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CONCURSO PMPE – PORTUGUÊS

Prof. Willian Prates

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QUESTÕES DE PORTUGUÊS

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Atenção: Pirataria é crime e pode prejudicar o seu ingresso na carreira pública.
Os direitos autorais são protegidos por lei e o infrator está sujeito as penalidades do art. 184 do Código Penal
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termos da Lei 9.610/98. O infrator estará sujeito às penalidades do
art. 184 do Código Penal, o que pode PREJUDICAR o seu ingresso na
POLÍCIA MILITAR DE PERNAMBUCO (PMPE). Grupos de rateio e
pirataria são clandestinos, violam a lei e prejudica o professor que
elabora o material.
LEMBRE-SE: Quando você é aprovado em um concurso policial existe
a fase de investigação social, e adquirir materiais piratas ou rateados
pode te eliminar do concurso, por ser esta uma prática que constitui
CRIME. O primeiro passo para ser um bom policial é ser

HONESTO.

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#ForçaGuerreiro #TamoJunto

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QUESTÕES DE PORTUGUÊS
1. (IDECAN/SEARH/2016) O “a” sublinhado que deverá levar o acento
indicativo de crase está na seguinte alternativa:

a) A criança se dirigiu a uma escola.

b) A natureza devastada pôs‐se a gritar por socorro.

c) Ela entregou o quadro a pessoa que o encontrou.

d) O artista sempre está pronto a olhar para a natureza.

2. (IDECAN/UFPB/2016)

“Quem não se comunica se trumbica”

Esta frase é do Chacrinha, um dos mais famosos apresentadores da


televisão brasileira, falecido em 1988. Só que não! A frase, na verdade, é de
Péricles do Amaral, que a “deu” para que Chacrinha a usasse em seus
programas na TV. Mas hoje, enquanto Chacrinha se eternizou como
personagem integrante da história da TV brasileira, Péricles – uma das
maiores referências do rádio carioca e autor de novelas radiofônicas, além de
forte atuação como redator de TV em diversos canais – que faleceu em 1975,
é pouco conhecido do grande público.

Essa confusão exemplifica a relação que temos hoje com a informação e a


comunicação. Vivemos uma era de alta tecnologia da informação. Mas
informação e comunicação não significam necessariamente a mesma coisa.
Vivemos num mundo com acesso a todo tipo de informação de diversas
maneiras. Só que excesso de informação também pode gerar ruído – em
comunicação, “ruído” é qualquer elemento que interfere no processo de
transmissão de uma mensagem de um emissor para um receptor.

Não basta haver a capacidade de informar se não houver o desejo de se


comunicar. Ou o desejo de compreender e ser compreendido pelo
interlocutor. Para esse processo de troca de ideias funcionar, saber escrever
corretamente é condição necessária, mas não suficiente. O que vemos hoje
com alguma frequência (especialmente em redes sociais) são pessoas
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querendo impor suas ideias, mas sem querer compreender ideias diferentes.
Ou mesmo modos diferentes de se expressar. [...]

(Dario Chaves. Língua Portuguesa, nº 57, ed. Escala. Fragmento.)

“Vivemos num mundo com acesso a todo tipo de informação de diversas


maneiras.” (2º§) Acerca das estruturas linguísticas do trecho destacado,
analise e assinale a afirmativa correta.

a) Excluindo-se o trecho “todo tipo de” haveria, obrigatoriamente, o acento


grave indicador de crase em “a”.

b) Dentre os elementos que forma a contração “num” está a preposição


“em” exigida pelo termo regente “mundo”.

c) O segmento “acesso a todo tipo” poderia ser substituído por “acesso de


todo tipo” mantendo-se a adequação linguística.

d) Sabendo-se que o termo “num” se trata de uma contração, sua


substituição por “a um” estaria correta e adequada de acordo com a norma
padrão da língua, possuindo um aspecto erudito da linguagem.

3. (IDECAN/UFPB/2016) TEXTO P/QUESTÕES 3 E 4:

Zika nas Américas

Não há vacinas. Combater os focos do mosquito é ainda a melhor prevenção.

A pandemia explosiva do vírus zika que ocorre nas Américas do Sul, Central
e Caribe é uma das quatro doenças virais transmitidas por artrópodes a
chegar inesperadamente no Hemisfério Ocidental. Assim começa a revisão
publicada pelo The New England Journal of Medicine, sobre a doença
causadora da tragédia das microcefalias.

A primeira das quatro epidemias citadas é a dengue, que se insinuou no


hemisfério durante décadas, para atacar com mais vigor a partir dos anos
1990. A segunda, o vírus do Oeste do Nilo, emergiu para estes lados em 1999,
o chikungunya em 2013 e o zika em 2015.

O vírus zika foi descoberto incidentalmente em 1947, num estudo-sentinela


com mosquitos e primatas, na floresta do mesmo nome, em Uganda.
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Permaneceu décadas confinado às regiões equatoriais da África e da Ásia,


infectando macacos e mosquitos arbóreos e poucos seres humanos.

Há anos pesquisadores africanos notaram que o padrão de disseminação do


zika em macacos selvagens acompanhava o do chikungunya, entre os
mesmos animais. Essa característica repetiu-se em populações humanas, a
partir de 2013.

Dengue, chikungunya e zika são transmitidos principalmente pelo Aedes


aegypti, o mesmo das epidemias devastadoras de febre amarela, no passado.
Esses mosquitos emergiram em aldeias do Norte da África há milênios, em
épocas de seca, quando os habitantes precisavam armazenar água. A
adaptação ao convívio doméstico possibilitou a transmissão para o homem e,
mais tarde, a disseminação para as Américas e Europa pelo tráfico de
escravos.

Os sintomas da infecção pelo zika são inaparentes ou semelhantes aos da


dengue atenuada: febre baixa, dores musculares e nos olhos, prostração e
vermelhidão na pele. Em mais de 60 anos de observação, não foram descritos
casos de febre hemorrágica ou morte.

Não haveria gravidade não fossem os 73 casos de problemas motores


relacionados à síndrome de Guillain-Barré, descritos originalmente na
Polinésia Francesa, e a epidemia de microcefalias identificada rapidamente
em Pernambuco.

Ainda não há testes laboratoriais rotineiros para a identificação dos casos de


zika. Quando circulam ao mesmo tempo infecções por dengue e chikungunya
o diagnóstico diferencial ganha importância, especialmente em grávidas e na
identificação precoce dos casos de dengue hemorrágica, responsáveis pelas
mortes associadas à doença.

Não existem vacinas contra o zika, embora algumas plataformas possam ser
adaptadas em pouco tempo. No entanto, como os casos surgem de forma
esporádica e imprevisível, vacinar populações inteiras pode ser proibitivo
pelos custos e pela inutilidade de imunizar milhões de pessoas em regiões
poupadas pelo vírus.

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Além de combater os focos do mosquito transmissor, à população restam os


recursos que já demonstraram eficácia: repelentes, tela nas janelas, ar
condicionado para os que dispõe do equipamento e adiar a gravidez nas
regiões assoladas pelo vírus.

(VARELLA, Drauzio. Disponível em:


http://www.cartacapital.com.br/revista/885/zika-nas-americas. Acesso em:
17/02/2016.)

“Há anos pesquisadores africanos notaram que o padrão de disseminação do


zika em macacos selvagens acompanhava o do chikungunya, entre os
mesmos animais.” (5º§) Assinale a alternativa em que o uso do verbo haver
no singular se justifica pelo mesmo motivo do trecho anterior.

a) O zika foi identificado há tempos em Uganda.

b) Haverá mudanças no combate ao Aedes aegypti.

c) Em Pernambuco há muitos casos de microcefalia.

d) O agente havia combatido muitos focos do mosquito transmissor.

4. (IDECAN/UFPB/2016) “Há anos pesquisadores africanos notaram que o


padrão de disseminação do zika em macacos selvagens acompanhava o do
chikungunya, entre os mesmos animais.” (5º§) Assinale a alternativa em que
o uso do verbo haver no singular se justifica pelo mesmo motivo do trecho
anterior.

a) O zika foi identificado há tempos em Uganda.

b) Haverá mudanças no combate ao Aedes aegypti.

c) Em Pernambuco há muitos casos de microcefalia.

d) O agente havia combatido muitos focos do mosquito transmissor.

5. (IDECAN/PREFEITURA DE NATAL-RN/2016) TEXTO P/QUESTÕES 5 E 6:

Conheça Aris, que se divide entre socorrer e fotografar náufragos

Profissional da AFP diz que a experiência de documentar o sofrimento


dos refugiados deixou-o mais rígido com as próprias filhas.
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O grego Aris Messinis é fotógrafo da agência AFP em Atenas. Cobriu


guerras e os protestos da Primavera Árabe. Nos últimos meses, tem se
dedicado a registrar a onda de refugiados na Europa. Ele conta em um blog
da AFP, ilustrado com muitas fotos, como tem sido o trabalho na ilha de
Lesbos, na Grécia, onde milhares de refugiados pisam pela primeira vez em
território europeu. Mais de 700.000 refugiados e imigrantes clandestinos já
desembarcaram no litoral grego este ano. As autoridades locais estão sendo
acusadas de não dar apoio suficiente aos que chegam pelo mar, e há até a
ameaça de suspender o país do Acordo Schengen, que permite a livre
circulação de pessoas entre os Estados-membros.

Messinis diz que o mais chocante do seu trabalho é retratar, em território


pacífico, pessoas que trazem no rosto o sofrimento da guerra. “Só de saber
que você não está em uma zona de guerra torna isso ainda mais emocional.
E muito mais doloroso”, diz Messinis. Numa guerra, o fotógrafo também corre
perigo, então, de certa forma, está em pé de igualdade com as pessoas que
protagonizam as cenas que ele documenta. Em Lesbos, não é assim. Ele está
em absoluta segurança. As pessoas que chegam estão lutando por suas vidas.
Não são poucas as que morrem de hipotermia mesmo depois de pisar em
terra firme, por falta de atendimento médico.

Exatamente por causa dessa assimetria entre o fotojornalista e os


protagonistas de suas fotos, muitas vezes Messinis deixa a câmera de lado e
põe-se a ajudá-los. Ele se impressiona e se preocupa muito com os bebês que
chegam nos botes. Obviamente, são os mais vulneráveis aos perigos da
travessia. Messinis fotografou os cadáveres de alguns deles nas pedras à
beira-mar.

O fotógrafo grego diz que a experiência de ver o sofrimento das crianças


refugiadas deixou-o mais rígido com as próprias filhas. As maiores têm 9 e
sete anos. A menor, 7 meses. Quando vê o que acontece com as crianças que
chegam nos botes, Messinis pensa em como suas filhas têm sorte de estarem
vivas, de terem onde morar e de viverem num país em paz. Elas não têm do
que reclamar.

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(Por: Diogo Schelp 04/12/2015. Disponível em:


http://veja.abril.com.br/blog/a-boa-e-velha-reportagem/conheca-aris-que-
se-divide-entre-socorrer-e-fotografar-naufragos/.)

Ao substituir “perigos da travessia” por “travessia”, mantendo-se a norma


padrão da língua, em “Obviamente, são os mais vulneráveis aos perigos da
travessia.” (3º§) ocorreria:

a) Facultativamente, o emprego do acento grave, indicador de crase.

b) A substituição de “aos” por “a”, pois o termo regido teria sido modificado.

c) Obrigatoriamente, o emprego do acento grave, indicador de crase,


substituindo-se “aos” por “à”.

d) A substituição de “aos” por “a”, já que o termo regente passaria a não


exigir o emprego da preposição.

6. (IDECAN/PREFEITURA DE NATAL-RN/2016) Ao substituir “perigos da


travessia” por “travessia”, mantendo-se a norma padrão da língua, em
“Obviamente, são os mais vulneráveis aos perigos da travessia.” (3º§)
ocorreria:

a) Facultativamente, o emprego do acento grave, indicador de crase.

b) A substituição de “aos” por “a”, pois o termo regido teria sido modificado.

c) Obrigatoriamente, o emprego do acento grave, indicador de crase,


substituindo-se “aos” por “à”.

d) A substituição de “aos” por “a”, já que o termo regente passaria a não


exigir o emprego da preposição.

7. (IDECAN/PRODEB/2015) TEXTO P/QUESTÕES 7 E 8:

De Gutenberg a Zuckerberg

Após cinco anos e meio dedicados apenas a funções executivas, volto a ter
um espaço para troca de ideias e informações. Desta vez, sobre o mercado
digital com suas histórias de bastidores, dados infindáveis, surpresas, o dia a

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dia de start ups aqui e lá no Vale (sim, o do Silício) e entrevistas com quem
sacode este mercado ou é sacudido por ele.

O título do blog (seria blog, vlog, site, plataforma digital?) vem de From
Gutenberg to Zuckerberg: Leveraging Technology to Get Your Message
Heard, palestra de Michael Eisner que passa bem além do trocadilho
engraçadinho.

O fato é que não são poucas as vezes em que ouço que nós, os caras de
internet, os bichos de tecnologia criamos todos os problemas que a
humanidade não tinha antes de inventarmos os nossos gadgets, softwares,
redes e o que mais pudesse ser desenvolvido em nossas garagens
(imaginárias, Wozniak?). Errado. Explico.

Não criamos nada. Desculpe, amigos, mas é a verdade. Ferramentamos,


apenas. Como Gutenberg o fez pelos idos de 1450. No big deal. Repetimos a
história. Se o poder saía das mãos de dedos manchados dos monges copistas
e passava a um tipo que podia multiplicar exponencialmente os caracteres
que formavam a informação, com Zuck e seus contemporâneos deu‐se o
mesmo. O jornalista, até então dono absoluto do palco italiano, da bola e do
campo, teve que deitar a régua. O que era vertical, top down, passou a ser
horizontal, em uma distribuição de informações via iguais.

Nenhuma novidade aqui. O que as redes sociais fizeram foi repetir o


fenômeno evolutivo. Is revolução digital the new revolução industrial? É
provável sob muitos aspectos, mas uma revolução somente se conhece a
posteriori, contentemo‐nos em evoluir por ora. Não é pouco.

E sobre criarmos plataformas‐problema, qual foi a primeira rede social que


você conheceu? A fofoqueira de sua rua. Ficava na janela, ouvia no máximo
140 caracteres de qualquer conversa, tempo necessário para que o
transeunte desavisado percorresse o espaço da fachada da casa da moça.
Retuitava ao marido, à filha, compartilhava. De vez em quando, curtia. E
quando ia ao salão de beleza, viralizava.

Não, esta criação não nos pertence. Ferramentamos, ajudamos e até


atrapalhamos, ok. Mas como sempre fizeram estes seres humanos, gregários,
que insistem em viver em uma sociedade em rede.
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Mas agora resolveram chamar de rede social.

(Antonio Guerreiro. Disponível em: http://gutzuck.com/de‐gutenberg‐a‐


zuckerberg‐20150105/)

“Após cinco anos e meio dedicados apenas a funções executivas, volto a ter
um espaço para troca de ideias e informações.” (1º§) Observe as
considerações a seguir em relação ao período destacado e assinale a opção
correta.

a) Em “volto a ter um espaço”, a ocorrência de crase possui caráter


facultativo.

b) Substituindo‐se “dedicados” por “de dedicação”, haverá ocorrência


obrigatória de crase diante de “funções executivas”.

c) As duas ocorrências de “a” no período indicam tipos diferentes de classes


de palavras, tendo em vista a função apresentada no período.

d) Caso houvesse a inserção do artigo definido “as” diante de “funções


executivas”, o emprego do acento grave indicador de crase seria obrigatório.

8. (IDECAN/PRODEB/2015) De acordo com os conceitos linguísticos de


conotação e denotação, analise os trechos em destaque a seguir e assinale
qual deles DIFERE dos demais.

a) “O jornalista, até então dono absoluto do palco italiano, da bola e do


campo, teve que deitar a régua.” (4º§)

b) “[...] e lá no Vale (sim, o do Silício) e entrevistas com quem sacode este


mercado ou é sacudido por ele.” (1º§)

c) “É provável sob muitos aspectos, mas uma revolução somente se conhece


a posteriori, contentemo‐nos em evoluir por ora.” (5º§)

d) “O fato é que não são poucas as vezes em que ouço que nós, os caras de
internet, os bichos de tecnologia criamos todos os problemas que a
humanidade não tinha [...]” (3º§)

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9. (IDECAN/PREFEITURA DE RIO POMBA-MG/2015)

A essência das coisas

Uma pesquisa de opinião global, para saber o que as pessoas imaginam


que o mundo seja, talvez resultasse numa imagem surpreendentemente
convencional.

O mundo – a Terra e a vida cotidiana das pessoas – possivelmente seria


relatado sobre o lugar‐comum do dia a dia, ainda que entremeado por
acontecimentos incomuns, ocorrências que fazem com que a vida de cada um
possa situar‐se entre um antes e um depois desses acontecimentos
extraordinários.

O que é um acontecimento extraordinário?

Isso depende de uma história pessoal. Um caso que possa ter sido
radicalmente transformador para uma pessoa não passaria de mera repetição
para outra e isso aparentemente é válido em escala global.

Um antropólogo incomum disse, em uma de suas obras, que a capacidade


humana de filtrar os acontecimentos improváveis do Universo e a partir daí
elaborar um substrato, referido como consciência comum, a ponto de gerar
certa monotonia, é um feito extraordinário, ainda que esteja longe de ser
percebido dessa maneira.

A filosofia – com o desassossego dos filósofos ao longo do tempo, o que


não lhes dá alternativa a não ser criar infinitas elaborações para tentar
desvendar a natureza do mundo – é uma das habilidades humanas a se
ocupar dessa paradoxal preocupação.

A outra é a literatura.

Um observador pode dizer que esse é um atributo da arte como um todo,


juízo de que é difícil se desembaraçar. Mas sobre o que é possível ponderar e
isso porque os humanos são o único animal equipado com a palavra. Talvez
a literatura seja uma espécie de meta‐arte, aquela para onde conflui ou de
onde emana toda forma de arte, sem que isso implique qualquer hierarquia.
[...]

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(CAPOZOLLI, Ulisses. Scientific American, agosto de 2014. Adaptado.)

Desconsiderando a alteração de sentido, assinale a alternativa que indica uma


substituição do termo destacado por forma verbal que passaria a exigir o uso
do acento grave, indicador de crase, em “[...] desvendar a natureza do mundo
[...]" (6º§).

a) Atrair.

b) Focalizar.

c) Remeter.

d) Desmistificar.

10. (IDECAN/UFAL/2014)

Fumo em lugares fechados será vetado no Brasil

Ministério da Saúde regulamenta regras da Lei Antifumo; fumódromo está


proibido.

O Ministério da Saúde anunciou ontem, em função das comemorações do “Dia


Mundial sem Tabaco”, as regras do decreto que vai regulamentar a Lei
Antifumo, aprovada em 2011. As novas normas preveem a proibição do fumo
em locais fechados e de uso coletivo em todo o país, extinguindo, inclusive,
os fumódromos. Além disso, veta toda e qualquer propaganda comercial, até
mesmo nos pontos de venda. Nesses locais, só será possível a exposição dos
produtos acompanhada por mensagens sobre perigos do fumo. O decreto da
presidente Dilma Rousseff deverá ser publicado amanhã no Diário Oficial e
entrará em vigor 180 dias depois.

O consumo de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos, narguilés e outros


produtos ligados ao fumo está proibido em locais de uso coletivo públicos e
privados. Isso inclui hall e corredores de condomínios, restaurantes, clubes e
até pontos de ônibus, não importa se o ambiente é apenas parcialmente
fechado por uma parede, divisória, teto ou toldo. Em bares e restaurantes, o
fumo só será permitido caso haja ambientes totalmente livres, como mesas
na calçada. O consumo continuará livre em vias públicas, residências e áreas
ao ar livre. As embalagens deverão ter, em 100% da face posterior e em uma
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de suas laterais, avisos sobre os danos provocados pelo tabaco. Em 2016, o


mesmo deverá ser feito também em 30% da face frontal dos maços.

O Ministério da Saúde informou que os fumantes não serão alvo de


fiscalização. Isso recairá sobre os estabelecimentos comerciais. Caso não
cumpram a lei, eles podem ser advertidos, multados, interditados ou até ter
a autorização para funcionamento cancelada. As multas vão de R$ 2 mil a R$
1,5 milhão. A fiscalização ficará a cargo dos órgãos de vigilância sanitária de
estados e municípios. Os responsáveis pelos estabelecimentos poderão,
inclusive, chamar a polícia quando o cliente se recusar a apagar o cigarro.

Até hoje, não havia definição sobre o conceito de local coletivo fechado, onde
o fumo é proibido. Além disso, atualmente ainda são permitidas a existência
de fumódromos e a propaganda nos pontos de venda. A regulamentação
iguala as normas para todo o Brasil, e extingue as variações no caso dos
estados que possuem suas próprias legislações.

No Rio, por exemplo, já existe uma lei rigorosa em vigor desde 2009, muito
semelhante à estabelecida pelo governo federal. Há algumas diferenças,
como os valores de multas, por exemplo. No estado, elas variam de R$ 3.933
a R$ 38 mil.

– A Lei Antifumo é um grande avanço. O decreto é fundamental para que


possamos continuar enfrentando o tabaco como problema de saúde pública –
disse o ministro da Saúde, Arthur Chioro, acrescentando que o propósito não
é criminalizar o fumante nem tornar sua vida um inferno. – O tabaco faz mal.
Mas é uma droga legal e as pessoas têm direito de usar.

(O Globo, 01 de junho de 2014.)

Apesar do texto apresentado possuir predominantemente uma linguagem


denotativa, é possível identificar conotação em

a) “Isso recairá sobre os estabelecimentos comerciais." (3º§)

b) “[...] não é criminalizar o fumante nem tornar sua vida um inferno." (5º§)

c) “O decreto da presidente Dilma Rousseff deverá ser publicado amanhã


[...]" (1º§)

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d) “[...] a proibição do fumo em locais fechados e de uso coletivo em todo


o país, [...]" (1º§)

e) “O consumo de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos, narguilés e


outros produtos ligados ao fumo está proibido [...]" (2º§)

11. (IDECAN/CBM-MG/2015) Texto I – QUESTÃO 11 E 12.

Ostentar é humano
Por Anthony Ling.

Ostentar, no uso comum da palavra, não é apenas se exibir, mas


principalmente uma sinalização de status social, normalmente associada a
riqueza e poder. A partir da periferia (...), a ostentação material explodiu no
mundo da música brasileira: o “funk ostentação” surge cantando como o (ou
a) vocalista tem produtos de grife e esbanja seu dinheiro sem cuidado, com
letras carregadas com nomes das marcas que normalmente são falsificadas -
justamente com o propósito de ostentar.

Muitos dissecam esse “fenômeno social” como um retrato do


consumismo brasileiro que, embora país pobre teria sido dominado por uma
ideologia capitalista capaz de destruir nossos sentimentos morais em troca
de supérfluos bens materiais. O retrato dessa nova periferia é o de uma nova
classe média destruída pela imposição de um mundo onde o que vale é
dinheiro como um fim em si mesmo. Essas teorias me parecem mal
direcionadas quando olhamos para trás, não só para sociedades que
passaram, mas para todo universo de seres vivos, onde sinalizar poder e
status é uma atividade constante (...)

Até mesmo “sinais desonestos”, como um morador da periferia que


se esforça ao ponto de se endividar arriscadamente para sinalizar riqueza,
tem traços que facilmente podem ser encontrados na natureza. Existem
espécies de caranguejos que, após perderem suas garras, são capazes de
crescê-las novamente apenas visualmente, sem força suficiente para caçar
ou se defender, mas para sinalizar “desonestamente” seu poder a predadores
ou para a finalidade de reprodução (...)

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Se achamos que Mc Daleste é um exemplo de ostentação, o que


deveríamos falar dos imperadores egípcios, que ostentavam até na morte,
levando riquezas ao túmulo? Apesar disso, a qualidade de vida dessas
pessoas, a despeito de serem imperadores, era muito inferior ao que os MC’s
da ostentação possuem hoje. (...) A mera possibilidade de ostentação com
joias equivalentes a imperadores do passado nas periferias de cidades
brasileiras é um sinal de que a humanidade andou um longo caminho na
ampliação do acesso a recursos, resultado não da redistribuição de o que
existia mas em saltos astronômicos na produção de recursos e serviços, sendo
distribuídos através do comércio, chame ou não isso de sistema capitalista.

A moda contemporânea surge a partir do filtro dessas diferentes


formas de sinalização em meio à infinidade de diferentes estilos que são
criados diariamente por cada cidadão que decide sinalizar algo diferente
quando se olha no espelho pela manhã. Enquanto no passado existiam
dicotomias rígidas de padrões sociais em uma determinada sociedade, o
aumento de acessibilidade à informação, a globalização de culturas e a
acessibilidade a qualquer estilo em virtualmente qualquer lugar do mundo
possibilita que status seja adquirido entre pares das mais variadas formas,
não necessariamente ostentando riquezas materiais. (...)

Hoje os jovens profissionais da elite, também chamada de “classe


cultural” ou “classe criativa”, que já corresponde a 30% do mercado
consumidor dos EUA, buscam a sua sinalização e posicionamento social não
no preço pago por um determinado produto mas pelos valores que a
fabricante possui ou representa. (...) A sustentabilidade e o consumo
consciente estão gradualmente se tornando a regra no mercado, sendo
socialmente mal visto nessas tribos pelas vias tradicionais. Se deslocar de
bicicleta, por exemplo, virou símbolo de uma geração consciente com
questões globais, relacionadas à emissão de poluentes na atmosfera,
questões locais, diminuindo o trânsito da cidade, e com saúde, onde o meio
de transporte é, ao mesmo tempo, esporte. (...)

Na era da abundância, quando a humanidade se acostuma a ter suas


necessidades básicas atendidas, a ostentação - ou sinalização em busca de
status - se torna moral, não material, mas permanece parte da nossa

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natureza. A visão da ostentação - tanto de forma positiva quanto negativa -


como um subproduto do capitalismo, acaba se tornando limitada ao observar
que são várias as ações, na maioria delas inconscientes, que fazem seres
humanos tentarem se destacar em seus meios. Justamente por fazer parte
da nossa humanidade, não deveríamos sentir vergonha desse
comportamento, mas tentar entendê-lo para conseguirmos traduzir o mundo
ao nosso redor e o comportamento de nós mesmos.
(Disponível em: http://mercadopopular.org/2014/01/ostentar-e-humano/. Acesso em: 20/11/2014.)

“Até mesmo 'sinais desonestos', como um morador da periferia que se esforça


ao ponto de se endividar arriscadamente para sinalizar riqueza, tem traços
que facilmente podem ser encontrados na natureza." (3º§). Do ponto
de vista semântico, a única alternativa em que a palavra ou expressão em
destaque denota a mesma circunstância do advérbio no fragmento em estudo
é:

a) “A moda contemporânea surge a partir do filtro dessas diferentes formas


de sinalização em meio à infinidade de diferentes estilos que são criados
diariamente por cada cidadão que decide sinalizar algo diferente quando se
olha no espelho pela manhã.”

b) “Enquanto no passado existiam dicotomias rígidas de padrões sociais em


uma determinada sociedade, o aumento de acessibilidade à informação, a
globalização de culturas e a acessibilidade a qualquer estilo em virtualmente
qualquer lugar do mundo (...)”

c) “A sustentabilidade e o consumo consciente estão certamente se tornando


a regra no mercado, sendo socialmente mal visto nessas tribos pelas vias
tradicionais. Se deslocar de bicicleta, por exemplo, virou símbolo de uma
geração consciente com questões globais (...)”

d) “(…) No passado existiam dicotomias rígidas de padrões sociais em uma


determinada sociedade, o aumento de acessibilidade à informação, a
globalização de culturas e a acessibilidade a qualquer estilo em virtualmente
qualquer lugar do mundo possibilita que status seja adquirido entre pares das
mais variadas formas, não necessariamente ostentando riquezas materiais.”
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12. (IDECAN/CBM-MG/2015) “Hoje os jovens profissionais da elite, também


chamada de 'classe cultural' ou 'classe criativa', que já corresponde a 30%
do mercado consumidor dos EUA, buscam a sua sinalização e posicionamento
social não no preço pago por um determinado produto mas pelos valores que
a fabricante possui ou representa." (6º§). As expressões “classe cultural" e
“classe criativa" aparecem entre aspas para evidenciar

a) a reprodução de terminologias utilizadas para classificar uma tendência


que esses jovens americanos comportamentalmente representam.

b) o preconceito do autor em relação ao posicionamento politicamente


correto ao classificar esses jovens profissionais como a elite americana.

c) a opinião do autor em relação aos jovens profissionais americanos que


sinalizam o desapego aos produtos de marcas de referência do mercado
global.

d) o julgamento de valor do enunciador em relação aos jovens americanos


que reforçam a simbologia das marcas de referência na sociedade de
consumo.

13. (IDECAN/CBM-MG/2015) Tem-se, na Língua Portuguesa, várias classes


de palavras, dentre elas, destacam-se os numerais que podem indicar
quantidade, ordem, aumento proporcional de quantidade e divisão dos
seres. Mas, em alguns casos, os numerais exercem a função de qualificar
sintagmas. Analise o uso do numeral nas afirmativas.

I. Após a investigação, o crime da rua sete foi elucidado.

II. Marisa pulou do vigésimo sétimo andar, pois, estava com muitas dívidas.

III. Gabriel comprou um carro zero no ano passado com o dinheiro que
economizou. IV.O suspeito estava portando um revólver trinta e oito quando
foi abordado pela polícia.

O numeral NÃO está sendo usado para indicar quantidade ou ordem, apenas
nas afirmativas

a) I e II.

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b) I e IV.

c) II e III.

d) III e IV.

14. (IDECAN/CBM-MG/2015) Leia a tirinha a seguir.

A intenção do pai do Cebolinha, expressa no 6º quadrinho, foi de

a) convencer Cebolinha de que a compra de brinquedos e ou guloseimas


arruinaria o capital advindo da semanada.

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b) deixar claro para Cebolinha que o dinheiro que vem fácil, vai fácil, caso
o filho não gerencie a semanada que acabara de ganhar.

c) sugerir ao filho algumas estratégias que facilitem a gestação


financeira do capital adquirido por Cebolinha com a semanada.

d) fornecer ao Cebolinha informações ou explicações sobre a prática da


educação financeira, de forma genérica, sem implicações a vida financeira
do Cebolinha.

15. (IDECAN/CBM-MG/2015)

O processo de formação de palavras ocorre em qualquer idioma. Na Língua


Portuguesa, as palavras são formadas basicamente por dois processos:
derivação e/ou composição. Assinale a alternativa que apresenta o processo

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de formação da palavra “semanada” utilizada pelos personagens na tirinha


em estudo.

a) Sufixal.

b) Prefixal.

c) Regressiva.

d) Parassintética.

