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Pessoal, como todos bem sabem, além de Empresário, atuo como Gerente de Projetos e professor em
curso de pós-graduação. Desta forma, esta a muito tempo, devendo um post aqui sob o contexto
comparativo entre a Pedagogia x Andragogia. Busquei em inúmeras bibliografias, um texto que pudesse
trazer a luz do entendimento esta diferença. Encontrei um site muito legal que trata este assunto:
http://www.andragogia.com.br do Mestre Rodrigo Goecks, o qual extrai um pequeno trecho para postar
aqui.
Esse artigo, tem como elemento de indagação, um impasse conceitual que visa o universo educacional,
a diferença entre Andragogia e a Pedagogia, particularmente no período pós Lei de Diretrizes e Bases,
publica em 1996. Apresentaremos uma reflexão sobre alguns elementos fundantes do campo da
Andragogia e a diferença básica com a Pedagogia, vista na amplitude dos processos educacionais.
Os princípios da Pedagogia:
De acordo com a perspectiva das Diretrizes Curriculares, o profissional de Pedagogia, atua nas seguintes
areas:
– docência na Educação Infantil, nos anos iniciais do Ensino Fundamental, nas disciplinas pedagógicas do
curso de Ensino Médio na modalidade Normal, assim como em Educação Profissional, na área de
serviços e apoio escolar, além de em outras áreas (educação indigna, de jovens e adultos, de portadores
de necessidades especiais, e outras áreas emergentes no campo sócio-educacional, tal como a Educação
e Saúde) nas quais conhecimentos pedagógicos sejam previstos;
– gestão educacional, entendida numa perspectiva democrática, que integre as diversas atuações e
funções do trabalho pedagógico e de processos educativos escolares e não-escolares, especialmente no
que se refere ao planejamento, à administração, à
Existem inúmeros teóricos que escrevem sobre a pedagogia. Malcolm Knowles foi um dos primeiros
autores a analisar com profundidade as diferenças principais entre a pedagogia (ensino de crianças) e a
maneira como o adulto busca o seu conhecimento (andragogia).
Para descrever sobre a andragogia, é necessário que se conheça os seus princípios, listados abaixo.
Os princípios da Andragogia:
Necessidade de saber: o adulto precisa entender o porquê do aprendizado e qual o ganho que ele terá
com o processo. Nesse sentido, é importante demonstrar os gaps e os resultados esperados.
2. Autoconceito: adultos são responsáveis por suas ações e querem ser vistos dessa forma. Portanto, a
relação professor-aluno que o coloque em uma posição passiva pode criar um conflito. O educador deve
criar experiências que ajudem o participante a fazer a transição de aluno dependente para auto-
orientado.
3. O papel das experiências: necessariamente, o adulto chega à sala de aula com muito mais experiência
do que uma criança. O aprendizado será muito mais rico e intenso se cada participante sentir a
oportunidade de contribuir no processo. O adulto é a sua experiência de vida, portanto, negar sua
experiência é negar a pessoa.
4. Prontidão para aprender: o adulto estará mais disposto a aprender as coisas que necessita para
atingir resultados positivos em situações reais de seu dia a dia, ou seja, a necessidade gera prontidão.
Uma forma de demonstrar isso ao participante pode ser expondo-o a oportunidades de realizar um
grande desempenho ou por meio de coaching.
6. Motivação: embora alguns fatores externos possam ser importantes motivadores (melhores salários,
promoções, etc.), os aspectos intrínsecos geram uma motivação muito mais ativa. Dessa forma, devem
ser levados em conta programas que auxiliem no desenvolvimento de uma maior auto-estima,
satisfação no trabalho ou qualidade de vida.
Andragogia é a arte de ensinar aos adultos, que não são aprendizes sem experiência, pois o
conhecimento vem da realidade (escola da vida). O aprendizado é factível e aplicável. Esse aluno busca
desafios e soluções de problemas, que farão diferenças em suas vidas. Busca na realidade acadêmica
realização tanto profissional como pessoal, e aprende melhor quando o assunto é de valor imediato. O
aluno adulto aprende com seus próprios erros e acertos e tem imediata consciência do que não sabe e o
quanto a falta de conhecimento o prejudica. Precisamos ter a capacidade de compreender que na
educação dos adultos o currículo deve ser estabelecido em função da necessidade dos estudantes, pois
são indivíduos independentes autodirecionados.
