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ESTUDO DO ADENSAMENTO UNIDIMENSIONAL COM CARREGAMENTO CRESCENTE COM O TEMPO Porge Luis Campinko Pereira da Mota TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DA COORDENACAO DOS PROGRAMAS DE POS-GRADUAGAO DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSARIOS PARA A OBTENCAO DO GRAU DE MESTRE EM CIENCIAS EM ENGENHARIA CIVIL. Aprovada por : \ Se haar Wrst lle fiui Prof. lan Schumany/ Marques Martins, D. Sc. (Presidente) Prof. Luiz Ant6nio Seraphim, D.Sc. Hh ni) ° Prof. Paulo Eduardo Lima de Santa Maria, Ph. D. Prof. Roberto Fernandes de Oliveira, D. Sc. Rio de Janeiro, RJ. - Brasil Abril de 1996 DA MOTA, JORGE LUIS CAMPINHO PEREIRA ESTUDO DO ADENSAMENTO UNIDIMENSIONAL COM CARREGAMENTO CRESCENTE COM O TEMPO [Rio de Janeiro, 1996]. vii, 124 p. 29,7 cm (COPPE/UFRJ, M. Sc., Engenharia Civil, 1996). Tese - Universidade Federal do Rio de Janeiro, COPPE. |. Adensamento Unidimensional. ll. COPPE/UFRJ Titulo (série) iii AGRADECIMENTOS A Deus, pela minha existéncia. Ao professor lan Schumann Marques Martins, pela sua orientagdo precisa e segura em todos os momentos e, mais importante, pelo seu espirito entusiastico e sua amizade sincera. Aos membros componentes da banca examinadora que se dispuseram a examinar este trabalho. Ao engenheiro Sérgio Galvao Ferreira Garcia, companheiro desde o inicio da minha vida na Mecanica dos Solos, por sua ajuda nos ensaios, parceria durante o desenvolvimento deste trabalho e amizade. Aos demais colegas da COPPE/UFRJ, que conviveram comigo nestes meses de trabalho, em especial ao engenheiro Leonardo José Nascimento Guimaraes por sua amizade. Ao pessoal do Laboratério de Geotecnia da COPPE/UFRJ pelo apoio durante a realizagao dos ensaios. Ao CNPq pelo suporte financeiro. A minha familia, por tudo que ja fizeram por mim na vida. A minha querida Daniella, por todo o amor e carinho dedicados a mim nos momentos em que eu mais precisava, e pela forga que ela me da para seguir adiante. iv Resumo da Tese apresentada 4 COPPE/UFRJ como parte dos requisitos necessarios para a obtengdo do grau de Mestre em Ciéncias (M.Sc.). ESTUDO DO ADENSAMENTO UNIDIMENSIONAL COM CARREGAMENTO CRESCENTE COM O TEMPO Gorge Late Campinho Brreira da Mota Abril, 1996 Apresenta-se neste trabalho o desenvolvimento matematico detalhado da teoria do adensamento unidimensional com carregamento crescente com 0 tempo. Mostra-se sob que condigdes a teoria classica com carregamento instantaneo pode ser usada com boa aproximagéo nos casos em que o carregamento é aplicado com o tempo. Da mesma forma mostra-se que é possivel escolher uma velocidade de carregamento para que se tenha, ao final do tempo de construgao, uma porcentagem média de adensamento pré- determinada. S4o feitas comparagées entre a teoria desenvolvida, o método aproximado oriundo da teoria com carregamento instanténeo e resultados experimentais de ensaios de laboratorio realizados em amostras naturais de uma argila da regio da Barra da Tijuca no Rio de Janeiro. Os resultados destas comparagdes mostraram que, para a argila ensaiada, nas condigdes descritas no trabalho, a teoria foi capaz de prever com acuracia satisfatéria a evolucao das deformagées com o tempo. Os resultados experimentais mostram que aumentando-se o valor do tempo de carregamento a teoria fornece melhores previsGes que o métedo aproximado. Ha indicios de que a temperatura influencia sobremaneira os resultados experimentais. Abstract of Thesis presented to COPPE/UFRJ as partial fulfillment of the requirements for the degree of Master of Science (M.Sc.). STUDY OF ONE-DIMENSIONAL CONSOLIDATION UNDER GRADUAL APPLICATION OF LOAD Jorge Luis Campinho- Pereira da Mota April, 1996 This dissertation presents a detailed mathematical treatment of the one- dimensional consolidation under gradual application of load. It has been shown under which conditions the classical theory for instantaneous loading can be used as a good approximation in cases where loading is a function of time. Likewise, it is shown that it is possible to choose a speed of loading to ensure that, after the period of construction, pre-determined average degree of consolidation holds. Comparisons are made between the theory developed, the approximate method based on instantaneous loading theory and the experimental tests carried out with natural samples of clay from Barra da Tijuca, in Rio de Janeiro. These comparisons show that, for this clay and in the particular conditions described in this work, the theory is able to predict the evolution of strains with time with satisfactory accuracy. The tests show also that increasing the time of loading the theory provides better predictions than the approximate method. There are evidences that temperature has a strong effect on the experimental results. vi INDICE CAPITULO !