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Mulheres Chefes de Família – estratégias de ação 1

Guacira César de Oliveira*

A chefe de família monoparental tem poder e responsabilidade pela


manutenção do grupo familiar. Há ônus e bônus no exercício desta
função. A relativa autonomia da mulher é, sem dúvida, um dos bônus.
A sobrecarga dos trabalhos produtivo e reprodutivo faz parte dos ônus.

A forma de desenvolvimento capitalista produziu historicamente uma


vida cotidiana onde o tempo que conta e que tem valor é aquele
empregado na produção, aquele que gera mais valia. O tempo do
cuidado com a reprodução da vida das pessoas não é levado em
conta na distribuição do tempo dentro da relação produção X
reprodução. 2

Na família tradicional, as tarefas produtivas estiveram reservadas aos


homens e as reprodutivas às mulheres. O final do século XIX e início
do século XX, entretanto, outro tipo de família começa a aparecer no
Brasil. A abolição da escravatura possibilita a constituição de famílias
negras chefiadas por mulheres. Ao que parece, o mercado de
trabalho, naquele momento, foi muito mais racista em relação aos
homens negros do que em relação às mulheres, impossibilitando a
eles assumir a função de provedor e chefe de família. O que não
significa, evidentemente, que as mulheres tenham conseguido novos
espaços. Elas continuaram no trabalho doméstico ou em outras
atividades de baixa remuneração, decorrentes das habilidades que
adquiriram no próprio trabalho doméstico.

As mulheres brancas, entretanto, salvo exceções, só foram assumir


um lugar no mercado de trabalho bem mais tarde. E depois disto, já na
segunda metade do século passado, é que passam a assumir a
condição de chefe de família.

1
Apresentado no Pré-Evento Mulheres Chefes de Família: crescimento, diversidade e políticas,
realizado em 4 de novembro de 2002, Ouro Preto-MG pela CNPD, FNUAP e ABEP.
2
ÁVILA, Maria Betânia. O tempo e o trabalho das mulheres. In: Um debate crítico a partir do
feminismo: reestruturação produtiva, reprodução e gênero. Maria Ednalva Bezerrra Lima et allia
(org) – São Paulo: CUT, 2002.

1
As mulheres mudaram suas vidas em ritmo acelerado, compartilharam
com os homens a responsabilidade de prover a família e, quando
necessário, assumiram esta tarefa sozinha. Os homens, as famílias, a
sociedade e o Estado não acompanharam o ritmo deste movimento.

Sob o ponto de vista das tarefas reprodutivos, os problemas


enfrentados por uma mulher chefe de família monoparental parecem
ser os mesmos vividos por outra mulher chefe de família, ou por
qualquer mulher que ocupe também um lugar no mercado de trabalho.
É o problema da dupla jornada. Como destaca Maria Bethânia Ávila, o
tempo dedicado à alimentação, ao abrigo, à vestimenta, à educação, à
saúde, assim como o tempo do aconchego, do cuidado com as
pessoas que não têm condições de se autocuidar, como as crianças,
os idosos e outras pessoas que não têm condições físicas ou mentais
para isso não é percebido como parte da organização social do tempo.
Estas horas são retiradas da vida das mulheres como parte das
atribuições femininas, determinadas pelas relações de poder de
gênero. 3

Mas quando se trata de uma família monoparental, não é só a dupla


jornada que não encontra apoio. A manutenção da casa se faz com a
remuneração de uma única pessoa. E se ela for do sexo feminino e
negra, a sua remuneração corresponderá a ¼ da de outra pessoa do
sexo masculino e branca. Premidas pela dupla jornada, dificilmente as
mulheres que chefiam as suas famílias encontram tempo para
encaixar mais uma atividade que lhe acrescente renda; muito menos
para investir em sua carreira profissional.

Há que se garantir direitos e desenvolver políticas públicas para


superar tais iniqüidades, mas não é só isto. Também, é necessário
que se opere uma mudança cultural sobre a (ir)responsabilidade
paterna e sua função social, que vai desde a estímulo e a abertura de
possibilidades para o compartilhamento, entre homens e mulheres,
das tarefas domésticas e do cuidado com os filhos até a condenação
do abandono paterno. Tal mudança favorece especialmente às chefes
de família monoparentais, dado que em sua maior parte elas são
separadas, divorciadas ou desquitadas e têm filhos.

3
Idem 1

2
Queremos aqui chamar a atenção para os efeitos nefastos que se
observa a partir da articulação entre racismo e sexismo na vida das
mulheres chefes de família. A trajetória das mulheres negras e de
suas/seus descendentes, desde a abolição da escravatura até os dias
de hoje, é uma demonstração inequívoca do grau de injustiça social
que estes elementos articulados podem fazer perpetuar.

