i p a l puso a la ciu-


dad bajo la p r o t e c c i ó n de san J o s é , festejado el 19 de mar-
zo, p o r q u e u n a serie de temblores de tierra acababan de
sacudir a la c i u d a d . 2 2
L a técnica del sorteo p e r d u r ó igualmente, pero las dos
grandes ciudades de M é x i c o y Puebla, las m á s conocidas, de-
j a r o n de r e c u r r i r a ella pasados los comienzos de siglo X V I I .
Mientras (antes de 1580), san J o s é se h a b í a convertido en el
p r i m e r protector de Puebla contra la tormenta, cuando
"aviendo encomendado este negocio m u y de veras a Dios
Nuestro S e ñ o r se echaron suertes entre algunos santos [de
d o n d e salió sorteado su n o m b r e ] " . 2 3 M u y al p r i n c i p i o tam-
b i é n , contra la invasión de las aguas de la laguna, M é x i c o
se h a b í a acogido de la misma manera a san Gregorio Tau-
maturgo. Entonces, "de aber acudido a este la ciudad p o r
suerte", éste se volvió su "abogado en favor destas aguas e
ynundaciones". 2 4 D e s p u é s , en 1611, tras u n a serie de temblo-
res de tierra, san Nicolás T o l e n t i n o impuso su n o m b r e a las
autoridades municipales una vez que, c o m o p r e t e n d í a n los
agustinos, echadas varias suertes, salió designado. 2 5
Pero a p a r t i r de entonces, m á s poderosas, otras lógicas
entraron en acción, las cuales c o m p e t í a n con las prácticas he-
redadas de la Iglesia pretridentina. N o bastaba con que u n
santo manifestara su benevolencia para que fuera elegido: se
esperaba ahora de él que presentara referencias sólidas y
verificables. Se p o n í a m á s a t e n c i ó n a las noticias del exterior,
de la ciudad vecina, del Nuevo M u n d o , hasta de E s p a ñ a o de
Italia, y se recibía con m á s entusiasmo a los protectores cuya
eficacia h a b í a p o d i d o ser verificada. E n 1630, en M é x i c o , los
dominicos se apoyaron en el desarrollo de u n a fuerte co-
rriente de d e v o c i ó n hacia santo D o m i n g o de Soriano, quien

s i e m p r e h a sido u n o de los s í m b o l o s de san A n t o n i o A b a d . A s í , los cami-


nos d e l r u m o r p ú b l i c o q u i z á sean m á s c o m p l e j o s de l o q u e p a r e c e . . .
2 2
A H C M M , v o l . 3604, e x p . 9.
2 3
A H C M P , Actas de cabildo, vol 1 4 , 1 3 d e agosto de 1611,ff. 187v.-188v.
24
Actas de cabildo de la ciudad de México, 28 de s e p t i e m b r e de 1607, l i b .
17, p . 105, e n BEJARANO, 1889.
2d
Actas de cabildo de la ciudad de México, 28 d e s e p t i e m b r e de 1607, l i b .
18, p . 159, e n BEJARANO, 1889.
372 PIERRE RAGON

prodigaba milagros e n Italia y E s p a ñ a , para abogar p o r la


causa de u n cabildo desamparado. E n San Luis Potosí, en
1694, san L o r e n z o fue seleccionado " [ c o n t r a ] las tormentas
y tempestades de rayos", pues "habia experiencias de l o m u -
cho que para semejantes conflictos valia su i n t e r c e s i ó n " . 2 6
Puebla, que sufría p o r ser u n a ciudad provincial, se m o s t r ó
particularmente receptiva a los santos protectores ya elegi-
dos p o r grandes ciudades de la cristiandad. E n 1618, se puso
bajo la p r o t e c c i ó n de santa Teresa, " s e g ú n lo h a n hecho m u -
chas ciudades d e l reyno de Castilla". Seis a ñ o s d e s p u é s , e n
o c a s i ó n de u n a e l e c c i ó n que en lo d e m á s n o era u n a sorpre-
sa, la de san Roque c o n t r a las epidemias, d e c l a r ó hacerlo "a
ymitacion de muchas ciudades ynsignes c o m o la de Roma
que le tiene p o r su amparo y p a t r ó n y la de L i m a que le tie-
ne j u r a d o y selebrado y guarda su fiesta". Hasta e n 1665, du-
rante u n a epidemia, r o g ó a san Francisco Xavier q u i e n , " e n
otras partes que havia padecido en la Ytalia y en M é x i c o [... ]
havian invocado p o r p a t r ó n e el [ . . . ] que al instante se ha-
vian reconocido sus milagros". Por último, casi siglo y m e d i o
d e s p u é s de la capital del virreinato (pero siguiendo su ejem-
plo) , Puebla p i d i ó a san Nicolás T o l e n t i n o que la protegiera
de los temblores de t i e r r a . 2 7
Las ciudades de la Nueva E s p a ñ a se hallaban confronta-
das i g u a l m e n t e al a u m e n t o d e l p o d e r de la Iglesia r o m a n a ,
reforzado p o r la r e f o r m a católica, y el de la c o r o n a e s p a ñ o -
la, la cual d i s p o n í a a su a r b i t r i o del p a t r o n a t o de la Iglesia
de Indias y se ostentaba c o m o la p u n t a de lanza de u n ca-
tolicismo reconquistador. Asimismo, las o p i n i o n e s p ú b l i c a s
de las ciudades americanas, ya consintientes, ya sumisas, se
veían i m p o n e r patrones "de d e v o c i ó n " cuyo é x i t o era inse-
parable de la p o l í t i c a de la Santa Sede o de la de M a d r i d .
En 1616, e n Puebla, e l é x i t o f u l g u r a n t e de la d e v o c i ó n a la
I n m a c u l a d a C o n c e p c i ó n p a r e c í a responder a la d e m a n d a
de u n a élite social preocupada p o r afirmar su h i s p a n i d a d . 2 8

2 6
MARTÍNEZ ROSAI.ES, 1993, v o l . 1, p . 117.
A H C M P , Libro de patronatos, v o l . 13, ff. 31r., 41r. y 53r.-v.
2 7

2 8
LORETO LÓPEZ, 1994, v o l . 2, p p . 87-104. Es q u i z á t a m b i é n e l caso d e
la e l e c c i ó n d e l s a n t o m a d r i l e ñ o , san I s i d r o L a b r a d o r , e l e g i d o e n M é x i -
co desde 1638. A H C M M , v o l . 3604, e x p . 5.
LOS SANTOS PATRONOS 373