-INTRODUCGAO 01 |.1 - Consideragées Preliminares 1.2 - Objetivos |.3 - Ordenag&o dos Capitulos . CAPITULO II - A COMPRESSAO UNIDIMENSIONAL : O ENSAIO DE ADENSAMENTO EDOMETRICO 05 Il.1 - Consideragdes Gerais Sobre o Fenémeno 1.2 - O Ensaio de Adensamento Edométrico .... IL3 - Criticas ao Ensaio e A Teoria «0... eee CAPITULO III - O FENOMENO DO ADENSAMENTO COM CARREGA- MENTO VARIAVEL 21 1.1 - Consideragées Iniciais 21 Il.2 - A Analise do Fenémeno 22 11.2.4 - Resolugao Parat St. ..... 11.2.2 - Resolugao Para t >t, ..... lIL.2.3 - Resumo das Expressées de Excesso de Poro Pressao e Por- centagem Média de Adensamento Parag Caso de Adensa- mento Unidimensional com Carregamento Variando Linear- mente com o Tempo 46 111.3 - O Método Aproximado .. 49 CAPITULO IV - ENSAIOS DE LABORATORIO REALIZADOS 63 IV.1 - Material Utilizado vii IV.2 - Metodologia Empregada ooo... eee 66 1V.2.1 - Aspectos Gerais 1V.2.2 - Ensaios do Grupo A 0.00... IV.2.3 - Resultado dos Ensaios do Grupo A 71 IV.2.4 - Ensaios do Grupo B .. 81 IV.2.5 - Resultado dos Ensaios do Grupo B 84 CAPITULO V - ANALISE DOS RESULTADOS OBTIDOS 89 V.1 - Curvas 0) Xs @ oy XG... . 89 V.2 - Calculos Necessérios Para o Ajuste das Curvas Teéricas as Experimentais 93 V.3 - Comparagao dos Resultados \V.4 - Discuss&o dos Resultados 415 CAPITULO VI - CONCLUSOES E SUGESTOES PARA FUTURAS PESQUISAS 118 VI.1 - Conclusées 118 VI.2 - Sugestées Para Futuras Pesquisas 120 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 121 CAPITULO | INTRODUGAO (1.1) Consideragées Preliminares A abordagem racional do fendmeno do adensamento nasceu com o Principio das Tensdes Efetivas, 0 principal alicerce da Mecanica dos Solos. Embora tenha sido um dos primeiros assuntos abordados pela Mecanica dos Solos moderna, e por essa razao um dos mais estudados, o autor 6 de opiniao que o fenémeno ainda nao se encontra plenamente entendido. Varios aspectos ja verificados experimentalmente carecem de um embasamento tedrico satisfatorio, como, por exemplo, a influéncia da viscosidade, a questéo da velocidade de deformagao e o fenémeno do adensamento secundario. Os problemas acima descritos dizem respeito a mecanica do adensamento, isto 6, ao entendimento do fenédmeno propriamente dito. Entretanto, existem outras dificuldades na abordagem do adensamento que dizem respeito 4 matematica do problema. Isto ocorre nos casos em que séo consideradas grandes deformagées, nao-linearidade, variagéo de parametros do solo com a profundidade e com o tempo, etc... Embora muitos trabalhos tenham sido escritos sobre adensamento o autor nao tem conhecimento de nenhuma teoria que leve em consideracao, conjuntamente, todos os aspectos descritos anteriormente. Este fato, aliado & compreenséo plena da mecanica do adensamento, por si so justifica os esforgos de pesquisa nesta area. (1.2) Objetivos Este trabalho se insere num programa de reviséo dos estudos ja realizados sobre adensamento unidimensional e tem 0 objetivo de reestudar o problema do carregamento crescendo linearmente com o tempo (Terzaghi & Frolich, 1936). O estudo se justifica pelas seguintes razes : a) O desenvolvimento tedrico do adensamento com carregamento crescendo linearmente com o tempo, como apresentado por Terzaghi & Frélich (1936), é confuso, deixando margem a uma série de duvidas. Mesmo a reapresentacaéo do problema tedrico, apresentada por Schiffman (1958), ainda incorre em um ou outro deslize. O trabalho de Olson (1977) é por demais resumido; b) Afora o trabalho de Taylor (1942), nao 6 conhecido pelo autor nenhum caso em que se procurou verificar a adequagao da teoria aos resultados experimentais; c) Nao é do conhecimento do autor nenhum estudo onde se procura estudar a influéncia da velocidade de carregamento sobre a curva recalque x tempo. Procura-se neste trabalho nao s6 abordar os trés itens acima, como também fazer uma comparagéo entre a teoria do adensamento para carregamento crescendo linearmente com o tempo, o processo aproximado de Terzaghi-Gilboy (Taylor, 1948) e os resultados experimentais de laboratério. O estudo é realizado utilizando-se uma argila mole de origem marinha (do local onde sero construidas as novas instalagdes do SENAC na Barra da Tijuca). Para tal foram realizados ensaios de adensamento edométrico com carregamento crescendo linearmente com o tempo em periodos que variaram de 1ha 4h. (1.3) Ordenacado dos Capitulos O trabalho se divide em seis capitulos, sendo os assuntos dispostos da maneira apresentada abaixo. No Capitulo Il faz-se uma breve revisdo dos principais topicos referentes 4 compressdo unidimensional e a teoria do adensamento, dando énfase ao ensaio edométrico, seu desenvolvimento, caracteristicas e aproximagées. No Capitulo Ill 6 abordado o fenémeno do adensamento com carregamento crescendo linearmente com o tempo até atingir um valor maximo, E analisada a teoria desenvolvida para este tipo de