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ILUSTRÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DA COMISSÃO ADMINISTRATIVA DE

DEFESA PRÉVIA DO DETRAN DO ESTADO DE GOIÁS.

Auto de Infração: A

FULANA DE TAL brasileira, casada, portadora da Cédula de


Identidade nº - SSP- , inscrita no CPF sob nº, e CNH nº----------------, residente e
domiciliada na rua CEP: , vem,
respeitosamente à presença de Vossa Senhoria, apresentar DEFESA PRÉVIA, referente
ao Auto de Infração acima mencionado, pelas razões de fato e de direito a seguir
expostos:

I - DOS FATOS:

Cabe esclarecer que a empresa XXXXX é a proprietária do


veiculo e o Sr. ........... é o Condutor e conforme descrito nos referidos autos de infração.

Ocorre que o Recorrente Sr. ....... foi surpreendido com a


lavratura da notificação do Auto de Infração de Trânsito (AIT) que consta o cometimento
da suposta infração descrita no código (51691), ou seja, dirigindo o automóvel modelo
xxxx, cor xxxxx, placa xxxxxxxx, “sob a influência de álcool”, ou seja, em nível superior
a seis decigramas por litro de sangue, ou de qualquer substância entorpecente ou que
determine dependência física ou psíquica”, no dia xxxxx, por volta das xxxxxx horas.

Cumpre ressaltar, que o autuado estava dirigindo de maneira


segura em baixa velocidade sem colocar em risco a segurança do trânsito, não
contrariando o artigo 306 do CTB, pois não estava expondo a dano potencial a
incolumidade de outrem.

II- DOS FUNDAMENTOS LEGAIS:

a) BAFÔMETRO:

Princípio constitucional de inocência: ninguém é obrigado a


produzir provas contra si mesmo. O art. 277 do CNT (Código Nacional de Trânsito) diz, in
verbis:

Art. 277. Todo condutor de veículo automotor, envolvido em acidente de


trânsito ou que for alvo de fiscalização de trânsito, sob suspeita de haver
excedido os limites previstos no artigo anterior, será submetido a testes de
alcoolemia, exames clínicos, perícia, ou outro exame que por meios técnicos ou
científicos, em aparelhos homologados pelo CONTRAN, permitam certificar seu
estado. (grifos nossos)

Ocorre que de acordo com normas e princípios


constitucionais, ''ninguém pode ser obrigado a produzir provas contra si mesmo''.
Além disso, tal fato contraria os Direitos Humanos. O Direito brasileiro faculta ao
indiciado ou ao autuado adotar ou não a conduta que produzirá a prova.

Vale aqui mencionar que o TRF (Tribunal Regional Federal)


da 5ª Região decidiu desde 25 de novembro de 2003 que o uso do bafômetro e de
exames clínicos não é obrigatório. São facultativos. As provas serão produzidas por
depoimentos testemunhais. Esta decisão é referente a uma “ação civil pública” proposta
pelo Ministério Público Federal, em 1998, contra o artigo 277 do Código de Trânsito
Brasileiro (CTB), que cita o uso de testes de alcoolemia e exames clínicos como forma de
certificar o estado de embriaguez do motorista. Todavia, agora, não cabem mais recursos
contra esta decisão, uma vez que transitou em julgado. Portanto, passando esta
sentença a ter força de uma lei.

Contudo, a submissão ao exame de sangue para constatação


de teor alcoólico ou uso do bafômetro só devem ser utilizados quando consentidos pelos
motoristas abordados, pois, caso contrário, isso seria uma violação de diversos direitos
constitucional do cidadão. Ainda que não tenha realizado o exame de sangue,
preservando o seu “direito de não produzir provas contra si mesmo”.
Cabe ainda informar, que depois de ter advertido que estaria
na contra mão, imediatamente se desculpou, pois não conhecia bem aquele lugar, eis
que reside em outra Cidade. Portanto, houve um equívoco do policial militar em afirmar
que o Recorrente “apresentava hálito etílico”, pois, o mesmo estava nervoso pelo fato de
estar na mão errada e diante de um policial, por isso, o auto de infração é inconsistente.

