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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

ESCOLA POLITÉCNICA
DEPARTAMENTO DE ESTRUTURAS

CONCRETO ARMADO III

Prof. Sergio Hampshire de Carvalho Santos

sergiohampshire@poli.ufrj.br

- 2014/2 -
SUMÁRIO PÁGINA

1. CARACTERÍSTICAS DO ESTADO LIMITE ÚLTIMO 3

- Verificação da segurança. Definição dos estados limites.


- Coeficientes de ponderação.
- Características dos aços.
- Características do concreto.
- Hipóteses básicas no dimensionamento à flexão composta no estado limite último

2. DIMENSIONAMENTO À FLEXÃO COMPOSTA RETA 14

- Dimensionamento na flexão composta reta


- Planilhas de dimensionamento. Ábacos de interação

3. DIMENSIONAMENTO À FLEXÃO COMPOSTA OBLÍQUA 25

- Cálculo pela formulação aproximada da NBR 6118


- Cálculo exato
- Exemplos

4. CRITÉRIOS DE PROJETO DE PILARES 28

- Cargas atuantes nos pilares de edifícios.


- Classificação das estruturas relativamente à sua deformabilidade horizontal
- Métodos de análise dos efeitos de 2a ordem
- Pilares-parede.
- Verificação ao cisalhamento.

5. DETALHAMENTO DOS PILARES E PILARES-PAREDE 40

6. EXEMPLO NUMÉRICO COMPLETO 46

7. TORÇÃO 67

ANEXOS – Ábacos adimensionais para dimensionamento na flexão composta reta 69

2
1. CARACTERÍSTICAS DO ESTADO LIMITE ÚLTIMO

1.1. Verificação da segurança. Definição dos estados limites.

1.1.1. Condições construtivas e analíticas de segurança

Na verificação da segurança das estruturas de concreto, devem ser atendidas as condições


construtivas e as condições analíticas de segurança (item 12.5 da NBR 6118).
Do ponto de vista das condições construtivas, devem ser atendidos os requisitos definidos na
NBR 14931 (“Execução de estruturas de concreto – Procedimento”).
Do ponto de vista das condições analíticas, define-se que as resistências disponíveis não podem
ser menores que as solicitações atuantes, com relação a todos os estados limites e a todos os
carregamentos (os de Norma e os específicos para a construção considerada).
Simbolicamente, Rd ≥ Sd.

1.1.2. Estados limites últimos e de serviço


Define-se que uma estrutura ou parte dela atinge um estado limite quando, de modo efetivo ou
convencional, se torna inutilizável, ou deixa de satisfazer às condições previstas para a sua utilização.
Segundo a NBR 6118, em seus itens 3.2 e 10.2, devem ser considerados no projeto estados
limites últimos (ELU) e de serviço (ELS). Simbolicamente, Rd = Fd em um estado limite.
Os estados limites últimos estão relacionados ao colapso, ou a outra forma de ruína estrutural
que determine a paralisação do uso das estruturas.
Os estados limites de utilização (de serviço), de abertura de fissuras, de deformações excessivas
e de vibrações excessivas devem ser atendidos em todas as estruturas de concreto armado.

1.1.3. Ações a considerar


A NBR 6118, em seu item 11.2.1, define que deve ser considerada a influência de todas as
ações que possam produzir efeitos significativos para a segurança estrutural, levando-se em conta
todos os possíveis estados limites últimos e de serviço, de acordo com esta norma e das condições
peculiares a cada edificação.
Simbolicamente, as ações em uma estrutura de concreto armado podem ser expressas como:

p = g + q +  (carga total = carga permanente + carga variável + efeitos de deformações


próprias e impostas)

A NBR 6120 define as cargas gravitacionais para o cálculo de estruturas de edificações. Outras
normas brasileiras de cargas podem ser citadas, como a NBR 6123 para as ações de vento.
No caso de obras industriais, deve ser considerado o peso dos equipamentos a serem instalados
na edificação e as cargas variáveis que poderão ocorrer durante as diferentes fases de montagem,
operação e manutenção da instalação. Na avaliação das cargas variáveis, estas devem ser consideradas
as suas posições mais desfavoráveis.
Cargas durante as fases construtivas devem ser verificadas, inclusive os esforços decorrentes da
montagem de peças pré-moldadas e os que apareçam durante a fase de escoramento.
Cargas excepcionais são também previstas no item 11.5 da NBR 6118 (impacto, tornados, etc.),
devendo ser consideradas se exigências específicas de segurança forem definidas no projeto de uma
determinada estrutura ou quando definidas por Norma Brasileira específica.
A Norma Brasileira NBR 15421 define as cargas sísmicas a serem consideradas no projeto
estrutural de edifícios.

3
1.2. Coeficientes de ponderação

A NBR 6118, em seus itens 11.6.1 e 12.2, define os valores característicos para as grandezas
envolvidas nas verificações dos estados limites (ou seja, as ações e as resistências).
1.2.1 Valores característicos para as resistências
Os valores característicos fk a serem considerados para as resistências de um material são
definidos como os valores que têm uma probabilidade de apenas 5% de não serem atingidos em um
determinado lote do material. Admite-se uma distribuição normal para estas resistências.
fck = fcm - 1,65 sc
fk = fm - 1,65 s fyk = fym - 1,65 sy

 (f i  fm )2
s i 1

n 1

A NBR 6118, em seu item 8.2.1, define classes de resistência em MPa para o concreto. Para
superestruturas de concreto armado, o concreto deve ser no mínimo de classe C20 (fck = 20 MPa). Para
estruturas de fundações e em obras provisórias, o concreto pode ser de classe C15 (fck = 15 MPa). A
NBR6118, em sua versão 2014, é aplicável para concretos de classe até C90.
A resistência característica do aço à tração, fyk (ou à compressão, fyck) é definida em função da
tensão mínima de escoamento, real ou convencional, fixada como sendo a tensão correspondente à
deformação específica permanente de 0,2%, determinada de acordo com a NBR 6152. Os aços para
concreto armado são classificados pela NBR 7480, de acordo com o valor característico da sua
resistência de escoamento, nas categorias CA-25, CA-50 e CA-60.
1.2.2 Valores de cálculo para as resistências
As resistências de cálculo são estabelecidas pela NBR 6118, no seu item 12.3, a partir dos
respectivos valores característicos e dos coeficientes de ponderação das resistências.
Estes coeficientes levam em conta a variabilidade da resistência dos materiais envolvidos, as
diferenças entre resistências medidas em corpos de provas e nas estruturas, desvios ocorridos na
construção das estruturas e aproximações feitas no projeto, do ponto de vista das resistências.
Para verificações estruturais realizadas com concreto de idade igual ou superior a 28 dias, as
expressões abaixo se aplicam.
fcd = fck /c fctd = ftk / c fyd = fyk / s fycd = fyck /  s

Os coeficientes de minoração (c e s) são definidos na NBR 6118, item 12.4.1 :
Concreto: c = 1,4 em condições normais. 
c = 1,2 em condições de construção.
Aço: s = 1,15 em condições normais ou em condições de construção.
1.2.3 Valores característicos e valores representativos para as ações e solicitações
Os valores característicos a serem considerados para as ações Fk são definidos nas diversas
Normas Brasileiras pertinentes, em função de uma probabilidade de estes valores serem ultrapassados
durante a vida útil da construção.
Para as cargas permanentes, a NBR 8681 define os valores característicos como os seus
próprios valores médios.
Para as cargas acidentais, os valores característicos são aqueles que têm de 25% a 35% de
probabilidade de serem ultrapassados no sentido desfavorável em 50 anos, o que corresponde a
períodos de recorrência de, respectivamente 174 e 117 anos. Não se dispondo de dados estatísticos
4
suficientes, como é o caso em geral para as ações variáveis, os valores característicos a serem
considerados são os valores nominais fixados pelas Normas Brasileiras específicas, para cada tipo de
carregamento.
Para vento e sismo, as probabilidades de ultrapassagem em 50 anos são fixadas nas Normas
NBR 6123 e NBR 15421 em 63% e 10%, respectivamente, o que corresponde a períodos de
recorrência de 50 e 475 anos.
1.2.4 Valores de cálculo para as ações e solicitações
A NBR 6118, no seu item 11.7, define valores de cálculo para as ações, por meio de
coeficientes de majoração f, que levam em conta a variabilidade das ações, a simultaneidade da
atuação das ações, desvios gerados na construção não explicitamente considerados no cálculo e as
aproximações feitas no projeto do ponto de vista das solicitações.
Os valores de cálculo das ações são genericamente, os valores das ações representativas vezes
os coeficientes de majoração:

Fd = f .Fk

Nos casos em que os pilares e pilares-parede tenham sua menor dimensão entre 14 e 19 cm,
deverá ser considerado um coeficiente adicional de majoração de cargas n = 1,95 – 0,05. b, sendo b a
menor dimensão da seção transversal do pilar em cm, de acordo com o item 13.2.3 da NBR 6118. Este
coeficiente adicional é justificado pela maior probabilidade de falhas de construção em peças esbeltas
e da maior importância relativa dos desvios construtivos, por exemplo, nos cobrimentos. Pilares de
14x60, 16x24 e 18x20 terão, respectivamente, n = 1,25 , n = 1,15 e n = 1,05.