Pero en 1618, la e l e c c i ó n s i m u l t á n e a , en M é x i c o y Puebla,


de santa Teresa de Avila t e n í a que ver menos con u n em-
beleso cualquiera c o n la r e f o r m a d o r a carmelita, que c o n la
eficacia de su o r d e n y la v o l u n t a d política de los Habsbur-
go. E n efecto, el Consejo M u n i c i p a l de M é x i c o se puso ba-
j o la p r o t e c c i ó n de santa Teresa a p a r t i r del m o m e n t o en
que supo de la v o l u n t a d real de hacer de ella la " p a t r o n a
de la fe". E n este delicado asunto, con el fin de n o correr
el riesgo de faltar a la lealtad a su rey y a Dios, la ciudad de-
cidió conformarse en t o d o a las ceremonias que se h a b í a n
celebrado en E s p a ñ a , " p o r el simil que habia visto en u n l i -
b r o que se habia traido impreso de la ciudad de Salaman-
ca". E n Puebla, los ediles d i e r o n fe del m i s m o celo, u n a vez
que el p r i o r d e l convento carmelita les l l a m ó la a t e n c i ó n
respecto a sus deberes. 2 9 C o n u n celo mayor que el de la
ciudad de M é x i c o , en 1673, tras haber r e c i b i d o la noticia
de la c a n o n i z a c i ó n de santa Rosa de L i m a y la de su eleva-
ción al título de p a t r o n a de Indias, Puebla n o se c o n f o r m ó
con celebrar este d o b l e suceso: la eligió c o m o su p a t r o n a
particular.30
A p a r t i r de esa é p o c a , en las dos principales ciudades del
v i r r e i n a t o , casi siempre, se e s c o g í a a los protectores entre
los santos de la r e f o r m a católica. Elegidos oficialmente " p o r
d e v o c i ó n " , c o n frecuencia actuaban en varios registros.
Algunos asLimían c o n brillantez las antiguas funciones de
santos taumaturgos. San Francisco Xavier es el m e j o r ejem-
plo. Este santo tan p o p u l a r y fuertemente sostenido p o r los
jesuitas d o n d e q u i e r a que la c o m p a ñ í a estuviera presente,
tenía m ú l t i p l e s ventajas: santo misionero, m á s que n i n g ú n
o t r o se acercaba a los a p ó s t o l e s de la Iglesia p r i m i t i v a y
constituía el p r o t e c t o r designado s i n g u l a r m e n t e p o r las co-
munidades cristianas de las "Indias"; 3 1 figura de la r e f o r m a
católica, p o d í a servir c ó m o d a m e n t e de m o d e l o de virtudes.
R á p i d a m e n t e t a m b i é n , a d q u i r i ó una d i m e n s i ó n de tauma-

Artas de cabildo de la ciudad de México, 6 de j u l i o de 1620, l i b . 23, en


BijARAÑO. 1889, p p . 173-174 v A H C M P , Libro de patronatos, v o l . 13, f. 30v.
:M)
A H C M P , L?bro de patronatos, v o l . 13, f. 68v.
C A B R E R W Q U I N T E R O , 1981, p. 171.
374 PIERRE R A G O N

turgo, p r i m e r o que cualquier lugar en E u r o p a , d o n d e se la-


b r ó u n a s ó l i d a r e p u t a c i ó n de santo antipeste divulgada con
celeridad p o r los m i e m b r o s de su c o m p a ñ í a , en seguida en
el Nuevo M u n d o . Elegido en Ñ a p ó l e s (1657) y en Potamo
de m a n e r a notable, en o c a s i ó n de graves epidemias, adqui-
rió u n a d i m e n s i ó n excepcional. Desde p r i n c i p i o s de la
d é c a d a de 1660, su r e p u t a c i ó n se c o n s o l i d ó en la Nueva Es-
p a ñ a . E n 1660, al t é r m i n o de u n a c a m p a ñ a lanzada p o r el
superior de los jesuitas, M é x i c o , y a su zaga Puebla cinco
años después, lo tomó como protector.32
N i n g ú n o t r o , entre los nuevos protectores de las ciuda-
des, tuvo semejante d i m e n s i ó n . Más que nunca, los intereses,
p o r n o decir las bajas maniobras de tal o cual c o m u n i d a d
religiosa, llevaron u n papel decisivo en la mayor parte de
las elecciones. E n M é x i c o , en 1699, las religiosas del con-
vento de san B e r n a r d o sacaron u n p r o v e c h o t a r d í o de la
crisis de 1692 al conseguir i m p o n e r a su p a t r ó n c o m o pro-
tector de la ciudad: h a b í a n logrado o b t e n e r c r é d i t o para su
idea de que sus rezos a san B e r n a r d o h a b í a n h e c h o que se
aplacara la c ó l e r a divina. E n Puebla, J u a n de la Cruz d e b í a
su é x i t o a las visiones de la m a d r e Isabel de la E n c a r n a c i ó n ,
mientras que santa Gertrudis fue elegida a solicitud del
obispo D o m i n g o P a n t a l e ó n Alvares de A b r e u , devoto suyo.
La e l e c c i ó n de los santos Inocentes, p o r su parte, fue u n a
recompensa que la ciudad o t o r g ó al prefecto del hospital
Nuestra S e ñ o r a de B e l é n , el cual p r e t e n d í a r e c i b i r marcas
de r e c o n o c i m i e n t o m á s firmes p o r los esfuerzos que h a c í a
p o r el " b i e n p ú b l i c o " . 3 3
Si la a p a r i c i ó n de u n desequilibrio, y de m a n e r a notable
la i r r u p c i ó n de una crisis frumentaria, sanitaria o social, si-
g u i ó siendo casi siempre la causa de nuevas elecciones, a
fines d e l siglo X V I I la lógica de éstas se m o d i f i c ó profunda-
mente. M á s que antes, las iniciativas de las ciudades eran
neutralizadas p o r las de otros actores: la corona, Roma y las
instituciones religiosas asentadas localmente. El r i t m o de

CABRERA Y QUINTERO, 1 9 8 1 , p . 172 y SALLMANN, 1994, pp. 79 y 8 1 .


A H C M P , Libro de patronatos, v o l . í 3, ff. 56v.-57r., 73r. y 81r.-82r.
LOS SANTOS PATRONOS 375

