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PROFESSORA:
MARIA LÚCIA COSTA ALEMÃO
MALU COSTA
DEPARTAMENTO DE SAÚDE
ALUNO:
CURSO:
UNIDADE:
TURMA:
SEMESTRE/ANO: 1º semestre, 2014
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PLANO DE ENSINO – 2014
SISTEMA DE AVALIAÇÃO:
Avaliação contínua, tendo como possíveis instrumentos: Produção textual; Análise de
textos; Reescrita de produção textual; realização de atividades diversas, avaliação única,
individual e escrita, tendo em vista conteúdos de leitura e de produção de texto.
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textual. Interpretação de texto
12 AV1
17 AV2
19 AV3
20 Devolutiva da AV3
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
BLIKSTEIN, Isidoro. Técnicas de comunicação escrita. 4. ed. São Paulo: Ática, 1987.
BOAVENTURA, Edivaldo. Como ordenar as ideias. 8. ed. São Paulo: Ática, 2002.
CITELLI, Adilson. Linguagem e Persuasão. 15. ed. São Paulo: Ática, 2002.
GARCIA, Othon Marques. Comunicação em prosa moderna. 14. ed. RJ: Fundação
Getúlio Vargas, 1988.
KLEIMAN, A. Oficina de leitura: teoria & prática. Campinas: Pontes/Editora da
Unicamp, 1993.
KOCH, I. G. V. A interação pela linguagem. São Paulo: Contexto, 1997.
KOCH, I. V. e TRAVAGLIA, L. C. Texto e coerência. São Paulo: Cortez, 1989.
MARCUSCHI, L. A. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. São Paulo:
Cortez, 2001.
ROJO, R. H. (org.). A prática da Linguagem na sala de aula. SP: EDUC / Mercado das
Letras, 2000.
SOARES, M. B.; CAMPOS, E. N. Técnica de Redação. Rio de Janeiro: Editora ao
Livro Técnico, 1978.
4
VAL, Maria da Graça Costa. Redação e textualidade. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
ABREU, Antônio Suárez. Curso de Redação. 11. ed. São Paulo: Ática, 2001.
FARACO, C. A.; TEZZA, C. Prática de texto para estudantes universitários.
Petrópolis: Vozes, 1992.
KLEIMAN, A. Leitura: ensino e pesquisa. Campinas: Pontes, 1987.
PÉCORA, Alcir. Problemas de redação. São Paulo: Martins Fontes, 1983.
SERAFINI, M. T. Como escrever textos. 10. ed. Coleção dirigida por Humberto Eco.
SP: Globo, 2000.
VALENTE, André. A linguagem nossa de cada dia. Petrópolis: Ed. Vozes, 1977.
VIANA, A. C. Roteiro de Redação: lendo e argumentando. 1. ed. São Paulo: Scipione,
1999.
VANOYE, F. Usos da linguagem: problemas e técnicas na produção... SP: Martins
Fontes, 1998.
A INTERTEXTUALIDADE:
FIORIN, José Luiz e PLATÃO, Francisco. Para entender o texto: leitura e redação. 16 ed. São
Paulo: Ática, 2003.
OUTROS
SAVIOLI, Francisco Platão. Gramática em 44 lições com mais de 1700 exercícios. São Paulo:
Ática, 1985.
SOBRAL, João Jonas Veiga. Redação: Escrevendo com prática. São Paulo: Iglu, 1997.
TERRA, Ernani. Gramática prática. São Paulo: Scipione, 1993.
TUFANO, Douglas. Estudo de gramática. São Paulo: Moderna, 1990.
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SÁTIRA SOBRE AS REGRAS PARA REDAÇÃO (texto circulado na internet, também
postado no site: www.robertoavila.com.br)
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UNIDADE 1
LÍNGUA E LINGUAGEM
Pérolas
O maior matrimônio do país é a Educação.
Precisamos tirar as fendas dos olhos para enxergar com clareza o número de
famigerados que almenta.
O TUDO COMUNICAR
LINGUAGEM
Fonte: www.robertoavila.com..br
Linguagem é qualquer sistema de sinais, símbolos e recursos que o ser humano
utiliza para se comunicar, isto é, para transmitir suas ideias e seus sentimentos. De um
modo geral, a linguagem verbal é a mais usada. Ela se serve de palavras faladas ou
escritas para realizar a comunicação. A linguagem verbal não é a mesma para todos os
seres humanos. Cada povo tem seu próprio sistema vocabular e gramatical. Assim, a
mesma comunicação, "Eu te amo", é expressa de maneira diferente por vários grupos.
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Espanhol: Yo te amo.
No entanto, temos também a linguagem não verbal, que emprega outros sinais
(não a palavra) para que aconteça a comunicação. São os sinais de trânsito, a linguagem
gestual (gestos e expressões faciais), a linguagem dos surdos-mudos, a pintura, a
música, os ícones dos computadores, etc.
LÍNGUA E FALA
Fonte: www.robertoavila.com..br
Língua é o código verbal pertencente a determinado grupo de indivíduos, como
franceses, japoneses, uma tribo, um grupo de jovens, etc. A língua é uma instituição
social, produzida pela coletividade e para a coletividade.
Fala é a utilização individual e concreta que cada indivíduo faz da língua. Cada
pessoa que fala ou escreve tem seu jeito próprio, particular, característico de utilizar as
palavras, as expressões e a gramática para poder comunicar suas ideias, sentimentos e
experiências. Essa maneira própria de cada um falar ou escrever constitui, também, o
que chamamos de “estilo”.
EXERCITANDO
Fonte: www.robertoavila.com..br
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Nas diferentes situações de comunicação (verbal, visual, gestual), podem
aparecer os seguintes elementos:
FUNÇÕES DA LINGUAGEM
Fonte: www.robertoavila.com..br
FUNÇÃO METALINGUÍSTICA
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Itaúna: é o nome de uma localidade do Rio de Janeiro. Itaúna se origina de ita: (pedra)
e una (preta). Itaúna, portanto, significa originariamente "pedra preta".
A função metalinguística usa o próprio código para defini-lo ou explicá-lo. No
caso, o código são as palavras “Curitiba” e “Itaúna”.
REFERENCIAL, COGNITIVA OU DENOTATIVA
SAMBA EM PRELÚDIO
Eu sem você
Não tenho porquê
Porque sem você
Não sei nem chorar
Sou chama sem luz
Jardim sem luar
Luar sem amor
Amor sem se dar.
Vinícius de Moraes
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aos recursos expressivos do ponto de exclamação e das interjeições ou da própria falta
de pontuação.
FUNÇÃO FÁTICA
FUNÇÃO POÉTICA
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sendo transmitida a mensagem, por meio de arranjos, escolha vocabular, rimas, ritmo,
metáforas, aliterações, recursos visuais, disposição do texto na página, etc. A função
poética pode ocorrer tanto em poemas como em textos em prosa.
A PRODUÇÃO DE TEXTOS - I
O TRABALHO DE REESCREVER
Fonte: Revista Língua, ano 7, no. 76, fev., 2012, www.revistalingua.com.br
Mudar o tom de um pedido de emprego para um registro mais formal requer alguns
cuidados
Uma forma de trabalhar os níveis de linguagem é reformular textos escritos num registro
inapropriado. Que efeito teria uma carta com pedido de emprego escrita assim?
Adaptado a um registro menos informal, o texto tem bem mais chances de atingir sua
finalidade, portanto, reescreva a carta:
Senhor gerente,
_________________________________________________________________________
_____
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_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
________
_________________________________________________________________________
_____
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_______________
Sem mais, subscreve, atenciosamente,
C.F.S.
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UNIDADE 2
FALA
Fonte: www.robertoavila.com..br
Fig. 1
Portanto, quando você fala (individual), utiliza um mesmo sistema que os seus
colegas (coletivo). Essa forma individual que cada um de nós possui ao falar constitui o
estilo.
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VARIAÇÕES GEOGRÁFICAS E SOCIAIS
O estilo sofre influências determinadas basicamente por dois fatores: geográfico
e social.
Fator geográfico
Embora todos falemos a língua portuguesa, no Rio, em São Paulo ou em Lisboa,
é claro que encontramos variações linguísticas determinadas pela localização
geográfica. Tais variações podem ser constatadas na pronúncia das palavras, na
preferência por algumas formas linguísticas ou no emprego de palavras com sentido
específico.
§ = língua (sistema)
A, B, C,... = variações linguísticas provocadas
pelo fator geográfico
Fig 2
Fator social
Se tomarmos uma determinada região, por exemplo A (do esquema anterior),
observaremos variações linguísticas motivadas pelo fator social. A essas variações
denominamos níveis de fala.
A = língua (sistema)
1, 2, 3,... = diferentes níveis de fala
Fig. 3
15
Ao falar e principalmente ao escrever, surge com frequência uma dúvida: Esta frase
está certa ou errada?
Nesse caso, deve-se entender por certo ou errado a adequação ou a inadequação de
uma forma linguística à língua-padrão, regida por leis baseadas principalmente em
escritores de renome, e ao conjunto de hábitos linguísticos vigentes numa determinada
classe social.
Há um livro que contém essas leis: gramática normativa. Chama-se normativa
porque dita as normas (regras) do uso correto da língua. O conceito de erro, nesse caso,
constitui a inadequação às formas linguísticas da língua-padrão.
(...)
Os linguistas e gramáticos costumam afirmar que o discurso se realiza de acordo
com dois padrões básicos: o da norma culta (formal) e o da norma popular ou coloquial
(informal). Cada um desses padrões é utilizado em função da situação e da forma de
relacionamento que envolve os comunicantes.
Estilo
Quando você escreve, seleciona as palavras da língua e as combina dentro de uma
determinada estrutura. Veja esta frase:
1º processo – Seleção
A B C
De súbito a paisagem se perturba.
Subitamente o ambiente se agita.
De repente as pessoas perdem a tranquilidade.
Repentinamente os indivíduos se abalam.
Fig. 4
O autor selecionou algumas palavras dentre muitas que estavam à sua disposição
para transmitir a informação.
2º processo – Combinação
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A maneira individual de seleção e combinação das palavras denomina-se “estilo”.
Você já possui um estilo. Pode, porém, aprimorá-lo, conhecendo os estilos dos bons
escritores da língua portuguesa. Esse constitui um dos objetivos da leitura e da produção de
textos.
Gíria
Chamamos de gíria o estilo de linguagem próprio de um grupo. Há vários tipos de
gíria: dos jovens, dos marginais, dos surfistas, etc. Leia o texto seguinte e observe o uso da
gíria no diálogo entre dois surfistas.
Vocabulário: arrepiar: surfar bem / azarar: paquerar / brô: brother, amigo / casca-grossa:
radical / crowd: cheio de gente / esponjinha: turma que pratica bodyboarding / marola: mar com
ondas pequenas / pagar sapo: mentir / prego: quem não surfa legal / rabeador: cara que entra na
onda dos outros.
Em resumo
Fonte: Prof. Jorge L. Torresan, adaptado
Uma língua nunca é falada de maneira uniforme pelos seus usuários: ela está sujeita
a muitas variações. Repare que grupos da sociedade acabam se diferenciando pela forma
como se expressam: advogados, administradores, médicos, publicitários etc.; o português
que foi falado, por exemplo, no século passado é diferente do que falamos hoje; se
prestarmos a atenção para a forma como as pessoas de regiões do Brasil se expressam,
verificaremos muitas diferenças. No entanto, o principal é sabermos que temos a liberdade
para empregarmos a língua de formas diferenciadas desde que saibamos onde estamos,
com quem estamos e qual o nosso objetivo. Da mesma forma que você não vai à praia de
terno e gravata, numa reunião mais formal, por exemplo, você não usará a linguagem do
cotidiano, com gírias. Perceba, também, que não se fala como se escreve nem se escreve
como se fala. Daí que, de acordo com o contexto e o ambiente, deve-se ficar atento ao nível
da linguagem.
Testando:
Estou preocupado. (norma culta)
Tô preocupado. (língua popular)
Tô grilado. (gíria, limite da língua popular)
Como ficaria no limite da gíria (calão)?
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Inculta ou vulgar: erros crassos da língua, comprometendo a comunicação;
Regional: são os diversos falares e dialetos próprios de cada região geográfica;
Grupal:
técnica (das profissões, dos conhecimentos humanos etc.);
gíria (dos jovens, das mulheres etc.). Calão é o limite da gíria.
EXERCÍCIOS
Fonte: professores de LPT/área da Saúde
______________________________________________________________________
Culta Popular
tênue fraco
ausentar-se _________________
repleto _________________
divergir _________________
tendência, pendor _________________
bofetada _________________
acompanhado _________________
_________________ mané
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_________________ conversa
_________________ fazer
_________________ pilantra
Função Linguagem
Culta Popular
Aula universitária, conferências, sermões
Conversa entre amigos ou em família
Discursos políticos
Programas culturais e noticiários de TV ou rádio
Novelas de rádio e televisão
Comunidades científicas
Conversas e entrevistas com intelectuais a propósito de temas cien-
tíficos ou artísticos
Irradiação de esportes
Expressão de estados emocionais, confissões, anedotas, narrativas
- Bom dia. Sente-se, por favor, preciso fazer algumas perguntas para o senhor a fim de
saber se está devidamente qualificado para a nossa empresa.