1.2.5 Ponderação das ações nos estados limites últimos (ações variáveis de só um tipo):
Fd = 1,4 Fgk + 1,4 F qk + 1,2 Fk. (condições normais, quando as ações são desfavoráveis)
(ou 1,0 Fgk , 0,0 F qk , 0,0 Fk.) (condições normais ou de construção, quando as ações são
favoráveis)
Fd = 1,3 Fgk + 1,2 F qk + 1,2 Fk. (condições de construção, quando as ações são
desfavoráveis)

(Fgk - ação permanente característica, Fqk - ação variável característica, Fk. - ação característica
devida a deformações próprias e impostas: recalques de apoio, retração, temperatura, etc.)
No caso dos efeitos da carga variável decorrerem da atuação simultânea de cargas acidentais e
de vento, considera-se a baixa probabilidade dos dois carregamentos atingirem simultaneamente o seu
valor máximo. Neste caso, se considera a soma dos efeitos máximos de um carregamento, com o outro
reduzido por um fator ψ0 (aplica-se uma redução também para os efeitos de temperatura):

Fd   g .Fgk   q .(Fq1k    0 j .Fqjk )   q . 0 .Fqk

As seguintes combinações devem ser verificadas (Tabela 11.3 da NBR 6118):


- Edifícios residenciais:
Combinação 1: carga acidental com ψ0 = 0,5, com vento total e temperatura com ψ0 = 0,6
- Edifícios comerciais, de escritórios, públicos e estações:
Combinação 1: carga acidental com ψ0 = 0,7, com vento total e temperatura com ψ0 = 0,6
- Bibliotecas, arquivos, oficinas, estacionamentos:
Combinação 1: carga acidental com ψ0 = 0,8, com vento total e temperatura com ψ0 = 0,6
- Para os três tipos de edifício:
Combinação 2: carga acidental total, com vento com ψ 0 = 0,6 e temperatura com ψ0 = 0,6

5
Além disso, para o projeto de pilares e fundações de edifícios residenciais e comerciais (não
destinados a depósito), também se considera a baixa probabilidade das cargas acidentais atingirem seu
valor máximo simultaneamente em todos os pavimentos. Sendo assim, pode ser aplicado um
coeficiente de redução nas cargas acidentais nos pavimentos inferiores das edificações, conforme
tabela da NBR 6120.

1.2.5.1 Exemplo numérico 1:


Em um edifício residencial, definir as diversas combinações de momentos fletores para o
dimensionamento à flexão na seção extrema de uma viga. Os momentos característicos atuantes são:
Cargas permanentes: Mgk = - 78,6 kN.m;
Cargas acidentais: Mqak = - 45,3 kN.m;
Cargas de vento: Mqvk =  69,7 kN.m (pode assumir sinal positivo ou negativo).
- Combinação 1a – momento de vento negativo com carga variável de vento dominante:
Md = - 78,6 . 1,4 – 45,3 . 0,5 . 1,4 – 69,7 . 1,4 = - 239,33 kN.m.
- Combinação 1b – momento de vento positivo com carga variável de vento dominante:
Md = - 78,6 . 1,0 – 45,3 . 0,0 + 69,7 . 1,4 = + 18,98 kN.m.
- Combinação 2 – momento de vento negativo com carga acidental dominante:
Md = - 78,6 . 1,4 – 45,3 . 1,4 – 69,7 . 1,4 . 0,6 = - 232,01 kN.m.
A combinação com momento de vento positivo não dominante não é crítica.
1.2.5.2 Exemplo numérico 2:
Em um edifício de oito pavimentos, a carga aplicada em um pilar por piso tem uma parcela
permanente Ngk = - 238,6 kN e uma parcela acidental de Nqk = - 157,1 kN.
Avaliar a carga de cálculo para o dimensionamento do pilar, em cada pavimento.
(1-RP) é o percentual da carga acidental a ser considerada, conforme definido acima.

Pavimento (1-RP) Ngk Nqk. (1-RP) Nd


(total no piso) (total no piso) (total no piso)
8º 100% - 238,6 - 157,1 - 553,98
7º 100% - 477,2 - 314,2 - 1107,96
6º 100% - 715,8 - 471,3 - 1661,94
5º 80% - 954,4 - 502,72 - 2039,97
4º 60% - 1193,0 - 471,30 - 2330,02
3º 40% - 1431,6 - 377,04 - 2532,10
2º 40% - 1670,2 - 439,88 - 2954,11
1º 40% - 1908,8 - 502,72 - 3376,13

6
1.2.5.3 Exemplo 3:
Seja um pilar de concreto simples, de área igual a Ap em que a força normal de compressão é:
Np = Ng + Nq
A tensão de compressão atuante no concreto é de:

A tensão de rutura em um dado corpo de prova padronizado do concreto do pilar é de:

Onde Ne é a força de compressão que rompe o corpo de prova e Ae é a área do corpo de prova.
A verificação de segurança ( é ilustrada na figura abaixo:

1.2.6 Ponderação das ações nos estados limites de serviço:


Pode ser sempre conservadoramente considerado:

Fd = Fgk +F qk + Fk

Ou seja, nos estados limites de serviço, pode-se tomar f =1,0. Coeficientes de redução para
cargas acidentais, de vento e de temperatura podem ser considerados, conforme item 11.7.2 da NBR
6118.

1.3 Características dos aços


Para o cálculo nos estados limites últimos, considera-se o diagrama tensão-deformação bilinear
genérico para os aços, definido pela NBR 6118 em seu item 8.3.6. O patamar de escoamento é bem
definido e sem acréscimo de tensões após a deformação de escoamento. A aplicação dos critérios de
dimensionamento que serão a seguir detalhados leva ao diagrama tensão-deformação de projeto dado a
seguir.

7
Considera-se, para todos os tipos de aço, Es = 210 000 MPa = 21 000 kN/cm2 = 21 . 107 kN/m2.
No caso, por exemplo, do aço CA-50:
fyd = fycd = 50/1,15 = 43,48 kN/cm2
yd = fyd / Es = 43,48/21000 = 0,002070 = 2,070 0/00
Os valores de fyd e yd para os três tipos de aço são fornecidos na tabela abaixo:

As bitolas da tabela a seguir são as das barras normalizadas pela NBR 7480 (“Barras e fios
destinados a armaduras para concreto armado”). É fornecida também a área em cm 2 de cada bitola.

8
Os fios são fornecidos em rolos até a bitola de 9,5 mm e as barras a partir da bitola de 4,2 mm.
As barras são fornecidas em comprimentos de 12 m (ver NBR 7480, item 4.5.1). O aço CA-60 é
fornecido em fios e barras. Diâmetros padronizados com bitolas inferiores a 5 mm não têm aplicação
como armadura estrutural em pilares.
O aço CA-50 é utilizado em todos os tipos de armadura estrutural. O aço CA-60 pode ser
empregado nas armaduras das lajes e nas armaduras de estribos de vigas e de pilares. O aço CA-25,
por ser o único que depois de dobrado, pode ser redobrado para sua conformação inicial, é usado em
detalhes construtivos especiais.
As barras podem ser também classificadas, conforme a NBR 6118, item 9.3.2.1, de acordo com
a conformação superficial (nervuras), em barras lisas (CA-25), barras entalhadas (CA-60) e barras de
alta aderência (CA-50 e CA-60), ver item 9.3.2.1 da Norma. As nervuras têm sua configuração
geométrica definida na NBR 7480.
1.4 Características do concreto
A resistência característica do concreto à compressão é determinada a partir dos resultados de
ensaios em corpos de prova cilíndricos, de 15 cm de diâmetro e 30 cm de altura, moldados de acordo
com a NBR 5738, com a idade de 28 dias, com procedimento estatístico de acordo com a NBR 5739.
A resistência do concreto à tração pode ser determinada pelo ensaio de compressão diametral,
de acordo com a NBR 7222. Na ausência de ensaios, seus valores médio e característicos (inferior e
superior) podem ser estimados em função da resistência à compressão fck como:
2/3
fct,m = 0,3 fck (fck ≤ 50 MPa); fct,m = 2,12 ln (1 + 0,11 fck) (fck 50 MPa);
ftk,inf = 0,7 fct,m ; fctk,sup = 1,3 fct,m
Exemplo:
fck = 20 MPa, fct,m = 0,3.202/3 = 2,21MPa, fctk,inf = 0,7. 2,21 = 1,55MPa

O diagrama tensão-deformação idealizado, a ser usado nas análises no estado limite último,
para o concreto à compressão, é definido a seguir, de acordo com a NBR 6118, item 8.2.10.1.

