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- Subjetividade da linguagem.
Estabelece a oposição entre dois níveis de significação: o semiótico e o semântico.
Semiótico: Cada signo é distintivo em relação aos demais, dotado de valores
opositivos. Não interessa a relação do signo com coisas denotadas nem da língua com o
mundo.
Semântico: Resulta da atividade do locutor que coloca a língua em ação.
Não estabelece uma visão idealista do sujeito.
- Concepção do aparelho formal da enunciação.
Benveniste mostra que a lingüística da forma e a da enunciação se opõem porque a
primeira descreve as regras responsáveis pela organização sintática da língua e a
segunda, além da função da primeira, inclui a enunciação.
Enunciação é “colocar a língua em funcionamento por um ato individual de
utilização”.
“O aparelho formal da enunciação é uma espécie de dispositivo que as línguas têm
para que possam ser enunciadas. Esse aparelho nada mais é do que a marcação da
subjetividade na estrutura da língua”.
- Os manuais ditos introdutórios levam o leitor leigo a erros. Eles associam a lingüística
a uma ciência restritiva e atribuem à palavra linguagem e à palavra ciência conceitos
únicos. A isso se acrescenta o fato de que o conceito de ciência para um estruturalista
não é o mesmo de um gerativista.
- Termos como discurso, texto, enunciado, enunciação, sentença sofrem a oscilação
conceitual.
- A lingüística da enunciação não pode ser avaliada com os padrões de cientificidade de
outras teorias, porque ela é subjetiva, diferentemente das outras.
- A ENUNCIAÇÃO é uma ciência da mesma maneira que a psicanálise. Para a
psicanálise há o inconsciente para todo sujeito, mas o “inconsciente” muda de sujeito
para sujeito, é particular. A enunciação existe em todos os falantes, mas também é
singular.