16. (IDECAN/CBM-MG/2015) Texto II QUESTÕES 16 ATÉ 18.

Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou


pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha
morte.

Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas


considerações me levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu
não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem
a campa foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante
e mais novo. Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no intróito,
mas no cabo; diferença radical entre este livro e o Pentateuco.

(Disponível em: ASSIS, Machado. Memórias Póstumas de Brás Cubas.


São Paulo: Martin Claret, 1999. p. 17.)

Texto III

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Sobre o texto II, é correto afirmar que o narrador

a) compara ironicamente suas memórias as de Pentateuco, a fim de obter


a mesma respeitabilidade das memórias da escritura bíblica.

b) reforça a estética realista ao utilizar o paradoxo, uma figura de


pensamento, para descrever o processo de tessitura textual da referida obra
literária.

c) mostra o contraste entre ser um defunto autor e um autor defunto no


tocante ao foco narrativo e na composição do personagem que não é o
principal.

d) apresenta possibilidades distintas de se compor uma narrativa na


estética realista, em contraste com as demais tendências literárias em
que, o foco narrativo é estanque.

17. (IDECAN/CBM-MG/2015) “Machado de Assis, autor do texto II, produziu


sua obra literária no século _____________ seguindo as tendências
artísticas e estéticas do _________________.” Assinale a alternativa
que completa correta e sequencialmente a afirmativa anterior.

a) XIX / Realismo

b) XVIII / Realismo

c) XIX / Naturalismo

d) XVIII / Naturalismo

18. (IDECAN/CBM-MG/2015) Sobre os textos II e III, analise as afirmativas.

I. No texto II, a linguagem predominante é a literária, pois o narrador centra-


se na mensagem apresentando de forma lúdica o processo de criação textual.

II.No texto III, um quadrinho, a linguagem não literária é predominante, pois


o enunciador faz uso de uma linguagem objetiva para informar o leitor sobre
suas fontes primárias.

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III. No texto II, há intenção é informar sobre as principais referências


literárias utilizadas pelo autor, marca dos textos não literários.

IV. O texto III é construído a partir das reflexões do enunciador e apresenta


uma linguagem própria do gênero utilizado pelo autor

Estão corretas as afirmativas

a) I, II, III e IV.

b) I e II, apenas.

c) I e IV, apenas.

d) III e IV, apenas.

19. (IDECAN/CBM-MG/2015) A sociedade brasileira, na década de 20,


do século XX, presenciou o florescimento de um movimento artístico e
literário que tinha como mote a ruptura com os padrões estéticos europeus.
Para propagar o ideário modernista, os representantes desse movimento
elaboraram e divulgaram vários manifestos. Assinale a alternativa que
apresenta o nome do movimento, organizado pelos intelectuais Ascânio
Lopes, Guilhermino César, Francisco Inácio Peixoto e Enrique de
Resende, dentre outros, que, com um discurso irreverente, despolarizou
a discussão modernista das metrópoles para o interior.

a) Verde.

b) A Revista.

c) Pau-Brasil.

d) Verde Amarelo.

20. (IDECAN/MS/2017) TEXTO P/QUESTÕES 20 ATÉ 23:

Cármen Lúcia: “O direito à saúde não é um gasto. É um


investimento”

“O direito à saúde tem custo. Mas isso não é um gasto, é um investimento”,


disse hoje, segunda-feira (7) a ministra Cármen Lúcia, presidente do
Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ela está
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empenhada em facilitar o acesso dos juízes à informação confiável sobre


medicamentos, dispositivos médicos e técnicas cirúrgicas.

Cármen Lúcia e o ministro da saúde, Ricardo Barros, estiveram hoje no


Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, para iniciar uma parceria entre o CNJ,
o governo federal e a instituição. O objetivo é criar uma plataforma on-line
com pareceres técnicos sobre os produtos de saúde. De qualquer lugar do
país, os magistrados poderão consultá-la antes de tomar decisões.

É um passo importante. Essa base de dados pode ajudar a reduzir o número


de decisões judiciais em total dissonância com as evidências científicas da
medicina. Todos perdem quando isso acontece.

Só quem ganha quando uma decisão judicial não encontra amparo nas
evidências científicas é a indústria farmacêutica. Para uma empresa mal-
intencionada, é mais fácil estimular as ações judiciais (financiando
associações, oferecendo advogados aos pacientes e assediando médicos) do
que convencer as autoridades regulatórias e os gestores públicos da
superioridade de seu produto – tanto em termos de eficácia quanto de custo.

Cada comprimido da droga fabricada pela empresa americana Aegerion


Pharmaceuticals custa cerca de US$ 1.000 por dia. Essa história provocou um
prejuízo de R$ 9,5 milhões à Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo.
Poderia ter consumido R$ 40 milhões se as autoridades não tivessem
percebido o esquema a tempo de interrompê-lo.

O ponto crucial desse debate é determinar o que o Estado ou os planos de


saúde devem ser obrigados a fornecer aos cidadãos. Se não há orçamento no
mundo capaz de bancar todas as inovações criadas pela indústria
farmacêutica, as evidências científicas devem ser o início de qualquer
conversa.

“É fundamental ter a certeza de que, para aquele pleito, existe evidência


científica de que a droga é indicada para o paciente”, diz o bioquímico Luiz
Fernando Lima Reis, diretor de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio-Libanês.
“E, obviamente, essa indicação levou em conta eficiência, eficácia e
segurança.”

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(Cristiane Segatto, Época. 07/11/2016. Adaptado.)

Em relação à organização das ideias trazidas ao texto, NÃO se pode afirmar


que

a) para que as ofertas da indústria farmacêutica sejam colocadas à


disposição, o principal fator defendido pelas autoridades citadas é essencial.

b) as evidências científicas de que fala o texto são importantes para


construir, com eficácia, uma ligação consistente entre diferentes agentes e
seus beneficiados.

c) até então, os caminhos legais percorridos pela indústria farmacêutica


poderiam proporcionar ações indevidas cujo objetivo não atende à real
demanda apresentada.

d) a ocorrência de discordância entre decisões de justiça e a ciência pode


ser considerada como fator gerador para um processo de transformação da
situação apresentada.

e) no 1º§, depreende-se que o 2º período tem por objetivo explicar de forma


direta e objetiva a citação feita anteriormente, sendo o mesmo suficiente para
entendimento do assunto explorado no texto.

21. (IDECAN/MS/2017) Em relação à transcrição da citação feita no 1º§ do


texto, leia as afirmativas a seguir.

I. O vocábulo “mas” exerce função de termo que estabelece oposição à


asserção da oração que o antecede.

II. “Entretanto isso não é um gasto, mas um investimento.” é um exemplo de


possível reescrita para o 2º período sem que haja prejuízo semântico.

III. Há um valor contrastivo manifesto pelo enunciador através de unidades


de significado diferentes, apreendida a partir do contexto apresentado.

IV. A expressão feita é uma constatação isenta de subjetividade assegurando,


deste modo, total imparcialidade em relação a um assunto de característica
legal.

Estão corretas apenas as afirmativas


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a) I e II.

b) II e III.

c) I, II e III.

d) I, III e IV.

e) II, III e IV.

22. (IDECAN/MS/2017) Considerando o contexto e as expressões a seguir


destacadas, assinale a afirmativa que apresenta o significado equivalente.

a) “eficiência, eficácia e segurança” / praticabilidade, valência e amparo.

b) “para aquele pleito, existe evidência científica” / há indício científico para


tal demanda.

c) “uma decisão judicial não encontra amparo” / não encontra concisão uma
deliberação legal.

d) “dissonância com as evidências científicas” / em compatibilidade com as


comprovações científicas.

e) “empenhada em facilitar o acesso dos juízes” / compelida na promoção


do ingresso dos magistrados.

23. (IDECAN/MS/2017) Considerando a progressão referencial como


estratégia de construção e reconstrução de objetos do discurso constituindo,
portanto, uma atividade discursiva, leia os comentários a seguir, marque V
para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.

( ) O segmento “Essa base de dados [...]” estabelece uma conectividade com


o parágrafo anterior participando da progressão referencial do texto.

( ) O pronome empregado em “[...] quando isso acontece [...]” (3º§) faz


referência à redução de uma situação inadequada relatada anteriormente.

( ) Em “[...] os magistrados poderão consultá-la antes de tomar decisões.”


(2º§) o pronome pessoal empregado introduz uma explicação em referência
a um objeto introduzido anteriormente no discurso.

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( ) A substituição do pronome, elemento de coesão textual, “o” por “lhe” em


“[...] o esquema a tempo de interrompê-lo.” (5º§) não é facultativa
considerando-se a manutenção da correção gramatical decorrente da mesma.

A sequência está correta em

a) V, F, F, V.

b) F, F, F, V.

c) V, V, F, F.

d) F, F, V, V.

e) V, V, V, F.

24. IDECAN/PREFEITURA DE RIO NOVO DO SUL/2015) Assinale, a seguir, a


única palavra que se apresenta no aumentativo.

a) Beberrão.

b) Avaliação.

c) Associação.

d) População.

25. (IDECAN/INCA/2017) TEXTO – QUESTÕES 25 ATÉ 34

Solidariedade

[...] Não tenho dúvida alguma em afirmar que Karl Marx foi uma
personalidade excepcional, tanto por sua inteligência como por sua
generosidade, pois dedicou a sua vida à luta por um mundo menos injusto.

Graças a homens como ele, as relações de capital e trabalho – que, na


época, eram simplesmente selvagens – mudaram, alcançando as conquistas
que as caracterizam hoje. Marx contribuiu para mudar a sociedade humana,
muito embora o seu sonho da sociedade proletária se tenha frustrado.

Nisso ele errou, e nós, que acreditávamos em suas ideias, erramos com
ele. Isso não significa, porém, que o sonho da sociedade igualitária tenha que

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ser sepultado. Continua vivo e o que importa é encontrar outros meios de


torná-lo realidade. Já alguns países têm avançado nessa direção.

Mas, para que esse avanço prossiga é necessário reconhecer que o sonho
marxista estava errado, ainda que bem-intencionado. Se insistirmos nos
dogmas ditos revolucionários – como a luta de classes e a demonização da
iniciativa privada –, não sairemos do impasse que inviabilizou o regime
comunista onde ele se implantou.

Há que reconhecer que, se sem o trabalhador não se produz riqueza, sem


o empreendedor também não. Entregar o destino da economia a meia dúzia
de burocratas foi um dos equívocos que levaram ao fracasso os regimes
comunistas onde ele se implantou.

Tampouco pode-se negar que o regime capitalista se move essencialmente


pela exploração do trabalho e pela acumulação do lucro. A ambição
desvairada pelo lucro é o mal do capitalismo que deve ser extirpado. E, creio
eu, isso talvez possa ser feito sem violência, uma vez que, de fato, ninguém
necessita de acumular fortunas fantásticas para ser feliz.

A sociedade também não necessita ser irretorquivelmente igualitária,


mesmo porque as pessoas não são iguais. Um perna de pau não deve ganhar
o mesmo que o Neymar, nem o Bill Gates o mesmo que ganha um chofer de
táxi.

E, por falar nisso, para que alguém necessita ter a sua disposição milhões
e milhões de dólares? Para jantar à tripa-forra? Se ele investir esse dinheiro
numa empresa, criando bem e dando emprego às pessoas, tudo bem. Mas
ninguém necessita ter dez automóveis de luxo, vinte casas de campo nem
dezenas de amantes.

Tais fortunas devem ser divididas com outras classes sociais, investidas na
formação cultural e profissional das pessoas menos favorecidas, usadas para
subvencionar hospitais e instituições para atender pessoas idosas e carentes.

Sucede que só avançaremos nessa direção se pusermos de lado os


preconceitos esquerdistas e direitistas, que fomentam o ódio entre as
pessoas.

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Sabem por que Bill Gates deixou a presidência de sua empresa capitalista
para dirigir a entidade beneficente que criou? Porque isso o faz mais feliz, dá
sentido à sua vida.

(Ferreira Gullar. Folha de S. Paulo, 04 de dezembro de 2016.


Adaptado.*Último texto do poeta Ferreira Gullar publicado no dia de sua
morte.)

Considerando a estrutura textual apresentada e o desenvolvimento das ideias


ao longo do texto, assinale a afirmativa correta.

a) A ideia de sociedade igualitária é apresentada a princípio e contestada


mediante argumentação consistente.

b) Em “dogmas ditos revolucionários” ocorre a caracterização de um


conceito a partir de um ponto de vista que compõe a construção da
argumentação textual.

c) A exposição de informações históricas, políticas e econômicas permite


constatar a finalidade textual principal de informar e esclarecer acerca do
assunto abordado.

d) Como ponto central da argumentação textual apresentada está a


constatação de que os ideais marxistas obtiveram conquistas positivas
advindas da luta por um mundo melhor.

26. (IDECAN/INCA/2017) Em “[...] mesmo porque as pessoas não são


iguais.” (7º§) pode-se afirmar que a partir do emprego da expressão “mesmo
porque”

a) há uma função anafórica, reiterando o antecedente exposto.

b) há uma associação de fatos que se relacionam como causa e efeito.

c) pode-se constatar o uso ultraformal da língua, apenas encontrado na


modalidade escrita.

d) ocorre a introdução de um argumento para um ponto de vista expresso


na oração anterior.

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27. (IDECAN/INCA/2017) Em “Se insistirmos nos dogmas ditos


revolucionários – como a luta de classes e a demonização da iniciativa privada
–, não sairemos do impasse que inviabilizou o regime comunista onde ele se
implantou.” (4º§), a vírgula logo após o segundo travessão

a) tem seu emprego justificado já que separa oração adverbial anteposta à


principal, conferindo correção gramatical ao trecho.

b) é facultativa, seu emprego advém da necessidade de ser atribuída uma


maior ênfase à oração imediatamente posposta.

c) é obrigatória e separa objetos pleonásticos conferindo à argumentação a


ênfase necessária à compreensão do discurso apresentado.

d) poderia ser omitida preservando-se a correção gramatical do texto já que


seu emprego tem por objetivo apenas conferir ênfase à informação limitada
pelos travessões.

28. (IDECAN/INCA/2017) A relação de sinonímia entre vocábulos distintos diz


respeito a determinados aspectos semânticos contextuais. Considerando-se
a preservação do sentido original do texto, os vocábulos destacados a seguir
seriam substituídos adequadamente pelas respectivas sugestões, com
EXCEÇÃO de:

a) “[...] que fomentam o ódio entre as pessoas.” (10º§) / incitam

b) “[...] sonho da sociedade proletária se tenha frustrado.” (2º§) /


malogrado

c) “A ambição desvairada pelo lucro é o mal do capitalismo [...]” (6º§) /


frenética

d) “[...] não sairemos do impasse que inviabilizou o regime comunista [...]”


/ (4º§) desaveio

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29. (IDECAN/INCA/2017) De acordo com o texto, a excepcionalidade


atribuída à personalidade de Karl Max advém de um conjunto de argumentos
que incluem:

a) Aspectos cognitivos e altruístas próprios e empregados em favor de ideais


e consequentes resultados práticos.

b) A confirmação e aceitação de erros relacionados às primeiras ideias em


detrimento de um posicionamento irrepreensível.

c) A idealização e posterior concretização de uma sociedade igualitária em


meio a um sistema aparentemente controverso existente na atualidade.

d) O necessário afastamento de ideais de ordem pessoal tendo em vista o


cumprimento de ações que tinham por finalidade instituir uma parceria entre
iniciativa privada e os demais segmentos da sociedade.

30. (IDECAN/INCA/2017) Considerando a ocorrência de uma relação


semântica entre agente, paciente e instrumento da ação verbal, temos a
construção do predicado relacionada com distinções de voz. Deste modo,
assinale, a seguir o trecho selecionado cuja reescrita na voz passiva é
possível:

a) “Nisso ele errou, [...]” (3º§)

b) “Já alguns países têm avançado nessa direção.” (3º§)

c) “[...] se sem o trabalhador não se produz riqueza [...] (5º§)

d) “[...] Karl Marx foi uma personalidade excepcional, [...]” (1º§)

31. (IDECAN/INCA/2017) Tendo em vista os aspectos linguísticos, assinale a


afirmativa correta referente ao trecho selecionado.

a) “A ambição desvairada pelo lucro [...]” (6º§) é um exemplo de ocorrência


da voz passiva identificada pelo emprego da contração “pelo”.

b) As formas destacadas em “mudaram, alcançando as conquistas que as


caracterizam hoje.” (2º§) estão corretas gramaticalmente de acordo com a
concordância estabelecida com o mesmo vocábulo.

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c) Em “Entregar o destino da economia a meia dúzia de burocratas foi um


dos equívocos que levaram ao fracasso os regimes comunistas onde ele se
implantou.” (5º§), “economia” e “levaram” operam sua regência através da
mesma preposição.

d) O emprego de “tampouco” em “Tampouco pode-se negar que o regime


capitalista se move essencialmente pela exploração do trabalho e pela
acumulação do lucro.” (6º§) tem por objetivo conferir ênfase à ideia posterior
e contribuir para a coesão textual, sua omissão manteria o aspecto semântico
original.

32. (IDECAN/INCA/2017) Dentre os elementos que contribuem para a


organização textual estão as formas remissivas, sendo fundamentais para a
construção textual. Dentre as expressões destacadas a seguir, NÃO se trata
de uma expressão referencial anafórica no trecho do texto em que foi
empregada:

a) “[...] o regime comunista onde ele se implantou.” (4º§)

b) “[...] isso talvez possa ser feito sem violência, [...]” (6º§)

c) “[...] o seu sonho da sociedade proletária se tenha frustrado.” (2º§)

d) “[...] que importa é encontrar outros meios de torná-lo realidade.” (3º§)

33. (IDECAN/INCA/2017) Dentre os elementos que conduzem à progressão


textual está a referenciação constituindo a atividade discursiva. Tendo em
vista a retomada como estratégia de referenciação pode-se afirmar acerca
dos termos destacados no trecho: “Graças a homens como ele, as relações
de capital e trabalho – que, na época, eram simplesmente selvagens –
mudaram, alcançando as conquistas que as caracterizam hoje.” (2º§), que:

a) o pronome “ele” introduz no texto um objeto do discurso.

b) “as relações de capital e trabalho” passa a ocupar, no trecho em análise,


o foco do discurso.

c) em “que as caracterizam”, o termo destacado retoma um objeto


discursivo “conquistas”, presente no texto.

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d) em função de retomar um termo já mencionado, o “as” de “as


caracterizam” poderá ser omitido sem que haja prejuízo linguístico ou
alteração semântica.

34. (IDECAN/INCA/2017) Tendo em vista a adequação da linguagem à


situação discursiva, o emprego da expressão “perna de pau” em “Um perna
de pau não deve ganhar o mesmo que o Neymar, nem o Bill Gates o mesmo
que ganha um chofer de táxi.” (7º§), em relação ao texto, indica

a) um afastamento do discurso apresentado quanto ao tipo textual


predominante.

b) nível de formalidade linguística distinto, mas adequado à situação de


produção e intencionalidade textual.

c) a utilização de uma linguagem com um maior nível de afetividade, recurso


argumentativo empregado para esclarecer a tese apresentada.

d) uma relação de proximidade entre os interlocutores com a finalidade de


haver uma igual aproximação quanto ao ponto de vista defendido.

35. (IDECAN/INCA/2017) TEXTO – QUESTÕES 35 ATÉ 44.

Drogas proibidas? Não as químicas.

Na academia, rapazes bombados se injetam produtos para cavalos. Todos


sabem, mas fingem não saber.

O debate sobre drogas é defasado. Não sou consumidor. Mas, aqui do meu
cantinho, vejo que o uso é completamente liberado, mesmo que neguem.
Basta pagar. De vez em quando pegam alguém para fazer barulho. Só. Mas
tudo continua como sempre. Com uma agravante. A ingestão de drogas
químicas com seus efeitos imprevisíveis na saúde é bem maior. Estão na
moda. Algumas são fáceis de comprar, pois nem consideradas drogas são.
Um amigo foi, há uns três anos, a uma festa no Rio de Janeiro. É casado, pai
de filhos – caretíssimo, como se diz. Foi por curiosidade, sempre ouvira falar
de festas loucas. Um bando de amigos se juntou.

– Quero ver como ele fica doidão.

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– Bora nessa.

Serviram um refrigerante batizado. Até hoje ele não sabe com o quê. De
repente, tudo ficou escuro. Abriu os olhos e viu um fio de luz apenas. Os sons
vibraram em sua cabeça. As imagens da festa se transformavam a sua frente.
Via as pessoas como num filme e os risos mais altos. Arrastou-se até a porta.
Entrou no carro, com a convicção de que precisava sair de lá. Até hoje não
sabe como chegou em casa.

Eu, quando vou a festas ou baladas, só tomo refrigerante aberto na minha


frente. Amigos podem achar divertido me ver “louco”. Tenho pressão alta, o
que piora o risco de usar substâncias químicas. O MDMA, por exemplo,
chamado só de MD, é indetectável se misturado numa bebida. Tem o princípio
ativo do ecstasy, sem as anfetaminas. Altera a percepção. Há também o
ecstasy. Deixa quem usa se achando cheio de energia, dançando a noite toda.
Na gíria, chamado de bala. Se você ouviu seu filho adolescente dizer que
experimentou uma bala da hora, suspeito que não foi de hortelã. Nas grandes
casas noturnas, e nas festas itinerantes que se tornaram moda no eixo Rio-
São Paulo, a bala é vendida abertamente. Se até eu sei, a polícia não sabe?
No Brasil tudo se faz, embora tudo seja proibido. Outra na moda é a Ketamina
(Cetamina). Um anestésico poderoso. Leva a transes, alucinações. Misturado
com bebida, não se sabe, tudo pode acontecer. Para comprar tem de ter
receita, difícil de conseguir. Mas tem amplo uso veterinário. É ótimo
anestésico de cavalos. Você tomaria? Tem quem tome e arrase na noite.

Numa linha próxima, há o G (pronuncia-se em inglês: algo como “dji”).


Novamente: se seu filho estiver falando “dji” ao celular, não pense que ele
está melhorando o inglês. Na real, é cola industrial. Inalada. Faz quem usa
se sentir uma máquina na pista de dança. O G passa despercebido, tem um
leve sabor salgado. Vem se tornando cada vez mais usado. Simples: aumenta
o desejo sexual. A pessoa passa horas no sexo.

Imagino o que é botar cola industrial no corpo. Ou anestésico de cavalo. O


fígado deve gritar. Mas, de fato, muita gente é fã de produtos veterinários.
Esses rapazes bombados, de corpo perfeito, frequentemente se injetam
produtos para cavalos. Todo mundo finge que não sabe. Mas, no mundo das
academias, quem não sabe? Um amigo, depois de tornear o corpo, perdeu o
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desejo sexual. Depois de um longo período sem esses produtos, está se


recuperando.

– Nunca mais quero saber disso – afirmou.

Vamos ver. A escolha é entre a barriguinha de tanque e o sexo. Aposto


que prefere a barriguinha.

Nos supermercados há outras alternativas, como benzina. Ou acetona nas


farmácias.

Por isso penso: o debate sobre a legalização das drogas está


completamente ultrapassado. Elas estão aí, à mão. Quem vai proibir alguém
de cuidar do cavalo? Ou procurar cola industrial? Se alguém não conseguir,
outro na mesma turma consegue. Muita gente já morreu nas pistas de dança.
As drogas químicas são a nova onda, e sempre surge uma nova. Pior: um
golpista ou predador sexual habilidoso pode sedar a vítima sem que ela nem
perceba. Portanto, se em uma festa você sentir que as luzes estão mais
coloridas e o som mais vibrante, alô, alô! Alguém pode ter te dado um ácido.
Ah, sim, o ácido lisérgico continua em moda. Desde a década de 1960, só
conquista clientela. Muitas drogas chegam e ficam. A discussão sobre a
maconha, para mim, é obsoleta. Quem quiser pirar, pira. Embora o corpo
derreta.

(WALCYR CARRASCO. Disponível em:


http://epoca.globo.com/sociedade/walcyr-carrasco/noticia/2016/12/drogas-
proibidas-nao-quimicas.html.)

Através da leitura do texto, é correto afirmar que ele se originou através

a) da discussão sobre a legalização da maconha.

b) do uso considerável de drogas químicas em festas.

c) das novas drogas químicas que surgiram no mercado.

d) dos efeitos colaterais provenientes do uso de drogas químicas.

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36. (IDECAN/INCA/2017) De acordo com as informações apresentadas no


texto, assinale a afirmativa INCORRETA.

a) O ecstasy é uma droga tipicamente de festas e usada em casas noturnas.

b) As drogas químicas são comuns em festas e academias, apesar de serem


proibidas.

c) Os anestésicos de cavalo são comuns em academias porque além de


estimular um físico atlético, também estimula o desejo sexual.

d) Nem todas as “drogas químicas” são consideradas como drogas, pois são
encontradas no mercado para outros fins que não sejam de consumo humano.

37. (IDECAN/INCA/2017) Acerca do ponto de vista do autor, é correto afirmar


que:

a) Devido ao uso exacerbado das drogas químicas, deve-se liberar tal uso a
fim de evitar mais um mercado negro no país.

b) Defende a liberação do uso da maconha, visto que não traz prejuízo à


saúde do ser humano como as drogas químicas.

c) As casas noturnas e as academias devem ser mais incisivas quanto ao


monitoramento do uso de drogas químicas em seus recintos.

d) Em comparação ao uso rotineiro e à diversidade de drogas químicas


existentes atualmente, o debate quanto à liberação do uso da maconha
encontra-se arcaico.

38. (IDECAN/INCA/2017) “A discussão sobre a maconha, para mim, é


obsoleta.” (11º§) A palavra em destaque, de acordo com o contexto, pode
ser substituída pelo seguinte par de sinônimos:

a) Arcaica / atualizada.

b) Moderna / antiquada.

c) Retrógrada / inovadora.

d) Ultrapassada / defasada.

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39. (IDECAN/INCA/2017) Em “No Brasil tudo se faz, embora tudo seja


proibido.” (5º§), para manter o sentido do trecho em evidência e a correção
gramatical do texto, o termo “embora” pode ser substituído corretamente
por:

a) Visto que.

b) Conforme.

c) Mesmo que.

d) A menos que.

40. (IDECAN/INCA/2017) Em relação às expressões coloquiais sublinhadas a


seguir, assinale o significado INCORRETO.

a) “Na real, é cola industrial.” 6º§ (Na verdade)

b) É casado, pai de filhos – caretíssimo, como se diz.” 1º§ (contemporâneo)

c) “A escolha é entre a barriguinha de tanque e o sexo.” 9º§ (o abdômen


definido)

d) “As drogas químicas são a nova onda, e sempre surge uma nova.” 11º§
(nova moda)

41. (IDECAN/INCA/2017) “Pior: um golpista ou predador sexual habilidoso


pode sedar a vítima sem que ela nem perceba. Portanto, se em uma festa
você sentir que as luzes estão mais coloridas e o som mais vibrante, alô, alô!”
(11º§) O elemento coesivo “portanto” inicia uma oração que exprime a ideia
de

a) Contraste.

b) Conclusão.

c) Explicação.

d) Acrescentamento.

42. (IDECAN/INCA/2017) Leia os trechos do 4º§ a seguir:

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“As imagens da festa se transformavam a sua frente.”

“Serviram um refrigerante batizado.”

“Abriu os olhos e viu um fio de luz apenas.”

Em relação aos trechos destacados e à classificação sintática, analise as


afirmativas a seguir.

I. O fragmento “As imagens da festa” classifica-se, sintaticamente, como


sujeito composto do verbo “transformar”.

II. O verbo “servir” é classificado, sintaticamente, como transitivo direto.

III. O fragmento “os olhos”, no período, é complemento do verbo “abrir” e


classifica-se, portanto, como objeto direto.

Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)

a) I, II e III.

b) I, apenas.

c) I e II, apenas.

d) II e III, apenas.

43. (IDECAN/INCA/2017) Quanto aos termos sublinhados, assinale a


alternativa que apresenta o referente INCORRETO.

a) “Na gíria, chamado de bala.” (5º§) / ecstasy.

b) “Quero ver como ele fica doidão.” (2º§) / um amigo.

c) “Um anestésico poderoso.” (5º§) / substância química.

d) “Algumas são fáceis de comprar, pois nem consideradas drogas são.”


(1º§) / drogas químicas.

44. (IDECAN/INCA/2017) “Por isso penso: o debate sobre a legalização das


drogas está completamente ultrapassado.” (11º§) O uso de dois-pontos ( : )
no trecho em destaque foram utilizados para anunciar:

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a) Uma causa.

b) Uma explicação enumerativa.

c) Uma síntese sobre o que foi exposto anteriormente.

d) Uma informação ligada ao que foi anunciado anteriormente.

45. (IDECAN/UFPB/2016) TEXTO P/QUESTÕES 45 ATÉ 50:

Meu filho e seus ídolos

Todas as épocas têm os seus ídolos juvenis. Principalmente depois do


fenômeno da comunicação de massa, pessoas como James Dean ou Elvis
Presley, para falar de astros de outros tempos, ou como Sandy e Junior e os
Backstreet Boys, fenômenos mais recentes, arrastam multidões de jovens aos
seus shows. E não só isso. Além de frequentarem os shows, os jovens são
capazes de atitudes muito mais drásticas, como passar dias em uma fila para
comprar ingresso, fazer plantão na frente do hotel ou da casa do cantor
simplesmente para dar uma olhadinha a distância. Em casa, as paredes do
quarto são forradas de pôsteres, revistas são consumidas aos milhares,
álbuns são confeccionados com devoção e programas de TV são ansiosamente
esperados apenas para assistir a uma rápida aparição do ídolo.

Muitos pais se perguntam: o que essas pessoas têm de tão especial para
atrair a atenção de tantos jovens? A primeira e mais óbvia resposta é que
todos esses astros, mais do que qualquer outro mortal, detêm objetos de
desejo de nossa cultura ocidental, como fama, sucesso, beleza, dinheiro etc.
Isso, porém, não justificaria as atitudes que os adolescentes são capazes de
tomar em relação a cantores, atores ou jogadores de futebol. Se a tietagem
se justificasse apenas pela admiração de certas características dos artistas
(como a beleza, por exemplo), esse comportamento de fã não pareceria tão
restrito à juventude. Isso pode nos indicar que esse fenômeno tem a ver com
a própria adolescência.

