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ESCOLA POLITÉCNICA
DEPARTAMENTO DE ESTRUTURAS
sergiohampshire@poli.ufrj.br
- 2014/2 -
SUMÁRIO PÁGINA
7. TORÇÃO 67
2
1. CARACTERÍSTICAS DO ESTADO LIMITE ÚLTIMO
3
1.2. Coeficientes de ponderação
A NBR 6118, em seus itens 11.6.1 e 12.2, define os valores característicos para as grandezas
envolvidas nas verificações dos estados limites (ou seja, as ações e as resistências).
1.2.1 Valores característicos para as resistências
Os valores característicos fk a serem considerados para as resistências de um material são
definidos como os valores que têm uma probabilidade de apenas 5% de não serem atingidos em um
determinado lote do material. Admite-se uma distribuição normal para estas resistências.
fck = fcm - 1,65 sc
fk = fm - 1,65 s fyk = fym - 1,65 sy
(f i fm )2
s i 1
n 1
A NBR 6118, em seu item 8.2.1, define classes de resistência em MPa para o concreto. Para
superestruturas de concreto armado, o concreto deve ser no mínimo de classe C20 (fck = 20 MPa). Para
estruturas de fundações e em obras provisórias, o concreto pode ser de classe C15 (fck = 15 MPa). A
NBR6118, em sua versão 2014, é aplicável para concretos de classe até C90.
A resistência característica do aço à tração, fyk (ou à compressão, fyck) é definida em função da
tensão mínima de escoamento, real ou convencional, fixada como sendo a tensão correspondente à
deformação específica permanente de 0,2%, determinada de acordo com a NBR 6152. Os aços para
concreto armado são classificados pela NBR 7480, de acordo com o valor característico da sua
resistência de escoamento, nas categorias CA-25, CA-50 e CA-60.
1.2.2 Valores de cálculo para as resistências
As resistências de cálculo são estabelecidas pela NBR 6118, no seu item 12.3, a partir dos
respectivos valores característicos e dos coeficientes de ponderação das resistências.
Estes coeficientes levam em conta a variabilidade da resistência dos materiais envolvidos, as
diferenças entre resistências medidas em corpos de provas e nas estruturas, desvios ocorridos na
construção das estruturas e aproximações feitas no projeto, do ponto de vista das resistências.
Para verificações estruturais realizadas com concreto de idade igual ou superior a 28 dias, as
expressões abaixo se aplicam.
fcd = fck /c fctd = ftk / c fyd = fyk / s fycd = fyck / s
Os coeficientes de minoração (c e s) são definidos na NBR 6118, item 12.4.1 :
Concreto: c = 1,4 em condições normais.
c = 1,2 em condições de construção.
Aço: s = 1,15 em condições normais ou em condições de construção.
1.2.3 Valores característicos e valores representativos para as ações e solicitações
Os valores característicos a serem considerados para as ações Fk são definidos nas diversas
Normas Brasileiras pertinentes, em função de uma probabilidade de estes valores serem ultrapassados
durante a vida útil da construção.
Para as cargas permanentes, a NBR 8681 define os valores característicos como os seus
próprios valores médios.
Para as cargas acidentais, os valores característicos são aqueles que têm de 25% a 35% de
probabilidade de serem ultrapassados no sentido desfavorável em 50 anos, o que corresponde a
períodos de recorrência de, respectivamente 174 e 117 anos. Não se dispondo de dados estatísticos
4
suficientes, como é o caso em geral para as ações variáveis, os valores característicos a serem
considerados são os valores nominais fixados pelas Normas Brasileiras específicas, para cada tipo de
carregamento.
Para vento e sismo, as probabilidades de ultrapassagem em 50 anos são fixadas nas Normas
NBR 6123 e NBR 15421 em 63% e 10%, respectivamente, o que corresponde a períodos de
recorrência de 50 e 475 anos.
1.2.4 Valores de cálculo para as ações e solicitações
A NBR 6118, no seu item 11.7, define valores de cálculo para as ações, por meio de
coeficientes de majoração f, que levam em conta a variabilidade das ações, a simultaneidade da
atuação das ações, desvios gerados na construção não explicitamente considerados no cálculo e as
aproximações feitas no projeto do ponto de vista das solicitações.
Os valores de cálculo das ações são genericamente, os valores das ações representativas vezes
os coeficientes de majoração:
Fd = f .Fk
Nos casos em que os pilares e pilares-parede tenham sua menor dimensão entre 14 e 19 cm,
deverá ser considerado um coeficiente adicional de majoração de cargas n = 1,95 – 0,05. b, sendo b a
menor dimensão da seção transversal do pilar em cm, de acordo com o item 13.2.3 da NBR 6118. Este
coeficiente adicional é justificado pela maior probabilidade de falhas de construção em peças esbeltas
e da maior importância relativa dos desvios construtivos, por exemplo, nos cobrimentos. Pilares de
14x60, 16x24 e 18x20 terão, respectivamente, n = 1,25 , n = 1,15 e n = 1,05.
1.2.5 Ponderação das ações nos estados limites últimos (ações variáveis de só um tipo):
Fd = 1,4 Fgk + 1,4 F qk + 1,2 Fk. (condições normais, quando as ações são desfavoráveis)
(ou 1,0 Fgk , 0,0 F qk , 0,0 Fk.) (condições normais ou de construção, quando as ações são
favoráveis)
Fd = 1,3 Fgk + 1,2 F qk + 1,2 Fk. (condições de construção, quando as ações são
desfavoráveis)
(Fgk - ação permanente característica, Fqk - ação variável característica, Fk. - ação característica
devida a deformações próprias e impostas: recalques de apoio, retração, temperatura, etc.)
No caso dos efeitos da carga variável decorrerem da atuação simultânea de cargas acidentais e
de vento, considera-se a baixa probabilidade dos dois carregamentos atingirem simultaneamente o seu
valor máximo. Neste caso, se considera a soma dos efeitos máximos de um carregamento, com o outro
reduzido por um fator ψ0 (aplica-se uma redução também para os efeitos de temperatura):
5
Além disso, para o projeto de pilares e fundações de edifícios residenciais e comerciais (não
destinados a depósito), também se considera a baixa probabilidade das cargas acidentais atingirem seu
valor máximo simultaneamente em todos os pavimentos. Sendo assim, pode ser aplicado um
coeficiente de redução nas cargas acidentais nos pavimentos inferiores das edificações, conforme
tabela da NBR 6120.
6
1.2.5.3 Exemplo 3:
Seja um pilar de concreto simples, de área igual a Ap em que a força normal de compressão é:
Np = Ng + Nq
A tensão de compressão atuante no concreto é de:
Onde Ne é a força de compressão que rompe o corpo de prova e Ae é a área do corpo de prova.
A verificação de segurança ( é ilustrada na figura abaixo:
Ou seja, nos estados limites de serviço, pode-se tomar f =1,0. Coeficientes de redução para
cargas acidentais, de vento e de temperatura podem ser considerados, conforme item 11.7.2 da NBR
6118.
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Considera-se, para todos os tipos de aço, Es = 210 000 MPa = 21 000 kN/cm2 = 21 . 107 kN/m2.
No caso, por exemplo, do aço CA-50:
fyd = fycd = 50/1,15 = 43,48 kN/cm2
yd = fyd / Es = 43,48/21000 = 0,002070 = 2,070 0/00
Os valores de fyd e yd para os três tipos de aço são fornecidos na tabela abaixo:
As bitolas da tabela a seguir são as das barras normalizadas pela NBR 7480 (“Barras e fios
destinados a armaduras para concreto armado”). É fornecida também a área em cm 2 de cada bitola.
8
Os fios são fornecidos em rolos até a bitola de 9,5 mm e as barras a partir da bitola de 4,2 mm.
As barras são fornecidas em comprimentos de 12 m (ver NBR 7480, item 4.5.1). O aço CA-60 é
fornecido em fios e barras. Diâmetros padronizados com bitolas inferiores a 5 mm não têm aplicação
como armadura estrutural em pilares.
O aço CA-50 é utilizado em todos os tipos de armadura estrutural. O aço CA-60 pode ser
empregado nas armaduras das lajes e nas armaduras de estribos de vigas e de pilares. O aço CA-25,
por ser o único que depois de dobrado, pode ser redobrado para sua conformação inicial, é usado em
detalhes construtivos especiais.
As barras podem ser também classificadas, conforme a NBR 6118, item 9.3.2.1, de acordo com
a conformação superficial (nervuras), em barras lisas (CA-25), barras entalhadas (CA-60) e barras de
alta aderência (CA-50 e CA-60), ver item 9.3.2.1 da Norma. As nervuras têm sua configuração
geométrica definida na NBR 7480.
1.4 Características do concreto
A resistência característica do concreto à compressão é determinada a partir dos resultados de
ensaios em corpos de prova cilíndricos, de 15 cm de diâmetro e 30 cm de altura, moldados de acordo
com a NBR 5738, com a idade de 28 dias, com procedimento estatístico de acordo com a NBR 5739.
A resistência do concreto à tração pode ser determinada pelo ensaio de compressão diametral,
de acordo com a NBR 7222. Na ausência de ensaios, seus valores médio e característicos (inferior e
superior) podem ser estimados em função da resistência à compressão fck como:
2/3
fct,m = 0,3 fck (fck ≤ 50 MPa); fct,m = 2,12 ln (1 + 0,11 fck) (fck 50 MPa);
ftk,inf = 0,7 fct,m ; fctk,sup = 1,3 fct,m
Exemplo:
fck = 20 MPa, fct,m = 0,3.202/3 = 2,21MPa, fctk,inf = 0,7. 2,21 = 1,55MPa
O diagrama tensão-deformação idealizado, a ser usado nas análises no estado limite último,
para o concreto à compressão, é definido a seguir, de acordo com a NBR 6118, item 8.2.10.1.
