Вы находитесь на странице: 1из 20

Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

CCET - Escola de Matemática


Disciplina: Análise Matemática 2015.2
Professor: Marcelo Leonardo dos Santos Rainha
Aluno: Erick Cargnel Borges Barreto

Resolução da Lista 1

As resoluções abaixo não estão corrigidas, logo podem (e provavelmente) ter erros.
Utilize apenas como inspiração para suas próprias resoluções. Bons estudos!

0. (a) (⇒) Seja f (x) ∈ f (W ∪U ), então f −1 (x) ∈ (W ∪U ), isto é, f −1 (x) ∈ W ou


f −1 (x) ∈ U . Se f −1 (x) ∈ W, f (x) ∈ f (W ), e se f −1 (x) ∈ U, f (x) ∈ f (U ),
logo em ambos os casos temos que f (x) ∈ f (W ) ∩ f (U ).

Como f (x) foi tomado de modo arbitrário, temos que:

f (W ∩ U ) ⊂ f (W ) ∪ f (U ) (1)

(⇐) Seja f (x) ∈ f (W ) ∪ f (U ), então f (x) ∈ f (W ) ou f (x) ∈ f (U ), isto


é, f −1 (x) ∈ W ou f −1 (x) ∈ U , logo em ambos os casos f −1 (x) ∈ (W ∪U ),
então f (x) ∈ f (W ∪ U ).

Como f (x) foi tomado de modo arbitrário:

f (W ) ∪ f (U ) ⊂ f (U ∪ U ) (2)
Das equações (1) e (2), temos que f (W ) ∪ f (U ) = f (W ∪ U ). 

(b) Seja f (x); f −1 (x) ∈ (W ∩U ), temos que f (x) ∈ f (W ∩U ). Por outro lado,
como f −1 (x) ∈ (W ∩ U ), f −1 (x) ∈ W e f −1 (x) ∈ U , então f (x) ∈ f (W )
e f (x) ∈ f (U ), logo f (x) ∈ f (W ) ∩ f (U ).

Como f (x) foi tomado de modo arbitrário, f (W ∩ U ) ⊂ f (W ) ∩ f (U ). 


−1 −1 −1 −1
(c) (⇒) Seja x ∈ f (V ) ∪ f (X), então x ∈ f (V ) ou x ∈ f (X). Se
x ∈ f −1 (V ), então f (x) ∈ V . Se x ∈ f −1 (X), f (x) ∈ X. Em ambos os
casos, f (x) ∈ V ∪ X, o que implica que x ∈ f −1 (V ∪ X).

Como x foi tomado de modo arbitrário, temos que:

f −1 (V ) ∪ f −1 (X) ⊂ f −1 (V ∩ X) (3)
(⇐) Seja x ∈ f −1 (V ∪ X), então f (x) ∈ V ∪ X, logo f (x) ∈ V ou
f (x) ∈ X, isto é, x ∈ f −1 (V ) ou x ∈ f −1 (X). Em ambos os casos,
x ∈ f −1 (V ) ∪ f −1 (X).

1
Como x foi tomado de modo arbitrário, temos que:

f −1 (V ∪ X) ⊂ f −1 (V ) ∪ f −1 (X) (4)
Das equações (3) e (4) temos que f −1 (V ) ∪ f −1 (X) = f −1 (V ∪ X). 

(d) (⇒) Seja x ∈ f −1 (V ∩ X) ⇔ f (x) ∈ V ∩ X ⇔ f (x) ∈ V e f (x) ∈ X ⇔


f ∈ f −1 (V ) e x ∈ f −1 (X) ⇔ x ∈ f −1 (V ) ∩ f −1 (X).

Como x foi tomado de modo arbitrário, f −1 (V ∩ X) = f −1 (V ) ∩ f −1 (X).




(e) Seja x ∈ W ⊂ A, então f (x) ∈ f (W ), logo (f −1 ◦ f )(x) ∈ (f −1 ◦ f )(W ),


então x ∈ f −1 (f (W )).

Como x foi tomado de modo arbitrário, temos que W ⊂ f −1 (f (W )). 


−1 −1 −1
(f) Seja x ∈ f (f (V )), então f (x) ∈ f (V ), logo x ∈ V .

Como x foi tomado de modo arbitrário, temos que f (f −1 (V )) ⊂ V . 

(g)
L
1. (a) Tome ε = > 0, como lim f (a) = L , então ∃δ0 > 0 tal que, se
2 x→a
x ∈ I ∗ (x, δ) ) :

L
|x − a| < δ ⇒ |f (x) − L| < =ε
2
Disto temos que:

L L
− < f (x) − L <
2 2
L 3L
< f (x) <
2 2
Como L > 0, a desigualdade acima implica que f (x) > 0.

Como x foi tomado de modo arbitrário, ∀x ∈ I ∗ (a, δ), f (x) > 0. 


L−M
(b) Tome 0 < ε < , então pela definição de limite:
2
∃ δ1 > 0 tal que se x ∈ I ∗ (a, δ1 ) ⇒ |f (x) − L| < ε e;

∃ δ2 > 0 tal que se x ∈ I ∗ (a, δ2 ) ⇒ |g(x) − M | < ε.