carregamento bem como suas aplicagdes praticas. Neste capitulo 6 desenvolvida a equagao diferencial do adensamento para o caso em questao, mostrando detalhadamente a solugao da mesma. Esta decis&o deve-se ao fato de as dedug6es da equagao do adensamento que aparecem na bibliografia serem confusas @ nem sempre rigorosas. Além disso, ndo é encontrado o desenvolvimento da resolugao deixando o leitor na duvida de como a solugao foi obtida. No Capitulo IV sao apresentados os ensaios de laboratdrio realizados, descrevendo-se 0 tipo de solo utilizado, a metodologia desenvoivida e as aproximagées de ordem pratica adotadas. No Capitulo V é feita uma andlise dos resultados obtidos, comparando- se a teoria com o processo aproximado de Terzaghi & Gilboy e com os resultados experimentais. Finalmente, no Capitulo VI sao apresentadas as conclusdes do trabalho e sugeridos alguns caminhos para pesquisas posteriores. CAPITULO II A COMPRESSAO UNIDIMENSIONAL : O ENSAIO DE ADENSAMENTO EDOMETRICO (I.1) Consideragées Gerais Sobre o Fenédmeno Historicamente, atribui-se a Terzaghi (1925), com o langamento do seu livro “Erdbaumechanik auf Bodenphysikalischer Grundlage”, 0 aparecimento da teoria do adensamento unidimensional. Este livro 6, inclusive, considerado © marco zero da Mecénica dos Solos moderna. A teoria do adensamento aparece anos depois em Terzaghi & Frélich (1936), com a solugao para alguns casos praticos. O desenvolvimento passo a passo dessa teoria, que culmina na equagdo do adensamento unidimensional, ja foi exaustivamente apresentado na literatura mundial, ao menos no que se refere ao caso de carregamento instantaneo. Por esta raz&o faz-se aqui uma breve dissertagao, de forma bastante resumida, dos seus principais aspectos. A Mec4nica dos Solos classica esta baseada no Principio das Tensdes Efetivas, que devido & sua importancia € enunciado a seguir em suas duas partes : 1 Parte > As tensGes em qualquer ponto de uma massa de solo podem ser computadas a partir das tensdes principais o,, 6, € o; que agem neste ponto, chamadas tensées principais totais. Se os vazios do solo estiverem preenchidos por Agua sob uma pressdo u , as tensGes oi, o2 € 03 consistem de duas parcelas. Uma parcela u que age na agua e nos grdos sdlidos em todas as diregées com igual intensidade, chamada de poro pressao. Subtraindo-se a poro pressao das tensdes principais totais obtém-se 0'1= 01- U, O'2= 02- UG 0'3= O3- U, parcelas estas que sao suportadas apenas pela fase sélida do solo e que sao denominadas tens6es principais efetivas. A partir desta 17 parte do Principio, Terzaghi escreveu a equagao que define a tensdo efetiva : o'=o-u (4) 2° parte > Todos os efeitos mensuraveis devidos a uma variagao do estado de tensdes tais como compressao, distorgdo e variagdo na resisténcia ao cisalhamento, sao exclusivamente devidos as variagdes no estado de tensées efetivas. Analisando o fenémeno do adensamento a luz do Principio das Tensdes Efetivas, chega-se a conclusao de que qualquer variagao de volume dentro de uma massa de solo deve ser atribuida exclusivamente a variagao no estado de tensées efetivas. Considerando 0 solo saturado e o fato de que a compressibilidade da agua e dos gr4os é praticamente desprezivel se comparada a do esqueleto s6lido, pode-se definir 0 adensamento como o processo lento e gradual de variagao de volume associado a expulsdo de agua dos poros do solo, apés a imposigao de determinado acréscimo de tensao. Considere-se a configuragao mostrada na figura Il.1, onde uma camada de solo compressivel esta limitada por duas camadas muito mais permeaveis e muito menos compressiveis e sofre um acréscimo de tensdes qo = Ac. No instante imediatamente apds 0 carregamento, todo este acréscimo é suportado pela poro presso, néo sofrendo a tensdo vertical efetiva nenhuma variagéo instantanea. Ag sola: Grenoso a ee I *-| solo “orenoso Fig. 11.1 - Configuracgao Geral do Problema Entretanto, com o passar do tempo, este excesso de poro pressdo gerado pelo carregamento vai sendo dissipado com a gradual saida de agua dos poros. Como a tens&o vertical total o permanece constante e levando-se em conta que c =o’ + u, a este decréscimo de poro pressdo corresponde um acréscimo de igual magnitude de tens&o vertical efetiva. Pode-se entao dizer que vai ocorrendo uma transferéncia do excesso de poro pressdes para tenses verticais efetivas, concomitantemente com a expulsao de agua e consequente variagao de volume do solo, até que o excesso de poro pressio tenha se dissipado por completo, momento em que o adensamento deve cessar. Além de ser fungao do tempo, o excesso de poro pressao em um ponto qualquer dentro da camada de solo compressivel também € fungao da posigao em que ele se encontra, j4 que quanto mais préximo da fronteira drenante mais tapidamente se dara a dissipacao. Admitindo-se algumas hipdteses simplificadoras e baseando-se principalmente na Lei de Darcy e na equagao da continuidade do fluxo de agua chega-se a equagao diferencial do adensamento unidimensional (ver por exemplo Taylor (1948), p. 225 a 228), que se escreve : kK(1+e) 87u 24 2) Yu G2? admitindo-se que 0 coeficiente de compressibilidade ay, a permeabilidade k e 0 indice de vazios e s&o constantes, hipdteses oriundas de se estar considerando a camada homogénea e pequenas deformagées, a equacao 1.2 pode ser escrita como : eu _@u OS ST (11.3) onde c, € definido como coeficiente de adensamento, parametro que regula a velocidade com que o adensamento se processa. 