9
para concretos de classes até C50:
0
c2 = 2,0 /00
cu = 3,5 /00
0
Estimativa para o módulo de elasticidade inicial (item 8.2.8 da Norma), a ser utilizado nas análises
globais de uma estrutura, quando não forem realizados ensaios para a determinação deste parâmetro
(unidade, MPa):
10
O parâmetro E depende da rocha matriz da brita empregada:
E = 1,2 para basalto e diabásio
E = 1,0 para granito e gnaisse
E = 0,9 para calcário
E = 0,7 para arenito
Estimativa para o módulo de elasticidade secante a ser utilizado nas análises locais e seccionais de
uma estrutura:
Ecs = i . Eci
f ck
i = 0,8+0,2 . ≤ 1,0
80
10
Curva para E = 1,0:
y=λx
c2
d
00,2 x
%
s (Domínio 3)
11
As hipóteses para o dimensionamento à flexão, no estado limite último do concreto armado,
segundo a NBR 6118, em seu item 17.2.2 são:
Valores de λ e αc
12
Deformação plástica excessiva:
reta a : tração uniforme.
domínio 1 : tração não uniforme, sem compressão.
domínio 2 : flexão simples ou composta, sem ruptura à compressão do concreto, aço a 100/00
Ruptura:
domínio 3 : flexão simples (seção sub-armada) ou composta, com ruptura à compressão do
concreto, e com escoamento do aço.
domínio 4 : flexão simples (seção super-armada) ou composta, com ruptura à compressão do
concreto, e com aço tracionado sem escoamento.
domínio 4a : flexão composta com armaduras comprimidas.
domínio5 : compressão não uniforme, sem tração.
reta b : compressão uniforme.
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2. DIMENSIONAMENTO À FLEXÃO COMPOSTA RETA
2.1 Dimensionamento na flexão composta reta – fck ≤ 50 MPa
As diversas possibilidades de dimensionamento e verificação das seções de concreto armado na
flexão composta reta se realizam quando os diversos domínios de deformações específicas no estado
limite último são percorridos: tração simples, flexão composta com tração, flexão simples, flexão
composta com compressão e compressão simples. Durante este desenvolvimento, a profundidade da
linha neutra assume os valores:
Domínio 1: de - ∞ a 0
Domínio 2: de 0 a 0,259d
Domínios 3 e 4: de 0,259d a d
Domínio 4a: de d a h
Domínio 5: de h a + ∞
A retangularização do diagrama tensão-deformação do concreto só será considerada para
concretos com fck ≤ 50 MPa. Para concretos com resistência superior a esta, a retangularização leva a
resultados muito imprecisos, obrigando à consideração dos diagramas tensão-deformação reais.
São inicialmente definidas as notações a serem seguidas, através das figuras abaixo:
d’’
As2
t2 c d h
Asi
ti As1
t1 d’
Seção transversal
d’’
As2
d h
Md Nd
Asi
h/2
As1 d’
Seção longitudinal
14
De acordo com a figura, as seguintes designações foram definidas, para uma seção retangular:
b, h - largura e altura total da seção de concreto.
As1 e As2 – armaduras mais próximas, respectivamente, da face inferior e superior da seção (em
uma viga em flexão simples seriam, respectivamente, as armaduras principais de tração e compressão).
d', d'' - distâncias dos centros de gravidade das armaduras As1 e As2 às faces do concreto mais
próximas.
d = h - d' - “altura útil” da seção.
c = d - d'' - distância entre centros de gravidade das armaduras As1 e As2.
Asi e ti – armadura genérica e sua respectiva distância à face inferior da seção.
Nd e Md – esforço normal e momento fletor de cálculo referidos ao centro de gravidade da seção
retangular.
As forças normais positivas são as de tração e os momentos fletores positivos tracionam a face
inferior da seção. Da mesma forma, na seção resistente, forças e tensões de tração são positivas e as de
compressão são negativas.
2.1.1 Equações para o Domínio 1
O Domínio 1 corresponde às situações de tração pura (reta a) e às de tração composta com
flexão em que as deformações no concreto são todas positivas, ou seja, as tensões no concreto são
nulas. Neste caso, o par de esforços Nd e Md é resistido pelas forças de tração nas armaduras. O estado
limite se caracteriza pelo esgotamento da capacidade de deformação específica do aço ( s = 100/00).
O Domínio 1 é definido pelas seguintes condições de deformação específica:
s1 = 100/00; c = 100/00 a 00/00
s1 e c - deformações específicas da seção, respectivamente aos níveis da armadura mais
inferior e da fibra correspondente à face superior do concreto.
d''
b c
As2 s2 F s2
Md
h d c Nd
Asi
si F si
As1
d' s1= 100/00 F s1
εs1-εc εc x c
d s1 c
c
x x d.
εs1-εsi εsi d s1 c
εs1 ti–d’
15
ti d' s1 si ( ).( ti d' ) ( 10 c ).( ti d' )
si s1 s1 c si 10
d s1 c d d
Já que no caso específico do Domínio 1, s1 = 10 /00.
0
16
O Domínio 2 é definido pelas seguintes condições de deformação específica:
s = 100/00; c = 00/00 a -3,50/00
Profundidade da linha neutra x:
c
x d. ; no caso particular do Domínio 2, s1 = 100/00.
c s1
x
O limite para o Domínio 2 corresponderá a c = -3,50/00 ou k x ,max max 0,2593
d
Para o cálculo das deformações específicas no nível da armadura genérica i, vale a expressão
apresentada para o Domínio 1, observando-se que, neste caso, c tem sinal negativo. As tensões e
forças nas armaduras também são determinadas com as expressões do Domínio 1.
A força de compressão Fc, resultante das tensões de compressão atuantes no concreto, é
determinada com a expressão a seguir, devendo Fc ser tomado com o sinal negativo (compressão):
Fc 0,85. f cd .b.0,8.x
Para o equilíbrio de momentos é necessário definir a distância do ponto de aplicação da força
Fc à face inferior da seção:
tc h 0,4.x
O equilíbrio entre forças externas aplicadas e forças internas leva aos esforços externos
equilibrantes:
N d Fc Fi ;
h h
M d N d . Fc .tc Fi .ti 0 M d N d . Fc .t c Fi .ti
2 2
2.1.3 Equações para o Domínio 3
O Domínio 3 corresponde a diversas condições de equilíbrio em que a parte superior da seção
está comprimida e as armaduras encontram-se tracionadas ou comprimidas. O estado limite se
caracteriza pelo esgotamento da capacidade de encurtamento do concreto, suposto com sua máxima
deformação específica (c = - 3,50/00); a deformação específica do aço na armadura mais inferior (As1) é
no mínimo igual à de escoamento (yd). Este estado limite corresponde a diversas situações de flexão
simples e flexão composta com compressão.
O Domínio 3 é definido pelas seguintes condições de deformação específica:
s = 100/00a yd; c = - 3,50/00
O cálculo da profundidade de linha neutra é igual ao do Domínio 2, sendo que no Domínio 3,
deve-se considerar que c = - 3,50/00.
x
O limite do Domínio 3, para aço CA-50, com yd = 2,070/00 será k x ,max max 0,6284
d
As expressões do Domínio 2 para o cálculo das deformações específicas no nível da armadura
genérica i, de tensões e forças nas armaduras, da força de compressão no concreto e de equilíbrio entre
forças externas aplicadas e forças internas permanecem válidas.
2.1.4 Equações para os Domínios 4 e 4a
O Domínio 4 corresponde a diversas condições de equilíbrio em que a parte superior da seção
está comprimida e as armaduras encontram-se tracionadas ou comprimidas. O estado limite se
caracteriza pelo esgotamento da capacidade de encurtamento do concreto, suposto com sua máxima
deformação específica (c = -3,50/00); a deformação específica do aço na armadura mais inferior (As1) é
inferior à de escoamento (yd).
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Este estado limite corresponde a diversas situações de flexão composta com compressão. Como
o aço não atinge à sua tensão de escoamento, a seção romperá por ruptura frágil (compressão do
concreto). Por esta razão, a NBR 6118 não permite a utilização do domínio 4 na flexão simples (seções
super-armadas).
O Domínio 4 é definido pelas seguintes condições de deformação específica:
s = yd a 00/00; c = - 3,50/00
c x t xh
si c . i
si ti x h x
18
19
2.2 Planilhas de dimensionamento. Ábacos de interação (fck ≤ 50 MPa)
A formulação apresentada no item 2.1 é sistematizada através de planilhas EXCEL. Estas
planilhas têm um formato que permitem a verificação de uma seção retangular qualquer submetida à
flexão composta reta. Também com estas planilhas serão geradas tabelas adimensionais, que expressas
graficamente, permitirão o dimensionamento através de ábacos de interação.
Estas planilhas consideram a retangularização do diagrama tensão-deformação do concreto,
considerada como adequada para concretos com fck ≤ 50 MPa.
2.2.1 Exemplo de dimensionamento. Duas camadas, armadura simétrica.
É apresentada, nas páginas seguintes, a planilha correspondente ao primeiro exemplo (arquivo
“FlexãoComposta-Dimensionamento ou FlexãoComposta-Dimensionamento-Bitolas”).
A planilha EXCEL da página seguinte fornece os seguintes dados e resultados, sendo cada
linha correspondente às diversas configurações deformadas, nos diversos Domínios da NBR 6118:
x(m) – profundidade da linha neutra. No Domínio 5, foi limitada, para viabilizar o
cálculo automático da compressão no concreto, a h/0,8.
c (0/00), s1 (0/00), s2 (0/00) – deformações específicas a nível da face superior do
concreto e das armaduras As1 e As2.
2 2
s1 (kN/cm ) e s1 (kN/cm ) – tensões nas armaduras As1 e As2.
pares de valores resistentes Nd, Md para a armadura fornecida e para As = 0 e valores
atuantes na seção.
Na figura em página posterior, estes valores de Nd e Md são plotados em curvas de interação.
Observar que, com a armadura adotada, os valores atuantes estão na região segura (interna) do ábaco.
É traçada uma linha reta, unindo dois pares de valores com a mesma posição de linha neutra, para a
armadura fornecida e para As = 0, passando próximo ao ponto correspondente ao par de esforços
atuante. Observar, que nesta reta, os acréscimos nos pares de esforços resistentes são proporcionais à
armadura adotada, permitindo assim uma interpolação (ou extrapolação). A adoção deste
procedimento no exemplo leva às armaduras As1 = As2 = 3cm2, o que é uma excelente aproximação
para a solução exata.