A adolescência traz desafios importantes para o jovem. Além de ser uma


fase em que deixamos de ser criança e nos preparamos para a vida adulta, a
convivência social tem um grande peso. Por vezes, aos olhos dos pais, os
filhos dão mais importância aos amigos e suas opiniões do que à própria
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família. Não é incomum ouvir pais de adolescentes reclamando que os filhos


só ouvem, vestem, assistem e gostam daquilo que os amigos ouvem, vestem,
assistem e gostam. O que os pais têm dificuldade de entender são as
transformações típicas que se operam nessa fase. O preparo para a vida
adulta envolve uma espécie de libertação das opiniões familiares. É como se
o jovem tivesse uma necessidade de se desligar daquela dependência infantil
e encontrar sua própria identidade. Onde encontrar essa identidade?
Primeiro, no grupo social mais próximo, ou seja, nos amigos. Depois, em
outras pessoas. E é aí que entram os ídolos da juventude.

Essas pessoas famosas representam uma série de características


valorizadas pelos adolescentes: às vezes a rebeldia ou a aparente
independência; às vezes a beleza ou a fama. Além de representarem esses
valores, os ídolos parecem, aos olhos do fã, pessoas que conseguem
materializar seus sonhos, que conseguem tudo o que querem. Por isso esse
interesse fora do comum por tudo que se passa com eles.

Sob esse ponto de vista, ter ídolos é algo absolutamente normal. Torna-se
preocupante, no entanto, quando esse interesse passa a ser o foco central do
adolescente, quando a sua vida gira completamente em torno do seu ídolo e
ser fã passa a ser a sua principal e única ocupação. Nesses casos, é
importante que os pais estejam atentos para impedir que a admiração do filho
vire uma obsessão e ajudá-lo a lidar de forma mais saudável com a admiração
que sente por alguma pessoa famosa.

Porém, quando esse interesse não interfere na vida do adolescente, não há


por que se preocupar. Pode ser até uma oportunidade para que os pais
conheçam melhor seus filhos. Discutir sobre os gostos, os desejos, enfim, as
preferências dos adolescentes nessa fase pode ser uma experiência muito rica
para os pais. Até porque quem de nós nunca teve seu ídolo?

(DELY, Paula. Meu filho e seus ídolos. Disponível em:


http://www.aprendebrasil.com.br/falecom/psicologa_artigo027.asp. Acesso
em: 05/07/2011. Adaptado.)

É correto afirmar que o texto em questão

a) trata da relação entre a adolescência e os ídolos.


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b) refere-se à importância dos ídolos em qualquer idade

c) aborda tudo o que um adolescente precisa ter para ser um ídolo.

d) ressalta a falta de compreensão dos pais em relação à adolescência.

46. (IDECAN/UFPB/2016) De acordo com a opinião da autora, é normal ter


ídolos?

a)Sim, afinal quem de nós nunca teve seu ídolo?

b) Não, porque a admiração sempre se torna uma obsessão.

c)Não, pois ser fã passa a ser a principal e única ocupação do adolescente.

d) Sim, pois os ídolos trazem desafios e transformações importantes para o


jovem.

47. (IDECAN/UFPB/2016) Segundo o texto, os ídolos têm de especial os


seguintes requisitos para atrair a atenção dos jovens, EXCETO:

a) Fama.

b) Beleza.

c) Sucesso.

d) Reconhecimento.

48. (IDECAN/UFPB/2016) No trecho “Essas pessoas famosas representam


uma série de características valorizadas pelos adolescentes: às vezes a
rebeldia ou a aparente independência; às vezes a beleza ou a fama. ” (4º§),
as expressões “às vezes” e “ou” conferem ao período ideia de,
respectivamente:

a) Tempo e alternância.

b) Somatório de ideias e escolha.

c) Alternância de tempo e espaço.

d) Consequência e oposição de ideias no espaço.

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49. (IDECAN/UFPB/2016) No trecho “A adolescência traz desafios


importantes para o jovem. ” (3º§), o termo “importantes” pode ser
substituído, sem alteração de sentido, por

a) básicos.

b) simples.

c) comuns.

d) essenciais.

50. (IDECAN/UFPB/2016) No trecho “O que os pais têm dificuldade de


entender são as transformações típicas que se operam nessa fase.” (3º§), o
termo “típicas” significa

a) obscuras.

b) particulares.

c) complicadas.

d) espontâneas.

51. (IBFC/POLÍCIA CIENTÍFICA-PR/2017)

Texto I

Afinal: o que é a “morte cerebral”?

A declaração de morte cerebral é um conceito relativamente novo na medicina


e envolve o preenchimento de critérios clínicos e laboratoriais

O cérebro humano é o órgão que nos torna únicos. Possibilita que


pensemos, falemos e organiza, de uma forma ou outra, todo nosso consciente
e inconsciente. Claro, todos os órgãos são relevantes, e, sem o conjunto, não
poderíamos funcionar de maneira adequada. Mas a verdade é que, do ponto
de vista evolutivo, todos os órgãos desenvolveram-se para permitir manter
um cérebro cada vez mais exigente e complexo. Aprimoraram-se os
mecanismos de defesa, de alimentação, de locomoção, entre outros, para que
as sensações e ordens trabalhadas no cérebro fossem elaboradas.

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E quando o cérebro deixa de funcionar, ou seja, morre, todas as outras


funções deixam de ser necessárias; muitas delas ficam descoordenadas pela
simples falta da atividade cerebral adequada.

Até pouco tempo atrás, o indivíduo morria quando seu coração parava de
bater. Hoje sabemos que o indivíduo está morto quando seu cérebro morre.
Mas, não há muito tempo, também achávamos que as sensações (o amor,
por exemplo), emanavam do coração.

Apesar disto parecer “bom senso”, o conceito de “morte cerebral” e seu


adequado diagnóstico são tópicos recentes e datam de apenas algumas
décadas. A necessidade de conceituar formalmente a “morte cerebral” ou
“morte encefálica” tomou impulso quando se iniciou a era dos transplantes
de órgãos, e tornou-se necessário protocolizar seu diagnóstico, já que
indivíduos com morte cerebral poderiam então ser considerados possíveis
doadores.

Existem algumas diferenças para a defnição de morte cerebral em


diferentes países, mas muitos aspectos são comuns. Em primeiro lugar, o
indivíduo deve ter algumas características clínicas, que são facilmente
reconhecidas por um neurologista: falta de reação à dor, falta de
movimentação, ausência de respiração, pupilas dilatadas e não responsivas à
luz etc. Claro, o indivíduo não pode ter recebido nenhuma medicação nas 24
horas anteriores que possa causar isto. Cada um destes aspectos foi
regulamentado: ver se o paciente respira, ver a reação à dor, as pupilas etc,
de modo que a avaliação pudesse ser replicada, independente do ambiente
em que o indivíduo esteja. [...]

Uma vez defnida adequadamente a morte encefálica, o indivíduo poderá


ter seus órgãos doados (caso tenha havido consentimento para tal), um ato
que possivelmente poderá ajudar a salvar várias vidas. A partir deste
momento, as medidas de suporte de vida são, em tese, desnecessárias.

(Disponível: http://veja.abril.com.br/blog/letra-de-medico/afnal-o-quee-a-
morte-cerebral/ Acesso em: 07/02/17)

Em “Aprimoram-se os mecanismos de defesa, de alimentação, de locomoção”


(1º§), o verbo destacado está flexionado no plural concordando com:
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a) o sujeito “eles” que se encontra oculto.

b) o núcleo do sujeito simples “mecanismos”.

c) o sujeito composto “de defesa, de alimentação, de locomoção”.

d) o pronome “se” que o acompanha indicando sujeito indeterminado.

e) os complementos verbais “de defesa, de alimentação, de locomoção”.

52. (IBFC/MGS/2017)

Texto I

Paternidade Responsável

Quantos filhos você gostaria de ter?

Ao responder a essa pergunta com certeza uma outra vai passar pela sua
cabeça: “Será que vou conseguir sustentar um filho?”.

Certamente você gostaria de ter tantos filhos quantos pudesse sustentar,


garantindo-lhes uma boa escola, um lugar com algum conforto para morar e
remédios quando necessários.

Segundo especialistas, pode ser perigoso para a mãe a para a criança


engravidar durante a adolescência porque o corpo da menina ainda não está
preparado para o parto. Problemas como a gestante adolescente apresentar
anemia ou o bebê nascer prematuramente são comuns.Além de eventuais
problemas de saúde, tem-se um problema de ordem social: como sustentar
uma criança, já que, para tanto, o adolescente, se não contar com a ajuda
dos pais ou responsáveis, terá de abandonar a escola?

Desesperadas, muitas jovens acabam optando pelo aborto. Vale lembrar


que, salvo raras exceções (estupro ou risco de morte para a mãe), o aborto
no Brasil, é considerado crime. A mulher recorre, então, a clínicas
clandestinas, sem fiscalização, e põe sua saúde em risco. Quem não tem
condições de pagar tais clínicas faz uso de métodos ainda mais precários.

Isso acontece, em parte, porque não existe no Brasil um projeto amplo de


planejamento familiar que assegure aos mais pobres o direito de decidir
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quantos filhos desejam ter. Assim, muitos casais têm quatro, seis, dez filhos,
quando, na verdade, conseguiriam sustentar apenas um ou dois.

(DIMENSTEIN, Gilberto. O cidadão de Papel. Ed. Ática. São Paulo, 2011, p.


106)

A forma verbal “gostaria”, presente no primeiro parágrafo, está flexionada no


seguinte tempo verbal:

a) futuro do pretérito.

b) pretérito perfeito.

c) pretérito imperfeito.

d) futuro do presente.

53. (IBFC/MGS/2017)

Texto – Questões 53 e 54

O retrato

(Ivan Angelo)

O homem, de barba grisalha mal-aparada, vestindo jeans azuis, camisa


xadrez e jaqueta de couro, sentou-se no banquinho alto do balcão do
botequim e ficou esperando sem pressa que o rapaz viesse atendê-lo. O rapaz
fazia um suco de laranjas para o mecânico que comia uma coxa de frango
fria. O homem tirou uma caderneta do bolso, extraiu de dentro dela uma
fotografia e pôs-se a olhá-la. Olhou-a tanto e tão fixamente que seus olhos
ficaram vermelhos. Contraiu os lábios, segurando-se para não chorar; a cara
contraiu-se como uma máscara de teatro trágico. O rapaz serviu o suco e
perguntou ao homem o que ele queria. O homem disse “nada não, obrigado”,
guardou a foto, saiu do botequim e desapareceu.

No trecho “O homem tirou uma caderneta do bolso, extraiu de dentro dela


uma fotografia e pôs-se a olhá - la.”, o verbo encontra-se no singular pois
concorda com a seguinte palavra:

a) caderneta.
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b) bolso.

c) fotografia.

d) homem.

54. (IBFC/MGS/2017) Na oração ‘O homem disse “nada não, obrigado”’, o


verbo encontra-se flexionado no pretérito perfeito do modo Indicativo.
Assinale a opção em que se reescreve a oração com o verbo no tempo
presente do Indicativo.

a) O homem diz “nada não, obrigado.

b) O homem diria “nada não, obrigado.

c) O homem dirá “nada não, obrigado.

d) O homem dizia “nada não, obrigado.

55. (IBFC/AGERBA/2017)

Texto

Primeira classe

(Moacyr Scliar)

Durante anos, o homem teve um sonho: queria viajar de avião na primeira


classe. Na classe econômica, ele, executivo de uma empresa multinacional,
era um passageiro habitual; e, quando via a aeromoça fechar a cortina da
primeira classe, quando ficava imaginando os pratos e as bebidas que lá
serviam, mordia-se de inveja. Talvez por causa disso trabalhava
incansavelmente; subiu na vida, chegou a um cargo de chefa que, entre
outras coisas, dava-lhe o direito à primeira classe nos voos.

E assim, um dia, ele embarcou de Nova Délhi, onde acabara de concluir um


importante negócio, para Londres. E seu lugar era na primeira classe. Seu
sonho estava se realizando. Tudo era exatamente como ele imaginava:
coquetéis de excelente quantidade, um jantar que em qualquer lugar seria
considerado um banquete. Para cúmulo da sorte, o lugar a seu lado estava
vazio.
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Ou pelo menos estava no começo do voo. No meio da noite acordou e, para


sua surpresa, viu que o lugar estava ocupado. Achou que se tratava de um
intruso; mas, em seguida, deu-se conta de que algo anormal ocorria: várias
pessoas estavam ali, no corredor, chorando e se lamentando. Explicável: a
passageira a seu lado estava morta. A tripulação optara por colocá-la na
primeira classe exatamente porque, naquela parte do avião, havia menos
gente.

Sua primeira reação foi exigir que removessem o cadáver. Mas não podia
fazer uma coisa dessas, seria muita crueldade. Por outro lado, ter um corpo
morto a seu lado horrorizava-o. Não havendo outros lugares vagos na
primeira classe, só lhe restava uma alternativa: levantou-se e foi para a
classe econômica, para o lugar que a morta, havia pouco, ocupara. Ou seja,
ao invés de um upgrade, ele tinha recebido, ainda que por acaso, um
downgrade.

Ali ficou, sem poder dormir, claro. Porque, depois que se experimenta a
primeira classe, nada mais serve. Finalmente, o avião pousou, e ele,
arrasado, dirigiu-se para a saída, onde o esperavam os parentes da falecida
para agradecer-lhe. Disse um deles, que se identificou como filho da senhora:
“Minha mãe sempre quis viajar de primeira classe. Só conseguiu morta graças
à sua compreensão. Deus lhe recompensará”.

Que tem seu lugar garantido no céu, isso ele sabe. Só espera chegar lá
viajando de primeira classe. E sem óbitos durante o voo.

A flexão de alguns verbos, sobretudo os irregulares, pode causar confusão. O


verbo “quis”, presente em “Minha mãe sempre quis viajar” (5º§) é um
exemplo típico. Nesse sentido, assinale a alternativa em que se indica
INCORRETAMENTE a sua flexão.

a) queres – Presente do Indicativo.

b) queria – Futuro do Pretérito do Indicativo.

c) quisera – Pretérito mais-que-perfeito do Indicativo.

d) queira – Presente do Subjuntivo.

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e) quisesse – Pretérito Imperfeito do Subjuntivo.

56. (IBFC/EBSERH/2017)

Texto

Há algum tempo venho afinando certa mania. Nos começos chutava tudo
o que achava. [...] Não sei quando começou em mim o gosto sutil. [...]

Chutar tampinhas que encontro no caminho. É só ver a tampinha. Posso


diferenciar ao longe que tampinha é aquela ou aquela outra. Qual a marca
(se estiver de cortiça para baixo) e qual a força que devo empregar no chute.
Dou uma gingada, e quase já controlei tudo. [...] Errei muitos, ainda erro. É
plenamente aceitável a ideia de que para acertar, necessário pequenas
erradas. Mas é muito desagradável, o entusiasmo desaparecer antes do
chute. Sem graça.

Meu irmão, tino sério, responsabilidades. Ele, a camisa; eu, o avesso. Meio
burguês, metido a sensato. Noivo...

- Você é um largado. Onde se viu essa, agora! [...]

Cá no bairro minha fama andava péssima. Aluado, farrista, uma porção de


coisas que sou e que não sou. Depois que arrumei ocupação à noite, há
senhoras mães de família que já me cumprimentaram. Às vezes, aparecem
nos rostos sorrisos de confiança. Acham, sem dúvida, que estou melhorando.

- Bom rapaz. Bom rapaz.

Como se isso estivesse me interessando...

Faço serão, fco até tarde. Números, carimbos, coisas chatas. Dez, onze
horas. De quando em vez levo cerveja preta e Huxley. (Li duas vezes o
“Contraponto” e leio sempre). [...]

Dia desses, no lotação. A tal estava a meu lado querendo prosa. [...] Um
enorme anel de grau no dedo. Ostentação boba, é moça como qualquer outra.
Igualzinho às outras, sem diferença. E eu me casar com um troço daquele?
[...] Quase respondi...
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- Olhe: sou um cara que trabalha muito mal. Assobia sambas de Noel com
alguma bossa. Agora, minha especialidade, meu gosto, meu jeito mesmo, é
chutar tampinhas da rua. Não conheço chutador mais fno.

(ANTONIO, João. Afinação da arte de chutar tampinhas. In: Patuleia: gentes


de rua. São Paulo: Ática, 1996)

Vocabulário:

Huxley: Aldous Huxley, escritor britânico mais conhecido por seus livros de
ficção científica.

Contraponto: obra de ficção de Huxley que narra a destruição de valores do


pós-guerra na Inglaterra, em que o trabalho e a ciência retiraram dos
indivíduos qualquer sentimento e vontade de revolução.

A locução verbal “venho afinando”, presente no primeiro período do texto,


constrói um sentido de ação:

a) passada e concluída.

b) que ainda será realizada.

c) pontual e ocorrida no presente.

d) com ideia de continuidade.

e) passada que não mais se realiza.

57. (IBFC/EBSERH/2017)

Texto I

Vivendo e...

Eu sabia fazer pipa e hoje não sei mais. Duvido que se hoje pegasse uma
bola de gude conseguisse equilibrá-la na dobra do dedo indicador sobre a
unha do polegar, e quanto mais jogá-la com a precisão que eu tinha quando
era garoto. Outra coisa: acabo de procurar no dicionário, pela primeira vez,
o significado da palavra “gude”. Quando era garoto nunca pensei nisso, eu
sabia o que era gude. Gude era gude.

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Juntando-se as duas mãos de um determinado jeito, com os polegares


para dentro, e assoprando pelo buraquinho, tirava-se um silvo bonito que
inclusive variava de tom conforme o posicionamento das mãos. Hoje não sei
que jeito é esse. [...]

(VERÍSSIMO, Luis Fernando. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro:


Objetiva. 2001)

Utilize o Texto I para responder a questão.

Os verbos “sabia” e “Duvido”, no início do texto, apontam para dois momentos


distintos na vida do narrador. Tais verbos estão flexionados, respectivamente,
no:

a) pretérito perfeito e presente.

b) pretérito mais-que-perfeito e pretérito perfeito.

c) pretérito perfeito e futuro do pretérito.

d) pretérito imperfeito e futuro do pretérito.

e) pretérito imperfeito e presente.

58. (IBFC/EBSERH/2017)

Considere o fragmento abaixo para responder à questão seguinte.

“Juntando-se as duas mãos de um determinado jeito, com os polegares para


dentro, e assoprando pelo buraquinho, tirava-se um silvo bonito que inclusive
variava de tom conforme o posicionamento das mãos.” (2º§)

Os verbos que se encontram na forma nominal de gerúndio contribuem para


a representação de uma ação que sinaliza:

a) um processo.

b) uma interrupção.

c) um passado remoto.

d) uma possibilidade.

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e) uma descontinuidade.

59. (IBFC/EBSERH/2017)

Texto

Minhas

Maturidade

Circunspecção, siso, prudência.

(Mario Prata)

É o que o homem pensa durante anos, enquanto envelhece. Já está perto


dos 50 e a pergunta ainda martela. Um dia ele vai amadurecer.

Quando um homem descobre que não é necessário escovar os dentes com


tanta rapidez, tenha certeza, ele virou um homem maduro. Só sendo mesmo
muito imaturo para escovar os dentes com tanta pressa.

E o amarrar do sapato pode ser mais tranquilo, arrumando-se uma posição


menos incômoda, acertando as pontas.

[...]

Não sente culpa de nada. Mas, se sente, sofre como nunca. Mas já é capaz
de assistir à sessão da tarde sem a culpa a lhe desviar a atenção.

É um homem mais bonito, não resta a menor dúvida.

Homem maduro não bebe, vai à praia.

Não malha: a malhação denota toda a imaturidade de quem a faz. Curtir o


corpo é ligeiramente imaturo.

Nada como a maturidade para perceber que os intelectuais de esquerda


estão, finalmente, acabando. Restam uns cinco.

Sorri tranquilo quando pensa que a pressa é coisa daqueles imaturos.

O homem maduro gosta de mulheres imaturas. Fazer o quê?

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Muda muito de opinião. Essa coisa de ter sempre a mesma opinião, ele já
foi assim.

[...]

Se ninguém segurar, é capaz do homem maduro ficar com mania de apagar


as luzes da casa.

O homem maduro faz palavras cruzadas!

Se você observar bem, ele começa a implicar com horários.

A maturidade faz com que ele não possa mais fazer algumas coisas. Se pega
pensando: sou um homem maduro. Um homem maduro não pode fazer isso.

O homem maduro começa, pouco a pouco, a se irritar com as pessoas


imaturas.

Depois de um tempo, percebe que está começando é a sentir inveja dos


imaturos.

Será que os imaturos são mais felizes?, pensa, enquanto começa a escovar
os dentes depressa, mais depressa, mais depressa ainda.

O homem maduro é de uma imaturidade a toda prova. Meu Deus, o que


será de nós, os maduros?

Considere o fragmento abaixo para responder à questão seguinte:

“Depois de um tempo, percebe que está começando é a sentir inveja dos


imaturos.” (17º§)

A presença do verbo “começando” permite ao leitor inferir a seguinte postura


do maduro.

a) sempre sentiu inveja dos imaturos.

b) acha que a vida dos imaturos é pior.

c) nunca desejou a vida dos imaturos.

d) espera que sua vida madura melhore.

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e) acreditava antes que sua vida era melhor.

60. (IBFC/MGS/2016)

Uma Vela para Dario

(Dalton Trevisan)

Dario vinha apressado, guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou


a esquina, diminuiu o passo até parar, encostando-se à parede de uma casa.
Por ela escorregando, sentou-se na calçada, ainda úmida de chuva, e
descansou na pedra o cachimbo.

Dois ou três passantes rodearam-no e indagaram se não se sentia bem. Dario


abriu a boca, moveu os lábios, não se ouviu resposta. O senhor gordo, de
branco, sugeriu que devia sofrer de ataque.

Ele reclina-se mais um pouco, estendido agora na calçada, e o cachimbo tinha


apagado. O rapaz de bigode pediu aos outros que se afastassem e o
deixassem respirar. Abre-lhe o paletó, o colarinho, a gravata e a cinta.
Quando lhe tiram os sapatos, Dario rouqueja feio, bolhas de espuma surgiram
no canto da boca.

Cada pessoa que chega ergue-se na ponta dos pés, não o pode ver. Os
moradores da rua conversam de uma porta à outra, as crianças de pijama
acodem à janela. O senhor gordo repete que Dario sentou-se na calçada,
soprando a fumaça do cachimbo, encostava o guarda-chuva na parede. Mas
não se vê guarda-chuva ou cachimbo ao seu lado.

A velhinha de cabeça grisalha grita que ele está morrendo. Um grupo o


arrasta para o táxi da esquina. Já no carro a metade do corpo, protesta o
motorista: quem pagaria a corrida? Concordam chamar a ambulância. Dario
conduzido de volta e recostado à parede - não tem os sapatos nem o alfinete
de pérola na gravata.

Alguém informa da farmácia na outra rua. Não carregam Dario além da


esquina; a farmácia é no fim do quarteirão e, além do mais, muito peso. É
largado na porta de uma peixaria. Enxame de moscas lhe cobre o rosto, sem
que faça um gesto para espantá-las.

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Ocupado o café próximo pelas pessoas que apreciam o incidente e, agora,


comendo e bebendo, gozam as delícias da noite. Dario em sossego e torto no
degrau da peixaria, sem o relógio de pulso.

Um terceiro sugere lhe examinem os papéis, retirados - com vários objetos -


de seus bolsos e alinhados sobre a camisa branca. Ficam sabendo do nome,
idade; sinal de nascença. O endereço na carteira é de outra cidade.

Registra-se correria de uns duzentos curiosos que, a essa hora, ocupam toda
a rua e as calçadas: era a polícia. O carro negro investe a multidão. Várias
pessoas tropeçam no corpo de Dario, pisoteado dezessete vezes.

O guarda aproxima-se do cadáver, não pode identificá- lo — os bolsos vazios.


Resta na mão esquerda a aliança de ouro, que ele próprio quando vivo - só
destacava molhando no sabonete. A polícia decide chamar o rabecão.

A última boca repete — Ele morreu, ele morreu. A gente começa a se


dispersar. Dario levou duas horas para morrer, ninguém acreditava estivesse
no fim. Agora, aos que alcançam vê-lo, todo o ar de um defunto.

Um senhor piedoso dobra o paletó de Dario para lhe apoiar a cabeça. Cruza
as mãos no peito. Não consegue fechar olho nem boca, onde a espuma sumiu.
Apenas um homem morto e a multidão se espalha, as mesas do café ficam
vazias. Na janela alguns moradores com almofadas para descansar os
cotovelos.

Um menino de cor e descalço veio com uma vela, que acende ao lado do
cadáver. Parece morto há muitos anos, quase o retrato de um morto
desbotado pela chuva.

Fecham-se uma a uma as janelas. Três horas depois, lá está Dario à espera
do rabecão. A cabeça agora na pedra, sem o paletó. E o dedo sem a aliança.
O toco de vela apaga-se às primeiras gotas da chuva, que volta a cair.

Em “O toco de vela apaga-se às primeiras gotas da chuva, que volta a cair.”


(14°§), considerando as vozes do verbo, pode-se reescrever, corretamente,
o trecho em destaque da seguinte forma:

a) O toco de vela é apagado

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b) O toco de vela apaga a si mesmo

c) Apagam o toco de vela

d) O toco de vela pode ser apagado

61. (IBFC/MGS/2016)

Texto I

Mundo interior

(Martha Medeiros)

A casa da gente é uma metáfora da nossa vida, é a representação exata


e fiel do nosso mundo interior. Li esta frase outro dia e achei perfeito. Poucas
coisas traduzem tão bem nosso jeito de ser como nosso jeito de morar. Isso
não se aplica, logicamente, aos inquilinos da rua, que têm como teto um
viaduto, ainda que eu não duvide que até eles sejam capazes de ter seus
códigos secretos de instalação.

No entanto, estamos falando de quem pode ter um endereço digno, seja


seu ou de aluguel. Pode ser um daqueles apartamentos amplos, com pé
direito alto e preço mais alto ainda, ou um quarto-e-sala tão compacto quanto
seu salário: na verdade, isso determina apenas seu poder aquisitivo, não
revela seu mundo interior, que se manifesta por meio de outros valores.

Da porta da rua pra dentro, pouco importa a quantidade de metros


quadrados e, sim, a maneira como você os ocupa. Se é uma casa colorida ou
monocromática. Se tem objetos obtidos com afeto ou se foi tudo escolhido
por um decorador profissional. Se há fotos das pessoas que amamos
espalhadas por porta-retratos ou se há paredes nuas.

Tudo pode ser revelador: se deixamos a comida estragar na geladeira, se


temos a mania de deixar as janelas sempre fechadas, se há muitas coisas por
consertar. Isso também é estilo de vida.

Luz direta ou indireta? Tudo combinadinho ou uma esquizofrenia saudável


na junção das coisas? Tudo de grife ou tudo de brique? É um jogo lúdico
tentar descobrir o quanto há de granito e o quanto há de madeira na nossa

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personalidade. Qual o grau de importância das plantas no nosso habitat, que


nota daríamos para o quesito vista panorâmica? Quadros tortos nos enervam?
Tapetes rotos nos comovem?

Há casas em que tudo o que é aparente está em ordem, mas reina a


confusão dentro dos armários. Há casas tão limpas, tão lindas, tão perfeitas
que parecem cenários: faz falta um cheiro de comida e um som vindo lá do
quarto. Há casas escuras. Há casas feias por fora e bonitas por dentro. Há
casas pequenas onde cabem toda a família e os amigos, há casas com lareira
que se mantêm frias. Há casas prontas para receber visitas e impróprias para
receber a vida. Há casas com escadas, casas com desníveis, casas
divertidamente irregulares.

Pode parecer apenas o lugar onde a gente dorme, come e vê televisão,


mas nossa casa é muito mais que isso. É a nossa caverna, o nosso castelo, o
esconderijo secreto onde coabitamos com nossos defeitos e virtudes.

Em “Li esta frase outro dia e achei perfeito.” (1°§), os verbos destacados
expressam uma noção de tempo:

a) presente

b) passado

c) futuro

d) hipotético

62. (IBFC/CÂMARA MUNICIPAL DE ARARAQUARA-SP/2016)

QUESTÕES 62 E 63

O estudo científico da comunicação: avanços teóricos e


metodológicos ensejados pela escola latino-americana

INTRODUÇÃO

A sociedade moderna está cercada de todos os lados pelos vários sistemas de


comunicação. Estudar a comunicação social é uma necessidade atual de todos
os povos em qualquer parte do mundo. Conhecer e dominar os sistemas de
informação e da comunicação é indispensável no mundo globalizado. Estamos
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iniciando os últimos passos para a saída do século XX e os primeiros para a


entrada do século XXI. Neste período de transição o ser humano vive
momentos de incertezas da comunicação e de (in)comunicação, das crises
políticas, culturais, econômicas e religiosas. As distâncias na sociedade
contemporânea estão cada vez mais próximas, quer seja pelos modernos
meios de transporte ou pelas telecomunicações via satélite, Internet, etc.
Com as novas tecnologias, a velocidade da informação e o processo
comunicacional tomam-se cada vez mais complexos e conseqüentemente de
mais difícil compreensão.

No início do século XX o impacto sociocultural e econômico se deu com a


revolução industrial. O século XXI está chegando sob o impacto da revolução
dos meios de comunicação e das novas tecnologias da informação. É inegável
a importância dos meios de comunicação social e sua influência na complexa
sociedade globalizada. Desta forma, estudaras mídias passou a ser uma
prioridade no campo das interações sociais. É necessário investigar,
compreender e formular teorias de comunicação que possam atender os
interesses da sociedade no mundo globalizado. Em busca desse objetivo
resolvemos fazer algumas reflexões sobre os paradigmas existentes e tentar
abrir algumas brechas que possam contribuir na formatação de novos
ingredientes colaboradores do processo de interpretação e explicação da
realidade atual. É neste mundo globalizado que o homem vive atualmente e
dele retira as informações que irão contribuir para ampliação dos seus
conhecimentos e das suas experiências.

http://www2.metodista.br/unesco/PCLA/revista6/artiao%206-3.htm -
acesso em 03/05/2016.

Leia as opções abaixo e indique a que altera a conjugação para o tempo futuro
de maneira correta.

É necessário investigar, compreender e formular teorias de comunicação que


possam atender os interesses da sociedade no mundo globalizado.

a) Será necessário investigar, compreender e formular teorias de


comunicação que possam atender os interesses da sociedade no mundo
globalizado.

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b) Serão necessário investigar, compreender e formular teorias de


comunicação que possam atender os interesses da sociedade no mundo
globalizado.

c) Há a necessidade de investigar, compreender e formular teorias de


comunicação que possam atender os interesses da sociedade no mundo
globalizado.

d) Seria necessário investigar, compreender e formular teorias de


comunicação que possam atender os interesses da sociedade no mundo
globalizado.