9 Para se chegar 4 fungao excesso de poro pressao u(z,f), solugdo da equacao 1.3, é preciso obter duas condigdes de contorno em z e uma em t, conforme mostrado na figura I!.2. Nas fronteiras drenantes (z = Oez=2H)a dissipacao é imediata, ou seja, u(z,0) = 0 em qualquer instante, enquanto que para f = 0 todo o carregamento é suportado pela poro pressdo ao longo de toda a camada, fazendo com que u(z,f) = qo = Ue a qualquer profundidade. E importante frisar que esta condigao de contorno em t sé é valida para o caso de carregamento instantaneo, assumindo outra forma para carregamentos de natureza diferente. Fig I1.2 - Condigées de Contorno Resumindo tem-se que : paraz=0 > u(0,t)=0, ondet>O paraz=2H > u (2H,t)=0, onde f>0 parat=Q > u(z,0) = qo = us, onde 0T = au 9) Para U > 60% => T = -0,9332l0g,9(1—U) - 0,0851 tendo estas equagées uma acuracia muito boa em relagdo aos valores tedricos. (II.2) O Ensaio de Adensamento Edométrico Além de desenvolver as bases racionais para a teoria do adensamento, Terzaghi também foi o primeiro a construir um equipamento para executar ensaios de laboratério com a finalidade de estudar este fendmeno, chamando- o de edémetro. O ensaio de adensamento edométrico visa entaéo determinar em laboratorio as caracteristicas de compressibilidade do solo, estudando a relag&o tensdo x deformagao x tempo na compressao unidimensional. Atualmente existem outros tipos de ensaios de adensamento que diferem da concepgdo inicial de Terzaghi, como por exemplo o ensaio conhecido como CRSC (constant rate of strain consolidation) (Wissa et. al, 1971, Carvalho, 1989) ou o ensaio de gradiente controlado (Lowe et. al 1969). Este capitulo limita-se a apresentar 0 ensaio conforme dado a lume por 14 Terzaghi, chamado de ensaio de adensamento edométrico convencional. Maiores informagées sobre outros tipos de ensaios podem ser obtidas em Almeida (1988). O ensaio convencional consiste na compressao de uma amostra de solo, geralmente indeformada, que se encontra confinada lateralmente por um ane! rigido. A expulsao da agua dos vazios, que é origem da diminuigao de volume, pode se dar pelo topo e base (drenagem dupla) ou somente por uma das faces (drenagem simples), e é permitida utilizando-se uma ou duas pedras porosas conforme o caso. Essa disposigéo permite reproduzir com maior fidelidade as condigSes reais de restrigdo lateral e fluxo vertical encontradas no campo, no caso de carregamentos em reas extensas. Conhecida a area da secdo transversal da amostra, aplicam-se cargas verticais correspondentes as tensdes desejadas, medindo-se as deformacdes obtidas ao longo do tempo através de um deflectémetro acoplado ao sistema. Em espagos de tempo pré-definidos, normalmente 24 horas, as cargas sao aplicadas via de regra segundo uma progressao geométrica de raz4o igual a 2, tendo cada um destes estagios de tenséo as respectivas leituras de deformagdo. Estas leituras so feitas usualmente em intervalos fixos de tempo, por exemplo 0,1; 0,25; 0,5; 1; 2; 4; 8; 15 min; ..., embora Martins (1989) sugira a seguinte sequéncia minima de ijeituras para melhor definir o trecho inicial da curva de Taylor, deformagao x tempo : 0; 6s; 15s; 30s; 45s; 1min; 1,5min; 2min,; 3min; 4min; 6min; 8min; 10min, 15min; etc... Para cada estagio, entéo, podem-se tracar curvas de deformacdo x tempo e analisar o comportamento da amostra. Verificou-se experimentalmente 15 que estas curvas apresentadas com modificagdes no eixo correspondente ao tempo possuem propriedades que facilitam a sua andlise, sendo tragados entao graficos deformagao x tempo. (método de Taylor) e deformagao x log t (método de Casagrande), conforme descrito em Taylor (1948) p. 239 a 242. Através desta descrigao, percebe-se a importancia de se obter um numero de pontos que permita uma boa definigao do formato da curva, para que se possa efetuar uma analise criteriosa a partir dos métodos propostos. O aumento de “esforgo” oriundo de uma maior coleta de pontos é perfeitamente compensado pela facilidade e confiabilidade obtidas no momento da manipulag4o dos dados. Para exemplificar 0 que foi descrito no paragrafo anterior, apresentam- se dois graficos deformacao x tempo na figura 1.5, ambos correspondentes a um mesmo estagio, sendo um