Resolvendo pelos ábacos de interação adimensionais, a serem apresentados no item 2.2.2,
considerando o ábaco Adimensional 3:
Nd 600 Md 90
0,233; 2
2
0,117
b.h.f cd 0,6.0,3.20000 / 1,4 b.h .f cb 0,6.0,3 .20000 / 1,4
120
100
Md (kN.m)
80 As=0
As dado
60
Nd,Md
40
20
0
-3000 -2500 -2000 -1500 -1000 -500 0 500
Nd (kN)
As dado As = 0
Domínios x (m) c (‰) s1 (‰) s2 (‰) s1 (kN/cm2) s2 (kN/cm2) Nd (kN) Md (kN.m) Nd (kN) Md (kN.m)
Domínio 1 10,00 10,00 10,00 43,48 43,48 435 0 0 0
s1 = 10‰ 8,00 10,00 8,40 43,48 43,48 435 0 0 0
6,00 10,00 6,80 43,48 43,48 435 0 0 0
4,00 10,00 5,20 43,48 43,48 435 0 0 0
2,00 10,00 3,60 43,48 43,48 435 0 0 0
0,00 10,00 2,00 43,48 42,00 427 1 0 0
Domínio 2 0,012 -0,50 10,00 1,60 43,48 33,60 316 15 -69 10
s1 = 10‰ 0,023 -1,00 10,00 1,20 43,48 25,20 211 28 -132 19
0,033 -1,50 10,00 0,80 43,48 16,80 111 39 -190 26
0,042 -2,00 10,00 0,40 43,48 8,40 17 50 -243 32
0,050 -2,50 10,00 0,00 43,48 0,00 -74 60 -291 38
0,058 -3,00 10,00 -0,40 43,48 -8,40 -161 69 -336 43
0,065 -3,50 10,00 -0,80 43,48 -16,80 -244 77 -378 47
Domínio 3 0,065 -3,50 10,00 -0,80 43,48 -16,80 -244 77 -378 47
c = 3,5‰ 0,070 -3,50 9,00 -1,00 43,48 -21,00 -296 82 -408 50
0,076 -3,50 8,00 -1,20 43,48 -25,20 -352 87 -443 53
0,083 -3,50 7,00 -1,40 43,48 -29,40 -415 93 -486 57
0,092 -3,50 6,00 -1,60 43,48 -33,60 -487 99 -537 61
0,103 -3,50 5,00 -1,80 43,48 -37,80 -572 106 -600 65
0,117 -3,50 4,00 -2,00 43,48 -42,00 -673 113 -680 70
0,135 -3,50 3,00 -2,20 43,48 -43,48 -785 119 -785 75
0,157 -3,50 2,07 -2,39 43,48 -43,48 -916 123 -916 80
Domínio 4 0,157 -3,50 2,07 -2,39 43,48 -43,48 -916 123 -916 80
c = 3,5‰ 0,159 -3,50 2,00 -2,40 42,00 -43,48 -935 123 -927 80
0,175 -3,50 1,50 -2,50 31,50 -43,48 -1080 119 -1020 82
0,194 -3,50 1,00 -2,60 21,00 -43,48 -1246 114 -1133 82
0,219 -3,50 0,50 -2,70 10,50 -43,48 -1440 107 -1275 80
0,250 -3,50 0,00 -2,80 0,00 -43,48 -1675 95 -1457 73
Domínio 5 0,300 -3,50 -0,58 -2,92 -12,25 -43,48 -2027 68 -1749 52
0,343 -3,20 -0,87 -2,73 -18,20 -43,48 -2307 38 -1998 26
0,375 -2,90 -1,15 -2,55 -24,15 -43,48 -2524 10 -2186 0
0,375 -2,60 -1,43 -2,37 -30,10 -43,48 -2554 7 -2186 0
0,375 -2,30 -1,72 -2,18 -36,05 -43,48 -2583 4 -2186 0
0,375 -2,00 -2,00 -2,00 -42,00 -42,00 -2606 0 -2186 0
21
2.2.2 Desenvolvimento de ábacos de interação adimensionais.
O dimensionamento com auxílio de ábacos adimensionais segue os mesmos procedimentos já
descritos, desenvolvendo-se as planilhas para uma seção retangular com b = h = 1,00m;
fcd =1,00 kN/m2; fyd = 1 kN/cm2; Es = 21000/fyd. Os parâmetros adimensionais para entrada nos ábacos
são o esforço normal adimensionalizado η e o momento adimensionalizado μ; os resultados são em
termos da percentagem mecânica de armadura ω, válidos para CA-50.
Nd Md As . f yd
; ;
b.h. f cd b.h 2 . f cd b.h. f cd
22
2.2.3 Exemplo numérico resolvido 1
1000
800
M d (kN.m)
As=0
600 As dado
Nd,Md
400
200
0
-10000 -8000 -6000 -4000 -2000 0 2000 4000
Nd (kN)
23
Exemplo resolvido 2
Pilar circular, com d = 0,60m; fck = 18 MPa; d’= 0,03cm
Esforços atuantes: Nd = -5082 kN, Md = 102 kNm.
Nd 5082 M 102
2
2
1,098; 3 d 3 0,037
d .fcd 0,6 .18000 / 1,4 d .fcd 0,6 .18000 / 1,4
Com este par de valores, encontra-se, por interpolação, no Ábaco Adimensional 12, ω = 0,584.
As .f yd 0,584.0,62.18000 / 1,4
Como: ; As 62,2 cm 2 (14 barras de 25mm)
d 2 .f cd 50 / 1,15
24
3. DIMENSIONAMENTO À FLEXÃO COMPOSTA OBLÍQUA
3.1. Cálculo pela formulação aproximada da NBR 6118
A figura abaixo define as notações empregadas para a verificação de uma seção retangular de
concreto, de dimensões b e h, submetida aos esforços de cálculo Nd, Mxd e Myd. A área total de aço é
igual a As = As1 + As2 + As3 + As4.
A NBR 6118, em seu item 17.2.5.2, permite a verificação da flexão composta oblíqua através
da seguinte expressão de interação aproximada:
M Rd ,x M Rd ,y
1 (no Estado Limite Último; ≤1 na verificação de segurança)
M Rd ,xx
M Rd , yy
Onde:
MRd,x e MRd,y – componentes segundo os eixos x e y do momento admitido como resistente, para
o valor de esforço normal atuante NSd.
MRd,xx e MRd,yy – são os momentos resistentes segundo os eixos x e y, em flexão composta reta,
para o valor de esforço normal NSd .
α - fator que em geral pode ser tomado como α = 1,0 e no caso de seções retangulares, como
α = 1,2.
3.1.1. Exemplo numérico resolvido 3
25
A respectiva curva de interação, de acordo com o processo aproximado da NBR 6118, é
apresentada na figura a seguir. O par de esforços atuante se encontra na parte segura (interna) do
ábaco. A seguinte expressão deve ser empregada, em planilha EXCEL, para expressar MRd,y em
função de MRd,x:
1 / 1,2
M 1,2
M Rd ,yy .1 Rd ,x
1,2
M Rd ,y
M
Rd ,xx
400 388
366
350 324
300 272
250
Myd
150 Valores
dados
100 109
50
569
0
0 100 200 300 400 500 600
M xd
Analiticamente:
1,2 1,2
300 220
569 0,46 0,51 0,97( OK )
388
http://www.cesec.ufpr.br/etools/oe3/
(objetos educacionais, sistemas estruturais, concreto armado e protendido, “Oblíqua 1.0”)
O programa pode ser aplicado a seções de forma qualquer.
26
A verificação na flexão composta reta, com Nd = -90,16 kN fornece MRd,xx = 85,0 kN.m e
MRd,yy = 70,0 kN.m.
27
4. CRITÉRIOS DE PROJETO DE PILARES
Na avaliação da rigidez dos pilares, toma-se como comprimento efetivo a metade de seu
comprimento real, conforme Fig. 14.8 da Norma.
Exemplo:
3m L = 6m (3x) 3m
p = 10 kN/m (3x)
(Viga:15x90)
3m (Pilar: 20x60, 60 no plano do quadro) 3m
28
4.1.3 Imperfeições geométricas
As construções de concreto são intrinsecamente imperfeitas. Nas estruturas podem existir, por
exemplo, imperfeições geométricas na forma e dimensões das seções transversais e no posicionamento
das armaduras. Muitas destas imperfeições são cobertas pelos coeficientes de ponderação. Não é este o
caso das imperfeições nos eixos dos pilares, que devem ser explicitamente consideradas no cálculo.
De acordo com a NBR 6118, item 11.3.3.4, as imperfeições geométricas, para efeito de cálculo,
podem ser divididas em imperfeições globais e locais.
4.1.3.1 Imperfeições geométricas globais
O desaprumo dos elementos verticais de um prédio deve ser considerado, conforme a figura:
29
O elemento de travamento pode ser a laje de piso funcionando como diafragma.
O efeito das imperfeições locais nos pilares pode ser substituído em estruturas reticuladas
pela consideração do momento mínimo de 1ª ordem igual a:
M1d ,min N d ( 0,015 0,03.h )
Onde h é a altura total da seção transversal na direção considerada, em metros. A este
momento devem ser acrescentados os momentos de 2ª ordem, quando for o caso.
4.2 Classificação das estruturas relativamente a sua deformabilidade horizontal
4.2.1 Contraventamento
Em todo edifício deve ser definido um sistema estrutural que resistirá às solicitações
horizontais como as de vento. Estes sistemas são chamados de sistema de contraventamento, e são
compostos pelos elementos da estrutura com maior rigidez relativamente às forças horizontais. Em
edifícios de concreto armado, estes sistemas são compostos por pórticos (compostos por pilares e
vigas) e/ou por pilares-parede (presentes, por exemplo, em caixas de elevadores e escadas). A
distribuição das forças horizontais entre os diversos elementos de um sistema de contraventamento é
feita proporcionalmente à rigidez de cada um destes elementos relativamente às forças horizontais,
usualmente através de um modelo analisado com um programa de análise estrutural.
Os pilares não pertencentes aos sistemas de contraventamento, são chamados de pilares
contraventados. Estes pilares devem estar adequadamente fixados aos sistemas de contraventamento.
As estruturas de contraventamento podem ser classificadas como de nós fixos e de nós móveis
conforme definido no item 15.4.2 da NBR 6118.
4.2.2 Estruturas de nós fixos e de nós móveis
As estruturas podem ser classificadas como de nós fixos quando os deslocamentos horizontais
dos nós são relativamente pequenos. Neste caso, os efeitos globais de 2ª ordem podem ser desprezados
(devendo ser inferiores a 10% dos esforços de 1ª ordem). Nestas estruturas devem, no entanto, ser
considerados os efeitos locais de 2ª ordem.
As estruturas que não atenderem à condição definida acima são classificadas como de nós
móveis, devendo ser projetadas considerando-se esforços globais e locais de 2ª ordem.
A NBR 6118, em seu item 15.5, apresenta dois critérios para a avaliação se uma determinada
estrutura pode ser classificada como de nós fixos.