las elecciones coincide, de manera relativa, m á s c o n el de las


grandes olas de c a n o n i z a c i ó n que c o n el de las crisis locales.
De los 37 santos patronos elegidos en M é x i c o , Puebla y San
Luis Potosí, seis l o f u e r o n en el siglo X V I , 18 entre 1600-1660,
sólo cuatro entre 1661-1720, y nueve entre 1721-1753.
L a p r i m e r a de estas olas de elecciones h a c í a eco clara-
mente d e l p r i m e r g r a n i m p u l s o d e l fervor p o p u l a r hacia los
santos de la edad barroca, movimientos que, dirigidos desde
Roma, en tres etapas (1620, 1670-1720), se h a b í a n desple-
gado hasta el Nuevo M u n d o . 3 4 N o obstante, e n M é x i c o , a
p a r t i r de la d é c a d a de 1660, la m u l t i p l i c a c i ó n de las devo-
ciones hacia los santos parece menos susceptible de susci-
tar nuevos cultos cívicos. E l h e c h o resulta tanto m á s notable
cuanto que el g r a n i m p u l s o dado a las devociones hacia los
santos d u r a n t e la d é c a d a de 1670 llevaba su c u l t o a l o m á s
alto, j u s t o antes que la Nueva E s p a ñ a entrara en u n p e r i o d o
de graves dificultades. Por l o d e m á s , el p e r i o d o de crisis
que c u l m i n ó e n 1692, d e j ó u n a h u e l l a apenas perceptible
en la historia de los cultos cívicos rendidos a los santos
patronos: u n a sola e l e c c i ó n en M é x i c o , la de san B e r n a r d o ,
otra en San Luis P o t o s í (san L o r e n z o ) , n i n g u n a en Puebla.
Si b i e n coincide c o n la tercera gran serie de canonizaciones
y beatificaciones romanas, el r e s u r g i m i e n t o de los a ñ o s
1720-1750 n o debe ilusionar: se debe a los é x i t o s de la vir-
gen de Guadalupe y a su e f í m e r o i m p a c t o . Los citadinos ya
n o esperaban la s a l v a c i ó n de sus santos protectores.

MISERIAS Y ESPLENDORES DE LOS SANTOS PATRONOS

T a n t o en M é x i c o c o m o e n E s p a ñ a , el i m p u l s o de d e v o c i ó n
que suscitaba la e l e c c i ó n de u n santo p a t r o n o siempre fue
m u y frágil. E n el c a m p o de la Nueva Castilla peninsular, ba-
j o el reinado de Felipe I I , los votos c a í d o s en desuso n o eran
cosa rara. 3 r > De m a n e r a parecida, e n la Nueva E s p a ñ a , a h í
d o n d e eran numerosos, n o les fue fácil a los santos patro-

3 4
R A G O N , 1 9 9 5 , p. 483.
3 Ü
CHRISTIAN, 1 9 9 1 , p . 56.
376 PIERRE R A G O N

nos i m p o n e r s e sin que su culto p e r d i e r a c o n t i n u i d a d , i n -


cluso c u a n d o las ó r d e n e s religiosas, interesadas en mante-
n e r su p e r e n n i d a d , se dedicaban c o n r e g u l a r i d a d a llamar
a las autoridades municipales a c u m p l i r c o n sus deberes.
Esto resulta p a r t i c u l a r m e n t e cierto e n Guadalajara, la
cual n o parece haber t e n i d o los medios materiales para col-
m a r sus ambiciones. A falta de rentas suficientes, desde el
r e i n a d o de Carlos I I , la c i u d a d apenas a s p i r ó a festejar a tres
de los siete santos patronos que la p r o t e g í a n : san M i g u e l ,
san C l e m e n t e y la I n m a c u l a d a C o n c e p c i ó n . Y a ú n así c o n
trabajos lo lograba. E n mayo de 1639, a t o d a prisa, tuvo que
improvisar u n a fiesta excepcional en h o n o r de san Clemen-
te: desde h a c í a varios a ñ o s , o l v i d a d o , el santo se vengaba de
ella al azotarla c o n violentas tormentas. E n 1667, el regis-
t r o de deliberaciones del Consejo M u n i c i p a l revela las con-
tradicciones e n las que se enredaba la c i u d a d : le resultaba
difícil r e u n i r los fondos necesarios para la c e l e b r a c i ó n de
tres votos q u e observaba, p e r o se o t o r g ó u n nuevo santo
p a t r ó n en la persona de san Pedro N o l a s c o . 3 6
C i e r t a m e n t e , siendo m á s ricas, Puebla y M é x i c o se de-
s e m p e ñ a r o n m e j o r . C o m o l o atestigua el f r a g m e n t o de u n
l i b r o de cuentas fechado e n 1687, la c i u d a d de Puebla n o
olvidaba a n i n g u n o de sus santos protectores regularmen-
te elegidos. N o obstante, a j u z g a r p o r la tasa de c r é d i t o que
les reservaba, su i m p o r t a n c i a parece r e d u c i d a : sólo consa-
graba para su fiesta 340 pesos, menos de 8% de su presu-
puesto y sus diez santos patronos de entonces le costaban
menos que la fiesta de Corpus C h r i s t i p o r sí sola (450 pe-
sos). 3 7 M é x i c o , que p o s e í a rentas c u a t r o o c i n c o veces m á s
i m p o r t a n t e s (19295 pesos desde 1628) destinaba u n poco
m á s de d i n e r o a los cultos de los santos patronos (15% de
su presupuesto), p e r o esos gastos, incluso a q u í , eran infe-
riores a los de la fiesta de Corpus C h r i s t i . 3 8 N i en Puebla n i
en M é x i c o , el culto de los santos patronos fue u n a celebra-

™ POMPA Y POMPA y L Ó P E Z , 1984, v o l . 2, p p . 23-24, 2 3 7 y 292-295.


3 7
A H C M P , Actas de cabildo, v o l . 3 1 , ff. 368-369.
38
Actas de cabildo de la ciudad de México, 6 d e j u l i o d e 1620, l i b . 23, e n
BEJARAÑO, 1889, p . 177.
LOS SANTOS PATRONOS 377

c i ó n continua. E n enero de 1561, levantando u n acta que


d e c í a que "es costumbre loable y admitida en las ciudades de
los reynos de Castilla", la c i u d a d de Puebla tuvo que reavi-
var la p r o c e s i ó n de san M i g u e l , i n t e r r u m p i d a u n poco
antes. 3 9 T o d a v í a en Puebla, san Roque, elegido en 1624, es-
taba bastante olvidado 50 a ñ o s d e s p u é s y, de manera algo
m á s inesperada, M é x i c o , p o r las dificultades materiales que
e x p e r i m e n t ó tras la grave crisis de 1692, se vio obligada a
suspender la c e l e b r a c i ó n de todos sus santos patronos d u -
rante varios a ñ o s . 4 0
De hecho, estos patronatos e n f r e n t a r o n u n a d u r a prue-
ba. C o m o resultado de la a d h e s i ó n voluntaria de una comu-
n i d a d a u n culto, u n a vez establecidos, en p r i n c i p i o eran
irrevocables. 4 1 Pero, fundadas sobre u n a r e l a c i ó n definida
c o m o contractual, s u p o n í a n que ambas partes respetaran
sus compromisos: c e l e b r a c i ó n de u n santo, p o r u n lado, efi-
cacia de la p r o t e c c i ó n , p o r el o t r o . A h o r a b i e n , cosa que da-
ba pena, s u c e d í a que los santos n o c u m p l i e r a n c o n sus
cometidos. Sin falta, los m á s negligentes de ellos veían así
palidecer su estrella. C o r r í a n el riesgo de tener que enfren-
tar la o p o s i c i ó n de competidores, al p u n t o de p e r d e r el be-
neficio de los c o m p r o m i s o s de sus fieles. Así, en M é x i c o ,
santo D o m i n g o , elegido p r e c i p i t a d a m e n t e al i n i c i o de la
g r a n i n u n d a c i ó n de 1629-1633, n u n c a obtuvo los sufragios
de la ciudad: n u n c a p u d o p r o p o r c i o n a r n i n g u n a p r u e b a
tangible de su i n t e r c e s i ó n . 4 2 E n Puebla, san J o s é , m u y tem-