deles confeccionado a partir das leituras em intervalos de tempo usualmente empregados e 0 outro com leituras seguindo a sugestao de Martins (1989). Nota-se que a determinac¢&o do trecho retilineo da curva se toma mais evidente no segundo caso, diminuindo sensivelmente as chances de uma interpretagdo errénea da curva que causaria erros na determinag&o do coeficiente de adensamento. O coeficiente de adensamento c, pode ser expresso, partindo-se da equagao do fator tempo, como : (1.10) Lettura do Extensémetro (a) Leituras Convencionais (b) Leituras Sugeridas por Martins (1989) 4 6 Ralz do Tempo (min}*? Leitura do Extensémetro 4 6 Ralz do Tempo (min)"7 gL 17 A partir da equag&o 1.8, pode-se chegar a valores de T para diferentes porcentagens médias de adensamento. Utilizando o método de Taylor, 11.10 pode ser reescrita como : 2 Jn Ho (4) onde Ts = fator tempo correspondente a U = 90%, too = tempo correspondente & leitura deo @ Ho = distancia de drenagem correspondente a U = 50%. Sabendo-se que Too = 0,848 chega-se a: 2 c, = 2848-Hie (ii.12) fy que expressa 0 coeficiente de adensamento pelo método de Taylor. De maneira inteiramente similar, obtém-se c, no processo de Casagrande, que faz uso do tempo tso Correspondente a U = 50%, por : He .H2 Tog -Hin _ 0,197: Hi, 43) 0 bo Note-se que, em ambos os métodos, a distancia de drenagem utilizada foi a correspondente a U = 50%, visando minimizar 0 erro inerente ao fato de que H varia ao longo de todo o estagio. 18 A representacdo final do ensaio de adensamento é feita plotando-se os valores de indice de vazios ou deformacao volumétrica especifica ao final de cada estagio versus tensao vertical efetiva a’, (normatmente em escala tog). Esta curva apresenta dois trechos bem diferenciados divididos por um ponto notavel denominado tens&o de sobreadensamento ou pré-adensamento, que representa o escoamento do solo. O método mais utilizado para a determinac&o deste ponto é o processo de Casagrande, conforme descrito em Martins (1983) por exemplo, que também mostra um estudo mais rigoroso a respeito deste valor. Um outro método de determinagdo da tensdo de sobreadensamento, mais simples e que dispensa o julgamento pessoal envolvido no método de Casagrande, foi sugerido por Pacheco Silva (1970). Este Ultimo fornece basicamente os mesmos valores obtidos pelo processo de Casagrande. Conforme dito anteriormente, este capitulo se destina a uma breve apresentacdo dos principais topicos sobre o assunto. Omitiu-se aqui, por exemplo, a parte referente ao calculo dos recalques propriamente dito, aplicacgdo direta desta teoria, ou qualquer analise em relagao ao fendmeno do adensamento secundério, por nao fazerem parte do escopo do trabalho. (1.3) Criticas ao Ensaio e a Teoria A teoria classica do adensamento unidimensional apresenta limitagdes que podem ser enquadradas sob aspectos distintos. 19 Existem imperfeigdes oriundas das hipdteses simplificadoras admitidas, necessérias ao desenvolvimento da teoria mas também timitadoras da mesma. Dentre as hipéteses admitidas por Terzaghi, a maior parte pode ser tomada como muito préxima da realidade ou como fonte de erros despreziveis ao conjunto (ver por exemplo Taylor (1948) ou Feijé (1991)). A hipdtese que admite linear a relagao entre o incremento de tensao vertical efetiva (o'\) e a variagéo do indice de vazios (e) é, segundo Taylor (1948), a que mais se afasta da realidade. O problema da ndo-linearidade esta descrito em Lima (1993). Mesmo que todas as hipdteses fossem 100% verdadeiras, ainda assim a teoria classica nao expressaria o comportamento real de campo, pois so analisa, segundo Bjerrum (1967), o fendmeno hidrodinamico, sem considerar a existéncia de outros fenémenos, como os plasticos ou viscosos, sendo este tipo de limitagaéo decorrente da propria esséncia da teoria e, portanto, insoluvel dentro de seu conjunto de hipéteses. O adensamento secundario (ou o efeito da velocidade como preferem alguns), um exemplo da distancia entre a teoria classica e a realidade, continua gerando diversos estudos sem, contudo, se chegar a uma conclusao definitiva a seu respeito. O trabalho de Carvalho (1996) da bem a dimensao de como se encontra hoje a discuss4o sobre este assunto. O ensaio de adensamento edométrico foi desenvolvido a partir da teoria classica, visando permitir a reprodugao em laboratério do que ocorre ‘in-situ’. Sob este aspecto ele atende bem 4 finalidade para o qual foi criado, simulando as condig6es de campo de maneira satisfatoria, introduzindo entretanto 20 algumas perturbagdes. Uma destas perturbagdes advém do fato de que existe atrito entre a amostra e a parede interna do anel rigido que a contém, atrito este nao existente no campo. Consideragées sobre este aspecto podem ser encontradas em Carvalho (1989) e, mais detalhadamente, em Taylor (1942). Para minimizar © efeito do atrito lateral