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A história da EAD não tem, ainda, uma identidade construída quanto ao modelo
pedagógico. O uso das TIC, no recorte que esta pesquisa propôs como análise, demonstra
que o que ocorreu no Brasil e no mundo foram apenas adaptações do formato analógico
(o livro), para o modelo digital (internet e (ou) formas combinadas das TIC). Todavia,
cumpre destacá-las, pois demonstram o rápido crescimento e a expansão de modelos que,
de forma eficiente e eficaz, já demonstram resultados favoráveis.
Entende-se que os estudos sobre os processos que envolvem a EAD nos caminhos
da comunicação não podem restringir-se ao estudo da midiatização do conhecimento,
sendo essencial alargar a visão para os processos que constroem este espaço. Para Martín-
Barbero (2003), na concepção de “mediações”, integram-se as questões pedagógicas
como parte integrante também do processo comunicacional, como contexto no qual os
fenômenos midiáticos, seja em que espaço for, são vivenciados pelas pessoas e grupos
que produzem e reproduzem sentidos.
Entender o processo da comunicação pedagógica no espaço da EAD torna
necessária a compreensão dessas mediações, como elas se construíram em cada tempo e
como, neste tempo novo, neste caso, os sistemas de EAD, na perspectiva do uso dos
recursos midiáticos pelas TIC, ganham sentido.
As TIC são, desse modo, componentes determinantes e objeto de estudo, na busca
da compreensão de como e com quais características se apresentam e que diálogos elas
estabelecem. Vale destacar que o processo não se limita a elas, mas a toda a rede que os
sistemas de EAD criam em torno delas. A mídia deve ser tomada no contexto das
mediações, como parte integrante, mas determinante, que entrelaça comunicação e
educação para entendimento do espaço ao qual esta pesquisa reporta da modalidade EAD.
A opção pelas TIC como mediações faz com que elas sejam tomadas em suas articulações
com o universo midiático, a fim de respeitar as delimitações deste campo de estudos. Caso
contrário, corre-se o risco da dispersão: poderemos cair em um fosso que levará não à
interdisciplinaridade, mas à extradisciplinaridade. E, com isso, perde-se a identidade.