Tome δ = min{δ1 , δ2 }. Seja x ∈ I ∗ (a, δ), então:

L−M L−M
|f (x) − L| < e |g(x) − M | <
2 2

2
L−M L−M L−M L−M
− < f (x) − L < e − < g(x) − L <
2 2 2 2

L+M 3L − M 3M − L L+M
< f (x) < e < g(x) <
2 2 2 2

L+M
g(x) < < f (x) ⇒ g(x) < f (x)
2
Como x foi tomado de modo arbitrário, concluı́mos que ∃δ > 0; ∀x ∈
I ∗ (a, δ) ⇒ f (x) > g(x). 
(c) Seja δ1 > 0 tal que ∀x ∈ I ∗ (a, δ), f (x) > g(x).

Suponha por absurdo que L < M , então pelo item anterior, temos que
∃ δ2 > 0 tal que ∀x ∈ I ∗ (a, δ2 ), g(x) > f (x).

Tome δ = min{δ1 , δ2 }. Observe que I ∗ (a, δ) ⊂ I ∗ (a, δ1 e I ∗ (a, δ) ⊂


I ∗ (a, δ2 . Sendo assim, tome x ∈ I ∗ (a, δ), temos que:

x ∈ I ∗ (a, δ1 ) ⇒ f (x) > g(x)


x ∈ I ∗ (a, δ2 ) ⇒ f (x) < g(x)
Contradição! Como x foi tomado de modo arbitrário e chegamos em uma
contradição, temos que L > M . 

2. (a) Mostraremos que lim f (x) = 5.


x→1

25 + 4ε − 5
Seja ε > 0, tome δ = . Se x ∈ I ∗ (1, δ):
2
|x − 1| < δ ⇒ |f (x) − 5| = |x2 + 3x + 1 − 5|
⇒ |x2 + 3x − 4| = |(x − 1)(x + 4)| = |x − 1|.|x + 4|
Observe que como x ∈ (1 − δ, 1 + δ):

1δ < x < 1 + δ ∴ 5 − δ < x + 4 < 5 + δ ∴ |x + 4| < 5 + δ


Logo:

|f (x) − 5| = |x − 1|.|x + 4| < δ(5 + δ) = δ 2 + 5δ = ε


Como x foi tomado de modo arbitrário, temos que lim f (x) = 5. 
x→1

3
1
(b) Mostraremos que lim f (x) = :
x→3 18
s 2
1 1 4
6− + − 6 − + 72
3ε 3ε ε
Seja ε > 0, tome δ =   .
1
−2

Se x ∈ I ∗ (3, δ), então:

x2 − 9

1 1
|x − 3| < δ ⇒ f (x) − = 2

18 (x − 9)(x2 + 9) 18
18 − x2 − 9 9 − x2

1 1 1
x2 + 9 − 18 = 18(x2 + 9 = 18 x2 − 9

|9 − x2 | 1 |x − 3|.|x + 3| 1
2
. = .
|x + 9| 18 |x2 + 9| 18
Observe que de |x − 3| < δ temos que:

|x + 3| = |x + 3 − 3 + 3| = |(x − 3) + 6| 6 |x − 3| + 6 6 δ + 6
⇒ |x − 3| − 6 6 |x + 3| 6 |x − 3| + 6 ⇒ −δ − 6 6 |x + 3| 6 δ + 6

|x2 + 9| = |(x2 − 9) + 18| ⇒ |x2 − 9| − 18 6 |x2 + 9| 6 |x2 − 9| + 18

⇒ |x − 3|.|x + 3| − 18 6 |x2 + 9| 6 |x − 3.|x + 3| + 18


⇒ (−δ).(−δ − 6) − 18 < |x2 + 9| < δ(δ + 6) + 18
Logo:

|x − 3|.| + 3| 1 δ(δ + 6) 1
2
. < . =ε
|x + 9 18 −(δ)(−δ − 6) − 18 18
Como x foi tomado de modo arbitrário, temos que o limite está provado.

2x
(c) Mostraremos que lim = 4.
x→2 x − 1
 
ε
Seja ε > 0, tome δ < min 1, . Se x ∈ I(4, δ), então:
ε+2

2x 2x − 4(x − 1) 2x − 4 2|x − 2|
|x − 2| < δ ⇒
− 4 =

= x − 1 = |x − 1|

x−1 x−1

Observe que, como |x − 1| = |x − 2 + 1|:

4
1 − |x − 2| 6 |x − 2 + 1| 6 |x − 2| + 1
⇒ 1 − δ < |x − 1| < δ + 1
1 1 1
⇒ > >
1−δ |x − 1| 1+δ
Logo:

2|x − 2| 2δ
|f (x) − 4| = < <ε
|x − 1| 1−δ
Como ε foi tomado de modo arbitrário, temos que o limite está provado.

|x|
(d) Mostraremos que o limite da função f (x) = + x, quando x → 0 não
x
existe.
ˆ lim+ f (x) = 1
x→0

Seja ε > 0, tome δ = ε. Se x ∈ (0, δ):


|x| x
|x| < δ ⇒ |f (x) − 1| = + x − 1 = + x − 1 = |x| < δ = ε

x x
Como ε > 0 foi tomado de modo arbitrário, temos que o limite lateral
acima está provado.
ˆ lim− f (x) = −1.
x→0

Seja ε > 0, tome δ = ε. Se x ∈ (−δ, 0):


|x| −x
|x| < δ ⇒ |f (x) + 1| =
+ x + 1 =
+ x + 1 = |x| < δ = ε
x x
Como ε > 0 foi tomado de modo arbitrário, temos que o limite lateral
acima está provado.