solo-anel a Norma Brasileira NBR- 12007, Solo-Ensaio de Adensamento (MB-3336/1990) recomenda usar uma relagao diametro / altura > 3. Martins e Lima (1996) discutem a possibilidade de a resisténcia lateral solo-anel ser composta n&o sd de atrito mas também de uma parcela viscosa associada a velocidade de deformacao. Outra limitagdo do ensaio 6 a de que, da maneira como foi concebido, no permite variagées no tempo de carregamento ou nas condigées iniciais de poro press&o, ou seja, sd admite carregamento instantaneo e distribuigao uniforme do excesso de pressao neutra. No que diz respeito aos casos de campo, é possivel encontrar situagdes onde o excesso de poro pressdo inicial 6 uniforme ao longo da camada que sofreraé o adensamento. Entretanto, no campo nao ha carregamento instantaneo ja que a obra que originaré 0 excesso de poro pressdo demanda um determinado tempo para ser concluida. O capitulo que se segue aborda o adensamento unidimensional com carregamento crescendo linearmente com o tempo, discutindo aspectos de ordem pratica tais como sob que condigdes pode-se aplicar, no campo, a teoria com carregamento instantaneo sem que se incorra em erros grosseiros. 21 CAPITULO ill O FENOMENO DO ADENSAMENTO COM CARREGAMENTO VARIAVEL (Ill.1) Consideragées iniciais Conforme dito anteriormente, uma das limitagées da teoria classica e do ensaio edométrico reside em admitir 0 carregamento como sendo instanténeo. Na grande maioria dos casos reais de obra esta condigao nao se verifica, pois a construgao, seja de um aterro ou de uma edificagao, demanda um certo periodo no qual o carregamento é crescente com o tempo. A fungao q(t) que expressa o acréscimo de tensdo vertical total aplicada pelo carregamento nao 6, rigorosamente falando, uma fungdo linear do tempo como na figura Ill.1.a. Isto porque, no caso de um aterro, por exemplo, o acréscimo de tensao vertical ocorre em pequenos incrementos toda a vez que um trator espalha sobre o terreno o volume de solo despejado por um caminhao. Neste caso a fungao q(t) nao é linear nem continua. Nao obstante, pode-se escolher uma fungao q(t) linear que represente aproximadamente o carregamento a ser aplicado como mostrado na figura III.1.b. De uma maneira geral, qualquer que seja 0 carregamento com o tempo, uma fungae q(t) € uma aproximacao melhor do que considerar o carregamento de forma instantanea. 22 att) a(t) Fig. 111.1 (a) e (b) - Fungao q(t) Escolhida a func&o q(t) que represente aproximadamente o carregamento, tem-se : q, =%.t-R-t, paratst, ae) te Para (iui) a(t)=q,, parat>t, onde ft, 6 o tempo de construgdo e R = & a taxa incremental de aplicagao da a tensdo vertical com o tempo. (Ill.2) A Analise do Fenémeno De posse da fungao q(t) é possivel desenvolver entéo a teoria do adensamento unidimensional para o caso de carregamento variavel, 23 particularmente para variag4o linear de carga até um valor maximo conforme a configuracgao simplificada admitida. Tanto a obtengao das equagGes diferenciais que regem o fendmeno quanto a resolugao das mesmas estao mostradas detalhadamente neste item, visando preencher uma lacuna existente na bibliografia sobre 0 assunto que n&o apresenta este desenvolvimento em suas minticias. Terzaghi e Frélich (1936) mostram este desenvolvimento partindo da equagdo 11.4, que 6 obtida admitindo-se carregamento instantaneo, subdividindo o trecho de carregamento crescente em_ infinitésimos considerados constantes. Esta abordagem é diferente da efetuada no trabalho, que desenvolve uma equacdo ja considerando carregamento varidvel para posteriormente obter a sua solugdo. Schiffman (1958) segue a linha de raciocinio deste trabalho, chegando a mesma equacao e resolvendo-a. Estranhamente admite um valor Uo, que seria igual ao carregamento po, como sendo o excesso de poro pressdo imposto correspondente a um tempo to, que evidentemente nao é o valor da poro pressdo neste instante ja que uma parcela deste excesso ja teria sido dissipada, conforme mostrado por ele mesmo. Além disso, a resolucéo é suprimida sendo apresentado somente o resultado final de u(z,1), utilizando o valor de up que em nenhum instante t > 0 exprime o excesso de poro pressao existente realmente no solo. Taylor (1942) parece ter sido o primeiro a escrever sobre resultados de experiéncias com carregamento variavel. Em seu “Research on Consolidation of Clays” apresenta a equac&o final da solugdo matematica, 0 método 24 aproximado de Terzaghi-Gilboy e comparagées entre a teoria e ensaios de laboratério, sendo estes restritos a periodos de tempo durante o carregamento, ou seja, tf t.. Por este motivo optou-se pela divisao deste item em dois sub-itens diferentes, cada um abordando uma faixa de valores de f. As hipoteses admitidas para o desenvolvimento da teoria sao : (1) Solo homogéneo; (2) Solo saturado; (3) Agua e graos do solo considerados incompressiveis; (4) Compressdo