Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
As árvores, não.
Solitárias, as árvores,
exauram terra e sol silenciosamente.
Não pensam, não suspiram, não se queixam.
Estendem os braços como se implorassem;
com o vento soltam ais como se suspirassem;
e gemem, mas a queixa não é sua.
antónio gedeão
Obra Poética, Lisboa, edições JSC, 2001
A árvore é fonte de ar
Que todos necessitamos para respirar
Devemos todos respeitar
Para que nunca possa faltar
2. E assim... Foi tomada por uma doce emoção... Saudades de sua Ilha... numa noite de
verão... Um vento passou suspirando... E a velhinha num embalo... Sacudiu-se toda
balançando... E...Sonhou com muitas histórias, um doce regalo... Sentia o riso da
cigarra... E da formiga, sua garra... O zumbido dos insetos e seus carinhos... E dos
passarinhos toda cantoria... Abrigados em seus galhos e ninhos... Gostava muito de
contar suas histórias e de toda essa euforia... Mas... tcham... tcham... tcham...
tcham... Quando acordou que decepção!... Estava no meio da escuridão... E logo
sentiu que acabava... Com imenso horror e medo!... Da solidão pavorosa que a
atacava... Quando... a lua sumiu e o vento veio mais cedo... Queria correr, mas não
dava... E a pobre velhinha, estava petrificada... Era uma solitária situação
enraizada... Assim a velha árvore ficava a imaginar... Queria um dia de verão neste
momento fugaz... Alguém para lhe salvar e depois pode voar... Como os insetos para
onde lhes apraz...
3. Até que... Até que o inverno chegou... E com muito frio se espalhou... No entanto a
formiguinha... Decidiu ficar na área... Estava preocupada, a pequeninha!... Era
somente uma humilde operária... Olhando imensamente para aquela escuridão...
Tudo desconhecia de sua grande missão... E na Ilha Encantada, perto da boa
velhinha... Foi buscar abrigo e proteção... Encontrou uma casinha... Para melhorar
sua situação... Aconchegante! Quentinha!... Isso era tudo o que tinha... Foi entrando
de mansinho... E... Qual não foi sua surpresa... Nesse mundo tão quentinho... Estava
tudo uma beleza... Aconteceu entretanto... Que uma cigarra era a questão... De tanto
cantar sua canção... Foi expulsa pela formiga... De toda Ilha e daquela região...
Arranjou uma inimiga... Não encontrava uma explicação...
4. A cigarra estava a vagar... Abandonada, quase à morte... Mas, de repente, que boa
sorte... Encontrou uma casinha... _Oba! Uma toca, um acalanto... Correu, correu, bem
depressinha... Precisava se aquecer no seu canto... Aconchegante! Quentinha!... Isso
era tudo o que tinha... Foi entrando de mansinho... E... Qual não foi sua surpresa...
Nesse mundo tão quentinho... Estava tudo uma beleza... Deu de cara com sua
inimiga... E agora, se não era a terrível formiga... Assim, começou a cantar bem
devagar... Que mundo tão pequenino!... Agora ia ter que enfrentar... Era obra do
destino!... E que destino!!!!! E assim todos foram buscar proteção... No inverno ou no
verão... Na Ilha Encantada nos galhos da boa velhinha... Suas casas construíram...
Mosca, mosquito e joaninha... Uns chegaram, outros partiram...
Ruy Belo