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Leitura Complementar n° 1 – Módulo 2

Classificação das Receitas Públicas

Sérgio Ricardo de Brito Gadelha

De acordo com Rezende (2001, p. 151-152), as receitas orçamentárias podem ser classificadas
sobre três óticas principais: (a) da captação de recursos; (b) da origem de recursos; (c) do
orçamento a que estão vinculadas.

Sob a ótica da captação de recursos, as receitas são consideradas próprias ou de


transferências. As receitas próprias são as receitas arrecadadas pelas próprias entidades
encarregadas de sua aplicação. Por exemplo, o Imposto de Renda é uma receita própria da
União, o ICMS é uma receita própria dos Estados/Distrito Federal. Já as transferências são
provenientes do repasse de recursos captados por outras instituições, por exemplo, o Fundo
de Participação dos Estados e Municípios, que são receitas transferidas pela União a essas
esferas.

Quanto à ótica da origem dos recursos, a classificação adotada estabelece as seguintes


categorias de receitas:

• Receita Tributária: inclui as receitas definidas como tributos pelo Código Tributário
Nacional, a saber, impostos, taxas e contribuições de melhoria.

• Receita de Contribuições: inclui as contribuições sociais (Contribuição para o


Financiamento da Seguridade Social, Contribuição para o Salário-Educação,
Contribuição de Empregadores e Trabalhadores para a Seguridade Social, etc.) e as
contribuições econômicas (Contribuição para o Programa de Integração Nacional –
PIN, Contribuição para o Proterra, Contribuição pela Exploração de Recursos Minerais,
etc.);

• Receita Patrimonial: refere-se ao resultado financeiro da exploração do patrimônio,


dividindo-se em receitas imobiliárias (aluguéis, arrendamentos, taxas de ocupações de
imóveis, etc.), receitas de valores mobiliários (juros, dividendos, remunerações de
depósitos bancários, etc.) e receitas de concessões e permissões (outorga dos serviços
de telecomunicações, de radiodifusão, de serviços de transporte, etc.);

• Receita Industrial: proveniente da venda de mercadorias ou serviços relativa a


atividades de natureza empresarial, incluindo a receita da indústria de transformação
e da construção;

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• Receita de Serviços: inclui serviços comerciais, financeiros, de transporte, de


comunicação, de saúde, etc.

No que se refere à ótica do orçamento a que estão vinculadas, há as receitas do orçamento


da seguridade social e as receitas do orçamento fiscal. As receitas da seguridade social são
basicamente as contribuições definidas no art. 195 da Constituição Federal e as receitas
diretamente arrecadadas pelos órgãos da seguridade social. As receitas do orçamento fiscal,
por sua vez, são formadas pelas receitas de impostos, de contribuições econômicas e demais
receitas dos órgãos não ligados à seguridade social.

A figura a seguir sintetiza essa classificação:

Figura: Óticas das Receitas

Óticas da Receita
Orçamentária

Ótica da Captação Ótica da Origem Ótica do


de Recursos dos Recursos Orçamento

Orçamento da
Próprias Transferências Tributária
Seguridade Social

Receitas do
Correntes Correntes Contribuições
Orçamento Fiscal

Capital Capital Patrimonial

Industrial

Agropecuária

de Serviços

Fonte: Conteudista

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Por último, tanto as receitas próprias quanto as transferências podem ser classificadas em
termos econômicos, a saber, receitas correntes e de capital, nos termos dos parágrafos 1º e
2º do art. 11 da Lei nº 4.320/1964. Tal distinção se baseia na existência ou não de algum pré-
requisito para aplicação da receita, bem como no caráter recorrente ou não do ingresso. As
receitas correntes são arrecadadas dentro do exercício financeiro, aumentam as
disponibilidades financeiras do Estado, em geral com efeito positivo sobre o Patrimônio
Líquido, e constituem instrumento para financiar os objetivos definidos nos programas e ações
orçamentários, com vistas a satisfazer finalidades públicas. De acordo com o parágrafo 1º do
art. 11 da Lei nº 4.320/1964, classificam-se como receitas correntes: as receitas provenientes
de tributos; de contribuições; da exploração do patrimônio estatal (Patrimonial); da
exploração de atividades econômicas (Agropecuária, Industrial e de Serviços); de recursos
financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a
atender despesas classificáveis em Despesas Correntes (Transferências Correntes); por fim, as
demais receitas que não se enquadram nos itens anteriores (Outras Receitas Correntes)
(BRASIL, 2013, p. 13).

Já as receitas de capital também aumentam as disponibilidades financeiras do Estado e são


instrumentos de financiamento dos programas e ações orçamentários, a fim de se atingirem
as finalidades públicas. Porém, de forma diversa das receitas correntes, as receitas de capital
em geral não provocam efeito sobre o Patrimônio Líquido (BRASIL, 2013, p. 13). Por seu turno,
as receitas de capital são aquelas cujos fluxos são mais irregulares – incluindo as operações
de crédito e o resultado de alienação do patrimônio – ou que se referem a transferências
previamente vinculadas a despesas de capital.

De acordo com o parágrafo 2º do art. 11 da Lei nº 4.320/1964, com redação dada pelo
Decreto-Lei nº 1.939/1982, receitas de capital são as provenientes tanto da realização de
recursos financeiros oriundos da constituição de dívidas e da conversão, em espécie, de bens
e direitos, quanto de recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado e
destinados a atender despesas classificáveis em despesas de capital (BRASIL, 2013, p. 13).

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Referências
REZENDE. F. Finanças Públicas – 2ª edição. São Paulo: Atlas, 2001.
BRASIL. Secretaria do Tesouro Nacional. Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor
Público: aplicado à União e aos Estados, Distrito Federal e Municípios – 5ª edição. Brasília:
Secretaria do Tesouro Nacional, Subsecretaria de Contabilidade Pública, Coordenação-Geral
de Normas de Contabilidade Aplicadas à Federação, 2013.

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Para conhecer com mais detalhes as diversas classificações de receitas públicas, sugerimos a leitura
dos materiais abaixo, disponíveis na internet:
Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público: <http://www.tesouro.fazenda.gov.br/-/mcasp>.
Acesso em: 08 agosto 2017.
Manual Técnico de Orçamento: <http://orcamentofederal.gov.br/informacoes-orcamentarias>.
Acesso em: 08 agosto 2017.

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