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Geologia X

Geoarqueologia
Universidade Federal de Pernambuco
Centro de Filosofia e Ciências Humanas
Departamento de Arqueologia
Geoarqueologia I
Prof. Bruno Tavares
O que é um mineral?
• Constituintes básicos das rochas;
• Mineralogia;
• Mineral como uma substância natural, sólida, cristalina,
geralmente inorgânica, com composição química específica.

Scheelita Turmalina
Minerais e Arqueologia
• Artefatos feitos de rochas e minerais;
• Ferramentas e cerâmicas;
• Vasos: alabastro, basalto, xisto;
• Lítico – artefatos feitos de rocha ou mineral;

Randolph Daniel,(1998) De Agostini Picture Library


Definição de Mineral
• Ocorrência Natural;
• Substância Sólida cristalina – não são líquidos nem gases; o
fato o mineral ser cristalino significa que as partículas de
matéria ou átomo estão dispostas em um arranjo
tridimensional;
• Geralmente inorgânicos - excluindo os materiais orgânicos;
• Composição química definida – organização dos elementos
químicos nos minerais. O que torna os minerais únicos é a sua
composição química e a forma como os átomos estão
dispostos na sua estrutura interna;
Estrutura de um Mineral
• Cada elemento químico consiste em diferentes tipos de
átomos;
• Os átomos de um elemento químico são idênticos;
• Os compostos químicos são formados por várias combinações
de átomos de diferentes elementos em proporções definidas;
• Átomo como a menor unidade de um elemento;
• Menor unidade da matéria;
Cristalização dos Minerais
• Começa com a formação dos cristais microscópicos individuais
que são arranjos tridimensionais ordenados de átomos, nos
quais os arranjos se repetem em todas as direções;

• Os limites dos cristais são superfícies planas chamadas de faces


cristalinas;
• As faces cristalinas são a expressão externa da estrutura
atômica interior;
Grotzinger & Jordan, 2013.
Cristalização dos Minerais
• Durante a cristalização, os minerais inicialmente crescem,
mantendo as faces cristalinas enquanto tiverem liberdade de
crescimento;
• Os cristais grandes se formam em ambientes que
proporcionam estabilidade e espaço e de forma lenta;
• Mas, é comum os espaços entre os cristais estarem
preenchidos, ou que a cristalização ocorra com muita rapidez.
Dessa forma, ou cristais crescem uns sobre os outros, de forma
coalescentes gerando grãos;
Formação dos Minerais
• O processo de cristalização começa ao diminuir a temperatura
de um líquido abaixo de seu ponto de congelamento;
• O magma que é uma rocha derretida e fundida, começa a se
cristalizar no momento que se resfria;
• Quando a temperatura de um magma cai abaixo do seu ponto
de fusão, que pode ser mais alto que 1.000°C, dependendo dos
elementos que se encontrem nesse magma, os cristais de
silicatos como a olivina ou o feldspato começam a se formar;
• A cristalização também pode ocorrer quando os líquidos de
uma solução evaporam;
• Uma solução forma-se quando uma substância química
dissolve em outra, como o sal da água.
• À medida que a água evapora de uma solução salina, a
concentração de sal torna-se tão alta que se chama, saturada;
• Se a evaporação continuar, o sal começa a precipitar, abandona
a solução sob a forma de cristais;

