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JUSTIÇA FEDERAL
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DE MATO GROSSO
JUÍZO DA PRIMEIRA VARA
Processo nº : 2008.36.00.018039-5
Prisão Preventiva
Requerente : Ministério Público Federal
DECISÃO
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Itaúba/MT, resultando em obtenção de vantagem pecuniária indevida, uma vez que
os imóveis objeto das desapropriações intentadas pelo Incra/MT estão localizados
sobre terras devolutas do Estado de Mato Grosso e/ou da União Federal. Esclarece
que, por tratar-se de vários imóveis que guardavam certa similitude (Fazenda
Chaparral, Fazenda Três Nascentes, Fazenda Alvorada, Alvorada I, Juvimará e
Minata), divergindo somente em alguns pontos, optou por descrever separadamente
as condutas atribuídas aos Requeridos, de acordo com os feitos expropriatórios
pertinentes.
É o relato. Decido.
FUNDAMENTAÇÃO
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De início, faz-se imperioso ressaltar que, juntamente com o
presente pedido, protocolizou o órgão ministerial denúncia em desfavor dos
Requeridos pela prática dos delitos de formação de quadrilha e estelionato
qualificado, processo nº 2008.36.00.018099-1, a qual fora recebida pelo Juízo nesta
data.
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Amazônica.
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absolutamente diversos e, portanto, em desconformidade com o que restou
asseverado inicialmente. Aduziu: a) a existência de vários Projetos de
Assentamento na região; b) a regular instrução do feito; e c) a existência de
demanda real. Na mesma esteira, o parecer do setor jurídico do órgão,
representado pelo Suplicado ANILDO BRAZ DO ROSÁRIO. Mais à frente, o
Requerido ANTONIO REGINALDO GALDINO DELGADO emitiu parecer favorável à
desapropriação da Fazenda Juvimará, salientando a sua viabilidade para a criação
de assentamento para fins de reforma agrária.
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e RAIMUNDO ZANON firmaram acordo extrajudicial para a aquisição do imóvel em
questão, havendo MARCOS ANTÔNIO ROCHA E SILVA atestado a legalidade do
procedimento, bem assim declarando que se tratava de área estratégica e
necessária para diminuir os graves problemas sociais existentes na região Norte do
Estado de Mato Grosso, encaminhando o pleito à Brasília.
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tranquilamente, aferir presentes indícios suficientes à instauração de ação penal
contra os Suplicados, tanto que fora recebida a denúncia respectiva nos autos da
ação penal nº 2008.36.00.018099-1. A simples instauração de ação penal, porém,
não se mostra, por si só, suficiente à segregação da liberdade dos Requeridos.
Além da evidência da prática criminosa, faz-se mister a demonstração do “periculum
in mora”.
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seja realizada. Ou seja, não pode o aparato estatal omitir-se na garantia da ordem
pública, que vem sendo violada pelas ações criminosas dos Suplicados, que gozam,
aliás, de poder administrativo e de mobilidade na defesa dos interesses da suposta
quadrilha.
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MORAIS, JOSÉ GAGLIARDI NETO e DJALMA RODRIGUES PORTO pela posição
e cargo que ocupam, e ante a ligação existente entre os membros da organização,
podem atuar efetivamente em prejuízo à colheita de provas, intimidando
testemunhas e fazendo desaparecer documentos pertinentes aos
feitos/procedimentos expropriatórios objeto da ação penal em apenso, conforme
reconhecido na declaração anexa aos autos. Nesta, aliás, constata-se a real
possibilidade de que a instrução criminal venha a ser prejudicada por ações dos
Suplicados.
D I S P O S I T I V O
9/10
Indefiro o pedido de prisão preventiva de SALETE
TEREZINHA MALAGURTI ZANON.
Intimem-se.
Juiz Federal
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