- Ah. Falô, na boa, tá calor hoje né?
- Qual o nome do Sr., por favor?
- José Carlos, mas o pessoal lá de casa e da rua me chama de Zé, eu acho que fazer
amigos é muito bom tanto é que um amigo me falou que vocês estão precisando de
gente aqui.
- Muito bem, Sr. José Carlos, temos uma vaga para o cargo de Assistente
Administrativo, mas precisamos que o candidato tenha domínio de algumas habilidades.
- Certo! É só perguntar. Vamos ver se eu posso ser útil.
- O Sr. possui algum conhecimento na área de informática? Nos dias de hoje ela é
imprescindível para qualquer profissional da área administrativa.
- Sim, eu manjo bastante de informática, você sabe, aqueles programas de sempre:
Windows, Word, Excel, esses baratos todos.
- O Sr. costuma acessar a internet? Conhece as principais ferramentas desse instrumento
de comunicação?
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- Oh! Nossa! Eu costumo viajar bastante na internet, conheço muitos sites, já até montei
um grupo de discussão sobre o lance do Mercosul.
- Qual o grau de escolaridade do Sr.?
- Bem, eu estudei Administração Geral numa faculdade e agora tô pensando em me
especializar em Marketing e Comércio Exterior.
- O Sr. fala algum idioma: inglês, espanhol?
- Bem, fiz um cursinho de espanhol rápido por causa do barato do Mercosul, né. Inglês
só no the book is on the table.
- O Sr. é casado? Qual sua idade?
- Não, por enquanto tô fora... Só namoro mesmo! Tô com 25 anos. Hoje em dia tá meio
duro casar.
- Qual a sua experiência profissional? O Sr. já trabalhou numa empresa de grande porte
como esta?
- Ah! pra falar a verdade eu trabalhei sempre como boy em empresas pequenas, mas o
meu último trampo foi numa distribuidora de medicamentos – empresa grande.
- E quais eram as atividades do Sr. nessa empresa?
- Nossa! Eu fazia um pouco de tudo. Às vezes fazia umas coisas no departamento
pessoal, depois fui para o financeiro, passei uns meses também no CPD... rodei bastante
por lá.
– Muito bem, Sr. José Carlos, estou com os dados do Sr. aqui. Assim que tivermos uma
posição entramos em contato. Bom dia.
- Certo, bom dia, mas o trampo é meu?
* Substitua o verbo pôr destacado nas frases abaixo por outros com valor mais específico,
se preciso faça algumas alterações nas frases:
(A) Pôs os documentos na pasta.
(B) O gerente pôs o terno.
(C) Não ponha estas palavras no memorando.
(D) Devemos pôr um anúncio de emprego no jornal.
(E) O tesoureiro pôs o dinheiro no banco.
(F)
* Faça o mesmo com o verbo fazer nas frases abaixo:
(A) A recepcionista fez a sala para a reunião.
(B) No mês passado, minha irmã fez dez anos de trabalho na empresa.
(C) O diretor fez a secretária reescrever a carta toda.
(D) Alberto fez fama considerável entre os colegas.
(E) A prefeitura fez banheiros na praça.
(F)
* Faça o mesmo com a palavra “coisa” nas frases abaixo:
(A) Na pasta do médico, vão as coisas básicas para a cirurgia.
(B) A reunião foi adiada por uma série de coisas.
(C) Para alguma coisa tem de servir esse progresso.
(D) Na reunião houve uma briga: uma coisa desagradável.
(E) Preparar todos os relatórios não foi uma coisa fácil.
(F)
* Faça o mesmo com o verbo dar nas frases abaixo:
(A) O jornal deu uma notícia da prisão do juiz.
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(B) A internet deu a notícia antes do jornal.
(C) Deu parecer favorável à compra do imóvel.
(D) Dou como perdido o talão de cheques.
(E) Deu um terreno por dois apartamentos.
6) Identifique os níveis de linguagem nas frases abaixo:
(A) Você me empresta teu avental?
(B) É melhor abafar o caso, senão vai ser pior.
(C) “– Buenas e me espalho! Nos pequenos dou de prancha e nos grandes dou de talho!”
(Um certo Capitão Rodrigo)
(D) Em época de Copa, todo mundo é verde-amarelo. O patriotismo fica à flor da pele, e
torcedores de todos os cantos do país param para ver a bola rolar.
(E) As plantas crescem e fornecem alimento para algumas espécies de animais. Essas
espécies servem de alimento para outros animais. Os restos são decompostos por bactérias e
retornam à terra em forma de sais minerais. Essa relação linear é chamada cadeia alimentar.
(F) A gente temos que fazer uma avaliação técnica do endereço ou do político?
(G) A combinação trata de problemas nos quais o que se quer é escolher elementos de um
conjunto, não importando sua ordem ou posição. A Matemática criou um instrumento para
estes tipos de contagens: os conjuntos.
(H) Você só fica aí de butuca na conversa dos outros, né?
(I) Se os histéricos baixarem um pouco o volume de sua gritaria, perceberemos que o aborto
é uma discussão pertinente ao Congresso Nacional, não à Presidência da República.
Portanto, é mais importante saber o que pensa sobre o aborto o Tiririca que a Dilma
Roussef, pois se um dia o tema entrar na pauta quem vai votá-lo são os deputados, que já
estão eleitos.
G. Nascimento, Primeira Página, 18/10/2010
(J) Observa-se na sua base uma curta fiada auxiliar das lamelas transversais oblíquas. Sob
estas diversas relações, assemelham-se às barbas da boca da baleia, mas diferem muito para
a extremidade do bico, porque se dirigem para a garganta ao invés de descer verticalmente.
Toda a cabeça do lavanco é incomparavelmente menos volumosa do que a do Balaenoptera
rostrata... Charles Darwin, A origem das espécies.
(K) “Olá! Estava a ler a revista sobre a entrada de Katty Perry em Anatomia de Grey, na
qual vocês diziam ser a última temporada. Shonda Rhimes (criadora da série) disse que
não terminará por aqui, podendo ter uma 9ª temporada. Só gostaria que ficasse
esclarecido, porque, como eu, talvez alguém tenha tido uma deceção com a notícia do
final desta grande série.” (Ana Silva, e-mail. In: Tv7dias, s.d., p. 94)
7A) A fala da personagem do texto a seguir está no nível coloquial. Passe-a para a
língua-padrão.
- Escuta aqui, meu irmão, tem pelo menos 100 moleques que passam todo o dia aí na
rua querendo pegar esse emprego que eu te dei. Então você já viu: tô te fazendo um
bruto dum favor. Não precisa ficar toda a vida me agradecendo... Mas também não
quero reclamação. Não tá contente pode dar o fora. E já. Tá?
Fonte: Lygia Bojunga Nunes, Tchau.
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7B) Apresentamos a seguir, alguns depoimentos de "meninas de rua" da cidade de
Goiânia, extraídos do livro Meninas de Rua: uma vida em movimento (Grácia M.
Fenelon et alii). Nestes depoimentos predomina um nível coloquial da fala. Compete a
você transcrever estes textos usando um nível de fala que esteja de acordo com a língua-
padrão:
- A Marta tem que ir pra casa da mãe dela, pra podê oiá a mãe dela, porque a mãe dela
só vive doente.
- Marina tem que ir pra Brasília atráis da mãe dela.
- Rosinha, a mãe dela morreu. Ela devi ficar em casa cuidando dos irmãos dela.
- Eliane barriguda, vai pra sua casa tratá do seu filho quando nascer. Têje muito cuidado
com ele.
- Óia aqui. Então nóis vai sábado. Nóis não vai segunda-feira não. Por causa que o João
Grandão falou que vai arrumá dinheiro pra nóis podê i sábado.
- Roberto, eu te amo. Não te esqueço. Queria que ocê sempre gostasse de mim, dá valor
ni mim, queu dava valor nocê. Porque você vai na cabeça de todo mundo, depois cê
acha ruim deu falá alguma coisa procê. Depois cê fica agarrando a Neusa, a Neusa te
agarrando por causa de esmalte, só procê tomá raiva de mim.
7C) (Fuvest) - A princesa Diana já passou por poucas e boas. Tipo quando seu ex-
marido Charles teve um love affair com lady Camille revelado para Deus e o mundo.
Folha de S. Paulo, 5/11/93.
No texto acima, há expressões que fogem ao padrão culto da língua escrita.
a) Identifique-as.
b) Reescreva-as conforme o padrão culto.
Sketchs
Dois homens tramando um assalto.
- Valeu, mermão? Tu traz o berro que nóis vamo rendê o caixa bonitinho. Engrossou,
enche o cara de chumbo. Pra arejá.
- Podes crê. Servicinho manero. É só entrá e pegá.
- Tá com o berro aí?
- Tá na mão.
Aparece um guarda.
- Ih, sujou. Disfarça, disfarça...
O guarda passa por eles.
- Discordo terminantemente. O imperativo categórico de Hegel chega a Marx diluído
pela fenomenologia de Feurbach.
- Pelo amor de Deus! Isso é o mesmo que dizer que Kierkegaard não passa de um Kant
com algumas sílabas a mais. Ou que os iluministas do século 18...
O guarda se afasta.
- O berro, tá recheado?
-Tá.
- Então vamlá!
Luis Fernando Veríssimo, O Estado de S. Paulo, 08/03/98.
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I) Identifique esses níveis.
II) Há alguma relação entre esses níveis de fala e a classe social?
b) Os dois homens mudam o nível de fala. Com que objetivo?
c) Qual pode ter sido a intenção de Luis Fernando Verissimo ao escrever esse texto?
A PRODUÇÃO DE TEXTOS - II
Fonte: Revista Língua, ano 7, no. 76, fev., 2012, www.revistalingua.com.br
"O capitalismo moderno cria nas grandes cidades grandes regiões com muitos
marginalizados. Ele se caracteriza pela enorme concentração de renda e estimula a
globalização, pois é preciso estender o consumo a todo o mundo, senão o capital não se
multiplica".
Também devem ser refeitas as frases longas, ou "centopeicas". Nesse tipo de frase não há
propriamente falha de coesão; as ideias estão bem articuladas, mas a falta de pontos ou
pontos e vírgulas dificulta a captação da mensagem:
"Nossos políticos dedicam-se a criar escolas e mais escolas, abrir concursos para preencher
dezenas de vagas com professores vindos de cursos universitários às vezes ruins, às vezes
inadequados à matéria que vão lecionar e dão-se por satisfeitos, pois, para eles, ensino de
qualidade não é algo a ser pensado e elaborado, nem ao menos importado pronto do
exterior, mas é simplesmente um conceito vazio a ser usado em véspera de eleição".
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GRAMÁTICA DE USO - I
(A) Para ........, é muito difícil dizer não, mais vou tentar mudar este meu
comportamento, porque às vezes o não é necessário na vida!
(B) Para ...... terminar esse trabalho, precisarei de mas tempo, no entanto, não sei
aonde vou arrumá-lo.
(C) Houve desentendimentos entre......... e ele, pois mau cheguei na empresa, e ele já
foi despejando problemas.
(D) Curvou-se perante .......... com humildade, para isso ele tinha um porque.
USOS DA LÍNGUA – I
Fonte: professores de LPT/área da Saúde
Não importa o que você faça, seja atendimento, vendas ou qualquer outra atividade,
certifique-se de que sua marca esteja encantando quem estiver do outro lado (por que/
porque/ por quê) atender é conquistar; a base do espetáculo é fazer as pessoas dizerem
"uau!". Se isso ocorrer, você atingiu a sua meta; se não, você perdeu uma grande chance de
fazer a diferença; então vá (de encontro a / ao encontro da) eficiência.
Eu estava em férias em um dos parques da Disney World. Como sempre acontece
nesses momentos, me distraí e perdi o mapa das atrações. (há / a) muito eu queria participar
do próximo show. Como não havia tempo o suficiente para retornar à loja e pegar um novo
mapa, perguntei a uma mocinha que fazia a limpeza do parque (onde / aonde) eu deveria ir.
Ela parou o que estava fazendo, encostou a vassoura e o equipamento coletor de lixos em
local seguro e com toda a delicadeza (deste/desse) mundo me indicou as coordenadas.
Ela assegurou-se de que eu chegaria mesmo em tempo (no / ao) local. Caminhou ao
meu lado por alguns metros e confirmou a direção que eu deveria seguir. Por alguns
instantes, ela deixou de ser uma agente de limpeza para se tornar a minha guia. Foi tão
atenciosa que me fez dizer "uaaau!". "Que pessoa maravilhosa", pensei comigo mesmo.
Lembro-me de tê-la perguntado sobre sua nacionalidade. Ao que com sorriso nos lábios ela
respondeu: "Sou da Disney e estou ao seu dispor". Precisa dizer algo mais?
Também não posso esquecer quando estava embarcando em um avião em Hong
Kong. Eu tinha trabalhado (mas / mais) de quinze horas por dia naquela semana e me sentia
exausto e louco para chegar (à / na) minha casa, tomar um banho e deitar na minha cama.