Como lim+ f (x) 6= lim− f (x), temos que @ lim f (x). 


x→0 x→0 x→0+

|x|
(e) Mostraremos que o limite da função f (x) = , quando x → 0 não existe.
x
ˆ lim+ f (x) = 1
x→0

Seja ε > 0, tome δ = ε. Se x ∈ (0, δ):


|x| x
|x| < δ ⇒ |f (x) − 1| = − 1 = − 1 = |1 − 1| = 0 < δ = ε

x x
Como ε > 0 foi tomado de modo arbitrário, temos que o limite lateral
acima está provado.

5
ˆ lim− f (x) = −1.
x→0

Seja ε > 0, tome δ = ε. Se x ∈ (−δ, 0):


|x| −x
|x| < δ ⇒ |f (x) + 1| = + 1 = + 1 = | − 1 + 1| = 0 < δ = ε
x x

Como ε > 0 foi tomado de modo arbitrário, temos que o limite lateral
acima está provado.

Como lim+ f (x) 6= lim− f (x), temos que @ lim f (x). 


x→0 x→0 x→0+

(f) Usaremos o critério sequencial para mostrar que o limite não existe.

2
Seja xn = temos que (xn ) → 0, todavia, temos que:
(2n − 1)π
 
(2n − 1)π
ˆ se n é par, então f (xn ) = sin = −1
2
 
(2n − 1)π
ˆ se n é ı́mpar, então f (xn ) = sin =1
2
Logo, como f (xn ) tem duas subsequências convergindo para valores dis-
tintos, f (xn ) é uma sequência divergente.

Pelo critério sequencial, se f (xn ) é divergente, então não existe lim f (x).
x→0


3. (a) Seja ε > 0, como lim f (x) = 0, ∃ δ1 > 0 tal que se x ∈ E ∩ I ∗ (a, δ1 ) então
x→a
|f (x)| < ε. Além disso, por hipótese, temos que ∃ δ2 > 0 e M > 0 tal
que se x ∈ E ∩ I(a, δ), então |g(x)| 6 M .

Tome δ = min{δ1 , δ2 , ε.M }. Seja x ∈ E ∩ I ∗ (a, δ), então temos que:

|f (x)| < ε e |g(x)| 6 M


⇒ |f (x)|.|g(x)| < ε.|g(x)| 6 ε.M ⇒ |f (x).g(x)| < ε.M
Como x e ε são arbitrário, temos que lim f (x).g(x) = 0. 
x→a

(b) Seja x ∈ E ∩ I ∗ (a, δ) temos por hipótese que:

f (x) 6 h(x) g(x)


De onde podemos explicitar as seguintes desigualdades:

f (x) 6 g(x) ; f (x) 6 h(x) ; h(x) 6 g(x)


Pelo exercı́cio 1. item c) desta lista, temos que:

6
L 6 h(x) e h(x) 6 L
Logo:
L 6 h(x) 6 L ⇒ h(x) = L
Como x foi tomado de modo arbitrário, temos que lim h(x) = L. 
x→a
(c) Primeiro mostraremos que lim xn = 0, onde n 6= 0.
x→0

Seja ε > 0, tome δ = n
ε. Seja x ∈ E ∩ I ∗ (a, δ), temos que:

|x| < δ ⇒ |xn | = |x|n < δ n = ε


Como x e n são arbitrários, temos que lim xn = 0.
x→0
 
1
Repare que como a função seno é limitada, isto é, sin 6 1 para
x
todo x ∈ R\{0}, pelo exercı́cio 3. item b):
 
. 1
lim x sin =0
x→0 x
(d) Considere o arco de uma circunferência unitária, representado na figura
1. Considere também o setor circular AOC e os triângulos BOC e AOG.

Figura 1: Arco circular de cı́rculo unitário

Temos que:
ÁreaBOC ≤ ÁreaAOC ≤ ÁreaAOG
Chamaremos a medida do arco AC = x 6= 0. Sendo assim, temos que:
OA = 1
OB = cos(x)
OC = sin(x)
sin(x)
AG =
cos(x)

7
Logo, as áreas das figuras anteriormente mencionadas, escritas em função
de x:

1 x 1 sin(x)
(sin(x). cos(x)) ≤ ≤
2 2 2 cos(x)

sin(x)
sin(x). cos(x) ≤ x ≤
cos(x)
Como sin(x) > 0:

1 1 cos(x)
≥ ≥
sin(x). cos(x) x sin(x)

1 sin(x)
≥ ≥ cos(x)
cos(x) x
1
Afirmação 1. lim =1
x→0 cos(x)

  
π 1
Demonstração. Seja ε > 0, tome δ = min , arccos − 1 . Sendo
3 ε
assim, se x ∈ I ∗ (0, δ), então temos que:

1
|x| < δ ⇒ | cos(x)| > cos(δ) ⇒ < 1
cos(x) cos(δ)

1 1
⇒ − 1 ≤ +1< 1 +1
cos(x) cos(x) cos(δ)

→ |f (x) − 1| < ε

Afirmação 2. lim cos(x) = 1


x→0

Temos que:

1
lim+ = lim cos(x) = 1
x→0 cos(x) x→0+
De modo análogo, podemos desenvolver o mesmo raciocı́nio e concluir
que:

1
lim− = lim cos(x) = 1
x→0 cos(x) x→0−
Logo, como 0 ∈ R0 e pelo resultado do exercı́cio 3. item b):

