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Melhores práticas: Universidade Corporativa da Indústria da Paraíba em


17/04

Universidade Corporativa Setorial: A Experiência da Universidade Corporativa


da Indústria da Paraíba – UCIP

Apresentação

A educação voltada para o setor produtivo e para o mercado de trabalho é


hoje um tema central na agenda de desenvolvimento do país. Uma indústria
com profissionais qualificados é condição fundamental para alcançar níveis
de competitividade necessários à sua inserção no cenário internacional.
Nesse sentido, este artigo se propõe a apresentar as características do
modelo de universidades corporativas setoriais e reconhecer a sua
importância para promover a competitividade de setores produtivos,
apresentando a experiência da Universidade Corporativa da Indústria da
Paraíba – UCIP, abordando as suas metodologias de atuação.

Considerações Iniciais

Estamos vivendo um processo de grandes transformações, condicionado por


números fatores, entre os quais, os avanços científicos e tecnológicos que
multiplicam as informações, distribuem o conhecimento e influenciam
sistemas políticos, econômicos e sociais. Diante dos desafios do mundo
atual, busca-se um modelo de educação que contribua para gerar novos
ambientes de aprendizagem, capazes não apenas de acompanhar e
incorporar a evolução da ciência, da técnica e da tecnologia, mas de
desenvolver no homem a sua capacidade de pensar.
O desafio de construir uma sociedade educativa está, portanto, em procurar
instrumentos que, articulados entre si, ajudem a melhor compreender as
transformações contemporâneas. É preciso que educadores, cientistas,
profissionais e demais membros da comunidade abandonem antigas
concepções e comecem a refletir sobre os objetivos da educação diante de
uma nova “sociedade da informação e do conhecimento”. No cenário que se
descortina, o sucesso econômico consistente e auto-sustentável estará cada
vez mais apoiado na inovação com base no conhecimento e na capacidade
tecnológica e industrial, ou seja, o país que não tiver suficiência tecnológica
industrial, ainda que disponha do capital, de recursos humanos e das
matérias-primas, estará condenado a gravitar em torno dos países mais
competitivos.
Essa pressão crescente em termos de competitividade a nível internacional
requer, por parte dos sistemas de educação, qualidade, inovação,
investigação e a formação voltada para o mundo dos negócios como eixos
fundamentais para aquisição de saberes e competências.
É nesse contexto de competitividade, no qual a questão educação torna-se
estratégica, que se situa o tema denominado Universidades Corporativa.
A expressão Universidade Corporativa está definida como um ambiente de
aprendizagem no qual todos os funcionários e todos os elementos do sistema
comercial da empresa compreendam a importância da aprendizagem
contínua vinculada a metas empresariais (EBOLI, 2000).
Essa definição, bastante simples, traz carrega consigo um extenso, complexo
e poderoso instrumento estratégico para o desenvolvimento das empresas; é
uma iniciativa organizacional que visa garantir um processo contínuo e
estruturado de aprendizagem vinculada aos objetivos estratégicos
organizacionais. É também um sistema de desenvolvimento de pessoas,
pautado pela gestão por competências, cujo papel é o de servir de ponte
entre o aprimoramento pessoal e a estratégia de atuação da instituição.
De forma geral, o objetivo principal de uma Universidade Corporativa é o
desenvolvimento das competências profissionais, técnicas e gerenciais
consideradas essenciais ou críticas de cada organização para a viabilização
das estratégias negociais.
Em um enfoque progressivo, surge um novo movimento: o das universidades
corporativas setoriais. As competências críticas, antes trabalhadas
internamente pelas organizações, tanto públicas quanto privadas, começam
a ser compartilhas por organizações que atuam no mesmo segmento, com o
objetivo de aumentar o patamar de desempenho do setor, elevando o nível de
qualificação dos trabalhadores. Para Marisa Eboli, (Universidades
Corporativas: educação para as empresas do século XXI, Schumukler
Editores, 1999), não se trata mais do desenvolvimento do conhecimento
dessa ou daquela empresa, mas sim de uma categoria profissional como um
todo.
Por definição, as Universidades Corporativas Setoriais são associações,
sindicatos ou organizações não governamentais que estão realizando
profícuas e revitalizadoras parcerias, com o objetivo de formar profissionais
com o perfil de competências necessário para o setor, (outra sugestão:
“desejado pelo setor”) além de promover a gestão do conhecimento setorial
mediante a realização de pesquisas e prestação de serviços à comunidade.
Com base nesse conceito, as Universidades Corporativas Setoriais têm como
objetivo centralizar a aprendizagem corporativa de determinado setor,
integrando os esforços de capacitação das empresas deste setor,
aumentando a qualidade da aprendizagem, diminuindo custos e permitindo
maior integração técnica entre os profissionais.