63. (IBFC/CÂMARA MUNICIPAL DE ARARAQUARA-SP/2016) Estamos


iniciando os últimos passos para a saída do século XX e os primeiros para a
entrada do século XXI.

a) Iniciaremos os últimos passos para a saída do século XX e os primeiros


para a entrada do século XXI.

b) Iniciamos os últimos passos para a saída do século XX e os primeiros para


a entrada do século XXI.

c) Iniciarei os últimos passos para a saída do século XX e os primeiros para


a entrada do século XXI.

d) Ao iniciarmos os últimos passos para a saída do século XX e os primeiros


para a entrada do século XXI.

64. (IBFC/CÂMARA MUNICIPAL DE ARARAQUARA-SP/2016)

COMUNIDADES - DAS PRIMEIRAS ÀS NOVAS LEITURAS DO


CONCEITO

(...)

Por meio dos autores reunidos por Fernandes, percebe-se que a ideia de
comunidade remete ao sentimento de vida em comum fundado nas relações
de parentesco e vizinhança, baseado na reciprocidade, norteado por laços
afetivos que ligam indivíduos que convivem em um mesmo espaço físico e
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nele adquirem os recursos básicos para a sua subsistência. Cada um dos


autores apresentados por Fernandes atribui valor a um ou outro dos atributos.
Mas, se pudéssemos identificar um tipo ideal de comunidade, no sentido
weberiano do termo, a partir dos diversos autores reunidos por Fernandes,
esta teria: base territorial comum, fortes laços afetivos, reciprocidade,
autonomia política e econômica e subordinação do individual ao social.

Já uma sociedade seria definida por relações voluntárias e contratuais. Na


medida em que compartilham determinado interesse, indivíduos podem se
associar para alcançar objetivos relacionados ao mesmo, embora não
necessariamente tenham outros aspectos de suas vidas compartilhados, tais
como relações de parentesco, interdependências econômicas ou convivam
numa mesma base territorial. Portanto, o conceito de sociedade é mais amplo
e inclui o de comunidade.

Essa diferenciação conceituai vem à tona a partir do aprofundamento do


processo da divisão social do trabalho. A fragmentação das atividades
laborais, a prevalência do contrato sobre o status, a multiplicação dos grupos
formais, a passagem da família para o Estado como forma de organização
social predominante e a ampliação e internacionalização das trocas comerciais
são algumas condições sociais que promovem modos de vida societários e
fundamentam a separação conceituai entre comunidade e sociedade; e,
mesmo, sugerem a passagem da primeira forma à segunda como modo
predominante de agrupamento social, embora a bibliografia seja quase
unânime em afirmar a coexistência entre as duas formas sociais ao longo da
História. (...)

http://www.revistas.usp.br/comueduc/article/view/78561/83089 - acesso
em 02/05/2016.

Assinale a alternativa que conjuga o verbo destacado no tempo futuro.

Já uma sociedade seria definida por relações voluntárias e contratuais.

a) Ser

b) Foi

c) Era
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d) Será

65. (IBFC/EBSERH/2016)

Texto I

Rito de Passagem

Um dia seu filho se aproxima e diz, assim como quem não quer nada: “Pai,
fiz a barba”. E, a menos que se trate de um pai desnaturado ou de um
barbeiro cansado da profissão, a emoção do pai será inevitável. E será uma
complexa emoção essa, um misto de assombro, de orgulho, mas também de
melancolia. O seu filho, o filhinho que o pai carregou nos braços, é um
homem. O tempo passou.

Barba é importante. Sempre foi. Patriarca bíblico que se prezasse usava


barba. Rei também. E um fio de barba, ou de bigode, tradicionalmente se
constitui numa garantia de honra, talvez não aceita pelos cartórios, mas
prezada como tal. Fazer a barba é um rito de passagem.

Como rito de passagem, ele não dura muito. Fazer a barba. No início, é
uma revelação; logo passa à condição de rotina, e às vezes de rotina
aborrecida. Muitos, aliás, deixam crescer a barba por causa disto, para se ver
livre do barbeador ou da lâmina de barbear. Mas, quando seu filho se olha no
espelho, e constata que uns poucos e esparsos pelos exigem - ou permitem
- o ato de barbear-se, ele seguramente vibra de satisfação.

Nenhum de nós, ao fazer a barba pela primeira vez, pensa que a infância
ficou pra trás. E, no entanto, é exatamente isto: o rosto que nos mira do
espelho já não é mais o rosto da criança que fomos. É o rosto do adulto que
seremos. E os pelos que a água carrega para o ralo da pia levam consigo
sonhos e fantasias que não mais voltarão.

É bom ter barba? Essa pergunta não tem resposta. Esta pergunta é como
a própria barba: surge implacavelmente, cresce não importa o que façamos.
Cresce mesmo depois que expiramos. E muitos de nós expiramos lembrando
certamente o rosto da criança que, do fundo do espelho, nos olha sem
entender.

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(SCLIAR, Moacyr et al. Histórias de grandeza e de miséria. Porto Alegre:


L&PM, 2003)

No trecho “Barba é importante. Sempre foi.” (2°§), o autor apresenta duas


afirmações que assumem um sentido generalizante, podendo ser entendidas
como verdades absolutas. Contribuíram para esse valor os seguintes recursos
linguísticos:

a) O substantivo “Barba”, na primeira oração e sua omissão na segunda.

b) O emprego do adjetivo “importante” e as frases curtas.

c) O uso do presente do indicativo e do advérbio “sempre”.

d) A omissão do sujeito e do predicativo na segunda oração.

e) A construção de períodos simples e a omissão de um dos sujeitos.

66. (IBFC/EBSERH/2016)

Texto

A mentirosa liberdade

Comecei a escrever um novo livro, sobre os mitos e mentiras que nossa


cultura expõe em prateleiras enfeitadas, para que a gente enfie esse material
na cabeça e, pior, na alma - como se fosse algodão-doce colorido. Com ele
chegam os medos que tudo isso nos inspira: medo de não estar bem
enquadrados, medo de não ser valorizados pela turma, medo de não ser
suficientemente ricos, magros, musculosos, de não participar da melhor
balada, de um clube mais chique, de não ter feito a viagem certa nem possuir
a tecnologia de ponta no celular. Medo de não ser livres.

Na verdade, estamos presos numa rede de falsas liberdades. Nunca se


falou tanto em liberdade, e poucas vezes fomos tão pressionados por
exigências absurdas, que constituem o que chamo a síndrome do “ter de”.
Fala-se em liberdade de escolha, mas somos conduzidos pela propaganda
como gado para o matadouro, e as opções são tantas que não conseguimos
escolher com calma. Medicados como somos (a pressão, a gordura, a fadiga,

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a insônia, o sono, a depressão e a euforia, a solidão e o medo tratados a


remédio), [...] a alegria, de tanta tensão, nos escapa. [...]

Parece que do começo ao fim passamos a vida sendo cobrados: O que você
vai ser? O que vai estudar? Como? Fracassou em mais um vestibular? [...]
Treze anos e ainda não ficou? [...] Já precisa trabalhar? Que chatice! E depois:
Quarenta anos ganhando tão pouco e trabalhando tanto? E não tem aquele
carro? Nunca esteve naquele resort?

Talvez a gente possa escapar dessas cobranças sendo mais natural,


cumprindo deveres reais, curtindo a vida sem se atordoar. Nadar contra toda
essa correnteza. Ter opiniões próprias, amadurecer ajuda. Combater a ânsia
por coisas que nem queremos, ignorar ofertas no fundo desinteressantes,
como roupas ridículas e viagens sem graça, isso ajuda. Descobrir o que
queremos e podemos é um aprendizado, mas leva algum tempo: não é
preciso escalar o Himalaia social nem ser uma linda mulher nem um homem
poderoso. É possível estar contente e ter projetos bem depois dos 40 anos,
sem um iate, físico perfeito e grande fortuna. Sem cumprir tantas obrigações
fúteis e inúteis, como nos ordenam os mitos e mentiras de uma sociedade
insegura, desorientada, em crise. Liberdade não vem de correr atrás de
“deveres” impostos de fora, mas de construir a nossa existência, para a qual,
com todo esse esforço e desgaste, sobra tão pouco tempo. Não temos de
correr angustiados atrás de modelos que nada têm a ver conosco, máscaras,
ilusões e melancolia para aguentar a vida, sem liberdade para descobrir o que
a gente gostaria mesmo de ter feito.

(LUFT, Lya. Veja, 25/03/09, adaptado)

Considere o fragmento abaixo para responder à questão seguinte.

“Talvez a gente possa escapar dessas cobranças sendo mais natural,


cumprindo deveres reais, curtindo a vida sem se atordoar. Nadar contra toda
essa correnteza. "(4°§)

No trecho em análise, a incerteza introduzida pelo advérbio “Talvez” é


reforçada pela forma verbal “possa”, cuja correta classificação da flexão é:

a) Presente do Subjuntivo

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b) Futuro do Presente do Indicativo

c) Presente do Indicativo

d) Pretérito Imperfeito do Subjuntivo

e) Futuro do Subjuntivo

67. (IBFC/CÂMARA MUNICIPAL DE VASSOURAS – RJ/2015)

Cace a liberdade

(Martha Medeiros)

Arroz, feijão, bife, ovo. Isso nós temos no prato, é a fonte de energia que
nos faz levantar de manhã e sair para trabalhar. Nossa meta primeira é a
sobrevivência do corpo. Mas como anda a dieta da alma?

Outro dia, no meio da tarde, senti uma fome me revirando por dentro.
Uma fome que me deixou melancólica. Me dei conta de que estava indo pouco
ao cinema, conversando pouco com as pessoas, e senti uma abstinência de
viajar que me deixou até meio tonta. Minha geladeira, afortunadamente, está
cheia, e ando até um pouco acima do meu peso ideal, mas me senti
desnutrida. Você já se sentiu assim também, precisando se alimentar?

Revista, jornal, internet, isso tudo nos informa, nos situa no mundo, mas
não sacia. A informação entra dentro da casa da gente em doses cavalares e
nos encontra passivos, a gente apenas seleciona o que nos interessa e
despreza o resto, e nem levantamos da cadeira neste processo. Para
alimentar a alma, é obrigatório sair de casa. Sair à caça. Perseguir.

Se não há silêncio a sua volta, cace o silêncio onde ele se esconde, pegue
uma estradinha de terra batida, visite um sítio, uma cachoeira, ou vá para a
beira da praia, o litoral é bonito nesta época, tem uma luz diferente, o mar
parece maior, há menos gente.

Cace o afeto, procure quem você gosta de verdade, tire férias de rancores
e mágoas, abrace forte, sorria, permita que o cacem também.

Cace a liberdade que anda tão rara, liberdade de pensamento, de atitudes,


vá ao encontro de tudo que não tem regra, patrulha, horários. Cace o
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amanhã, o novo, o que ainda não foi contaminado por críticas, modismos,
conceitos, vá atrás do que é surpreendente, o que se expande na sua frente,
o que lhe provoca prazer de olhar, sentir, sorver. Entre numa galeria de arte.
Vá assistir a um filme de um diretor que não conhece. Olhe para a sua cidade
com olhos de estrangeiro, como se você fosse um turista. Abra portas. E
páginas.

Arroz, feijão, bife, ovo. Isso me mantém de pé, mas não acaba com meu
cansaço diante de uma vida que, se eu me descuido, se torna repetitiva,
monótona, entediante. Mas nada de descuido. Vou me entupir de calorias na
alma. Há fartas sugestões no cardápio. Quero engordar no lugar certo. O
ritmo dos meus dias é tão intenso que às vezes a gente se esquece de se
alimentar direito.

Em “Minha geladeira, afortunadamente, está cheia” (2º§), o termo em


destaque classifica-se, morfologicamente, como:

a) adjetivo

b) advérbio

c) substantivo

d) verbo

e) conjunção

68. (IBFC/MGS/2015)

A arte de escrever

“Há, portanto, uma arte de escrever - que é a redação. Não é uma


prerrogativa dos literatos, senão uma atividade social indispensável, para a
qual falta, não obstante, muitas vezes, uma preparação preliminar.

A arte de falar, necessária à exposição oral, é mais fácil na medida em


que se beneficia da prática da fala cotidiana, de cujos elementos parte em
princípio.

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O que há de comum, antes de tudo, entre a exposição oral e a escrita é


a necessidade da boa composição, isto é, uma distribuição metódica e
compreensível de ideias.

Impõe-se igualmente a visualização de um objetivo definido. Ninguém é


capaz de escrever bem, se não sabe bem o que vai escrever.

Justamente por causa disso, as condições para a redação no exercício da


vida profissional ou no intercâmbio amplo, dentro da sociedade, são muito
diversas das da redação escolar. A convicção do que vamos dizer, a
importância que há em dizê-lo, o domínio de um assunto da nossa
especialidade tiram à redação o caráter negativo de mero exercício formal,
como tem na escola.

Qualquer um de nós senhor de um assunto é, em princípio, capaz de


escrever sobre ele. Não há um jeito especial para a redação, ao contrário do
que muita gente pensa. Há apenas uma falta de preparação inicial, que o
esforço e a prática vencem.

Por outro lado, a arte de escrever, na medida em que consubstancia a


nossa capacidade de expressão do pensar e do sentir, tem de firmar raízes
na nossa própria personalidade e decorre, em grande parte, de um trabalho
nosso para desenvolver a personalidade por este ângulo. [...]

A arte de escrever precisa assentar numa atividade preliminar já radicada,


que parte do ensino escolar e de um hábito de leitura inteligentemente
conduzido; depende muito, portanto, de nós mesmos, de uma disciplina
mental adquirida pela autocrítica e pela observação cuidadosa do que outros,
com bom resultado, escreveram."

(JOAQUIM MATTOSO CÂMARA JR. Manual de expressão oral & escrita. 7a.
Edição, Vozes, Petrópolís, 1983.)

Em “Há apenas uma falta de preparação inicial, que o esforço e a prática


vencem."(6°§), assinale o comentário INCORRETO sobre a forma verbal em
destaque:

a) Caracteriza uma oração sem sujeito

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b) Está conjugada no presente do indicativo.

c) A substituição por “existir" geraria alterações sintáticas.

d) Está flexionada na primeira pessoa do singular.

69. (IBFC/MGS/2015)

Texto II

Meninos
Sentado à soleira da porta

Menino triste

Que nunca leu Júlio Verne

Menino que não joga bilboquê

Menino das brotoejas e da tosse eterna

Contempla o menino rico na varanda

Rodando na bicicleta

O mar autônomo sem fim

É triste a luta das classes.

(Murilo Mendes)

Vocabulário:

Júlio Verne - importante escritor francês do século XIX bilboquê - tipo de


brinquedo

Dentre as palavras destacadas abaixo, retiradas do poema, apenas uma NÃO


é substantivo. Assinale-a.

a) “Sentado à soleira da porta” (v.1)

b) “Menino que não joga bilboquê” (v.4)

c) “Contempla o menino rico na varanda” (v.6)

d) “Rodando na bicicleta” (v.7)

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70. (IBFC/MGS/2015)

Texto

Bem-vindo. E parabéns. Estou encantado com seu sucesso. Chegar aqui


não foi fácil, eu sei. Na verdade, suspeito que foi um pouco mais difícil do que
você imagina.

Para início de conversa, para você estar aqui agora, trilhões de átomos
agitados tiveram de se reunir de uma maneira, intricada e intrigantemente
providencial a fim de criá-lo. É uma organização tão especializada e particular
que nunca antes foi tentada e só existirá desta vez. Nos próximos anos
(esperamos), essas partículas minúsculas se dedicarão totalmente aos bilhões
de esforços jeitosos e cooperativos necessários para mantê-lo intacto e deixá-
lo experimentar o estado agradabilíssimo, mas ao qual não damos o devido
valor, conhecido como existência.

Por que os átomos se dão esse trabalho é um enigma. Ser você não é uma
experiência gratificante no nível atômico. Apesar de toda a atenção dedicada,
seus átomos na verdade nem ligam para você - eles nem sequer sabem que
você existe. Não sabem nem que eles existem. São partículas insensíveis,
afinal, e nem estão vivas. (A ideia de que se você se desintegrasse,
arrancando com uma pinça um átomo de cada vez, produziria um montículo
de poeira atômica fina, sem nenhum sinal de vida, mas que constituiria você,
é meio sinistra.) No entanto, durante sua existência, eles responderão a um
só impulso dominante: fazer com que você seja você.

(BRYSON, Bill. Breve história de quase tudo. Trad. de Ivo Korytowski. São
Paulo: Companhia das Letras, 2005. p. 11)

O texto é destinado a interlocutores específicos, no caso, os leitores. Dentre


as opções abaixo, assinale o único recurso gramatical que NÃO é empregado
para fazer referência ao leitor como interlocutor.

a) o adjetivo “Bem-vindo" (1°§) que introduz o texto.

b) o verbo “suspeito" (1º §) em “suspeito que foi".

c) o pronome possessivo “seu" em “seu sucesso"(1°§).

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d) o pronome de tratamento “você" em “para você estar aqui“(2°§)

71. (IBFC/MGS/2017)

Texto I

Paternidade Responsável

Quantos filhos você gostaria de ter?

Ao responder a essa pergunta com certeza uma outra vai passar pela sua
cabeça: “Será que vou conseguir sustentar um filho?”.

Certamente você gostaria de ter tantos filhos quantos pudesse sustentar,


garantindo-lhes uma boa escola, um lugar com algum conforto para morar e
remédios quando necessários.

Segundo especialistas, pode ser perigoso para a mãe a para a criança


engravidar durante a adolescência porque o corpo da menina ainda não está
preparado para o parto. Problemas como a gestante adolescente apresentar
anemia ou o bebê nascer prematuramente são comuns.Além de eventuais
problemas de saúde, tem-se um problema de ordem social: como sustentar
uma criança, já que, para tanto, o adolescente, se não contar com a ajuda
dos pais ou responsáveis, terá de abandonar a escola?

Desesperadas, muitas jovens acabam optando pelo aborto. Vale lembrar


que, salvo raras exceções (estupro ou risco de morte para a mãe), o aborto
no Brasil, é considerado crime. A mulher recorre, então, a clínicas
clandestinas, sem fiscalização, e põe sua saúde em risco. Quem não tem
condições de pagar tais clínicas faz uso de métodos ainda mais precários.

Isso acontece, em parte, porque não existe no Brasil um projeto amplo de


planejamento familiar que assegure aos mais pobres o direito de decidir
quantos filhos desejam ter. Assim, muitos casais têm quatro, seis, dez filhos,
quando, na verdade, conseguiriam sustentar apenas um ou dois.

(DIMENSTEIN, Gilberto. O cidadão de Papel. Ed. Ática. São Paulo, 2011, p.


106)

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Em “Assim, muitos casais têm quatro, seis, dez filhos,” (6º§), nota-se que o
acento do verbo em destaque deve-se a uma exigência de concordância.
Assinale a alternativa correta em relação ao emprego desse mesmo verbo.

a) No Brasil, a sociedade têm várias questões.

b) O jovem têm um grande desafio pela frente.

c) As pessoas tem muitos planos.

d) A mentira tem perna curta.

72. (IBFC/MGS/2017)

Texto

Estranhas Gentilezas

(Ivan Angelo)

Estão acontecendo coisas estranhas. Sabe-se que as pessoas nas grandes


cidades não têm o hábito da gentileza. Não é por ruindade, é falta de tempo.
Gastam a paciência nos ônibus, no trânsito, nas filas, nos mercados, nas salas
de espera, nos embates familiares, e depois economizam com a gente.

Comigo dá-se o contrário, é o que estou notando de uns dias para cá. Tratam-
me com inquietante delicadeza. Já captava aqui e ali sinais suspeitos,
imprecisos, ventinho de asas de borboleta, quase nada. A impressão de que
há algo estranho tomou meu corpo mesmo foi na semana passada. Um
vizinho que já fora meu amigo telefonou-me desfazendo o engano que nos
afastava, intriga de pessoa que nem conheço e que afinal resolvera esclarecer
tudo. Difícil reconstruir a amizade, mas a inimizade morria ali.

Como disse, eu vinha desconfiando tenuemente de algumas amabilidades. O


episódio do vizinho fez surgir em meu espírito a hipótese de uma trama, que
já mobilizava até pessoas distantes. E as próximas?

Tenho reparado. As próximas telefonam amáveis, sem motivo. Durante o


telefonema fico aguardando o assunto que estaria embrulhado nos enfeites
da conversa, e ele não sai. Um número inesperado de pessoas me
cumprimenta na rua, com acenos de cabeça. Mulheres, antes esquivas,
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sorriem transitáveis nas ruas dos Jardins1 . Num restaurante caro, o maître2
, com uma piscadela, fura a demorada fila de executivos à espera e me
arruma rapidinho uma mesa para dois. Um homem de pasta que parecia
impaciente à minha frente me cede o último lugar no elevador. O jornaleiro
larga sua banca na avenida Sumaré e vem ao prédio avisar-me que o jornal
chegou. Os vizinhos de cima silenciam depois das dez da noite.

[...]

Que significa isso? Que querem comigo? Que complô é este? Que vão pedir
em troca de tanta gentileza?

Aguardo, meio apreensivo, meio feliz.

Interrompo a crônica nesse ponto, saio para ir ao banco, desço pelas escadas
porque alguém segura o elevador lá em cima, o segurança do banco faz-me
esvaziar os bolsos antes de entrar na porta giratória, enfrento a fila do caixa,
não aceitam meus cheques para pagar contas em nome de minha mulher,
saio mal-humorado do banco, atravesso a avenida arriscando a vida entre
bólidos3 , um caminhão joga-me água suja de uma poça, o elevador continua
preso lá em cima, subo a pé, entro no apartamento, sento-me ao computador
e ponho-me de novo a sonhar com gentilezas.

Vocabulário:

1 bairro Jardim Paulista, um dos mais requintados de São Paulo

2 funcionário que coordena agendamentos entre outras coisas nos


restaurantes

3 carros muito velozes

Na oração “Estão acontecendo coisas estranhas.” (1º§), em função da


concordância verbal, pode-se concluir que “coisas estranhas” exerce a função
sintática de:

a) objeto direto.

b) sujeito.

c) objeto indireto.
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d) complemento nominal.

73. (IBFC/MGS/2016)

Texto

Uma Vela para Dario

(Dalton Trevisan)

Dario vinha apressado, guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que


dobrou a esquina, diminuiu o passo até parar, encostando-se à parede de
uma casa. Por ela escorregando, sentou-se na calçada, ainda úmida de chuva,
e descansou na pedra o cachimbo.

Dois ou três passantes rodearam-no e indagaram se não se sentia bem.


Dario abriu a boca, moveu os lábios, não se ouviu resposta. O senhor gordo,
de branco, sugeriu que devia sofrer de ataque.

Ele reclina-se mais um pouco, estendido agora na calçada, e o cachimbo


tinha apagado. O rapaz de bigode pediu aos outros que se afastassem e o
deixassem respirar. Abre-lhe o paletó, o colarinho, a gravata e a cinta.
Quando lhe tiram os sapatos, Dario rouqueja feio, bolhas de espuma surgiram
no canto da boca.

Cada pessoa que chega ergue-se na ponta dos pés, não o pode ver. Os
moradores da rua conversam de uma porta à outra, as crianças de pijama
acodem à janela. O senhor gordo repete que Dario sentou-se na calçada,
soprando a fumaça do cachimbo, encostava o guarda-chuva na parede. Mas
não se vê guarda-chuva ou cachimbo ao seu lado.

A velhinha de cabeça grisalha grita que ele está morrendo. Um grupo o


arrasta para o táxi da esquina. Já no carro a metade do corpo, protesta o
motorista: quem pagaria a corrida? Concordam chamar a ambulância. Dario
conduzido de volta e recostado à parede - não tem os sapatos nem o alfinete
de pérola na gravata.

Alguém informa da farmácia na outra rua. Não carregam Dario além da


esquina; a farmácia é no fim do quarteirão e, além do mais, muito peso. É

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largado na porta de uma peixaria. Enxame de moscas lhe cobre o rosto, sem
que faça um gesto para espantá-las.

Ocupado o café próximo pelas pessoas que apreciam o incidente e, agora,


comendo e bebendo, gozam as delícias da noite. Dario em sossego e torto no
degrau da peixaria, sem o relógio de pulso.

Um terceiro sugere lhe examinem os papéis, retirados - com vários objetos


- de seus bolsos e alinhados sobre a camisa branca. Ficam sabendo do nome,
idade; sinal de nascença. O endereço na carteira é de outra cidade.

Registra-se correria de uns duzentos curiosos que, a essa hora, ocupam


toda a rua e as calçadas: era a polícia. O carro negro investe a multidão.
Várias pessoas tropeçam no corpo de Dario, pisoteado dezessete vezes.

O guarda aproxima-se do cadáver, não pode identificá- lo — os bolsos


vazios. Resta na mão esquerda a aliança de ouro, que ele próprio quando vivo
- só destacava molhando no sabonete. A polícia decide chamar o rabecão.

A última boca repete — Ele morreu, ele morreu. A gente começa a se


dispersar. Dario levou duas horas para morrer, ninguém acreditava estivesse
no fim. Agora, aos que alcançam vê-lo, todo o ar de um defunto.

Um senhor piedoso dobra o paletó de Dario para lhe apoiar a cabeça. Cruza
as mãos no peito. Não consegue fechar olho nem boca, onde a espuma sumiu.
Apenas um homem morto e a multidão se espalha, as mesas do café ficam
vazias. Na janela alguns moradores com almofadas para descansar os
cotovelos.

Um menino de cor e descalço veio com uma vela, que acende ao lado do
cadáver. Parece morto há muitos anos, quase o retrato de um morto
desbotado pela chuva.

Fecham-se uma a uma as janelas. Três horas depois, lá está Dario à espera
do rabecão. A cabeça agora na pedra, sem o paletó. E o dedo sem a aliança.
O toco de vela apaga-se às primeiras gotas da chuva, que volta a cair.

Considere o fragmento abaixo para responder à questão seguinte.

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“Apenas um homem morto e a multidão se espalha, as mesas do café ficam


vazias.” (12°§)

Em função da necessidade de concordância do verbo com o sujeito a que se


refere, pode-se afirmar o seguinte sobre o sujeito da forma “espalha” é:

a) composto tendo “homem” e “multidão” como núcleos.

b) indeterminado e sem referência gramatical explícita.

c) simples e representado pela construção “a multidão”.

d) desinencial marcado pela terceira pessoa.

74. (IBFC/MGS/2016)

Texto I

Mundo interior

(Martha Medeiros)

A casa da gente é uma metáfora da nossa vida, é a representação exata


e fiel do nosso mundo interior. Li esta frase outro dia e achei perfeito. Poucas
coisas traduzem tão bem nosso jeito de ser como nosso jeito de morar. Isso
não se aplica, logicamente, aos inquilinos da rua, que têm como teto um
viaduto, ainda que eu não duvide que até eles sejam capazes de ter seus
códigos secretos de instalação.

No entanto, estamos falando de quem pode ter um endereço digno, seja


seu ou de aluguel. Pode ser um daqueles apartamentos amplos, com pé
direito alto e preço mais alto ainda, ou um quarto-e-sala tão compacto quanto
seu salário: na verdade, isso determina apenas seu poder aquisitivo, não
revela seu mundo interior, que se manifesta por meio de outros valores.

Da porta da rua pra dentro, pouco importa a quantidade de metros


quadrados e, sim, a maneira como você os ocupa. Se é uma casa colorida ou
monocromática. Se tem objetos obtidos com afeto ou se foi tudo escolhido
por um decorador profissional. Se há fotos das pessoas que amamos
espalhadas por porta-retratos ou se há paredes nuas.

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Tudo pode ser revelador: se deixamos a comida estragar na geladeira, se


temos a mania de deixar as janelas sempre fechadas, se há muitas coisas por
consertar. Isso também é estilo de vida.

Luz direta ou indireta? Tudo combinadinho ou uma esquizofrenia saudável


na junção das coisas? Tudo de grife ou tudo de brique? É um jogo lúdico
tentar descobrir o quanto há de granito e o quanto há de madeira na nossa
personalidade. Qual o grau de importância das plantas no nosso habitat, que
nota daríamos para o quesito vista panorâmica? Quadros tortos nos enervam?
Tapetes rotos nos comovem?

Há casas em que tudo o que é aparente está em ordem, mas reina a


confusão dentro dos armários. Há casas tão limpas, tão lindas, tão perfeitas
que parecem cenários: faz falta um cheiro de comida e um som vindo lá do
quarto. Há casas escuras. Há casas feias por fora e bonitas por dentro. Há
casas pequenas onde cabem toda a família e os amigos, há casas com lareira
que se mantêm frias. Há casas prontas para receber visitas e impróprias para
receber a vida. Há casas com escadas, casas com desníveis, casas
divertidamente irregulares.

Pode parecer apenas o lugar onde a gente dorme, come e vê televisão,


mas nossa casa é muito mais que isso. É a nossa caverna, o nosso castelo, o
esconderijo secreto onde coabitamos com nossos defeitos e virtudes.

No sexto parágrafo, tem-se “há casas com lareira que se mantêm frias.”.
Nesse fragmento, percebe-se que o acento da forma verbal em destaque
deve-se à concordância com a seguinte palavra:

a) “há”

b) “casas”

c) “lareira”

d) “frias”

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75. (IBFC/MGS/2016)

Texto

Facebook deixa você depressivo

Pura inveja. Você vai fuçar na vida alheia e descobre que seu ex-chefe, aquele
mala, está de férias em Cancún. E o cara mais chato da faculdade conseguiu
o emprego dos seus sonhos. Pior: postaram fotos, com a felicidade
estampada na cara. E você ali, estagnado no trabalho, sem um centavo para
viajar. O cotovelo coça. Todo mundo parece mais feliz do que você.
Pobrecito...

Não se preocupe. Isso parece acontecer com a maioria das pessoas que
acessam o Facebook com frequência. Os sociólogos Hui-Tzu Grace Chou e
Nicholas Edge, da Universidade de Utah Valley, conversaram com 425
estudantes sobre a vida: se estavam felizes ou não com o rumo das coisas. E
se os amigos pareciam felizes. Também disseram quanto concordavam com
expressões como “a vida é justa” ou “muitos dos meus amigos têm uma vida
melhor do que a minha”. Aí então contaram quantos amigos cada um tinha
no Facebook e quanto tempo passava on-line - a média foi de cinco horas por
semana.

E concluíram: quanto mais horas uma pessoa passa no Facebook, maior a


chance de achar que a vida dos outros anda melhor. Isso acontecia ainda
mais quando as pessoas não conheciam muito bem os contatos do Facebook.