4.2.2.1 Critério do parâmetro de instabilidade
Uma estrutura reticulada simétrica pode ser considerada como de nós fixos, se α ≤ α 1, sendo:
H tot. N k /( Eci .IC )
1 0,2 0,1 n se n ≤ 3;
1 0,5 ; 0,6 ; 0,7 , se n ≥ 4, para estruturas de contraventamento em edifícios compostas,
somente por pórticos; ou associações de pórticos e pilares-parede; ou somente pilares-parede.
n – número de andares acima da fundação ou de um nível pouco deslocável do subsolo;
Htot – altura total da estrutura em metros, medida a partir do mesmo nível de referência;
Nk – valor característico da soma de todas as cargas verticais atuantes na estrutura, também
computadas acima do mesmo nível de referência;
Ic – inércia de um pilar equivalente, com seção constante, engastado na base e livre no topo,
com comprimento igual a Htot, que quando submetido à combinação de cargas preponderante para o
projeto da estrutura, forneça o mesmo deslocamento horizontal no topo.
Eci – módulo de elasticidade do concreto, que pode ser tomado como o tangente inicial,
conforme estabelecido no item 15.5.2.
30
4.2.2.2 Critério do coeficiente γz
É definido um coeficiente γz de importância dos esforços de segunda ordem globais, a ser
aplicado para estruturas reticuladas de no mínimo quatro pavimentos. Para uma determinada
combinação de cargas:
1
z
M tot ,d
1
M tot ,d
Mtot,d – momento de tombamento, soma dos momentos provocados por todas as forças
horizontais da combinação considerada, com seus valores de cálculo, em relação à base da estrutura;
ΔMtot,d – acréscimo de segunda ordem no momento de tombamento, soma dos momentos
correspondentes aos produtos das forças verticais da combinação considerada, com seus valores de
cálculo, vezes os deslocamentos horizontais de seus respectivos pontos de aplicação, obtidos em uma
análise de 1ª ordem.
Nesta avaliação, os seguintes valores de rigidez devem ser tomados:
- Vigas: (EI)sec = 0,4 . Ec . Ic (caso usual em que as armaduras das vigas não são simétricas);
- Pilares: (EI)sec = 0,8 . Ec . Ic
Nestas definições, Ec é o valor representativo do módulo de deformação secante, igual ao Ecs
majorado em 10% e Ic é o momento de inércia da seção bruta do concreto.
Se γz ≤ 1,1 , a estrutura é considerada como de nós fixos.
Deve ser evitada uma situação em que γz > 1,3 , o que indica uma deformabilidade excessiva da
estrutura. Neste caso, análises muito complexas, envolvendo análises não-lineares física e geométrica
devem ser aplicadas, tendo em vista que os métodos simplificados aceitos pela Norma não poderão ser
aplicados.
4.2.2.3 Exemplo: análise dos efeitos globais de segunda ordem em um prédio
- Critério do parâmetro de instabilidade
q = 1 kN/m2. 30 m = 30 kN/m
30m 20x3m= Nk = 10 kN/m2. 20 pav. 10m . 30m = 60000kN
H=60m Supondo na cobertura o deslocamento δ= 0,06m
q.H 4
; fck = 25 MPa ; Eci = 28000MPa
8.Eci .I c
31
4.3 Métodos de análise dos efeitos de 2a ordem
4.3.1 Flambagem elástica
Considere-se uma barra birrotulada de comprimento l, submetida a uma força de compressão P,
com excentricidade e. A barra tem liberdade para se deslocar horizontalmente. O sistema de eixos XY
está posicionado na posição final deformada da barra. δ é o deslocamento máximo, na posição final
deformada, do ponto do centro do eixo.
A relação momento-curvatura da Resistência dos
Materiais pode ser escrita na forma abaixo, sendo o sinal do
momento definido de forma a ter compatibilidade com o
sinal da curvatura:
d2y
EI 2 M P.( e y ) ou:
dx
2
d y P
2
k 2 y k 2 .(e ) com k 2
dx EI
A solução é da forma abaixo, que pode ser verificada
por substituição:
y ( e ).( 1 cos kx )
.d 4 4 l l
Nas seções circulares: i . ; x e 4. e
64 .d 2
i d
Para efeito da aplicação da NBR 6118, os trechos de pilar são considerados como bi-rotulados:
Nas estruturas de nós fixos, todos os elementos podem ser analisados como isolados, ou seja,
como vinculados aos elementos estruturais que concorrem em suas extremidades. Aos efeitos de 1ª
ordem determinados em uma análise estrutural, devem ser somados os efeitos locais de 2ª ordem,
conforme explicitado a seguir. Os efeitos localizados de 2ª ordem surgirão em pilares parede.
Nas estruturas de nós móveis, aos efeitos de 1ª ordem devem ser somados os efeitos globais e
locais de 2ª ordem. Nos casos em que γz ≤ 1,3 , os efeitos globais de 2ª ordem podem ser avaliados
através da multiplicação dos efeitos de 1ª ordem das cargas horizontais por 0,95.γz. A estes efeitos
majorados somam-se os efeitos locais de 2ª ordem, da mesma forma que é feito para as estruturas de
nós fixos.
Os métodos de cálculo aplicáveis aos pilares dependem de seu índice de esbeltez em cada uma
das duas direções. Os métodos simplificados prescritos pela NBR 6118 pressupõem pilares de seção
constante e armadura constante ao longo do eixo.
33
4.3.4.1 Pilares muito curtos (λ ≤ 35) e curtos (35 ≤ λ ≤ λ1)
Para os pilares muito curtos, nenhuma verificação de efeitos de segunda ordem precisa ser feita.
Para a avaliação da necessidade desta verificação em pilares curtos, define-se o parâmetro λ1,
que depende do valor dos momentos nas extremidades do pilar, variando entre 35 1 90 .
Os esforços locais de 2ª ordem em elementos isolados podem ser desprezados quando o índice
de esbeltez em uma direção for inferior ao valor limite λ1:
25 12,5.e1 / h M
1 , onde: 35 1 90 e e1 é a excentricidade de 1ª ordem: e1 A
b N
Os valores de b são avaliados como:
a) Para pilares biapoiados sem cargas transversais:
M
1,00 b 0,60 0,40. B 0,40
MA
Onde MA e MB são os momentos de 1ª ordem nos extremos do pilar, na direção considerada.
Considerar que MA é o momento de maior valor absoluto e que os dois momentos têm o mesmo sinal
quando tracionarem o mesmo lado do pilar.
Definição do parâmetro αb
1
αb
0,5 NB-1
Teórico
0
-1 -0,5 0 0,5 1
β=MB/MA
MA MB M C b .M A
b) Para pilares bi-apoiados com cargas transversais significativas ao longo de seu
comprimento:
b 1,00
c) Para pilares em balanço:
M
1,00 b 0,80 0,20. B 0,85
MA
d) Para pilares em que os momentos de 1ª ordem são menores que o momento mínimo
definido no item 5.1.3.2:
b 1,00
Neste último caso, a verificação à flexão oblíqua pode ser substituída por duas verificações de
flexão composta reta, considerando-se o momento máximo em uma direção simultaneamente com o
momento nulo na outra, e vice-versa. Considerar, neste caso, que a excentricidade adicional não
ocorrerá com seu valor máximo simultaneamente nas duas direções.
34
4.3.4.2 Pilares medianamente esbeltos: λ1 ≤ λ ≤ 90
Para estes pilares, considerando que tenham seção constante e armadura simétrica constante ao
longo de seu eixo, dois métodos aproximados baseados no pilar-padrão podem ser empregados, ver
NBR 6118, item 15.8.3.3.
4.3.4.2.1 O Pilar-Padrão
No pilar padrão, a linha deformada real é substituída pela senóide definida como:
.x
y( x ) y max .sen
le
c dφ
r
d E F
A1
C D
s ds
As
35
4.3.4.2.2 Método do Pilar-Padrão com curvatura aproximada
A NBR 6118 considera, neste método, um momento de segunda ordem igual a Nd.ymax.
Arredondando-se π2 para 10, o momento total máximo no pilar pode ser calculado pela expressão:
2
M d ,tot b .M 1d ,A N d . e . M 1d ,A e M 1d ,MIN
l 1
10 r
O valor da curvatura 1/r na seção crítica é avaliado pela expressão aproximada:
1 0,005 0,005
(estas duas condições prevalecem quando, 0,5 e 0,5 )
r h.( 0,5 ) h
O momento total máximo no pilar, incluindo os efeitos de 2ª ordem pode ser calculado a partir
da majoração do momento de 1ª ordem pela expressão:
b .M 1d , A
M d , tot M 1d , A e M 1d , MIN
2
1
120 /
M d ,tot
32.1 5. . , sendo N Sd /( Ac . f cd ) .
h.N d
As grandezas têm o mesmo significado definido acima. Nd entra com sinal positivo na
compressão.
A substituição de segunda equação na primeira conduz a uma equação de segundo grau tendo
como incógnita Md, tot:
36
4.3.4.3 Pilares esbeltos (90 ≤λ≤ 140)
Para estes pilares é obrigatória a consideração da fluência, de acordo com o item 15.8.4 da
NBR 6118. É permitido o uso do pilar padrão melhorado, conforme o item 15.8.3.3.4 da Norma.
O roteiro de cálculo abaixo deve ser seguido, de acordo com o item 15.3.1 da NBR 6118. É
reproduzida a seguir a Figura 15.1 da NBR 6118, que ilustra o procedimento recomendado (γf 3 =1,1).
As relações entre momento e curvatura são obtidas, por exemplo, pelo programa M-K-UFRJ,
desenvolvido pelo Engº Fábio Orsini, com base nos diagramas tensão-deformação do concreto e do
aço definidos na NBR 6118, conhecidas as resistências de cálculo do concreto e do aço, as armaduras e
as dimensões da seção transversal.
A curva tracejada, obtida com os valores de cálculo usuais das resistências do concreto e do
aço, é utilizada para definir o momento fletor resistente MRd em função de NSd. A curva cheia é obtida
substituindo-se a resistência do concreto 0,85 fcd por 1,1 fcd, para a força normal de cálculo igual a
NSd/1,1. A rigidez secante é obtida na segunda curva para o momento de cálculo igual a MRd/1,1. A
curva cheia AB, a favor da segurança é linearizada pela reta AB.