3 9
A H C M P , Libro de patronatos, v o l . 1 3 , f. 22v.
40
Actas de cabildo de la ciudad de México, 1 6 de n o v i e m b r e de 1 6 9 3 , l i b .
3 4 , en BEJARANO, 1 8 8 9 , p. 141.
4 1
Sin e m b a r g o , hay u n a e x c e p c i ó n : la e l e c c i ó n de la v i r g e n "Conquis-
t a d o r a " e n 1 6 3 1 , p r o n u n c i a d a al m i s m o t i e m p o q u e la de Felipe de J e s ú s
( ¡ ! ) , era v á l i d a " p o r el t i e m p o q u e fuese la v o l u n t a d de la c i u d a d " . Esta ma-
n e r a de p r o c e d e r m u y p o l í t i c a hacia u n a v i r g e n de d u d o s a a u t e n t i c i d a d
era u n a tentativa destinada a r e m o z a r su p r e e m i n e n c i a e n M é x i c o , en u n
m o m e n t o e n que la capital d e l v i r r e i n a t o , s u m e r g i d a bajo las aguas de la
l a g u n a , e n f r e n t a b a graves dificultades. L a " C o n q u i s t a d o r a " , s e g ú n los po-
blanos, era la v i r g e n t r a í d a p o r los h o m b r e s de C o r t é s , mientras que los ha-
bitantes de la c i u d a d de M é x i c o la i d e n t i f i c a b a n c o n su v i r g e n "de los Re-
m e d i o s " . A H C M P , Actas de cabildo, v o l . 1 7 , 1 0 de o c t u b r e de 1 6 3 1 .
4 2
A H C M M , vol. 3 6 0 4 , exp. 4 .
378 PIERRE R A G O N

p r a n a m e n t e e n c o m e n d a d o a la defensa de la ciudad con-


tra las tormentas, n o p u d o c o n la competencia de santa Bár-
bara. E l 13 de agosto de 1611, c u a n d o la e s t a c i ó n de lluvias,
la ciudad, afectada p o r violentas tormentas, r e n o v ó el pa-
t r o n a t o de san J o s é q u e , c o m o resultaba evidente, h a b í a
p e r d i d o su eficacia. Se c u l p ó solamente a "nuestros gran-
des pecados o averse refriado l a d e v o c i ó n d e l p u e b l o . . . o
otros secretos j u i c i o s de Dios Nuestro d e l S e ñ o r " . N o obs-
tante, e l m i s m o día, n o se c o n s i d e r ó de m á s allegarse los
servicios de o t r o intercesor de q u i e n se esperaba apartara
los truenos, santa B á r b a r a . 4 3
L a e l e c c i ó n de u n santo s u p o n í a que se organizara la per-
p e t u a c i ó n de su c u l t o : se le dedicaba u n altar o una iglesia,
se le confeccionaba u n a i m a g e n o se daba renta a su fiesta.
Se s o ñ a b a t a m b i é n c o n a d q u i r i r u n a de sus reliquias. L a
o b t e n c i ó n de u n a r e l i q u i a de santo cuya fiesta se ligaba a
la f u n d a c i ó n de la c i u d a d parece haber t e n i d o una i m p o r -
tancia d e l t o d o particular, p e r o a m e n u d o hizo falta que las
ciudades de la Nueva E s p a ñ a esperaran largos decenios
antes de p o d e r a d q u i r i r una. M é x i c o n o obtuvo "unas reli-
quias" de san H i p ó l i t o , sino hasta 1571, gracias a los bue-
nos oficios de u n c i u d a d a n o devoto e interesado. D e s p u é s
de 56 a ñ o s de haberse puesto bajo la p r o t e c c i ó n de san Fé-
lix, e l p e q u e ñ o p o b l a d o de A t l i x c o r e c i b i ó de U r b a n o V I I I
u n "hueso d e n t r o de u n a v i d r i e r a " d e l papa d e l siglo I I I . De
igual manera, San Luis P o t o s í se e m p e ñ ó e n procurarse
u n a r e l i q u i a de san Luis, mientras que Guadalajara, a falta
de esperanzas de conseguir u n a r e l i q u i a de san M i g u e l ,
c o n s i g u i ó u n a de san C l e m e n t e ( 1 6 2 4 ) . 4 4
L o m á s frecuente era que las ciudades se contentaran con
asegurarse la perpetuidad del culto de sus santos patronos. Los
flacos subsidios que dedicaban anualmente a ellos, doce, 25,
30, 40 pesos, u n poco m á s para los santos de su fundación, u n
poco m á s en México también, constituían una débil renta. Sin

4 3
A H C M P , Actas de cabildo, v o l . 14, ff. 187v.-188v.
44
Actas de cabildo de la ciudad de México, 14 d e s e p t i e m b r e de 1571, A M I -
NAH, AHCCMP, r. 9, f f . 36v.-37v. d e l d o c u m e n t o ; MARTÍNEZ ROSALES,
19 93, v o l . 1, p . 114, y POMPA Y POMPA y L Ó P E Z , 1984, v o l . 2, p . 299.
LOS SANTOS PATRONOS 379

embargo, casi p o r todas partes se veían obligadas a comprar


una estatua del nuevo santo y las fiestas, m á s o menos impor-
tantes, que se organizaban en ocasión de su a d o p c i ó n p o d í a n
resultar muy onerosas: m á s de 2 200 pesos en México, en 1723,
"en haber hecho la estatua de el glorioso santo (Antonio), sus
bestuarios, en los fuegos, achas que se han de poner en el real
palacio, casas de este ayuntamiento, y las que se h a n de repar-
tir, el gasto del adorno de el altar en esta santa yglesia cathe-
dral y otros muchos gastos [ . . . ] " , así como las inevitables
corridas. 4 ' A veces, en el m o m e n t o de la elección, había el com-
promiso expreso de hacer u n retablo para el altar del santo, si
n o es que el de edificarle u n a iglesia. Veracruz construyó una
capilla extramuros que d e d i c ó a los servicios de san Sebastián,
escogiéndole una fórmula que le permitiera reproducir los ri-
tuales que practicaban los santuarios extramuros de las gran-
des i m á g e n e s milagrosas del M e d i t e r r á n e o y del Nuevo
M u n d o . 4 6 En México, san Gregorio Taumaturgo pudo entrar
en la suya en 1610, ciertamente, varios a ñ o s d e s p u é s de su elec-
c i ó n . 4 7 E n las ciudades p e q u e ñ a s , en las que h a b í a pocas igle-
sias que estaban en posición de aceptar el nuevo culto, este
compromiso obligado p o d í a implicar pesados sacrificios y to-
mar m u c h o tiempo antes de concretarse. Fue el caso de
Atlixco, donde san Félix d e b i ó esperar durante 33 años antes
de poder entrar al templo que se le h a b í a prometido. Sin mos-
trar el m e n o r encono, en 1614, apenas instalado, nuevamen-
te, el santo fue p r ó d i g o en milagros. 4 8
C u a n d o las inversiones de los cabildos llegaban a su lí-
m i t e , s u c e d í a t a m b i é n que iniciativas privadas acudieran al
relevo. San Félix se b e n e f i c i ó de la a t e n c i ó n de varios cléri-
gos, de m a n e r a notable sacerdotes o r i g i n a r i o s del lugar.
C u a n d o n o se s a b í a d ó n d e c o n s t r u i r la nueva iglesia, u n o
de ellos o f r e c i ó u n t e r r e n o . U n siglo m á s tarde, u n sacer-