• Cristalização do Magma.
Classe dos Minerais
• Oito grupos de minerais formadores de rocha de acordo com a
sua composição química;
• Há milhares de minerais, no entanto, é mais comum encontrar
apenas 30 minerais diferentes na natureza;
• Pequeno número está relacionado ao reduzido número de
elementos encontrados com abundância na crosta;
Classe dos Minerais
• Silicatos: mais abundantes da crosta terrestre, formados pelas
combinação de Oxigênio (O) e Silício (Si) – dois elementos mais
comuns na crosta com cátions de outros elementos;
• Carbonatos: constituídos de carbono e oxigênio, na forma de
ânion carbonato (CO32-) combinado com cálcio e magnésio;
• Óxidos: Compostos de ânion oxigênio (O2+) e cátions metálicos;
exemplo é o mineral hematita;
• Sulfeto: compostos de ânion sulfeto (S2-) e cátions metálicos;
• Sulfatos: Composto de ânion Sulfato (SO42-) e cátions
metálicos.
Propriedades Físicas dos
Minerais
• Além das propriedades químicas, os aspectos físicos dos
minerais também é de extrema importância para a
compreensão da origem das rochas;
• Dureza, Clivagem, Fratura, Brilho, Cor, Densidade e Hábito
Cristalino;
Dureza
• É a facilidade com que a superfície de um mineral pode ser
riscada;
• Escala de dureza de Mohs;
• A dureza de um mineral está relacionada com as ligações
químicas que este mineral possui;
• Ligações covalentes são mais forte que as ligações iônicas,
dessa forma, quanto mais forte for a ligação mas duro será o
mineral;
• Outros fatores também estão relacionados a dureza do
mineral, como o tamanho dos átomos (e a proximidade dos
mesmos), carga iônica (quanto maior a ligação derá mais
forte), e o empacotamento de átomos (quanto mais fechado
for a distribuição dos átomos em um mineral a dureza do
mesmo será maior;
Clivagem
• É a tendência que um cristal apresenta de partir-se segundo
superfícies planas;
• A perfeição da clivagem varia de acordo com as forças das
ligações químicas;
• Ligações iônicas são mais fracas e permitem uma clivagem boa
ou perfeita;
• Ligações covalentes são mais forte e produzem uma clivagem
imperfeita ou até mesmo nenhuma clivagem;
• A muscovita possui uma estrutura em folhas e ligações mais
fracas e quebra-se em uma forma plana de maneira lustrosa e
praticamente perfeita;
• As ligações da muscovita está relacionada as ligações em
forma de tetraedros com aspectos folhoso;
Clivagem
• Número de planos e padrão da clivagem;
• Muscovita só tem um padrão de clivagem, enquanto que a
calcita e a dolomita tem três padrões de clivagem;
• A clivagem e o seu padrão ajuda a diferenciar minerais do
grupo de silicatos, como o anfibólio e o piroxênito;
Fratura e Brilho
• A fratura é a tendência que os minerais tendem a quebrar em
superfícies irregulares em vez de planos de clivagem;
• As fraturas estão relacionadas ao modo como as forças de ligação
distribuem-se em direções transversais em planos cristalinos;
• Podem ser concoidais (superfícies lisas ou encurvadas), e também
fibrosas (aparência de madeira rachada);

• O brilho está relacionado a luz que cada mineral reflete; o brilho é


controlado pelos tipos de átomos presentes e suas ligações, esses
fatores controlam como a luz perpassa esses minerais e como a luz é
refletida pelo mesmo;
• Ligações iônicas geralmente possui um brilho vítreo, enquanto que
as ligações covalente possuem um brilho adamantado, característico
do diamante;
Lítico em sílex,
Lagoa Uri de Cima.

Lourdeau & Pagli, 2013


Densidade
• ‘’peso dos minerais’’;
• Gravidade Específica - peso do mineral no ar, dividido pelo peso de
um volume igual de água pura a 4°C;
• Densidade depende da massa atômica dos íons que compõem o
mineral e da proximidade com a qual eles estão sendo empacotados
em sua estrutura cristalina;
• Exemplo: magnetita possui uma densidade de 5,2 g/cm³. Essa alta
densidade resulta da alta massa atômica do ferro e também pela
estrutura empacotada que a magnetita tem;
• O silício possui uma densidade menor em relação a magnetita pelo
fato de possuir um empacotamento mais aberto e a massa atômica
do silício é mais baixa que a do ferro;
• Em altas pressões a densidade do material também aumenta, altas
pressões pode modificar a densidade do material;
• Perovskita;
Rocha - Definição
• Rochas são agregados sólidos de minerais;
• Os minerais são unidos mantendo suas características
originais;
• O que determina a variação das rochas são os tipos de
minerais que se encontram nela, o tamanho dos cristais e/ou
grãos;
• A rocha pode ser determinada pela sua mineralogia e por sua
textura;
• Três tipos: Rochas Ígneas, Metamórficas e Sedimentares;
1

2 3

Kuzmin et al, 2012.


Família de Rochas

Sedimentar

Grotzinger e Jordan, 2013


Rochas Ígneas

Grotzinger e Jordan, 2013


Serra do Cachorro - Planalto
Da Borborema - Granitóides

Furna do Estrago – Abrigo


Sob rocha – Granito.
Pico do Cabugi – RN
Basalto – Neck Vulcânico

Cabeça Colossal Olmeca


Basalto - Guatemala
Rochas Sedimentares

Grotzinger e Jordan, 2013.