A experiência da Universidade Corporativa da Indústria da Paraíba - UCIP

O modelo de desenvolvimento do estado da Paraíba, proposto pela Federação


das Indústrias (FIEP), baseado no aproveitamento das potencialidades e
vocações regionais, leva em consideração o conhecimento como variável
chave para que se possa alimentar um processo continuo de geração da
inovação tecnológica.
É importante ressaltar que diante desse cenário o setor industrial ressente-
se da insuficiência e da inadequação da oferta de formação em áreas
tecnológicas focadas em setores produtivos. As empresas estão
preocupadas com a formação profissional que possa atender as estratégias
do negócio.
Esse é o contexto no qual surgiu, em 2003, a Universidade Corporativa da
Indústria da Paraíba, com foco na formação de profissionais com o perfil de
competências demandadas pelo setor produtivo.
A Universidade Corporativa da Indústria da Paraíba – UCIP - é associação
civil de direito privado, sem fins lucrativos, instituída e mantida pelo Sistema
Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (SESI, SENAI e IEL). A UCIP é
provedora de conhecimentos, com vistas ao fortalecimento da indústria
paraibana, atuando de forma inovadora com um novo conceito de
universidade corporativa multisetorial, fundamentada no desenvolvimento de
competências.
A UCIP nasce alinhada com os conceitos de educação corporativa setorial,
tendo como propósito promover o desenvolvimento, difusão e
compartilhamento de conhecimento por meio de programas de educação
continuada, com cursos em todos os níveis e áreas de especialidade das
indústrias vinculadas aos sindicatos.

Modelo Utilizado

Como coordenadas estratégicas da UCIP, a educação corporativa no âmbito


de sua
competência terá como referência os seguintes aspectos:
• A dispensa de credenciamento ou reconhecimento oficial, pois são de
competência do mercado tais fatos.
• O Certificado, Diploma e demais documentos similares emitidos pela
instituição independem de registro em órgãos oficiais, considerando-se que
na visão corporativa a ênfase dada é na construção do conhecimento, de
competências e de habilidades, e não nos aspectos eminentemente formais.
Contudo, quando necessário, tais documentos poderão ser emitidos em
parceria com instituições de ensino superior com reconhecida competência
nas diversas áreas do conhecimento.
• Os curso e programas oferecidos alicerçam-se nas necessidades,
interesses e possibilidades da instituição, bem como na demanda do setor
produtivo, congregando toda a cadeia de valor (parceiros, clientes,
fornecedores, distribuidores, comunidade externa em geral e profissionais
que serão absorvidos pelo setor produtivo).
• Os cursos oferecidos são realizados em parceria com entidades
especializadas.
• Os programas e cursos disponibilizados poderão focar negócios e
competências, tais como: o desenvolvimento de qualidades de liderança,
responsabilidade social, empreendedorismo e a compreensão dos valores
organizacionais; a aprendizagem horizontal, promovendo o conhecimento
sobre tecnologias de gestão aplicadas aos diversos campos do
conhecimento; a aprendizagem vertical, promovendo o aprofundamento de
conhecimentos e técnicas específicas.
• A flexibilidade dos cursos oferecidos no que se refere à carga horária,
periodicidade, duração, estrutura, itinerário formativo e desenvolvimento
curricular dependem das peculiaridades e necessidades da demanda.
• O conceito de competências como núcleo estruturador da oferta de
produtos e serviços.
• Aprendizagem em rede.
• A utilização de procedimentos metodológicos diversificados
compreendendo: estudos de caso, simulação, visitas técnicas, vivência,
experiências práticas, trabalhos individuais e grupais, entre outros.
• Os provedores de conhecimento (professores) serão profissionais
vinculados às instituições de ensino superior e técnico, empresários que
apresentam cases de sucesso no mercado e de especialistas profissionais
com experiência no mercado de trabalho. A utilização de programas com
formatos diversificados, compreendendo: educação presencial à distância e
através de unidades móveis.
A UCIP atua em duas vertentes: uma voltada para o desenvolvimento das
competências requeridas pelo sistema produtivo, congregando toda a cadeia
de valor (empresas, fornecedores, produtores, clientes, parceiro,
distribuidores e comunidade externa em geral), e outra voltada para o
Sistema FIEP (SESI,SENAI e IEL).
As linhas de ação da Universidade Corporativa da Indústria da Paraíba estão
organizadas por meio da estruturação de unidades estratégicas, distintas e
complementares, de educação e serviços inovadores, compostas por células
temáticas de conhecimento que vão assumir uma postura pró-ativa, flexível e
aberta, adotando estratégias adequadas ao cenário atual, com o objetivo de
atender as demandas quantitativas e qualitativas por produtos educacionais
e de inovação.