45
Actas de cabildo de la ciudad de México, 1 5 de e n e r o de 1 7 2 3 , l i b . 4 9 ,
e n BEJARANO, 1 8 8 9 , p . 16.
4 6
TRENS, 1 9 9 2 , v o l . 2 , p . 204.
47
Actas de cabildo de la ciudad de México, 9 de n o v i e m b r e de 1 6 1 0 , l i b .
1 7 , e n BEJARANO, 1 8 8 9 , p . 19.
4 8
A M I N A H , A H C C M P , r. 8 , ff. 9 - 1 7 d e l d o c u m e n t o .
380 PIERRE R A G O N

dote o r i g i n a r i o de A t l i x c o compuso u n a novena en h o n o r


de san Félix, la i m p r i m i ó a su costa y la distribuyó gratuita-
m e n t e . 4 9 E n las grandes ciudades, las personas de b u e n a vo-
l u n t a d p o d í a n ser m á s numerosas. T r e i n t a a ñ o s d e s p u é s de
la e l e c c i ó n de san Isidro, u n g r u p o de ciudadanos se pro-
puso fundar u n a c o f r a d í a en su h o n o r c o n el fin de dar m á s
esplendor a su c u l t o . 5 0
Las poblaciones de la Nueva E s p a ñ a n o despreciaban las
ayudas que les daba este sistema de p r o t e c c i ó n . Por el con-
t r a r i o , tuvo su m o m e n t o de gloria. Para entender su deca-
dencia, es necesario regresar a los sucesos de 1660-1690,
p o r una parte, y a 1720-1750, p o r la otra.
La d i s m i n u c i ó n del n ú m e r o de elecciones d e s p u é s de
1660, cuando gozaban del favor de Roma y se volvieron m á s
frecuentes en el sur de Italia, puede explicarse de dos mane-
ras. Antes del estallamiento de la crisis de fines de siglo, la
Nueva E s p a ñ a tuvo u n a situación de relativa prosperidad en
u n m u n d o en crisis. Las campanas ya n o tocaban a m u e r t o
con tanta frecuencia y los ataques de la muerte se h i c i e r o n
menos violentos; la d e s r e g u l a c i ó n del comercio e s p a ñ o l p o r
el Atlántico h a b í a abierto espacios libres a los criollos. Cabe
pensar que antes de los últimos a ñ o s del siglo, las ciudades de
la Nueva E s p a ñ a n o tuvieron dificultades demasiado serias
que pudieran llevarlas a buscar la p r o t e c c i ó n de nuevos inter-
cesores. Entonces, u n poco m á s tarde, cuando la coyuntura
local se revertía, las dificultades se volvieron tan grandes que
la p r o t e c c i ó n de los santos p a r e c í a insuficiente. En efecto, la
e l e c c i ó n de u n nuevo santo p a t r ó n n o era m á s que u n esca-
ñ o i n t e r m e d i a r i o al i n t e r i o r de toda una gama de respuestas
simbólicas. La p r o c e s i ó n de ruegos, el exorcismo, la excomu-
n i c a c i ó n de parásitos cuando los campos se hallaban amena-
zados constituían su p r i m e r a c a t e g o r í a . La elección de u n
santo p a t r ó n era apropiada para una urgencia m á s grande.
Pero m á s allá, en caso de amenaza o crisis general, h a b í a que
dirigirse a sus i m á g e n e s milagrosas. Así, en 1692, a la vez
que dejaba de m i r a r hacia sus santos patronos, M é x i c o re-

4 9
A M I N A H , A H C C M P , r. 8, f. 8 d e l d o c u m e n t o .
3 0
A H C M M , v o l . 3604, e x p . 5.
LOS SANTOS PATRONOS 381

c u r r i ó a la que fue su p r i m e r a imagen protectora, la virgen


"de los Remedios". Desde su santuario en las cercanías de
Tacuba, h a c í a ya trece veces, la p e q u e ñ a estatua de "la Ga-
c h u p i n a " , h a b í a sido conducida hasta la catedral, en caso de
epidemia o de amenaza de h a m b r u n a grave. Cada vez, h a b í a
que hacerle una novena. El 29 de mayo de 1692, cuando
aumentaba la angustia, la virgen hizo su catorceava entrada
en la ciudad. Pero, p o r vez p r i m e r a , tuvo que quedarse tres
a ñ o s , t i e m p o que tardaron en ser superadas las dificulta-
des m á s graves. 5 1
Así, el verdadero cambio n o está a q u í , sino m á s tarde, du-
rante 1720-1750. Entonces, las grandes ciudades n o otorga-
b a n la misma i m p o r t a n c i a a sus santos patronos. E n
M é x i c o , tras haber elegido a la v i r g e n de Guadalupe, la po-
b l a c i ó n d e j ó de ponerse bajo la p r o t e c c i ó n de nuevos san-
tos, c o m o si la virgen, a p a r t i r de entonces, satisficiera
definitivamente todas las exigencias de p r o t e c c i ó n . E n San
Luis P o t o s í , que parece que la ú l t i m a e l e c c i ó n tuvo lugar
en 1748. Sin duda, Puebla, algo i n c o m o d a d a p o r el éxito
de u n a imagen demasiado fuertemente ligada a la capital, de
la que estaba celosa, i n t e n t ó unas ú l t i m a s maniobras para
l i m i t a r su omnipresencia: e l e c c i ó n de santa Gertrudis, de
los Santos Inocentes, u n a tras otra e n 1747 (¡el a ñ o del pa-
t r o n a t o universal de la Guadalupana sobre t o d a la Nueva
E s p a ñ a ! ) , de san N i c o l á s T o l e n t i n o e n 1753 y, p o r ú l t i m o ,
de san Francisco el a ñ o siguiente. Pero ya n o se h a c í a n las
cosas c o n t o d o el s e n t i m i e n t o . E n M é x i c o , e n 1749, c o m o
en Puebla en 1754, las dos últimas demandas de intercesión
dirigidas a santos fracasaron o se estancaron. Por l o d e m á s ,
los cabildos t u v i e r o n que t o m a r en cuenta la p r e s i ó n p o p u -
lar. M i e n t r a s que en Puebla h a c í a estragos la e p i d e m i a de
m a t l a z á h u a t l , u n a vez m á s , el cabildo a c u d i ó a sus santos,
san J o s é ( e n e r o de 1737) y san S e b a s t i á n ( j u n i o de 1737).
Seis meses m á s tarde, cuando los ediles tergiversaban las co-
sas para n o tener que afrontar u n a ola cada vez m á s grande
de d e v o c i ó n hacia la Guadalupana, los telares de la c i u d a d
d i r i g i e r o n u n a p e t i c i ó n al cabildo p r e s i o n á n d o l o a decidir-