A rigidez secante adimensional κ e o momento total no pilar são, conforme já definido:
b .M 1d , A
M 1d , A e M 1d , MIN
M / 1,1 ( EI )sec
( EI ) sec Rd ; ; M d , tot
1/ r 2
Ac h f cd 2
1
120 /
A fluência é considerada através de uma excentricidade adicional ecc, a ser adicionada à
excentricidade de primeira ordem e1 , conforme definido a seguir:
N Sg
10E ci I c
Ne ; e e . 2,718
N e N Sg
1; e M Sg e ;
2 cc 1 1 a
e N Sg
ea é a excentricidade devida a imperfeições locais, conforme Figura 11.2 da NBR 6118;
Msg e Nsg são os esforços solicitantes devidos à combinação quase permanente, ver Tabela 11.4
da NBR 6118;
é o coeficiente de fluência; tem sido correntemente tomado igual a 2,00.
Ic é a inércia da seção na direção considerada.
A consideração do efeito de 2a ordem deve ser feita conforme os procedimentos já descritos,
sendo a excentricidade de primeira ordem e1 previamente acrescida de ecc.
4.3.4.4 Pilares muito esbeltos (140 ≤ λ ≤ 200)
Para estes pilares é também obrigatória a consideração da fluência, de acordo com o item
15.8.4 da NBR 6118. O método geral, descrito no item 15.8.3.2 da Norma deve ser seguido. A análise
dos pilares muito esbeltos transcende os objetivos deste curso.
37
4.4 Pilares-parede.
Os pilares-parede são aqueles em que a maior dimensão excede cinco vezes a menor. A
verificação para momentos mínimos segue o mesmo critério aplicado nos pilares usuais; do ponto de
vista prático, é suficiente a verificação em torno do eixo de menor inércia do pilar. Na verificação para
momentos aplicados deve-se considerar que estes momentos atuarão de forma localizada, apenas em
um trecho do pilar. Este trecho é definido com os critérios definidos a seguir.
4.4,1 Dispensa de análise dos efeitos localizados de 2ª ordem.
De acordo com o item 15.9.2 da NBR 6118, em cada trecho do pilar parede pode ser verificada
a dispensa para a verificação dos efeitos localizados de 2ª ordem se:
- a base e o topo de cada trecho estiverem convenientemente fixados às lajes do edifício e se
estas conferirem ao conjunto o efeito de diafragma horizontal;
- a esbeltez λi de cada trecho, avaliada de acordo com a expressão a seguir, for inferior a 35:
l
i 3,46. ei , sendo:
hi
hi a espessura da peça e lei o comprimento equivalente, avaliado conforme definido abaixo:
cnom = c + cmin
40
cnom = 35 mm (lajes) ou cnom = 40 mm (vigas ou pilares) - (Classe III - Peças em zona marinha
ou industrial com ambientes internos úmidos ou com ciclos de molhagem e secagem: vestiários,
banheiros, cozinhas e lavanderias industriais e garagens).
cnom = 45 mm (lajes) ou cnom = 50 mm (vigas ou pilares) - (Classe IV – Peças em zona
industrial em ambientes quimicamente agressivos; peças sujeitas a respingos de maré).
As definições das diversas Classes encontram-se resumidas na tabela a seguir.
41
Os valores a serem tomados para 1 são de 1,0 , 2,25 e 1,4 , respectivamente para os aços CA-
25, CA-50 e CA-60; os valores a serem tomados para 2 são de 1,0 e 0,7 , respectivamente para
situações de boa e má aderência; os valores a serem tomados para 3 são de 1,0 para bitolas até 32 mm
e de 3 = (132 - )/ 100 para bitolas superiores a 32 mm. Pode-se definir fctd pelas expressões do item
8.2.5 da Norma:
2/3
fctd = fctk,inf / c fctk,inf = 0,7 fct,m fct,m = 0,3 fck (MPa)
5.3. Zonas de boa e má aderência
Todas as barras devem ser ancoradas no concreto para garantir que possam resistir, com
segurança, aos esforços para as quais foram calculadas. Além das características das barras, a
qualidade do concreto na zona de ancoragem é também importante para se garantir uma boa aderência.
A NBR 6118 identifica duas situações distintas (zonas de boa e de má aderência), para a consideração
da aderência entre o aço e o concreto. Estas duas situações estão associadas a condições mais ou
menos favoráveis para a vibração e o adensamento do concreto, reconhecendo-se que, no caso de
peças concretadas horizontalmente, a perda de água durante a pega (exudação) é mais intensa nas
regiões superiores das peças (ver NBR 6118, item 9.3.1).
São consideradas como pertencentes às zonas de boa aderência as barras com inclinação não
inferior a 450 com a horizontal e as barras com inclinação inferior a 45 0 com a horizontal, localizadas a
não mais de 30 cm da face inferior da peça ou junta de concretagem (peças com menos de 60 cm) ou a
mais de 30 cm da face superior (peças com mais de 60 cm). As demais são consideradas como
pertencentes às zonas de má aderência. As barras verticais dos pilares e pilares-parede podem,
portanto, ser sempre consideradas como pertencentes a zonas de boa aderência.
5.4. Ancoragem
Todas as barras devem ser ancoradas no concreto para garantir que possam resistir, com
segurança, às forças que as solicitam. O mecanismo de transmissão de forças do aço para o concreto
introduz tensões de tração transversais no concreto é esquematizado na figura abaixo:
Estes esforços transversais tendem a destruir a ligação existente entre os dois materiais,
prejudicando a eficiência da ancoragem. Esta pode ser então melhorada, com a redução da fissuração
transversal, pela presença de compressão transversal (por exemplo, nas zonas de apoio das bielas
inclinadas de compressão do concreto), por um cintamento helicoidal ou por uma armadura transversal
de costura.
O comprimento de ancoragem é de (NBR 6118, item 9.4.2.5):
.f yd
lb,nec = 1 lb As calc /As,ef lb,min onde: lb
25
4.f bd
O comprimento de ancoragem básico lb pode, então, ser reduzido na relação entre a área de
armadura calculada As calc e a área existente As,ef . O comprimento de ancoragem adotado lb,nec não
pode ser, no entanto, inferior a lb,min que é o maior entre os valores: 0,3 lb, 10 e 10cm.
A presença de ganchos padronizados permite a aplicação do coeficiente 1, no comprimento de
ancoragem, igual a (1,0 ou 0,7) nos casos respectivamente da ausência de ganchos, ou na sua presença
com cobrimento mínimo no plano normal ao do gancho, de 3.
Nos casos das barras de alta aderência, age basicamente a ancoragem mecânica nas nervuras,
que não é destruída pelo incipiente escorregamento longitudinal, impedido pela ação dos ganchos.
Nestes casos, os ganchos são menos importantes. As ancoragens nos estribos são garantidas através de
seus ganchos.
42
As barras comprimidas serão ancoradas com barras sem ganchos, prejudiciais nestes casos,
pelas concentrações de tensões que introduzem nas extremidades das barras. O comprimento de
ancoragem é o mesmo das barras tracionadas. Esta definição de norma é conservadora, já que na
ancoragem de barras comprimidas, existe maior integridade do concreto, em virtude da compressão no
sentido longitudinal da ancoragem e pela resistência na ponta das barras. Esta pode ser significativa,
pois a resistência do concreto carregado em áreas parciais pequenas atinge valores elevados.
As trações transversais presentes ao longo do comprimento de ancoragem devem ser
consideradas, exceto quando houver compressão suficiente no concreto na zona de ancoragem, o que é
o caso de ancoragens comprimidas transversalmente por reações de apoio. Podem-se considerar estas
trações como resistidas pelo próprio concreto, desde que haja um cobrimento mínimo da barra
ancorada de 3 e que a distância entre as barras ancoradas seja pelo menos igual a 3 (NBR 6118, item
9.4.1.1). Caso contrário, para barras de diâmetro inferior a 32 mm, deve ser disposta armadura, ao
longo do comprimento de ancoragem, capaz de resistir a 25% do esforço ancorado em uma das barras.
Todas as barras transversais à região de ancoragem, como os estribos, podem ser computadas nesta
armadura. Para barras de diâmetro igual ou superior a 32 mm, o item 9.4.2.6.2 da Norma deve ser
consultado.
5.5. Emendas por traspasse
Da mesma forma que para as ancoragens, as emendas por traspasse introduzem tensões de
tração transversais no concreto:
Estas tensões são maiores nas barras de maior diâmetro. Não são permitidas emendas por
traspasse para bitolas maiores que 32 mm nem em tirantes ou pendurais. Os comprimentos de emenda
são determinados com as mesmas hipóteses e tem os mesmos valores numéricos dos comprimentos de
ancoragem. No entanto, devido ao efeito prejudicial das tensões transversais, mais ou menos críticas
em função do arranjo das emendas, ou seja, da distância entre elas e da percentagem das barras
emendadas em uma única seção, é introduzido um fator 0t, definido na Tabela 9.4 da Norma, abaixo
parcialmente reproduzida, que majora os comprimentos de ancoragem em barras tracionadas.
44
5.7. Detalhamento dos Pilares-parede
Item 18.5 - os pilares-parede devem atender aos requisitos de detalhamento definidos para os
pilares. Se houver flexão transversal, os requisitos definidos para lajes se aplicam. A armadura
secundária, perpendicular às cargas, deve ter seção transversal de pelo menos 25% da principal.
45
6. EXEMPLO NUMÉRICO COMPLETO
Serão dimensionados os pilares do 1º pavimento do edifício esquematizado abaixo.
46
6.2. Cargas e reações
6.2.1. Cargas consideradas nas vigas:
V1, V3, V4, V6 – p = 12 kN/m
V2, V5 – p = 36 kN/m
Os pilares são considerados como contraventados, sendo os momentos atuantes decorrentes do
engastamento das vigas nos pilares.