1 sin(x)
lim = lim cos(x) = 1 ⇒ lim =1
x→0 cos(x) x→0 x→0 x


8
4. (a) Observe que:    
x b x b x b
. −1 6 . 6 .
a x a x a x
 
b x x b b
− 6 . 6
a a a x a
Temos que:

b x b b
− = = lim+
lim+
x→0 a a a x→0 a
Logo, pelo Teorema do Confronto:
 
x b b
lim+ . =
x→0 a x a
(b)

5. (a) Seja p(x) = an .xn + an−1 .xn−1 + ... + a1 .x + a0 , então:


 
n 1 1 1
p(x) = x an + an−1 . + ... + a1 . n−1 + a0 . n
x x x

1
Afirmação 3. lim = 0, ∀k ∈ N
x→+∞ xk
 
1
Demonstração. Seja ε1 > 0, tome δ1 > max √
n ε
, 1 , se:
1

1 1 1
x > δ1 ⇒ k − 0 = k < < ε1
x |x | (δ1 )k
Como x, ε1 e k foram arbitrários, a afirmação está provada. 

1
Analogamente, temos que lim = 0, ∀k ∈ N.
x→−∞ xk

Logo, temos que:


 
1 1 1
lim p(x) = lim x an + an−1 . + ... + a1 . n−1 + a0 . n = lim an .xn
n
x→±∞ x→±∞ x x x x→±∞

Então, sendo n parr e an > 0, basta provar que lim an .xn = +∞.
x→±∞
r 
ε
Seja ε > 0, tome δ > max n , 1 , então se:
an
x > δ ⇒ xn .an > δ n .an > ε
Logo, como x e ε foram arbitrários, temos que lim an .xn = +∞.
x→+∞

Analogamente lim an .xn = +∞ 


x→−∞

9
(b) Sendo n par e an < 0 Valendo da afirmação 3 do item anterior, basta
provar que

lim an .xn = −∞
x→+∞
r 
ε
Seja ε > 0, tome δ > max n , 1 , então se:
−an
x > δ ⇒ xn > δ n ⇒ xn .an < δ n .an = −(δ n .(−an )) > −ε
Logo, como x e ε foram arbitrários, temos que lim an .xn = −∞.
x→+∞

Analogamente lim an .xn = −∞ 


x→−∞

(c) Sendo n um número ı́mpar e an > 0, valendo da afirmação 3, basta provar


que:
ˆ lim an .xn = +∞
x→+∞
 r 
ε
Seja ε > 0, tome δ > max 1, n . Se:
an

x > δ ⇒ xn > δ n ⇒ xn .an > an .δ n > ε


Como x e ε foram arbitrários, temos que lim an .xn = +∞.
x→+∞

ˆ lim an .xn = −∞
x→−∞
 r 
ε
Seja ε > 0, tome δ > max 1, n . Se:
an

x < −δ ⇒ xn < (−δ)n ⇒ xn .an < an .(−δ n ) = −(an .δ n ) < −ε

Como x e ε foram arbitrários, temos que lim an .xn = −∞. 


x→−∞

(d) Sendo n ı́mpar e an < 0, valendo da afirmação 3, basta provar que:


ˆ lim an .xn = −∞
x→∞
r 
ε
Seja ε > 0, tome δ = max n , 1 . Se:
−an
x > δ ⇒ xn > δ n ⇒ an .xn < an .δ n < −ε
Como x e ε foram arbitrários, temos que lim an .xn = −∞.
x→+∞
ˆ lim an .xn = +∞
x→−∞
r 
ε
Seja ε > 0, tome δ = max n , 1 . Se:
−an
x < −δ ⇒ xn < −δ n ⇒ an .xn > −an .δ n > ε

10
Como x e ε foram arbitrários, temos que lim an .xn = +∞. 
x→−∞

6. (a) Diremos que lim f (x) = +∞ se, sendo f : x → R e a ∈ X 0 , ∀A > 0 existe


x→a
um δ > 0 tal que se x ∈ X ∩ B ∗ (a, δ) (bola aberta de centro a e raio δ):

|x − a| < δ ⇒ f (x) > A


1
Exemplo 1. Sendo f : R∗ → R, onde f (x) = , mostraremos via
|x|
critério sequencial que lim f (x) = +∞
x→0

Seja (xn ) ∈ R ; (xn ) → 0 então xn 6= 0, ∀n ∈ N, temos que:

1
f (xn ) = , ∀n ∈ N
|xn |
Isto é, podemos interpretar f (xn ) como uma sequência gerada a partir de
(xn ). Como (xn ) → 0, então ∀ε1 > 0, ∃ n0 ∈ N tal que se n > n0 , então
|xn | < ε1 .

1 1
|xn | < ε1 ⇒ >
|xn | ε1
1
Logo, dado ε > 0, tomando ε1 = , temos que ∃ n0 ∈ N tal que para
ε
todo n0 < n ∈ N, f (xn ) > . Então, por definição, f (xn ) → +∞.