Ainda era madrugada quando entrei no avião. O voo estava lotado e, naturalmente, todos,
inclusive a tripulação, deviam estar cansados naquela madrugada chuvosa. Assim que a
aeronave decolou, eu, inadvertidamente, pressionei o botão de chamado de serviço de
bordo, pois eu estava meio (mau/mal).
Claro que os atendentes logo que perceberam aquele chamado deviam ter pensado
quem era o chato que não podia (estar esperando / esperar) o avião se estabilizar. Eu não
24
havia percebido que havia feito aquilo. Porém, logo veio uma bem-vestida, sorridente e bem
humorada comissária - parecia que ela estava em um parque da Disney, tamanha a sua
cordialidade. Aproximou-se e curvou suavemente as pernas evitando falar comigo na
vertical. Com voz amistosa completou: "O senhor deve estar precisando de algo, como
posso servi-lo?" Fiquei surpreso e disse que não – estava tudo bem, e que eu não
necessitava de nada. Ela então, discretamente, apagou o sinal de chamada e concluiu: "Não
se preocupe, essas coisas acontecem. Estou ali atrás e se precisar conte comigo".
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UNIDADE 3
“O humor da tira de Luis Fernando Veríssimo está centrado no conflito entre dois
personagens: o pessimista Sombrio e o otimista Clarindo. No trabalho com a linguagem verbal,
o autor explora a força das antíteses e apresenta o conflito, no primeiro quadrinho, com a
palavra ‘adversário’”.
26
“No trabalho com a linguagem não verbal, o autor explorou graficamente o
conflito: Sombrio é totalmente negro e Clarindo é absolutamente branco (a
luminosidade de Clarindo é realçada pelos raios que circundam sua figura); até os
balõezinhos representam o conflito: um é arredondado; outro é quadrado.”
Observe agora alguns exemplos de linguagens verbal, não verbal e mista.
Classifique-as e analise-as:
(A)
(B)
(Fonte: www.chargeonline.com.br)
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(C) (UFSM 2000) Considere o que se afirma sobre o papel da linguagem verbal e não
verbal na organização da história a seguir.
(D)
(E)
28
(F)
(G)
29
A PRODUÇÃO DE TEXTOS - III
A PARÁFRASE
Fonte: Revista Língua, ano 7, no. 76, fev., 2012, www.revistalingua.com.br
Transformar um soneto de Gregório de Matos em prosa ajuda a entender as características
da poesia
Entre as possíveis atividades de retextualização está a paráfrase, que consiste em "traduzir
na própria língua" determinado texto. Paráfrases de poemas são úteis para confrontar as
diferenças entre poesia e prosa; servem também para ampliar o vocabulário.
Leia o poema e reescreva-o em prosa.
(Pondo os olhos primeiramente na sua cidade, conhece que os mercadores são o primeiro
móvel da ruína, em que arde pelas mercadorias inúteis e enganosas)
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Simples aceitas do sagaz Brichote.
Triste Bahia, quão diferente estamos de nosso estado antigo. Hoje te vejo pobre e tu me
vês empenhado, mas já te vi rica e tu me viste abundante. O que te empobreceu foram
os navios comerciais que têm entrado em tua barra; o que me fez pobre foram os
negócios e os negociantes. Trocaste muito açúcar de alta qualidade pelas drogas inúteis
que, presunçosa (metida), aceitas do esperto estrangeiro. Quisera Deus que um dia
amanhecesses tão sensata, que o teu capote fosse de algodão.
Agora é a sua vez. Leia o poema abaixo e faça uma paráfrase dele, baseando-se na
sugestão acima.
Paráfrase:
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
__________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
__________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
__________
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GRAMÁTICA DE USO - II
(A) Você fez um (mal/mau) negócio, isso (porque/ por que) não pensou bem antes de
tomar uma decisão.
(B) Um jornal (mau/mal) fatalmente traz notícia má. Dizem que (a/há) tempos aquela
empresa jornalística desagrada a população.
(C) Ela tinha um comportamento (mau/mal); (onde/aonde) seu marido fosse só ouvia as
pessoas falarem (mal/mau) dela.
(D) Eles falaram bem de você na reunião, (mais/mas) tenha mais cautela nas próximas, o
(porque/ porquê) disso você saberá no momento certo.
32
UNIDADE 4
Pérolas
Respostas sobre um tema clássico: "A TV forma, informa ou deforma"? :
A TV se estiver ligada pode formar uma série de imagens, já desligada não.
A TV deforma não só os sofás por motivo da pessoa ficar bastante tempo
intertida como também as vista.
OBSERVANDO OS ENUNCIADOS
Fonte: professores de LPT/área da Saúde
É muito comum ver pessoas dizerem que não foram bem em algum teste,
alguma prova ou que não entenderam bem o que se queria. Muitas das dificuldades
podem estar na falta de entendimento do que se pede nos enunciados. Neles, geralmente
há verbos de comando, ou seja, verbos no imperativo, pedindo, desejando, dando uma
ordem ou sugestão.
Eis uma pequena lista de alguns desses verbos, seu significado e procedimento
quando aparecerem:
Analise: separar as partes de um texto, observando-as para se entender o todo. Deve-se
produzir um texto próprio;
Cite, Destaque, Transcreva: extrair trechos ou exemplos do texto analisado.
Compare, Confronte: examinar as peculiaridades de duas ou mais ideias, fatos etc.
Deve-se produzir um texto próprio;
Desenvolva: você deve continuar a ideia lançada no exercício com suas próprias
palavras;
Explique, Justifique: tornar algo claro e coerente. Deve-se produzir um texto próprio;
Reescreva: escrever uma segunda vez, corrigindo o que for necessário;
Outros verbos que sempre aparecem e que se necessita atenção: depreender (perceber,
entender), inferir (concluir, deduzir), relacionar (fazer relação entre os dados
apresentados no texto; listar alguns itens), apreender (fixar; captar).
33
(A) Transcreva a passagem que produz efeito de humor e explique-a.
(B) Reescreva o trecho de forma a impedir tal interpretação.
(Alan Durning. In: Salve o planeta! Qualidade de vida -1990, Rio de Janeiro, Globo, 1990, p. 178)
34
Uma das matérias que li numa revista de grande circulação mencionava que a
Tecnologia da Informação, Meio Ambiente e Responsabilidade Social estão em alta e
que “para se destacar neste novo cenário, é preciso batalhar para ser um profissional
global e, assim, atender às expectativas desse ambiente moderno e competitivo”. Ainda
dizia que um tiro certeiro para quem pensa grande é conhecer as chamadas profissões
do futuro - e investir nessas carreiras, que tendem a ser bastante valorizadas em médio
prazo.
E daí surge um questionamento: Em alta para quem? Por acaso quem fazia essa
análise de mercado era um especialista em Ensino Superior que oferecia cursos nessas
áreas, com a promessa de formar profissionais aptos a atuarem globalmente?
O reflexo dessas chamadas tem efeitos profundos, pois ao invés de auxiliar o
jovem a direcionar seu futuro para aquilo de que realmente ele gosta ou tem vocação,
ela acaba despertando interesse para as profissões que lhe propiciem mais vantagens
financeiras. Isso faz com que o jovem profissional acabe realizando muitas vezes
atividades que não ama, simplesmente em prol do “ter”. Quantos profissionais formados
como advogados, engenheiros, arquitetos, dentre outros, se formaram e não atuam na
área? Provavelmente escolheram a profissão errada e não conseguiram mudar o rumo da
sua carreira em tempo.
Outro efeito desse desencontro está atrelado à dificuldade que as organizações,
de modo geral, se deparam quando da contratação de profissional que, além de atender
aos requisitos de competência inerentes à função, esteja plenamente motivado. Um
exemplo é o resultado da péssima qualidade de serviços e de atendimentos com que, na
maioria das vezes, nos deparamos, seja lá em que segmento for.
Dia desses, lia outra reportagem sobre alto índice de evasão universitária. Esse é
outro aspecto que traz efeitos sociais perversos e, na maioria das vezes, está
correlacionado com as chamadas “carreiras do futuro”. Nesse contexto, o jovem,
precocemente e superficialmente escolhe sua profissão sem que ele conheça de fato sua
verdadeira atuação no mundo dessa carreira. Mais uma vez os jovens são massacrados
pelos interesses profissionalizantes, provocando, muitas vezes, os chamados
“profissionais infelizes” por não fazerem o que gostam, refletindo diretamente na sua
qualidade de vida.
O que deve ficar patente para o jovem é que para se ter carreira consistente, é
necessário que ele tenha aptidão e vocação. A vida nos coloca à disposição vários
caminhos. A diferença básica entre os profissionais está em como cada um decide
realizar sua caminhada. Alguns a torna desinteressada e repetitiva; outros caminham em
um ritmo considerado normal – dentro do padrão, já aqueles que dão sentido à sua vida,
“voam” com altivez e motivação interior, fazendo diferença não só no mundo do
trabalho como para as pessoas que estão à sua volta. É importante que o jovem perceba
que viver é muito mais que estar vivo.
Por todo esse contexto, sugiro aos jovens que não se deixem iludir pelas
chamadas profissões do futuro, sem primeiro descobrir o que realmente gostam. O
ranking das profissões pode ajudar, mas não deve ser fator decisivo de escolha. Para
iniciar, procure eliminar as áreas com as quais não se identifica – faça uma lista das suas
vocações. Conversar com pessoas que trabalham na área pode ajudar na decisão.
Procure conhecer o futuro da profissão, pois em quatro ou cinco anos podem ocorrer
mudanças.
35
Enfim, em qualquer que seja o segmento da nossa vida, devemos sempre ir ao
encontro do “ser”, com certeza aumentará a chance de autorrealização e como
consequência - de sucesso pessoal.
A PRODUÇÃO DE TEXTOS - IV
GÊNEROS RETRABALHADOS
Fonte: Revista Língua, ano 7, no. 76, fev., 2012, www.revistalingua.com.br
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UNIDADE 5
COESÃO E COERÊNCIA
(Partes deste capítulo foram extraídos de SOBRAL, João Jonas Veiga. Redação: escrevendo com prática.
São Paulo: Iglu, 1997.)
O texto não é simplesmente um conjunto de palavras, pois, se o fosse, bastaria
agrupá-las de qualquer forma e teríamos um.
O ontem lanche menino comeu
Veja que neste caso não há um texto, há somente um grupo de palavras dispostos
em uma ordem qualquer. Mesmo que colocássemos estas palavras em uma ordem
gramatical correta: sujeito – verbo – complemento, precisaríamos, ainda, organizar o
nível semântico do texto, deixando-o inteligível.
O lanche comeu o menino ontem
O nível sintático está perfeito:
Sujeito = o lanche / Verbo = comeu / Complementos = o menino ontem
Mas o nível semântico apresenta problemas, pois não é possível que o lanche
coma o menino, pelo menos neste contexto. Caso a frase estivesse empregada num
sentido figurado e em outro contexto, isso seria possível: Pedrinho saiu da lanchonete
todo lambuzado de maionese, mostarda e catchup, o lanche era enorme, parecia que “o
lanche tinha comido o menino”.
38
A coesão e a coerência garantem ao texto uma unidade de significados encadeados.
Há, na língua, muitos recursos que garantem o mecanismo de coesão:
por substituição: É usada para abreviar sentenças inteiras, substituindo-as por uma
expressão com significado equivalente.
O Presidente viajou para Portugal nesta semana, e o ministro dos Esportes o fez
também.
CONECTIVOS (CONJUNÇÕES)
por oposição: Empregam-se alguns termos com valor de oposição (mas, contudo,
todavia, porém, entretanto, no entanto) para tornar o texto compreensível.
Estávamos todos aqui no momento do crime, porém não vimos o assassino.
Por concessão ou contradição: São eles: embora , ainda que, se bem que, apesar de,
conquanto, mesmo que.
Embora estivéssemos aqui no momento do crime, não vimos o assassino.
Por causa: São eles: porque, pois, como, já que, visto que, uma vez que.
Estávamos todos aqui no momento do crime e não vimos o assassino, uma vez que
nossa visão fora encoberta por uma névoa muito forte.
por condição: são eles: caso, se, a menos que, contanto que.
Caso estivéssemos aqui no momento do crime, provavelmente teríamos visto o
assassino.
por finalidade: São eles: para que, para, a fim de, com o objetivo de, com a finalidade
de, com intenção de.
Viemos aqui a fim de assistir ao concerto da orquestra municipal.
CONECTIVOS (PREPOSIÇÕES)
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As preposições também exercem a função de coesão textual, unindo palavras e orações,
por exemplo. São elas: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para,
perante, por, sem, sob, sobre.
Elas também são elementos de coesão. Na concordância verbal, o verbo deve concordar
com o sujeito; na, nominal, o adjetivo, o numeral, o pronome devem concordar com o
substantivo.
Ex.: Haviam cinco sofás amarelo na sala = Havia (ou Existiam) cinco sofás amarelos
na sala.
COERÊNCIA
“Estava andando sozinho na rua, ouvi passos atrás de mim, assustado nem olhei,
saí correndo, era um homem alto, estranho, tinha em suas mãos uma arma...”
“Estava voltando para casa, quando vi na calçada algo que parecia um saco de
lixo, cheguei mais perto para ver o que acontecia...”
Ocorre neste trecho uma incoerência, pois se era realmente um saco de lixo, com
certeza não iria acontecer coisa alguma.