Programas de Atuação:

Unidade Estratégica de Educação

• Programas para formação e aperfeiçoamento de especialistas em diversos


setores e
áreas tecnológicas.
• Cursos In Company - customizados para clientes.
• Pós-Graduação.
• Programas de Atualização profissional técnico-gerencial: palestras,
congressos, seminários, mostras, entre outros eventos.
• Programa de Excelência de Gestores destinado ao aperfeiçoamento de
competências estratégicas para executivos.
• Programa de Extensão Universitária.
• Curso a Distância.
• Programas de Desenvolvimento de estudos, projetos e pesquisas.

Unidade Estratégica de Serviços Técnicos Especializados

• Certificação de Produtos: Organismo de Certificação de Produtos (OCP nº


0045), acreditado pelo INMETRO, com o escopo de Móveis Escolares -
Assentos e Mesas para conjunto aluno de instituições educacionais, ABNT
NBR 14 006:2003 e Portaria INMETRO nº 47, de 08/03/05.

OCP são organismos que certificam produtos em conformidade com os


requisitos de uma Norma, Especificação ou Regulamentos Técnicos
nacionais ou internacionais.
Os programas são operacionalizados sob demanda, a partir de MÚLTIPLOS
ARRANJOS POR PROJETOS, cada qual associado a uma área de formação
corporativa da UCIP, integrando a FIEP,SESI, SENAI, IEL e Parceiros. Uma das
principais orientações que norteia o desenvolvimento das ações da UCIP é
buscar uma atuação em parceria com o Sistema FIEP, evitando a duplicidade
de esforços, potencializando as sinergias e congregando todos em torno de
um objetivo comum, o fortalecimento do setor industrial, por meio da
educação corporativa, de forma a estabelecer um círculo virtuoso de
educação, inovação e desenvolvimento tecnológico.

Áreas de Formação Corporativa da UCIP

O modelo pedagógico adotado pela UCIP está baseado na análise e


planejamento das capacitações necessárias ao trabalho dos profissionais e
empresas, tendo por base as diretrizes demandas por cada setor industrial. O
ponto central do modelo é o estabelecimento de um diagnóstico conjunto
com o setor e/ou consórcios de empresas, em torno de ações a serem
definidas para elevar a competitividade. A
partir da identificação das competências setoriais e individuais, são
definidos os programas de educação continuada. A superposição dos dois
tipos de competências fornece o mapa de competências.
A UCIP tem um Conselho Consultivo Técnico Empresarial, composto por
membros rotativos representantes dos setores produtivos, instituições
educacionais, tecnológicas e órgãos de fomento, participando como
parceiros no levantamento das competências de cada setor e/ou área
tecnologia demandante. A partir da realização do diagnóstico setorial e das
necessidades do mercado será definido o desenho curricular dos programas.

Para a elaboração dos programas, três fases fazem parte da metodologia de


trabalho:

• A caracterização do setor produtivo, seus subsistemas principais, o


conjunto de vínculos que existe entre eles, bem como suas relações
dinâmicas.
• A realização de uma avaliação do estado atual do processo capacitatório -
incluindo o levantamento das tecnologias, métodos e conteúdos dos
programas atuais – identificando pontos fortes e principais carências a
serem supridas através das ações que serão propostas (gaps de
competências).
• A definição do desenho curricular do curso, observando as seguintes
ações:
- Definição de terminalidades por conjunto de competências articuladas
(associadas às ocupações, aos contextos e/ou às funções e sub funções da
área profissional);
- Desenho dos módulos do currículo, considerando o conjunto de
competências articuladas;
- Definição dos itinerários profissionais; critérios de acesso aos módulos e ao
curso; saídas intermediárias e finais; certificados e diplomas;
- Definição e planejamento dos projetos integradores para o desenvolvimento
dos módulos; formulação de problemas desafiadores;
- Definição de estágio supervisionado, quando necessário;
- Definição de estratégias e recursos de aprendizagem; do processo de
avaliação da aprendizagem e dos critérios de aproveitamento de estudos;
instrumentos de acompanhamento e avaliação;
- Organização de tempo, horários, ambientes de aprendizagem, espaços e
pessoas envolvidas.