Os valores a serem adotados para os parâmetros c2 (deformação específica de encurtamento


do concreto no início do patamar plástico) e cu (deformação específica de encurtamento do concreto na
ruptura) são definidos a seguir:

9
 para concretos de classes até C50:
0
c2 = 2,0 /00
cu = 3,5 /00
0

 para concretos de classes de C50 até C90:


0 0 0,53
c2 = 2,0 /00 + 0,085 /00.(fck - 50)
0 0 4
cu = 2,6 /00 + 35 /00.[(90 - fck)/100]

 Estimativa para o módulo de elasticidade inicial (item 8.2.8 da Norma), a ser utilizado nas análises
globais de uma estrutura, quando não forem realizados ensaios para a determinação deste parâmetro
(unidade, MPa):

Eci = E. 5600 f ck , para fck de 20 MPa a 50 MPa;


1/ 3
f 
Eci = 21,5.10 . E .  ck  1,25  , para fck de 55 MPa a 90 MPa.
3

 10 
O parâmetro E depende da rocha matriz da brita empregada:
E = 1,2 para basalto e diabásio
E = 1,0 para granito e gnaisse
E = 0,9 para calcário
E = 0,7 para arenito

 Estimativa para o módulo de elasticidade secante a ser utilizado nas análises locais e seccionais de
uma estrutura:

Ecs = i . Eci
f ck
i = 0,8+0,2 . ≤ 1,0
80

10
Curva para E = 1,0:

 Coeficiente de Poisson = 0,2 (item 8.2.9 da Norma)


 Coeficiente de dilatação térmica = 10-5 /0C (item 8.2.3 da Norma)

1.5 Hipóteses básicas no dimensionamento à flexão simples no estado limite último.


cu 0,85 fcd αc fcd ou 0,9 αc fcd

y=λx
c2
d
00,2 x
%

s (Domínio 3)

O dimensionamento de uma peça composta de um material homogêneo, com comportamento


suposto como elástico linear, pode ser efetuado pelo método das tensões admissíveis. Por exemplo,
para uma viga de seção retangular (b x h), submetida à flexão simples (momento fletor igual a M), as
tensões máximas de compressão e de tração são ambas iguais a  = 6M/bh2, devendo esta tensão ser
comparada com um valor de tensão admissível definido para este material.
Para o dimensionamento do concreto armado, o problema é bem mais complexo, devendo ser
considerados os diagramas não-lineares tensão-deformação já definidos para o concreto e para o aço, e
as hipóteses básicas a seguir enunciadas.

11
As hipóteses para o dimensionamento à flexão, no estado limite último do concreto armado,
segundo a NBR 6118, em seu item 17.2.2 são:

 as seções transversais se mantêm planas após a deformação;


 a deformação das barras deve ser o mesma do concreto em seu entorno;
 as tensões de tração no concreto, devem ser desprezadas no ELU;
 a distribuição de tensões no concreto se faz de acordo com o diagrama parábola-retângulo, com
tensão máxima a 0,85 fcd. Esse diagrama pode ser substituído por um retângulo de profundidade
y = λx, onde o valor do parâmetro λ pode ser tomado igual a:

 λ = 0,8 para fck ≤ 50 MPa; ou


 λ = 0,8 – (fck - 50)/400 para fck 50 MPa.
A tensão constante atuante até a profundidade y pode ser tomada igual a:
 αc fcd no caso da largura da seção, medida paralelamente à linha neutra, não diminuir a partir
desta para a borda comprimida;
 0,9 αc fcd no caso contrário.
sendo αc definido como:
 para concretos de classes até C50; αc = 0,85
 para concretos de classes de C50 até C90: αc = 0,85 . [1,0 - (fck - 50) / 200]
 a tensão nas armaduras é obtida dos diagramas tensão-deformação definidos no item 3.3.
 consideram-se, na flexão, os limites de x/d :
x/d ≤ 0,45 - para concretos com fck ≤ 50 MPa;
x/d ≤ 0,35 - para concretos com 50 MPa < fck ≤ 90 MPa.

Valores de λ e αc

 os estados limites últimos são caracterizados quando a distribuição de deformações na seção


transversal atingir uma das configurações definidas nos diversos domínios de dimensionamento à
compressão, tração e flexão simples ou composta, normal ou oblíqua, estabelecidos pela Norma
(ver figura a seguir).

12
Deformação plástica excessiva:
reta a : tração uniforme.
domínio 1 : tração não uniforme, sem compressão.
domínio 2 : flexão simples ou composta, sem ruptura à compressão do concreto, aço a 100/00
Ruptura:
domínio 3 : flexão simples (seção sub-armada) ou composta, com ruptura à compressão do
concreto, e com escoamento do aço.
domínio 4 : flexão simples (seção super-armada) ou composta, com ruptura à compressão do
concreto, e com aço tracionado sem escoamento.
domínio 4a : flexão composta com armaduras comprimidas.
domínio5 : compressão não uniforme, sem tração.
reta b : compressão uniforme.

13
2. DIMENSIONAMENTO À FLEXÃO COMPOSTA RETA
2.1 Dimensionamento na flexão composta reta – fck ≤ 50 MPa
As diversas possibilidades de dimensionamento e verificação das seções de concreto armado na
flexão composta reta se realizam quando os diversos domínios de deformações específicas no estado
limite último são percorridos: tração simples, flexão composta com tração, flexão simples, flexão
composta com compressão e compressão simples. Durante este desenvolvimento, a profundidade da
linha neutra assume os valores:
Domínio 1: de - ∞ a 0
Domínio 2: de 0 a 0,259d
Domínios 3 e 4: de 0,259d a d
Domínio 4a: de d a h
Domínio 5: de h a + ∞
A retangularização do diagrama tensão-deformação do concreto só será considerada para
concretos com fck ≤ 50 MPa. Para concretos com resistência superior a esta, a retangularização leva a
resultados muito imprecisos, obrigando à consideração dos diagramas tensão-deformação reais.
São inicialmente definidas as notações a serem seguidas, através das figuras abaixo:

d’’
As2

t2 c d h

Asi

ti As1

t1 d’
Seção transversal

d’’

As2

d h
Md Nd
Asi

h/2

As1 d’

Seção longitudinal

14
De acordo com a figura, as seguintes designações foram definidas, para uma seção retangular:
b, h - largura e altura total da seção de concreto.
As1 e As2 – armaduras mais próximas, respectivamente, da face inferior e superior da seção (em
uma viga em flexão simples seriam, respectivamente, as armaduras principais de tração e compressão).
d', d'' - distâncias dos centros de gravidade das armaduras As1 e As2 às faces do concreto mais
próximas.
d = h - d' - “altura útil” da seção.
c = d - d'' - distância entre centros de gravidade das armaduras As1 e As2.
Asi e ti – armadura genérica e sua respectiva distância à face inferior da seção.
Nd e Md – esforço normal e momento fletor de cálculo referidos ao centro de gravidade da seção
retangular.
As forças normais positivas são as de tração e os momentos fletores positivos tracionam a face
inferior da seção. Da mesma forma, na seção resistente, forças e tensões de tração são positivas e as de
compressão são negativas.
2.1.1 Equações para o Domínio 1
O Domínio 1 corresponde às situações de tração pura (reta a) e às de tração composta com
flexão em que as deformações no concreto são todas positivas, ou seja, as tensões no concreto são
nulas. Neste caso, o par de esforços Nd e Md é resistido pelas forças de tração nas armaduras. O estado
limite se caracteriza pelo esgotamento da capacidade de deformação específica do aço ( s = 100/00).
O Domínio 1 é definido pelas seguintes condições de deformação específica:
s1 = 100/00; c = 100/00 a 00/00
s1 e c - deformações específicas da seção, respectivamente aos níveis da armadura mais
inferior e da fibra correspondente à face superior do concreto.

d''
b c
As2 s2 F s2

Md
h d c Nd
Asi
si F si
As1
d' s1= 100/00 F s1

As deformações específicas no nível da armadura genérica i são obtidas, por relações


geométricas, com o auxílio da figura a seguir:

εs1-εc εc x c

d s1  c
 c
x x  d.
εs1-εsi εsi d s1  c

εs1 ti–d’

15
ti  d'  s1   si (    ).( ti  d' ) ( 10   c ).( ti  d' )
   si   s1  s1 c   si  10 
d  s1   c d d
Já que no caso específico do Domínio 1, s1 = 10 /00.
0

De acordo com o diagrama tensão-deformação definido no item 2.3, as tensões na armadura


serão:
 si
 si  . f yd se  si   yd ;  si  Es . si se  si   yd , com E s = 21000 kN/cm
2
 si
A força Fsi (de tração) na armadura genérica i é dada por:
Fi = Asi . σsi
O equilíbrio entre forças externas aplicadas e forças internas leva aos esforços externos
equilibrantes:
h
N d   Fi ; M d  N d .   Fi .ti
2
Nas peças submetidas à tração pura ou composta com flexão é necessária a verificação à
fissuração, de acordo com o item 17.3.3, da NBR 6118.
A NBR 6118 (versão 2007), em seu item 17.3.3, fornece uma alternativa ao cálculo analítico da
abertura esperada de fissuras. Para os diversos diâmetros das barras, é definida uma tensão máxima nas
mesmas, em condições de serviço, e um espaçamento máximo das armaduras. Desta forma, esperam-
se aberturas máximas de fissuras da ordem de 0,3 mm. É atendido desta forma o estado limite de
fissuração. Estes valores são definidos na tabela a seguir.

Diâmetro da Tensão máxima em Espaçamento máximo Acréscimo da


armadura (Ф) serviço (σs), em MPa (smax), em cm armadura (CA-50)
10 360 5 1,00
12,5 320 10 1,00
16 280 15 1,11
20 240 20 1,29
25 200 25 1,55
32 160 30 1,94
2.1.2 Equações para o Domínio 2
O Domínio 2 corresponde a diversas condições de equilíbrio em que a parte superior da seção
está comprimida e as armaduras superiores encontram-se tracionadas ou comprimidas. O estado limite
se caracteriza pelo esgotamento da capacidade de deformação específica do aço ( s = 100/00);
corresponde a diversas situações de flexão composta com tração, flexão simples e flexão composta
com compressão.

16
O Domínio 2 é definido pelas seguintes condições de deformação específica:
s = 100/00; c = 00/00 a -3,50/00
Profundidade da linha neutra x:
 c
x  d. ; no caso particular do Domínio 2, s1 = 100/00.
  c   s1
x
O limite para o Domínio 2 corresponderá a c = -3,50/00 ou k x ,max  max  0,2593
d
Para o cálculo das deformações específicas no nível da armadura genérica i, vale a expressão
apresentada para o Domínio 1, observando-se que, neste caso, c tem sinal negativo. As tensões e
forças nas armaduras também são determinadas com as expressões do Domínio 1.
A força de compressão Fc, resultante das tensões de compressão atuantes no concreto, é
determinada com a expressão a seguir, devendo Fc ser tomado com o sinal negativo (compressão):
Fc   0,85. f cd .b.0,8.x
Para o equilíbrio de momentos é necessário definir a distância do ponto de aplicação da força
Fc à face inferior da seção:
tc  h  0,4.x
O equilíbrio entre forças externas aplicadas e forças internas leva aos esforços externos
equilibrantes:
N d  Fc   Fi ;
h h
M d  N d .  Fc .tc   Fi .ti  0  M d  N d .  Fc .t c   Fi .ti
2 2
2.1.3 Equações para o Domínio 3
O Domínio 3 corresponde a diversas condições de equilíbrio em que a parte superior da seção
está comprimida e as armaduras encontram-se tracionadas ou comprimidas. O estado limite se
caracteriza pelo esgotamento da capacidade de encurtamento do concreto, suposto com sua máxima
deformação específica (c = - 3,50/00); a deformação específica do aço na armadura mais inferior (As1) é
no mínimo igual à de escoamento (yd). Este estado limite corresponde a diversas situações de flexão
simples e flexão composta com compressão.
O Domínio 3 é definido pelas seguintes condições de deformação específica:
s = 100/00a yd; c = - 3,50/00
O cálculo da profundidade de linha neutra é igual ao do Domínio 2, sendo que no Domínio 3,
deve-se considerar que c = - 3,50/00.
x
O limite do Domínio 3, para aço CA-50, com yd = 2,070/00 será k x ,max  max  0,6284
d
As expressões do Domínio 2 para o cálculo das deformações específicas no nível da armadura
genérica i, de tensões e forças nas armaduras, da força de compressão no concreto e de equilíbrio entre
forças externas aplicadas e forças internas permanecem válidas.
2.1.4 Equações para os Domínios 4 e 4a
O Domínio 4 corresponde a diversas condições de equilíbrio em que a parte superior da seção
está comprimida e as armaduras encontram-se tracionadas ou comprimidas. O estado limite se
caracteriza pelo esgotamento da capacidade de encurtamento do concreto, suposto com sua máxima
deformação específica (c = -3,50/00); a deformação específica do aço na armadura mais inferior (As1) é
inferior à de escoamento (yd).

17
Este estado limite corresponde a diversas situações de flexão composta com compressão. Como
o aço não atinge à sua tensão de escoamento, a seção romperá por ruptura frágil (compressão do
concreto). Por esta razão, a NBR 6118 não permite a utilização do domínio 4 na flexão simples (seções
super-armadas).
O Domínio 4 é definido pelas seguintes condições de deformação específica:
s = yd a 00/00; c = - 3,50/00

As expressões do Domínio 3 para o cálculo da profundidade da linha neutra, das deformações


específicas no nível da armadura genérica i, de tensões e forças nas armaduras, da força de compressão
no concreto e de equilíbrio entre forças externas aplicadas e forças internas permanecem válidas.
O Domínio 4a corresponde a uma transição matemática entre os Domínios 4 e 5, quando surge
uma pequena compressão na armadura As1. Este caso pode ser tratado, conservadoramente, com as
expressões do Domínio 4.
2.1.5 Equações para o Domínio 5
O Domínio 5 corresponde a diversas condições de equilíbrio em que a seção está totalmente
comprimida, estando as armaduras também comprimidas. O Domínio 5 corresponde a diversas
situações de flexão composta com compressão e de compressão simples.
O Domínio 5 é definido pelas seguintes condições de deformação específica:
 14  4. c 3
c = -3,50/00 a – 2,00/00 e  c ,inf  o que corresponde a 3/7h = -20/00 a h
3 7
Sendo  c ,inf a deformação específica na face inferior do concreto, devendo ser consideradas
ambas as deformações com seus respectivos valores negativos.

Profundidade da linha neutra x:


c 3. c
x  h.  h.
 c   c ,inf 7. c  14

As deformações específicas no nível da armadura genérica i são obtidas, por relações


geométricas, com o auxílio da figura a seguir:

c x t  xh
   si   c . i 
 si ti  x  h  x 

18

3. c t  (3.h. c ) /( 7 c  14)  h


Substituindo x  h. , vem:  si   c . i 
7. c  14 (3.h. c ) /( 7 c  14)
7.t .  14.t i  3.h. c  7.h. c  14.h 7.t .  14.t i  4.h. c  14.h
 si   c . i c   si  i c
3.h. c 3.h
As expressões do Domínio 3 para tensões e forças nas armaduras, da força de compressão no
concreto e de equilíbrio entre forças externas aplicadas e forças internas permanecem válidas.

19
2.2 Planilhas de dimensionamento. Ábacos de interação (fck ≤ 50 MPa)
A formulação apresentada no item 2.1 é sistematizada através de planilhas EXCEL. Estas
planilhas têm um formato que permitem a verificação de uma seção retangular qualquer submetida à
flexão composta reta. Também com estas planilhas serão geradas tabelas adimensionais, que expressas
graficamente, permitirão o dimensionamento através de ábacos de interação.
Estas planilhas consideram a retangularização do diagrama tensão-deformação do concreto,
considerada como adequada para concretos com fck ≤ 50 MPa.
2.2.1 Exemplo de dimensionamento. Duas camadas, armadura simétrica.
É apresentada, nas páginas seguintes, a planilha correspondente ao primeiro exemplo (arquivo
“FlexãoComposta-Dimensionamento ou FlexãoComposta-Dimensionamento-Bitolas”).