UM MILHÃO DE DÓLARES
“Estava voltando para casa, quando vi na calçada algo que parecia um saco de
lixo, ao me aproximar percebi que era um pacote com...”
O que será que havia dentro do pacote? Veja como o narrador acabou com a
história na escola infeliz do título.
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A incoerência está presente, também, em textos dissertativos que apresentam
defeitos de argumentação.
“No fundo nenhuma escola está realmente preocupada com a qualidade de ensino.
Estava assistindo ao debate na televisão dos candidatos ao governo de São Paulo. Um deles
citou o baixo nível da educação no Brasil, outro, a falta de educação... Eles mais se
acusavam moralmente do que mostravam suas propostas de governo. Em certo momento do
debate dois candidatos quase partem para a agressão física. Dessa forma, isso nos leva a
concluir que o homem não consegue conciliar ideias opostas. É por isso que o mundo vive
em guerras frequentemente.”
Note que nos dois primeiros exemplos as informações são amplas demais e sem
nenhum fundamento. Já no terceiro, a conclusão apresentada não tem ligação nenhuma com
o exemplo argumentado. Esses exemplos caracterizam a falta de coerência do texto.
Finalizando, tanto os mecanismos de coesão como os de coerência devem ser
empregados com cuidado, pois a unidade do texto depende praticamente da aplicação
correta desses mecanismos.
A PESCA
Affonso Romano de Sant’Anna
o anil
o anzol
o azul
o silêncio
o tempo
o peixe
a agulha
vertical
mergulha
a água
a linha
a espuma
o tempo
a âncora
o peixe...
Hoje pela manhã, acordei muito cedo, mas mesmo assim não tomei café devido à
minha fome, entretanto meu irmão não trouxe o livro que eu lhe pedi porque a minha mãe
não fez o café muito cedo hoje, sendo assim, acho que vou viajar no fim de semana com os
amigos da faculdade e tentar, na próxima semana, arrumar um emprego, pois sempre
acordo muito atrasado.
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EXERCÍCIOS
Fonte: professores de LPT/área da Saúde
(B) A empresa fundada em 1903 nos EUA por Henry Ford operou uma revolução.
Antes de Ford, os automóveis eram feitos como se os seus moradores fossem artesãos,
sendo bastante caros e escassos. Ford implantou o conceito de linha de montagem: uma
esteira conduzia os componentes para vários operários, cada um especializado em
apenas um único processo. O tempo de produção caía de 12 horas para apenas uma hora
e meia: maior oferta, menor preço, uma grande procura e lucros extraordinários. Ford
enriqueceu e pôde erguer outras fábricas acreditando na produção artesanal.
(C) Havia um menino muito magro que vendia amendoins numa esquina de uma das
avenidas de São Paulo. Ele era tão fraquinho, que mal podia carregar a cesta em que
estavam os pacotinhos de amendoim. Um dia, na esquina em que ficava, um motorista,
que vinha em alta velocidade, perdeu a direção. O carro capotou e ficou de rodas para o
ar. O menino não pensou duas vezes. Correu para o carro e tirou de lá o motorista, que
era um homem corpulento. Carregou-o até a calçada, parou um carro e levou o homem
para o hospital. Assim salvou-lhe a vida.
O fumo ajuda a queimar gorduras, mas os males que traz à saúde eliminam qualquer
tipo de benefício. A conjunção destacada pode ser substituída por:
(A) no entanto;
(B) porque;
(C) se;
(D) ou;
(E) pois.
(A) O Brasil é um país cuja economia precisa de mais atenção, ________ seu povo
trabalha muito e paga muitos impostos, ______________ merece uma vida com mais
segurança econômica. (pois, no entanto, sendo assim, embora)
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(B) __________ tudo dê certo, o gerente propôs aos colaboradores da empresa uma
redistribuição das tarefas ______________ uma oportunidade para ganhar gratificações
__________ não haja atrasos nas entregas dos materiais aos clientes. (porém, a fim de
que, enquanto, bem como, desse modo, desde que).
(C) _____________ a empresa crescia, os funcionários mais trabalhavam e poucos eram
reconhecidos. ______________ resolveram manifestar suas insatisfações, ___________
parece que nada foi feito! (entretanto, para que, à medida que, diante disto, pois).
(D) Os brasileiros, _________, quase todos eles, já não aguentam mais o ritmo de vida
acelerado. Os únicos que escapam desta loucura são os que vivem no interior, __________
a vida por lá ainda corre com um pouco mais de tranquilidade. (mas, isto é, uma vez que,
neste sentido).
4) Complete o texto abaixo usando as preposições adequadas (a, ante, após, até, com,
contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre), acrescente o artigo
definido/indefinido quando necessário:
“O aspartame, um ...... adoçantes mais usados atualmente, foi descoberto ...... puro
acaso, ..... 1965, ...... laboratório dos Estados Unidos. O químico James Schlatter, .....
companhia Searle, estava pesquisando um remédio ..... úlcera, baseado..... mistura ......
quatro aminoácidos diferentes. Aminoácidos são os compostos .... carbono que formam as
proteínas. Schlatter estava aquecendo a mistura ..... frasco, quando algumas gotas
espirraram ..... fora. ....... dar importância ........ o fato, ele prosseguiu seu trabalho. Um
pouco mais tarde, ....... lamber o dedo ...... pegar uma folha ...... papel, percebeu um sabor
doce muito forte. Primeiro, achou que era um resto de açúcar ....... café ...... manhã. Depois,
percebeu que isso não podia ser verdade, pois havia lavado as mãos ...... chegar .......
laboratório. Deduziu, então, que a origem ........ sabor só podia ser o frasco usado .......
experiência. Como nenhuma ....... substâncias usadas era tóxica, Schlatter provou a mistura
e reconheceu o gosto que saboreara ...... dedo, momentos antes.”
5) Leia o texto a seguir e responda às questões propostas:
João Carlos vivia em uma pequena casa construída no alto de uma colina, cuja frente
dava para leste. Desde o pé da colina se espalhava em todas as direções, até o horizonte,
uma planície de areia. Na noite em que completava 30 anos, João, sentado nos degraus
da escada colocada à frente de sua casa, olhava o sol poente e observava como a sua
sombra ia diminuindo no caminho coberto de grama. De repente, viu um cavalo que
descia para a sua casa. As árvores e as folhagens não o permitiam ver distintamente;
entretanto observou que o cavalo era manco. Ao olhar de mais perto verificou que o
visitante era seu filho Guilherme, que há 20 anos tinha partido para alistar-se no
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exército, e, em todo este tempo, não havia dado sinal de vida. Guilherme, ao ver seu pai,
desmontou imediatamente, correu até ele, lançando-se nos seus braços e começando a
chorar.
(A) Fazendo sucesso com a sua nova clínica, a psicóloga Iracema Leite Ferreira Duarte,
localizada na rua Campo Grande, 159...
(B) Embarcou para São Paulo Maria Helena Arruda, onde ficará hospedada no luxuoso
hotel Maksoud Plaza.
(C) A oncocercose é uma doença típica de comunidades primitivas. Não foi desenvolvido
ainda nenhum medicamento ou tratamento que possibilite o restabelecimento da visão.
Após ser picado pelo mosquito, o parasita (agente da doença) cai na circulação sanguínea e
passa a provocar irritações oculares até a perda total da visão.
(F.S.P., 2/11/90)
(D) O presidente americano (...) produziu um espetáculo cinematográfico em novembro
passado na Arábia Saudita, onde comeu peru fantasiado de marine no mesmo bandejão
em que era servido aos soldados americanos.
(Veja, 9/1/91)
(E) Zélia Cardoso de Mello decidiu amanhã oficializar sua união com Chico Anysio.
(A Tarde, 16/9/94)
A PRODUÇÃO DE TEXTOS - V
Leia o texto abaixo e reescreva-o eliminando o gerundismo:
PARA VOCÊ ESTAR PASSANDO ADIANTE
Este artigo foi feito especialmente para que você possa estar recortando e possa estar
deixando discretamente sobre a mesa de alguém que não consiga estar falando sem estar
espalhando essa praga terrível da comunicação moderna, o gerundismo.
Você pode também estar passando por fax, estar mandando pelo correio ou estar
enviando pela Internet. O importante é estar garantindo que a pessoa em questão vá estar
recebendo esta mensagem, de modo que ela possa estar lendo e, quem sabe, consiga até mesmo
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estar se dando conta da maneira como tudo o que ela costuma estar falando deve estar soando
nos ouvidos de quem precisa estar escutando.
(...)
Tudo começou a estar acontecendo quando alguém precisou estar traduzindo manuais
de atendimento por telemarketing. Daí a estar pensando que "We'll be sending it tomorrow"
possa estar tendo o mesmo significado que "Nós vamos estar mandando isso amanhã" acabou
por estar sendo só um passo.
Pouco a pouco a coisa deixou de estar acontecendo apenas no âmbito dos atendentes de
telemarketing para estar ganhando os escritórios. Todo mundo passou a estar marcando
reuniões, a estar considerando pedidos e a estar retornando ligações.
(...)
A primeira pessoa que inventou de estar falando "Eu vou tá pensando no seu caso" sem
querer acabou por estar escancarando uma porta para essa infelicidade linguística estar se
instalando nas ruas e estar entrando em nossas vidas.
(...)
A única solução vai estar sendo submeter o gerundismo à mesma campanha de
desmoralização à qual precisaram estar sendo expostos seus coleguinhas contagiosos, como o "a
nível de", o "enquanto", o "pra se ter uma ideia" e outros menos votados.
A nível de linguagem, enquanto pessoa, o que você acha de tá insistindo em tá falando
desse jeito?
Autor anônimo, divulgado na internet (trecho)
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GRAMÁTICA DE USO - IV
CONCORDÂNCIA NOMINAL
CIPRO NETO, Pasquale, Português passo a passo.
2) Complete as frases seguintes com a forma apropriada do termo entre parênteses.
(A) Ela perdeu os óculos __________(escuro)
(B) Gostaria de visitar todos os países ____________(latino-americano)
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(C) Ele não sabe identificar as diferenças entre as culturas ______________(latino-
americano)
(D) ______postura e comportamento são ________________(seu / deplorável)
(E) Tenho ____________cadelas e cachorro. (robusto)
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UNIDADE 6
DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO
Fonte: professores de LPT/área da Saúde
Conotação: quando empregamos palavras com sentido figurado, diferente daquilo que
lhe é próprio.
Leia o texto abaixo e pense nos sentidos que uma palavra pode adquirir conforme o
contexto:
DUPLOS
Estávamos reunidos outro dia, eu e um grupo de amigos, quando um deles
voltou à mesa e dissemos “senta aí”, uma sonora gargalhada se seguiu e ele disse que
não era do tipo que sentava, há, há, há.
Se você, caro leitor, não se apercebeu do engraçado da situação, faça um esforço
e dê asas a sua imaginação mais rasteira e obcecada por questões sexuais, para
compreender o novo duplo sentido da palavra sentar.
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Confesso que fui uma das que riu, mas ao mesmo tempo percebi que, em breve,
não teremos mais um só verbo que não tenha duplo sentido.
Gostaria de convidá-los a uma breve averiguação: comecemos por “dar”. Este
verbo, há muito, perdeu sua inocência. Desde Carmem Miranda que temos que esperar
até o final da canção “Eu dei” para sabermos que o que ela deu foi o coração.
“Ficar” recentemente foi incorporado ao vocabulário jovem como sinônimo de
contatos sexuais iniciais. “Fiquei com o Luisinho” significa que ele te deu uns
“amassos”.
Sou do tempo do “amassar”, outro verbo que há décadas indica mais que bater o
carro ou fazer pão. Há alguns grupos que se utilizam do “fazer”: “Pois é, fiz o Carlos”,
quer dizer que o Carlos “atendeu”, lá se vão mais dois.
“Agasalhar” pode pegar mal em algumas rodinhas. Cuidado também com o
“afogar”. Outro dia, deixando um estacionamento automatizado percebi que estava
escrito: “Insira seu cartão aqui”. Insira? Meu Deus! O que será que foi feito do
“introduza” ou ainda do “enfie”?
Agora imaginem se estivesse escrito “meta seu cartão aqui”. O português estaria
correto, mas provavelmente alguém se sentiria ofendido o bastante para processar o
estabelecimento.
(Marisa Orth, Jornal Agora, 18.03.01)
Observe como a articulista brinca com alguns verbos com sentidos ambíguos.
Que nível semântico foi empregado: denotativo ou conotativo? Justifique.
POLISSEMIA
Você constatou que uma mesma palavra assume, dependendo do contexto da frase
em que é empregada, sentidos diferentes.
Pedra
1. "rocha" 2. "pedaço" 3. "profundamente" 4. "insensível" 5. "estúpido"
Fig. 6
Você pode constatar que o verdadeiro sentido de uma palavra depende do contexto
linguístico em que é empregada. A palavra isoladamente não possui nenhum significado
preciso. Vejamos, por exemplo, a palavra "cabeça". Qual o sentido que essa palavra possui?
É evidente que ela tem um sentido principal -"parte superior do corpo". Mas será que essa
palavra possui apenas esse sentido? Observe as frases seguintes:
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1. A cabeça é a parte superior do corpo.