6.2.2. Análise das vigas:
Considerando inicialmente as vigas como engastadas nos extremos:
p.L2
Ma Mb Mc
12
V1 = V3: L = 4,995 m; M a M b M c 24,95kN.m ;
Cálculos de Msup = Minf (conservadoramente, as vigas não são consideradas como “T”).
b.h 3 / 12 0,15.0,50 3 / 12
V1, V3: rvig 0,0003128m 3
Li 4,995
b.h 3 / 12 0,15.0,253 / 12
rsup rinf 0,0001347m 3
Li 1,45
0,0001347
M sup M inf 24,95. 5,77kN.m; M vig 11,55kN.m
0,0003128 2.0,0001347
Com este momento na viga, as reações são:
pl (M b M a ) 12,0.4,995 (24,95 11,55)
Ra Rc 27,3kN
2 l 2 4,995
R b 2.p.l 2.R a 2.12,0.4,995 2.27,3 65,3kN
47
Diagrama final de momentos no vão a e nos pilares:
b.h 3 / 12 0,20.0,603 / 12
V2: rvig 0,000732m 3
Li 4,92
b.h 3 / 12 0,20.0,40 3 / 12
rsup rinf 0,000736m 3
Li 1,45
0,000736
M sup M inf 72,61. 24,25kN.m; M vig 48,49kN.m
0,000732 2.0,000736
Reações: Ra Rc 83,7kN; Rb 186,9kN
b.h 3 / 12 0,15.0,50 3 / 12
V4, V6: rvig 0,0003097m 3
Li 5,045
b.h 3 / 12 0,153.0,25 / 12
rsup rinf 0,0000485m 3
Li 1,45
0,0000485
M sup M inf 25,45. 3,03kN.m; M vig 6,07kN.m
0,0003097 2.0,0000485
Reações: Ra Rc 26,4kN; Rb 68,2kN
b.h 3 / 12 0,20.0,603 / 12
V5: rvig 0,000717m 3 ;
Li 5,02
b.h 3 / 12 0,20 3.0,40 / 12
rsup rinf 0,000184m 3
Li 1,45
0,000184
M sup M inf 75,6. 12,82kN .m; M vig 25,64kN .m
0,000717 2.0,000184
Reações: Ra Rc 80,4kN; Rb 200,6kN
6.2.4. Cargas nos pilares, incluindo o peso próprio:
Em um pavimento:
P1=P3=P7=P9 – N = - (25.2,90. 0,15. 0,25+27,3+26,4) = - 56,4 kN
P2=P8 – N = - (25.2,90. 0,20. 0,40+65,3+80,4) = - 151,5 kN
P4=P6 – N = - (25.2,90. 0,20. 0,40+83,7+68,2) = - 157,7 kN
P5 – N = - (25.2,90. 0,30. 0,50+186,9+200,6) = - 398,4 kN
48
Em cinco pavimentos:
P1=P3=P7=P9 – N = - 282,0 kN; Nd = 1,4 . 1,2 (-282,0) = - 473,8 kN
(considerado o fator adicional n = 1,95-0.05 b = 1,95 – 0,05. 15 = 1,20)
P2=P8 – N = - 757,5 kN; Nd = 1,4 . (-757,5) = - 1060,5 kN
P4=P6 – N = - 788,5 kN; Nd = 1,4 . (-788,5) = - 1103,9 kN
P5 – N = - 1992 kN; Nd = 1,4 . (-1992) = - 2788,8 kN
6.3. Dimensionamento de P1 = P3 = P7 = P9
6.3.1. Comprimento equivalente do pilar:
O comprimento equivalente le do pilar, em cada direção, é o menor entre os dois valores:
le = l0 + hpilar ou le = l0 + hviga
49
N Sd 473,8
Já que 0,707
Ac . f cd 0,15.0,25.25000 / 1,4
O momento total máximo é calculado pela expressão:
2
le 1 2,552
M d ,tot b .M 1d ,A N d . . 1,00.9,23 473,8. .0,0276 17 ,73kN .m
10 r 10
Cálculo dos efeitos de 2ª ordem para a direção xx pelo Método do Pilar-Padrão com rigidez κ
aproximada:
Usando a formulação direta:
Será utilizado, somente nesta verificação, o momento obtido com o Método do Pilar-Padrão
com rigidez κ aproximada, que é a princípio é o mais preciso.
Cálculo dos efeitos de 2ª ordem para a direção yy pelo Método do Pilar-Padrão com curvatura
aproximada:
Avaliação do valor da curvatura 1/r na seção crítica:
50
Curva de Interação (Nd x Md)
25
20
15
Md (kN.m)
As=0
As dado
10 Nd,Md
0
-1000 -800 -600 -400 -200 0 200 400
Nd (kN)
35
30
25
Md (kN.m)
As=0
20
As dado
15
Nd,Md
10
0
-1000 -800 -600 -400 -200 0 200 400
Nd (kN)
0,442 1
M Rd, x M Rd, y 19,4 31,8
Já que os momentos atuantes são: Md,x = 5,09 kN.m e Md,y = 9,69 kN.m e os momentos
resistentes em flexão composta reta com o esforço normal Nd = -473,8 kN são:
MRd,x = 19,4 kN.m e MRd,y = 31,7 kN.m .
Resolução com o programa OBLÍQUA:
52
b .M1d , A 1,00.9,23
M d , tot 14,45kN.m
x
2
58,892
1 1
56,50
120. 120.
0,707
Consideração da fluência:
M Sg 1 1
0,0195m; H 14,5m;1 (OK , nós fixos )
N Sg 100. 14,5 381
1
ea 1.H i .2,9 0,00761m
381
N Sg
ecc e1. 2,718 e Sg 1; e1 0,0195 0,00761 0,02711m; Eci 5600. 25MPa 2,8.107 kPa
N N
0,25.0,15 3
10.Eci .Ic 10.2,8.107.7,03.105
Ic 7,03.10 5 m4 ; 2; e 2,55m; N e 2
3027kN
12 e 2,552
2.338, 4
473,8
N Sg 338.4kN; ecc 0,002711.(e 3027338, 4 1) 0,00776m;
1,4
M min 473,8.(0,0195 0,00776) 12,92kN.m
1,00.12,92
M d ,tot 20.23kN.m
58,89 2
1
56,50
120.
0,707
Este momento não é resistido pela seção, conforme pode ser verificado no ábaco da página
anterior. A armadura do pilar deveria ser redimensionada.
A saída gráfica e um trecho da listagem do programa M-K-UFRJ são apresentados na página
seguinte.
6.4. Dimensionamento de P2 = P8
6.4.1. Comprimento equivalente do pilar:
O comprimento equivalente le do pilar, em cada direção, é o menor entre os dois valores:
le = l0 + hpilar ou le = l0 + hviga
==================================================================
* * * ANALISE NAO-LINEAR FISICA DE SECOES DE CONCRETO ARMADO * * *
==================================================================
SECAO TRANSVERSAL:
bw [cm] = 25.00
h [cm] = 15.00
fcd [MPa] = 23.21
fyd [MPa] = 435.00
1 4.92 4.00
2 4.92 11.00
RESULTADOS DA ANALISE:
FORCA NORMAL [kN] | MOMENTO FLETOR [kN.m] | CURVATURA [1/1000.m] | kx (x/h) | EPS CONC [1/1000] | EPS ACO [1/1000]
50
40
Md (kN.m)
As=0
30 As dado
Nd,Md
20
10
0
-1750 -1500 -1250 -1000 -750 -500 -250 0 250 500
Nd (kN)
55
Curva de Interação (Nd x Md)
100
75
As=0
Md (kN.m)
As dado
50
Nd,Md
25
0
-1600 -1400 -1200 -1000 -800 -600 -400 -200 0 200 400
Nd (kN)
6.5. Dimensionamento de P4 = P6
6.5.1. Comprimento equivalente do pilar:
Para a direção XX:
le = 2,40 + 0,20 ou le = 2,40 + 0,50, então (le)x = 2,60m
Para a direção YY:
le = 2,30 + 0,40 ou le = 2,30 + 0,60, então (le)y = 2,70m
6.5.2. Cálculo dos índices de esbeltez:
le x 2,60
x 12 12. 45,03
h 0,20
le y 2,70
y 12 12 . 23,38 (não considerar efeitos de 2ª ordem)
b 0,40
6.5.3. Momentos mínimos de primeira ordem:
Na direção xx (em torno de X): M1dx,min 1103,9.( 0,015 0,03.0,20 ) 23,18kN.m
Na direção yy (em torno de Y): M 1dy,min 1103,9.( 0,015 0,03.0,40 ) 29,81kN.m
56
6.5.4. Momento de cálculo advindos do engastamento das vigas:
M 1dy 1,4.24,25 33,95kN.m
6.5.5. Dimensionamento para os momentos mínimos:
25 12,5.e1x / h 25 12,5.0,021 / 0,20
1x 26,3 1x 35 (considerar efeitos de 2ª ordem)
bx 1,00
Cálculo dos efeitos de 2ª ordem para a direção xx:
Será utilizado o Método do Pilar-Padrão com curvatura aproximada:
60
50
Md (kN.m)
40 As=0
As dado
30 Nd,Md
20
10
0
-1750 -1500 -1250 -1000 -750 -500 -250 0 250 500 750
Nd (kN)
57
Curva de Interação (Nd x Md)
125
100
75 As=0
Md (kN.m)
As dado
Nd,Md
50
25
0
-1800 -1600 -1400 -1200 -1000 -800 -600 -400 -200 0 200 400 600
Nd (kN)
180
160
140
120
Md (kN.m)
As=0
100 As dado
80
Nd,Md
60
40
20
0
-3500 -3000 -2500 -2000 -1500 -1000 -500 0 500 1000
Nd (kN)
300
250
200
As=0
Md (kN.m)
As dado
150
Nd,Md
100
50
0
-3500 -3000 -2500 -2000 -1500 -1000 -500 0 500 1000
Nd (kN)
59
6.7. Dimensionamento de P2 e P4 como pilar-parede
De forma a apresentarmos exemplos de dimensionamento de pilar-parede, suporemos que os
pilares P2 e P4 passem a ter dimensão h = 14 cm e b = 90 cm. Neste exemplo, será dimensionada a
armadura mais desfavorável entre os dois pilares.
6.7.1. Reavaliação da carga vertical no pilar:
P2 - Em um pavimento: N = - (25.2,90. 0,14. 0,90+65,3+80,4) = - 154,8 kN
P2 - Em cinco pavimentos: N = - 774,2 kN; Nd = 1,4 . 1,25 (-774,2) = - 1354,9 kN
P4 - Em um pavimento: N = - (25.2,90. 0,14. 0,90+83,7+68,2) = - 161,1 kN
P4 - Em cinco pavimentos: N = - 805,2 kN; Nd = 1,4 . 1,25 (-805,2) = - 1409,1 kN
(considerado o fator adicional: n = 1,95-0.05 b = 1,95 – 0,05. 14 = 1,25)
6.7.2. Momentos de cálculo advindos do engastamento das vigas (considerado n = 1,25):
P2: M1dx 1,4.1,25.12,82 22,44kN.m
P4: M1dy 1,4.1,25.24,25 42,44kN.m
6.7.3. Comprimento equivalente do pilar e índice de esbeltez:
le x 2,90
lex = 2,90m ; x 12 12. 71,76 (considerar efeitos de segunda ordem)
h 0,14
6.7.4. Dimensionamento considerando os efeitos locais de segunda ordem
Momentos mínimos de primeira ordem:
M1d,min,XX N d (0,015 0,03.h);
P2: M1dx, min 1354,9.(0,015 0,03.0,14) 26,01kN.m
P4: M1dx, min 1409,1.(0,015 0,03.0,14) 27,05kN.m
Cálculo dos efeitos de 2ª ordem para a direção xx pelo Método do Pilar-Padrão com
curvatura aproximada, momentos mínimos, P4:
1409,1 1 0,005 0,005 1
0,626 ; 0,0317
0,14.0,90.25000 / 1,4 r 0,14.(0,626 0,5) 0,14 r
O momento total máximo é calculado pela expressão:
2
l 1 2,902
Md , tot b .M1d , A N d . e . 1,00.27,05 1409,1. .0,0317 64,62kN.m
10 r 10
Para os momentos mínimos (P2):
1354,9 1 0,005 0,005 1
0,602 ; 0,0324
0,14.0,90.25000 / 1,4 r 0,14.(0,602 0,5) 0,14 r
2
le 1 2,902
Md , tot b .M1d , A N d . . 1,00.26,01 1354,9. .0,0324 62,92kN.m
10 r 10
Para os momentos aplicados (P2):
2
l 1 2,902
Md , tot b .M1d , A N d . e . 0,40.22,44 1354,9. .0,0324 45,89kN.m (não crítico)
10 r 10
A direção YY é considerada como não crítica neste exemplo, para as imperfeições locais.