A planilha EXCEL da página seguinte fornece os seguintes dados e resultados, sendo cada
linha correspondente às diversas configurações deformadas, nos diversos Domínios da NBR 6118:
 x(m) – profundidade da linha neutra. No Domínio 5, foi limitada, para viabilizar o
cálculo automático da compressão no concreto, a h/0,8.
 c (0/00), s1 (0/00), s2 (0/00) – deformações específicas a nível da face superior do
concreto e das armaduras As1 e As2.
2 2
 s1 (kN/cm ) e s1 (kN/cm ) – tensões nas armaduras As1 e As2. 
 pares de valores resistentes Nd, Md para a armadura fornecida e para As = 0 e valores
atuantes na seção.
Na figura em página posterior, estes valores de Nd e Md são plotados em curvas de interação.
Observar que, com a armadura adotada, os valores atuantes estão na região segura (interna) do ábaco.
É traçada uma linha reta, unindo dois pares de valores com a mesma posição de linha neutra, para a
armadura fornecida e para As = 0, passando próximo ao ponto correspondente ao par de esforços
atuante. Observar, que nesta reta, os acréscimos nos pares de esforços resistentes são proporcionais à
armadura adotada, permitindo assim uma interpolação (ou extrapolação). A adoção deste
procedimento no exemplo leva às armaduras As1 = As2 = 3cm2, o que é uma excelente aproximação
para a solução exata.
Resolvendo pelos ábacos de interação adimensionais, a serem apresentados no item 2.2.2,
considerando o ábaco Adimensional 3:
Nd  600 Md 90
   0,233;   2
 2
 0,117
b.h.f cd 0,6.0,3.20000 / 1,4 b.h .f cb 0,6.0,3 .20000 / 1,4

Com este par de valores, encontra-se, por interpolação, no Ábaco, ω = 0,1.


A s .f yd 0,1.0,6.0,3.20000 / 1,4
Como:   ; As   5,9 cm 2 ,
b.h.f cd 50 / 1,15

o que confirma que a armadura acima avaliada.


20
Seção Transversal Concreto Aço CA50A
b (m) 0,6 d'(m) 0,05 fck (MPa) 20 fyk (kN/cm2) 50
2
h (m) 0,3 d''(m) 0,05 fcd (kN/m2) 14286 Es (kN/cm ) 21000
d(m) 0,25 yd (‰) 2,070
Disposição das Armaduras fyd (kN/cm2) 43,48
Camadas Asi (cm2) ti (m) Nd(kN) = -600,0
1 5 0,05 Md(kN.m) = 91,00
2 5 0,25
3
4
5
6
7
SOMA = 10

Curva de Interação (Nd x Md)


140

120

100
Md (kN.m)

80 As=0
As dado
60
Nd,Md

40

20

0
-3000 -2500 -2000 -1500 -1000 -500 0 500
Nd (kN)

As dado As = 0
Domínios x (m) c (‰) s1 (‰) s2 (‰) s1 (kN/cm2) s2 (kN/cm2) Nd (kN) Md (kN.m) Nd (kN) Md (kN.m)
Domínio 1 10,00 10,00 10,00 43,48 43,48 435 0 0 0
s1 = 10‰ 8,00 10,00 8,40 43,48 43,48 435 0 0 0
6,00 10,00 6,80 43,48 43,48 435 0 0 0
4,00 10,00 5,20 43,48 43,48 435 0 0 0
2,00 10,00 3,60 43,48 43,48 435 0 0 0
0,00 10,00 2,00 43,48 42,00 427 1 0 0
Domínio 2 0,012 -0,50 10,00 1,60 43,48 33,60 316 15 -69 10
s1 = 10‰ 0,023 -1,00 10,00 1,20 43,48 25,20 211 28 -132 19
0,033 -1,50 10,00 0,80 43,48 16,80 111 39 -190 26
0,042 -2,00 10,00 0,40 43,48 8,40 17 50 -243 32
0,050 -2,50 10,00 0,00 43,48 0,00 -74 60 -291 38
0,058 -3,00 10,00 -0,40 43,48 -8,40 -161 69 -336 43
0,065 -3,50 10,00 -0,80 43,48 -16,80 -244 77 -378 47
Domínio 3 0,065 -3,50 10,00 -0,80 43,48 -16,80 -244 77 -378 47
c = 3,5‰ 0,070 -3,50 9,00 -1,00 43,48 -21,00 -296 82 -408 50
0,076 -3,50 8,00 -1,20 43,48 -25,20 -352 87 -443 53
0,083 -3,50 7,00 -1,40 43,48 -29,40 -415 93 -486 57
0,092 -3,50 6,00 -1,60 43,48 -33,60 -487 99 -537 61
0,103 -3,50 5,00 -1,80 43,48 -37,80 -572 106 -600 65
0,117 -3,50 4,00 -2,00 43,48 -42,00 -673 113 -680 70
0,135 -3,50 3,00 -2,20 43,48 -43,48 -785 119 -785 75
0,157 -3,50 2,07 -2,39 43,48 -43,48 -916 123 -916 80
Domínio 4 0,157 -3,50 2,07 -2,39 43,48 -43,48 -916 123 -916 80
c = 3,5‰ 0,159 -3,50 2,00 -2,40 42,00 -43,48 -935 123 -927 80
0,175 -3,50 1,50 -2,50 31,50 -43,48 -1080 119 -1020 82
0,194 -3,50 1,00 -2,60 21,00 -43,48 -1246 114 -1133 82
0,219 -3,50 0,50 -2,70 10,50 -43,48 -1440 107 -1275 80
0,250 -3,50 0,00 -2,80 0,00 -43,48 -1675 95 -1457 73
Domínio 5 0,300 -3,50 -0,58 -2,92 -12,25 -43,48 -2027 68 -1749 52
0,343 -3,20 -0,87 -2,73 -18,20 -43,48 -2307 38 -1998 26
0,375 -2,90 -1,15 -2,55 -24,15 -43,48 -2524 10 -2186 0
0,375 -2,60 -1,43 -2,37 -30,10 -43,48 -2554 7 -2186 0
0,375 -2,30 -1,72 -2,18 -36,05 -43,48 -2583 4 -2186 0
0,375 -2,00 -2,00 -2,00 -42,00 -42,00 -2606 0 -2186 0

21
2.2.2 Desenvolvimento de ábacos de interação adimensionais.
O dimensionamento com auxílio de ábacos adimensionais segue os mesmos procedimentos já
descritos, desenvolvendo-se as planilhas para uma seção retangular com b = h = 1,00m;
fcd =1,00 kN/m2; fyd = 1 kN/cm2; Es = 21000/fyd. Os parâmetros adimensionais para entrada nos ábacos
são o esforço normal adimensionalizado η e o momento adimensionalizado μ; os resultados são em
termos da percentagem mecânica de armadura ω, válidos para CA-50.

Nd Md As . f yd
 ;  ; 
b.h. f cd b.h 2 . f cd b.h. f cd

A retangularização do diagrama tensão-deformação do concreto só é considerada para


concretos com fck ≤ 50 MPa. São traçados também ábacos para fck = 90 MPa, obtidos considerando-se
os diagramas tensão-deformação reais. Para valores intermediários de fck, pode-se recorrer à
interpolação de resultados.
Os ábacos adimensionais definidos a seguir são apresentados no ANEXO (todos para aço CA-
50).

