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Atual estilo de vida reflete-se na

pediatria
Vida Saudável
Dicas relacionadas à nutrição para a sua saúde

por Jocelem Salgado,

"Não recompense as crianças com comida. Doces e salgadinhos


como prêmio encoraja maus hábitos. Encontre outras maneiras
para comemorar bons comportamentos"

Estudo publicado na Revista Paulista de Pediatria, constatou


valores alterados de colesterol, LDL - colesterol (“colesterol
ruim”) e triglicérides. Pesquisa realizada recentemente em São
Paulo (Unifesp) constatou sobrepeso e elevado índice de
sedentarismo entre adolescentes

O momento em que a medicina pediátrica atravessa atualmente


sugere análise e reflexão sobre as suas possibilidades futuras.
Desde o aparecimento dessa especialidade médica na Europa há
200 anos, a pediatria voltou-se quase exclusivamente para o
controle de doenças infecciosas e contagiosas das crianças e
adolescentes, além do combate à desnutrição, o que colaborou
muito para a diminuição da mortalidade infantil.

Contudo, os profissionais dessa área que antes atendiam seus


pequenos pacientes com queixas de febre, tosse, dor de ouvido,
diarréia, etc, estão se deparando agora com um novo quadro que
está obrigando-os a reverem seu papel.

O estilo de vida inadequado nas grandes cidades que leva ao


sedentarismo e à má alimentação, mais a predisposição genética,
estão fazendo com que o número de crianças e adolescentes com
doenças crônico-degenerativas, antes consideradas típicas de
pessoas que já passaram dos 50 anos, aumente assustadoramente.
Colesterol alto, hipertensão, diabetes do tipo 2 etc, são problemas
que os pediatras estão tendo que enfrentar em seus consultórios
diariamente. Pesquisa recente desenvolvida na Faculdade de
Ciências Médicas (FCM) da Universidade Estadual de Campinas
(Unicamp) tem comprovado que devido às mudanças nos hábitos
de vida, como alimentação inadequada e ausência de atividade
física regular, cada vez mais crianças e adolescentes estão sujeitos
à aterosclerose.

Estudo constata colesterol alterado em crianças


e adolescentes
O estudo, publicado na Revista Paulista de Pediatria, constatou
valores alterados de colesterol, LDL - colesterol (“colesterol ruim”) e
triglicérides, respectivamente, em 44%, 36% e 56% das crianças de
2 a 9 anos avaliadas. A alteração apareceu em 44%, 36% e 50%
das crianças e adolescentes de 10 a 19 anos.

A pesquisa envolveu 1.937 crianças e adolescentes de 2 a 19 anos,


de ambos os sexos, de diferentes classes socioeconômicas,
atendidos nos ambulatórios do Hospital de Clínicas da Unicamp, no
período de 2000 a 2007.

De acordo com a autora principal do estudo, Eliana Cotta de Faria,


professora da FCM da Unicamp, o objetivo era estabelecer a
prevalência de dislipidemias, o aumento anormal da taxa de lipídios
no sangue, em uma amostra populacional brasileira ambulatorial de
crianças e adolescentes.

Segundo ela, a dislipidemia nessa faixa etária está cada vez mais
prevalente, provavelmente devido às mudanças nos hábitos
alimentares, à obesidade e ao sobrepeso associados à redução na
prática de atividades físicas regulares com o estabelecimento de
vida sedentária.

Como se não bastasse, problemas mentais como ansiedade e


depressão que antes eram descritos somente em adultos, são cada
vez mais comuns entre as crianças nos dias de hoje. Os
especialistas em saúde infantil acreditam que a competitividade, o
estresse e ambiente familiar muitas vezes hostil, fazem com que as
crianças se sintam cada vez mais inseguras e revelem esses
sintomas prematuramente.

Entretanto, o que chama mais atenção da classe pediátrica ainda é


o grave problema da obesidade, que leva à síndrome
plurimetabólica, ou seja, a combinação de hipertensão, dislipidemia
(aumento do nível de colesterol e de triglicérides no sangue) e
diabetes tipo 2.
Pesquisa: sobrepeso e sedentarismo
Uma pesquisa realizada recentemente em São Paulo com 8.020
estudantes de 10 a 15 anos revelou que 16% estão na faixa de
sobrepeso e 10% têm diagnóstico de obesidade. Além do alto
consumo de guloseimas, o estudo, coordenado pelo prof. Dr. Mauro
Fisberg da Universidade Federal de São Paulo, mostrou um dado
alarmante: 81% dos alunos de escolas particulares e 65% dos
alunos de escolas públicas são sedentários, ou seja, realizam
menos de dez minutos de atividade física por dia.

Nova pediatria
Esse momento em que a medicina pediátrica atravessa atualmente
pede um redirecionamento da ação do profissional que cuida da
saúde infantil. O médico que atende hoje uma criança em seu
consultório deve ficar atento aos problemas de saúde relacionados
ao estilo de vida inadequado que os tempos modernos trazem
consigo. Trata-se de uma nova pediatra voltada para a prevenção,
uma mudança necessária para cuidar de crianças que
possivelmente chegarão aos 100 anos, se depender do crescente
aumento da expectativa de vida.