A relação de trabalho compreende o direito à folga, ao descanso


remunerado, às férias, tão fundamental para a recomposição das
energias, e conquistado pela classe trabalhadora depois de árduas
batalhas com o capital. Para uma grande parte das mulheres chefes
de família, no entanto, o tempo do descanso é um luxo, senão uma
utopia.

Como dissemos anteriormente, a vida das mulheres mudou num ritmo


e o restante da sociedade e do Estado seguiu noutro. Em fins dos
anos 80 o descompasso foi diminuindo. Os ares da democracia
embalaram toda a sociedade.

A capacidade de mobilização e proposição dos movimentos sindicais e


feministas durante a Assembléia Nacional Constituinte, realizada nos
anos de 1987-1988, foi capaz de colocar sob a esfera de
responsabilidade do Estado várias atividades de reprodução social.

A forma como a Constituição de 1988 definiu a seguridade social,


abriu todo um leque de possibilidades de redução (e não de
eliminação) da sobrecarga das mulheres em relação ao trabalho
doméstico e cuidado com as crianças e idosos. A seguridade social,
baseada na integralidade do atendimento das necessidades sociais
das pessoas, ampliava de maneira substantiva a responsabilidade do
Estado sobre a reprodução social, na medida em que se abarcava a
saúde, a previdência e a assistência social. Ampliação semelhante se
deu com relação aos direitos da criança.

Ao longo da década de 90, entretanto, estas expectativas são


frustradas. Mais do que regulamentar a Constituição de 1988, tratou-
se de reformá-la, reduzindo o papel do Estado, eliminando serviços e
reduzindo gastos na área social.

3
Hoje, conforme destaca Sonia Corrêa, Estamos frente a um Estado
parcialmente reformado. São bastante conhecidas as críticas quanto
aos efeitos da reforma do Estado em termos de constrangimentos
fiscais e de seus impactos negativos sobre a capacidade de
investimento público em áreas prioritárias para responder às
necessidades das mulheres e reduzir as desigualdades entre homens
e mulheres. 4

Em poucos dias, deverá tomar posse um novo Presidente da


República, e com ele se põe em curso um novo projeto de
desenvolvimento para o país.

As desigualdades de gênero e raça são estruturantes e para combatê-


las exige-se medidas estruturais. O caminho para a solução dos
problemas enfrentados pelas mulheres, e pelas chefes de família de
maneira mais exacerbada, não tem soluções específicas. Neste
sentido, recuperamos muitos dos itens da lista de problemas das
mulheres chefes de família, levantada pelo professor Parry Scott
(abaixo), que nos parece bastante lúcida para orientar a definição de
políticas públicas prioritárias: 5

Nas áreas de trabalho e renda:


1. ser provedora principal e ter baixa renda
2. precisar conciliar trabalho produtivo e remunerado com o da
reprodução social
3. precisar de apoio para cuidar dos/as dependentes
4. sofrer frequentemente exclusão do emprego por causa das
demandas de casa
5. ser excluída de direitos da previdência social
6. ser difícil o acesso aos créditos
Na área de Educação:
1. ausência de creches públicas para seus filhos/as
2. ausência de escolas em período integral que dêem apoio a/ao
aluna/o nas tarefas extra-classe.
3. precisam de capacitação para entrar no mercado de trabalho
4
Corrêa, Sonia. Gênero e Políticas Públicas no Brasil: em que ano estamos?
www.cndm.gov.br. Brasília, 2002.
5
SCOTT, Perry. Mulheres chefes de família: algumas abordagens recentes e suas implicações para as
políticas públicas. Mimeo.CNPD. Brasília, 2002.

4
4. dificuldade em dar continuidade aos próprios estudos
Na área de Saúde:
1. Habitam em condições insalubres
2. convivem com altas incidências de morbidade em casa
3. sofrem prejuízos por terem que dedicar tempo ao
acompanhamento dos doentes
4. têm demandas não atendidas e diferenciadas para a regulação
da fecundidade e prevenção de DST/AIDS
Na área da Justiça
1. precisam de apoio jurídico para manter a guarda dos filhos
2. precisam de apoio jurídico para assegurar o recebimento de
pensão alimentícia
3. precisam de apoio jurídico para a investigação de paternidade
4. convivem com maior insegurança nos seus espaços
habitacionais
Na área de direitos humanos
1. sofrem discriminações sexistas e racistas que obstruem o
acesso aos direitos humanos
Na área da Agricultura
1. perdem acesso à terra por falta de um companheiro convivente
2. se assalariam em condições muito precárias
3. não têm acesso a financiamentos para investimento em
agricultura
4. a falta de gente adulta no grupo familiar para trabalhar a terra
reduz a produtividade.