Como (xn ) foi tomado de modo arbitrário, pelo critério sequencial temos
que lim f (x) = +∞. 
x→0

(b) Seja f : X → R e a ∈ X 0 . Diremos que lim+ f (x) = +∞ se para todo


x→a
A > 0, ∃ δ > 0 tal que se x ∈ X ∩ (a, a + δ), então f (x) > A.
1
Exemplo 2. Sendo f : R∗+ → R, onde f (x) = , mostraremos via
x
critério sequencial que lim+ f (x) = +∞
x→0

Seja (xn ) ∈ R∗+ ; (xn ) → 0 então xn 6= 0, ∀n ∈ N, temos que:

1
f (xn ) = , ∀n ∈ N
xn
Isto é, podemos interpretar f (xn ) como uma sequência gerada a partir de
(xn ). Como (xn ) → 0, então ∀ε1 > 0, ∃ n0 ∈ N tal que se n > n0 , então
|xn | < ε1 .

1 1
|xn | < ε1 ⇒ >
|xn | ε1
Como xn > 0 para todo n ∈ N, temos que:

11
1 1
>
xn ε1
1
Logo, dado ε > 0, tomando ε1 = , temos que ∃ n0 ∈ N tal que para
ε
todo n0 < n ∈ N, f (xn ) > . Então, por definição, f (xn ) → +∞.

Como (xn ) foi tomado de modo arbitrário, pelo critério sequencial temos
que lim+ f (x) = +∞. 
x→0

(c) Seja f : X → R e a ∈ X 0 . Diremos que lim− f (x) = +∞ se para todo


x→a
A > 0, ∃ δ > 0 tal que se x ∈ X ∩ (a − δ, a), então f (x) > A.
1
Exemplo 3. Sendo f : R∗− → R, onde f (x) = , mostraremos via
|x|
critério sequencial que lim− f (x) = +∞
x→0

Seja (xn ) ∈ R∗− ; (xn ) → 0 então xn 6= 0, ∀n ∈ N, temos que:

1
f (xn ) = , ∀n ∈ N
|xn |
Isto é, podemos interpretar f (xn ) como uma sequência gerada a partir de
(xn ). Como (xn ) → 0, então ∀ε1 > 0, ∃ n0 ∈ N tal que se n > n0 , então
|xn | < ε1 .

1 1
|xn | < ε1 ⇒ >
|xn | ε1
1
Logo, dado ε > 0, tomando ε1 = , temos que ∃ n0 ∈ N tal que para
ε
todo n0 < n ∈ N, f (xn ) > . Então, por definição, f (xn ) → +∞.

Como (xn ) foi tomado de modo arbitrário, pelo critério sequencial temos
que lim− f (x) = +∞. 
x→0

(d) Seja f : X → R e a ∈ X 0 . Diremos que lim f (x) = −∞ se para todo


x→a
A > 0, ∃ δ > 0 tal que se x ∈ X ∩ B ∗ (a, δ), então f (x) < −A.
1
Exemplo 4. Sendo f : R∗ → R, onde f (x) = − , mostraremos via
|x|
critério sequencial que lim f (x) = −∞
x→0

Seja (xn ) ∈ R∗ ; (xn ) → 0 então xn 6= 0, ∀n ∈ N, temos que:

1
f (xn ) = − , ∀n ∈ N
|xn |
Isto é, podemos interpretar f (xn ) como uma sequência gerada a partir de
(xn ). Como (xn ) → 0, então ∀ε1 > 0, ∃ n0 ∈ N tal que se n > n0 , então
|xn | < ε1 .

12
1 1 1 1
|xn | < ε1 ⇒ > ⇒− <−
|xn | ε1 |xn | ε1
1
Logo, dado ε > 0, tomando ε1 = , temos que ∃ n0 ∈ N tal que para
ε
todo n0 < n ∈ N, f (xn ) < −. Então, por definição, f (xn ) → −∞.

Como (xn ) foi tomado de modo arbitrário, pelo critério sequencial temos
que lim f (x) = −∞. 
x→0

(e) Seja f : X → R e a ∈ X 0 . Diremos que lim− f (x) = −∞ se para todo


x→a
A > 0, ∃ δ > 0 tal que se x ∈ X ∩ (a − δ, a), então f (x) < −A.
1
Exemplo 5. Sendo f : R∗ → R, onde f (x) = , mostraremos via
x
critério sequencial que lim− f (x) = −∞
x→0

Seja (xn ) ∈ R∗+ ; (xn ) → 0 então xn 6= 0, ∀n ∈ N, temos que:

1
f (xn ) = , ∀n ∈ N
xn
Isto é, podemos interpretar f (xn ) como uma sequência gerada a partir de
(xn ). Como (xn ) → 0, então ∀ε1 > 0, ∃ n0 ∈ N tal que se n > n0 , então
|xn | < ε1 .

1 1 1 1
|xn | < ε1 ⇒ > ⇒− <−
|xn | ε1 |xn | ε1
Como xn < 0, ∀n ∈ N, temos que:

1 1
<−
xn ε1
1
Logo, dado ε > 0, tomando ε1 = , temos que ∃ n0 ∈ N tal que para
ε
todo n0 < n ∈ N, f (xn ) < −. Então, por definição, f (xn ) → −∞.

Como (xn ) foi tomado de modo arbitrário, pelo critério sequencial temos
que lim− f (x) = −∞. 
x→0

(f) Seja f : X → R e a ∈ X 0 . Diremos que lim+ f (x) = −∞ se para todo


x→a
A > 0, ∃ δ > 0 tal que se x ∈ X ∩ (a, a + δ), então f (x) < −A.
1
Exemplo 6. Sendo f : R∗ → R, onde f (x) = − , mostraremos via
x
critério sequencial que lim+ f (x) = −∞
x→0

Seja (xn ) ∈ R∗+ ; (xn ) → 0 então xn 6= 0, ∀n ∈ N, temos que:

1
f (xn ) = − , ∀n ∈ N
xn

13
Isto é, podemos interpretar f (xn ) como uma sequência gerada a partir de
(xn ). Como (xn ) → 0, então ∀ε1 > 0, ∃ n0 ∈ N tal que se n > n0 , então
|xn | < ε1 .

