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REDD ameaça os direitos de 350 milhões de pessoas - relatório

Jeremy Hance, pt.mongabay.com


Traduzido por Fernanda B. Muller
June 15, 2010

Na semana passada o programa para a Redução das Emissões por


Desmatamento e Degradação (REDD) florestal recebeu um impulso com
promessas de quatro bilhões de dólares de uma série de países industrializados. Sob o REDD,
países com florestas tropicais receberão dinheiro para mantê-las em pé, porém na sua forma
atual, o programa tem provocado preocupações sobre os direitos de cerca de 350 milhões de
pessoas que vivem dentro ou em áreas adjacentes às florestas.

A Accra Caucus on Forests and Climate Change, uma coalizão de aproximadamente 100
organizações de 38 países, lançou um relatório delineando uma visão alternativa do REDD que
englobaria os direitos dos povos indígenas e locais ao mesmo tempo que protegeria as
florestas.

“Quando as comunidades dependentes das florestas ganham controle sobre os recursos


florestais, elas são melhores na proteção contra a destruição pelos outros. Fornecer fundos do
REDD para programas de desmatamento industrial ou conservação estrita da natureza, que
não respeitam os direitos dos povos locais e de uso das florestas, pode ser contra-produtivo e
incentivar conflitos e pobreza”, explica Nat Dyer da Rainforest Foundation britânica, membro
da coalizão.

Segundo o relatório, um acordo sobre o REDD deve incluir três políticas: participação integral e
efetiva dos povos locais; reconhecimento dos direitos sobre a terra dos indígenas e o emprego
de manejo florestal baseado nas comunidades, que permite o uso sustentável das florestas
pelas comunidades locais.

Além disso, nenhum acordo deve ser fechado sem ‘consentimento livre, antecipado e
informado’ dos grupos indígenas como o delineado pelas Nações Unidas.

“Há temores que o REDD possa permitir que os poluidores do Norte continuem com o ‘business
as usual’ enquanto removem os
direitos à terra e aos recursos dos
povos que dependem das florestas no
Sul”, declara o relatório.

Por exemplo, a definição de ‘florestas’


utilizada no REDD deve garantir que
as áreas que forem convertidas para
plantação ou exploração madeireira
industrial sejam inelegíveis a
pagamentos.

“Os negociadores climáticos precisam


reconhecer que o objetivo de um
acordo global de REDD é proteger as
florestas, não arrecadar dinheiro. As Crianças Ticuna jogando com um roedor na Colômbia. Foto por: Rhett A. Butler.
preocupações das pessoas precisam ser ouvidas na mesa de negociação, assim como devem
ser integradas nos programas locais de florestas”, disse Rahima Njaidi da Tanzanian Network of
Community Forest Associations (MJUMITA).

O relatório pede que os legisladores envolvidos com o REDD reconheçam que um programa
efetivo deve ir além da questão simplesmente do carbono, mas também incluir a preservação
da biodiversidade e os direitos dos povos locais ao uso da floresta sustentavelmente.

Neste ponto, o relatório rotula o REDD como uma ‘espada de duas pontas’, que se executada
de forma errônea, pode ter “conseqüências negativas sérias, ambientalmente e socialmente,
enquanto contribui pouco para reduz as emissões de carbono”.
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