5 1
ROBLES, 1972, v o l . 3, p.13.
382 PIERRE R A G O N

se. T a m b i é n en M é x i c o , la p r e s i ó n p o p u l a r triunfó sobre las


antiguas devociones. Poco m á s tarde, en 1776, c u a n d o la
tierra t e m b l ó repetidas veces, la c i u d a d o r g a n i z ó u n a serie
de rezos d i r i g i d a a su abogado designado para esta causa,
san J o s é . De i n m e d i a t o , el descontento p r o l i f e r ó , y la gen-
te se s o r p r e n d i ó de que las autoridades n o se h u b i e r a n d i -
r i g i d o a la virgen de Guadalupe. Finalmente, la c i u d a d tuvo
que ceder ante la p r e s i ó n p o p u l a r y a c e p t ó m a n d a r decir
u n a misa a la v i r g e n d e l Tepeyac en su s a n t u a r i o . 5 2
M á s allá de la i r r e p r i m i b l e a s c e n s i ó n d e l fervor p o p u l a r
hacia la Guadalupana, fue el fracaso de t o d o u n sistema de
protecciones y de toda u n a visión de la cristiandad l o que
q u e d ó en duda. A este respecto, a mediados d e l siglo X V I I I ,
el doble fracaso de san M i g u e l e n M é x i c o y de san Francis-
co en Puebla p r o p o r c i o n a sin d u d a dos claves decisivas de
lectura. E l p r i m e r o de estos santos fue d e f e n d i d o p o r el co-
r r e g i d o r : estaba c o n v e n c i d o de que

[ . . . ] e n d i v e r s o s l u g a r e s d e n u e s t r a s Y n d i a s se h a l l o g r a v a d o e l
n o m b r e de M i g u e l e n m u c h a s varias p i e d r a s e n su d e s c u b r i -
m i e n t o p o r n u e s t r o s e s p a ñ o l e s , l o q u e d e n o t a u n a especial, ra-
ra, divina p r o v i d e n c i a c o n q u e la Magestad de Dios daba a
e n t e n d e r q u e e l p a t r o n a t o o p a t r o c i n i o d e las Y n d i a s se f u n -
d a b a e n e l a r c h a n g e l san M i g u e l . 5 3

T r a i c i o n a d a p o r su vocabulario desusado ("las Yndias",


"nuestros e s p a ñ o l e s " ) , la i n t e n t o n a resultaba m u y politiza-
da: a la virgen de Guadalupe, descendida del cielo para pro-
clamar la p e r t e n e n c i a p l e n a y c o m p l e t a de la Nueva E s p a ñ a
a la cristiandad, el c o r r e g i d o r o p o n í a a san M i g u e l , el án-
gel g u e r r e r o , d e b i d o a la circunstancia de su a s o c i a c i ó n c o n
los conquistadores e s p a ñ o l e s . Así, trataba de reavivar la me-
m o r i a d e l p a p e l h i s t ó r i c o de E s p a ñ a en la cristianización
d e l Nuevo IMundo yT r e a f i r m a r los derechos de los e s p a ñ o -
les sobre sus tierras.

5 2
A H C M P , c. 4, t. 210, l i b . 2536, ff. 114r.-125v. y A H C M M , v o l . 3604,
e x p . 9.
5 3
A H C M M , v o l . 3604, e x p . 1 1 .
LOS SANTOS PATRONOS 383

Si la malograda e l e c c i ó n de san M i g u e l revela la exis-


tencia de u n a t e n s i ó n enquistada entre el p o d e r central y
sectores de la sociedad mexicana cada vez m á s amplios, el
estancamiento de los intentos para c o n san Francisco remi-
te a o t r o antagonismo: el que opone el catolicismo r o m a n o
a la r e l i g i ó n local. Desde 1630, R o m a trataba de c o n t r o l a r
la r e g u l a r i d a d de las elecciones de santos patronos. E n el
Nuevo M u n d o , hasta p r i n c i p i o s d e l siglo X V I I I , la m e d i d a
no tuvo efecto. Pero c o n la m e j o r a de las t é c n i c a s de nave-
g a c i ó n y de la a d m i n i s t r a c i ó n d e l p a t r o n a t o real, las cosas
c a m b i a r o n : ya n o se p o d í a dar c o m o excusa la l e j a n í a geo-
gráfica para salir d e l paso. E n 1754, la c o n f i r m a c i ó n p o r
parte de R o m a d e l p a t r o n a t o de la v i r g e n de Guadalupe
no dejaba que nadie l o ignorara. Pese a t o d o , s e g u í a siendo
c o m p l i c a d o entablar otras causas en R o m a y su resulta-
do era aleatorio. Mientras el p a t r o n a t o de la v i r g e n de Gua-
dalupe, g r a n causa mexicana, p o d í a soportarlo, n o era el
caso de san Francisco de Puebla, modesto vencedor de u n
ú n i c o t e m b l o r de t i e r r a . 5 4 Quince a ñ o s d e s p u é s de haber
sido entablada, la causa n o h a b í a llegado a nada.
T o c ó a u n alto representante de la corona, el visitador Gál-
vez, completamente i m b u i d o del pensamiento ilustrado, dar
el tiro de gracia a u n sistema de p r o t e c c i ó n que ya estaba
m o r i b u n d o . Preocupado p o r sanear las finanzas de las ciuda-
des, Gálvez trataba, p o r todos los medios, de r e d u c i r sus gas-
tos. Los gastos suntuarios juzgados superfinos y el costo de
ceremonias religiosas consideradas inútiles, eran sus blancos
favoritos. E n 1771, de manera autoritaria, b a j ó el tope de la
suma destinada a las fiestas de los santos patronos de México,
r e d u c i e n d o a muchos santos a la p o r c i ó n c o n g r u a ? 5 Puebla,
en la m i s m a é p o c a , h a c í a sus cuentas: entre la fecha de sus
fundaciones y 1769, sus diferentes fiestas patronales le h a b í a n
costado m á s de 75 000 pesos. Se p e n s ó que la suma era exce-
siva. Por ello, el visitador s u p r i m i ó seis de esos patronatos, to-
dos los que le p a r e c í a n carecer de l e g i t i m i d a d . 5 6