1 1 1 1
|xn | < ε1 ⇒ > ⇒− <−
|xn | ε1 |xn | ε1
Como xn > 0, ∀n ∈ N, temos que:

1 1
− <−
xn ε1
1
Logo, dado ε > 0, tomando ε1 = , temos que ∃ n0 ∈ N tal que para
ε
todo n0 < n ∈ N, f (xn ) < −. Então, por definição, f (xn ) → +∞.

Como (xn ) foi tomado de modo arbitrário, pelo critério sequencial temos
que lim+ f (x) = −∞. 
x→0

(g) Seja f : X → R. Diremos que lim f (x) = +∞ se para todo A >


x→+∞
0, ∃ B > 0 tal que se x ∈ X e x > B, então f (x) > A.
Exemplo 7. Sendo f : R → R, onde f (x) = x, mostraremos via critério
sequencial que lim f (x) = +∞
x→+∞

Seja (xn ) ∈ R; (xn ) → +∞, temos que:

f (xn ) = xn , ∀n ∈ N
Isto é, podemos interpretar f (xn ) como uma sequência gerada a partir
de (xn ). Como (xn ) → +∞, então ∀ε1 > 0, ∃ n0 ∈ N tal que se n > n0 ,
então xn > ε1 .

xn > ε1 ⇒ f (xn ) > ε1


Logo, dado ε > 0, tomando ε1 = ε, temos que ∃ n0 ∈ N tal que para todo
n0 < n ∈ N, f (xn ) > . Então, por definição, f (xn ) → +∞.

Como (xn ) foi tomado de modo arbitrário, pelo critério sequencial temos
que lim f (x) = +∞. 
x→+∞

(h) Seja f : X → R. Diremos que lim f (x) = −∞ se para todo A >


x→+∞
0, ∃ B > 0 tal que se x ∈ X e x > B, então f (x) < −A.
Exemplo 8. Sendo f : R → R, onde f (x) = −x, mostraremos via
critério sequencial que lim f (x) = −∞
x→+∞

Seja (xn ) ∈ R; (xn ) → +∞, temos que:

f (xn ) = xn , ∀n ∈ N

14
Isto é, podemos interpretar f (xn ) como uma sequência gerada a partir
de (xn ). Como (xn ) → +∞, então ∀ε1 > 0, ∃ n0 ∈ N tal que se n > n0 ,
então xn > ε1 .

xn > ε1 ⇒ −xn < −ε1 ⇒ f (xn ) < −ε1


Logo, dado ε > 0, tomando ε1 = ε, temos que ∃ n0 ∈ N tal que para todo
n0 < n ∈ N, f (xn ) < −. Então, por definição, f (xn ) → −∞.

Como (xn ) foi tomado de modo arbitrário, pelo critério sequencial temos
que lim f (x) = −∞. 
x→+∞

(i) Seja f : X → R. Diremos que lim f (x) = L > 0 se ∀ε > 0, ∃B > 0 tal
x→+∞
que se x ∈ X e x > B, então |f (x) − L| < ε.
1
Exemplo 9. Sendo f : R∗ → R, onde f (x) = , mostraremos via
x
critério sequencial que lim f (x) = 0
x→+∞

Seja (xn ) ⊂ R ; (xn ) → +∞, então ∀ε1 > 0, ∃n0 ∈ N; ∀n > n0 , |xn | > ε1 .
Temos que:

f (xn ) = xn
Isto é, podemos interpretar f (xn ) como uma sequência gerada a partir
de (xn ). Como (xn ) → +∞, então ∀ε1 > 0, ∃ n0 ∈ N tal que se n > n0 ,
então xn > ε1 .
Disto:

1 1 1
|xn | > ε1 ⇒ < ⇒ |f (xn )| <
|xn | ε1 ε1
1
Seja ε > 0, tomando ε1 = , temos que ∃n0 ∈ N tal que ∀n0 < n ∈ N,
ε
|f (xn )| < ε. Como ε foi tomado de modo arbitrário, logo lim f (xn ) = 0.
n→+∞

Como (xn ) foi tomado de modo arbitrário, temos que pelo critério se-
quencial, lim f (x) = 0. 
x→+∞

(j) Seja f : X → R. Diremos que lim f (x) = −∞ se ∀A > 0, ∃B > 0 tal


x→−∞
que se x ∈ X e x < −B, então f (x) < −A.
Exemplo 10. Seja f : R → R, onde f (x) = x. Mostraremos via critério
sequencial que lim f (x) = −∞.
x→−∞

Seja (xn ) ⊂ R; (xn ) → −∞, então ∀ε1 > 0, ∃ n0 ∈ N tal que para todo
n ∈ N; n > n0 , xn < −ε1 . Além disso:

f (xn ) = xn , ∀n ∈ N

15
Seja ε > 0, tome ε1 = ε, deste modo temos que existe um n0 ∈ N tal que
∀n ∈ N ; n > n0 , f (xn ) < −ε.

Como ε foi tomado de modo arbitrário, temos que f (xn ) → −∞. Pelo
critério sequencial temos que lim f (x) = −∞. 
x→−∞