Visto desta maneira, os problemas enfrentados pelas mulheres chefes


família só encontram solução se houver vontade política para instituir o
princípio da equidade de gênero e étnico racial como orientador do
programa de governo e das políticas sociais que dele derivem. Em
termos específicos, o mais apropriado nos parece ser garantir
prioridade em determinados serviços públicos às mulheres chefes de
família, e estruturar redes locais de referência e contra-referência,
para facilitar à pessoa nestas condições o acesso mais rápido à
informação e o acesso mais rápido aos serviços, já que o tempo é um
dos bens mais escassos entre as chefias monoparentais.

Neste sentido, há que se reconhecer uma carência básica: não existe,


até o momento, massa crítica na administração pública capaz de

5
formular o planejamento governamental, como um todo, num enfoque
de gênero e étnico-racial. O máximo que se tem conseguido, na
relação/tensão entre movimentos sociais e ONG´s com organismos de
governo isoladamente, é que algumas políticas já definidas incorporem
a perspectiva de gênero. Nas Universidades e nas organizações não
governamentais a capacidade instalada também é pequena, de
maneira que a solução desta demanda exige muita força de vontade
política.

As eleições, há poucos dias concluídas, apontam para mudanças. O


momento envolve possibilidades e riscos. As estratégias que se
seguem, portanto, levam em consideração esta mudança de governo,
a conformação de um novo projeto de desenvolvimento, calcado em
políticas públicas concretas que deverão ser esboçadas e tomar forma
no âmbito da discussão do novo Plano Plurianual 2004-2007.

O Plano Plurianual - PPA é uma peça altamente estratégica do


planejamento governamental. Estar fora do PPA significa não fazer
parte dos objetivos definidos e metas perseguidas pelas políticas
públicas.

A equidade de gênero está completamente fora do planejamento


governamental. O que há, como exceção que confirma a regra, são
algumas poucas políticas específicas dirigidas às mulheres, ou às
crianças e suas mães.

O conceito de mulheres chefes de família não consta das orientações


estratégicas, dos macroobjetivos, dos programas, das atividades nem
das ações planejadas no PPA 2000-2003.

A elaboração do PPA tem início a cada 4 anos no Poder Executivo,


que deve submeter sua proposta, na forma de Projeto de Lei, à
apreciação do Legislativo.

O Congresso Nacional discute, altera e aprova o Plano Plurianual,


onde consta o que é urgente, prioritário ou relevante para a ação
governamental no período de 4 anos. A matéria aprovada no
Legislativo é, finalmente, submetida à sanção presidencial. Do PPA
derivam a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei Orçamentária Anual.

6
Ainda no ano 2000, por iniciativa do Conselho Nacional dos Direitos da
Mulher, foi realizada uma análise do Projeto de Lei de PPA 2000-2003.
O objetivo desta análise foi subsidiar o CNDM na definição de
estratégias para a incorporação da perspectiva de gênero na ação
governamental. Segundo a consultora Gilda Cabral, responsável por
este trabalho, dos 389 programas propostos pelo projeto de lei,
apenas dois dirigiam-se especificamente às mulheres: o de Combate à
Violência contra a Mulher e o de Saúde da Mulher 6.

O PPA aprovado pelo Congresso Nacional trouxe alguns acréscimos


ao projeto original, fundamentalmente no que se refere a políticas
específicas para as mulheres 7. A dimensão dos desafios colocados
para transformar a condição de vida das mulheres chefes de família
monoparentais, aliviar a sobrecarga de trabalho, superar a situação de
pobreza, eliminar as discriminações que elas sofrem exige muito mais
do que políticas específicas, embora não as dispense.

Como afirma Sônia Correa, estamos diante do desafio de deslocar o


foco das mulheres para um enfoque de gênero; e ainda incorporar a
pauta da diversidade e das demais formas de desigualdade. Tarefa
para a qual o Planejamento governamental tem se mostrado
despreparado.

Neste sentido, a análise elaborada, em 2000, para o CNDM – “O


Plano Plurianual (PPA 2000-2003) e a Equidade de Gênero – nos
fornece elementos importantes para a definição de estratégias futuras.

A articulação e o engajamento de organismos como a Comissão


Nacional de População e Desenvolvimento, Secretaria de Estado dos
Direitos da Mulher, Fundação Cultural Palmares, IPEA, Secretaria de

6
CABRAL, Gilda. Relatório Final – O Plano Plurianual (PPA 2000-2003) e a equidade de
gênero. Mimeo. Conselho Nacional dos Direitos da Mulher. Ministério da Justiça. Brasília; 2000.
7
O Congresso Nacional incluiu duas novas orientações estratégicas às 4 que constavam do
projeto original. Uma delas objetiva “Promover os direitos de minorias vítimas de preconceito e
discriminação”, e inclui as mulheres nos seguintes termos: “... proteger a mulher e a criança contra
a violência doméstica e sexual e garantir os direitos das populações negras e indígenas”. Apesar
de a orientação estratégica dirigir-se aos macroobjetivos, o fato é que a inclusão desta nova
orientação pelo Legislativo não se traduziu em mudanças relevantes em termos dos 28
macroobjetivos e dos quase 389 programas que lhes correspondem.