unidimensional (condigao edométrica), (5) Fluxo unidirecional; (6) Vale a Lei de Darcy; 25 (7) Constancia de determinados parametros que variam com a tenséo efetiva (ke e); (8) Relagao e x o’, representada por uma reta; (9) O carregamento (Ac) cresce linearmente com o tempo atingindo um valor q. para o tempo t.. H.2.1) Resolugao para t < t.: Admita-se a porgao de solo com volume V = dxdydz representada na figura 11.2 , onde Qentra = v, dxdy e Q sai = (v, +S az)axay. Como a variagéo de volume na_unidade de tempo é a diferenca entre as vazdes de entrada e saida tem-se que : ey, ev Quy ~ Qos = Get ard = (Ii.2) 2H Fig. Ill.2 - Configuracao da Anélise 26 onde v, = velocidade do fluxo e V = volume total. Por hipdtese o solo esté saturado e os sdlidos e a agua sao incompressiveis. Assim, a variagao de volume do elemento deve-se exclusivamente 4 variagaéo de seu volume de vazios (V,) que deve ser igual ao volume de agua expulso. Entao Ill.2 pode ser escrita como : ay, % HL.3 ot (IIL) ev, > axdyaz = Oz ves Desenvolvendo o termo “5 da equacao III.3 tem-se que : =v.2e (Iu.4) jA que, por definigao, o indice de vazios e =, sendo V, 0 volume de RIX sOlidos. Sabendo que V, = ss chega-se a: ou ._¥_ ce (iis) et il+eét como V = dxdydz obtém-se, voltando a Ill.3 : ON: excyaz = 2M. - Hdydz J (ins) Oz ot l+e at 27 que simplificada resulta em : @v,__1 @e@ (11.7) oz itedt Pelo principio das tensées efetivas tem-se que o = 0’ + u. Diferenciando esta expressdo em relacdo a t chega-se a: = oe (liL8) Mas [+ -99 @ g(t) = %¢, resultando em: at dt te v Ge 11.9) t. eS) g Substituindo ill.9 em Hi1.8 : S00 oH de {II1.10) c Ge ic onde o termo 6 uma constante denotada por R. Ill.10 pode ser escrita como = 28 oF peu (i411) Definindo 0 coeficiente de compressibilidade do solo a, como sendo : =- 12) a= - 2 (12) @ sabendo que ge _ de Go,’ (u.413) @t do, at pode-se chegar, substituindo Ill.11 e II.12 em III.13, a seguinte expressdo : ée eu 28 _ a(R 84 11.14) at a, ( a ?) (ull.14) Substituindo 111.14 em ill.7 obtém-se : Gv, __& (G4 _py (uL.15) (1.16) 29 onde k, = permeabilidade na direc&o z, i = gradiente hidraulico e h, = altura piezométrica. Diferenciando em relacdo a z chega-se a: (1.47) Mas h, pode ser substituido por =, sendo %, 0 peso especifico da agua, Nn gerando : av, _ k, du (uiL4g) Cz 4, Oz Substituindo III.18 em Ill.15 chega-se a seguinte expressao : k, &7u a ,ou = = ([=-R H.19) ty OZ 1+ e! ot ) mse) que rearranjada resulta em : 2 k,(i+e) 2 y eRe Ze (11.20) Aty OF et . : kite) Definindo o coeficiente de adensamento como c, = a obtém-se a Vw expressao final : 30 & © + a " | a c (uL21) a NJ % que é a equacdo diferencial do adensamento unidimensional para 0 caso de carregamento variando linearmente com o tempo. A resolugao desta equagao diferencial se inicia com a derivagao da mesma em relacao a ft, obtendo-se : ou au Vorat oF (u.22) Utilizando-se o processo de separagao de varidveis expressa-se o valor de u como o produto de duas funcdes de uma s6 variavel : u(z,t) = F(z). ¢(t) (1.23) Substituindo Il.23 em Iil.22 chega-se a: co, F''(z). g(t) = F(z). 9"'(t) (ll.24) que pode ser escrita como : F(z) _ git) Fz) o'(t) (uL25) 31 Como cada membro da igualdade s6 é fungéo de uma unica variavel independente, a expressdo deve ser igual a uma constante, que sera chamada convenientemente de -A’, com A > 0. Entao : F(z) _ g"() oo 1.26} Fz) & oth) (26) que resulta em duas equacGes diferenciais ordinarias, lineares, com coeficientes constantes, homogéneas e de 2° ordem, a saber : F'(z) +A? F(z) = 0 (Il1.27) o''(t) + Arc g '(t) = 0 (11.28) A equagao caracteristica de IIl.27 6 m’ + A? = 0, que resulta em m = +Ai. A fung&o F(z) entéo assume a seguinte forma : F(z) = C, cos Az +C, sen Az (1.29) De maneira analoga, a equagao caracteristica de Il.28 6 m? + A’oym = 0, resultando em m = 0 ou m = -A’c,. A funcao ¢(t) ent&o é escrita como : o(t)=C,e* 4, (11.30) 32 Substituindo II1.29 e II1.30 em III.23 obtém-se : u,(z,t) = (C, cos Az +C, senAz\(C, e*™ +C,) (tL31) Utilizam-se agora as condigGes de contorno ( duas em z e duas emf) para resolver o problema : 1° condigao - paraz=0,u=0 Vt Substituindo na equagao III.31 tem-se que : (C, cos 0+ C, sen0)(C, e-4” +C,) = 0 (11.32) que resulta em C; = 0. A expressdo atualizada de u,(z,f) € ent&o : u,(z,t) = C, senAz(C, e*' +C,) (1.33) que pode ser escrita, efetuando uma simples modificagao de constantes, como: u,(z,t)= K, senAz+K, senAz.e*"™ (Ill.34) 2 condigdo - paraz=2H,u=0 Vt Da equacao I1I.34 obtém-se : 33 K, sen 2AH + K, sen2AH.e** = 0 (135) que resulta em sen 2AH = 0. Para que isto ocorra 6 necessario que 2AH = nz, onde n = 7, 2, 3, ..., culminando em A = a uma vez que A > 0. A expressao de u,(z,t) entao fica : ata ot u,(z,t)=K, sen 2) +K, sent e 1 3° condicéo -parat=0,u=0 vz Substituindo em 11.36 tem-se que : naz mz K, sent )+ K, sent) =0 que resulta em