2. Toda a gente o louva: é uma grande cabeça.
3. Sabia de cabeça todos os versos do poema.
4. Ele vinha à cabeça de todos os concorrentes.
5. Essa vila é a cabeça da comarca.
6. Pagaram dez tostões por cabeça.
7. Feriu-se na cabeça do dedo.
8. O cabeça da conspiração foi aprisionado.
9. Isso não tem pés nem cabeça.
10. Deu-lhe na cabeça fazer versos.
11. Cada cabeça, cada sentença.
12. Então perdeu por completo a cabeça.
1) PLEONASMO
Na oração: “Ela cantou uma canção linda!”, houve o emprego de um termo
desnecessário,
pois quem canta, só pode cantar uma canção. Na famosa frase: “Vi com meus próprios
olhos.”, também ocorre o mesmo. PLEONASMO É A REPETIÇÃO DE IDEIAS
2) ANACOLUTO
É A FALTA DE NEXO QUE EXISTE ENTRE O INÍCIO E O FIM DE UMA FRASE:
Dois gatinhos miando no muro, conversávamos sobre como é complicada a vida dos
animais.
Novas espécies de tubarão no Japão, pensava em como é misteriosa a natureza.
3) METÁFORA – COMPARAÇÃO
1-Aquele homem é um leão. Estamos comparando um homem com um leão, pois esse
homem é forte e corajoso como um leão.
2-A vida vem em ondas como o mar. Aqui também existe uma comparação, só que
desta vez é usado o conectivo comparativo: como.
O exemplo 1 é uma metáfora e o exemplo 2 é uma comparação.
METÁFORA: SEM O CONECTIVO COMPARATIVO. COMPARAÇÃO: COM O
CONECTIVO (COMO, TAL COMO, ASSIM COMO)
4) METONÍMIA
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AQUI TAMBÉM EXISTE A COMPARAÇÃO, SÓ QUE DESTA VEZ ELA É MAIS
OBJETIVA.
Ele gosta de ler Agatha Christie. Ele comeu uma caixa de chocolate. (Ele comeu o que
estava dentro da caixa) A velhice deve ser respeitada. Pão para quem tem fome. (“Pão”
no lugar de “alimento”) Não tinha teto em que se abrigasse.(“Teto” em lugar de “casa”)
5) PERÍFRASE - ANTONOMÁSIA
A Cidade Maravilhosa recebe muitos turistas durante o carnaval. O Rei das Selvas está
bravo.
A Dama do Suspense escreveu livros ótimos. O Mestre do Suspense dirigiu grandes
clássicos do cinema.
Nos exemplos acima notamos que usamos expressões especiais para falar de alguém ou
de algum lugar. Defina a quem/quê as expressões se referem:
Cidade Maravilhosa:
Rei das Selvas:
A Dama do Suspense:
O Mestre do Suspense:
QUANDO USAMOS ESSE RECURSO ESTAMOS EMPREGANDO A PERÍFRASE
OU ANTONOMÁSIA. PERÍFRASE, QUANDO SE TRATAR DE LUGARES OU
ANIMAIS. ANTONOMÁSIA, QUANDO FOREM PESSOAS.
6) CATACRESE
A CATACRESE É O EMPREGO IMPRÓPRIO DE UMA PALAVRA OU
EXPRESSÃO POR ESQUECIMENTO OU IGNORÂNCIA DO SEU REAL
SENTIDO.
Sentou-se no braço da poltrona para descansar. A asa da xícara quebrou-se. O pé da
mesa estava quebrado. Vou colocar um fio de azeite na sopa.
7) ANTÍTESE
EMPREGO DE TERMOS COM SENTIDOS OPOSTOS.
Ela se preocupa tanto com o passado que esquece o presente. A guerra não leva a nada,
devemos buscar a paz.
8) EUFEMISMO
Aquele rapaz não é legal, ele subtraiu dinheiro. Acho que não fui feliz nos exames.
O INTUITO DESSAS ORAÇÕES FOI ABRANDAR A MENSAGEM, OU SEJA, SER
MAIS EDUCADO.
No exemplo 1 o verbo “roubar” foi substituído por uma expressão mais leve. O mesmo
ocorre co o exemplo 2 , “reprovado “ também foi substituído por uma expressão mais
leve.
9) IRONIA
Que homem lindo! (quando se trata, na verdade, de um homem feio.) Como você
escreve bem, meu vizinho de cinco anos teria feito uma redação melhor! Que bolsa
barata, custou só mil reais!
10) HIPÉRBOLE
50
É O EXAGERO NA AFIRMAÇÃO.
Já lhe disse isso um milhão de vezes. Quando o filme começou, voei para casa.
11) PROSOPOPEIA
ATRIBUIÇÃO DE QUALIDADES E SENTIMENTOS HUMANOS A SERES
IRRACIONAIS E INANIMADOS.
A formiga disse para a cigarra: “Cantou... agora dança!”
EXERCÍCIOS
Fonte: professores de LPT/área da Saúde
1) Leia as frases a seguir e indique com D, se o sentido for denotativo, e com C, se for
conotativo:
(A) “Amaram o amor urgente”. ( )
(B) “O homem com quem casara era um homem verdadeiro” ( )
(C) “Daquela cidade / Distante do mar” ( )
(D) “... tomar cuidado na hora perigosa da tarde” ( )
(E) “Que uma andava tonta / Grávida de lua” ( )
(F) “Saía então para fazer compras ou levar objetos para consertar” ( )
(G) Pedro joga bola todos os domingos. ( )
(H) Diz-se que Pedro é uma bola. ( )
(I) “Nosso caso é uma porta entreaberta.” ( )
(J) O funcionário deixou a porta entreaberta. ( )
(K) O comandante deu um grito de alerta. ( )
3) Uma das palavras ditas pelo amigo do Beto fez com que este a entendesse
denotativamente. Qual é a palavra?
A PRODUÇÃO DE TEXTOS - VI
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A) Responda se o trecho abaixo é um texto e justifique.
“Maria foi à feira e, desiludida com o plano econômico, discutiu com o primo, e
divorciou-se do carteiro.”
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B) Reescreva as pérolas corrigindo-as:
O bem star dos abtantes endependente de roça, religião, sexo e vegetarianos, está
preocudan-do-nos.
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GRAMÁTICA DE USO - V
1) Preencha as lacunas com um dos termos entre parênteses:
(A) O ..................................... no final do dia estava
insuportável. (tráfego - tráfico)
(B) Não costumo .......................................as leis. (infligir -
infringir)
(C) Após o bombardeio, o navio atingido.............................
(emergiu - imergiu)
(D) Vários....................................japoneses chegaram a São
Paulo nas primeiras décadas do século. (emigrantes - imigrantes)
(E) Não há.......................................de raças naquele país.
(discriminação - descriminação)
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UNIDADE 7
Pérolas
Pode-se notar que o homem só conseguiu ir para diferentes lugares do mundo
a partir dos primatas, que desenvolveram a roda, tendo como consequência a
possibilidade de conhecer culturas variadas.
PARAGRAFAÇÃO
Fonte: www.luciavasconcelos.com.br
53
Assim, cada parágrafo é como um pequeno texto, com ideia principal,
desenvolvimento e conclusão.
As palavras-chave
São aquelas palavras próprias de um texto, isto é, as palavras principais relacionadas
a um tema. Ao se ler um texto, pode-se selecionar essas palavras grifando-as, facilitando,
dessa forma, sua interpretação. Antes de redigir um texto, você também pode selecionar
várias palavras relacionadas ao tema sobre o qual você está redigindo.
As ideias-chave
Às vezes, encontramos dificuldade em relacionar as palavras-chave de um texto que
estamos lendo. Uma boa solução para ajudar a entender o texto é sublinhar as ideias
principais de cada parágrafo. Antes de escrever um texto, você também pode planejá-lo
elencando as ideias que você vai usar.
EXERCÍCIOS
Fonte: www.robertoavila.com.br
1 – Leia os tópicos frasais abaixo com atenção. Depois, marque a letra correspondente
ao desenvolvimento de cada um:
54
(A) – Anualmente, as cheias dos rios assolam as populações mais pobres de estados
brasileiros. Ruas cobertas de lama, móveis perdidos e até mortes são registradas nas
primeiras semanas de cada ano. Mesmo com a história se repetindo, governantes não
conseguem evitar desgraças como a que tomou conta, neste ano, de diversas cidades
catarinenses.
(B) – Atenção, chocólatras e loucos por dieta: se comer muito chocolate faz mal, deixar de
comê-lo também não é atitude saudável. Depois de seguir alimentação e reações físicas de
cem pessoas, cientistas concluíram: a ingestão diária de 50 gramas de chocolate amargo
evita o desenvolvimento de doenças.
(A) ______. Um deles: furto nos sinais de trânsito. Outro: embaraço à livre circulação
de pessoas pelos muros de mercadorias armados pelos camelôs. Mais um: extorsão
mediante ameaça declarada ou tácita praticada pelos flanelinhas. Em dias de jogo no
Maracanã, chegam a cobrar R$ 10 ou R$ 20. O último, mas não menos importante: a
cidade, loteada pelo crime organizado, também é vítima do mapeamento de suas ruas e
esquinas feito pelo pequeno delinquente.
(B) ______. Agora é a vez da plantação de 500 mil hectares de eucaliptos para
abastecimento de três grandes indústrias de celulose. A ação preocupa ambientalistas,
que temem mudanças climáticas. Eles defendem a retomada da pecuária tradicional e
clamam pela criação de áreas de proteção para resguardar pelo menos 10% do ambiente
nativo. Hoje, de acordo com o IBGE, só 2,7% do bioma está protegido por unidades de
conservação federal.
55
(A) A insegurança nas grandes cidades tem aumentado dramaticamente.
______________________________________________________________________
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______________________________________________________________________
_________________________
Texto 1
FUMANTES PASSIVOS
Muito se tem ouvido sobre os males causados pelo fumo. São inúmeras doenças
que podem surgir no nosso organismo em decorrência da soma de cigarros consumidos
ao longo dos anos de nossa vida. Mas e quem não é um fumante ativo? Seria ele
obrigado a respirar a droga eliminada por outros em lugares públicos?
Os fumantes passivos, ou seja, aqueles que sem poder de escolha aspiram a
fumaça de fumantes declarados, como já está muito bem comprovado, estão à mercê
dos mesmos males que acometem os ativos. Pesquisas têm mostrado que algumas
pessoas não fumantes numa família de fumantes adquiriram câncer nos pulmões devido
à convivência frequente com a fumaça de cigarros que circulava pela casa.
É evidente que em lugares públicos as pessoas têm o direito e a liberdade de
fazer o que querem. Num local público, por exemplo, podemos falar mais alto, usar
roupas mais ousadas, andar de forma extravagante entre outras atividades, sem que
sejamos punidos por isso. No entanto, em se tratando da fumaça de cigarros a situação
muda, pois estamos lidando com a saúde do outro e não com qualquer outro fato banal.
Neste caso, seremos responsáveis por um problema sério que poderá se desencadear no
outro, ou seja, o público não é tão público assim.
(...)
Dessa forma, o que se condena não é o fumante ativo, mas os males que o
cigarro causa e principalmente o fato de que os não fumantes não devem ter o direito de
escolher se querem ou não respirar a fumaça de outras pessoas.
56
não há eficácia de outros processos químicos. Há quem defenda a nanotecnologia como
a garantia de que o mundo atingirá, enfim, o desenvolvimento sustentável. Entretanto,
ao mesmo tempo que as vantagens dessa tecnologia são nítidas para o meio ambiente,
alguns especialistas começam a atentar para o impacto dos nanomateriais na saúde do
ser humano e na natureza. Tornando-se, assim, necessário o estudo contínuo desse novo
processo.
Adaptado de http://www.mct.gov.br/html/template/frameSet.php?
urlFrame=http://www.comciencia.br/reportagens/nanotecnologia/nano01.htm&objMct=No%20Brasil
Texto 3
Nas últimas décadas, em todo o mundo, as doenças cardiovasculares passaram a
ser a principal causa de morbimortalidade. Dentre estas, destaca-se a Insuficiência
Cardíaca Congestiva (ICC), que é uma das patologias que mais cresce. Apesar de todos
os avanços do último século nesta área, a ICC é a única doença do sistema circulatório
cuja incidência insiste em aumentar. Dessa forma assume proporções de uma futura
pandemia, com graves implicações socioeconômicas.
A ICC é o estado fisiopatológico no qual o coração é incapaz de bombear sangue
numa frequência proporcional às necessidades metabólicas dos tecidos ou pode fazê-lo
apenas com alta pressão de enchimento. De um modo mais amplo, pode-se dizer que
ICC ocorre quando qualquer disfunção cardíaca, provocada por lesão miocárdica ou
sobrecarga hemodinâmica, seja aguda ou crônica, gera diminuição do débito cardíaco.
Por consequência, gera aumento das pressões de enchimento dos ventrículos e
alterações na perfusão tissular periférica.
O aumento da atividade simpática cardíaca e dos níveis plasmáticos elevados de
noradrenalina são respostas que ocorrem precocemente nos pacientes com ICC. Podem
ser detectados mesmo na disfunção ventricular esquerda assintomática e elevam-se
adicionalmente à medida que a síndrome se agrava. Paralelamente, ocorre depleção de
catecolaminas miocárdicas, pó motivo de efeitos na síntese e captação de noradrenalina.