A explicação é fácil. Ninguém (ou quase ninguém) posta fotos tristes no


Facebook. É só alegria - mesmo se a viagem for um fracasso e o trabalho
uma furada. Só que daí, do outro lado da tela, tudo parece perfeito. Menos a
sua vida, real e completa, com dias bons e ruins. Eu, hein. (Disponível em:
http://superabril.com.br. Acesso em 18/05/16)

No segundo parágrafo, o trecho “muitos dos meus amigos têm uma vida
melhor que a minha” possui um verbo destacado que recebe acento gráfico
devido à concordância com:

a) “dos”

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b) “amigos”

c) “vida”

d) “minha”

76. (IBFC/CÂMARA MUNICIPAL DE ARARAQUARA-SP/2016) Assinale a


alternativa que completa a lacuna.

A maioria dos funcionários______ feliz com a indicação do novo gerente,


(estar)

a) Está

b) Estão

c) São

d) Estavam

77. (IBFC/EBSERH/2016)

Texto

Crise de Identidade

Foi na semana passada. No Leblon. Como todo mundo sabe — será que
ainda sabe? —, o Leblon não é a minha praia. Sou copacabanense. Pra mim,
o Leblon fica além-fronteiras. Sou sempre um visitante em suas ruas. Olho
para o bairro com olhos de turista, admirado com suas madames que
almoçam fora, com os que se divertem na Rua Dias Ferreira e, principalmente,
com a crença da quase totalidade de seus moradores de que o pão e o
presunto foram inventados no Talho Capixaba. Nunca estou no Leblon por
acaso. Dessa vez, estava indo ao dentista. Mas mudei de assunto e estou
perdendo o fio da meada. Como estava dizendo, foi na semana passada. No
Leblon. la ao dentista. Mal pisei na calçada do quarteirão a que me dirigia
quando, na outra esquina, uma senhora me acenou. Bonita, cabelos brancos,
esguia, bem vestida, ela veio se aproximando. Abriu um sorriso. Me
conquistou. Já bem perto, abriu os braços. Parecia uma fã. Correspondi, dei-
lhe um abraço e ela gritou entusiasmada: “Artur da Távola!”

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Atenção: Pirataria é crime e pode prejudicar o seu ingresso na carreira pública.
Os direitos autorais são protegidos por lei e o infrator está sujeito as penalidades do art. 184 do Código Penal
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Passei 23 anos ininterruptos escrevendo uma coluna que, em alguns


momentos, era publicada três vezes por semana. Faz oito meses que parei.
E já estão me confundindo com Artur da Távola? Não que essa confusão não
seja envaidecedora. Sempre fui fã dos textos do Távola. Mas ele já não está
entre nós há oito anos! Prefiro não ter o talento do mestre, mas continuar
vivo. Vivo, pelo menos, eu posso continuar tentando alcançar o seu estilo.

Será que colunista afastado é colunista morto? Será que oito meses fora
do jornal é tempo bastante para deixar de habitar a lista de colunistas que o
leitor tem na cabeça? Outro dia mesmo, dessa vez em Copacabana, em meio
a compras num mercado de produtos hortifrutigranjeiros, outra velhinha se
aproximou. Disse que me lia sempre (ela não se deu conta de que eu não
estava escrevendo), que se identificava com as minhas histórias, e que minha
coluna era a primeira coisa que buscava no jornal às sextas-feiras. Bem que
eu tentei dizer que nunca escrevi às sextas, mas ela me interrompeu e
acrescentou que gostava sobretudo quando eu falava do Botafogo. Ela
gostava mesmo de outro Arthur, o Dapieve. Deixei-a na ilusão de que tinha
se encontrado com o ídolo. Pra que discutir com madame? E, depois, pensa
bem, é muita ingenuidade da leitora imaginar que o Dapieve estaria fazendo
compras num mercado de produtos hortifrutigranjeiros.

Talvez não tenha sido a minha ausência o motivo do esquecimento do


leitor. Nesses 23 anos, por mais assíduo que tenha sido nas páginas do jornal,
sempre fui confundido com o Zuenir, o Veríssimo, o Arnaldo... só não me
lembro de terem me confundido com a Cora. E olha que eu também já tive
os meus gatos. Talvez a culpa seja minha e eu nunca tenha conseguido criar,
nos meus textos, uma personalidade que levasse o leitor a me identificar nas
ruas.

Deve acontecer algo assim com a minha voz também. De vez em quando,
pego um táxi e, logo após dizer ao motorista meu destino, ele me responde
com alegria: “O senhor é o Cony, não é? Ouço o senhor todo dia na CBN”. Eu
confirmo e vou em frente. Ainda não desisti do plano de andar com uns livros
do Cony na mochila para dar edições autografadas aos motoristas da cidade.
Só não decidi ainda se eu mesmo autografo ou peço pro Cony autografar.

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As vezes, desconfio que tenha transferido essa crise de identidade para


os que me cercam. É muito comum encontrar algum admirador que me
conhece da televisão. “Não deixo de ver o senhor no programa da Andréa
Beltrão.” Ou “o senhor não está mais no programa da Maria Padilha?” Adianta
eu dizer que o programa é da Maria Beltrão?

Isso tudo é pra dizer que, antes que me esqueçam definitivamente,


retomo esta coluna, agora só aos domingos, na esperança de um dia o leitor
me identificar, saber que eu sou eu. É fácil. Não falo de gatos, não torço pelo
Botafogo, não vejo a confusão em Ipanema da minha janela, não analiso a
conjuntura política, nunca escrevi um livro de mistério. Sou o outro, aquele
outro, aquele que fala de amenidades, pega no pé do prefeito, vê novelas...
lembra? Aquele que organiza a eleição da Mala do Ano, já fez o concurso do
Zum de Besouro e teve uma ou duas brigas com o Caetano. Ainda não
lembrou? Então esquece tudo isso. Eu prefiro ser identificado como aquele
que tem muita honra em estar em página próxima aos textos do Zuenir, do
Veríssimo, do Nelson Motta, do Cacá, da Cora, do Dapieve, dos Arnaldos, do
Agualusa... São muitos colunistas talentosos. Sou só mais um. Aquele com
menos talento, o que todo mundo confunde com os outros, mas que não cabe
em si de satisfação em ter a oportunidade de voltar a se encontrar
semanalmente com o leitor. Crônica é diálogo. Não,basta eu escrever. Tem
que ter você aí do outro lado para ler. É um prazer reencontrá-lo.

Ou ninguém leu e eu estou falando sozinho?

(Artur Xexéo)

Considere o segundo parágrafo do texto, transcrito a seguir, para responder


à questão.

“Passei 23 anos ininterruptos escrevendo uma coluna que, em alguns


momentos, era publicada três vezes por semana. Faz oito meses que parei.
E já estão me confundindo com Artur da Távola? Não que essa confusão não
seja envaidecedora. Sempre fui fã dos textos do Távola. Mas ele já não está
entre nós há oito anos! Prefiro não ter o talento do mestre, mas continuar
vivo. Vivo, pelo menos, eu posso continuar tentando alcançar o seu estilo."

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Assinale a opção cuja concordância verbal seja equivalente a que aparece em


“Faz oito meses que parei”:

a) Ao longo da vida, fazemos muitas coisas de que nos arrependemos.

b) Todos haviam chegado cedo.

c) Havia pessoas demais na festa.

d) Todos se fizeram presentes na festa.

e) A mãe faz tudo o que ela quer.

78. (IBFC/EBSERH/2016) Considere o segundo parágrafo do texto, transcrito


a seguir, para responder à questão

“Passei 23 anos ininterruptos escrevendo uma coluna que, em alguns


momentos, era publicada três vezes por semana. Faz oito meses que parei.
E já estão me confundindo com Artur da Távola? Não que essa confusão não
seja envaidecedora. Sempre fui fã dos textos do Távola. Mas ele já não está
entre nós há oito anos! Prefiro não ter o talento do mestre, mas continuar
vivo. Vivo, pelo menos, eu posso continuar tentando alcançar o seu estilo. ”

Assinale a opção cuja concordância verbal seja equivalente a que aparece em


“Faz oito meses que parei”:

a) Ao longo da vida, fazemos muitas coisas de que nos arrependemos.

b) Todos haviam chegado cedo.

c) Havia pessoas demais na festa.

d) Todos se fizeram presentes na festa.

e) A mãe faz tudo o que ela quer.

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79. (IBFC/EBSERH/2016)

Texto I

Rito de Passagem

Um dia seu filho se aproxima e diz, assim como quem não quer nada: “Pai,
fiz a barba”. E, a menos que se trate de um pai desnaturado ou de um
barbeiro cansado da profissão, a emoção do pai será inevitável. E será uma
complexa emoção essa, um misto de assombro, de orgulho, mas também de
melancolia. O seu filho, o filhinho que o pai carregou nos braços, é um
homem. O tempo passou.

Barba é importante. Sempre foi. Patriarca bíblico que se prezasse usava


barba. Rei também. E um fio de barba, ou de bigode, tradicionalmente se
constitui numa garantia de honra, talvez não aceita pelos cartórios, mas
prezada como tal. Fazer a barba é um rito de passagem.

Como rito de passagem, ele não dura muito. Fazer a barba. No início, é
uma revelação; logo passa à condição de rotina, e às vezes de rotina
aborrecida. Muitos, aliás, deixam crescer a barba por causa disto, para se ver
livre do barbeador ou da lâmina de barbear. Mas, quando seu filho se olha no
espelho, e constata que uns poucos e esparsos pelos exigem - ou permitem
- o ato de barbear-se, ele seguramente vibra de satisfação.

Nenhum de nós, ao fazer a barba pela primeira vez, pensa que a infância
ficou pra trás. E, no entanto, é exatamente isto: o rosto que nos mira do
espelho já não é mais o rosto da criança que fomos. É o rosto do adulto que
seremos. E os pelos que a água carrega para o ralo da pia levam consigo
sonhos e fantasias que não mais voltarão.

É bom ter barba? Essa pergunta não tem resposta. Esta pergunta é como
a própria barba: surge implacavelmente, cresce não importa o que façamos.
Cresce mesmo depois que expiramos. E muitos de nós expiramos lembrando
certamente o rosto da criança que, do fundo do espelho, nos olha sem
entender.

(SCLIAR, Moacyr et al. Histórias de grandeza e de miséria. Porto Alegre:


L&PM, 2003)
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Na frase “Nenhum de nós, ao fazer a barba pela primeira vez, pensa que a
infância ficou pra trás.”, a concordância do verbo em destaque justifica-se
pela mesma regra aplicada em:

a) Ninguém chegou.

b) Qual de nós nunca errou?

c) A maioria das pessoas chegaram tarde.

d) Houve muitos problemas.

e) Mais de um carro se chocaram.

80. (IBFC/MPE-SP/2013) Considere as orações abaixo.

I. Devem haver muitos candidatos escritos.

II. Ontem, já haviam saído os ônibus.

III. A maioria dos jovens que terminam o Ensino Médio apresenta dificuldade
na interpretação de textos.

A concordância está correta em:

a) Apenas I

b) Apenas II

c) Apenas II e III

d) Apenas I e III

e) Apenas I e II

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81. (IBFC/POLÍCIA CIENTÍFICA – PR/2017)

No terceiro parágrafo do texto, percebe-se um desvio de regência em relação


à Norma Padrão, na seguinte passagem:

a) “com a efetiva participação de representantes das Perícias Médicas”.

b) “Este estudo resultou de iniciativa da Divisão de Perícias Médicas do


INSS”.
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c) “que buscou parceria com diversos segmentos da sociedade”.

d) “visando abordar todos os aspectos relevantes sobre o assunto”.

e) “no período compreendido entre junho de 1996 e junho de 1997,”.

82. (IBFC/EBSERH/2016) Considere o fragmento abaixo para responder à


questão seguinte.

“E na noite que transformava o frio do inverno no calor do Carnaval, eu tinha


a certeza de que aquele som dos bombos fazia parte do meu código
genético.” (1º§)

A preposição destacada acima tem seu emprego justificado por uma relação
de regência cujo termo regente é:

a) eu

b) tinha

c) certeza

d) aquele

e) som

83. (IBFC/SEPLAG-MG/2013) Leia as afirmativas abaixo para responder a


questão:

I. Sua decisão implicará grandes perdas.

II. Amor implica em sacrifício.

III. Os funcionários devem obedecer o regimento.

As frases que apresentam erro quanto à regência verbal são:

a) I e II, apenas.

b) II e III, apenas.

c) I e III, apenas.
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d) I, II e III.

84. (IBFC/SES-PR/2016)

Texto I

Aquilo por que vivi

Três paixões, simples, mas irresistivelmente fortes, governaram-me a


vida: o anseio de amor, a busca do conhecimento e a dolorosa piedade pelo
sofrimento da humanidade. Tais paixões, como grandes vendavais,
impeliram-me para aqui e acolá, em curso instável, por sobre profundo
oceano de angústia, chegando às raias do desespero.

Busquei, primeiro, o amor, porque ele produz êxtase - um êxtase tão


grande que, não raro, eu sacrificava todo o resto da minha vida por umas
poucas horas dessa alegria. Ambicionava-o, ainda, porque o amor nos liberta
da solidão - essa solidão terrível através da qual a nossa trêmula percepção
observa, além dos limites do mundo, esse abismo frio e exânime. Busquei-o,
finalmente, porque vi na união do amor, numa miniatura mística, algo que
prefigurava a visão que os santos e os poetas imaginavam. Eis o que busquei
e, embora isso possa parecer demasiado bom para vida humana, foi isso que
- afinal - encontrei.

Com paixão igual, busquei o conhecimento. Eu queria compreender o


coração dos homens. Gostaria de saber por que cintilam as estrelas. E
procurei apreender a força pitagórica pela qual o número permanece acima
do fluxo dos acontecimentos. Um pouco disto, mas não muito, eu o consegui.

Amor e conhecimento, até o ponto em que são possíveis, conduzem para


o alto, rumo ao céu. Mas a piedade sempre me trazia de volta à terra. Ecos
de gritos de dor ecoavam em meu coração. Crianças famintas, vítimas
torturadas por opressores, velhos desvalidos a constituir um fardo para seus
filhos, e todo o mundo de solidão, pobreza e sofrimentos, convertem numa
irrisão o que deveria de ser a vida humana. Anseio por aliviar o mal, mas não
posso, e também sofro.

Eis o que tem sido a minha vida. Tenho-a considerado digna de ser vivida
e, de bom grado, tornaria a vivê-la, se me fosse dada tal oportunidade.
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(Bertrand Russel. Autobiografia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1967.)

O título do texto, “Aquilo por que vivi”, apresenta a preposição “por” em


função de uma exigência. Trata-se de uma exigência de:

a) concordância

b) colocação pronominal

c) regência

d) estilística

85. (IBFC/PREFEITURA DE JANDIRA-SP/2016)

Texto I

Encontro

Com atenção não seria difícil descobrir pequenas mudanças: os cabelos mais
claros, e entretanto com menos luz e vida; a boca pintada com um desenho
diferente, e o batom mais escuro. Impossível negar uma tênue, fina ruga –
quase estimável. Mas naquele instante, diante da amiga amada que não via
há muito tempo, não eram essas pequenas coisas que intrigavam o seu olhar
afetuoso e melancólico. Havia certa mudança imponderável, e difícil de
localizar – a voz ou o jeito de falar, o tom ao mesmo tempo mais
desembaraçado e mais sereno?

E mesmo no talhe do corpo (o pequeno cinto vermelho era, pensou ele, uma
inabilidade: aumentava-lhe a cintura), na relação entre o corpo e os
membros, havia uma sutil mudança.

Sim, ela estava mais elegante, mais precisa em seu desenho, mas perdera
alguma indizível graça elástica do tempo em que não precisava fazer regime
para emagrecer e era menos consciente de seu próprio corpo, como que o
abandonava com certa moleza, distraída das próprias linhas e dos gestos cuja
beleza imprevista ele fora descobrindo devagar, com uma longa delícia.

Por um instante, enquanto conversava com outras pessoas presentes


assuntos sem importância, ele tentou imaginar que impressão teria agora se
a visse pela primeira vez, se aquela imagem não estivesse, dentro de seus
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olhos e de sua alma, fundida a tantas outras imagens dela mesma perdidas
no espaço e no tempo. Não tinha dúvida de que a acharia muito bonita, pois
ela continuava bela, talvez mais bem vestida; não tinha dúvida mesmo de
que, como da primeira vez que a vira, receberia sua beleza como um choque,
uma bênção e um leve pânico, tanto a sua radiosa formosura dá uma vida e
um sentido novo a qualquer ambiente, traz essa vibração especial que só
certas mulheres realmente belas produzem. Mas de algum modo esse
deslumbramento seria diferente do antigo – como se ela estivesse mais
pessoa, com mais graça e finura de mulher, menos graça e abandono de
animal jovem.

O grupo moveu-se para tomar lugar em uma mesa no fundo do bar. Ele andou
a seu lado um instante (como tinham andado lado a lado!) mas não quis
sentar, recusou o convite gentil, sentia-se quase um estranho naquela roda.
Despediuse. E quando estendeu a mão àquela que tanto amara, e recebeu,
como antigamente, seu olhar claro e amigo, quase carinhoso, sentiu uma
coisa boa dentro de si, uma certeza de que nem tudo se perde na confusão
da vida e que uma vaga mas imperecível ternura é o prêmio dos que muito
souberam amar.

(BRAGA, Rubem. O verão e as mulheres. Rio de Janeiro, ed. Record, 10ª ed.,
2008)

Em “E quando estendeu a mão àquela que tanto amara” (5º§), há uma


ocorrência de crase sobre a qual faz-se o seguinte comentário corretamente:

a) Trata-se de um caso facultativo em função do pronome demonstrativo.

b) Não deveria ocorrer em função da falta da preposição “a” explícita.

c) O acento grave deveria ser deslocado para o “a” que precede o termo
“mão”.

d) Ocorre devido à regência do verbo estender e sua relação com o termo


regido.

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86. (IBFC/COMLURB/2016) Leia as alternativas abaixo e assinale a que não


apresenta erro de concordância:

a) O médico e o Engenheiro assistiriam todos os funcionários da empresa.

b) O médico e o Engenheiro assistiriam a todos os funcionários da empresa.

c) Os funcionários da empresa assistiram todos os vídeos, a fim de aprender


mais sobre o assunto.

d) Os funcionários da empresa assistiram os vídeos, a fim de aprender mais


sobre o assunto.

87. (IBFC/EBSERH/2016)

Texto

Crise de Identidade

Foi na semana passada. No Leblon. Como todo mundo sabe — será que
ainda sabe? —, o Leblon não é a minha praia. Sou copacabanense. Pra mim,
o Leblon fica além-fronteiras. Sou sempre um visitante em suas ruas. Olho
para o bairro com olhos de turista, admirado com suas madames que
almoçam fora, com os que se divertem na Rua Dias Ferreira e, principalmente,
com a crença da quase totalidade de seus moradores de que o pão e o
presunto foram inventados no Talho Capixaba. Nunca estou no Leblon por
acaso. Dessa vez, estava indo ao dentista. Mas mudei de assunto e estou
perdendo o fio da meada. Como estava dizendo, foi na semana passada. No
Leblon. la ao dentista. Mal pisei na calçada do quarteirão a que me dirigia
quando, na outra esquina, uma senhora me acenou. Bonita, cabelos brancos,
esguia, bem vestida, ela veio se aproximando. Abriu um sorriso. Me
conquistou. Já bem perto, abriu os braços. Parecia uma fã. Correspondi, dei-
lhe um abraço e ela gritou entusiasmada: “Artur da Távola!”

Passei 23 anos ininterruptos escrevendo uma coluna que, em alguns


momentos, era publicada três vezes por semana. Faz oito meses que parei.
E já estão me confundindo com Artur da Távola? Não que essa confusão não
seja envaidecedora. Sempre fui fã dos textos do Távola. Mas ele já não está

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entre nós há oito anos! Prefiro não ter o talento do mestre, mas continuar
vivo. Vivo, pelo menos, eu posso continuar tentando alcançar o seu estilo.

Será que colunista afastado é colunista morto? Será que oito meses fora
do jornal é tempo bastante para deixar de habitar a lista de colunistas que o
leitor tem na cabeça? Outro dia mesmo, dessa vez em Copacabana, em meio
a compras num mercado de produtos hortifrutigranjeiros, outra velhinha se
aproximou. Disse que me lia sempre (ela não se deu conta de que eu não
estava escrevendo), que se identificava com as minhas histórias, e que minha
coluna era a primeira coisa que buscava no jornal às sextas-feiras. Bem que
eu tentei dizer que nunca escrevi às sextas, mas ela me interrompeu e
acrescentou que gostava sobretudo quando eu falava do Botafogo. Ela
gostava mesmo de outro Arthur, o Dapieve. Deixei-a na ilusão de que tinha
se encontrado com o ídolo. Pra que discutir com madame? E, depois, pensa
bem, é muita ingenuidade da leitora imaginar que o Dapieve estaria fazendo
compras num mercado de produtos hortifrutigranjeiros.

Talvez não tenha sido a minha ausência o motivo do esquecimento do


leitor. Nesses 23 anos, por mais assíduo que tenha sido nas páginas do jornal,
sempre fui confundido com o Zuenir, o Veríssimo, o Arnaldo... só não me
lembro de terem me confundido com a Cora. E olha que eu também já tive
os meus gatos. Talvez a culpa seja minha e eu nunca tenha conseguido criar,
nos meus textos, uma personalidade que levasse o leitor a me identificar nas
ruas.

Deve acontecer algo assim com a minha voz também. De vez em quando,
pego um táxi e, logo após dizer ao motorista meu destino, ele me responde
com alegria: “O senhor é o Cony, não é? Ouço o senhor todo dia na CBN”. Eu
confirmo e vou em frente. Ainda não desisti do plano de andar com uns livros
do Cony na mochila para dar edições autografadas aos motoristas da cidade.
Só não decidi ainda se eu mesmo autografo ou peço pro Cony autografar.

As vezes, desconfio que tenha transferido essa crise de identidade para


os que me cercam. É muito comum encontrar algum admirador que me
conhece da televisão. “Não deixo de ver o senhor no programa da Andréa
Beltrão.” Ou “o senhor não está mais no programa da Maria Padilha?” Adianta
eu dizer que o programa é da Maria Beltrão?
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Os direitos autorais são protegidos por lei e o infrator está sujeito as penalidades do art. 184 do Código Penal
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Isso tudo é pra dizer que, antes que me esqueçam definitivamente,


retomo esta coluna, agora só aos domingos, na esperança de um dia o leitor
me identificar, saber que eu sou eu. É fácil. Não falo de gatos, não torço pelo
Botafogo, não vejo a confusão em Ipanema da minha janela, não analiso a
conjuntura política, nunca escrevi um livro de mistério. Sou o outro, aquele
outro, aquele que fala de amenidades, pega no pé do prefeito, vê novelas...
lembra? Aquele que organiza a eleição da Mala do Ano, já fez o concurso do
Zum de Besouro e teve uma ou duas brigas com o Caetano. Ainda não
lembrou? Então esquece tudo isso. Eu prefiro ser identificado como aquele
que tem muita honra em estar em página próxima aos textos do Zuenir, do
Veríssimo, do Nelson Motta, do Cacá, da Cora, do Dapieve, dos Arnaldos, do
Agualusa... São muitos colunistas talentosos. Sou só mais um. Aquele com
menos talento, o que todo mundo confunde com os outros, mas que não cabe
em si de satisfação em ter a oportunidade de voltar a se encontrar
semanalmente com o leitor. Crônica é diálogo. Não,basta eu escrever. Tem
que ter você aí do outro lado para ler. É um prazer reencontrá-lo.

Ou ninguém leu e eu estou falando sozinho?

(Artur Xexéo)

Considere o segundo parágrafo do texto, transcrito a seguir, para responder


à questão.

“Passei 23 anos ininterruptos escrevendo uma coluna que, em alguns


momentos, era publicada três vezes por semana. Faz oito meses que parei.
E já estão me confundindo com Artur da Távola? Não que essa confusão não
seja envaidecedora. Sempre fui fã dos textos do Távola. Mas ele já não está
entre nós há oito anos! Prefiro não ter o talento do mestre, mas continuar
vivo. Vivo, pelo menos, eu posso continuar tentando alcançar o seu estilo."

Atentando-se às regras de regência verbal e preocupando-se em manter o


sentido original, a reescritura da frase “Prefiro não ter o talento do mestre,
mas continuar vivo.” estaria correta apenas em:

a) Prefiro não ter o talento do mestre do que continuar vivo.

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b) Prefiro não ter o talento do mestre a continuar vivo.

c) Prefiro continuar vivo a ter o talento do mestre.

d) Prefiro continuar vivo do que ter o talento do mestre.

e) Prefiro ter o talento do mestre do que continuar vivo.

88. (IBFC/EMEDEC/2016)

Sonhos

Sonhar é como ir ao cinema. Seus olhos se fechando são como as luzes do


cinema se apagando, e seu sonho é como um filme projetado na tela. Só
que... Só que, mesmo que você não saiba exatamente o que vai ver no
cinema, tem uma ideia. Leu uma sinopse do filme no jornal, viu o cartaz.
Sabe se vai ser um drama ou uma comédia. Sabe quem são os atores. Sabe
que, se for filme de horror, vai se assustar, se for um filme com o Silvester
Stallone, vai ter soco etc. Quer dizer: você entra no cinema preparado. Mas
você nunca dorme sabendo o que vai sonhar. (Luís Fernando Veríssimo,
fragmento)

A regência do verbo “ir” em “Sonhar é como ir ao cinema”, segue a exigência


da norma padrão da língua. Assinale a opção em que essa exigência NÃO está
sendo respeitada, ilustrando uma transgressão à norma.

a) Preferimos televisão a cinema.

b) Esse comportamento implicará advertência.

c) Nós lembramos de tudo que aconteceu.

d) O candidato aspirava a um bom resultado.

89. (IBFC/DOCAS-PB/2015)

Texto I

Quindins Quando sentiu que ia morrer, o Dr. Ariosto pediu para falar a
sós com a mulher, dona Quiléia (Quequé).

- Senta aí, Quequé.


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Ela sentou na beira da cama. Protestou, chorosa, quando o marido disse


que sabia que estava no fim. Mas o Dr. Ariosto a acalmou. Os dois sabiam
que ele tinha pouco tempo de vida e era melhor que enfrentassem a situação
sem drama. Precisava contar uma coisa à mulher. Para morrerem paz.
Contou, então, que tinha outra família.

- O quê, Ariosto?!

Tinha. Pronto. Outra mulher, outros filhos, até outros netos. A dona
Quiléia iria saber de qualquer maneira, pois ele incluíra a outra família no seu
testamento. Mas tinha decidido contar ele mesmo. De viva, por assim dizer,
voz. Para que não ficasse aquela mentira entre eles. E para que dona Quiléia
fosse tolerante com a sua memória e com a outra. Promete, Quequé? Dona
Quiléia chorava muito. Só pôde fazer “sim” com a cabeça. Aliviado, o Dr.
Ariosto deixou a cabeça cair no travesseiro. Podia morrer em paz.

Mas aconteceu o seguinte: não morreu. Teve uma melhora


surpreendente, que os médicos não souberam explicar e que Dona Quiléia
atribui à promessa que fizera a seu santo. Em poucas semanas, estava fora
de cama. Ainda precisa de cuidados, é claro. Dona Quiléia tem que regular
sua alimentação, dar remédio na hora certa... Ficam os dois sentados na sala,
olhando a televisão, em silêncio. Um silêncio constrangido. O Dr. Ariosto
arrependido de ter feito a confissão. A Dona Quiléia achando que não fica bem
se aproveitar de uma revelação que o homem fez, afinal, no seu leito de
morte. Simplesmente não tocam no assunto. No outro dia o Dr. Ariosto teve
permissão do médico para sair, pela primeira vez, de casa. Arrumou-se. Pediu
para chamarem um táxi.

- Quer que eu vá com você? - perguntou a mulher.

- Não precisa.

- Você demora? - Não, não. Vou só...

Não completou a frase. Ficaram mais alguns instantes na porta, em


silêncio. Depois ele disse:

- Bom. Tchau.

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- Tchau.

Agora, tem uma coisa: Dona Quiléia não pagou a promessa ao santo.
Ainda compra quindins escondido e os come sozinha. Aliás, deu para comer
quindões. Grandes, enormes, translúcidos quindões.

(Luis Fernando Veríssimo)

No fragmento “Precisava contar uma coisa à mulher” (3°§), a crase ocorre,


basicamente, devido:

a) à regência do verbo precisar e ao complemento feminino.

b) à construção de uma locução adverbial com vocábulo feminino.

c) ao “a” inicial de uma locução prepositiva com vocábulo feminino.

d) à regência do verbo “contar” e ao complemento feminino.

90. (IBFC/SSA-HMDCC/2015)

Texto I

O que é filosofia?

Querida Sofia,

Muitas pessoas têm hobbies diferentes. Algumas colecionam moedas e selos


antigos, outras gostam de trabalhos manuais, outras ainda dedicam quase
todo o seu tempo livre a uma determinada modalidade de esporte.

Também há os que gostam de ler. Mas os tipos de leitura também são muito
diferentes. Alguns leem apenas jornais ou gibis, outros gostam de romances,
outros ainda preferem livros sobre temas diversos como astronomia, a vida
dos animais ou as novas descobertas da tecnologia.

Se me interesso por cavalos ou pedras preciosas, não posso querer que todos
os outros tenham o mesmo interesse. Se fico grudado na televisão assistindo
a todas as transmissões de esporte, tenho que aceitar que outras pessoas
achem o esporte uma chatice.

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Mas será que alguma coisa interessa a todos? Será que existe alguma coisa
que concerne a todos, não importando quem são ou onde se encontram? Sim,
querida Sofia, existem questões que deveriam interessar a todas as pessoas.
E é sobre tais questões que trata este curso.

Qual é a coisa mais importante da vida? Se fazemos esta pergunta a uma


pessoa de um país assolado pela fome, a resposta será: a comida. Se fazemos
a mesma pergunta a quem está morrendo de frio, então a resposta será: o
calor. E quando perguntamos a alguém que se sente sozinho e isolado, então
certamente a resposta será: a companhia de outras pessoas.

Mas, uma vez satisfeitas todas essas necessidades, será que ainda resta
alguma coisa de que todo mundo precise? Os filósofos acham que sim. Eles
acham que o ser humano não vive apenas de pão. É claro que todo mundo
precisa comer. E precisa também de amor e cuidado. Mas ainda há uma coisa
de que todos nós precisamos. Nós temos a necessidade de descobrir quem
somos e por que vivemos.

