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Até que ponto essa afirmação é pertinente? E o mais importante, se realmente nossa
vantagem for o cerebro super-desenvolvido, como o ser humano desenvolveu sua
caixa encefalica a ponto de o tornar tão “poderoso”?
-Em algumas tribos amazonicas, costumava-se realizar funerais em duas partes, onde
primeiramente era exposto ao sol, em alguns casos com oferendas, e logo em seguida
era sepultado em vasos especificos; depois de um determinado tempo o cadaver era
desenterrado para que houvesse a “comprovação” de que já não “havia mais vida”
naquele corpo, o que liberava, por exemplo, a viuva para se casar de novo;
-Em outra tribo americana, os Wari’, a carne do defunto é consumida pelos habitantes
de sua tribo. Depois de todos os parentes contemplarem o morto, o mesmo é “limpo” e
preparado para que seja comido. A cabeça sempre é lançada ao fogo para que
queime e perca toda a caracterização humana, representando assim a ruptura
simbolica da vida. O consumo da carne é visto não como alimentação, mas sim como
uma forma de preservar o morto dentro de cada individuo, de acordo com Aparecida
Vilaça em seu artigo “Fazendo corpos - reflexões sobre morte e canibalismo entre os
Wari' à luz do perspectivismo”
Em O Homem e a Morte, Edgar Morin afirma que: “é nas atitudes e crenças perante a
morte que o homem se distingue mais nitidamente dos outros seres vivos”. De fato,
mesmo sabendo que alguns animais compreendem a morte e tambem tem luto, o
humano se diferencia exatamente pelo fato de realizar funeral e atribuir uma crença
mitica a tal costume. Todas as tecnicas e habitos realizados no sepultamento tentam
representar a passagem do mundo carnal para o mundo espiritual. Dentro do costume
do funeral, surge da forma com a qual conhecemos a religião. A essa altura, o homem
já fala, escreve, manuseia metal e já tem costumes socio-culturais avançados a tal
ponto de construir sociedades. Nesse contexto a religiao passa a caracterizar a
“identidade” de cada sociedade. A forma como se comportam, como explicam os
fenomenos naturais e como sepultam os mortos configurou tal costume.
Seguindo essa linha, percebemos que em um certo momento que a religião passa a
ditar regras mais especificas, sobretudo na forma com a qual cada individuo se
comporta perante a sociedade. Pegando como objeto de estudo a religião judaico-
cristã, que é a dominante no planeta atualmente, percebemos que dogmas passaram
a comandar, e porque não dizer adestrar o homem enquanto ser social. Lembrando
que de acordo com Morin, o ser humano desenvolvia ainda mais seu cerebro à medida
que tais relações socio-culturais (que tinham origem primitiva em eventos naturais) se
tornavam cada vez mais complexas.
A noção de desagradavel provocou aquela que talvez tenha sido a ultima evolução de
costumes socio-culturais da sociedade judaico-cristã. Uma serie de recomendações
passou a ser transmitida aos individuos dessa sociedade como regras de convivencia.
Referencias:
www.google.com