Os processos de concepção dos programas devem levar em consideração a


inovação como eixo e a gestão empresarial como ação, pois essas forças
têm considerável influência na competitividade setorial. É fundamental a
adoção de uma atitude de pesquisa constante para formar profissionais
críticos, empreendedores, líderes, criativos e tecnicamente competentes na
sua área de atuação, conscientes de sua função transformadora e
articulados com o momento atual e no mundo dos negócios.

Processo de Concepção da Organização do Conhecimento


Assim, os programas formatados poderão contemplar diversos projetos que,
devidamente estruturados e com seus pré-requisitos definidos, irão se
constituir em um elenco de opções para que todos os envolvidos no setor
possam, a partir da identificação dos seus gaps de competência, participar
dos programas a serem realizados para a superação do seu hiato de
competência.
Estima-se como prática desejável que a construção dos programas de
atuação da UCIP seja formulada em sintonia com as demandas dos setores
produtivos considerados prioritários para o estado da Paraíba, encaminhadas
pelas suas entidades representativas ou como resultado da utilização de
ferramentas especificas de prospecção.
Os projetos serão construídos a partir de parcerias com universidades,
empresas e consultorias que possam contribuir em cada etapa que agregar
maior valor. São parceiros da UCIP: Universidade Federal da Paraíba - UFPB,
Universidade Estadual da Paraíba - UEPB, Universidade Federal de Campina
Grande – UFCG, Centro Federal de Educação Tecnológica da Paraíba - CEFET-
PB, Faculdades de Ciências Aplicadas - FACISA, Governo do Estado da
Paraíba, Grifo Reasearch Institute, SEBRAE-PB, Associação Brasileira das
Instituições de Pesquisa Tecnológica - ABIPIT, Banco do Nordeste, SENAI,
SESI e IEL, Universidade Politécnica de Milão – POLIMI, CTGÁS, PBGÀS,
INMETRO e o Departamento Nacional de Produção Mineral.
A Universidade Corporativa da Indústria da Paraíba tem uma equipe
administrativa bastante enxuta e utiliza a estrutura do Centro de Inovação e
Tecnologia Industrial do SENAI-PB, localizado no Distrito Industrial de
Campina Grande. Os cursos são auto-sustentáveis, restando a UCIP um
investimento inicial em sua criação e divulgação.
Os cursos funcionam em várias cidades do Estado, onde são utilizadas as
estruturas já existentes no Sistema Federação das Indústrias do Estado da
Paraíba (SESI,SENAI e IEL). São 152 salas de aulas no Estado; 11 unidades do
SESI na Paraíba, 08 do SENAI, 40 unidades móveis de treinamento, 02
unidades do IEL , a sede da FIEP; além dos serviços da Rede DTCOM e
INFOVIA da Confederação Nacional da Indústria (para transmissão de
videoconferência, teleconferência e ensino a distância). A aprendizagem
acontecerá com modalidades de aprendizagem presencial e a distância.
Assim, as aulas serão ministradas em salas, por videoconferência, utilizando-
se de ambientes virtuais (Internet e através de redes de informações); nas
empresas e laboratórios, que corresponde à parte prática, possibilitando
acesso a opções de aprendizagem a qualquer hora e em qualquer lugar.
Dentre as ações desenvolvidas pela UCIP na área de educação corporativa,
destaca-se a estruturação dos seguintes cursos:

