Вы находитесь на странице: 1из 3

Nathália Macri Nahas – nºusp 5415349 – Didática – prof.ª.

Karina Pagnez

Resenha do vídeo Didática Geral – a relação pedagógica1

O ensino é definido, geralmente, como um processo em que há transmissão de


conteúdo de uma instância a outra. Essa definição, contudo, traz uma complicação imediata: o
ensino é tal ato isolado ou, para compreendê-lo como processo, é importante considerar a
aprendizagem? Compreender a atividade de ensinar exige, na mesma medida, o entendimento
sobre aprendizagem e como ambas as concepções, na prática, são intrínsecas uma a outra.
Assim, o ensino é um processo que contempla o aluno, o professor e conhecimento que é
transmitido. Nesse sentido, os três elementos em interação são fundamentais para que esse
processo seja praticado. No entanto, essa relação nem sempre é vista, no âmbito pedagógico,
de maneira igual. Muitas práticas de ensino focam o conhecimento, enquanto outras, o aluno
ou o professor. Questiona-se a função do professor diante dessa relação e a maneira como a
interação professor, aluno e conhecimento deve ser um fator importante para a formação do
docente.

O ato de ensinar envolve a figura do professor, o qual é, a princípio, visto como quem
detém o conhecimento que deve ser transmitido. Ele já foi entendido como a parte principal
dessa ação, justamente por ser, teoricamente, o transmissor do conteúdo. Além desse
elemento, há a outra instância, o aluno. Ele, por sua vez, é então ou uma instância esvaziada –
a qual deve apenas receber o conhecimento em questão –, ou é o foco da atividade. O
processo, então, parte da noção de construção, o que é abordado por Celestin Freinet. O autor
afirma que a sala de aula é como um canteiro de obras. Todos estão construindo, e, nesse
processo, cada um usa suas possibilidades, as quais são usadas em favor de uma construção
mais ampla, um plano, o qual é idealizado por uns, mas precisa ser compartilhado com aqueles
que estão construindo. Isso é importante para que cada um possa agir sem interferir nas
competências dos outros. Nesse sentido, o plano de aula, que orienta essa construção, não
deve ser imposto ao aluno, é algo cognitivo-político-pedagógico, porém precisa da
participação do aluno. Os planos de aula incluem, assim, essa interação entre o docente e o
aluno, contemplando, evidentemente, o conteúdo a ser trabalhado.

A transmissão do conhecimento na aula é uma negociação constante entre o


planejamento semanal, em diálogo com os alunos. É fundamental a percepção do docente
acerca do que eles dizem e de que forma reagem às propostas levadas à sala. Se o aluno não
entrar nessa interação, não acontece o que o professor planejou para a aula. Assim, nessa
tríade aluno-professor-conhecimento, o centro não é o aluno, nem o professor, é a relação
entre eles. Um plano de aula, nesse contexto, não oferece ao professor uma visão ampla de
como a transmissão e a interação pode ocorrer. O conteúdo não é uma transmissão em
sentido único, o ensino pressupõe a troca de conteúdo, pois, a partir dessa atividade, surgem
as reações inesperadas, dúvidas, questões. O professor, contudo, nem sempre dá conta,
automaticamente, de lidar com as dúvidas propostas em uma turma. Assim, conforme observa
Charlot, é preciso que o docente indique a construção desse conteúdo, mostrando ao aluno

1 Disponível em: disponível em http://www.youtube.com/watch?v=ia5r2Ff-5kc


que ele buscará a solução para o problema trazido: “Ele sabe encaminhar a busca da resposta,
ele não precisa saber tudo”.

Há ainda o conteúdo aprendido anteriormente por uma turma e pelo aluno


especificamente. Esses elementos modificam a interação professor-aluno-conhecimento, mas
não é algo que o professor consegue abranger sempre. Isso ocorre pois não pode apreender a
interação que houve em outro momento – ou não – entre diferentes professores. Assim, a
troca – e não uma transmissão em sentido único – mostra-se ainda mais importante, pois é ela
que permite a construção dos diferentes saberes apreendidos por um aluno e por uma turma.
O diferencial da profissão docente é que a pessoa nunca tem consciência da contrapartida.

A aula, o planejamento e a interação, de acordo com Charlot, devem criar condições


para o aluno aprender: “a escola é feita para os alunos aprenderem, não para o professor
ensinar. É esse o objetivo da aula: a aprendizagem do aluno, uma boa aula não é boa se o
aluno não aprende”. Por isso, o aluno precisar saber claramente o que está fazendo na aula, o
que ele precisa fazer e como ele pode participar. E como o professor pode transformar, a
partir de todas as possibilidades diante do conteúdo, esse assunto em algo interessante, mais
amplo.

A aprendizagem é o objetivo do ensino, justamente pelo fato de ambas as atividades


serem complementares. Sem aprendizado, não há o ensinamento. É nesse contexto que o
professor pode ser visto como quem cuida da relação base ao ensino. O professor deve prestar
atenção no que os alunos dizem, no que escutam, como eles chegam ao docente, pois tudo é
um conteúdo a ser utilizado ao ensino. Esses elementos são formas de construir relações entre
os conteúdos; mediar essa interação é responsabilidade social do professor, e o interesse do
aluno é instigado nesse processo. E a didática possibilita essa compreensão, essa construção.
É evidente que o interesse do aluno é algo difícil de definir. O conteúdo da aula deve despertar
um gosto, uma aula em que o conteúdo intelectual permite satisfazer o desejo. É um conceito
fundamental mas difícil de precisar. O professor, portanto, pela troca de conteúdos e
experiências e pela valorização desses elementos pode permitir que seus alunos expressem
seus interesses e entendam que, dessa relação, parte um conhecimento importante para sua
vida.

Вам также может понравиться