Em relação ao Recorrente, este, apenas, recusou em fazer o


exame de sangue, devido à orientação de seu advogado sobre a inconstitucionalidade de
tais procedimentos do art. 277 do Código Nacional de Trânsito. Todavia, sujeitou-se aos
demais exames clínicos, por vontade própria, os quais constataram que não havia
nenhum sintoma de embriaguez. Ao contrário, segundo consta no atestado medico
emitido pelo Dr. Celso Luiz, em anexo, o Recorrente apresentava-se com “não aparente
quadro de embriaguez” (grifos nossos).

Vale ressaltar ainda, que após a autuação a autoridade


policial encaminhou o recorrente até a Santa Casa de xxxxxxxxxl, a fim de efetuar
exame clinico sanguíneo para detectar dosagem alcoólica. Ocorre que o próprio atestado
medico comprova que o recorrente NÃO ESTAVA EMBRIAGADO, estando com suas
faculdades mentais e reflexos perfeitos, sem apresentar quadro de embriaguez. Portanto
equivocou-se a autoridade policial, devendo ser anulado o presente autos de infração.

Ainda que não tenha realizado o exame de sangue,


preservando o seu “direito de não produzir provas contra si mesmo”, o atestado medico
da Santa Casa de xxxxxxxxx é totalmente contrário ao que o policial militar descreve no
BO. A Recorrente se apresentava com “hálito incaracterístico”. Portanto, houve um
equívoco do policial militar em afirmar que a Recorrente “estava embriagada”. Contudo,
não houve nenhuma infração de trânsito descrita no AIT (Auto de Infração de Trânsito).

b) AUTO DE INFRAÇÃO INCONSISTENTE:

Diz o parágrafo único do inciso I do art. 281 do CNT que “se


considerado inconsistente ou irregular o auto de infração este será arquivado e julgado
insubsistente”. Não restam dúvidas quanto à inconsistência deste AIT, pois, como
comprovado, não houve qualquer conduta descrita que correspondesse à suposta
infração de trânsito imputada a Recorrente. Portanto, este AIT deverá ser arquivado e
julgado insubsistente.

Auto de infração inconsistente:


Diz o parágrafo único do inciso I do art. 281 do CNT que “se
considerado inconsistente ou irregular o auto de infração este será arquivado e julgado
insubsistente”. Não restam dúvidas quanto à inconsistência deste AIT, pois, como
comprovado, não houve qualquer conduta descrita que correspondesse à suposta
infração de trânsito imputada a Recorrente. Portanto, este AIT deverá ser arquivado e
julgado insubsistente.

III – PEDIDO:

Pelo exposto, visando à Justiça e sensatez que caracterizam


as decisões desta Junta Administrativa de Recursos de Trânsitos (JARI), a Recorrente
requerer que:

a) Tomem ciência da presente defesa; bem como decidam


pelo deferimento da mesma;
b) Reconheçam a nulidade das notificações, em razão do
parágrafo único, inciso I do art. 281 do CNT (auto de
infração inconsistente), em razão do laudo do atestado
médico não comprovar a embriaguez. Requer também a
liberação da CNH do requerente, para que possa
livremente usufruir do seu direito de dirigir e de usar seu
veiculo;
c) Por fim, requer o consequente ARQUIVAMENTO dos
autos de infração nº xxxxxxxxxxx, uma vez que o mesmo
se apresenta nulo e não merece prosperar, posto que
inexista infração que capaz de ensejar a aplicação da
pena de multa prevista e por consequência seja excluído
a pontuação de seu prontuário;
d) Protesta por todos os meios de provas;
e) Por fim, requer a juntada de copia de documentos em
anexo.

Nestes termos,

Pede deferimento.

xxxxxxxxxxxxxxx/, xxxxx de xxxxxxxx de 20.

Advogado

OAB.....

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