São relações horizontais, parceiras, entre facilitador e aprendizes, colaboradores de uma iniciativa
conjunta, em que os empenhos de autores e atores são somados. A metodologia de ensino e
aprendizagem fundamenta-se em eixos articuladores da motivação e da experiência dos aprendizes
adultos.
Nesse processo os alunos adultos aprendem compartilhando conceitos, e não somente recebendo
informações a respeito. Desta coexistência e participação nos processos de decisão e de compreensão
podem derivar contornos originais de resolução de problemas, de liderança, identidades e mudanças de
atitudes em um espaço mais significativo.
Conforme mencionado pelo professor Roberto Giancaterino, “os conceitos inerentes ao modelo
andragógico têm subjacente, uma definição de adulto que implica a capacidade de este ser responsável
por si próprio nos diferentes contextos de vida.”
Infelizmente o nosso sistema acadêmico cresce em ordem inversa: disciplinas e professores constituem
o centro educacional. Na educação convencional, com a utilização da pedagogia, é exigido do estudante
ajustar-se ao currículo estabelecido; na educação de adulto, com a utilização da andragogia, o currículo
é construído em função da necessidade do estudante. Neste interim, todo adulto se vê envolvido com
situações específicas de trabalho, de lazer, de família, da comunidade, etc. – situações essas que exigem
ajustamentos.
O adulto começa nesse ponto. As matérias (disciplinas) só devem ser introduzidas quando necessárias.
Textos e professores têm um papel secundário nesse tipo de educação; eles devem dar a máxima
importância ao aprendiz.
Os adultos são conscientes de suas decisões de vida e esperam ser tratados pelos demais como
indivíduos capazes de se autogerir. Esta atenção não pode faltar também a outros aspectos que se
relacionam com o perfil do estudante adulto.
Ante ao exposto, denota-se salientar que, para se atender as expectativas do público adulto – é
necessário que sejam introduzidos o conceitos andragógico nos currículos e abordagens didáticas dos
cursos superiores.
Os acadêmicos precisarão de que lhes seja dito o que aprender e lhes seja indicado o melhor caminho a
ser seguido. Mas devem ser estimulados a trabalhar em grupos, a desenvolver idéias próprias, a
desenvolver um método pessoal para estudar, a aprender como utilizar modo crítico e eficiente, os
meios de informação disponíveis para seu aprendizado.
CONCLUSÃO
Neste século, vivemos diante de uma economia com mudanças constantes e em todas as áreas. Quanto
mais céleres as mudanças, maior o seu impacto sobre os estudantes em geral, porque eles têm que se
adaptar rapidamente à nova situação.
A concepção do aprender a aprender como um processo evolutivo, coloca nas decisões dos estudantes
autiais a capacidade e a responsabilidade de ser um co-construtor de um projeto de futuro desejado. A
convivência com o excesso de informações e sensações impostas pelo mundo atual não lhe deixa outra
alternativa que não a de desenvolver essa habilidade de “aprender a aprender”.
Principais teóricos:
Malcolm Knowles
Malcolm Knowles é o autor que desenvoveu a Andragogia. Em sua teoria, ele considera pontos
interessantes e bastante atuais que evidenciam por que um aluno se envolve ou não em um processo de
aprendizado. Isso inclui a valorização de experiências já vividas, a forma como o próprio adulto se
enxerga dentro de sala de aula, quais são as expectativas e motivações e como isso se dá na “vida real”,
de volta ao ambiente de trabalho.
Exploramos também a abordagem de outros autores para conceber novas tecnologias de aprendizagem.
Bob Pike propõe uma série de dinâmicas para que o instrutor saiba aproveitar os diferentes níveis de
conhecimento de cada aluno dentro de um grupo. O LAB utiliza estes parâmetros para promover aulas
mais interessantes e participativas. Já David Kolb sugere a utilização de experiências como mediadora
entre o aprendizado e a vida real do participante, para consolidar o conteúdo estudado. O LAB se apóia
neste conceito para incentivar a reflexão, a observação e realização de atividades vivenciais que
transportam a teoria para a prática.
Bibliografia
COELHO, J. Augusto, 1861-1927 – Princípios de pedagogia / J. Augusto Coelho. – São Paulo : Teixeira &
Irmão, 1891-1893. – 4 v. ; 23 cm