• Curso de Formação de Especialista em Design Gráfico, com carga horária


de 486 horas entre módulos técnicos optativos.
• Curso de Formação de Auditores Líderes em Sistemas de Qualidade – ISO
NBR
9001:2000, com carga horária de 50 horas. O curso é ministrado em parceria
com a Grifo Reasearch Institute - empresa credenciada pelo INMETRO como
Organismo de
Treinamento (OTC nº 0005).
• Curso de Formação de Especialista em Tecnologia do Gás Natural, com foco
em
Edificações Prediais, com carga horária de 360 horas (aulas às sextas-feiras
e sábados), conta com a parceira da PBGÁS, SENAI Nacional, SEBRAE, SENAI
- Núcleo de Tecnologia do Gás em João Pessoa e CTGÁS - Centro de
Tecnologia do GÄS do SENAI/RN - Petrobrás. Paralelamente ao curso, são
realizadas inúmeras palestras com profissionais especializados, oferecendo
um panorama das tecnologias e tendências do setor.
• Curso de Formação de Especialista em Extração de Minerais Não Metálicos,
com carga horária de 280 horas, estruturado em parceria com o 15º Distrito
do Departamento Nacional de Produção Mineral.
• Curso de Formação de especialista em Segurança Alimentar na Indústria de
Laticínios (Qualificação de Fornecedores do Programa do Leite do Governo
do Estado da Paraíba), com carga horária de 120 horas.
• Curso de Formação de Especialista na Gestão da Indústria de Calçados,
com carga horária de 360 horas, a ser realizado em parceria com o Centro de
Tecnologia do Couro e Calçado Albano Franco, SENAI-PB e Programa
COMPETIR.
• Cursos nas áreas de Design Estratégico, Design para Mobiliário, que serão
realizados através do convênio assinado entre a Universidade Corporativa da
Indústria da Paraíba – UCIP, Universidade Federal de Campina Grande –
UFCG, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI e a
Universidade Politécnica de Milão – POLIMI (Itália).
• Curso de Formação de Especialista em Estilismo e Design de Moda para o
Vestuário, com carga horária de 280 horas.Curso de Especialização em
Engenharia de Produção, realizado em parceria com a Universidade Federal
de Campina Grande.
Nos cursos de Pós-Graduação, a UCIP disponibiliza aos alunos um Portal
(www.engenhariadeproducao.com) – ambiente virtual projetado para dar
suporte e fomentar a integração professor-aluno. Ele é formado por dois
ambientes:
• Área Pública: Ambiente com acesso sem controle de senha, disponibilizado
ao público em geral. Notícias, divulgação das atividades da UCIP e
apresentação das características dos cursos.
• Área Restrita: Sistema de encontro virtual, que tem por finalidade servir
como ponto de encontro e repasse de informação entre professores e alunos.
Os professores têm oportunidade de apresentar-se e disponibilizar material
didático numa vitrine virtual, denominada de “sala do professor”, que
permite, por meio de senha de acesso, a obtenção de dados sobre as
atividades do curso e fornecer informações sobre a vida acadêmica do aluno.

Modelo de Gestão

Missão
A missão central da Universidade Corporativa da Indústria da Paraíba é criar
um ambiente voltado ao desenvolvimento das competências demandadas
pelo setor produtivo, que possibilite a comunicação, sinergia, convergência e
irradiação de conhecimento e experiências em consonância com a missão do
Sistema FIEP.

Visão de Futuro
Constituir-se até 2010, numa Universidade de referência regional, na
prospecção, desenvolvimento, difusão de informações, geração de
conhecimentos, prestação de serviços técnicos especializados e na
educação corporativa setorial, com vistas à melhoria da competitividade
empresarial. Para posicionar-se como um ator relevante e com atuação pró-
ativa no setor produtivo, a UCIP contará com os seguintes aspectos:

• Acessibilidade garantida pela capilaridade da Rede CNI, rede física das


unidades operacionais do Sistema FIEP e parceiros.
• Interesse do setor produtivo – foco no conhecimento, competências, temas
e ações requeridos pelos agentes produtivos, bem como suas vocações e
potencialidades.
• Atendimento Integrado – baseado na colaboração, otimização e
compartilhamento de ações para o desenvolvimento de competências.
• Racionalização e Sustentabilidade – otimização das vocações do Sistema
FIEP
(SESI,SENAI e IEL) e parceiros.
Objetivos Estratégicos
• Disponibilizar informações técnicas de qualidade, de forma rápida e eficaz,
através de cursos presenciais ou a distância, ou contato com especialistas
nas várias áreas de expertise do setor.
• Elevar com efetividade o nível de conhecimento e aprendizagem dos
profissionais
melhorando suas competências.
• Potencializar a redução de custos e melhorias da qualidade em ações de
capacitação e desenvolvimento das empresas em consórcio.
• Promover a pesquisa, desenvolvimento e disponibilização de produtos e
ferramentas educacionais bem como as melhores práticas em aprendizagem
corporativa setorial.
• Criar um sistema efetivo de avaliação dos investimentos e resultados
obtidos.