5 4
A H C M P , Libro de patronatos, v o l . 13, f. 90v.
5 5
SEDAÑO, 1974, pp. 4-48.
5 6
A H C M P , Libro de patronatos, v o l . 13, ff. 354r.-360r. G á l v e z e l i m i n ó
384 PIERRE RAGON

E n seguida, el reflujo vino r á p i d a m e n t e 5 7 y la imagen inva-


dió el espacio liberado p o r el culto de los santos, una imagen
sobre todas, la de la virgen de Guadalupe: prueba milagrosa
de una aparición mariana, f e n ó m e n o excepcional en el Nue-
vo M u n d o , la imagen del Tepeyac siempre se h a b í a beneficia-
do del apoyo de la sede arzobispal. Sin duda, M é x i c o n o era
la única tierra de la cristiandad donde, a lo largo del siglo X V I I I ,
el culto a las i m á g e n e s era m á s importante que la veneración
a los santos. Por el contrario, se sospecha que se trata a q u í de
u n rasgo muy difundido en el seno del m u n d o hispánico, si no
es que m á s allá. N o obstante, esta evolución r o m p í a con la de
otras regiones del m u n d o católico, de manera notable el sur
de Italia. Ciertamente, en éste también, las elecciones de imá-
genes marianas se multiplicaban: Jean-Michel Sallmann infor-
ma de m á s de media docena de ejemplos sólo para el reino de
Ñapóles entre 1700-1725. N o obstante, tras haber marcado el
paso, 0 8 los santos les ofrecieron cierta resistencia, prolongada
hasta fines del siglo X V I I I . T o d a v í a en 1799, Ñapóles se puso
bajo la protección de san A n t o n i o de Padua, quien la h a b í a sal-
vado, se decía, de los revolucionarios franceses y j a c o b i n o s . 5 9
Pero, en materia de santidad, Italia es u n m u n d o aparte: dis-
pone en su p r o p i o suelo de recursos inagotables.

CONCLUSIÓN

Incluso de m a n e r a parcial, la historia de los santos patro-


nos de las ciudades del M é x i c o central n o parece dejar de
remitirse a la de los santos protectores de la cristiandad me-
d i t e r r á n e a , al menos tal y c o m o podemos captarla, pues si

las fiestas de santa Teresa, san F e l i p e de J e s ú s , san F r a n c i s c o X a v i e r , san-


ta Rosa, san J u a n de la C r u z y san N i c o l á s T o l e n t i n o . V é a s e LÓPEZ DE V Í -
LLASEÑOR, 1 9 6 1 , p . 239.
o 1
P o s t e r i o r m e n t e , la e x p u l s i ó n de losjesuitas, la s e c u l a r i z a c i ó n de los
b i e n e s d e l c l e r o y los p r o b l e m a s de las g u e r r a s de i n d e p e n d e n c i a , j u s t i -
ficaron n u e v o s r e c o r t e s masivos. V é a s e A H C M M , v o i . 3 6 0 4 , e x p . 26.
5 8
SALLMANN, 1994, p . 86.
5 9
SALLMANN, 1994, p . 77.
LOS SANTOS PATRONOS 385

para tal o cual c u l t o , tal o cual ciudad de E u r o p a , hay mo-


n o g r a f í a s que p r o p o r c i o n a n i l u m i n a d o r e s e x á m e n e s p u n -
tuales, los estudios regionales emprendidos sobre el t i e m p o
largo de las catolicidades p r e t r i d e n t i n a , barroca y clásica,
siguen haciendo m u c h a falta. E n la materia, la ú n i c a excep-
ción es el g r a n estudio que hace algunos a ñ o s consagrara
Jean-Michel Sallmann al r e i n o de Ñ a p ó l e s .
Así, es sobre t o d o r e f e r i d o al caso n a p o l i t a n o , que la exi-
gencia de p r o t e c c i ó n de las poblaciones urbanas del Méxi-
co central puede ser e n t e n d i d a . E n cuanto a esto, u n a
p r i m e r a c o n s t a t a c i ó n se i m p o n e : hasta 1720-1750, ambos
espacios e x p e r i m e n t a r o n evoluciones bastante compara-
bles. De u n o y o t r o lado d e l Atlántico, a p a r t i r de u n a base
de elecciones populares p r o b a b l e m e n t e bastante pareci-
das, c o n el t r a n s c u r r i r d e l siglo XVII, c o n u n a frecuencia
cada vez mayor, las elecciones de santos patronos bene-
fician a las grandes figuras de la santidad que la r e f o r m a
católica se e m p e ñ a en p r o m o v e r . De u n espacio al o t r o ,
apenas aparecen algunos matices. Así, siendo tierra de u n a
cristiandad j o v e n , M é x i c o gusta menos de los m á r t i r e s san-
tos de los primeros tiempos del cristianismo que las ciudades
italianas y, en u n a m e d i d a m e n o r , las ciudades e s p a ñ o l a s .
En el Nuevo M u n d o , d u r a n t e el siglo XVII, se percibe tam-
b i é n el peso mayor de las instituciones eclesiásticas, de ma-
nera notable el de las ó r d e n e s religiosas, mientras que en
la Italia m e r i d i o n a l , los santos elegidos parecen m á s a me-
n u d o llevados de verdaderos entusiasmos populares.
N o fue sino hasta fines del p r i m e r tercio del siglo XVIII que
se da u n cambio. E n correspondencia c o n u n impulso co-
m ú n a t o d o el universo católico, la reciente y nueva p r o m o -
ción de i m á g e n e s patronas, los habitantes de las ciudades de
la Nueva E s p a ñ a e x p e r i m e n t a r o n p o r ellas u n embelesa-
m i e n t o que parece superar al de los napolitanos. Hay que
insistir en ello: entonces, y quizá p o r vez primera, la Nueva Es-
p a ñ a se a r r i e s g ó a superar u n m o v i m i e n t o impulsado desde
Europa. ¿ M a g i a sin par de la Guadalupana? ¿Felicidad de po-
der apoyarse finalmente en su p r o p i a casa e n protectores
aLitóctonos, cuando se sufría de u n a cruel carencia de santos
canonizados? A menos que en el m u n d o católico, la excepción
386 PIERRE RAGON

no sea el éxito de la imagen mexicana, sino m á s b i e n el éxi-


to n o desmentido de los santos napolitanos. ¿Hasta q u é
p u n t o la evolución de M é x i c o es original?
H a r í a falta, para decidir la c u e s t i ó n , conocer m e j o r el
resto de la catolicidad y ampliar el m a r c o de estudio a nue-
vos espacios. H a r í a falta, t a m b i é n , al i n t e r i o r m i s m o de la
Nueva E s p a ñ a , que u n a historia "a ras de suelo" nos per-
m i t i e r a c o m p r e n d e r m e j o r las exigencias de p r o t e c c i ó n co-
lectiva de los habitantes de las ciudades p e q u e ñ a s y de los
pueblos, de las poblaciones i n d í g e n a s y de los mestizos.
Que n o q u e p a d u d a : esos tiempos l l e g a r á n .