7
Planejamento e Investimentos Estratégicos, nos parece central para
que se possa enfrentar o desafio de superar o foco sobre as mulheres
e avançar para o enfoque de gênero ainda na fase de debate do PPA
no âmbito do Executivo. O mesmo se pode dizer com relação a
superar o foco sobre os negros para o enfoque nas relações raciais.

Sem sombras de dúvida, o maior acúmulo sobre estas questões estão


nos movimentos sociais e ONG´s. Apenas para ilustrar esta afirmação,
fizemos um levantamento dos projetos relacionados à mulher na base
de dados sobre projetos da ABONG - Associação Brasileira de
Organizações Não Governamentais. Encontramos 65 projetos
relativos à gênero e 13 projetos sobre a questão racial. A mesma
pesquisa feita no site do Planejamento sobre o PPA, identificou 2
programas relativos ao negro e 9 relativos a mulher e gênero.

A fase em que o PPA é discutido no Congresso Nacional pode ser


extremamente profícua. De natureza mais plural, o Legislativo é o
espaço privilegiado de debate com a sociedade. O Parlamento, entre
os Poderes da República, talvez seja o mais sensível aos direitos das
mulheres e à equidade de gênero. Tramitam hoje no Congresso
Nacional 431 projetos de lei nesta área, sendo que 6 deles tratam
especificamente das mulheres chefes de família. Cinco dos projetos
em pauta tratam da aquisição de bens imóveis priorizando as
mulheres chefes de família nos programas habitacionais. Alguns
deles, inclusive, preveêm o estabelecimento de quotas. Um outro
projeto, assegura à chefe de família o direito à aquisição de terras
públicas nos Programas de Reforma Agrária.

No diálogo com o Congresso Nacional, a Bancada Feminina se


constitui num ator político importante, que ao longo dos últimos anos
tem conseguido assegurar um nível de prioridade alta a alguns temas
relacionados à mulher. A relevância da sua ação fica clara a medida
que se compara a expressão numérica da bancada – elas são 6,4%
dos parlamentares - e a expressão política das iniciativas coletivas
tomadas pelas deputadas e senadoras.

O diálogo com o Executivo e Legislativo tem de ser, necessariamente,


muito bem qualificado. Para tanto, é imprescindível ter argumentos
bem sustentados, produzidos especificamente com o objetivo de
incluir um enfoque de gênero no planejamento governamental.

8
Assim sendo, a sistematização dos estudos e pesquisas realizados
nesta área, bem como o incentivo a um trabalho mais aprofundado
sobre o acesso e os impactos das políticas públicas sobre este grupo
nos parecem de grande valia.

Também devem ser incentivadas as iniciativas para a sensibilização,


capacitação e formação de profissionais da administração pública com
vistas ao planejamento com perspectiva de gênero.

Por fim, mas não menos importante para o desenvolvimento de


qualquer política voltada a equidade de gênero e à justiça social, são a
capacidade de proposição, pressão e controle social das organizações
da sociedade, tanto no que se refere a sua definição, quanto à
implementação, monitoramento e avaliação. O acompanhamento
sistemático de diferentes compromissos governamentais, na esfera
federal ou local, revelam que este é um elemento chave, tão
importante quanto a vontade política da autoridade pública e a
existência de recursos financeiros para a sua execução. Ou seja, as
definições do PPA, a aprovação de um projeto de lei ou a inclusão de
uma rubrica no orçamento federal são conquistas importantes que
terão tanto mais chances de serem efetivas quanto maior for a
participação cidadã e o controle social sobre eles.

(*) Guacira César de Oliveira é socióloga e diretora-colegiada do


CFEMEA.

Outras bibliografias consultadas:

CARVALHO, Luíza M. S. Santos. A mulher trabalhadora na


dinâmica da manutenção e da chefia familiar. In Revista Estudos
Feministas, vol.6, nº 1/98. IFCS/UFRJ. Rio de Janeiro, 1998.

BENTO, Maria Aparecida Silva. Raça e gênero no mercado de


trabalho. In Trabalho e gênero – mudanças, permanências e desafios
/ Maria Isabel Baltar (org). ABEP, NEPO/UNICAMP e
CEDEPLAR/UFMG / São Paulo, Ed. 34, 2000.

9
WOORTMANN, Klaas e Woortmann, Ellen. Monoparentalidade e
chefia feminina - conceitos, contextos e circunstâncias. Mimeo.
Brasília, 2000.

www.planejamento.gov.br
www.abong.org.br
www.cfemea.org.br

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