(k) Seja f : X → R. Diremos que lim f (x) = +∞ se, ∀A > 0, ∃B > 0 tal
x→−∞
que se x ∈ X e x < −B, f (x) > A.
Exemplo 11. Seja f : R → R, onde f (x) = |x|. Mostraremos via
critério sequencial que lim f (x) = +∞.
x→−∞

Seja (xn ) ⊂ R; (xn ) → −∞, então ∀ε1 > 0, ∃ n0 ∈ N tal que para todo
n ∈ N; n > n0 , xn < −ε1 . Além disso:

f (xn ) = |xn |, ∀n ∈ N
Isto é, podemos interpretar f (xn ) como uma sequência gerada a partir
de (xn ).

Seja ε > 0, tome ε1 = ε, deste modo temos que existe um n0 ∈ N tal que
∀n ∈ N ; n > n0 , xn < −ε. Logo:

xn < −ε ⇒ |xn | > ε ⇒ f (xn ) > ε


Como ε foi tomado de modo arbitrário, temos que f (xn ) → +∞. Pelo
critério sequencial temos que lim f (x) = +∞. 
x→−∞

(l) Seja f : X → R. Diremos que lim f (x) = L < +∞ se, ∀ε > 0, ∃B > 0
x→−∞
tal que se x ∈ X e x < −B, então |f (x) − L| < ε.
1
Exemplo 12. Seja f : R∗ → R, onde f (x) = . Mostraremos via
x
critério sequencial que lim f (x) = 0.
x→−∞

Seja (xn ) ⊂ R ; (xn ) → −∞, então ∀ε1 > 0, ∃ n0 ∈ N tal que para todo
n ∈ N; n > n0 , xn < −ε1 . Deste modo, temos que:

1
f (xn ) = , ∀n ∈ N
xn
Isto é, podemos interpretar f (xn ) como uma sequência gerada a partir
de (xn ). Observe que:

1 1 1 1
xn < −ε1 ⇒ >− ⇒0> > − , ∀n > no ∈ N
xn ε1 xn ε1

1 1
|f (x)| < − =
ε1 ε1
1
Seja ε > 0, tomando ε1 = , temos que |f (xn )| < ε, logo por definição
ε
f (xn ) → 0.

16
Como (xn ) foi tomada de modo arbitrário, pelo critério sequencial temos
que lim f (x) = 0 < +∞. 
x→−∞

7. Seja P (x) = pn .xn + ... + p1 .x + p0 e Q(x) = qm .xm + ... + q1 .xq0 , onde n, m ∈ N


Temos que se x ∈ / Z(Q), x 6= 0 e:

ˆ n > m:

lim P (x) pn .xn pn


lim f (x) = = lim m
= lim .xn−m
lim Q(x) qm .x qm
Sendo assim, lim f (x):
x→+∞

– será igual a +∞ se pn .qn > 0;


– será igual a −∞ se pn .qm < 0.
E lim f (x):
x→−∞

– será igual a −∞ se pn .qn > 0;


– será igual a +∞ se pn .qm < 0.
ˆ n = m:

pn .xn pn
lim f (x) = lim =
x→±∞ qn .xn qn
ˆ n < m:

pn 1
lim f (x) = lim .
qn xm−n
pn 1
Como é uma constante (logo limitada) e já vimos que lim m−n = 0,
qn x
logo:

lim f (x) = 0
x→±∞

Se x ∈
/ Z(Q) e x = 0, temos que P (0) = p0 e Q(0) = q0 , logo:

p0
lim f (x) =
x→±∞ q0
8. Se x ∈ N, temos que pela definição de multiplicação nos naturais:

f (x) = f (x.1) = x.f (1)

Logo, a = f (1) ∈ R.

Se x ∈ Z, temos que:

f (1) = f (1 + 0) = f (1) + f (0) ⇒ f (0) = 0

17
E pela definição de multiplicação em Z:

f (x) = f (x.1) = x.f (1) = x.a


p
Se x ∈ Q, por definição podemos escrever x = irredutı́vel, onde p, q ∈ Z.
q
Sendo assim, pela definição de soma e multiplicação em Q:
   
p p p
f (x) = f f .1 = .f (1) = x.a
q q q

Se x0 ∈ R: Temos que ∃(xn ) ∈ Q tal que (xn ) → x0 . Como f é contı́nua em


R, pelo critério sequencial, temos que:

f (x0 ) = lim f (x) = lim f (xn ) = lim xn .f (1) = x0 .f (1) = x0 .a


x→x0 n→+∞ n→+∞

⇒ f (x0 ) = x0 .a

Como x0 foi tomado de modo arbitrário, logo f (x) = x.a, para algum a ∈ R.


9. Observe previamente que como f (x.a) = a.f (x), ∀a ∈ R, para x = 1, temos


que f (a.1) = a.f (1), ∀a ∈ R. Tomando a = x, temos que:

f (x) = x.f (1)


ε
Seja ε > 0 e b ∈ R, tome δ = , se x ∈ B(bδ), então:
|f (1)|

|x − b| < δ ⇒ |f (x) − f (b)| = |x.f (1) − b.f (1)| = |f (1).(x − b)| < |f (1)|.δ = ε

Como ε foi tomado de modo arbitrário, logo f é contı́nua em b. Como b é


qualquer, temos que f é contı́nua. 