 Seção TIPO 1 – C50


Armadura simétrica com d’/h = 0,05 e As1 = As2 = 0,5 As (Ábaco Adimensional 1)
Armadura simétrica com d’/h = 0,10 e As1 = As2 = 0,5 As (Ábaco Adimensional 2)
Armadura simétrica com d’/h = 0,15 e As1 = As2 = 0,5 As (Ábaco Adimensional 3)
Armadura simétrica com d’/h = 0,20 e As1 = As2 = 0,5 As (Ábaco Adimensional 4)
Armadura simétrica com d’/h = 0,25 e As1 = As2 = 0,5 As (Ábaco Adimensional 5)
 Seção TIPO 2 – C50
Armadura simétrica com d’/h = 0,05, com As1 = As2 = As3 = As4 = 0,25As (Ábaco Adimensional 6)
Armadura simétrica com d’/h = 0,10, com As1 = As2 = As3 = As4 = 0,25As (Ábaco Adimensional 7)
Armadura simétrica com d’/h = 0,15, com As1 = As2 = As3 = As4 = 0,25As (Ábaco Adimensional 8)
Armadura simétrica com d’/h = 0,20, com As1 = As2 = As3 = As4 = 0,25As (Ábaco Adimensional 9)
 Seção TIPO 3 – C50
Armadura simétrica com d’/h = 0,05, com As3 = As4 = 0,5As (Ábaco Adimensional 10)
Armadura simétrica com d’/h = 0,10, com As3 = As4 = 0,5As (Ábaco Adimensional 11)
 Seção TIPO 4 – C90
Seção circular com d’/d = 0,05 (Ábaco Adimensional 12)
Seção circular com d’/d = 0,10 (Ábaco Adimensional 13)
 Seção TIPO 1 – C90
Armadura simétrica com d’/h = 0,05 e As1 = As2 = 0,5 As (Ábaco Adimensional 14)
Armadura simétrica com d’/h = 0,10 e As1 = As2 = 0,5 As (Ábaco Adimensional 15)
Armadura simétrica com d’/h = 0,15 e As1 = As2 = 0,5 As (Ábaco Adimensional 16)
Armadura simétrica com d’/h = 0,20 e As1 = As2 = 0,5 As (Ábaco Adimensional 17)
Armadura simétrica com d’/h = 0,25 e As1 = As2 = 0,5 As (Ábaco Adimensional 18)
 Seção TIPO 2 – C90
Armadura simétrica com d’/h = 0,05, com As1 = As2 = As3 = As4 = 0,25As (Ábaco Adimensional 19)
Armadura simétrica com d’/h = 0,10, com As1 = As2 = As3 = As4 = 0,25As (Ábaco Adimensional 20)
Armadura simétrica com d’/h = 0,15, com As1 = As2 = As3 = As4 = 0,25As (Ábaco Adimensional 21)
Armadura simétrica com d’/h = 0,20, com As1 = As2 = As3 = As4 = 0,25As (Ábaco Adimensional 22)
 Seção TIPO 3 – C90
Armadura simétrica com d’/h = 0,05, com As3 = As4 = 0,5As (Ábaco Adimensional 23)
Armadura simétrica com d’/h = 0,10, com As3 = As4 = 0,5As (Ábaco Adimensional 24)

22
2.2.3 Exemplo numérico resolvido 1

Seja verificar um pilar quadrado, conforme esquematizado na


figura ao lado, com dimensões de 60 cm x 60 cm, considerando o concreto
com fck = 30 MPa e aço CA-50. A armadura consiste em 24 barras de
diâmetro 20 mm, com d’= d’’= 6 cm.
Os esforços de cálculo são Nd = -3600 kN e Md = 970kN.m. A
aplicação direta da planilha de dimensionamento indica que este par de
esforços está na região segura do ábaco (ver abaixo).
Verificação, aplicando o Ábaco Adimensional 7:
Nd  3600 Md 970
   0,467;   2
 2
 0,210
b.h. f cd 0,6.0,6.30000 / 1,4 b.h . f cb 0,6.0,6 .30000 / 1,4

Com este par de valores, encontra-se, por interpolação, no Ábaco, ω = 0,4.


As . f yd 0,4.0,6.0,6.30000 / 1,4
Como:   ; As   71 cm 2 ,
b.h. f cd 50 / 1,15
o que confirma que a armadura adotada (75,36 cm2) é suficiente.

Curva de Interação (Nd x Md)


1200

1000

800
M d (kN.m)

As=0
600 As dado
Nd,Md
400

200

0
-10000 -8000 -6000 -4000 -2000 0 2000 4000
Nd (kN)

23
 Exemplo resolvido 2
Pilar circular, com d = 0,60m; fck = 18 MPa; d’= 0,03cm
Esforços atuantes: Nd = -5082 kN, Md = 102 kNm.

Nd  5082 M 102
 2
 2
 1,098;   3 d  3  0,037
d .fcd 0,6 .18000 / 1,4 d .fcd 0,6 .18000 / 1,4

Com este par de valores, encontra-se, por interpolação, no Ábaco Adimensional 12, ω = 0,584.

As .f yd 0,584.0,62.18000 / 1,4
Como:   ; As   62,2 cm 2 (14 barras de 25mm)
d 2 .f cd 50 / 1,15

2.2.4 Exemplos numéricos propostos


a) 20x60, d’=5cm, fck = 25 MPa, As3 = As4 = 0;
Ngk = -20 kN, Nqk = -30 kN, Mgk = 80 kNm, Mqk = 120 kNm. R: As = 24cm2.
b) 20x80, d’=4cm, fck = 15 MPa, As3 = As4 = 0;
Nk = -1050 kN, Mk = 100 kNm. R: As = 10cm2.
c) 25x60, d’=3cm, fck = 18 MPa, As3 = As4 = 0;
Ngk = -140 kN, Nqk = -217 kN, Mgk = 56 kNm, Mqk = 87 kNm. R: As = 7,6cm2.
d) 25x60, d’=3cm, fck = 18 MPa, As3 = As4 = 0; Nd = -250 kN, Md = 175 kNm. R: As = 8,8cm2.
e) 20x80, d’=3cm, fck = 22 MPa, As1 = As2 = 0;
Ngk = -500 kN, Nqk = -800 kN, Mgk = 80 kNm, Mqk = 115 kNm.
R: As = 17,3cm2 (16Ф12,5 mm)
f) 20x80, d’=5cm, fck = 20 MPa, As1 = As2 = 0;
Nk = 1000 kN, Mk = 200 kNm. R: As = 51,1cm2.
Para atender à fissuração: As = 79,3cm2 (2 x 8 Ф 25 mm c 10 = 80cm2)
50.51,1
Tensão aproximada:  s   19,8kN / cm 2  198MPa (OK)
1,15.1,4.80
Outra solução possível: (2 x 11 Ф 20 mm c 7 = 69cm2)
g) Seção circular, com d = 0,60m; fck = 25 MPa; d’= 0,06 m; Armadura = 8 Ф20 mm
Qual o Nd máximo para uma excentricidade e = 0,015 + 0,03.d= 0,033m
A s .f yd 8.3,14.50 1,15 e
R:   2  2
 0,169;   .()  0,055.
d .f cd 0,6 . 25000 1,4 d
25000
Pelo Ábaco 13:   0,648;   0,036 ; N d  (0,648).0,6 2.  -4165 kN
1,4

24
3. DIMENSIONAMENTO À FLEXÃO COMPOSTA OBLÍQUA
3.1. Cálculo pela formulação aproximada da NBR 6118
A figura abaixo define as notações empregadas para a verificação de uma seção retangular de
concreto, de dimensões b e h, submetida aos esforços de cálculo Nd, Mxd e Myd. A área total de aço é
igual a As = As1 + As2 + As3 + As4.

A NBR 6118, em seu item 17.2.5.2, permite a verificação da flexão composta oblíqua através
da seguinte expressão de interação aproximada:

 
 M Rd ,x   M Rd ,y 
    1 (no Estado Limite Último; ≤1 na verificação de segurança)
 M Rd ,xx  
 M Rd , yy 

Onde:
MRd,x e MRd,y – componentes segundo os eixos x e y do momento admitido como resistente, para
o valor de esforço normal atuante NSd.
MRd,xx e MRd,yy – são os momentos resistentes segundo os eixos x e y, em flexão composta reta,
para o valor de esforço normal NSd .
α - fator que em geral pode ser tomado como α = 1,0 e no caso de seções retangulares, como
α = 1,2.
3.1.1. Exemplo numérico resolvido 3

Seja verificar um pilar retangular, com dimensões de


b = 40 cm, h = 60 cm, considerando o concreto com fck = 25 MPa e
aço CA-50. A armadura consiste de 16 barras de diâmetro 20 mm,
com d’= d’’= d’’’= d’’’’= 5 cm. Os esforços solicitantes de cálculo são
Nd = -2400 kN; Mxd = 300 kN.m e Myd = 220 kN.m.
A disposição das armaduras é indicada no esquema ao lado.
A verificação na flexão composta reta, com Nd = -2400 kN
fornece MRd,xx = 569 kN.m e MRd,yy = 388 kN.m.

25
A respectiva curva de interação, de acordo com o processo aproximado da NBR 6118, é
apresentada na figura a seguir. O par de esforços atuante se encontra na parte segura (interna) do
ábaco. A seguinte expressão deve ser empregada, em planilha EXCEL, para expressar MRd,y em
função de MRd,x:
1 / 1,2
  M 1,2
 
 M Rd ,yy  .1   Rd ,x  
1,2
M Rd ,y 
  M 
   Rd ,xx  

Curva de Interação Aproximada na Flexão Oblíqua


450

400 388
366
350 324
300 272
250
Myd

APROXIMADO EXATO Valores


202 admissíveis
200

150 Valores
dados
100 109

50
569
0
0 100 200 300 400 500 600

M xd

Analiticamente:
1,2 1,2
 300   220 
 569    0,46  0,51  0,97( OK )
 388 

3.2. Cálculo exato.


A análise das curvas de interação obtidas com programas de computador indica que o critério
proposto pela NBR 6118 é adequado. O cálculo exato é possível através de programas de computador
ou por um processo iterativo bastante trabalhoso, em que vai se ajustando por tentativas a posição da
linha neutra e o ângulo por ela formado com os eixos X e Y. É possível também a aplicação dos ábacos
de interação encontrados na literatura (por exemplo, os conhecidos ábacos de Montoya).
O seguinte “site” da Universidade Federal do Paraná disponibiliza o programa OBLÍQUA, para
o traçado de curvas de interação na flexão composta oblíqua (fck ≤ 50 MPa):

http://www.cesec.ufpr.br/etools/oe3/
(objetos educacionais, sistemas estruturais, concreto armado e protendido, “Oblíqua 1.0”)
O programa pode ser aplicado a seções de forma qualquer.

