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A música da antiguidade clássica, sobretudo a música grega estabeleceu as bases para todo o
sistema de modos e escalas utilizado na música ocidental.
Índice [esconder]
1 Mesopotâmia
1.1 Sumérios
1.2 Assírios
2 Egito
3 Hebreus
4 Índia
5 China
6 Ver também
7 Bibliografia
Foram encontrados também, vestígios de diversos instrumentos avançados para a época. Uma
harpa de cordas percutidas, ancestral do Piano, flautas de cana e de prata, liras de cinco a onze
cordas, uma espécie de alaúde de braço longo e uma harpa com coluna de apoio (por volta do
Século XXV a.C.).
Estudiosos acreditam que a música no Antigo Egito tenha origens tão remotas como a da
Mesopotâmia. Graças a afrescos em templos e túmulos, é possível reconstruir com relativa
precisão o desenvolvimento dos instrumentos musicais e o uso da música na civilização egípcia.
Entre o Sexto e o Quarto milênio a.C., após o estabelecimento das primeiras cidades, a dança era
a principal manifestação musical e os instrumentos provavelmente vieram do sul da África e da
Suméria.
Na época do Império Antigo, entre a III e X Dinastias, c. 2635 a 2060 a.C., a música egípcia viveu
seu auge. Muitas representações mostram pequenos conjuntos musicais, (com cantores, harpas
e flautas) e inscrições coreográficas descrevem danças realizadas para o Faraó. Acredita-se que
este tenha sido o período de maior florescimento da arte musical egípcia .
No Império Médio (XI a XVII dinastia) conjuntos maiores e até orquestras são representados.
Entre os instrumentos , há harpas, alaúdes, liras, flautas, flautas de palheta dupla (oboés),
trombetas, tambores e crótalos. No Império Novo (XVIII a XX dinastia), estes instrumentos se
aperfeiçoam. A música passa a ter papel ritual e militar.
A cultura musical do Egito Antigo entrou em decadência junto ao próprio Império. Com as
sucessivas invasões, a música do Egito passou a ser influenciada pelos gregos e romanos,
perdendo totalmente sua independência. Músicos gregos são contratados para integrar a corte e
trazem consigo alguns de seus instrumentos. Até uma espécie de órgão hidráulico foi
encontrado. Alguns musicólogos acreditam que os últimos vestígios da música faraônica ainda
possam ser identificados na liturgia copta.
Graças à Torá e à extensa coletânea de textos religiosos legada pelos hebreus e judeus, é possível
reconstruir com relativa precisão a história da música desse povo. Embora haja referências à
música entre os descendentes de Adão, é provável que a música do povo hebreu só tenha
conhecido seu desenvolvimento pleno e independente após o reinado de Davi (c. 1000 a 962
a.C.). Antes disso, o povo hebreu era composto de tribos nômades e provavelmente sua música
sofreu influências de todos os povos com que conviveu, como os caldeus, babilônios e egípcios.
Somente após a fixação das 12 tribos em Canaã (c. de 1250 a.C.) é que a música hebraica pode
conhecer um desenvolvimento próprio. Infelizmente não há registros que tratem dos sistemas
teóricos, escalas, estilos ou documentos sobre organologia.
O papel social da música, no entanto é bem conhecido e os textos do Antigo Testamento estão
repletos de relatos sobre instrumentos e sua utilização religiosa ou em festas. Entre os
instrumentos mais utilizados estão vários tipos de instrumentos de sopro (trombetas e trompas,
como o shofar, flautas, oboés), percussão (tambores, sistros e crótalos) e cordas (como liras,
cítaras e harpas). A música tinha papel importante nas festividades e nas atividades do Templo
de Jerusalém.
A mitologia hindu diz que Shiva ensinou a música aos homens há cerca de 6 mil anos. No
entanto, os achados arqueológicos demonstram que é pouco provável que uma civilização
sedentária se tenha estabelecido no vale do Indo antes de 2500 a.C.. A civilização pré-ariana
tornou-se prospera e é provável que uma cultura musical própria tenha se desenvolvido,
possivelmente com influências da Mesopotâmia. Embora os Vedas (escritos entre 1500 a.C. e
500 a.C.]]) documentem a importância religiosa da música na civilização indiana e forneçam
extensa informação mitológica, nenhum documento ou informação precisa sobre como seria
essa música foi encontrado. Desse fato decorre que pouco ou nada se sabe sobre os
instrumentos, escalas e toda a teoria musical na Índia Antiga.
O sistema de escala chinês (sistema Lyu), baseado em tubos diapasões que fixam as relações de
intervalos foi criado no reinado de Huang-Ti (2698 a.C. a 2598 a.C). Este sistema continua em uso
até hoje com pouquíssimas alterações. Não se sabe se houve um sistema de notação, pois um
decreto imperial em 212 a.C. ordenou a queima de todos os livros. Apesar disso, a música
sobreviveu através de ensinamentos tradicionais e influenciou a música de todos os países do
leste asiático.
Categoria
Música da Antiguidade
História da arte
Musicologia
CANDÉ, Roland de (2001). História Universal da música. 2 volumes. São Paulo: Martins Fontes.
ISBN 8533615000
WELLESZ, Egon, ed. (1957). New Oxford History of Music, Vol. 1: Ancient and Oriental Music.
WISNIK, José Miguel (1999). O Som e o Sentido. São Paulo: Cia das Letras. ISBN 8571640424
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