60
Verificação para a armadura selecionada:
80
60
Md (kN.m)
As=0
40 As dado
Nda,Mda
Nda,Mda
20
0
-4000 -3500 -3000 -2500 -2000 -1500 -1000 -500 0 500 1000 1500 2000
Nd (kN)
a) P2
N d 6M 1 yd 1354,9 n ni 1 b
nd ,max , nd ,min = 2
= 0 ; Ni= i .
b b 0,90 2 3
1505,4 (kN/m)
Considera-se o momento aplicado pela viga V5 ( M1dx 22,44kN.m) atuando somente na faixa
central.
61
451,6 1 0,005 0,005 1
0,602 0,0324
0,14.0,30.25000 / 1,4 r 0,14.(0,602 0,5) 0,14 r
2
le 1 2,902
Md , tot b .M1d , A N d . . 0,4.22,44 451,6. .0,0324 21,28kN.m 22,44kN.m
10 r 10
b) P4
N d 6M 1 yd 1409,1 6.42,44 n ni 1 b
nd ,max , nd ,min = 2
= 2
; Ni= i .
b b 0,90 0,90 2 3
Momentos mínimos:
Normal máximo: M1dx, min 532,6.(0,015 0,03.0,14) 10,23kN.m
532,6 1 0,005 0,005 1
0,710 ; 0,0295
0,14.0,30.25000 / 1,4 r 0,14.(0,710 0,5) 0,14 r
2
le 1 2,902
Md , tot b .M1d , A N d . . 0,6.10,23 532,6. .0,0295 19,35kN.m
10 r 10
Normal mínimo: M1dx, min 406,8.(0,015 0,03.0,14) 7,81kN.m
406,8 1 0,005 0,005 1
0,542 ; 0,0343
0,14.0,30.25000 / 1,4 r 0,14.(0,542 0,5) 0,14 r
2
le 1 2,902
Md , tot b .M1d , A N d . . 0,6.7,81 406,8. .0,0343 16,42kN.m
10 r 10
62
Curva de Interação (Nd x Md)
30
25
20
Md (kN.m)
As=0
15
As dado
Nda,Mda
10 Ndb,Mdb
Ndc,Mdc
0
-1400 -1200 -1000 -800 -600 -400 -200 0 200 400 600 800
Nd (kN)
63
6.9. Detalhamento das armaduras
6.9.1. Dimensões
Quando utilizadas dimensões entre 14 cm e 19 cm, deve ser aplicado o coeficiente adicional de
cargas γn (OK).
Em nenhum caso o pilar poderá ter seção transversal inferior a 360 cm 2. Como a menor
dimensão adotada para os pilares é de 15 cm x 25 cm, OK.
Número mínimo estribos a ser disposto nas emendas, considerando que 50% deles irá a cada
um dos dois terços:
Para Ф = 10 mm, 4 Ф 5 mm; para Ф = 12,5 mm, 8 Ф 5 mm; para Ф = 20 mm, 16 Ф 5 mm.
Observar que o espaçamento entre estribos neste último caso fica da ordem de 3 cm.
64
A percentagem máxima de armadura é de 8% da seção real de concreto (OK). A armadura
longitudinal deve ter bitola de pelo menos 10 mm, não superior a 1/8 da menor dimensão da seção
transversal (OK).
No contorno dos pilares, a armadura vertical deverá ter espaçamento máximo de 40 cm e de
duas vezes a menor dimensão no trecho considerado; o espaçamento mínimo livre entre as faces das
barras, fora da região das emendas, será o maior valor entre 2 cm, o diâmetro da barra e 1,2 vezes o
diâmetro do agregado.
Verificação:
Espaçamento livre entre barras fora da região das emendas (cobrimento de 2,5 cm e estribos de
5 mm):
P1, P3, P7, P9: e = (25 – 2 . 2,5 - 2 . 0,5 – 4 . 1,25) / 3 = 4,7 cm (OK).
P2, P8: e = (40 – 2 . 2,5 - 2 . 0,5 – 4 . 1,25) / 3 = 9,7 cm (OK).
P4, P6: e = (40 – 2 . 2,5 - 2 . 0,5 – 5 . 1,25) / 4 = 6,9 cm (OK).
P5: e = (50 – 2 . 2,5 - 2 . 0,5 – 4 . 2,0) / 3 = 12,0 cm (OK).
6.9.5. Estribos
O diâmetro dos estribos (t) deverá ser de pelo menos 5 mm e de 1/4 do diâmetro da armadura
principal (OK). Seu espaçamento não excederá nenhum dos valores: 20 cm, menor dimensão da seção
e 12 (CA-50, - diâmetro da armadura principal), o que leva ao espaçamento máximo de 15 cm para
P1 a P4 e P6 a P9 e de 20 para P5.
Os estribos retangulares usuais protegerão contra a flambagem da armadura longitudinal, além
das barras dos cantos, mais duas barras em cada face do pilar, desde que a mais distante delas esteja no
máximo a 20t do canto do estribo. Para as barras não cobertas, deverão ser colocados estribos
suplementares, aos quais se aplicará a mesma regra enunciada. Desta forma, já que a cobertura máxima
a partir do canto do estribo é de 20 . 0,5 = 10 cm, é necessário prever estribos duplos para P2, P5 e P8
e de estribos duplos mais um grampo de amarração em P4 e P6.
6.9.6. Exemplo de detalhamento –P1
47
Φ5 c15
4Φ5
16+15+16
4Φ5
65
6.9.7. Pilares-parede:
Percentagem mínima de armadura:
Nd = - 1521,8 kN. ρmin = 0,15 . 1521,8/(14 . 90 . 43,48) = 0,0042 e ρmin = 0,004
ρ = (24 x 2,01)/(14 . 90) = 0,0382 (OK), também menor que a porcentagem máxima 0,04 (OK).
A armadura longitudinal deve ter bitola de pelo menos 10 mm, não superior a 1/8 da menor
dimensão da seção transversal ( OK).
Espaçamento livre entre barras na região das emendas:
e = (90 – 2 . 2,5 - 2 . 0,8 – 24 . 1,6) / 11 = 4,09 cm (OK).
Deverá haver grampos em todas as barras, à exceção das protegidas por serem diretamente
vizinhas a estribos.
12.2,01
Armadura principal por metro: a s 26,8cm 2 / m
0,90
Armadura secundária: (Φ 8 mm c 7,5) = 0,503/0,075 = 6,71 cm2/m, ≥ 25% da principal, OK.
66
7. TORÇÃO
Td / 2b
b
Td
b Td / 2a
b
Td / 2b a
Td /2a Td / 2a
Força nos estribos por metro:
T 1 T
F90 d .( ) d ( Ae = a . b)
2a b 2.A e
Força na armadura longitudinal por metro:
T 1 T
Fsl d .( ) d
2a b 2.A e
Segundo a NBR 6118, item 17.5.1.6, para =45:
A 90 A sl Td
; ue =2 (a+b)
s ue 2.A e .f ywd
De acordo com o item 17.5.1.5 da NBR 6118:
TSd 0,5.v 2 .fcd .Ae .he .sen2
A
he é a espessura da parede: h e ; h e 2.c1
u
com c1, distância do eixo das barras longitudinais à face e A e u, área e perímetros externos da seção
f
v 2 (1 ck )
250
As armaduras de torção devem ser somadas às de flexão e de cisalhamento.
A verificação da combinação de tensões de compressão diagonal do concreto é feita com:
Vsd T
Sd 1,0
VRd2 TRd2
67
1
A viga de fachada tem um vão de 10m. O momento de cálculo transmitido pela laje à viga é
igual a 34 kN.m/m. A viga de fachada é considerada como engastada à torção nas suas extremidades,
gerando o seguinte diagrama de momentos torsores:
A seção retangular da viga será então dimensionada para o momento de torção máximo, igual a
Td= 170KN.m. Considerar aço CA-50 e concreto com fck = 20 MPa.