Estrutura Funcional
• Assembléia Geral – órgão de deliberação superior.
• Conselho Gestor – órgão de natureza deliberativa responsável pela gestão e
direção superior da entidade.
• Conselho Técnico Empresarial – órgão de caráter consultivo e colaborador
no que se refere à apreciação de temas relacionados à área de atuação da
UCIP.
• Conselho Fiscal – órgão de caráter consultivo e fiscalizador.
• Diretoria Executiva – órgão de natureza executiva e administrativa, sendo
caracterizada como uma unidade de planejamento, gestão e controle.
A metodologia a ser usada para a gestão da UCIP está fundamentada no
modelo do Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ), adaptado pela ABIPT para o
contexto de entidades tecnológicas. Na avaliação do desempenho das
unidades estratégicas da UCIP, serão aplicados os seguintes critérios de
excelência de gestão, com a necessária adaptação e dinâmica de
implementação:

• Liderança
• Visão de Futuro
• Qualidade Centrada no Cliente
• Responsabilidade Social e Ética
• Gestão Baseada em Fatos
• Participação e Desenvolvimento das Pessoas
• Abordagem por Processo
• Gestão da Inovação
• Resposta Rápida/Agilidade
• Foco nos Resultados e Valor Agregado
• Aprendizado Pessoal e Organizacional
• Perspectiva de Sistema

A avaliação do desempenho, das unidades estratégicas da UCIP se fará


através dos seguintes critérios de excelência de gestão, com as necessárias
adaptações e segundo dinâmicas de implementação:

Critério 01: Liderança

Este é o critério chave para a avaliação do sistema de liderança da


organização e do comprometimento da Alta Direção e demais líderes, na
melhoria do desempenho e no atendimento das necessidades das partes
interessadas. O critério também examina como os valores e diretrizes
organizacionais são promovidos e como o desempenho global da organização
é analisado criticamente.

Critério 02: Estratégia e Planos

Este critério examina como a unidade elabora suas estratégias e as


desdobram em planos de ação para todas as áreas pertinentes, com o
objetivo de dar sutentabilidade as estratégias e conduzir a um desempenho
cada vez melhor. Avalia também como a organização define um conjunto de
indicadores que permitam acompanhar o seu desempenho.

Critério 03: Clientes

Este critério examina como a organização identifica as necessidades dos


clientes e dos mercados e como estabelece canais de relacionamento com
os mesmos, visando a dar tratamento às suas demandas. Avalia também
como gerencia a satisfação dos clientes e estabelece ações de
intensificação da fidelidade dos mesmos, e os mecanismos utilizados pela
organização para se tornar conhecida no mercado e pelos clientes, criando
credibilidade e imagem positiva.

Critério 04: Sociedade

Este critério examina como a organização atua de forma responsável, ética e


transparente, contribuindo para o desenvolvimento social e econômico.
Avalia também como são minimizados os impactos associados as suas
atividades sobre o meio ambiente e a sociedade e como são desenvolvidas
ações de apoio à comunidade.

Critério 05: Informação e Conhecimento

Este critério examina a gestão das informações necessárias para o


gerenciamento das atividades da organização e para a promoção da melhoria
do desempenho. Avalia os métodos utilizados para identificar e tornar
disponíveis estas informações, incluindo as informações comparativas.

Critério 06: Pessoas


Este critério trata das práticas relacionadas à organização do trabalho e ao
desenvolvimento das pessoas. São analisados também os esforços para criar
um ambiente propicio á melhoria do desempenho.

Critério 07: Processos

Este critério avalia as ações de gerenciamento dos processos que agregam


valor a unidade, dos processos de suporte, de fornecedores e de gestão
financeira, visando a suportar suas estratégias.

Critério 08: Resultados

Este critério examina a evolução do desempenho da organização com


relação a cada um dos critérios anteriores e o uso de referenciais
comparativos. Este desempenho deve decorrer de métodos aplicados e ser
expresso numericamente.

