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As Teorias sobre as Formas de Governo

XI Salão de
Iniciação Científica
PUCRS

Elaine Ticiana Polizel, Beatriz Barbosa Kachiyama, Tarcísio Vilton Meneghetti, Josemar Sidinei
Soares (orientador)

Curso de Direito, UNIVALI – Universidade do Vale do Itajaí, Grupo de Pesquisa e Extensão Paidéia

Resumo

Introdução

De modo geral, todas as teorias sobre as Formas de Governo apresentam dois


aspectos: um descritivo, o outro prescritivo. No primeiro, o estudo das Formas de Governo é
baseado na experiência histórica conhecida e analisada pelo observador, podendo tomar como
exemplo, as primeiras classificações das Formas de Governo, como as de Platão e Aristóteles,
pois se basearam em dados extraídos da observação histórica, examinando os modos de como
vinham se organizando as cidades helênicas, a partir da idade de Homero. O presente trabalho
tem por objetivo tratar sobre as mais variadas formas de governo. E para a melhor
compreensão é necessário fazer um estudo sobre as principais teorias propostas
principalmente por Platão, Aristóteles, Maquiavel e Montesquieu baseados na perspectiva de
Norberto Bobbio, autor do livro A Teoria das Formas de Governo.

Metodologia

O trabalho foi produzido através do método indutivo, utilizando-se da pesquisa


bibliográfica.

Resultados (ou Resultados e Discussão)

A discussão sobre as formas de governo inicia-se com clássica e fictícia teorização de


Heródoto, na sua História (Livro III, §§ 80-82), na qual as três modalidades de governo se
propõem pela primeira vez, sendo: o governo de muitos, de poucos e de um só, ou seja,

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“democracia”, “aristocracia” e “monarquia”, sendo cada forma de governo defendida por cada
um de seus três personagens respectivamente: Otanes, Megabises e Dario.
No diálogo apresentado por Platão (428-347 a.C.) na obra A República, cuja principal
idéia é descrever uma república ideal, Platão afirma que os Estados que realmente existem, os
Estados reais, são corrompidos. Enquanto o Estado perfeito é um só (e não pode deixar de ser
assim, visto que só pode haver uma constituição perfeita). Ou seja, a tipologia das formas de
governo de A República, inclui só formas más (apresentadas no livro oitavo, que são em
ordem decrescente, as quatro seguintes: timocracia, oligarquia, democracia e tirania).
As teorias clássicas das formas de governo aparecerão com mais freqüência em
Aristóteles (384-322 a.C.) na obra Política, onde o autor privilegia as virtudes (justiça,
caridade e generosidade), tidas como propensas tanto a provocar um sentimento de realização
nas pessoas em que agem como beneficiar a sociedade em que vive. Para Aristóteles, o Estado
deve zelar pelo ideal da vida humana perfeita. O governo é dividido de três formas: 1)
Monarquia: cujo governo é de um homem só, de caráter hereditário, que visa o bem comum,
como a obediência ás leis e ás tradições; 2) Aristocracia: poder onde o Estado é governado
por um pequeno grupo de pessoas físicas; 3) Politéia: governo do povo, onde exerce respeito
ás leis e que beneficia a todos. Essas três formas eram consideradas como puras e perfeitas,
pois todas elas visam ao bem da coletividade. Três são as formas de governo e três são os seus
desvios, são elas: 1) Tirania: forma distorcida de Monarquia, onde o governo é de um homem
só que ascende ao poder por meios ilegais; 2) Oligarquia: forma impura de Aristocracia cujo
governo pertence a um grupo economicamente poderoso; 3) Democracia: governo do povo,
da maioria que exerce o poder, favorecendo preferencialmente os pobres. Aristóteles também
conceitua o Governo Ideal, que é apoiado na classe média e as cidades que possui essa
condição serão bem governadas, sendo chamada de Governo Misto ou Timocracia.
(BOBBIO, 2000, p. 56-57)
Com Maquiavel (1469-1527) ocorrem as evoluções importantes na história do
pensamento político, entre elas uma nova classificação das formas de governo, onde passam
de três a duas: principados e repúblicas. Sendo o principado correspondente ao reino, e a
república correspondente tanto à aristocracia como à democracia. Para Maquiavel, o que
importa são os resultados e não a ação política em si, sendo legítimos os usos da violência
contra os que se opõe aos interesses estatais.
E o último autor a ser citado, não menos importante é o Montesquieu, e tendo como
obra principal O Espírito das Leis, desde o primeiro capítulo, intitulado “Das Leis em Geral”,

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fica claro o interesse de Montesquieu em descobrir as leis que governam o movimento e as
formas das sociedades humanas, para tornar possível a elaboração de uma teoria da sociedade.
Mas é no Livro II no capítulo intitulado como “Da Natureza dos Três Diferentes Tipos de
Governo”, que Montesquieu aborda as três formas de governo (republicano, monárquico e
despótico). Portanto, é possível notar que as duas primeiras formas de governo correspondem
às duas formas de Maquiavel, mas se considerarmos a definição de despotismo, criada por
Maquiavel, veremos que ele define nos mesmos termos com que vinha se definindo a tirania,
portando a terceira forma de governo apresentada por Maquiavel corresponde a uma das
formas más ou corrompidas.
Diante da variedade das formas de governo apresentadas, pode-se afirmar que há três
posições possíveis: a) todas as formas existentes são boas; b) todas são más; c) algumas são
boas, outras são más. Geralmente, a primeira posição afirma que as formas de governos
apresentadas são de acordo à situação histórica que as produziram, e não poderia em hipótese
alguma, produzir outra. Em Platão, encontramos um exemplo da segunda posição, pois para
ele as formas de governos reais são más, pois elas representam uma corrupção da única forma
boa, que é ideal. E a última posição é mais freqüente, usada numa das mais importantes obras
de Aristóteles, A Política. (BOBBIO, 2000, p.34)

Conclusão

Portanto, compreender as formas de governo tornou-se fundamental no estudo do


direito, ou em qualquer outra área que esteja relacionada com as demais ciências sociais, visto
que se considerarmos a sociedade política a forma mais intensa e vinculante de organização
de vida coletiva, a primeira constatação de qualquer observador da vida social é a de que há
vários modos de determinar essa organização, e o único modo de determiná-las é conhecendo
as suas mais variadas formas.

Referências
ARISTÓTELES, Política. São Paulo: Martin Claret. 2003.

BOBBIO, N., A Teoria das Formas de Governo. Brasília: UnB. 2000.

MAQUIAVEL, N., O Príncipe. São Paulo: Martin Claret. 1997.

MONTESQUIEU, Do Espírito das Leis. São Paulo: Martin Claret. 2002.

PLATÃO, A República. São Paulo: Martin Claret. 2006.

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