(...)
Fonte: www.scielo.br/pdf/abc/v94n6 (adaptado)
Texto 1
Um ponto importante para viver com sabedoria está em encontrar a proporção certa
entre a atenção que dedicamos ao presente e a que dedicamos ao futuro, para que um não
estrague o outro. Muitos vivem por demais no presente: os levianos; outros, por demais no
futuro: os medrosos e cheios de cuidado. É difícil alguém manter nisso a medida justa.
Aqueles que, ansiando e esperando, vivem só no futuro, olhando sempre para a frente e
correndo sempre apressados ao encontro das coisas vindouras, como se só elas trouxessem a
verdadeira felicidade, e que deixam enquanto isso escoar-se o presente, despercebido, sem
gozá-lo, são, apesar do seu ar grave, comparáveis àqueles burros da Itália, cujo passo é
acelerado por terem pendurado, num bastão preso à sua cabeça, um molho de feno, que
portanto sempre veem bem à sua frente e esperam sempre alcançar. Ludibriam-se,
sacrificando toda existência, ao viver sempre só ad ínterim1- até que um dia morrem.
Em vez, portanto, de estarmos sempre e exclusivamente entretidos com os projetos e
as preocupações com o futuro, ou de entregarmo-nos à nostalgia do passado, não
1
No intervalo.
57
deveríamos nunca nos esquecer de que só o presente é real e só ele é certo; enquanto o
futuro quase sempre sai diferente do que pensamos; e também o passado foi diferente do
que hoje parece ter sido; e de tal forma que ambos têm menos significado do que parece. Só
o presente é real e verdadeiro: ele é o tempo de fato preenchido, só nele está a nossa
existência. Por isso, deveríamos dar-lhe sempre uma boa acolhida, desfrutando
conscientemente cada hora livre de adversidades imediatas, ou de dores; isto é, não turvá-lo
com caras aborrecidas sobre esperanças frustradas no passado ou com preocupações com o
futuro. Por que é tolice afastar de si uma boa hora presente, ou estragá-la,
voluntariosamente, por desgosto com o que virá. Para desfrutar o presente e, portanto, a
vida toda, devemos sempre nos lembrar de que hoje só vem uma vez, e nunca mais. Mas
nós imaginamos que ele volte amanhã; amanhã, entretanto, é outro dia, que também só vem
uma vez. Nós nos esquecemos de que cada dia é uma parte integrante e, portanto,
insubstituível da vida. Igualmente, apreciaríamos e gozaríamos o presente se, nos dias bons
e saudáveis, tivéssemos sempre a consciência de como, nas horas de doença ou de tristeza,
cada momento que passou sem dor nem privações nos parece na lembrança como algo
infinitamente invejável, como um paraíso perdido, como um amigo que não soubemos
reconhecer. Mas vamos vivendo os nossos belos dias, sem percebê-los: só quando vêm os
dias ruins é que desejamos que eles retornem. De cara aborrecida, deixamos passar mil
horas serenas e agradáveis, sem gozá-las, para depois, nos momentos turvos, suspirar por
elas em vão. Em vez disso, deveríamos honrar cada momento aceitável do presente, mesmo
o cotidiano, que agora deixamos transcorrer tão indiferentes e que talvez até empurramos
impacientes, sempre lembrados de que, neste exato instante, ele se precipita naquela
apoteose do passado, em que, daqui por diante, banhado pela luz do que é perene, fica
guardado pela memória, para aparecer - quando um dia esta levantar a cortina,
especialmente numa hora amarga, como um objeto da nossa mais íntima saudade.
Texto 2
O CAMPEÃO DA DESIGUALDADE
58
Fonte: apud VUNESP-95-Folha de São Paulo, editorial, s.d.(adaptação)
AULA DE DESENHO
Nizar Qabbani
59
Ele a toma, surpreendido, dizendo:
“Mas esta é uma lágrima, papai, não é um poema!”
E lhe digo:
“Quando cresceres, meu filho,
e quando aprenderes o ‘diwan’ da poesia árabe,
descobrirás que palavra e lágrima são irmãs gêmeas
e que o poema árabe não é mais do que uma lágrima
chorada por dedos que escrevem”.
Nizar Qabbani (1923-1998). Escritor sírio, poeta do amor e da política, morreu aos 75
anos em Londres, Inglaterra. Sua obra erótica quebrou as tradições literárias do Oriente
Médio.
Disponível em: http://almanaque.folha.uol.com.br/leituras_06jan03.shtml. Acesso em 10.fev.06 .
PRODUÇÃO DE TEXTOS
GRAMÁTICA DE USO - VI
60
1. Alguns modelos.................................serão vendidos. (recreados – recriados)
2. A bandeira de São Paulo tem...................pretas. (listas – listras)
3. Para passar, precisava ..............................mais das lições. (apreender –aprender)
4. O réu..............................suas culpas. (expiará – espiará)
5. Encontrei uma carteira com .........................de cem dólares. (cédulas – sédulas)
Sédulo= zelozo
61
UNIDADE 8
ESTRATÉGIAS DE LEITURA
INTERPRETANDO TEXTOS
Não se ensina a interpretar textos; deve ser um hábito que se adquire pela
leitura de qualquer texto – verbal ou não verbal; sem isso, é praticamente impossível
entender qualquer coisa em sua profundidade.
Mas, o que é ler? Não é somente correr os olhos pelas palavras e pelas linhas de
um quadro ou pelos sons agudos ou graves de uma música orquestrada. Ler é
compreender como o texto está montado, isto é, dissecar as várias partes de um texto,
desde as palavras, as frases, os parágrafos. É questionar, é dialogar com o texto – fazer
perguntas sobre os porquês de aquilo estar como está.
Algumas técnicas: ler uma vez para conhecer o tema; uma segunda vez para
compreender, grifando as palavras-chave e ideias-chave. Procurar no dicionário as
palavras desconhecidas para entender o texto e aumentar o conhecimento. Isso permite a
interpretação do texto.
62
No entanto, alguns procedimentos devem ser verificados quanto à compreensão
e interpretação de textos. Observem-se alguns deles:
Não se deve esquecer ainda que há uma pequena diferença entre “compreensão”
e “interpretação” de textos. Observe:
EXERCÍCIOS
Fonte: professores de LPT/área da Saúde
1) AMBIGUIDADE
-Morrer de fome x morrer faminto
-Ao norte do Brasil, haverá chuva intensa e muito calor no período
-O cadáver do índio Galdino foi encontrado perto de um banco
-Pedro foi à casa de João em seu carro
-Soube do assalto lá no escritório
2) PRESSUPOSTOS
Informação não expressa no texto que deve ser aceita pelo leitor
As universidades pararam de pesquisar por falta de verbas
As universidades não pararam de pesquisar por falta de verbas
3) INFERÊNCIAS
Relação não explícita entre 2 enunciados e deles se chega a uma conclusão.
Exemplo: Apesar das severas leis brasileiras contra manifestações de preconceito, ele
continua ocorrendo de forma velada.
Inferências possíveis:
1. Há preconceito no Brasil;
2. Há leis brasileiras que punem manifestações de preconceito;
3. As leis não são suficientes para acabar com o preconceito velado;
4. Para eliminar totalmente o preconceito, devem-se criar maneiras de punir também o
preconceito velado (inferência possível, mas não necessária).
63
4) É inexplicável como será o país que se pretende construir, no qual se quer viver, se
uma parte expressiva da população se cerca, e constrói muros cada vez mais altos para
se defender de uma outra categoria que se considera ameaçadora.
SAMPA
Caetano Veloso
Alguma coisa acontece no meu coração
que só quando cruza a Ipiranga e a Avenida São João
é que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi
da dura poesia concreta de tuas esquinas
5 da deselegância discreta de tuas meninas
A. Sampa refere-se à cidade de São Paulo. O texto relaciona lugares de São Paulo, bem
como poetas, músicos e movimentos culturais da época em que foi escrito. Veja se
consegue identificá-los.
B. A mitologia grega apresenta o mito de Narciso. Conta a narrativa mítica que Narciso,
rapaz dotado de grande beleza, um dia, ao curvar-se sobre as águas cristalinas de uma
fonte, para matar a sede, viu sua imagem refletida no espelho d’água e apaixonou-se por
64
ela. Suas tentativas frustradas de aproximar-se dessa bela imagem levaram-no ao
desespero e à morte. Transformou-se então na flor que tem o seu nome. Freud, ao
estudar esse mito, considera-o uma explicação da existência de personalidades que só
amam a própria imagem.
E. Há no texto uma referência a uma particularidade climática de São Paulo, que serviu
durante muito tempo de designativo da cidade. Qual é ela?
NINGUÉM
VILELA, Luiz. Tremor de terra. 4. ed. São Paulo: Ática, 1977, p. 93.
A rua estava fria. Era sábado ao anoitecer mas eu estava chegando e não saindo.
Passei no bar e comprei um maço de cigarros. Vinte cigarros. Eram os vinte amigos que iam
passar a noite comigo.
A porta se fechou como uma despedida para a rua. Mas a porta sempre se fechava
assim. Ela se fechou com um som abafado e rouco. Mas era sempre assim que ela se
fechava. Um som que parecia o adeus de um condenado. Mas a porta simplesmente se
fechara e ela sempre se fechava assim. Todos os dias ela se fechava assim.
Acender o fogo, esquentar o arroz, fritar um ovo. A gordura estala e espirra ferindo
minhas mãos. A comida estava boa. Estava realmente boa, embora tenha ficado quase a
metade no prato. Havia uma casquinha de ovo e pensei em pedir-me desculpas por isso.
Sorri com esse pensamento. Acho que sorri. Devo ter sorrido. Era só uma casquinha.
Busquei no silêncio da copa algum inseto mas eles já haviam todos adormecido para
a manhã de domingo. Então eu falei em voz alta. Precisava ouvir alguma coisa e falei em
voz alta. Foi só uma frase banal. Se houvesse alguém perto diria que eu estava ficando
doido. Eu sorriria. Mas não havia ninguém. Eu podia dizer o que quisesse. Não havia
ninguém para me ouvir. Eu podia rolar no chão, ficar nu, arrancar os cabelos, gemer, chorar,
soluçar, perder a fala, não havia ninguém para me ver. Ninguém para me ouvir. Não havia
ninguém. Eu podia até morrer.
De manhã o padeiro me perguntou se estava tudo bem. Eu sorri e disse que estava.
Na rua o vizinho me perguntou se estava tudo certo. Eu disse que sim e sorri. Veio a tarde e
meu primo me perguntou se estava tudo em paz e eu sorri dizendo que estava. Depois uma
conhecida me perguntou se estava tudo azul e eu sorri e disse que sim, estava, tudo azul.
A) Vocabulário
65
Fonte: BENEMANN, J. M. & CADORE, L. A., Estudo dirigido de Português. SP: Ática, 1986
3) As palavras abaixo foram tiradas do texto, crie novos termos observando as classes
gramaticais:
B) Interpretação
1) “A rua estava fria”. Com essa frase curta, o narrador sugere, desde o início (mais de
uma alternativa):
66
(B) ( ) à ênfase dada ao que a porta fechada simboliza: solidão, falta de
comunicação
(C) ( ) ao prazer que a personagem tinha em fechar a porta
3) Transcreva a parte do texto, em que, de maneira gradativa, o narrador reforça a
mensagem contida no título do conto:
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
_______________
4) Quais as pessoas que fazem perguntas ao narrador-personagem de manhã e de tarde?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
__________
5) Que se pode depreender no final do texto, diante das mesmas respostas às mesmas
perguntas?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
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- Siga o Dr. Mendes durante uma semana, durante a hora do almoço.
O detetive, após cumprir o que lhe tinha sido pedido, voltou e informou:
- O Dr. Mendes sai normalmente ao meio-dia, pega o seu carro, vai à sua casa
almoçar, faz amor com a sua mulher, fuma um dos seus excelentes cubanos e regressa ao
trabalho.
Responde o Diretor Geral:
- Ah, bom, antes assim. Não há nada de mal nisso.
O detetive, pergunta-lhe:
- Desculpe, o senhor não entendeu. Posso tratá-lo por tu?
- Sim, claro, respondeu o Diretor surpreendido!
- Então, vou repetir: o Dr. Mendes sai normalmente ao meio-dia, pega o teu carro,
vai à tua casa almoçar, faz amor com a tua mulher, fuma um dos teus excelentes cubanos e
regressa ao trabalho.
A língua portuguesa é mesmo fascinante!
DEIXO MEUS BENS À MINHA IRMÃ NÃO A MEU SOBRINHO JAMAIS SERÁ
PAGA A CONTA DO ALFAIATE NADA AOS POBRES
Não teve tempo de pontuar e morreu. A quem deixava a sua riqueza? Eram quatro
concorrentes. O sobrinho veio voando e, numa cópia do bilhete do tio falecido, fez as
seguintes pontuações:
DEIXO MEUS BENS À MINHA IRMÃ? NÃO! A MEU SOBRINHO. JAMAIS SERÁ
PAGA A CONTA DO ALFAIATE. NADA AOS POBRES.