Referências

EBOLI, M. Gestão do Conhecimento como vantagem competitiva. In: EBOLI,


M. (org.)
Coletânea Universidades Corporativas: educação para as empresas do
século XXI. São Paulo: Schmukler, 1999.
MEISTER, Jeanne. Educação Corporativa: A gestão do capital intelectual
através das
universidades corporativas. São Paulo: Makron, 1999.
TERRA,J.C.; KRUGLIANSKAS I. Gestão do conhecimento em pequena e
médias empresas. Rio de Janeiro: Campus, 2003.
EBOLI, M. Educação Corporativa no Brasil: Mito e Verdades. São Paulo: Gente,
2004

Por:
Francisco de Assis Benevides Gadelha*
*Engenheiro, Presidente da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba e
da UCIP

Kênia Samara Quirino*


*Administradora, Diretora Executiva da Universidade Corporativa da Indústria
da Paraíba e do Centro de Inovação e Tecnologia Industrial do SENAI
Melhores Práticas: Case Petrobrás
em 17/04

Renovação aos 50 anos


Alinhada às metas do Plano Estratégico, a Universidade Petrobrás remodela
seus cursos para preparar empregados a enfrentar os novos desafios de uma
companhia em expansão

Em seu cinqüentenário, a universidade corporativa da Petrobrás mudou.


Mudou de nome —agora se chama Universidade Petrobrás (UP)—, de
estrutura e de filosofia de trabalho. Mudou para atender às demandas de
uma companhia que cresce em ritmo acelerado e para contribuir na
superação dos novos desafios de tornar-se uma empresa integrada de
energia, líder na América Latina e de consolidar sua expansão internacional.
“Estamos montando um sistema educacional vinculado às estratégias de
negócios, com foco em ciências, tecnologias e gestão”, diz Walter Brito,
gerente geral da Universidade Petrobrás.

Para tanto, foram contempladas na nova estrutura quatro escolas de


ciências e tecnologias (E&P, Abastecimento, Gás e Energia; e Engenharia e
demais Tecnologias —TI, TCOM, etc.) e uma Escola de Gestão e Negócios. A
nova UP tem uma coordenação exclusiva para a Área Internacional, que se
articula de forma matricial com suas escolas, para um atendimento rápido e
eficaz. Outra coordenação de destaque cuida apenas dos Cursos de
Formação —porta de entrada dos novos profissionais da Companhia via
concurso público.

O suporte de infra-estrutura para as escolas fica sob a responsabilidade dos


campi Rio/São Paulo e Salvador/Taquipe, que passam a prestar serviços às
escolas através de um acordo de serviços que libere os professores de
trabalhos que não sejam os acadêmicos.

Outra área que passa por uma profunda reformulação é a de Ensino a


Distância, hoje chamada de Campus Virtual, que está sendo redesenhada
para trabalhar com programas educativos multimeios, agora voltados para as
reais necessidades da companhia. Também foi criada uma gerência para
atender parte da capacitação do SAP R/3 e outra de Suporte à Gestão —
responsável pela controladoria e pela implementação e acompanhamento do
novo modelo de gestão da UP.

Uma gestão contemporânea


Gestão e educação são os pilares fundamentais de sustentação da nova UP.
“Todas as nossas ações serão desenvolvidas dentro de um padrão de classe
mundial. Contamos para isso com uma equipe de grande potencial, que está
motivada para os desafios”, diz Walter Brito.

O novo modelo de gestão inclui, num primeiro momento, a certificação de


toda a UP pela norma ISO 9001, até o final do ano —o campus Salvador já
tem o processo de DRH certificado, conforme os critérios de Excelência do
Prêmio Nacional da Qualidade. Além disso, a UP está investindo, de forma
pioneira nos 50 anos de história da capacitação na companhia, na
implantação do Plano Pedagógico Empresarial, já elaborado e com fase de
execução.

Desde a concepção da nova estrutura até o desenvolvimento da pedagogia,


todas as novas frentes de trabalho têm contado com a participação ativa e
direta do corpo de empregados lotados na UP. “Estamos apenas no começo,
neste momento um grupo de aproximadamente 30 voluntários está se
reunindo quinzenalmente para estudar e discutir, sob orientação
especializada externa, as relações de interdependência entre as ciências (a
contextualização das ciências naturais com as ciências sociais e humanas)
e as tecnologias nas atividades desenvolvidas pela companhia. Comitês
internos permanentes estão sendo criados para implantar e monitorar as
diversas frentes de trabalho que estão sendo desenvolvidas de forma
matricial”, explica Brito.

