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Noticia 24

Risco de pobreza: a ameaça pesa mais sobre os mais jovens


18,7% dos portugueses estava em risco de pobreza no ano passado, o valor mais elevado
desde 2009, diz o IN.

Em Portugal, o risco de pobreza é mais elevado na população infantil, uma tendência comum a
toda a União Europeia, "mas a distância entre as famílias com crianças dependentes residentes
em Portugal e a média registada para o mesmo tipo de famílias na UE27, tem vindo a
aumentar", refere o INE no seu Inquérito às Condições de Vida e Rendimento.

O trabalho, realizado com base nos rendimentos de 2012 e divulgado por ocasião do Dia
Internacional da Erradicação da Pobreza, que hoje se comemora, mostra que mais de um em
cada quatro portugueses (18,7%) estava em risco de pobreza em 2012, o que é a percentagem
mais elevada no período iniciado em 2009.

As estatísticas do INE indicam, também, que o risco de pobreza entre os menores de 18 anos
está a aumentar, atingindo, agora, os 24,4%, mais 2,6 pontos percentuais que em 2011.

"As crianças, grupo populacional com riscos de pobreza ou exclusão social superiores aos da
população em geral desde 2010, foram as mais afetadas pelo aumento da pobreza ou exclusão
social", conclui o INE. Em números, a afirmação é confirmada com uma subida de 3,8 pontos
percentuais deste risco entre 2012 e 2013.

Escolaridade contra a pobreza

O gabinete de estatística, sublinha, ainda, que "o risco de pobreza para as crianças diminuía
com o aumento do nível de escolaridade completado pelos pais". As percentagens são claras:
quando os pais não completaram pelo menos o ensino secundário, o risco é de 37,5%, mas
quando concluíram o secundário ou pós-secundário é de 14,1% e quando têm habilitações
académicas de nível superior o risco cai para 4,1%.

A explicação está no facto de, em média, o risco de pobreza para a população adulta diminuir
com o nível de escolaridade. "o risco de pobreza para quem possuía habilitações ao nível do
ensino secundário ou superior é cerca de metade do risco enfrentado por alguém que detém
habilitações académicas inferiores ao ensino secundário", diz o INE.

Dados divulgados pela Pordata mostram, também, que em 2011 Portugal era o nono país da
União Europeia com a taxa de risco de pobreza mais elevada, havendo no ano passado 360 mil
pessoas a receber o rendimento social de inserção. Quase metade deste grupo tinha menos de
25 anos, refere a Pordata que destaca, ainda, o facto de Portugal ser o 6º país da União
Europeia com maiores desigualdades de rendimentos entre os mais ricos e os mais pobres.

Expresso, Margarida Cardoso, 17 de outubro de 2014

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