EXERCÍCIOS
1) Observe o anúncio abaixo e analise o uso da vírgula: há mudança de sentido
eliminando-a?
A vírgula pode ser uma pausa. Ou não.
Não, espere.
Não espere.
A vírgula pode criar heróis.
Isso só, ele resolve.
Isso, só ele resolve.
Ela pode forçar o que você não quer.
Aceito, obrigado.
Aceito obrigado.
Pode acusar a pessoa errada.
Esse, juiz, é corrupto.
68
Esse juiz é corrupto.
A vírgula pode mudar uma opinião.
Não quero ler.
Não, quero ler.
UMA VÍRGULA MUDA TUDO. ABI: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE IMPRENSA.
100 ANOS LUTANDO PARA QUE NINGUÉM MUDE NEM UMA VÍRGULA DA SUA
INFORMAÇÃO. Anúncio publicado na revista Veja, 9 abr.
2008
2) Há duas maneiras de se entender a frase abaixo conforme se coloca a vírgula. Teste:
Se o homem soubesse o valor que tem a mulher andaria de quatro a sua procura.
69
UNIDADE 9
Pérolas
O homem tem a capacidade infinita de evoluir, mas não sabe utilizá-la de
forma segura e promíscua.
A falta de consideração para com a natureza ocorre devido a falta de
maturidade da cabeça e dos pensamentos humanos.
RESUMO
Exemplo:
70
GARCIA, O. M. Comunicação em prosa moderna. 6 ed. Rio de Janeiro: Getúlio Vargas, 1977, p. 275
Sublinhado:
Aprender a escrever é, em grande parte, se não principalmente, aprender a
pensar, aprender a encontrar ideias e a concatená-las, pois, assim como não é possível
dar o que não se tem, não se pode transmitir o que a mente não criou ou não
aprovisionou. Quando nós, professores, nos limitamos a dar aos nossos alunos temas
para redação sem lhes sugerirmos roteiros ou rumos para fontes de ideias, sem, por
assim dizer, lhes “fertilizarmos” a mente, o resultado é quase sempre desanimador: um
aglomerado de frases desconexas, mal redigidas, mal estruturadas, um acúmulo de
palavras que se atropelam sem sentido e sem propósito; frases em que procuram fundir
ideias que não tinham ou que foram mal pensadas ou mal digeridas. Não podiam dar o
que não tinham, mesmo que dispusessem de palavras-palavras, quer dizer, palavras de
dicionário, e de noções razoáveis sobre a estrutura da frase. É que palavras não criam
ideias; estas, se existem, é que, forçosamente, acabam corporificando-se naquelas, desde
que se aprenda como associá-las e concatená-las, fundindo-as em moldes frasais
adequados. Quando o estudante tem algo a dizer, porque pensou, e pensou com clareza,
sua expressão é geralmente satisfatória.
Resumo:
Aprender a escrever é aprender a pensar, encontrar ideias e ligá-las. Só se pode
transmitir o que a mente criou ou guardou. Se o professor dá o tema e não sugere
roteiros, o resultado é desanimador, mesmo que o aluno tenha as palavras e
conhecimentos gramaticais. Se pensar com clareza, a expressão será satisfatória.
EXERCÍCIO
Pode-se distinguir os homens dos animais pela consciência, pela religião ou por
tudo o que se queira. Mas eles próprios começam a se diferenciar dos animais tão logo
começam a produzir seus meios de vida, passo este que é condicionado por sua
organização corporal. Produzindo seus meios de vida, os homens produzem,
indiretamente, sua própria vida material.
O modo pelo qual os homens produzem seus meios de vida depende, antes de
tudo, da natureza dos meios de vida já encontrados e que têm de reproduzir. Não se
deve considerar tal modo de produção de um único ponto de vista, a saber: a reprodução
da existência física dos indivíduos. Trata-se, muito mais, de uma determinada forma de
atividade dos indivíduos, determinada forma de manifestar sua vida, determinado modo
de vida dos mesmos (sic). Tal como os indivíduos manifestam sua vida, assim são eles.
71
O que eles são coincide com sua produção, tanto com o que produzem como com o
modo como produzem.
O que os indivíduos são, portanto, depende das condições materiais de sua
produção.
MARX, K. In: ARANHA, Maria L. de Arruda e MARTINS, Maria H. Temas de Filosofia. São Paulo:
Moderna, 1992, p. 37)
72
UNIDADE 10
ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS
1. Capa
É a cobertura externa de material flexível (brochura) ou rígido (capa dura).
TÍTULO: Subtítulo
(Tamanho 16, negrito, maiúsculo, centralizado, espaço entre as linhas: simples, subtítulo
com maiúsculas/minúsculas)
(um espaço
simples)
73
SÃO PAULO – 2013
(Tamanho 14, negrito, maiúsculo, centralizado e digitado rente à margem
inferior)
2. Folha de Rosto
Folha de rosto apenas para trabalhos de conclusão de curso ou trabalhos mais extensos. Para
outros trabalhos mais frequentes, basta a capa simples. Geralmente, o professor da disciplina ou
orientador determina o tipo de capa, folha de rosto e sumário.
TÍTULO: Subtítulo
(Tamanho 16, negrito, maiúsculo, centralizado, espaço entre as linhas: simples, subtítulo
com maiúsculas/minúsculas)
(um espaço
simples)
Prof. xxxxxxxxxxxxxxxxx
74
UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO
75
3. Sumário
Enumeração das principais divisões (capítulos, seções, artigos, etc.) de um documento na
mesma ordem em que a matéria nele se sucede; visa a facilitar a visão do conjunto da obra e
localização de suas partes, e, para tanto, deve aparecer no início do relatório e indicar para
cada parte a paginação. Somente os capítulos do texto (da introdução às referências) recebem
numeração progressiva, que não deve ultrapassar 6 (seis) algarismos em cada subseção;
devem obedecer única margem e estar escrito rigorosamente de acordo com o texto.
Obs.: não confundir com índice, que é uma lista alfabética de assuntos, palavras ou
nomes.
SUMÁRIO
RESUMO.................................................................ii
ABSTRACT...........................................................iii
1 INTRODUÇÃO....................................................1
2 REVISÃO DA LITERATURA...........................2
2.1 DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL..................4
2.1.1 Análise Foliar...................................................5
ANEXOS................................................................40
(...)
Obs.: Sumário apenas para trabalhos de conclusão de curso ou trabalhos mais extensos. Para
outros trabalhos mais frequentes, basta a capa simples. Geralmente, o professor da disciplina ou
orientador determina o tipo de capa, folha de rosto e sumário.
ELEMENTOS TEXTUAIS
(Texto adaptado/extraído de JARDILINO, José Rubens, ROSSI, Gisele, SANTOS, Gérson Tenório.
Orientações metodológicas para elaboração de trabalhos acadêmicos. São Paulo: Gion, 2000)
Título
Introdução
Apresenta-se o tema de forma clara e coesa. Não deve haver análises extensas, é uma
forma de o leitor se inteirar do assunto pesquisado, estudado, analisado, interpretado.
Deve-se fazer uma breve antecipação do que cada capítulo tratará, quando for trabalhos
extensos.
A introdução deve conter:
- apresentação do tema;
- breve revisão histórica do tema;
- o assunto tratado em cada capítulo, quando for o caso;
- justificativas: qual a importância do tema e as contribuições do estudo do
tema, ou seja, a relevância social e científica desse estudo.
Desenvolvimento
É o núcleo central do trabalho. Não há uma regra geral para a divisão do
desenvolvimento, depende da orientação do professor e da exigência do trabalho, além
de sua extensão. Deve-se obedecer, sempre, os princípios lógicos e psicológicos –
coesão e coerência, por exemplo. Deve-se partir do conhecido para o desconhecido, do
mais simples para o mais complexo, do que é consenso geral par ao que é polêmico, dos
pontos mais evidentes para os mais obscuros.
Considerações finais
É a conclusão, a síntese dos argumentos mais importantes apresentados no
desenvolvimento, é a apresentação dos resultados e a retomada das contribuições
proporcionadas pelo estudo do tema – e que foram também apontadas na introdução.
Características: brevidade – recupera-se a idéia central e os resultados; concisão –
expressões precisas, claras e objetivas; consistência – os argumentos apresentados
demonstrarão se a hipótese do trabalho foi confirmada ou negada.
Citação Direta
Citação direta curta (com menos de 5 linhas) - Deve ser feita na continuação do texto,
entre aspas, com o mesmo tipo e tamanho de letra utilizados no parágrafo de texto no
qual está inserida
Ex.: Maria Ortiz, moradora da Ladeira do Pelourinho, em Salvador, (...) de sua janela
jogou água fervendo nos invasores holandeses, incentivando os homens a continuarem a
luta. Detalhe pitoresco é que na hora do almoço, enquanto os maridos comiam, as
mulheres lutavam em seu lugar. Este fato levou os europeus a acreditarem que "o baiano
ao meio dia vira mulher" (MOTT, 1988: 13).
Obs.: MOTT: autor que faz a citação; 1988: o ano de publicação da obra deste autor na
bibliografia; 13: refere-se ao número da página onde se encontra o texto de Mott. A frase entre
aspas é texto de Mott, autor que foi citado.
77
Citação direta longa (com cinco linhas ou mais) - As margens são recuadas à direita,
em espaço um (1). A segunda linha e as demais são alinhadas sob a primeira letra do
texto da própria citação. No texto citado deve ser utilizado entrelinhamento e letra
menor. Deve-se deixar uma linha em branco entre a citação e os parágrafos anterior e
posterior.
Ex.: Além disso, a qualidade do ensino fornecido era duvidosa, uma vez que as
mulheres que o ministravam não estavam preparadas para exercer tal função.
Obs.: O nome do autor citado (no exemplo, Saffioti) pode vir em minúsculas ou maiúsculas.
Citação indireta- É a citação que sofre uma interpretação por parte do autor.
Ex.: Ainda com relação à questão da inventividade, são incontestáveis dois princípios que
norteiam o entendimento do processo inventivo: a tradição não tem poder determinante sobre
aqueles poetas de talento individual, que a tomam como ponto de partida (Dronke, 1981:36), e o
reconhecimento dessa individualidade dar-se-á pelo conhecimento do contexto em que uma
peça inovadora foi criada (idem, ibidem, p. 37)
Obs.: idem significa o mesmo autor citado anteriormente e ibidem, que a citação indireta
está no mesmo livro citado anteriormente.
Entrelinhamento
Com relação ao entrelinhamento, é utilizada a partir desta seção a seguinte
denominação:
a) entrelinhamento normal: para parágrafo do texto (1,5).
b) entrelinhamento menor: para citações longas, notas de rodapé, quadros, tabelas,
ilustrações, referências e resumos.
Para formatação do entrelinhamento no editor de texto Word, procede-se da seguinte
forma:
a) no menu Formatar, seleciona-se Parágrafo; o Word exibe uma janela, na qual
deve-se selecionar Recuos e espaçamento; na seção referente ao espaçamento deve-
se então escolher (na caixa entre linhas) a opção 1,5 linha ou exatamente 24
pontos;
b) no menor entrelinhamento proceda da mesma forma e em vez de 1,5 marque
simples ou exatamente 14 pontos.
c) O texto deve ser digitado com 70 toques por linha e 33 linhas por lauda, ocupando apenas o
anverso da folha.
Numeração de página
A numeração de páginas será em algarismos arábicos quando o trabalho apresentar
poucos elementos textuais. Nesse caso, todas as folhas, a partir da folha de rosto,
devem ser contadas sequencialmente, mas não numeradas. A numeração é colocada a
partir da primeira folha da parte textual (introdução), em algarismos arábicos, no
canto superior direito da folha, a 2cm da borda superior. Ou seja, a numeração não
aparece na capa nem na folha de rosto e nem mesmo no sumário. Dependendo do
editor/professor, poderá ser na margem inferior, centralizada.
Referências Bibliográficas
(Fonte: SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. 21. ed. rev. e ampliada. São
Paulo: Cortez, 2000. p. 115)
Obs.: Quando um dos dados bibliográficos não é identificável no documento, ele pode
ser substituído pelas seguintes abreviações:
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APÊNDICE
A PRODUÇÃO DE TEXTOS
Fonte: professores de LPT/área da Saúde
1. Ambiguidade
Ambiguidade (ou anfibologia) significa “duplicidade de sentido.” Uma frase com duplo
sentido é imprecisa, o que atenta contra a clareza, uma vez que pode levar o leitor a atribuir-lhe
um sentido diferente daquele que o autor procurou lhe dar. Ocorre geralmente por má pontuação
ou mau emprego de palavras ou expressões. Alguns exemplos de frases ambíguas:
João ficou com Mariana em sua casa.
Alice saiu com sua irmã.
Jogo de Sentido
Quais as palavras que “estão na palavra” de acordo com o sentido dado a cada uma
delas?
Exemplo: Abreviatura – ato de abrir um carro da polícia. Abrir + viatura
1- Açucareiro – revendedor de açúcar que vende acima da tabela.
2- Alopatia – dar um telefonema para a tia.
3- Amador – o mesmo que masoquista
4- Armarinho – vento proveniente do mar.