Todas essas mudanças vêm sendo introduzidas a partir de um diagnóstico


que constatou, dentre outras coisas, a limitação do atual espaço físico da
UP, bem como a necessidade de preservação e fortalecimento do seu quadro
de professores. Esse mesmo diagnóstico projeta para 2007 um aumento
considerável no número de empregados do sistema Petrobras, além do
expressivo montante de investimentos, previsto no plano de negócios da
empresa, para os próximos anos.

Mudança de perfil
O corpo docente da UP conta hoje com 56 professores permanentes, entre
doutores, mestres e especialistas, além de aproximadamente 600
professores visitantes, oriundos das mais diversas áreas técnicas da
companhia. Além disso, naquelas áreas onde a Petrobrás não, detém a
expertise, tais como administração, economia, análise de sistemas etc., são
feitas parcerias com universidade brasileiras e estrangeiras. “Estamos
repensando o perfil do professor da UP, que deverá ter não somente uma
sólida formação técnica especializada, como também conhecimentos nas
áreas de educação e desenvolvimento sustentável, além de uma boa visão
global e estratégica da sua atividade e do negocio Petrobrás”, explica Brito.

No momento, a UP começa a expandir sua capacidade de atendimento não


somente com o aprimoramento de sua gestão interna, como também através
de parcerias com diversas universidades brasileiras. Um bom exemplo é o
projeto lançado neste ano para a formação de 120 mestres e 40 doutores
para o Abastecimento. Além dele, há o acordo recém firmado com a
Universidade Federal da Bahia, que oficializa o excelente curso de
especialização, e que terá, já para a turma em andamento, 112 monografias
direcionadas para os interesses da Petrobrás.

Um “novo” gerente Petrobrás


No novo formato da UP, ganha força a Escola de Gestão e Negócios, que tem
a incumbência pioneira de formar profissionais para enfrentar os desafios de
um mercado altamente estruturado e competitivo. Essa ênfase na gestão
econômico-financeira, de pessoas e processos, é imperiosa para que a
companhia possa ter um posicionamento sustentável por longo prazo, lembra
Brito.

Ainda no segundo semestre de 2005, a UP, através da sua Escola de Gestão e


Negócios, dará inicio a formação do que poderia chamar de “um novo gerente
Petrobrás”. O modelo foi desenvolvido com a ajuda de um comitê formado
por representantes das principais áreas de negócios e foi elaborado com
foco no perfil desejado para o gerente Petrobrás, com uma visão
contemporânea que vai além da visão tradicional e fragmentada apenas do
órgão ou atividade na qual trabalha. Ele deverá estar preparado para, em
qualquer lugar e diante de qualquer público, discorrer com segurança sobre o
negócio Petrobrás. Deverá também estar capacitado para gerenciar pessoas,
entender a cultura corporativa, bem como as realidades nacionais e
internacionais. Precisará, ainda, ter uma capacidade de administração de
negócios e de recursos humanos. Por fim, terá a capacidade de liderança
centrada em responsabilidade social. Nesse contexto, a UP tornou-se
recentemente afiliada do EFMD (The European Foundation for
Management Development), entidade com sede em Bruxelas, que reúne mais
de 300 escolas de negócios em todo o mundo e prega as melhores práticas
na formação de gerentes, com ênfase em responsabilidade social.

Em decorrência de um acordo, a Petrobrás deverá ser o “case” mundial da


aplicação do projeto pacto global da ONU, conduzido pela força-tarefa,
EFMD/ONU, que define o perfil da liderança do século XXI, centrada na
responsabilidade social. Assim, a metodologia para a formação, bem como o
perfil do líder global socialmente responsável, estão sendo incorporados ao
modelo de desenvolvimento gerencial da Petrobrás. A UP não pára. “Estamos
apenas no começo, essa empresa é o que é graças ao investimento continuo
na capacitação das pessoas”, diz Brito. O próximo passo será a estruturação
corporativa da capacitação do profissional de nível médio na companhia.
Trata-se de uma parcela expressiva da força-de-trabalho com um grande
potencial e muita contribuição para empresa. Após um amplo diagnóstico, já
em fase de planejamento, será montada a estrutura e os programas
corporativos de capacitação, vinculados às estratégias de negócios da
companhia. Pelo visto, a renovação (ou revolução) já começou. No próximo
mês de novembro, a UP estará lançando o projeto Petrobrás Que

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