Como exemplo de comparação, analisa-se um pilar retangular, dimensões de b = 30 cm, h = 35


cm, considerando o concreto com fck = 25 MPa e aço CA-50. A armadura consiste de 4 barras de
diâmetro 20 mm nos cantos do pilar, com os d’ iguais a 5 cm. Os esforços solicitantes de cálculo são
Nd = -90,16 kN, MSxd = 48,5 kN.m e MSyd = 36,8 kN.m

26
A verificação na flexão composta reta, com Nd = -90,16 kN fornece MRd,xx = 85,0 kN.m e
MRd,yy = 70,0 kN.m.

Analiticamente, pela NBR 6118:


1, 2 1, 2
 48,5   38,6 
 85    0,51  0,49  1,00(OK)
 70 
Com o programa OBLÍQUA se obtém a curva de interação exata, mostrada a seguir.
O par de esforços correspondente à formulação aproximada (Nd = -90,16 kN; MRd,xx = -48,5
kN.m e MRd,yy = 38,6 kN.m) se encontra internamente à curva da formulação exata. A linha tracejada
representa a expressão aproximada de interação da NBR 6118. No caso analisado a formulação
aproximada forneceu valores bastante mais seguros do que a formulação exata.

3.3. Exemplos numéricos propostos


a) 30x50, d’= 3cm, fck = 20 MPa, As1 = As2 = As3 = As4 ; As = 37,68 cm2(12 Ф 20 mm)
Nk = -1000 kN, Mxk = 80 kNm, Myk = 100 kNm.
R:   0,653;  0,764;  x  0,306( Ábaco 6 );  x  0,282( Ábaco 7 )
MRdxx = 328 kNm, MRdyy = 181 kNm; 0,28+0,73=1,01 (~OK, passa no método exato)
b) 60x20, d’= 3cm, fck = 22 MPa, As3 = As4 = 0 ; As =21,98 cm2(28 Ф 10 mm)
Nk = -1000 kN, Mxk = 30 kNm, Myk = 100 kNm.
R:   0,742;   0,507;  x  0,202( Ábaco3);  y  0,172( Ábaco10)
MRdxx = 76,4 kNm, MRdyy = 195 kNm; 0,49+0,67=1,16 (Não OK, passa no método exato)

27
4. CRITÉRIOS DE PROJETO DE PILARES

4.1. Cargas atuantes nos pilares de edifícios.


4.1.1. Cargas a considerar
As cargas a serem consideradas no projeto foram resumidas no item 1.1.3. As cargas atuantes
nos pilares são, basicamente, as decorrentes de seu peso próprio e as cargas permanentes e acidentais,
mais as decorrentes da atuação das cargas horizontais de vento, impostas pelas vigas.
4.1.2. Engastamento das vigas em pilares extremos
De acordo com o item 14.6.7.1 da NBR 6118, caso não for realizado o cálculo analítico exato
da influência da solidariedade das vigas com os pilares de extremidade, o momento negativo mínimo a
ser considerado na viga, é avaliado em função do momento de engastamento perfeito e das relações
entre a rigidez da viga, do pilar abaixo e do acima do apoio:
 Momento na viga:
rinf  rsup
M vig  M eng . ri = Ii / Li (inércia/comprimento)
rvig  rinf  rsup

 Nos pilares acima e abaixo do apoio aplicam-se os momentos correspondentes que


equilibram o nó:
rsup
M sup  M eng .
rvig  rinf  rsup
rinf
M inf  M eng .
rvig  rinf  rsup

Na avaliação da rigidez dos pilares, toma-se como comprimento efetivo a metade de seu
comprimento real, conforme Fig. 14.8 da Norma.

 Exemplo:

3m L = 6m (3x) 3m
p = 10 kN/m (3x)

(Viga:15x90)
3m (Pilar: 20x60, 60 no plano do quadro) 3m

28
4.1.3 Imperfeições geométricas
As construções de concreto são intrinsecamente imperfeitas. Nas estruturas podem existir, por
exemplo, imperfeições geométricas na forma e dimensões das seções transversais e no posicionamento
das armaduras. Muitas destas imperfeições são cobertas pelos coeficientes de ponderação. Não é este o
caso das imperfeições nos eixos dos pilares, que devem ser explicitamente consideradas no cálculo.
De acordo com a NBR 6118, item 11.3.3.4, as imperfeições geométricas, para efeito de cálculo,
podem ser divididas em imperfeições globais e locais.
4.1.3.1 Imperfeições geométricas globais
O desaprumo dos elementos verticais de um prédio deve ser considerado, conforme a figura:

θ1 min= 1/300 em estruturas reticuladas e para imperfeições geométricas locais;


θ1 max= 1/200;
θ1 = 1/200 para pilares isolados em balanço;
θa = θ1 = 1/200 para lajes lisas e cogumelo.
A sobreposição de vento e desaprumo não é necessária quando o menor valor entre eles não
ultrapassar 30% do maior valor. Essa comparação pode ser feita com os momentos totais na base da
construção e em cada direção e sentido da aplicação da ação do vento. Nesta comparação, deve-se
considerar o desaprumo correspondente a θ1, não se considerando θ1mín.
Quando a superposição for necessária, deve-se combinar com o vento o desaprumo
correspondente a 1, não se considerando 1mín. Se o efeito de desaprumo for predominante, o valor
do ângulo deve ser 1mín. Nessa combinação, admite-se considerar ambas as ações atuando na
mesma direção e sentido como equivalentes ao vento, amplificado para cobrir a superposição.
4.1.3.2 Imperfeições geométricas locais
A figura a seguir ilustra os momentos que são introduzidos em um trecho de pilar por uma
imperfeição geométrica localizada (ver item 15.4.3 da NBR 6118).

29
O elemento de travamento pode ser a laje de piso funcionando como diafragma.
O efeito das imperfeições locais nos pilares pode ser substituído em estruturas reticuladas
pela consideração do momento mínimo de 1ª ordem igual a:
M1d ,min  N d ( 0,015  0,03.h )
Onde h é a altura total da seção transversal na direção considerada, em metros. A este
momento devem ser acrescentados os momentos de 2ª ordem, quando for o caso.
4.2 Classificação das estruturas relativamente a sua deformabilidade horizontal

4.2.1 Contraventamento

Em todo edifício deve ser definido um sistema estrutural que resistirá às solicitações
horizontais como as de vento. Estes sistemas são chamados de sistema de contraventamento, e são
compostos pelos elementos da estrutura com maior rigidez relativamente às forças horizontais. Em
edifícios de concreto armado, estes sistemas são compostos por pórticos (compostos por pilares e
vigas) e/ou por pilares-parede (presentes, por exemplo, em caixas de elevadores e escadas). A
distribuição das forças horizontais entre os diversos elementos de um sistema de contraventamento é
feita proporcionalmente à rigidez de cada um destes elementos relativamente às forças horizontais,
usualmente através de um modelo analisado com um programa de análise estrutural.
Os pilares não pertencentes aos sistemas de contraventamento, são chamados de pilares
contraventados. Estes pilares devem estar adequadamente fixados aos sistemas de contraventamento.
As estruturas de contraventamento podem ser classificadas como de nós fixos e de nós móveis
conforme definido no item 15.4.2 da NBR 6118.
4.2.2 Estruturas de nós fixos e de nós móveis
As estruturas podem ser classificadas como de nós fixos quando os deslocamentos horizontais
dos nós são relativamente pequenos. Neste caso, os efeitos globais de 2ª ordem podem ser desprezados
(devendo ser inferiores a 10% dos esforços de 1ª ordem). Nestas estruturas devem, no entanto, ser
considerados os efeitos locais de 2ª ordem.
As estruturas que não atenderem à condição definida acima são classificadas como de nós
móveis, devendo ser projetadas considerando-se esforços globais e locais de 2ª ordem.
A NBR 6118, em seu item 15.5, apresenta dois critérios para a avaliação se uma determinada
estrutura pode ser classificada como de nós fixos.
4.2.2.1 Critério do parâmetro de instabilidade
Uma estrutura reticulada simétrica pode ser considerada como de nós fixos, se α ≤ α 1, sendo:
  H tot. N k /( Eci .IC )
1  0,2  0,1 n se n ≤ 3;
1  0,5 ; 0,6 ; 0,7 , se n ≥ 4, para estruturas de contraventamento em edifícios compostas,
somente por pórticos; ou associações de pórticos e pilares-parede; ou somente pilares-parede.
n – número de andares acima da fundação ou de um nível pouco deslocável do subsolo;
Htot – altura total da estrutura em metros, medida a partir do mesmo nível de referência;
Nk – valor característico da soma de todas as cargas verticais atuantes na estrutura, também
computadas acima do mesmo nível de referência;
Ic – inércia de um pilar equivalente, com seção constante, engastado na base e livre no topo,
com comprimento igual a Htot, que quando submetido à combinação de cargas preponderante para o
projeto da estrutura, forneça o mesmo deslocamento horizontal no topo.
Eci – módulo de elasticidade do concreto, que pode ser tomado como o tangente inicial,
conforme estabelecido no item 15.5.2.