Front da Cuesta – Arenito Tacaratu
(Siluro-Devoniano Paleozóico)
Parque Nacional do Catimbau

Paredão Arenítico – Pinturas


Rupestre – Sítio Alcobaça
Calcário Jandaíra (Cretáceo)
Lajedo de Soledade - RN

Pinturas Rupestres em Calcário


Formação Jandaíra (Cretáceo)
Lajedo de Soledade - RN
Rochas Metamórficas

Grotzinger e Jordan, 2013.


Christophersson, 2009
Surplon em Xisto – Carnaúba
dos Dantas - RN

Sítio Pedra do Alexandre –


Abrigo sob rocha – Xisto.
Superfície Gnáissica –
Pedra do Ingá - PB

Sítio Arqueológico
Pedra do Ingá - gravuras em gnaisse
Tradição Itaquatiara
Ciclo das
Rochas

Christophersson, 2009
O que é o Magma
• Rocha em estado de fusão a altas temperaturas;
• Consistência pastosa;
• Apresentam altas temperaturas, entre 700 e 1200°C 
constituem de três partes: líquida, sólida e gasosa;
• Mobilidade do magma depende de diversos parâmetros:
composição química, grau de cristalinidade, teor de gases
dissolvidos e a temperatura em que se encontra;
• Existem magmas que são mais fluidos do que outros;
Formação dos Magmas
• Dados de formação do magma são fornecidos a partir de
dados geofísicos, sísmicos e geotérmicos;
• Experimentos em laboratório tem colaborado para a obtenção
de dados de fusão das rochas;

• Os magmas surgem a partir da chamada fusão parcial;


• Isso se dá devido a diferenças de composição das rochas, onde
alguns minerais de fundem em temperaturas diferentes;
• A fração da rocha que se funde se chama fusão parcial;
• A fusão do magma ocorre devido a diversos fatores: aumento
de temperatura, a pressão submetida e variação do teor de
fluidos.
Tipos de Rochas Ígneas
• Rochas Ígneas Intrusivas – Granitos, sienitos, granodioritos;
• Rochas Ígneas Extrusivas – Basaltos, riolitos, traquitos, andesito;

Grotzinger e Jordan, 2013.


Textura
• Dimensão dos cristais:
• Quanto à dimensão dos cristais a textura pode ser fanerítica,
quando os cristais são visíveis e identificáveis à vista
desarmada, porfirítico onde os cristais se desenvolvem
envoltos por uma massa cimentada vítrea ou granular (líquido
remanescente esfria-se mais rápido) ou afanítica, quando os
cristais só são visíveis ao microscópio.

Granito Fanerítico Traquito porfirítico


Composição Química e
Mineralógica
Rochas Félsicas
• Pobres em ferro e magnésio e ricas em minerais que têm altos
teores de sílica;
• Quartzo, feldspatos ortoclásios e plagioclásios;
• Tendem a ter sua cor mais clara;
• Granito;
• Riólito;
Suíte Granítica do Batólito de Brejo da Madre de Deus
Riólito da suíte vulcânica do Cabo
De Santo Agostinho
Rochas Intermediárias
• Não possuem composição de sílica tão grande a ponto de ter
sua cor muito clara, mas também não são pobres em sílica
como as rochas máficas.
Dioritos - Rio Espinharas - RN/PB

Martelo de Pedra – Diorito


Mina em Nebraska.
Andesito – Rocha de
composição
intermediária

Artefatos líticos
Feitos em Andesito – Hokkaido, Japão.
Rochas Máficas
• Ricas em piroxênio e olivinas;
• Relativamente pobres em sílica.
• Ricas em ferro e magnésio o que confere a essa classe de
rochas a cor escura;
• Rochas como o gabro e o basalto são as mais comuns dentro
desta classe;
• Obsidiana.
Obsidianas – Vidro vulcânico
Ferramentas feitas a partir de
Obsidiana
Rochas Metamórficas
• São rochas geradas pela transformação físico-química e
estrutural de outras rochas, por este motivo são classificadas
como secundárias;

• Metamorfismo? - Ocorre quando uma rocha é submetida a


novas condições de P e T e outras variáveis, afetando os
minerais da rocha original;