Portanto, interessar-se em saber por que vivemos não é um interesse “casual”


como colecionar selos por exemplo. Quem se interessa por tais questões toca
um problema que vem sendo discutido pelo homem praticamente desde
quando passamos a habitar este planeta. A questão de saber como surgiu o
universo, a Terra e a vida por aqui é uma questão maior e mais importante
do que saber quem ganhou mais medalhas de ouro nos últimos Jogos
Olímpicos.

(GAARDER, Jostein. O mundo de Sofia. São Paulo: Companhia das Letras,


1995. p.24-25)

“Mas, uma vez satisfeitas todas essas necessidades, será que ainda resta
alguma coisa de que todo mundo precise?” (6º §)

Assinale a alternativa em que se faz um comentário sintático INCORRETO


sobre o trecho em análise.

a) Existe apenas uma oração subordinada introduzida pela conjunção


integrante “que”.

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b) “alguma coisa” cumpre a função sintática de sujeito simples do verbo


“resta”.

c) O adjetivo “satisfeitas” exerce, no contexto, a função sintática de


predicativo.

d) O emprego da preposição “de” após o substantivo “coisa” obedece à


regência desse nome.

91. (IBFC/EBSERH/2017)

Texto

Há algum tempo venho afinando certa mania. Nos começos chutava tudo o
que achava. [...] Não sei quando começou em mim o gosto sutil. [...]

Chutar tampinhas que encontro no caminho. É só ver a tampinha. Posso


diferenciar ao longe que tampinha é aquela ou aquela outra. Qual a marca
(se estiver de cortiça para baixo) e qual a força que devo empregar no chute.
Dou uma gingada, e quase já controlei tudo. [...] Errei muitos, ainda erro. É
plenamente aceitável a ideia de que para acertar, necessário pequenas
erradas. Mas é muito desagradável, o entusiasmo desaparecer antes do
chute. Sem graça.

Meu irmão, tino sério, responsabilidades. Ele, a camisa; eu, o avesso. Meio
burguês, metido a sensato. Noivo...

- Você é um largado. Onde se viu essa, agora! [...]

Cá no bairro minha fama andava péssima. Aluado, farrista, uma porção de


coisas que sou e que não sou. Depois que arrumei ocupação à noite, há
senhoras mães de família que já me cumprimentaram. Às vezes, aparecem
nos rostos sorrisos de confiança. Acham, sem dúvida, que estou melhorando.

- Bom rapaz. Bom rapaz.

Como se isso estivesse me interessando...

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Faço serão, fico até tarde. Números, carimbos, coisas chatas. Dez, onze
horas. De quando em vez levo cerveja preta e Huxley. (Li duas vezes o
“Contraponto” e leio sempre). [...] Dia desses, no lotação. A tal estava a meu
lado querendo prosa. [...] Um enorme anel de grau no dedo.

Ostentação boba, é moça como qualquer outra. Igualzinho às outras, sem


diferença. E eu me casar com um troço daquele? [...] Quase respondi...

- Olhe: sou um cara que trabalha muito mal. Assobia sambas de Noel com
alguma bossa. Agora, minha especialidade, meu gosto, meu jeito mesmo, é
chutar tampinhas da rua. Não conheço chutador mais fino.

(ANTONIO, João. Afinação da arte de chutar tampinhas. In: Patuleia: gentes


de rua. São Paulo: Ática, 1996)

Vocabulário:

Huxley: Aldous Huxley, escritor britânico mais conhecido por seus livros de
ficção científica.

Contraponto: obra de ficção de Huxley que narra a destruição de valores do


pós-guerra na Inglaterra, em que o trabalho e a ciência retiraram dos
indivíduos qualquer sentimento e vontade de revolução.

O emprego do acento grave em “Às vezes, aparecem nos rostos sorrisos de


confiança.“ (5º§) justifica-se pela mesma razão do que ocorre no seguinte
exemplo:

a) Entregou o documento às meninas.

b) Manteve-se sempre fiel às suas convicções.

c) Saiu, às pressas, mas não reclamou.

d) Às experiências, dedicou sua vida.

e) Deu um retorno às fãs.

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92. (IBFC/COMLURB/2016)

Que é Segurança do Trabalho?

Segurança do trabalho pode ser entendida como os conjuntos de medidas


que são adotadas visando minimizar os acidentes de trabalho, doenças
ocupacionais, bem como proteger a integridade e a capacidade de trabalho
do trabalhador.

A Segurança do Trabalho estuda diversas disciplinas como Introdução à


Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho, Prevenção e Controle de Riscos
em Máquinas, Equipamentos e Instalações, Psicologia na Engenharia de
Segurança, Comunicação e Treinamento, Administração aplicada à
Engenharia de Segurança, O Ambiente e as Doenças do Trabalho, Higiene do
Trabalho, Metodologia de Pesquisa, Legislação, Normas Técnicas,
Responsabilidade Civil e Criminal, Perícias, Proteção do Meio Ambiente,
Ergonomia e Iluminação, Proteção contra Incêndios e Explosões e Gerência
de Riscos.

O quadro de Segurança do Trabalho de uma empresa compõe-se de uma


equipe multidisciplinar composta por Técnico de Segurança do Trabalho,
Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho e Enfermeiro do
Trabalho. Estes profissionais formam o que chamamos de SESMT - Serviço
Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho. Também
os empregados da empresa constituem a CIPA - Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes, que tem como objetivo a prevenção de acidentes e
doenças decorrentes do trabalho, de modo a tomar compatível
permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da
saúde do trabalhador.

A Segurança do Trabalho é definida por normas e leis. No Brasil, a


Legislação de Segurança do Trabalho compõe-se de Normas
Regulamentadoras, leis complementares, como portarias e decretos e
também as convenções Internacionais da Organização Internacional do
Trabalho, ratificadas pelo Brasil.

http://www.areasea.com/sea/ - acesso em 24/04/2016

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Leia o texto abaixo e identifique qual das alternativas apresenta correta


aplicação de crase, seguindo a mesma lógica do texto.

“A Segurança do Trabalho estuda diversas disciplinas como Introdução à


Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho, Prevenção e Controle de Riscos
em Máquinas, Equipamentos e Instalações...”

a) O curso de português discute assuntos associados à gramática, à


literatura e à produção de textos.

b) O professor fez correções à respeito dos erros de ortografia presentes no


texto.

c) O referido texto apresenta informações de grande importância à alunos


de Engenharia.

d) A literatura sobre Segurança do Trabalho presente na faculdade


apresenta informações importantes à seus alunos.

93. (IBFC/CÂMARA MUNICIPAL DE ARARAQUARA-SP/2016) Leia as opções


abaixo e assinale a alternativa em que a crase está correta.

a) Este ano os alunos vão à São Paulo para fazer pesquisas.

b) O aluno da escola está encerrando o trabalho que será entregue à sua


professora.

c) Este ano os alunos vão à Bahia para fazer pesquisas.

d) O aluno está se dedicando à pesquisar novos meios de comunicação.

94. (IBFC/EBSERH/2016)

Rito de Passagem

Um dia seu filho se aproxima e diz, assim como quem não quer nada: “Pai,
fiz a barba”. E, a menos que se trate de um pai desnaturado ou de um
barbeiro cansado da profissão, a emoção do pai será inevitável. E será uma
complexa emoção essa, um misto de assombro, de orgulho, mas também de
melancolia. O seu filho, o filhinho que o pai carregou nos braços, é um
homem. O tempo passou.
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Barba é importante. Sempre foi. Patriarca bíblico que se prezasse usava


barba. Rei também. E um fio de barba, ou de bigode, tradicionalmente se
constitui numa garantia de honra, talvez não aceita pelos cartórios, mas
prezada como tal. Fazer a barba é um rito de passagem.

Como rito de passagem, ele não dura muito. Fazer a barba. No início, é
uma revelação; logo passa à condição de rotina, e às vezes de rotina
aborrecida. Muitos, aliás, deixam crescer a barba por causa disto, para se ver
livre do barbeador ou da lâmina de barbear. Mas, quando seu filho se olha no
espelho, e constata que uns poucos e esparsos pelos exigem - ou permitem
- o ato de barbear-se, ele seguramente vibra de satisfação.

Nenhum de nós, ao fazer a barba pela primeira vez, pensa que a infância
ficou pra trás. E, no entanto, é exatamente isto: o rosto que nos mira do
espelho já não é mais o rosto da criança que fomos. É o rosto do adulto que
seremos. E os pelos que a água carrega para o ralo da pia levam consigo
sonhos e fantasias que não mais voltarão.

É bom ter barba? Essa pergunta não tem resposta. Esta pergunta é como
a própria barba: surge implacavelmente, cresce não importa o que façamos.
Cresce mesmo depois que expiramos. E muitos de nós expiramos lembrando
certamente o rosto da criança que, do fundo do espelho, nos olha sem
entender.

(SCLIAR, Moacyr et al. Histórias de grandeza e de miséria. Porto Alegre:


L&PM, 2003)

Em “logo passa à condição de rotina” (3°§), ocorre o acento grave indicativo


de crase. Dentre as reescrituras do fragmento propostas abaixo, assinale a
que NÃO ilustra um erro no emprego desse acento.

a) logo passa à esta situação de rotina

b) logo passa à situações de rotina

c) logo passa à fazer parte da rotina

d) logo passa à um contexto de rotina

e) logo passa à construção da rotina


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95. (IBFC/EMBASA/2015)

Não quer ajudar, não atrapalha

(Gregório Duvivier)

É sempre a mesma coisa. Primeiro todo o mundo põe um filtro arco-íris no


avatar. Depois vem uma onda de gente criticando quem trocou o avatar.
Depois vem a onda criticando quem criticou. Em seguida começam a criticar
quem criticou os que criticaram. Nesse momento já começaram as ofensas
pessoais e já se esqueceu o porquê de ter trocado o avatar, ou trocado o
nome para guarani kayowá, ou abraçado qualquer outra causa.

Toda batalha pode ser ridicularizada. Você é contra a homofobia: essa


bandeira é fácil, quero ver levantar bandeira contra a transfobia. Você é
contra a transfobia: estatisticamente a transfobia afeta muito pouca gente se
comparada ao machismo. Você é contra o machismo: mas a mulher está
muito mais incluída na sociedade do que os negros. E por aí vai. Você é de
esquerda, mas não doa pros pobres? Hipócrita. Ah, você doa pros pobres?
Populista. Culpado. Assistencialista.

Cintia Suzuki resumiu bem: “Você coloca um avatar coloridinho, aí não


pode porque tem gente passando fome. Aí o governo faz um programa pras
pessoas não passarem mais fome, e aí não pode porque é sustentar
vagabundo (...). Moral da história: deixa os outros ajudarem quem bem
entenderem, já que você não vai ajudar ninguém".

Todo vegetariano diz que a parte difícil de não comer carne não é não
comer carne. Chato mesmo é aguentar a reação dos carnívoros: “De onde
você tira a proteína? Você tem pena de bicho? Mas de rúcula você não tem
pena? E das pessoas que colhem a rúcula, você não tem pena? E dos peruanos
que não podem mais comprar quinoa e estão morrendo de fome?"

O estranho é que, independentemente da sua orientação em relação à


carne, não há quem não concorde que o vegetarianismo seria melhor para o
mundo, seja do ponto de vista dos animais, ou do meio ambiente, ou da
saúde, ou de tudo junto. O problema é exatamente esse: alguém fazendo
alguma coisa lembra a gente de que a gente não está fazendo nada. Quando

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o vizinho separa o lixo, você se sente mal por não separar. A solução? Xingar
o vizinho, esse hipócrita que separa o lixo, mas fuma cigarro. Assim é fácil,
vizinho.

Quem não faz nada pra mudar o mundo está sempre muito empenhado
em provar que a pessoa que faz alguma coisa está errada — melhor seria se
usasse essa energia para tentar mudar, de fato, alguma coisa. Como diria
minha avó: não quer ajudar, não atrapalha.

(Disponível em: http://www1 .folha.uol.com.br/colunas/


areaorioduvivier/2015/07/1654941-nao-auer-aiudar-nao-atrapalha.shtml.
Acesso em: 10/09/15)

No fragmento “O estranho é que, independentemente da sua orientação em


relação à carne" (5°§), ocorre um exemplo de crase. Ao reescrever-se um
trecho desse fragmento, substituindo o vocábulo “carne" por outras
construções, aponte a única opção em que o acento grave estaria sendo
usado corretamente.

a) independentemente da sua orientação em relação à escolha

b) independentemente da sua orientação em relação à uma alimentação

c) independentemente da sua orientação em relação à alimentar-se

d) independentemente da sua orientação em relação à comidas

96. (EBSERH/IBFC/2015)

Texto

O amor acaba

(Paulo Mendes Campos)

O amor acaba. Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova,
depois de teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos
parques de ouro onde começou a pulsar; de repente, ao meio do cigarro que
ele atira de raiva contra um automóvel ou que ela esmaga no cinzeiro repleto,
polvilhando de cinzas o escarlate das unhas; na acidez da aurora tropical,
depois duma noite votada à alegria póstuma, que não veio; e acaba o amor
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no desenlace das mãos no cinema, como tentáculos saciados, e elas se


movimentam no escuro como dois polvos de solidão; como se as mãos
soubessem antes que o amor tinha acabado; na insônia dos braços luminosos
do relógio; e acaba o amor nas sorveterias diante do colorido iceberg, entre
frisos de alumínio e espelhos monótonos; e no olhar do cavaleiro errante que
passou pela pensão; às vezes acaba o amor nos braços torturados de Jesus,
filho crucificado de todas as mulheres; mecanicamente, no elevador, como se
lhe faltasse energia; no andar diferente da irmã dentro de casa o amor pode
acabar; na epifania da pretensão ridícula dos bigodes; nas ligas, nas cintas,
nos brincos e nas silabadas femininas; quando a alma se habitua às províncias
empoeiradas da Ásia, onde o amor pode ser outra coisa, o amor pode acabar;
na compulsão da simplicidade simplesmente; no sábado, depois de três goles
momos de gim à beira da piscina; no filho tantas vezes semeado, às vezes
vingado por alguns dias, mas que não floresceu, abrindo parágrafos de ódio
inexplicável entre o pólen e o gineceu de duas flores; em apartamentos
refrigerados, atapetados, aturdidos de delicadezas, onde há mais encanto que
desejo; e o amor acaba na poeira que vertem os crepúsculos, caindo
imperceptível no beijo de ir e vir; em salas esmaltadas com sangue, suor e
desespero; nos roteiros do tédio para o tédio, na barca, no trem, no ônibus,
ida e volta de nada para nada; em cavernas de sala e quarto conjugados o
amor se eriça e acaba; no inferno o amor não começa; na usura o amor se
dissolve; em Brasília o amor pode virar pó; no Rio, frivolidade; em Belo
Horizonte, remorso; em São Paulo, dinheiro; uma carta que chegou depois,
o amor acaba; uma carta que chegou antes, e o amor acaba; na
descontrolada fantasia da libido; às vezes acaba na mesma música que
começou, com o mesmo drinque, diante dos mesmos cisnes; e muitas vezes
acaba em ouro e diamante, dispersado entre astros; e acaba nas
encruzilhadas de Paris, Londres, Nova Iorque; no coração que se dilata e
quebra, e o médico sentencia imprestável para o amor; e acaba no longo
périplo, tocando em todos os portos, até se desfazer em mares gelados; e
acaba depois que se viu a bruma que veste o mundo; na janela que se abre,
na janela que se fecha; às vezes não acaba e é simplesmente esquecido como
um espelho de bolsa, que continua reverberando sem razão até que alguém,
humilde, o carregue consigo; às vezes o amor acaba como se fora melhor
nunca ter existido; mas pode acabar com doçura e esperança; uma palavra,
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muda ou articulada, e acaba o amor; na verdade; o álcool; de manhã, de


tarde, de noite; na floração excessiva da primavera; no abuso do verão; na
dissonância do outono; no conforto do inverno; em todos os lugares o amor
acaba; a qualquer hora o amor acaba; por qualquer motivo o amor acaba;
para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto o amor acaba.

Observe o fragmento: “depois de três goles mornos de gim à beira da


piscina". Nele, o acento grave é compreendido também pelo papel sintático
da construção em que ele se encontra. Considerando o contexto, assinale a
opção em que se destaca um exemplo de palavra ou expressão que, embora
não corresponda ao mesmo valor semântico, exerça a mesma função sintática
do termo destacado neste enunciado.

a) “num domingo de lua nova"

b) “polvilhando de cinzas o escarlate das unhas"

c) “na compulsão da simplicidade simplesmente"

d) “e amor acaba na poeira que vertem os crepúsculos"

e) “e acaba nas encruzilhadas de Paris"

97. (IBFC/PC-SE/2014) “O vice-rei, porém, não parecia satisfeito. Notava


hesitações, falta de élan na tropa, rapidez e exatidão nas evoluções e pouca
obediência ao comando em chefe e aos comandados particulares; enfim,
pouca eficiência militar naquele exército que devia ser uma ameaça à China
inteira, caso quisessem retirá-lo do cômodo e rendoso lugar de vice-rei de
Cantão.

Comunicou isto ao general, que lhe respondeu:

- É verdade o que Vossa Excelência Reverendíssima, Poderosíssima,


Graciosíssima, Altíssima e Celestial diz; mas os defeitos são fáceis de
remediar.”

Ao empregar o acento grave, deve-se considerar a relação de dependência


entre termos. Em “ameaça à China inteira”, a presença do acento grave
justifica-se em função do mesmo contexto lingüístico verificado em:

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a) Vou à feira

b) Estou apta à tarefa

c) Saiu às dez horas

d) Cortou o cabelo à Roberto Carlos

98. (IBFC/SEDS-MG/2014)

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Em “Assim, emoções ligadas à excitação, como raiva e felicidade, “, ocorre a


contração da preposição “a” com o artigo “a”. A ocorrência da preposição
deve-se a uma relação de regência, na qual o termo regente é:

a) “assim”

b) “excitação”

c) “emoções”

d) “ligadas”

99. (IBFC/SEAP-DF/2013) Indique a alternativa em que o sinal da crase é


facultativo:

a) O paciente foi socorrido às pressas

b) Hoje cedo, Sofia voltou à casa da mãe.

c) Morte de bebês leva à punição de médico.

d) Esse assunto se refere à sua casa.

100. (IBFC/SEAP-DF/2013) O fenômeno da crase é marcado em português


pelo acento grave. Assinale abaixo a alternativa que apresenta erro quanto
ao uso do acento indicativo de crase.

a) Ao chegar à margem, o encanto se perde.

b) Foi com a irmã a casa.

c) Deu à ela todo seu amor

d) Chegaram à casa da praia ao cair da noite.

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101. (IBFC/MGS/2017)

Texto II

Família

(Titãs, fragmento)

Família, família

Papai, mamãe, titia,

Família, família

Almoça junto todo dia,

Nunca perde essa mania

Mas quando a filha quer fugir de casa

Precisa descolar um ganha-pão

Filha de família se não casa

Papai, mamãe, não dão nenhum tostão

Família êh!

Família áh!

Nos três primeiros versos, as vírgulas foram usadas para:

a) indicar uma sequência infinita de termos.

b) separar elementos de uma enumeração.

c) marcar uma pausa longa entre as palavras.

d) enumerar termos de classes gramaticais distintas.

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102. (IBFC/EBSERH/2017)

Texto I

Vivendo e...

Eu sabia fazer pipa e hoje não sei mais. Duvido que se hoje pegasse uma bola
de gude conseguisse equilibrá-la na dobra do dedo indicador sobre a unha do
polegar, e quanto mais jogá-la com a precisão que eu tinha quando era
garoto. Outra coisa: acabo de procurar no dicionário, pela primeira vez, o
significado da palavra “gude”. Quando era garoto nunca pensei nisso, eu sabia
o que era gude. Gude era gude.

Juntando-se as duas mãos de um determinado jeito, com os polegares para


dentro, e assoprando pelo buraquinho, tirava-se um silvo bonito que inclusive
variava de tom conforme o posicionamento das mãos. Hoje não sei que jeito
é esse. [...]

(VERÍSSIMO, Luis Fernando. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro:


Objetiva. 2001)

Utilize o Texto I para responder a questão.

O emprego das reticências no título, sugere:

a) a incapacidade do autor em completar a ideia.

b) a caracterização de uma enumeração infinita.

c) um convite para que o leitor refita sobre o tema.

d) a sinalização de um questionamento do leitor.

e) a representação de uma ideia polêmica.

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103. (IBFC/EBSERH/2016)

Minhas

Maturidade

Circunspecção, siso, prudência.

(Mario Prata)

É o que o homem pensa durante anos, enquanto envelhece. Já está perto


dos 50 e a pergunta ainda martela. Um dia ele vai amadurecer

Quando um homem descobre que não é necessário escovar os dentes com


tanta rapidez, tenha certeza, ele virou um homem maduro. Só sendo mesmo
muito imaturo para escovar os dentes com tanta pressa.

E o amarrar do sapato pode ser mais tranquilo, arrumando-se uma posição


menos incômoda, acertando as pontas.

[...]

Não sente culpa de nada. Mas, se sente, sofre como nunca. Mas já é capaz
de assistir à sessão da tarde sem a culpa a lhe desviar a atenção.

É um homem mais bonito, não resta a menor dúvida.

Homem maduro não bebe, vai à praia.

Não malha: a malhação denota toda a imaturidade de quem a faz. Curtir


o corpo é ligeiramente imaturo.

Nada como a maturidade para perceber que os intelectuais de esquerda


estão, fnalmente, acabando. Restam uns cinco.

Sorri tranquilo quando pensa que a pressa é coisa daqueles imaturos.

O homem maduro gosta de mulheres imaturas. Fazer o quê?

Muda muito de opinião. Essa coisa de ter sempre a mesma opinião, ele já
foi assim.

[...]
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Se ninguém segurar, é capaz do homem maduro fcar com mania de apagar


as luzes da casa.

O homem maduro faz palavras cruzadas!

Se você observar bem, ele começa a implicar com horários.

A maturidade faz com que ele não possa mais fazer algumas coisas. Se
pega pensando: sou um homem maduro. Um homem maduro não pode fazer
isso.

O homem maduro começa, pouco a pouco, a se irritar com as pessoas


imaturas.

Depois de um tempo, percebe que está começando é a sentir inveja dos


imaturos.

Será que os imaturos são mais felizes?, pensa, enquanto começa a escovar
os dentes depressa, mais depressa, mais depressa ainda.

O homem maduro é de uma imaturidade a toda prova.

Meu Deus, o que será de nós, os maduros?

Considere o fragmento abaixo para responder à questão seguinte:

“Depois de um tempo, percebe que está começando é a sentir inveja dos


imaturos.” (17º§)

O emprego da vírgula justifca-se por:

a) isolar uma oração subordinada adverbial.

b) marcar a presença de um aposto explicativo.

c) separar orações coordenadas assindéticas.

d) indicar a presença de um vocativo.

e) acompanhar um termo deslocado da ordem direta.

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104. (IBFC/EBSERH/2016)

Texto

Setenta anos, por que não?

Acho essa coisa da idade fascinante: tem a ver com o modo como lidamos
com a vida. Se a gente a considera uma ladeira que desce a partir da primeira
ruga, ou do começo de barriguinha, então viver é de certa forma uma
desgraceira que acaba na morte. Desse ponto de vista, a vida passa a ser
uma doença crônica de prognóstico sombrio. Nessa festa sem graça, quem
fica animado? Quem não se amargura?

[...]

Pois se minhas avós eram damas idosas aos 50 anos, sempre de livro na
mão lendo na poltrona junto à janela, com vestidos discretíssimos, pretos de
florzinha branca (ou, em horas mais festivas, minúsculas flores ou bolinhas
coloridas), hoje aos 70 estamos fazendo projetos, viajando (pode ser
simplesmente à cidade vizinha para visitar uma amiga), indo ao teatro e ao
cinema, indo a restaurante (pode ser o de quilo, ali na esquina),
eventualmente namorando ou casando de novo. Ou dando risada à toa com
os netos, e fazendo uma excursão com os filhos. Tudo isso sem esquecer a
universidade, ou aprender a ler, ou visitar pela primeira vez uma galeria de
arte, ou comer sorvete na calçada batendo papo com alguma nova amiga.

[...]

Não precisamos ser tão incrivelmente sérios, cobrar tanto de nós, dos
outros e da vida, críticos o tempo todo, vendo só o lado mais feio do mundo.
Das pessoas. Da própria família. Dos amigos. Se formos os eternos
acusadores, acabaremos com um gosto amargo na boca: o amargor de
nossas próprias palavras e sentimentos. Se não soubermos rir, se tivermos
desaprendido como dar uma boa risada, ficaremos com a cara hirta das
máscaras das cirurgias exageradas, dos remendos e intervenções para
manter ou recuperar a “beleza”. A alma tem suas dores, e para se curar
necessita de projetos e afetos. Precisa acreditar em alguma coisa.
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(LUFT, Lya. In: http://veja.abril.com.br. Acesso em 18/09/16)

As aspas empregadas em “dos remendos e intervenções para manter ou


recuperar a “beleza” ” (3º§) permitem a leitura de uma crítica à ideia de que:

a) cada idade tem sua beleza própria

b) a beleza só está associada à juventude

c) a beleza interior deve valer mais do que a exterior

d) o conceito de beleza é subjetivo, bastante relativo

e) trabalhando a mente, o corpo fica belo

105. (IBFC/EBSERH/2017)

Texto

Setenta anos, por que não?

Acho essa coisa da idade fascinante: tem a ver com o modo como lidamos
com a vida. Se a gente a considera uma ladeira que desce a partir da primeira
ruga, ou do começo de barriguinha, então viver é de certa forma uma
desgraceira que acaba na morte. Desse ponto de vista, a vida passa a ser
uma doença crônica de prognóstico sombrio. Nessa festa sem graça, quem
fica animado? Quem não se amargura?

[...]

Pois se minhas avós eram damas idosas aos 50 anos, sempre de livro na
mão lendo na poltrona junto à janela, com vestidos discretíssimos, pretos de
florzinha branca (ou, em horas mais festivas, minúsculas flores ou bolinhas
coloridas), hoje aos 70 estamos fazendo projetos, viajando (pode ser
simplesmente à cidade vizinha para visitar uma amiga), indo ao teatro e ao
cinema, indo a restaurante (pode ser o de quilo, ali na esquina),
eventualmente namorando ou casando de novo. Ou dando risada à toa com
os netos, e fazendo uma excursão com os filhos. Tudo isso sem esquecer a
universidade, ou aprender a ler, ou visitar pela primeira vez uma galeria de
arte, ou comer sorvete na calçada batendo papo com alguma nova amiga.

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[...]

Não precisamos ser tão incrivelmente sérios, cobrar tanto de nós, dos
outros e da vida, críticos o tempo todo, vendo só o lado mais feio do mundo.
Das pessoas. Da própria família. Dos amigos. Se formos os eternos
acusadores, acabaremos com um gosto amargo na boca: o amargor de
nossas próprias palavras e sentimentos. Se não soubermos rir, se tivermos
desaprendido como dar uma boa risada, ficaremos com a cara hirta das
máscaras das cirurgias exageradas, dos remendos e intervenções para
manter ou recuperar a “beleza”. A alma tem suas dores, e para se curar
necessita de projetos e afetos. Precisa acreditar em alguma coisa.

(LUFT, Lya. In: http://veja.abril.com.br. Acesso em 18/09/16)

A pontuação empregada em “Das pessoas. Da própria família. Dos amigos.”


(3º§) cumpre um papel expressivo ao gerar o seguinte efeito:

a) ritmo mais rápido do que com o emprego das vírgulas

b) ênfase a cada um dos termos da enumeração

c) hierarquização de valor aos termos da enumeração

d) ressignificação do sentido dos termos empregados

e) atribuição e valor imperativo aos termos enumerados

106. (IBFC/TCM-RJ/2016) Assinale a alternativa cuja frase está corretamente


pontuada.

a) O bolo que estava sobre a mesa, sumiu

b) Ele, apressadamente se retirou, quando ouviu um barulho estranho

c) Confessou-lhe tudo; ciúme, ódio, inveja

d) Paulo pretende cursar Medicina; Márcia, Odontologia

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107. (IBFC/COMLURB/2016)

Que é Segurança do Trabalho?

Segurança do trabalho pode ser entendida como os conjuntos de medidas


que são adotadas visando minimizar os acidentes de trabalho, doenças
ocupacionais, bem como proteger a integridade e a capacidade de trabalho
do trabalhador.

A Segurança do Trabalho estuda diversas disciplinas como Introdução à


Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho, Prevenção e Controle de Riscos
em Máquinas, Equipamentos e Instalações, Psicologia na Engenharia de
Segurança, Comunicação e Treinamento, Administração aplicada à
Engenharia de Segurança, O Ambiente e as Doenças do Trabalho, Higiene do
Trabalho, Metodologia de Pesquisa, Legislação, Normas Técnicas,
Responsabilidade Civil e Criminal, Perícias, Proteção do Meio Ambiente,
Ergonomia e Iluminação, Proteção contra Incêndios e Explosões e Gerência
de Riscos.

O quadro de Segurança do Trabalho de uma empresa compõe-se de uma


equipe multidisciplinar composta por Técnico de Segurança do Trabalho,
Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho e Enfermeiro do
Trabalho. Estes profissionais formam o que chamamos de SESMT - Serviço
Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho. Também
os empregados da empresa constituem a CIPA - Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes, que tem como objetivo a prevenção de acidentes e
doenças decorrentes do trabalho, de modo a tomar compatível
permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da
saúde do trabalhador.

A Segurança do Trabalho é definida por normas e leis. No Brasil, a


Legislação de Segurança do Trabalho compõe-se de Normas
Regulamentadoras, leis complementares, como portarias e decretos e

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também as convenções Internacionais da Organização Internacional do


Trabalho, ratificadas pelo Brasil.

http://www.areasea.com/sea/ - acesso em 24/04/2016

Em textos em Língua Portuguesa sabe-se que a alteração de pontuação pode


prejudicar a organização do texto e, muitas vezes, mudar o sentido da frase.
Leia a sentença abaixo e indique a alternativa em que a alteração da
pontuação mantém o texto correto:

“O quadro de Segurança do Trabalho de uma empresa compõe-se de uma


equipe multidisciplinar composta por Técnico de Segurança do Trabalho,
Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho e Enfermeiro do
Trabalho.”

a) O quadro de Segurança do Trabalho, de uma empresa compõe-se de uma


equipe multidisciplinar composta por Técnico de Segurança do Trabalho,
Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho e Enfermeiro do
Trabalho.

b) O quadro de Segurança do Trabalho de uma empresa, compõe-se de uma


equipe multidisciplinar composta por Técnico de Segurança do Trabalho,
Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho e Enfermeiro do
Trabalho.

c) O quadro de Segurança do Trabalho de uma empresa compõe-se de uma


equipe multidisciplinar composta por: Técnico de Segurança do Trabalho,
Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho e Enfermeiro do
Trabalho.

d) O quadro de, Segurança do Trabalho de uma empresa compõe-se, de


uma equipe multidisciplinar composta por Técnico de Segurança do Trabalho,
Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho e Enfermeiro do
Trabalho.