5- Aspirado – carta de baralho completamente maluca.
2. Cacofonia
Cacofonia (ou cacófato) consiste num som desagradável obtido pela união das sílabas
finais de uma palavra com as iniciais de uma outra.
Você notou a boca dela?
Receberam cinco reais por cada peça.
Estas ideias, como as concebo, são irrealizáveis.
Ambiguidade de segmentação
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Deu uma surra na mulher que a deixou bastante machucada. Bateu com as mãos e com a pá
nela.
Tico mia na cama
Eles morreram, e eu fiquei como herdeiro.
Miss Java, Miss Japão, Miss Gana, Miss Garça, Miss Malta, Miss Angra, Miss Barra.
3. Eco
O eco consiste na utilização de palavras terminadas pelo mesmo som.
4. Obscuridade
Obscuridade significa “falta de clareza”. Vários motivos podem determinar a
obscuridade de um texto: períodos excessivamente longos, linguagem rebuscada, má pontuação,
ausência de coesão, falta de coerência etc. Um exemplo:
Encontrar a mesma ideia vertida em expressões antigas mais claras, expressiva e
elegantemente tem-me acontecido inúmeras vezes na minha prática longa, aturada e contínua do
escrever depois de considerar necessária e insuprível uma locução nova por muito tempo.
Ex.: O planejamento estratégico, que é um instrumento valioso para a gestão da empresa
pública, e esta, uma alavanca indispensável ao desenvolvimento econômico-social, deve
periodicamente passar por um processo de revisão, que o atualiza perante as velozes mudanças
do mundo moderno.
5. Pleonasmo
Pleonasmo (ou redundância) consiste na repetição desnecessária de um conceito. Nas
frases:
Eles convivem junto há mais de dez anos.
A brisa matinal da manhã enchia-o de alegria.
Ele teve uma hemorragia de sangue.
Temos pleonasmo, uma vez que no verbo conviver já está contido o conceito de juntos
(conviver é viver com outrem); portanto, a palavra juntos é redundante, nada acrescentando ao
enunciado. Da mesma forma, brisa matinal só pode ocorrer de manhã; hemorragia, em
linguagem denotativa, só pode ser de sangue.
Assim como a ambiguidade, nem sempre o pleonasmo constituirá um defeito de
redação. A linguagem literária e, atualmente, a linguagem publicitária usam o pleonasmo com
fins estilísticos, procurando conferir originalidade às mensagens. Nesse caso, o pleonasmo não
deve ser considerado um defeito, mas uma qualidade, como nos exemplos seguintes:
6. Prolixidade
Ser prolixo é utilizar mais palavras do que o necessário para exprimir uma ideia. É
alongar-se, é não ir direto ao assunto, é “encher linguiça”. Prolixidade é o antônimo de
concisão.
Um texto prolixo é, em consequência, um texto enfadonho. Sempre que uma pessoa
prolonga em demasia o discurso, os ouvintes tendem a não prestar mais atenção ao que ela está
dizendo. O uso de expressões que só servem para prolongar o discurso, como “por outro lado”,
“na minha modesta opinião”, “eu acho que”, tendem a não acrescentar nada à mensagem,
tornando o texto prolixo. Além dos defeitos apontados, deve-se evitar também frases feitas e
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chavões, como “inflação galopante”, “vitória esmagadora”, “caixinha de surpresas”, “caloroso
abraço”, “silêncio sepulcral”, “nos píncaros da glória” etc., pois empobrecem o texto.
Ex.: A partir desta década, o número cada vez maior e, por isso mesmo, mais alarmante de
desempregados, problema que aflige principalmente os países em desenvolvimento, tem
alarmado as autoridades governamentais, guardiãs perenes do bem-estar social, principalmente
pelas consequências adversas que tal fato gera na sociedade, desde o aumento da mortalidade
infantil por desnutrição aguda até o crescimento da violência urbana que aterroriza a família,
esteio e célula mater da sociedade.
Em um texto, apresentam-se ideias. Para que essas ideias sejam compreendidas, o texto
deve possuir algumas qualidades, como correção, clareza, concisão e elegância.
1. Correção
Uma boa redação deve utilizar uma linguagem que esteja de acordo com as normas
gramaticais vigentes. Não importa aqui discutir se essas normas representam um uso que se
sobrepôs aos demais; no caso, o uso de uma determinada classe social.
Para efeito de exames, o texto deverá sujeitar-se a essas normas, pois os desvios da
linguagem padrão serão considerados erros e implicarão a diminuição da nota. Por isso, ao
escrever, deve-se procurar utilizar uma linguagem gramaticalmente correta, isto é, de acordo
com as regras estabelecidas pela gramática normativa.
Apontamos, a seguir, alguns desvios da norma culta que comumente aparecem nos
textos.
Grafia: em caso de dúvida sobre como escrever uma palavra, deve-se substituí-la por
outra cuja grafia também seja conhecida. A língua portuguesa é muito rica em
sinônimos. Não se deve esquecer também de verificar a acentuação das palavras. Uma
revisão das regras de acentuação pode ajudar a evitar erros desse tipo.
Flexão de palavras: tomar cuidado com a formação do plural de algumas palavras,
sobretudo as compostas (primeiro-ministro, abaixo-assinado, luso-brasileiro etc.). Novo
acordo: ultrassom, automedicação, micro-ondas etc.
Concordância: verbo e sujeito deverão concordar, e os nomes devem concordar entre
si. Quando o sujeito vem depois do verbo ou distante dele, são comuns erros de
concordância verbal. Assim, deve-se optar por períodos curtos, em ordem direta.
Regência: deve-se estar atento à regência de verbos e nomes, sobretudo em relação
àqueles que exigem a preposição “a”, a fim de que não se erre o emprego do acento que
indica a crase. Aspirar (a), assistir (a), certeza de que etc.
Colocação de pronomes: observar a colocação dos pronomes oblíquos átonos (me, te,
se, lhe, lhes, nos, o, a, os, as). Na linguagem formal, não é costume iniciar frases com
esses pronomes.
2. Clareza
Ser claro significa ser inteligível, ser facilmente compreendido. Escrever bem não
significa escrever difícil. Há uma crença de que pessoas que escrevem com estilo rebuscado
e com palavras difíceis de serem compreendidas escrevem bem. Nada mais falso. Ao redigir,
deve-se procurar expor as ideias de modo que sejam facilmente compreendidas pelo leitor.
Para tanto, é melhor evitar períodos longos e vocabulário rebuscado.
3. Concisão
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Em um texto, ao exprimir uma ideia, podem-se usar mais palavras do que o necessário.
Se isso ocorrer, o texto será prolixo. Se, ao contrário, forem utilizadas menos palavras do que o
necessário, o texto será obscuro, isto é, pouco claro. Caso utilize-se o número estritamente
necessário de palavras para exprimir uma ideia, o texto será conciso.
A prolixidade e a obscuridade são defeitos de redação; a concisão é uma qualidade.
Portanto, ao elaborar uma redação, deve-se expor a ideia com precisão, evitando dar voltas em
torno do assunto ou utilizar palavras desnecessárias.
4. Elegância
Elegância é harmonia, simplicidade, exposição bem ordenada. Escreve-se para alguém; por isso,
deve-se produzir um texto que seja agradável ao leitor. A elegância tem de começar pela
apresentação do texto, com letra legível, sem borrões e rasuras. O fundamental é que o estilo
seja elegante, e para isso devem-se observar as qualidades já apontadas: clareza, correção e
concisão.
A televisão nos traz informações preciosas, minha avó gosta de ver novela, que
nos colocam em contato com o mundo.
Num texto tão curto, há tantas repetições de palavras, desnecessariamente. Poderia ter
sido escrito assim:
O texto supõe que os leitores conhecem as situações, e isso nem sempre acontece, pois
nem todos têm dezoito anos, obrigatoriamente, e as gerações passadas enfrentaram situações
diferentes. Parece-nos, também, que o termo “resolver” não está empregado adequadamente em
relação ao termo situação, já que esta é enfrentada e não resolvida.
4. Contradição:
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Os brancos se consideram uma raça superior ao negro que é considerado inferior e
por isso marginalizado devido ao racismo. (...) Hoje muitos brancos casam com
negros extinguindo a pureza da raça.
5. Lacuna:
Pedro recebeu um envelope escuro e envelhecido, quando leu ficou transtornado com a
revelação...
O texto não explicita se Pedro leu o envelope ou o que ele continha e nem revela se o
conteúdo era uma carta, um documento, um aviso de cobrança, uma intimação etc. Fica faltando
informação para o leitor.
6. Deslocamento:
Passamos o dia inteiro pensando, enquanto minhas irmãs ajudavam minha mãe
arrumar as malas e eu ajudava meu pai regular o carro, na viagem que iríamos fazer
no dia seguinte.
Objetivos
- unificar a escrita do Português;
- simplificar as suas regras ortográficas;
- aumentar o prestígio internacional da língua.
Datas
1990 – assinatura do Acordo pelos oito países membros;
2009 – vigência não obrigatória;
2010-2012 – adaptação dos livros didáticos;
2013 – vigência plena e geral do Acordo. (ESTENDIDA PARA 2016)
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Países envolvidos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São
Tomé e Príncipe e Timor Leste
Observe-se que todos são países em que o Português é a língua oficial.
ALTERAÇÕES
ALFABETO
Reincorporação das letras K, W, Y
ACENTUAÇÃO
1. Cai o trema nas palavras portuguesas:
Linguiça, cinquenta, tranquilo
EXERCÍCIOS
Fonte: professores de LPT/área da Saúde
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MUDANÇAS NAS REGRAS DE ACENTUAÇÃO – Outras mudanças incluídas no Novo
Acordo – Acentuação de verbos:
(A) se forem pronunciadas com a ou i tônicos, essas formas devem ser acentuadas. Exemplos:
verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam; enxágue, enxágues, enxáguem.
verbo delinquir: delínquo, delínques, delínque, delínquem; delínqua, delínquas, delínquam.
(B) se forem pronunciadas com u tônico, essas formas deixam de ser acentuadas. Exemplos (a
vogal sublinhada é tônica, isto é, deve ser pronunciada mais fortemente que as outras):
verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague, enxagues, enxaguem.
verbo delinquir: delinquo, delinques, delinque, delinquem; delinqua, delinquas, delinquam.
Outros casos
1. Prefixo terminado em vogal:
• Sem hífen diante de vogal diferente: autoescola, antiaéreo.
• Sem hífen diante de consoante diferente de r e s: anteprojeto, semicírculo.
• Sem hífen diante de r e s. Dobram-se essas letras: antirracismo, antissocial, ultrassom.
• Com hífen diante de mesma vogal: contra-ataque, micro-ondas.
OUTRAS ESPECIFICIDADES
1. Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r sub- região, sub-
raça etc. Palavras iniciadas por h perdem essa letra e juntam-se sem hífen: subumano,
subumanidade.
2. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e
vogal: circum-navegação, pan-americano etc.
3. O prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se
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inicia por o: coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc.
4. Com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen: vice-rei, vice-almirante etc.
5. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen: ex-
aluno, sem-terra, além-mar, aquém-mar, recém-casado, pós-graduação, pré-vestibular, pró-
europeu.
1. Entre palavras que formam nova unidade de sentido, mantendo estrutura e acentuação: alto-
falante, água-de-colônia, arco-íris, conta-gotas, decreto-lei, guarda-chuva, para-lama, obra-
prima, pão-duro, surdo-mudo.
7. Com sufixos de origem tupi-guarani: açu, guaçu e mirim: amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-
açu.
8. Bem / Mal: com hífen, quando o 2º elemento começar por vogal ou h: bem-educado, bem-
humorado, mal-educado, mal-humorado.
Atenção:
Com hífen quando o elemento seguinte tem vida autônoma: bem-criado, bem-falante.
Observações
Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição, como
girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista, aguardente, madrepérola
etc.
Separadas: cão de guarda, fim de semana, café com leite, pão de mel, sala de jantar etc.
Exceções: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao deus-
dará, à queima-roupa
EXERCÍCIOS
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1) Identifique a opção em que todas as palavras compostas estão grafadas de acordo com as
novas regras:
(A) anti-higiênico – antiinflamatório – antiácido – antioxidante – anti-colonial –
antirradiação – antissocial;
(B) anti-higiênico – anti-inflamatório – antiácido – antioxidante – anticolonial –
antiradiação – anti-social;
(C) anti-higiênico – anti-inflamatório – antiácido – antioxidante – anticolonial –
antirradiação – antissocial;
(D) anti-higiênico – anti-inflamatório – anti-ácido – anti-oxidante – anticolonial –
antirradiação – antissocial;
(E) anti-higiênico – anti-inflamatório – anti-ácido – anti-oxidante – anti-colonial –
antirradiação – antissocial.
2) (TJ-GO) Assinale a alternativa em que o hífen foi usado corretamente, conforme o Novo
Acordo:
(A) Ele fez sua auto-crítica ontem.
(B) Ela é muito mal-educada.
(C) Ele tomou um belo ponta-pé.
(D) Fui ao super-mercado, mas não entrei.
(E) Os raios infra-vermelhos ajudam em lesões.
4) Reescreva as palavras abaixo com ou sem hífen, de acordo com as novas normas:
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