K;, = - K,, Reescrevendo Ill.36 obtém-se : aint ot up{2.t)= K, set Aye **) A solugao é entao do tipo : Pot Pot nz aE 2nz RE u(z,t) = b, sen ii-e +H )+b, sen (1-@ tH YE, que pode ser expressa como : (11.36) (IN.37) (UH. 38). (IIL.39) 34 ulz.t)= >, sents \t- ene 7) (ll.40) ml A mecanica do adensamento leva a consideragao de que, para t = 0, a raz&o de crescimento da poro pressao é igual a raz@o de crescimento do carregamento, ou seja : al = qt) uo Substituindo tII.9 em III.41 chega-se a: : eu 4° condigao - para t = 0, ra R Derivando a equagao II1.40 em relacao a t e admitindo a 4° condigao : « 5 3b, 72% sen 22 = R (ui.42) Rearranjando III.42 e admitindo D, = b,.n? chega-se a: 2 oe aR -S0, on (ua) que é 0 caso de expansao em série de Fourier. O coeficiente Dn 6 expresso entdo por : 35 1 D, = al cpr 8M ay (44) Resolvendo a integral tem-se que : D, (1- cos nz) (l.45) 2H 2 = 4RH - 2 cos 8] = SRHE Ca nn 2H |, cna A parcela (1 - cos nz) é igual a 2 quando n é impar e se anula quando n é par. Chamando entéo n = 2m + 71 pode-se reescrever a equacao III.45 da seguinte forma : 16RH* = an(2msl) (111.46) a onde m= 0, 1, 2, ... Retornando ao termo b, tem-se que : D, 16RH? = = —___ HL.47) > r ” ¢,2°(2m +1) ( ) Substituindo 11.47 em IIl.40 chega-se a seguinte expressdo : 16RH? (2m +1)az muh ret = OR yt ggg UM TNF _g UIL48 u(z,t) on? Oam+iy 3H ( ) (IIL.48) que, considerando o fator tempo T = of M= ante eR= &, pode ser a escrita como : u(z,t)= ae 5 5 roe ew) (II1.49) T. mM onde T, 6 o fator tempo relacionado a t,, ou seja, ao final do carregamento. Deve-se verificar se a func¢ao acima é solugao da equagdo original, ou seja, se a funcao satisfaz 4 equagao II1.21. Isto é feito substituindo-se 8 e a determinados a partir de III.49, em Hl.21 como a seguir : ou 2RY ze sen( Mee" -2RS sent HZ) (150) Mz, yeu (IL51) Substituindo-se 111.50 e IlI.51 em IIl.21 obtém-se : ay senee) =1 (li.52) 37 Resta agora apenas verificar l1I.52, ou seja, achar a série de Fourier em senos para a fungdo f(z) = 1 no intervalo 0 son(Mt2 ye" de (li57) que pode ser escrita como : 1 1H $1 ye #7) fs MZ 158 Un =a, THe" e )Jsenc Fp) az (1.58) resolvendo a integral chega-se a : 2G dg ewe cosy)” n= 9. Tale ir cost) (lN1.59) e-"7)[_ cos 2M + cos 0] como 2M = (2m + 1) & sempre um valor impar vezes z tem-se cos 2M = -1. Ent&o a equacao II!.59 fica : Uy = 2-2 1-e"") (Il.60) 39 Sabendo-se que q =R.t = Ge = Ge 7, pondo zr em evidéncia e voltando fT T ao somatério chega-se 4 equagao final : T 241 -r — 1-2 —H1- W161 qT, [ TAM e | ( ) que representa a porcentagem média de adensamento para carregamento variando linearmente com o tempo, sendo f < t,. Hl.2.2) Resolugdo para t >t, : A equag4o que rege esta segunda etapa do problema é exatamente a mesma que a do caso de carregamento instantaneo, pois para f > f, a carga aplicada 6 constante. Conforme dito no cap. Il, o desenvolvimento desta equacao 6 facilmente encontrado na literatura e nao sera apresentado, mas é totalmente similar ao desenvolvimento apresentado aqui entre as equagdes Ml.2 e II1.21, residindo a diferenga no fato de que . =0 ao invés do que mostra a equacao II1.9. Desta forma tem-se : Qsae (i.62) 40 que é a equagdo diferencial que rege o adensamento para f > f, . Foi feita uma transformagao na varidvel tempo de modo que t* = f - ft, , visando simplificar a resolugao. Como x = x a equagao basicamente nao se altera. O desenvolvimento da solucgao 6 igual, até um certo momento, ao caso de carregamento instantaneo, diferindo na condigao de contorno em t. Em relagao ao item Ill.2.1 difere ja nas equagées caracteristicas, oriundas das equagées diferenciais ordinarias correspondentes. Por estes motivos preferiu- se apresentar aqui a resolugdo completa de III.62 para o caso estudado. Utilizando-se a mesma separacdo de variaveis mostrada em III.23 e substituindo-se em III.62 chega-se a : c, F''(z)¢ (t*) = F(z)¢'(t*) (H1.63) que pode ser escrita como : Fi(z)_ g'(t*) 11.64 Flz) ~ eo (t) aes) Efetuando um processo similar ao do item III.2.1 obtém-se as seguintes equacées : F''\(z) + @F(z) = 0 (1.65) o'(t*") + A’c, g(t") = 0 (1.66) a A equag4o caracteristica de 111.65 6 m’ + A” = 0, resultando em m = +Ai, com A > 0. A fungdo F(z) entéo assume a seguinte forma : F(z) = C, cos Az + C, sen Az (11.67) Da mesma maneira, a equagao caracteristica de IIl.66 6 m + A’e, = 0, que resulta em m = -A’c,. A funcdo ¢ (t*) entao é escrita como : g(t") = Cer" (li.68) Substituindo II1.67 e 111.68 em IlI.23 obtém-se : u,(2,t*) = (C, cos Az +C, senAz)Ce"*" (Il.69) que, modificando as constantes, pode ser escrita como : u,(z,t*) = (C, cos Az +C, sen Azje**" (II1.70) Utilizam-se agora as condigées de contorno (duas em z e uma em f*) para resolver o problema : 4 condigao -paraz=0,u=0 Vt" Substituindo na equagao III.70 tem-se que : (C, cos 0+ C, sendje**"" = 0 {I.71)

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