108. (IBFC/COMLURB/2016) Abaixo se apresenta um trecho da obra Ensaio


sobre a cegueira, de José Saramago, com várias opções de pontuação.
Assinale a alternativa em que todas as vírgulas estão colocadas corretamente.

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a) Os automobilistas, impacientes, com o pé no pedal da embraiagem,


mantinham em tensão os carros, avançando, recuando, como cavalos
nervosos que sentissem vir no ar a chibata.

b) Os automobilistas, impacientes, com o pé no pedal da embraiagem,


mantinham em tensão os carros, avançando recuando como cavalos nervosos
que sentissem vir no ar a chibata.

c) Os automobilistas, impacientes, com o pé no pedal, da embraiagem,


mantinham em tensão os carros, avançando, recuando, como cavalos
nervosos, que sentissem vir no ar a chibata.

d) Os automobilistas, impacientes, com o pé no pedal da embraiagem


mantinham em tensão, os carros avançando recuando, como cavalos
nervosos que sentissem vir no ar a chibata.

109. (IBFC/CÂMARA MUNICIPAL DE ARARAQUARA – SP/2016) O estudo


científico da comunicação: avanços teóricos e metodológicos ensejados pela
escola latino-americana

INTRODUÇÃO

A sociedade moderna está cercada de todos os lados pelos vários sistemas de


comunicação. Estudar a comunicação social é uma necessidade atual de todos
os povos em qualquer parte do mundo. Conhecer e dominar os sistemas de
informação e da comunicação é indispensável no mundo globalizado. Estamos
iniciando os últimos passos para a saída do século XX e os primeiros para a
entrada do século XXI. Neste período de transição o ser humano vive
momentos de incertezas da comunicação e de (in)comunicação, das crises
políticas, culturais, econômicas e religiosas. As distâncias na sociedade
contemporânea estão cada vez mais próximas, quer seja pelos modernos
meios de transporte ou pelas telecomunicações via satélite, Internet, etc.
Com as novas tecnologias, a velocidade da informação e o processo
comunicacional tomam-se cada vez mais complexos e conseqüentemente de
mais difícil compreensão.

No início do século XX o impacto sociocultural e econômico se deu com a


revolução industrial. O século XXI está chegando sob o impacto da revolução

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dos meios de comunicação e das novas tecnologias da informação. É inegável


a importância dos meios de comunicação social e sua influência na complexa
sociedade globalizada. Desta forma, estudaras mídias passou a ser uma
prioridade no campo das interações sociais. É necessário investigar,
compreender e formular teorias de comunicação que possam atender os
interesses da sociedade no mundo globalizado. Em busca desse objetivo
resolvemos fazer algumas reflexões sobre os paradigmas existentes e tentar
abrir algumas brechas que possam contribuir na formatação de novos
ingredientes colaboradores do processo de interpretação e explicação da
realidade atual. É neste mundo globalizado que o homem vive atualmente e
dele retira as informações que irão contribuir para ampliação dos seus
conhecimentos e das suas experiências.

http://www2.metodista.br/unesco/PCLA/revista6/artiao%206-3.htm -
acesso em 03/05/2016.

Leia a citação abaixo e assinale a alternativa em que a alteração de pontuação


não deixa a frase incorreta.

Com as novas tecnologias, a velocidade da informação e o processo


comunicacional tornam-se cada vez mais complexos e consequentemente de
mais difícil compreensão.

a) Com as novas tecnologias a velocidade da informação e o processo


comunicacional, tornam-se cada vez mais complexos e, consequentemente
de mais difícil compreensão.

b) Com as novas tecnologias, a velocidade da informação e o processo


comunicacional tornam-se cada vez mais complexos e, consequentemente,
de mais difícil compreensão.

c) Com as novas tecnologias, a velocidade da informação e o processo


comunicacional tornam-se cada vez mais complexos e, consequentemente de
mais difícil compreensão.

d) Com as novas tecnologias, a velocidade da informação, e o processo


comunicacional tornam-se cada vez mais complexos e consequentemente, de
mais difícil compreensão.

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110. (IBFC/CÂMARA MUNICIPAL DE ARARAQUARA – SP/2016) Assinale a


alternativa que não indica problema de pontuação.

a) A comunicação, é muito importante para a convivência em comunidade.

b) A comunicação é muito importante para a convivência em comunidade.

c) A comunicação é muito importante, para a convivência em comunidade.

d) A comunicação, é muito importante, para a convivência em comunidade.

111. (IBFC/POLÍCIA CIENTÍFICA-PR/20117)

Texto I

Afinal: o que é a “morte cerebral”?

A declaração de morte cerebral é um conceito relativamente novo na medicina


e envolve o preenchimento de critérios clínicos e laboratoriais

O cérebro humano é o órgão que nos torna únicos. Possibilita que pensemos,
falemos e organiza, de uma forma ou outra, todo nosso consciente e
inconsciente. Claro, todos os órgãos são relevantes, e, sem o conjunto, não
poderíamos funcionar de maneira adequada. Mas a verdade é que, do ponto
de vista evolutivo, todos os órgãos desenvolveram-se para permitir manter
um cérebro cada vez mais exigente e complexo. Aprimoraram-se os
mecanismos de defesa, de alimentação, de locomoção, entre outros, para que
as sensações e ordens trabalhadas no cérebro fossem elaboradas.

E quando o cérebro deixa de funcionar, ou seja, morre, todas as outras


funções deixam de ser necessárias; muitas delas ficam descoordenadas pela
simples falta da atividade cerebral adequada.

Até pouco tempo atrás, o indivíduo morria quando seu coração parava de
bater. Hoje sabemos que o indivíduo está morto quando seu cérebro morre.
Mas, não há muito tempo, também achávamos que as sensações (o amor,
por exemplo), emanavam do coração.

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Apesar disto parecer “bom senso”, o conceito de “morte cerebral” e seu


adequado diagnóstico são tópicos recentes e datam de apenas algumas
décadas. A necessidade de conceituar formalmente a “morte cerebral” ou
“morte encefálica” tomou impulso quando se iniciou a era dos transplantes
de órgãos, e tornou-se necessário protocolizar seu diagnóstico, já que
indivíduos com morte cerebral poderiam então ser considerados possíveis
doadores.

Existem algumas diferenças para a defnição de morte cerebral em


diferentes países, mas muitos aspectos são comuns. Em primeiro lugar, o
indivíduo deve ter algumas características clínicas, que são facilmente
reconhecidas por um neurologista: falta de reação à dor, falta de
movimentação, ausência de respiração, pupilas dilatadas e não responsivas à
luz etc. Claro, o indivíduo não pode ter recebido nenhuma medicação nas 24
horas anteriores que possa causar isto. Cada um destes aspectos foi
regulamentado: ver se o paciente respira, ver a reação à dor, as pupilas etc,
de modo que a avaliação pudesse ser replicada, independente do ambiente
em que o indivíduo esteja. [...]

Uma vez defnida adequadamente a morte encefálica, o indivíduo poderá


ter seus órgãos doados (caso tenha havido consentimento para tal), um ato
que possivelmente poderá ajudar a salvar várias vidas. A partir deste
momento, as medidas de suporte de vida são, em tese, desnecessárias.

(Disponível: http://veja.abril.com.br/blog/letra-de-medico/afnal-o-quee-a-
morte-cerebral/ Acesso em: 07/02/17)

O deslocamento da expressão destacada, em “Em primeiro lugar, o indivíduo


deve ter algumas características clínicas,”, provocaria estranhamento no
sentido e na estruturação do enunciado apenas na seguinte reescritura:

a) O indivíduo, em primeiro lugar, deve ter algumas características clínicas,

b) O indivíduo deve, em primeiro lugar, ter algumas características clínicas,

c) O indivíduo deve ter, em primeiro lugar, algumas características clínicas,

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d) O indivíduo deve ter algumas características clínicas em primeiro lugar,

e) O indivíduo deve ter algumas, em primeiro lugar, características clínicas,

112. (IBFC/POLÍCIA CIENTÍFICA-PR/2017)

Texto II

Base do crânio explodiu, descreve legista

A autópsia no corpo de Ayrton Senna começou a ser feita ontem às 10h


locais (5h de Brasília) pelos legistas Michele Romanelli e Pierludovico Ricci, do
Instituto Médico Legal de Bolonha. O laudo oficial tem 60 dias para ser
preparado. A Folha conversou com uma médica do IML que viu o corpo de
Senna na segunda-feira de manhã e ontem – antes e depois da autópsia.
Segundo sua descrição, no dia seguinte ao acidente o rosto do piloto estava
desfigurado. A médica pediu para que seu nome não fosse revelado.

Muito inchada, a cabeça quase se juntava aos ombros. Os médicos


concluíram, após a autópsia, que Senna teve morte instantânea na batida a
290 km/h na curva Tamburello. Teve também parada cardíaca naquele
momento e circulação praticamente interrompida.

Quando os médicos o reanimaram – ativando os batimentos cardíacos e


a circulação artificialmente –, o piloto já havia morrido. A atividade cerebral
era inexistente. Não há possibilidade de sobrevivência nesses casos. [...]

(Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/1994/5/04/


esporte/9.html. Acesso em: 01/02/17)

O português contemporâneo já registra a característica proclítica da língua.


Contudo, a gramática tradicional aponta que a oração “Quando os médicos o
reanimaram” (3º§) deveria ser redigida da seguinte forma:

a) Quando os médicos reanimaram a ele.

b) Quando os médicos reanimaram-lhe.

c) Quando os médicos reanimaram ele.


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d) Quando os médicos reanimaram-no.

e) Quando os médicos lhe reanimaram.

113. (IBFC/AGERBA/2017)

Texto

Primeira classe

(Moacyr Scliar)

Durante anos, o homem teve um sonho: queria viajar de avião na primeira


classe. Na classe econômica, ele, executivo de uma empresa multinacional,
era um passageiro habitual; e, quando via a aeromoça fechar a cortina da
primeira classe, quando ficava imaginando os pratos e as bebidas que lá
serviam, mordia-se de inveja. Talvez por causa disso trabalhava
incansavelmente; subiu na vida, chegou a um cargo de chefa que, entre
outras coisas, dava-lhe o direito à primeira classe nos voos.

E assim, um dia, ele embarcou de Nova Délhi, onde acabara de concluir um


importante negócio, para Londres. E seu lugar era na primeira classe. Seu
sonho estava se realizando. Tudo era exatamente como ele imaginava:
coquetéis de excelente quantidade, um jantar que em qualquer lugar seria
considerado um banquete. Para cúmulo da sorte, o lugar a seu lado estava
vazio.

Ou pelo menos estava no começo do voo. No meio da noite acordou e, para


sua surpresa, viu que o lugar estava ocupado. Achou que se tratava de um
intruso; mas, em seguida, deu-se conta de que algo anormal ocorria: várias
pessoas estavam ali, no corredor, chorando e se lamentando. Explicável: a
passageira a seu lado estava morta. A tripulação optara por colocá-la na
primeira classe exatamente porque, naquela parte do avião, havia menos
gente.

Sua primeira reação foi exigir que removessem o cadáver. Mas não podia
fazer uma coisa dessas, seria muita crueldade. Por outro lado, ter um corpo
morto a seu lado horrorizava-o. Não havendo outros lugares vagos na
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primeira classe, só lhe restava uma alternativa: levantou-se e foi para a


classe econômica, para o lugar que a morta, havia pouco, ocupara. Ou seja,
ao invés de um upgrade, ele tinha recebido, ainda que por acaso, um
downgrade.

Ali ficou, sem poder dormir, claro. Porque, depois que se experimenta a
primeira classe, nada mais serve. Finalmente, o avião pousou, e ele,
arrasado, dirigiu-se para a saída, onde o esperavam os parentes da falecida
para agradecer-lhe. Disse um deles, que se identificou como filho da senhora:
“Minha mãe sempre quis viajar de primeira classe. Só conseguiu morta graças
à sua compreensão. Deus lhe recompensará”.

Que tem seu lugar garantido no céu, isso ele sabe. Só espera chegar lá
viajando de primeira classe. E sem óbitos durante o voo.

No terceiro parágrafo, a oração “A tripulação optara por colocá-la na primeira


classe” pode ser reescrita de várias outras formas sem grandes alterações de
sentido. Assinale a opção em que, ao reescrever, comete-se um erro no
emprego dos pronomes.

a) Ela foi colocada na primeira classe pela tripulação.

b) Os membros da tripulação colocaram-na na primeira classe.

c) A tripulação colocou-a na primeira classe.

d) A tripulação colocá-la-ia na primeira classe.

e) A tripulação optou por colocar ela na primeira classe.

114. (IBFC/SES-PR/2016)

Texto I

Aquilo por que vivi

Três paixões, simples, mas irresistivelmente fortes, governaram-me a


vida: o anseio de amor, a busca do conhecimento e a dolorosa piedade pelo
sofrimento da humanidade. Tais paixões, como grandes vendavais,
impeliram-me para aqui e acolá, em curso instável, por sobre profundo
oceano de angústia, chegando às raias do desespero.
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Busquei, primeiro, o amor, porque ele produz êxtase - um êxtase tão


grande que, não raro, eu sacrificava todo o resto da minha vida por umas
poucas horas dessa alegria. Ambicionava-o, ainda, porque o amor nos liberta
da solidão - essa solidão terrível através da qual a nossa trêmula percepção
observa, além dos limites do mundo, esse abismo frio e exânime. Busquei-o,
finalmente, porque vi na união do amor, numa miniatura mística, algo que
prefigurava a visão que os santos e os poetas imaginavam. Eis o que busquei
e, embora isso possa parecer demasiado bom para vida humana, foi isso que
- afinal - encontrei.

Com paixão igual, busquei o conhecimento. Eu queria compreender o


coração dos homens. Gostaria de saber por que cintilam as estrelas. E
procurei apreender a força pitagórica pela qual o número permanece acima
do fluxo dos acontecimentos. Um pouco disto, mas não muito, eu o consegui.

Amor e conhecimento, até o ponto em que são possíveis, conduzem para


o alto, rumo ao céu. Mas a piedade sempre me trazia de volta à terra. Ecos
de gritos de dor ecoavam em meu coração. Crianças famintas, vítimas
torturadas por opressores, velhos desvalidos a constituir um fardo para seus
filhos, e todo o mundo de solidão, pobreza e sofrimentos, convertem numa
irrisão o que deveria de ser a vida humana. Anseio por aliviar o mal, mas não
posso, e também sofro.

Eis o que tem sido a minha vida. Tenho-a considerado digna de ser vivida
e, de bom grado, tornaria a vivê-la, se me fosse dada tal oportunidade.

(Bertrand Russel. Autobiografia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1967.)

No início do texto, o autor faz um emprego formal e incomum da linguagem


na passagem “governaram-me a vida:” (1°§). Considerando-se o contexto, a
construção em questão equivaleria, semanticamente, à seguinte reescritura:

a) governaram para mim, a vida.

b) governaram a minha vida

c) eu governava a vida

d) governaram a vida de todos

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115. (IBFC/CÂMARA DE FRANCA – SP/2016)

Minhas maturidade

Circunspecção, siso, prudência.

Mario Prata

É o que o homem pensa durante anos, enquanto envelhece. Já está perto dos
50 e a pergunta ainda martela. Um dia ele vai amadurecer.

Quando um homem descobre que não é necessário escovar os dentes com


tanta rapidez, tenha certeza, ele virou um homem maduro. Só sendo mesmo
muito imaturo para escovar os dentes com tanta pressa.

E o amarrar do sapato pode ser mais tranqüilo, arrumando-se uma posição


menos incômoda, acertando as pontas.

(...)

Não sente culpa de nada. Mas, se sente, sofre como nunca. Mas já é capaz
de assistir à sessão da tarde sem a culpa a lhe desviar a atenção.

É um homem mais bonito, não resta a menor dúvida.

Homem maduro não bebe, vai à praia.

Não malha: a malhação denota toda a imaturidade de quem a faz. Curtir o


corpo é ligeiramente imaturo.

(...)

Sorri tranqüilo quando pensa que a pressa é coisa daqueles imaturos.

O homem maduro gosta de mulheres imaturas. Fazer o quê? Muda muito de


opinião. Essa coisa de ter sempre a mesma opinião, ele já foi assim.

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(...)

Se ninguém segurar, é capaz do homem maduro ficar com mania de apagar


as luzes da casa.

O homem maduro faz palavras cruzadas!

Se você observar bem, ele começa a implicar com horários.

A maturidade faz com que ele não possa mais fazer algumas coisas. Se pega
pensando: sou um homem maduro. Um homem maduro não pode fazer isso.

O homem maduro começa, pouco a pouco, a se irritar com as pessoas


imaturas.

Depois de um tempo, percebe que está começando é a sentir inveja dos


imaturos.

Será que os imaturos são mais felizes?, pensa, enquanto começa a escovar
os dentes depressa, mais depressa, mais depressa ainda.

O homem maduro é de uma imaturidade a toda prova.

Meu Deus, o que será de nós, os maduros? PRATA, Mário. Minhas tudo. Rio
de Janeiro: Editora Objetiva Ltda,2001, pág. 99.

Analise a citação abaixo e assinale a alternativa que apresenta ideias opostas.

“Sorri tranquilo quando pensa que a pressa é coisa daqueles imaturos.”

a) Pensa - imaturo

b) tranquilo - pressa

c) Sorri - imaturo

d) tranquilo – imaturidade

116. (IBFC/SES-PR/2016) Correspondência é toda espécie de comunicação


escrita, que circula nos órgãos ou entidades, à exceção dos processos. A
correspondência mantida entre órgãos ou entidades da Administração Pública

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Federal ou destes para outros órgãos públicos ou empresas privadas


denomina-se:

a) Interna.

b) Recebida.

c) Expedida.

d) Oficial.

117. (IBFC/MGS/2016) Ao encerrar uma correspondência oficial, deve-se


considerar o emprego:

a) de uma forma de cortesia como “fecho” e, usualmente, emprega-se a


construção Atenciosamente”.

b) da indicação do nome do destinatário que é empregado como vocativo


no encerramento.

c) da referência ao nome do remetente que deve vir, obrigatoriamente,


marcada apenas pelas iniciais.

d) de um resumo conciso do conteúdo apresentado ao longo do documento


para esclarecer o destinatário.

118. (IBFC/EMDEC/2016) Em correspondência, a modalidade de comunicação


eminentemente interna entre unidades administrativas denomina-se:

a) Ata.

b) Memorando.

c) Ofício.

d) Despacho.

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119. (IBFC/DOCAS-PB/2015)

Considerando as normas para redação de correspondências oficiais e a


estrutura desses documentos, assinale a opção em que se faz uma afirmação
correta.

a) O memorando é um documento utilizado para comunicação interna em


uma empresa.

b) Deve-se sempre usar o vocábulo “obrigado/a” como fecho de


correspondências oficiais.

c) Os números presentes no corpo do texto de uma ATA não devem vir


escritos por extenso.

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d) Um parecer é um documento usualmente empregado para registraras


decisões de uma reunião ou assembleia.

120. (IBFC/MPE-SP/2011) Considere o título abaixo, publicado pelo jornal O


Estado de S. Paulo, e as afirmações que seguem.

Barco teria localizado helicóptero na BA, diz Marinha

I. Não haveria qualquer alteração de sentido se o verbo fosse trocado pela


forma simples “localizou".

II. Pelo título, percebe-se que o jornal não tem certeza do fato.

Está correto o que se afirma em:

a) somente I

b) somente II

c) I e II

d) nenhuma

121. (COMPERVE/CÂMARA DE NATAL-RN/2016) As palavras foram


acentuadas pela mesma regra em:

a) “atrás”, “comitê” e “levará”.

b) “móveis’, “últimos” e “América”.

c) “portfólio”, “dinâmica” e “mídia”.

d) “nível”, “relatório” e “vítimas”.

122. (COPESE – UFPI/PREFEITURA DE TIMON-MA/2016) Na Língua


Portuguesa, há palavras quase idênticas cuja mudança de acentuação
ocasiona mudança de significado, como é o caso das palavras "médico" e
"medico". Outro par de palavras no qual pode ocorrer o mesmo fenômeno é:

a) Robótico – Robotico

b) Antibiótico – Antibiotico

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c) Diagnóstico – Diagnostico

d) Cinético – Cinetico

e) Acústico – Acustico

123. (FUNRIO/IF-PA/2016) Assinale a única alternativa que mostra uma frase


escrita inteiramente de acordo com as regras de acentuação gráfica vigentes.

a) É pessimista o diagnostico do professor Alain Touraine da Escola de Altos


Estudos da França sobre o estado do mundo.

b) Típico intelectual francês, Touraine engaja-se nos grandes temas


contemporaneos e diz que o clima está ruim na Europa.

c) Ele acusa o presidente francês de só se preocupar com a própria reeleição


e de viver uma situação de grande fragilidade.

d) A seu juizo, é nefasto o tratamento dado aos refugiados, com a volta das
fronteiras no espaço de circulação europeu.

e) Diz que não há comunidade européia nenhuma, que há falta de interesse


e de vontade, em vez de uma política forte.

124. (FUNRIO/IF-PA/2016) Assinale a única alternativa que mostra uma frase


escrita inteiramente de acordo com as regras de acentuação gráfica vigentes.

a) Em meio ao conturbadissimo cenário político, o pessimismo do brasileiro


aumentou no mês de março.

b) É o que mostram os numeros levantados este mês pelo Índice Nacional


de Expectativa do Consumidor.

c) O dado encontra-se abaixo da media histórica, já que na comparação com


março do ano passado está menor.

d) De acordo com pesquisa encomendada pela CNI, o quase cáos se deve,


principalmente, ao temor do desemprego.

e) As expectativas sobre a renda pessoal recuaram no triênio, e a inflação é


também um tema desconfortável na agenda.

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125. (CESGRANRIO/UNIRIO/2016)

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Das palavras acentuadas (todas retiradas do Texto III) história, camponês,


construísse e impossível, quais recebem acento em razão da mesma
norma ortográfica?

a) Apenas duas, história e construísse, por serem paroxítonas terminadas


em vogal.

b) Apenas duas, construísse e impossível, por terem a mesma vogal


tônica

c) Três delas, história, construísse e impossível, por serem


proparoxítonas

d) Apenas duas, história e camponês, por serem substantivos.

e) Nenhuma delas, pois as quatro palavras recebem acento em razão de


normas ortográficas diferentes.

126. (QUADRIX/CRO-PR/2016) Federação orienta atletas a escovar dentes


com água mineral no Rio

Um manual distribuído pela Federação Internacional de Remo orienta os


atletas a escovarem os dentes com água mineral e a usarem álcool para
desinfetar as mãos, conforme mostrou o RJTV. As Olimpíadas do Rio
enfrentam a desconfiança das delegações estrangeiras em relação à
qualidade da água encanada.

A Cedae repudiou em nota a informação do manual. Segundo a companhia,


“assim como nos Estados Unidos e países europeus, a água distribuída é
totalmente potável na torneira”, e informou que para manter sua qualidade é
necessário que seja armazenada adequadamente nos imóveis. A nota da
Cedae diz ainda que “a informação passada através desse manual é
preconceituosa e não condiz com a realidade do Estado do Rio de Janeiro,
onde não há registro atual de internações por surto de doenças de veiculação
hídrica”.

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, disse


ter recebido garantias de que a qualidade da água nos locais de provas vai
ser testada de acordo com os padrões da Organização Mundial de Saúde. O

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dirigente também falou que a OMS não considera o Rio um dos locais de maior
incidência do vírus da zika e que a organização respaldou as ações das
autoridades brasileiras para garantir a saúde das delegações.

Novas instalações

Duas novas instalações dos Jogos Olímpicos de 2016, ambas localizadas


no Complexo Esportivo de Deodoro, foram inauguradas: a Arena da
Juventude, que receberá partidas de basquete feminino, esgrima do pentatlo
moderno e esgrima em cadeira de rodas; e o Estádio de Deodoro, que terá
disputas de rúgbi, de três modalidades do pentatlo moderno e dos jogos do
futebol de 8. Na próxima semana, as duas instalações receberão a Copa do
Mundo de Pentatlo Moderno.

Mas a construção do velódromo está atrasada três meses. Com problemas


de caixa, a empreiteira contratada não estava dando conta do projeto e a
prefeitura anunciou a contratação de uma segunda empreiteira para acelerar
as obras. O evento teste da modalidade que aconteceria em março, mas teve
que ser adiado para entre 29 de abril e 1º de maio.

“Ela fez uma subcontratação de uma empresa maior, com mais


capacidade, mais pessoal, e a gente vai conseguir cumprir com o prazo do
evento teste”, disse o prefeito Eduardo Paes.

A prefeitura substituiu as empresas responsáveis pela construção do


Centro Olímpico de Tênis e do Centro Olímpico de Hipismo pelo mesmo
motivo: atrasos nas obras. A reforma do Estádio de Remo da Lagoa também
está atrasada. No fim de fevereiro, o governo do estado anunciou a
substituição da construtora responsável.

(g1.globo.com.br. Acesso em Junho/2016.)

Assinale a alternativa que contenha apenas palavras corretamente


acentuadas pelo mesmo motivo que a palavra “Olimpíadas”, em destaque no
texto.

a) Distribuída e saúde.

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b) Necessário e incidência.

c) Também e comitê.

d) Responsável e potável.

e) Hídrica e olímpico.

127. (IDHTEC/PREFEITURA DE ITAQUITINGA –PE/2016)

Uma palavra do texto não recebeu acento gráfico adequadamente. Assinale a


alternativa em que ela está devidamente corrigida:

a) Recompôr

b) Médula

c) Utilizá-se

d) Método

e) Sómente

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128. (JOTA CONSULTORIA/PREFEITURA DE JAMBEIRO-SP/2016) Segundo a


nova ortografia, está incorreto:

a) Platéia.

b) Enxaguar.

c) Ultra-humano.

d) Semiopaco.

e) Hiperativo.

129. (CS-UFG/2016)

Lanche infeliz

"É hora do lanche!". Essa frase, que era dita quase aos gritos pelas crianças
quando soava o sinal na escola anunciando o intervalo, costumava ser uma
alegria. [...]

O lanche na escola faz mais do que alimentar a criança ou matar sua fome. É
ao fazer aquela refeição que o aluno relaxa e se lembra, nem sempre de modo
consciente, da segurança de sua casa e da presença e do afeto dos pais. E é
isso que refaz a energia da crian- ça e permite que ela retome o seu período
de trabalho escolar com mais coragem e mais confiança.

Eu tenho observado o tipo de lanche que os alunos tomam atualmente nas


escolas.

Bem, primeiramente temos de lembrar que hoje há dois tipos de escola:


aquelas que ainda preservam a tradição de a criança levar seu alimento de
casa e aquelas que já oferecem o lanche para os seus alunos.

Por que tantas escolas privadas assumiram mais esse encargo em seu
trabalho? Bem, pelo que sei, por dois motivos bem diferentes.

Algumas poucas dessas instituições se preocuparam com a qualidade da


alimentação das crianças e assumiram a responsabilidade de educar seus
alunos também nesse quesito.
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Essas escolas, que atendem principalmente os menores de seis anos,


preparam o lanche em seus pró- prios espaços e não se preocupam apenas
com a refeição balanceada e/ou com a oferta de alimentos saudáveis para as
crianças. Elas incentivam os alunos, ensinam a experimentação e oferecem
uma merenda saborosa, bonita e com um aroma que dá água na boca de
qualquer adulto! E as crianças se deliciam nessa hora. Dá para perceber a
alegria delas na hora do lanche.

Há outras escolas que decidiram oferecer o lanche por solicitação dos pais.
Elas contrataram nutricionistas ou empresas que levam os lanches para a
escola e, sinto informar: as opções que conheci não pareciam muito
apetitosas, não. Tampouco saudáveis do jeito que se fala.

Certamente há nutricionistas por trás desses lanches, mas pode ser que esses
profissionais se preocupem mais com o aspecto nutricional dos alimentos do
que com as crianças e com sua educação. [...] De vez em quando, consigo
ver alguns alunos comendo frutas ou um bolo caseiro no intervalo. Mas essa
cena tem sido cada vez mais rara, tanto quanto a alegria das crianças no
momento de comer o lanche.

Preparar o lanche de um filho é um ato amoroso. Nestes tempos em que os


pais declaram tantas vezes seu amor pelos filhos, por que é que as lancheiras
que vão de casa para a escola têm sido assim tão pouco amorosas?

Não vale justificar o problema com a falta de tempo dos pais. [...] Afinal,
preparar qualquer refeição para os filhos exige isso: disponibilidade e
amorosidade. E dá trabalho.

Mas ter filhos pressupõe mesmo muito trabalho. Inclusive na hora de preparar
o lanche que ele irá comer longe de casa [...].SAYÃO, Rosely. Disponível em:
<http://www1.folha.uol.com.br/colunas/roselysayao/1270512-lanche-
infeliz.shtml>. Acesso em: 7 abr. 2016. [Adaptado].

A regra que determina a acentuação gráfica de “saudáveis” é a mesma usada


na palavra

a) pátios.

b) vírus.
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c) tórax

d) úteis.

130 (IBFC/COMLURB/2016) Leia o Texto abaixo e responda à pergunta:

Investir na Segurança: Despesa ou Receita

Em se falando de Segurança no Trabalho, nos deparamos com a palavra


ACIDENTE. Numa definição abrangente e genérica, podemos afirmar que
ACIDENTE é um evento indesejável e inesperado que produz desconforto,
ferimentos, danos, perdas humanas e ou materiais. Um acidente pode mudar
totalmente a rotina e a vida de uma pessoa, modificar sua razão de viver ou
colocar em risco seus negócios e propriedades.

Ao contrário do que muitas pessoas imaginam, o acidente não é obra do


acaso e nem da falta de sorte. Denomina-se SEGURANÇA, a disciplina que
congrega estudos e pesquisas visando eliminar os fatores perigosos que
conduzem ao acidente ou reduzir seus efeitos. Seu campo de atuação vai
desde uma simples residência até complexos conglomerados industriais.

Nos países desenvolvidos medidas preventivas e de Segurança de caráter


individual ou coletivo, são aplicadas e praticadas pela maioria de seus
cidadãos, ao passo que nos países em desenvolvimento ainda são largamente
inexistentes ou ignoradas. Em alguns destes países a legislação apresenta
certos absurdos como compensação monetária pela exposição ao risco
(periculosidade, insalubridade), fazendo com que empregados e
empregadores concentrem suas atenções no “custo” da exposição e não na
eliminação da mesma.