T r a d u c c i ó n : G e r m á n FRANCO T O R I Z
LOS SANTOS PATRONOS 387

SIGLAS Y REFERENCIAS

AHCCMP A r c h i v o Histórico d e l Cabildo de la Catedral Metro-


politana de Puebla.
AHCMM Archivo Histórico del Cabildo M u n i c i p a l de México.
AHCMP A r c h i v o H i s t ó r i c o d e l Cabildo M u n i c i p a l de Puebla.
AHCMV A r c h i v o H i s t ó r i c o d e l C a b i l d o M u n i c i p a l de V e r a c r u z .
AMINAH Archivo M i c r o f i l m a d o d e l Instituto Nacional de A n -
tropología e Historia, México.

ÁLVAREZ SANTALÓ, C , M . J. B u x ó y S. RODRÍGUEZ BECERRA ( c o o r d s . )

1989 La religiosidad popular. B a r c e l o n a : A n t h r o p o s , 3 vols.

APONTE M A R Í N , A .

1989 " C o n j u r o s y rogativas c o n t r a las plagas d e l a n g o s t a e n


J a é n ( 1 6 7 0 - 1 6 7 2 ) " , e n ÁLVAREZ SANTALÓ, B U X Ó y RODRÍ-
GUEZ BECERRA, v o l . 2 , p p . 5 5 4 - 5 6 2 .

BEJARANO, I . ( c o m p . )

1889 Actas de cabildo de la ciudad de México. M é x i c o : M u n i c i -


pio Libre.

CABRERA Y Q U I N T E R O , Cayetano

1981 Escudo de armas de México. M é x i c o : I n s t i t u t o M e x i c a n o


d e l S e g u r o Social.

CHRISTIAN, W i l l i a m

1991 La religiosidad local en la España de Felipe II. B a r c e l o n a :


Nerea.
388 PIERRE RAGON

CoULET, N.

1995 " D é v o t i o n s c o m m u n a l e s : M a r s e i l l e e n t r e saint V i c t o r ,


saint Lazare et saint L o u i s ( x i l T - x v 1 ' s i è c l e s ) " , e n
VAUCHEZ, p p . 119-133.

FROESCHLÉ-CHOPARD, Marie-Hélène

1994 Espace et sacré en Provence (XVf-XX' siècles). Cultes, images,


confréries. Paris: Cerf.

GARCÍA AVEC ARDO, C. y M . RAMOS M E D I N A ( c o o r d s . )

1993-1994 Manifestaciones religiosas en el mundo colonial americano.


M é x i c o : U n i v e r s i d a d I b e r o a m e r i c a n a - I n s t i t u t o Nacio-
n a l d e A n t r o p o l o g í a e H i s t o r i a - C o n d u m e x , 2 vols.

GERHARD, P e t e r

1986 Geografía histórica de la Nueva España. M é x i c o : U n i v e r -


sidad N a c i o n a l A u t ó n o m a d e M é x i c o .

GONZÁLEZ O B R E G Ó N , L u i s

1959 México viejo. M é x i c o : Patria.

G i i j o , G r e g o r i o M . de

1984 Diario. M é x i c o : P o r r ú a , 2 vols.

HOYO, Eugenio del (comp.)


1991 Primer libro de actas de cabildo de las minas de los Zacate-
cas, 1557-1586. Zacatecas: A y u n t a m i e n t o .

L E G E N T I L DE LA GELAISIÈRE, G . J. H . J . - B .

1779 y 1781 Voyages dans les mers de l'Inde. Paris: I m p r i m e r i e Roya-


le, 2 vols.

LÓPEZ DE VILLASEÑOR, P e d r o

1961 Cartilla vieja de la nobilísima ciudad de Puebla (1781).


México: I m p r e n t a Universitaria.

L O R E T O LÓPEZ, Rosalva

1994 " L a fiesta d e la C o n c e p c i ó n y las i d e n t i d a d e s colecti-


vas, P u e b l a ( 1 6 1 9 - 1 6 3 6 ) " , e n GARCÍA AYLUARDO y RAMOS
M E D I N A , v o l . 2, p p . 87-104.

M A R T Í N E Z ROSALES, .Alfonso

1993 " L o s p a t r o n o s j u r a d o s d e la c i u d a d d e San L u i s


P o t o s í " , e n GARCÍA A Y L I A R D O y RAMOS M E D I N A , v o l . 1,
p p . 107-123.
LOS SANTOS PATRONOS 389

ORSELLI, A . M .

1965 L'idea e el culto del Santo patrono cittadino nella letteratu-


ra latina cristiana. B o l o n i a : Z a n i c h e l l i .

PAREDES MARTÍNEZ, C a r l o s S a l v a d o r

1991 La región de Atlixco, Huaquechulay Tochimilco. La socie-


dad y la agricultura en el siglo XVI. M é x i c o : F o n d o d e
Cultura Económica.

POMPA Y POMPA, A . y j . LOPEZ ( c o o r d s . )

1970 y 1984 Actas de cabildo de la ciudad de Guadalaxara. Guadalaja-


ra: A C G - I J A H - I N A H , 2 vols.

PoWEI.L, P h i l i p W .
1977 La guerra chichi/meca (1550-1600). México: Secretaría
de E d u c a c i ó n P ú b l i c a .

RAGON, Pierre

1995 "Images m i r a c u l e u s e s , c u l t e des saints et h i s p a n i t é


dans le M e x i q u e c o l o n i a l (1648-1737)", e n VAUCHEZ,
p p . 481-495.

ROBLES, A n t o n i o d e

1972 Diario ele sucesos notables. M é x i c o : P o r r ú a , 3 vols.

SALLMANN, J e a n - M i c h e l

1994 Naples et ses saints à l'âge baroque (1540-1750). Paris: P U F .

SEDANO, F r a n c i s c o
1974 Noticias de México. M é x i c o : S e c r e t a r í a d e O b r a s y Ser-
vicios d e l D i s t r i t o F e d e r a l , 3 vols.

TORQUEMADA, J u a n d e

1975 Monarquía indiana. M é x i c o : P o r r ú a , 3 vols.

TRENS, M a n u e l

1992 Historia de Veracruz. X a l a p a : SEC.

VAUCHEZ, A . ( c o o r d . )

1995 "La r e l i g i o n civique à l ' é p o q u e m o d e r n e (chrétienté


et I s l a m ) " , e n Actas del coloquio de Nanterre, 21 a 23 de
junio de 1993. R o m a : Palais Farnese, « l ' É c o l e F r a n ç a i -
se d e R o m e , 2 1 3 » .

VENARD, M .

1995 " L a r e l i g i o n c i v i q u e e x p r i m é e p a r l ' i m a g e . Les saints


t u t é l a i r e s e t p r o t e c t e u r s d e l ' a n c i e n n e cité d ' A v i g -
non", e n V A U C H E Z , p p . 471-479.

Вам также может понравиться