• São alterações, no estado sólido, da composição mineralógica,


textura/estrutura das rochas preexistentes (ígneas
sedimentares, metamórficas) devido à ação de determinados
agentes denominados agentes de metamorfismo por longo
período de tempo. Os processos metamórficos ocorrem, em
geral, associados a processos tectônicos;
Condições
• Ocorre metamorfismo acima de 200 °C e pressão que varia de
0 a 15 Kbar.
• Portanto para ocorrer uma rocha metamórfica é necessário:

Rocha A + T e P = Rocha B
Texturas Metamórficas
• Foliação  conjunto de superfícies paralelas, planas ou
foliadas;
• Produzidos pela deformação e recristalização; Placóides;
Texturas metamórficas
• Rochas Foliadas  ardósia, filito, xistos e gnaisses;
• Folhelhos contêm argila em
• abundância
• – No metamorfismo há mudanças nos filossilicatos
• (micas)
• Aumento do grau de metamorfismo
• – Baixo grau
• Ardósia: filossilicatos finamente granulados
• – Grau um pouco maior
• Filito: filossilicatos finos, mas indistinguíveis a olho nu
• – Grau maior ainda
• Xisto: filossilicatos de tamanho maior, visíveis a olho nu
Ardósia
• Rocha foliada de baixo grau com grãos muito finos;

• Possui clivagem muito boa, permitindo que se quebre em


planos finos;

• Utilizada no Neolítico como ferramentas para moer grãos


grosseiros;
• Mão de pilão.
Mão de Pilão – neolítico, Saara.
Filito
• Filito - uma rocha metassedimentar com foliação, minerais
micáceos, mas com uma granulação menos fina (0,1 - 1,0 mm)
devido a melhor cristalização dos minerais;
• A rocha frequentemente possui um brilho sedoso nas
superfícies pela predominância de filossilicatos em grãos
maiores;
• Utilizado para ferramentas de moer e também fabricação de
carâmica.

Moedores, Guiana Francesa Pueblo Grande, Arizona


Xisto
• Uma rocha foliada de granulação maior onde pode-se
reconhecer os minerais a olho nu. Apresenta superfícies
rugosas e irregulares devido ao aumento da granulação e
cristalização de porfiroblastos. Apresenta xistosidade, que
representa uma foliação definida pela granulação maior de
qualquer mineral.
Placas de xisto com gravuras
De 13.8ka – Moli del salt, Espanha
Encosta em Surplon estruturada em xisto, Pedra do Alexandre, RN.
Gnaisses
• Gnaisse - uma rocha foliada e/ou bandada de granulação bem
grossa (> 1,0 mm), como por exemplo de um granito,
geralmente constituído de quartzo, feldspato, micas (ou
outros minerais metamórficos). Podem ser derivadas de
metassedimentos ou de rochas ígneas, plutônicas ou
vulcânicas e são rochas características dos limites superiores
do médio grau metamórfico.
Sílex
• Rocha silicatada através do metamorfismo, onde a sílica toma
lugar da matriz cimentada da rocha, tornando-a
extremamente dura e de alta densidade;

• Dependendo da composição de sílica essas rochas podem ter


padrões de quebra (lascas) de forma a serem utilizadas como
ferramentas;
• O sílex é uma das rochas onde se encontra diversos artefatos
líticos em contexto arqueológicos.
Quartzitos
• são rochas muito duras, não-foliadas e, geralmente, brancas,
derivadas de arenitos ricos em quartzo. Alguns quartzitos são
maciços, sem preservação de acamamento ou foliação. Outros
contêm bandas delgadas de ardósias ou xistos, relíquias da
intercalação original de camadas de argilas ou folhelhos.
Quartzitos
• Dentre as rochas metamórficas, o quartzito se torna uma das
mais importantes no registro arqueológico;
• Seu padrão de quebra como pedra lascada permite a
construção de ferramentas como ponta de lança e raspadores;
Mármore
• são os produtos metamórficos da ação do calor e da pressão
sobre os calcários e dolomitos;
• Alguns mostram uma textura lisa, homogênea, de cristais
intercrescidos de calcita com tamanho uniforme. Outros
mármores mostram um bandamento irregular ou mosqueado
de silicatos ou outras impurezas minerais do calcário original;
Cena de caça, Período Helenístico. Museu arqueológico de Rhodes, Grécia.
Escultura de uma cabeça,
Mármore, Egito. Idade: 381–30 B.C

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