69
Seção TIPO 1 - d’/h = 0,05 e As1 = As2 = 0,5 As - Ábaco Adimensional 1 – C50
70
Gráfico de Interação Adimensional -Tipo 1- d'/h = 0,10 - C50
0,55
0,50
0,45
0,40 ω=0
ω = 0,2
0,35
ω = 0,4
71
0,30 ω = 0,6
ω = 0,8
0,25
ω = 1,0
0,20
0,15
0,05
0,00
-2,00 -1,75 -1,50 -1,25 -1,00 -0,75 -0,50 -0,25 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00
Seção TIPO 1 - d’/h = 0,10 e As1 = As2 = 0,5 As - Ábaco Adimensional 2 – C50
Normal adimensional (η)
Gráfico de Interação Adimensional -Tipo 1- d'/h = 0,15 - C50
0,50
0,45
0,40
ω=0
0,35
ω = 0,2
0,30 ω = 0,4
72
ω = 0,6
0,25 ω = 0,8
ω = 1,0
0,20
0,15
0,05
0,00
-2,00 -1,75 -1,50 -1,25 -1,00 -0,75 -0,50 -0,25 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00
Seção TIPO 1 - d’/h = 0,15 e As1 = As2 = 0,5 As - Ábaco Adimensional 3 – C50
Normal adimensional (η)
Gráfico de Interação Adimensional -Tipo 1- d'/h = 0,20 - C50
0,45
0,40
0,35
ω=0
0,30 ω = 0,2
ω = 0,4
0,25
73
ω = 0,6
ω = 0,8
0,20 ω = 1,0
0,15
0,10
0,00
-2,00 -1,75 -1,50 -1,25 -1,00 -0,75 -0,50 -0,25 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00
Seção TIPO 1 - d’/h = 0,20 e As1 = As2 = 0,5 As - Ábaco Adimensional 4 – C50
Normal adimensional (η)
Gráfico de Interação Adimensional -Tipo 1- d'/h = 0,25 - C50
0,35
0,30
ω=0
0,25
ω = 0,2
ω = 0,4
0,20
74
ω = 0,6
ω = 0,8
0,15 ω = 1,0
0,10
0,00
-2,00 -1,75 -1,50 -1,25 -1,00 -0,75 -0,50 -0,25 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00
Seção TIPO 1 - d’/h = 0,25 e As1 = As2 = 0,5 As - Ábaco Adimensional 5 – C50
Normal adimensional (η)
Gráfico de Interação Adimensional -Tipo 2- d'/h = 0,05 - C50
0,45
0,40
0,35
ω=0
0,30 ω = 0,2
ω = 0,4
75
0,25 ω = 0,6
ω = 0,8
0,20 ω = 1,0
0,15
0,10
0,00
-2,00 -1,75 -1,50 -1,25 -1,00 -0,75 -0,50 -0,25 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00
Seção TIPO 2 - d’/h = 0,05 e As1 = As2 = As3 = As4 = 0,25 As - Ábaco Adimensional 6 – C50
Gráfico de Interação Adimensional -Tipo 2- d'/h = 0,10 - C50
0,40
0,35
0,30 ω=0
ω = 0,2
0,25 ω = 0,4
76
ω = 0,6
0,20 ω = 0.8
ω = 1,0
0,15
0,10
0,00
-2,00 -1,75 -1,50 -1,25 -1,00 -0,75 -0,50 -0,25 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00
Seção TIPO 2 - d’/h = 0,10 e As1 = As2 = As3 = As4 = 0,25 As - Ábaco Adimensional 7 – C50
Gráfico de Interação Adimensional -Tipo 2- d'/h = 0,15 - C50
0,35
0,30
ω=0
0,25
ω = 0,2
ω = 0,4
0,20
77
ω = 0,6
ω = 0,8
0,15 ω = 1,0
0,10
0,00
-2,00 -1,75 -1,50 -1,25 -1,00 -0,75 -0,50 -0,25 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00
Seção TIPO 2 - d’/h = 0,15 e As1 = As2 = As3 = As4 = 0,25 As - Ábaco Adimensional 8 – C50
Gráfico de Interação Adimensional -Tipo 2- d'/h = 0,20 - C50
0,35
0,30
ω=0
0,25
ω = 0,2
ω = 0,4
0,20
78
ω = 0,6
ω = 0,8
0,15 ω = 1,0
0,10
0,00
-2,00 -1,75 -1,50 -1,25 -1,00 -0,75 -0,50 -0,25 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00
Seção TIPO 2 - d’/h = 0,20 e As1 = As2 = As3 = As4 = 0,25 As - Ábaco Adimensional 9 – C50
Gráfico de Interação Adimensional -Tipo 3- d'/h = 0,05 - C50
0,35
0,30
ω=0
0,25
ω = 0,2
ω = 0,4
0,20
79
ω = 0,6
ω = 0,8
0,15 ω = 1,0
0,10
0,00
-2,00 -1,75 -1,50 -1,25 -1,00 -0,75 -0,50 -0,25 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00
Seção TIPO 3 - d’/h = 0,05 e As3 = As4 = 0,5 As - Ábaco Adimensional 10 – C50
Normal adimensional (η)
Gráfico de Interação Adimensional -Tipo 3- d'/h = 0,10 - C50
0,35
0,30
ω=0
0,25
ω = 0,2
ω = 0,4
0,20
80
ω = 0,6
ω = 0,8
0,15 ω = 1,0
0,10
0,00
-2,00 -1,75 -1,50 -1,25 -1,00 -0,75 -0,50 -0,25 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00
Seção TIPO 3 - d’/h = 0,10 e As3 = As4 = 0,5 As - Ábaco Adimensional 11 – C50
Normal adimensional (η)
Seção Circular - Gráfico de Interação Adimensional - d'/d = 0,05
0,35
ω=0
0,30 ω = 0,2
ω = 0,4
0,25 ω = 0,6
ω = 0,8
81
0,20 ω = 1,0
0,15
0,10
Momento adimensional
0,05
0,00
Normal adimensional
Seção TIPO 4 - d’/d = 0,10 – Seção Circular -Ábaco Adimensional 13 –C50
82
Gráfico de Interação Adimensional -Tipo 1- d'/h = 0,05 - C90
0,55
0,50
0,45
0,40 ω=0
ω = 0,2
0,35
ω = 0,4
83
0,30 ω = 0,6
ω = 0,8
0,25
ω = 1,0
0,20
0,15
0,05
0,00
-2,00 -1,75 -1,50 -1,25 -1,00 -0,75 -0,50 -0,25 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00
Seção TIPO 1 - d’/h = 0,05 e As1 = As2 = 0,5 As - Ábaco Adimensional 14 – C90
Normal adimensional (η)
Gráfico de Interação Adimensional -Tipo 1- d'/h = 0,10 - C90
0,50
0,45
0,40
ω=0
0,35
ω = 0,2
0,30 ω = 0,4
84
ω = 0,6
0,25 ω = 0,8
ω = 1,0
0,20
0,15
0,05
0,00
-2,00 -1,75 -1,50 -1,25 -1,00 -0,75 -0,50 -0,25 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00
Seção TIPO 1 - d’/h = 0,10 e As1 = As2 = 0,5 As - Ábaco Adimensional 15 – C90
Normal adimensional (η)
Gráfico de Interação Adimensional -Tipo 1- d'/h = 0,15 - C90
0,45
0,40
0,35
ω=0
0,30 ω = 0,2
ω = 0,4
0,25
85
ω = 0,6
ω = 0,8
0,20 ω = 1,0
0,15
0,10
0,00
-2,00 -1,75 -1,50 -1,25 -1,00 -0,75 -0,50 -0,25 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00
Seção TIPO 1 - d’/h = 0,15 e As1 = As2 = 0,5 As - Ábaco Adimensional 16 – C90
Normal adimensional (η)
Gráfico de Interação Adimensional -Tipo 1- d'/h = 0,20 - C90
0,35
0,30
ω=0
0,25
ω = 0,2
ω = 0,4
0,20
86
ω = 0,6
ω = 0,8
0,15 ω = 1,0
0,10
0,00
-2,00 -1,75 -1,50 -1,25 -1,00 -0,75 -0,50 -0,25 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00
Seção TIPO 1 - d’/h = 0,20 e As1 = As2 = 0,5 As - Ábaco Adimensional 17 – C90
Normal adimensional (η)
Gráfico de Interação Adimensional -Tipo 1- d'/h = 0,25 - C90
0,30
0,25
ω=0
0,20 ω = 0,2
ω = 0,4
87
ω = 0,6
0,15 ω = 0,8
ω = 1,0
0,10
0,00
Seção TIPO 1 - d’/h = 0,25 e As1 = As2 = 0,5 As - Ábaco Adimensional 18 – C90
-2,00 -1,75 -1,50 -1,25 -1,00 -0,75 -0,50 -0,25 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00
0,40
0,35
0,30 ω=0
ω = 0,2
0,25 ω = 0,4
88
ω = 0,6
0,20 ω = 0,8
ω = 1,0
0,15
0,10
0,00
-2,00 -1,75 -1,50 -1,25 -1,00 -0,75 -0,50 -0,25 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00
Seção TIPO 2 - d’/h = 0,05 e As1 = As2 = As3 = As4 = 0,25 As - Ábaco Adimensional 19 – C90
Gráfico de Interação Adimensional -Tipo 2- d'/h = 0,10 - C90
0,40
0,35
0,30 ω=0
ω = 0,2
0,25 ω = 0,4
89
ω = 0,6
0,20 ω = 0,8
ω = 1,0
0,15
0,10
0,00
-2,00 -1,75 -1,50 -1,25 -1,00 -0,75 -0,50 -0,25 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00
Seção TIPO 2 - d’/h = 0,10 e As1 = As2 = As3 = As4 = 0,25 As - Ábaco Adimensional 20 – C90
Normal adimensional (η)
Gráfico de Interação Adimensional -Tipo 2- d'/h = 0,15 - C90
0,35
0,30
ω=0
0,25
ω = 0,2
ω = 0,4
0,20
90
ω = 0,6
ω = 0,8
0,15 ω = 1,0
0,10
0,00
-2,00 -1,75 -1,50 -1,25 -1,00 -0,75 -0,50 -0,25 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00
Seção TIPO 2 - d’/h = 0,15 e As1 = As2 = As3 = As4 = 0,25 As - Ábaco Adimensional 21 – C90
Gráfico de Interação Adimensional -Tipo 2- d'/h = 0,20 - C90
0,30
0,25
ω=0
0,20 ω = 0,2
ω = 0,4
91
ω = 0,6
0,15 ω = 0,8
ω = 1,0
0,10
0,00
-2,00 -1,75 -1,50 -1,25 -1,00 -0,75 -0,50 -0,25 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00
Seção TIPO 2 - d’/h = 0,20 e As1 = As2 = As3 = As4 = 0,25 As - Ábaco Adimensional 22 – C90
Gráfico de Interação Adimensional -Tipo 3- d'/h = 0,05 - C90
0,35
0,30
ω=0
0,25
ω = 0,2
ω = 0,4
0,20
92
ω = 0,6
ω = 0,8
0,15 ω = 1,0
0,10
0,00
-2,00 -1,75 -1,50 -1,25 -1,00 -0,75 -0,50 -0,25 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00
Seção TIPO 3 - d’/h = 0,05 e As3 = As4 = 0,55 As - Ábaco Adimensional 23 – C90
Normal adimensional (η)
Gráfico de Interação Adimensional -Tipo 3- d'/h = 0,10 - C90
0,30
0,25
ω=0
0,20 ω = 0,2
ω = 0,4
93
ω = 0,6
0,15 ω = 0,8
ω = 1,0
0,10
0,00
-2,00 -1,75 -1,50 -1,25 -1,00 -0,75 -0,50 -0,25 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00
Seção TIPO 3 - d’/h = 0,10 e As3 = As4 = 0,55 As - Ábaco Adimensional 24 – C90
Normal adimensional (η)