10.

11. Seja X ∈ I um conjunto fechado, e f (a) ∈ f (X), onde a ∈ X = X, logo, pela


hipótese, f (a) ∈ f (X) ⊂ f (X), i.e, f (a) ∈ f (X).

Como f (X) é fechado, então por definição ∃(bn ) ⊂ f (X); (bn ) → f (a), logo
f (a) é aderente em f (X). Como a foi tomado de modo arbitrário, temos que
f (X) = f (X) é fechado.

Como X foi um conjunto arbitrário, temos que f leva um conjunto fechado


em um conjunto fechado, logo f é contı́nua. 

18
12. Definiremos como F (A) = {0} ∈ R, claramente F (A) é fechado. Como f é
contı́nua, temos que f −1 (A) também é um conjunto fechado, isto é:

f −1 (A) = {x ∈ I; f (x) = 0} = Z(f )

Logo Z(f ) é fechado. 

13. Provaremos o enunciado em um caso mais geral:

Teorema do Ponto Fixo de Brower em um Intervalo Fechado: Seja


f uma aplicação contı́nua, que leva [a, b] em si mesmo, então f admite pelo
menos um ponto fixo no intervalo.

Demonstração. Seja f uma aplicação que satisfaça as hipóteses do teorema.


Se um dos extremos for levado em si mesmo, está provado. Suponha que não.

Podemos assumir que os extremos são levados em “direções opostas”, i.e, o


ponto a é levado em um ponto à sua direita, e o ponto b em algum ponto à
sua esquerda. Em sı́mbolos:

f (a) ∈ (a, b] e f (b) ∈ [a, b)


a+b
Divida o intervalo I0 = [a, b] na metade, no ponto c0 = . Se f (c0 ) = c0 ,
2
temos o nosso ponto fixo, caso contrário, c é levado para a esquerda ou para a
direita:

f (c) ∈ [a, c) ou f (c) ∈ (c, b]

Em ambos os casos, um dos sub-intervalos terá seus extremos em “direções


opostas”. Chamaremos ele de I1 .

Repita o mesmo processo com os Ik sub-intervalos seguintes. Com isso, teremos


duas opções:

ˆ após um número finito de repetições, encontramos um ck que é ponto


fixo;
ˆ ou obtemos uma sequência infinita {I0 , I1 , ..., In , ...} de sub-intervalos ani-
nhados onde f leva seus extremos em “direções opostas”.

Seguindo pela segunda opção, seja x0 o único ponto em comum à todos os


intervalos, mostraremos que f (x0 ) = x0 .

Suponha por absurdo que x0 6= y0 = f (x0 ). Podemos assumir que x0 é levado


para um ponto à direita (o caso para à esquerda é análogo):

19
f (x0 ) ∈ (x0 , b]
f é contı́nua em x0 , ou seja, para qualquer By0 (ε1 ) existe uma Bx0 (δ1 ) de modo
que a imagem de todos os pontos pertencentes à Bx0 (δ1 ) pertencem à By0 (ε1 ):

Im(Bx0 (δ1 )) ⊂ By0 (ε1 )


Como as “bolas” não são concêntricas, podemos tomar um ε (e consequente-
mente um δ) suficientemente pequeno para que Bx0 (δ) e By0 (ε) sejam disjuntas:

Bx0 (δ) ∪ By0 (ε) = ∅


Temos que todos os pontos pertencentes à Bx0 (δ) são levados à direita. Para
um n suficientemente grande, todo o intervalo In está contido na bola Bx0 (δ),
logo seus extremos são levados à direita, o que é um absurdo pois por suposição
os extremos são levados em direções opostas.

Logo x0 é ponto fixo de f no intervalo [a, b], provando o teorema. 

14.
15. (a) Seja f : I → R uma função monótona e com a propriedade do valor
médio, então, sendo p, q ∈ f (I), temos que [p, q] ⊂ f (I).

Iremos supor que f −1 (P ) 6 f −1 (q) (o caso f −1 (P ) > f −1 (q) será análogo).


Como por hipótese f é monótona, temos que se x ∈ [p, q], então f −1 (p) 6
f −1 (x) 6 f −1 (q). Como x é arbitrário, temos que [f −1 (p), f −1 (q)] é com-
pacto, e em particular é fechado.

Como p, q forma tomados de modo arbitrário, temos que f leva intervalos


fechados em intervalos fechados. Como todo conjunto fechado em R pode
ser escrito como uma união de intervalos fechados, logo f leva conjuntos
fechados em conjuntos fechados, logo é contı́nua. 
(b) Observe a seguinte função:

x se 0 6 x 6 1;
f (x) =
0 se x ∈ / [0, 1]
Para todos os pontos p, q ∈ f (R), temos que [p, q] ⊂ f (R), todavia, f é
descontı́nua para x = 1.
(c) Suponha por absurdo que ∃ x, y ∈ [0, 1] tal que f (x) 6= f (y). Por hipótese,
f é uma função contı́nua, e o intervalo fechado [0, 1] é um conjunto com-
pacto. Logo, f (x), f () ⊂ Im([0, 1]) onde Im([0, 1]) ⊂ Q é um conjunto
compacto. Contradição pois para um conjunto compacto em Q tem no
máximo um elemento.

Logo f : I → Q é uma função constante. 

20

Вам также может понравиться