Os especialistas que já atuam dessa forma afirmam que medidas


de prevenção devem ser tomadas nos primeiros 20 anos de vida e
que isso pode ser decisivo para o futuro das crianças.
Recentemente, descobertas da medicina mostraram que muitas
doenças comuns nos adultos têm suas raízes na infância, por isso,
essa tem sido considerada a fase da vida mais crítica para a
prevenção eficaz de muitas enfermidades. Problemas que surgem
na infância, avançam silenciosamente durante décadas e só vão se
manifestar 40 ou 50 anos mais tarde, afetando a qualidade de vida
dos adultos.

De acordo com o cardiologista Francisco Fonseca, especilista da


Unifesp e um dos editores da Primeira diretriz de prevenção da
aterosclerose na infância e na adolescência, elaborada pela
Sociedade Brasileira de Cardiologia, “O problema é que muitas
enfermidades como a aterosclerose, por exemplo, avançam sem
alarde até a idade adulta e, em um terço dos casos, sua primeira
manifestação é um infarto fatal”. Crianças que apresentam história
de doenças crônicas na família, como as cardiovasculares, devem
ser orientadas pelo pediatra a moderarem o consumo de gordura e
açúcar e praticar uma atividade física regular.

Orientação aos pais


Pesquisas que estudam os hábitos alimentares das crianças
mostram que a missão dos pais em orientar seus filhos em relação
a uma alimentação saudável está sendo desempenhada com
displicência. Muitos acham natural que as crianças prefiram batata
frita, salgadinhos, hambúrguer, sorvete, etc... do que comer uma
salada de cenoura, agrião ou um pedaço de peixe grelhado.
Esquecem que a responsabilidade pela saúde da criança é
sobretudo deles e que são os pais que devem escolher os
cardápios dos filhos e programar suas atividades físicas.

A nova pediatria tem como missão principal orientar esses pais


sobre como devem agir, a fim de prevenir inúmeras doenças que
poderão comprometer a qualidade de vida de seus filhos,
principalmente na fase adulta. A família deve ser reeducada para
melhorar a qualidade das refeições consumidas e, exercício físico
deve ser o “lema” de todos os componentes da casa. Com essas
medidas, é possível reduzir entre os pequenos o risco da
obesidade, das altas taxas de colesterol no sangue, hipertensão e
diabetes.

Dez dicas para ajudar seu filho a desenvolver uma vida saudável
A American Heart Association (Associação Americana do Coração)
divulgou no início de junho, dez dicas para os pais ajudarem seus
filhos a terem hábitos mais saudáveis.

Aqui estão elas:

1. Seja um modelo positivo. Se os pais não praticam hábitos


saudáveis não conseguirão convencer seus filhos.

2. Envolva a família. Planeje atividades em que todos os membros


da família participem. Vale caminhadas, passeios de bicicleta,
natação e até mesmo brincar de esconde-esconde, todos irão se
beneficiar.

3. Limite o tempo em frente da TV, videogame e o computador.


Estas atividades levam a uma vida sedentária e lanches em
excesso, o que aumenta o risco de obesidade e doenças
vasculares.

4. Encoraje atividades físicas, mas que crianças gostem. Cada uma


é diferente e elas podem não gostar de determinadas atividades.
Deixem que elas experimentem e escolham o que gostarem.

5. Seja positivo. Se foque sempre no lado positivo. Todos gostam de


ser paparicados por um bom trabalho.

6. Estabeleça metas. Como uma hora de atividades físicas por dia,


apenas uma sobremesa após as refeições. Quando as metas são
arbitrárias ou muito restritivas as chances de sucesso diminuem.

7. Não recompense as crianças com comida. Doces e salgadinhos


como prêmio encoraja maus hábitos. Encontre outras maneiras
para comemorar bons comportamentos.

8. Faça do jantar a hora da família. Quando todos se sentam juntos


existe uma menor probabilidade da criança abusar de determinados
alimentos. Desta maneira todos desenvolvem costumes saudáveis.

9. Informe brincando. Ao descobrir o que é bom pra elas de forma


divertida as crianças costumam adequar as informações a sua vida.

10. Se envolva. Acompanhe o que seu filho come na escola,


certifique-se que a instituição oferece serviços que pensem no bem-
estar do seu filho. Faça com que te ouçam.

Mais informações em: www.jocelemsalgado.com.br

Jocelem Salgado
Profª. Titular em Nutrição LAN/ESALQ/USP/Campus, Piracicaba

Fonte:
http://www1.uol.com.br/vyaestelar/vidasaudavel.htm
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Livros recomendados: jms

“Alimentos Inteligentes – Saiba como obter mais saúde


por meio da alimentação”, Jocelem Mastrodi Salgado,
Prestígio Editorial, Rio de Janeiro, 2005.

"Previna Doenças - Faça do Alimento o Seu Medicamento",


7.ª edicão; Profa. Dra. Jocelem Mastrodi Salgado – Editora
Madras.

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