(...)

http://www.segurancanotrabalho.eng.br/artigos/investir_seg.html - acesso
em 25/04/2016

Leia a afirmativa abaixo, retirada do texto, e assinale a resposta correta:

“Nos países desenvolvidos medidas preventivas e de Segurança de caráter


individual ou coletivo, são aplicadas e praticadas pela maioria de seus

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cidadãos, ao passo que nos países em desenvolvimento ainda são largamente


inexistentes ou ignoradas.”

a) O trecho apresenta erro de colocação de plural em “ cidadão”

b) O trecho apresenta erro de pontuação em “(...) cidadãos, ao passo (...)”.

c) A palavra “países” não deve ser acentuada neste caso.

d) O trecho apresenta erro de pontuação em “(...) individual ou coletivo, são


aplicadas (...)”.

131. (IBEG/PREFEITURA DE RESENDE –RJ/2016)

FICHAMENTO

O Fichamento é uma parte importante na organização para a efetivação da


pesquisa de documentos. Ele permite um fácil acesso aos dados fundamentais
para a conclusão do trabalho.

Os registros e a organização das fichas dependerão da capacidade de


organização de cada um. Os registros não são feitos necessariamente nas
tradicionais folhas pequenas de cartolina pautada. Podem ser feitos em folhas
de papel comum ou, mais modernamente, em qualquer programa de banco
de dados de um computador. O importante é que elas estejam bem
organizadas e de acesso fácil para que os dados não se percam.

Existem três tipos básicos de fichamentos: o fichamento bibliográfico, o


fichamento de resumo ou de conteúdo, e o fichamento de citações.

FICHA BIBLIOGRÁFICA: é a descrição, com comentários, dos tópicos


abordados em uma obra inteira ou parte dela.

FICHA DE RESUMO OU CONTEÚDO: é uma síntese das principais ideias


contidas na obra. O pesquisador elabora esta síntese com suas pró prias
palavras, não sendo necessário seguir a estrutura da obra. Observação:
Existem dois tipos de resumos:

a) Informativo: são as informações específicas contidas no documento.


Nesta ficha pode-se relatar sobre objetivos, métodos, resultados e
conclusões. Sua precisão pode substituir a leitura do documento original.
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b) Indicativo: são descrições gerais do documento, sem entrar em detalhes


da obra analisada. FICHA DE CITAÇÕES: é a reprodução fiel das frases que
se pretende usar como citação na redação do trabalho.

BELLO, 2004, apud GONÇALVES, Jonas Rodrigo. Metodologia Científica e


Redação Acadêmica. 7. ed. Brasília: JRG, 2015, passim. (com adaptações)]

Analise as assertivas a seguir com base no trecho: "O importante é que elas
estejam bem organizadas e de acesso fácil para que os dados não se percam.
Existem três tipos básicos de fichamentos: o fichamento bibliográfico, o
fichamento de resumo ou de conteúdo, e o fichamento de citações.”.

I. O acento se dá em "fácil” por se tratar de proparoxítona terminada em "L”.

II. "três” é monossílabo tônico, por isso é acentuado.

III. "básicos” e "bibliográficos” são acentuados pelo mesmo princípio.

IV. "fácil” e "conteúdo” são acentuados pelo mesmo princípio.

Com base nas proposições acima, marque a alternativa correta.

a) Apenas I e II são verdadeiras.

b) Apenas II e III são verdadeiras.

c) Apenas III e IV são verdadeiras.

d) Apenas I e III são verdadeiras.

e) Apenas II e IV são verdadeiras.

132. (EDUCA/PREFEITURA DE MATURÉIA-PB/2016)

O Mirante do Sertão

Parque ambiental que, segundo dados da Sudema, possui


aproximadamente 500 hectares de área composta de espécies de Mata
Atlântica e Caatinga, a Serra do Jabre é reconhecida pelo Ministério do Meio
Ambiente (MMA) como uma das maiores fontes de pesquisas biológicas do
país, pois possui espécies endêmicas que só existem aqui na reserva ecológica
e devem ser fruto de estudo para evitar extinção de exemplares raros da
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fauna e da flora. O Parque possui 1.197 metros de altitude e é um


observatório natural que permite que os visitantes contemplem do alto toda
cobertura vegetal acompanhada de relevos e fontes de água dos municípios
vizinhos. Uma paisagem rica em belezas naturais, que atrai a atenção de
turistas brasileiros e estrangeiros.

(...)

O Pico do Jabre surpreende por suas belezas, clima agradável e uma visão
de encher de entusiasmo e energia positiva qualquer visitante. Com uma
panorâmica de 130 km de visão, de onde se pode ver, a olho nu, os Estados
do Rio Grande do Norte e Pernambuco, o Mirante do Sertão, título mais que
merecido, é um dos lugares mais belos da Paraíba, com potencialidade para
se tornar um dos complexos turísticos mais bem visitados do Estado.

(...)

Cenário ideal para os praticantes de esportes radicais, o Pico do Jabre atrai


turistas de todas as partes do país, equipados com seus acessórios de
segurança. A existência de trilhas fechadas é outro atrativo para os
desportistas, incansáveis na busca de aventura.

O entorno do Parque Estadual do Pico do Jabre abrange cinco municípios


com atividades econômicas voltadas para a agricultura. A turística no meio
rural é uma das perspectivas para o desenvolvimento desta economia. O
Parque Estadual do Pico do Jabre, dentro da malha turística do estado da
Paraíba, com roteiros alternativos envolvendo esportes, cultura, gastronomia
e lazer, traz benefícios a uma população, com a geração de mais empregos.

O Parque Ecológico, como atrativo turístico natural desta região, faz surgir
novos serviços, tais como mateiros, guias, taxistas, cozinheiros, dentre
outros, os quais estão diretamente ligados ao visitante. Os novos
empreendimentos que surgirão, vão gerar recursos utilizados para a
adequação da infraestrutura local. Assim, surgirão novos horizontes para a
região do entorno do Pico do Jabre, contribuindo para permanência de sua
população, que não mais migrará em busca de empregos e melhor qualidade
de vida. Com a preservação da natureza, que está pronta para despertar uma

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nova visão desta atividade tão promissora que é o turismo no meio rural.
(http://www.matureia.pb.gov.br).

Assinale a opção CORRETA em que todas as palavras estão acentuadas na


mesma posição silábica.

a) Água – espécies – municípios.

b) País - biológicas – endêmicas.

c) Ecológica – observatório – Paraíba.

d) Econômicas – acessórios – existência.

e) Incansáveis –– turística – país.

133. (KLC/PREFEITURA DE ALTO PIQUIRI-PR/2012) As palavras “gênio”, “


história” e “próprios” recebem acentos porque são

a) paroxítonas terminadas em ditongos crescentes.

b) paroxítonas terminadas em ditongos decrescentes.

c) proparoxítonas terminadas em ditongos crescentes.

d) proparoxítonas terminadas em ditongos decrescentes.

e) paroxítonas terminadas em hiato decrescentes.

134. (PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO-RJ/PREFEITURA DE RIO DE JANEIRO-


RJ/2016) O surpreendente “sucesso” dos sobreviventes

Muitos anos após o Holocausto, o governo israelense realizou um extenso


levantamento para determinar quantos sobreviventes ainda estavam vivos.
O estudo, de 1977, concluiu que entre 834 mil e 960 mil sobreviventes ainda
viviam em todo o mundo. O maior número – entre 360 mil e 380 mil – residia
em Israel. Entre 140 mil e 160 mil viviam nos Estados Unidos; entre 184 mil
e 220 mil estavam espalhados pela antiga União Soviética; e entre 130 mil e
180 mil estavam dispersos pela Europa. Como foi que esses homens e
mulheres lidaram com a vida após o genocídio? De acordo com a crença
popular, muitos sofriam da chamada Síndrome do Sobrevivente ao Campo de

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Concentração. Ficaram terrivelmente traumatizados e sofriam de sérios


problemas psicológicos, como depressão e ansiedade.

Em 1992, um sociólogo nova-iorquino chamado William Helmreich virou


essa crença popular de cabeça para baixo. Professor da Universidade da
Cidade de Nova York, Helmreich viajou pelos Estados Unidos de avião e
automóvel para estudar 170 sobreviventes. Esperava encontrar homens e
mulheres com depressão, ansiedade e medo crônicos. Para sua surpresa,
descobriu que a maioria dos sobreviventes se adaptara a suas novas vidas
com muito mais sucesso do que jamais se imaginaria. Por exemplo, apesar
de não terem educação superior, os sobreviventes saíram-se muito bem
financeiramente. Em torno de 34 por cento informaram ganhar mais de 50
mil dólares anualmente. Os fatores-chave, concluiu Helmreich, foram
“trabalho duro e determinação, habilidade e inteligência, sorte e uma
disposição para correr riscos.” Ele descobriu também que seus casamentos
eram mais bem-sucedidos e estáveis. Aproximadamente 83 por cento dos
sobreviventes eram casados, comparado a 61 por cento dos judeus
americanos de idade similar. Apenas 11 por cento dos sobreviventes eram
divorciados, comparado com 18 por cento dos judeus americanos. Em termos
de saúde mental e bem-estar emocional, Helmreich descobriu que os
sobreviventes faziam menos visitas a psicoterapeutas do que os judeus
americanos.

“Para pessoas que sofreram nos campos, apenas ser capaz de levantar e
ir trabalhar de manhã já seria um feito significativo”, escreveu ele em seu
livro Against All Odds (Contra Todas as Probabilidades). “O fato de terem se
saído bem nas profissões e atividades que escolheram é ainda mais
impressionante. Os valores de perseverança, ambição e otimismo que
caracterizavam tantos sobreviventes estavam claramente arraigados neles
antes do início da guerra. O que é interessante é quanto esses valores
permaneceram parte de sua visão do mundo após o término do conflito.”
Helmreich acredita que algumas das características que os ajudaram a
sobreviver ao Holocausto – como flexibilidade, coragem e inteligência –
podem ter contribuído para seu sucesso posterior. “O fato de terem
sobrevivido para contar a história foi, para a maioria, uma questão de sorte”,

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escreve ele. “O fato de terem sido bem-sucedidos em reconstruir suas vidas


em solo americano, não.”

A tese de Helmreich gerou controvérsia e ele foi atacado por diminuir ou


descontar o profundo dano psicológico do Holocausto. Mas ele rebate essas
críticas, observando que “os sobreviventes estão permanentemente
marcados por suas experiências, profundamente. Pesadelos e constante
ansiedade são a norma de suas vidas. E é precisamente por isso que sua
capacidade de levar vidas normais – levantar de manhã, trabalhar, criar
famílias, tirar férias e assim por diante – faz com que descrevê-los como
‘bem-sucedidos’ seja totalmente justificado”.

Em suas entrevistas individuais e seus levantamentos aleatórios em larga


escala de sobreviventes ao Holocausto, Helmreich identificou dez
características que justificavam seu sucesso na vida: flexibilidade,
assertividade, tenacidade, otimismo, inteligência, capacidade de
distanciamento, consciência de grupo, capacidade de assimilar o
conhecimento de sua sobrevivência, capacidade de encontrar sentido na vida
e coragem. Todos os sobreviventes do Holocausto compartilhavam algumas
dessas qualidades, me conta Helmreich. Apenas alguns dos sobreviventes
possuíam todas elas.

Adaptado de: SHERWOOD, Ben. Clube dos sobreviventes: Segredos de quem


escapou de situações-limite e como eles podem salvar a sua vida. Rio de
Janeiro: Objetiva, 2012. p. 160-161.

As palavras genocídio, após e Soviética acentuam-se, respectivamente,


pelas mesmas regras que justificam o acento gráfico das palavras na seguinte
série:

a) estáveis – número – é

b) aleatórios – descrevê-los – síndrome

c) crônicos – já – características

d) história – dólares – também

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135. (FAEPESUL/PREFEITURA DE LOURA MULLER-SC/2016)


EU, ETIQUETA

Em minha calça está grudado um nome

que não é meu de batismo ou de cartório,

um nome... estranho.

Meu blusão traz lembrete de bebida

que jamais pus na boca, nesta vida.

Em minha camiseta, a marca de cigarro

que não fumo, até hoje não fumei.

Minhas meias falam de produto

que nunca experimentei

mas são comunicados a meus pés.

Meu tênis é proclama colorido

de alguma coisa não provada

por este provador de longa idade.

Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,

minha gravata e cinto e escova e pente,

meu copo, minha xícara,

minha toalha de banho e sabonete,

meu isso, meu aquilo,

desde a cabeça ao bico dos sapatos,

são mensagens,

letras falantes,

gritos visuais,

ordens de uso, abuso, reincidência,

costume, hábito, premência,

indispensabilidade,

e fazem de mim homem-anúncio itinerante,


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escravo da matéria anunciada.

Estou, estou na moda.

É duro andar na moda, ainda que a moda

seja negar minha identidade,

trocá-la por mil, açambarcando

todas as marcas registradas,

todos os logotipos do mercado.

Com que inocência demito-me de ser

eu que antes era e me sabia

tão diverso de outros, tão mim mesmo,

ser pensante, sentinte e solidário

com outros seres diversos e conscientes

de sua humana, invencível condição.

Agora sou anúncio,

ora vulgar ora bizarro,

em língua nacional ou em qualquer língua

(qualquer, principalmente).

E nisto me comparo, tiro glória

de minha anulação.

Não sou - vê lá - anúncio contratado.

Eu é que mimosamente pago

para anunciar, para vender

em bares festas praias pérgulas piscinas,

e bem à vista exibo esta etiqueta

global no corpo que desiste

de ser veste e sandália de uma essência

tão viva, independente,

que moda ou suborno algum a compromete.

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Onde terei jogado fora

meu gosto e capacidade de escolher,

minhas idiossincrasias tão pessoais,

tão minhas que no rosto se espelhavam

e cada gesto, cada olhar

cada vinco da roupa

sou gravado de forma universal,

saio da estamparia, não de casa,

da vitrine me tiram, recolocam,

objeto pulsante mas objeto

que se oferece como signo de outros

objetos estáticos, tarifados.

Por me ostentar assim, tão orgulhoso

de ser não eu, mas artigo industrial,

peço que meu nome retifiquem.

Já não me convém o título de homem.

Meu nome novo é coisa.

Eu sou a coisa, coisamente.

Carlos Drummond de Andrade. Obra poética, Volumes 4-6. Lisboa:


Publicações Europa-América, 1989.

Analisando a acentuação gráfica das palavras sublinhadas no texto:

I. “Cartório” e “relógio” são paroxítonas acentuadas, porque terminam em


ditongo crescente.

II. “Tênis” é uma paroxítona terminada em “i”, seguido de “s”. Por isso,
acentuada.

III. “Reincidência” é uma paroxítona terminada em hiato, confirmando a


presença do acento gráfico.

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Sobre essas afirmativas, temos:

a) Somente a III está correta.

b) I e III estão corretas.

c) II e III estão corretas.

d) I e II estão corretas.

e) Todas estão corretas.

136. (PREFEITURA DE RIO DE JANEIRO-RJ/PREFEITURA DE RIO DE JANEIRO-


RJ/2016)

Texto: Quem é carioca

Claro que não é preciso nascer no Rio de Janeiro para ser genuinamente
carioca, ainda que haja nisto um absurdo etimológico. É notório que há
cariocas vindos de toda parte, do Brasil e até fora do Brasil. Ainda há pouco
tempo chamei Armando Nogueira de carioca do Acre, nascido na remota e
florestal cidade de Chapuri. Armando conserva, de resto, a marca acriana
num resíduo de sotaque nortista, cuja aspereza nada tem a ver com a fala
carioca, que não cospe as palavras, mas antes as agasalha carinhosamente
na boca. Mas não é a maneira de falar, ou apenas ela, que caracteriza o
carioca. Há sujeitos nascidos, criados e vividos no Rio – poucos, é verdade –
que falam cariocamente e não têm, no entanto, nem uma pequena parcela
de alma carioca. Agora mesmo estou me lembrando de um, sujeito ranheta,
que em tudo que faz ou diz põe aquela eructação subjacente que advém de
sua azia espiritual. Este, ainda que o prove com certidão de nascimento, não
é carioca nem aqui nem na China. E assim, sem querer, já me comprometi
com uma certa definição do carioca, que começa por ser não propriamente,
ou não apenas um ser bemhumorado, mas essencialmente um ser de paz
com a vida. Por isso mesmo, o carioca, pouco importa sua condição social, é
um coração sem ressentimento. Nisto, como noutras dominantes da
biotipologia do carioca, há de influir fundamentalmente a paisagem, ou
melhor, a natureza desta mui leal cidade do Rio de Janeiro.

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Aqui, mais do que em qualquer outro lugar, é impossível a gente não


sofrer um certo aperfeiçoamento imposto pela natureza. A paisagem, de
qualquer lado que o olhar se vire, se oferece com a exuberância e a falta de
modos de um camelô. O carioca sabe que não é preciso subir ao Corcovado
ou ao Pão de Açúcar para ser atropelado por um belo panorama (belo
panorama, aliás, é um troço horrível). Por isso mesmo, nunca um só carioca
foi assaltado no Mirante Dona Marta, que está armadinho lá em cima à espera
dos otários, isto é, dos turistas.

Pois o que o carioca não é, o que ele menos é – é turista. O que


caracteriza o carioca é exatamente uma intimidade com a paisagem, que o
dispensa de encarar, por exemplo, a praia de Copacabana com um olhar que
não seja o rigorosamente familiar. O carioca não visita coisa nenhuma, muito
menos a sua cidade, entendida aqui como entidade global e abstratamente
concreta. Ele convive com o Rio de igual para igual e nesta relação só uma lei
existe, que é a da cordialidade. O carioca está na sua cidade como o peixe no
mar.

Por tudo isso, qualquer sujeito que não esteja perfeita e estritamente
casado com a paisagem ou, mais que isto, com a cidade, não é carioca – é
um intruso, um corpo estranho. E é isto o que transparece à primeira vista,
não adianta disfarçar. O carioca autêntico, o genuíno mesmo, esse que
chegou ao extremo de nascer no Rio, esse não engana ninguém e nunca dá
um único fora – sua conduta é cem por cento carioca sem o menor esforço.
O carioca é um ser espontâneo, cuja virtude máxima é a naturalidade. Não
tem dobras na alma, nem bolor, nem reservas. Também pudera, sua
formação, desde o primeiro vagido, foi feita sob o signo desta cidade
superlativa, onde o mar e a mata – verde e azul – são um permanente convite
para que todo mundo saia de si mesmo, evite a própria má companhia -
comunique-se. Sobre esse verde e esse azul, imagine-se ainda o esplendor
de um sol que entra pela noite adentro – um sol que se apaga, mas não se
ausenta. Diante disto e de mais tudo aquilo que faz a singularidade da beleza
do Rio, como não ser carioca?

Apesar de tudo, há gente que consegue viver no Rio anos a fio sem
assimilar a cidade e sem ser por ela assimilada. Gente que nunca será carioca,

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como são, por exemplo, Dom Pedro II e Vinícius de Morais, autênticos


cariocas de todos os tempos, segundo Afonso Arinos. A verdade é que nem
todo mundo consegue a taxa máxima de “cariocidade”, que tem, por exemplo,
um Aloysio Salles. No extremo oposto, está aquele homem público eminente
que vi passeando outro dia em Copacabana.Ia de braço com a mulher e, da
cabeça aos sapatos, como dizia Eça de Queiroz, proclamava a sua falta de
identificação com o que se pode chamar “carioca way of living”. Sapatos,
aliás, que não eram esporte, ao contrário da camisa desfraldada. Esse é um
que não precisa abrir a boca, já se viu que está no Rio como uma barata está
numa sopa de batata, no mínimo, por simples erro de revisão.

Otto Lara Resende. In: Antologia de crônicas: 80 crônicas exemplares /


organizada por Herberto Sales. 3 ed. São Paulo: Ediouro, 2010. Páginas 197
- 199

NÃO recebem acento gráfico em obediência à mesma regra de acentuação as


palavras agrupadas em

a) exuberância - espontâneo - notório

b) etimológico - autêntico - público

c) camelô - impossível - genuíno

d) até - está - ninguém

137. (FAEPESUL/PREFEITURA DE NOVA VENEZA-SC/2016)

Meu, seu e nosso

Seja por ideologia, seja por redução de gastos ou para fazer negócios, o
consumo colaborativo está se afirmando.

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Sérgio Fernandes e Marcos Zinani vão e voltam do


trabalho de carro juntos, todos os dias. Eles se conheceram por meio do site
Caronetas e há meses dividem custos e compartilham o tempo gasto no
trajeto. Ana Luiza McLaren casou e sentiu seu apartamento ficar pequeno
para duas pessoas. Então, juntou um monte de coisas encostadas e criou o
blog Enjoei para vender tudo. A iniciativa teve tanto sucesso que foi
promovida a site, reunindo muitos outros “enjoados”, e hoje é o sustento do
casal.

Esses são exemplos recentes de uma mania que vem se disseminando pela –
e graças à – internet: consumo colaborativo. Estão se multiplicando os sites
de compartilhamento, de empréstimo, de troca ou venda de bens usados que
aproximam interessados, removem intermediários e criam novas redes de
afinidades. “Eles quebram a ideia do consumismo combinado com
obsolescência planejada – a estratégia de projetar tudo para ficar
ultrapassado em curto prazo”, define o socioeconomista Marcos Arruda.

Nem sempre, entretanto, as iniciativas desse tipo acontecem de caso


pensado. Ana Luiza confessa que a decisão de criar o blog Enjoei não teve o
objetivo de reduzir o desperdício e cuidar do meio ambiente. Foi uma questão
pessoal de ordem prática: falta de espaço no armário. “Mas é verdade que há
um gosto especial em colocar uma coisa no correio, sabendo que outra pessoa
vai continuar dando utilidade a ela”, completa. “Acho que seria forçar a barra
dizer que o perfil dos usuários é marcado pelo consumo consciente. Tem
gente que está vendendo coisas simplesmente porque quer levantar dinheiro
com o que tem parado em casa.” Para Ana, a distância do seu site para o
Mercado Livre é pouca e muita ao mesmo tempo. O Enjoei seria um shopping
em que é mais gostoso passear, e onde se consegue vender os produtos por
um preço mais alto do que no Mercado Livre. Mas, ainda assim, um tanto

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abaixo dos valores sempre mais caros, e às vezes proibitivos, praticados hoje
nas lojas de artigos novos.

O consumo compartilhado é uma força cultural e econômica poderosa que


está reinventando não apenas aquilo que se consome, mas a forma de
consumir, além de contribuir pela resolução de problemas ambientais. De um
lado tem-se os recursos mais escassos e, de outro, uma consciência mais
elevada. Agora que o cerco está mais apertado, as pessoas estão em busca
de soluções mais efetivas, mais coletivas.

Demorou para a população chegar até aqui, mas não é possível acelerar o
curso do rio. [adaptado]

Por Renata Valério de Mesquita. (Disponível


em<http://revistaplaneta.terra.com.br/secao/comportamento/meu-seu-e-
nosso)

Analise as afirmações:

I. A palavra “ideia”, uma paroxítona, perdeu o acento gráfico com a Reforma


Ortográfica em vigor a partir de 2016.

II. “Desperdício” é um exemplo de paroxítona terminada em hiato.

III. “Distância”, acentuada por ser uma paroxítona terminada em ‘A’.

IV. “Econômica”, exemplo de paroxítona, e todas as paroxítonas são


acentuadas.

Sobre essas afirmações, é CORRETO dizer:

a) I e II estão corretas.

b) Apenas I está correta.

c) II e IV estão corretas.

d) Apenas a III está correta

e) Todas estão corretas.

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138. (FAEPESUL/PREFEITURA DE NOVA VENEZA-SC/2016) Analise


atentamente a presença ou a ausência de acento gráfico nas palavras abaixo
e indique a alternativa em que não há erro:

a) ruím - termômetro - táxi – talvez.

b) flôres - econômia - biquíni - globo.

c) bambu - através - sozinho - juiz

d) econômico - gíz - juízes - cajú.

e) portuguêses - princesa - faísca.

139. (FUNIVERSA/IF-AP/2016)

Assinale a alternativa que apresenta dois vocábulos extraídos do texto


acentuados pela mesma razão.

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a) “conteúdo” (linha 11) e “difícil” (linha 28)

b) “fácil” (linha 26) e “sumários” (linha 41)

c) “ciência” (linha 18) e “crítico” (linha 24)

d) “três” (linha 14) e “já” (linha 27)

e) “vê-los” (linha 4) e “têm” (linha 43)

140. (FUNCAB/EMSERH/2016)

O embondeiro que sonhava pássaros

Esse homem sempre vai ficar de sombra: nenhuma memória será


bastante para lhe salvar do escuro. Em verdade, seu astro não era o Sol. Nem
seu país não era a vida. Talvez, por razão disso, ele habitasse com cautela de
um estranho. O vendedor de pássaros não tinha sequer o abrigo de um nome.
Chamavam-lhe o passarinheiro.

Todas manhãs ele passava nos bairros dos brancos carregando suas
enormes gaiolas. Ele mesmo fabricava aquelas jaulas, de tão leve material
que nem pareciam servir de prisão. Parecia eram gaiolas aladas, voláteis.
Dentro delas, os pássaros esvoavam suas cores repentinas. À volta do
vendedeiro, era uma nuvem de pios, tantos que faziam mexer as janelas:

- Mãe, olha o homem dos passarinheiros!

E os meninos inundavam as ruas. As alegrias se intercambiavam: a


gritaria das aves e o chilreio das crianças. O homem puxava de uma muska
e harmonicava sonâmbulas melodias. O mundo inteiro se fabulava.

Por trás das cortinas, os colonos reprovavam aqueles abusos. Ensinavam


suspeitas aos seus pequenos filhos - aquele preto quem era? Alguém conhecia
recomendações dele? Quem autorizara aqueles pés descalços a sujarem o
bairro? Não, não e não. O negro que voltasse ao seu devido lugar. Contudo,

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os pássaros tão encantantes que são - insistiam os meninos. Os pais se


agravavam: estava dito.

Mas aquela ordem pouco seria desempenhada.

[...]

O homem então se decidia a sair, juntar as suas raivas com os demais


colonos. No clube, eles todos se aclamavam: era preciso acabar com as visitas
do passarinheiro. Que a medida não podia ser de morte matada, nem coisa
que ofendesse a vista das senhoras e seus filhos. 6 remédio, enfim, se haveria
de pensar.

No dia seguinte, o vendedor repetiu a sua alegre invasão. Afinal, os


colonos ainda que hesitaram: aquele negro trazia aves de belezas jamais
vistas. Ninguém podia resistir às suas cores, seus chilreios. Nem aquilo
parecia coisa deste verídico mundo. O vendedor se anonimava, em humilde
desaparecimento de si:

- Esses são pássaros muito excelentes, desses com as asas todas de fora.

Os portugueses se interrogavam: onde desencantava ele tão


maravilhosas criaturas? onde, se eles tinham já desbravado os mais extensos
matos?

O vendedor se segredava, respondendo um riso. Os senhores receavam


as suas próprias suspeições - teria aquele negro direito a ingressar num
mundo onde eles careciam de acesso? Mas logo se aprontavam a diminuir-
lhe os méritos: o tipo dormia nas árvores, em plena passarada. Eles se
igualam aos bichos silvestres, concluíam.

Fosse por desdenho dos grandes ou por glória dos pequenos, a verdade
é que, aos pouco-poucos, o passarinheiro foi virando assunto no bairro do
cimento. Sua presença foi enchendo durações, insuspeitos vazios. Conforme
dele se comprava, as casas mais se repletavam de doces cantos. Aquela
música se estranhava nos moradores, mostrando que aquele bairro não
pertencia àquela terra. Afinal, os pássaros desautenticavam os residentes,
estrangeirando-lhes? [...] O comerciante devia saber que seus passos

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descalços não cabiam naquelas ruas. Os brancos se inquietavam com aquela


desobediência, acusando o tempo. [...]

As crianças emigravam de sua condição, desdobrando-se em outras


felizes existências. E todos se familiavam, parentes aparentes. [...]

Os pais lhes queriam fechar o sonho, sua pequena e infinita alma. Surgiu
o mando: a rua vos está proibida, vocês não saem mais. Correram-se as
cortinas, as casas fecharam suas pálpebras.

COUTO, Mia. Cada homem é uma raça: contosl Mia Couto - 1ª ed. - São
Paulo: Companhia das Letras, 2013. p.63 - 71. (Fragmento).

Considere as seguintes afirmações sobre aspectos da construção linguísticas:

I. Atentando para o uso do sinal indicativo de crase, o A no pronome AQUELA,


em todas as ocorrências no segmento “Aquela música se estranhava nos
moradores, mostrando que aquele bairro não pertencia àquela terra.”,
deveria ser acentuado.

II. Nas frases “O REMÉDIO, enfim, se haveria de pensar."/ "desdobrando-se


em outras felizes EXISTÊNCIAS”, as palavras destacadas são acentuadas
obedecendo à mesma regra de acentuação.

III. Na frase " - ESSES são pássaros muito excelentes, desses com as asas
todas de fora.”, o elemento destacado exerce função anafórica, exprimindo
relação coesiva referencial.

Está correto apenas o que se afirma em:

a) III.

b) II.

c) I.

d) II e III.

e) I e III.

GABARITO- LÍNGUA PORTUGUESA/REDAÇÃO OFICIAL

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11-B 12-A 13-D 14-C 15-A 16-A 17-A 18-B 19-A 20-E
21-B 22-B 23-A 24-A 25-B 26-D 27-A 28-D 29-A 30-C
31-B 32-A 33-B 34-B 35-A 36-C 37-D 38-D 39-C 40-B
41-B 42-D 43-C 44-D 45-A 46-A 47-D 48-A 49-D 50-B
51-B 52-A 53-D 54-A 55-B 56-D 57-E 58-A 59-E 60-A
61-B 62-A 63-B 64-D 65-C 66-A 67-B 68-D 69-A 70-B
71-D 72-B 73-C 74-B 75-B 76-A 77-C 78-C 79-B 80-C
81-D 82-C 83-B 84-C 85-D 86-A 87-C 88-C 89-D 90-D
91-C 92-A 93-C 94-E 95-A 96-C 97-B 98-D 99-D 100-C
101-B 102-C 103-E 104-B 105-B 106-D 107-C 108-A 109-B 110-B
111-E 112-D 113-E 114-B 115-B 116-D 117-A 118-B 119-A 120-B

121-A 122-C 123-C 124-E 125-E 126-E 127-D 128-A 129-D 130-D
131-B 132-A 133-A 134-B 135-D 136-C 137-B 138-C 139-D 140-D

Bons estudos e boa prova!!!


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