30
4.2.2.2 Critério do coeficiente γz
É definido um coeficiente γz de importância dos esforços de segunda ordem globais, a ser
aplicado para estruturas reticuladas de no mínimo quatro pavimentos. Para uma determinada
combinação de cargas:
1
z 
M tot ,d
1
M tot ,d
Mtot,d – momento de tombamento, soma dos momentos provocados por todas as forças
horizontais da combinação considerada, com seus valores de cálculo, em relação à base da estrutura;
ΔMtot,d – acréscimo de segunda ordem no momento de tombamento, soma dos momentos
correspondentes aos produtos das forças verticais da combinação considerada, com seus valores de
cálculo, vezes os deslocamentos horizontais de seus respectivos pontos de aplicação, obtidos em uma
análise de 1ª ordem.
Nesta avaliação, os seguintes valores de rigidez devem ser tomados:
- Vigas: (EI)sec = 0,4 . Ec . Ic (caso usual em que as armaduras das vigas não são simétricas);
- Pilares: (EI)sec = 0,8 . Ec . Ic
Nestas definições, Ec é o valor representativo do módulo de deformação secante, igual ao Ecs
majorado em 10% e Ic é o momento de inércia da seção bruta do concreto.
Se γz ≤ 1,1 , a estrutura é considerada como de nós fixos.
Deve ser evitada uma situação em que γz > 1,3 , o que indica uma deformabilidade excessiva da
estrutura. Neste caso, análises muito complexas, envolvendo análises não-lineares física e geométrica
devem ser aplicadas, tendo em vista que os métodos simplificados aceitos pela Norma não poderão ser
aplicados.
4.2.2.3 Exemplo: análise dos efeitos globais de segunda ordem em um prédio
- Critério do parâmetro de instabilidade
q = 1 kN/m2. 30 m = 30 kN/m
30m 20x3m= Nk = 10 kN/m2. 20 pav. 10m . 30m = 60000kN
H=60m Supondo na cobertura o deslocamento δ= 0,06m
q.H 4
 ; fck = 25 MPa ; Eci = 28000MPa
8.Eci .I c

10m 1kN/m2 Ic = 28,9 m4 ; Eci.Ic = 8,1.108 kN.m2


60000
PLANTA VISTA   60.  0,516  1  0,5 ( n  4) - Não OK!
8,1.108
- Critério do coeficiente γz
M d  1,4.N k .med  1,4.60000. 0,06 2  2520kN.m
q.H 2 30.602 1
M tot,d   f .  1,4.  75600kN.m;  z   1,034  1,1  nós fixos
2 2 1  2520 75600
 Imperfeiçõ es geométrica s globais
1 1 1 1 11 3 1
1   ; 1, min  ; A  .  ; Por pavimento : N d  1,4.3000  4200kN
100 60 774 300 300 2 367
max  60m / 367  0,1635m; M d  N d . i  4200.0,1635.( 20 / 20  19 / 20  ...  1 / 20)  7209,8kN.m
(igual a 9,5% do vento, não é necessária a superposição dos dois efeitos)

31
4.3 Métodos de análise dos efeitos de 2a ordem
4.3.1 Flambagem elástica
Considere-se uma barra birrotulada de comprimento l, submetida a uma força de compressão P,
com excentricidade e. A barra tem liberdade para se deslocar horizontalmente. O sistema de eixos XY
está posicionado na posição final deformada da barra. δ é o deslocamento máximo, na posição final
deformada, do ponto do centro do eixo.
A relação momento-curvatura da Resistência dos
Materiais pode ser escrita na forma abaixo, sendo o sinal do
momento definido de forma a ter compatibilidade com o
sinal da curvatura:
d2y
EI 2   M  P.( e    y ) ou:
dx
2
d y P
2
 k 2 y  k 2 .(e   ) com k 2 
dx EI
A solução é da forma abaixo, que pode ser verificada
por substituição:
y  ( e   ).( 1  cos kx )

Em x =l /2 deve-se ter y( l / 2 )   , o que leva a:


kl
e ( 1  cos )
 2 e y  e ( 1  cos kx )
kl kl
cos cos
2 2
Verifica-se então que, mesmo para valores infinitesimais de excentricidade e, a deformada fica
kl kl 
instável (o que se chama de flambagem elástica) para valores de cos  0 , ou seja,  ( 2n  1 ) .
2 2 2
Na prática, só há interesse no valor n = 0, o que leva a kl   .
P  2 EI
Como k 2  , Pcrit  2 , sendo Pcrit o valor da força normal que leva à instabilidade.
EI l
Pode também ser definida uma tensão de instabilidade:
P  2E  2E I
 crit  crit   , sendo i o raio de giração na direção considerada, i  e  o
A (l / i ) 2
 2
A
l
índice de esbeltez   .
i
Os índices de esbeltez λ, no caso de seções retangulares, nas duas direções, são definidos como:

.d 4 4 l l
Nas seções circulares: i  . ;  x  e  4. e
64 .d 2
i d

A flambagem no concreto não é só geométrica, envolve também a não linearidade física.


32
4.3.2 Índice de esbeltez

Para efeito da aplicação da NBR 6118, os trechos de pilar são considerados como bi-rotulados:

Na definição do comprimento equivalente le é considerada a situação geométrica abaixo:

4.3.3 Análise de estruturas de nós fixos e de nós móveis.

Nas estruturas de nós fixos, todos os elementos podem ser analisados como isolados, ou seja,
como vinculados aos elementos estruturais que concorrem em suas extremidades. Aos efeitos de 1ª
ordem determinados em uma análise estrutural, devem ser somados os efeitos locais de 2ª ordem,
conforme explicitado a seguir. Os efeitos localizados de 2ª ordem surgirão em pilares parede.
Nas estruturas de nós móveis, aos efeitos de 1ª ordem devem ser somados os efeitos globais e
locais de 2ª ordem. Nos casos em que γz ≤ 1,3 , os efeitos globais de 2ª ordem podem ser avaliados
através da multiplicação dos efeitos de 1ª ordem das cargas horizontais por 0,95.γz. A estes efeitos
majorados somam-se os efeitos locais de 2ª ordem, da mesma forma que é feito para as estruturas de
nós fixos.

4.3.4 Análise dos pilares em função de sua esbeltez

Os métodos de cálculo aplicáveis aos pilares dependem de seu índice de esbeltez em cada uma
das duas direções. Os métodos simplificados prescritos pela NBR 6118 pressupõem pilares de seção
constante e armadura constante ao longo do eixo.

33
4.3.4.1 Pilares muito curtos (λ ≤ 35) e curtos (35 ≤ λ ≤ λ1)

Para os pilares muito curtos, nenhuma verificação de efeitos de segunda ordem precisa ser feita.
Para a avaliação da necessidade desta verificação em pilares curtos, define-se o parâmetro λ1,
que depende do valor dos momentos nas extremidades do pilar, variando entre 35  1  90 .
Os esforços locais de 2ª ordem em elementos isolados podem ser desprezados quando o índice
de esbeltez em uma direção for inferior ao valor limite λ1:
25  12,5.e1 / h M
1  , onde: 35  1  90 e e1 é a excentricidade de 1ª ordem: e1  A
b N
Os valores de  b são avaliados como:
a) Para pilares biapoiados sem cargas transversais:
M
1,00   b  0,60  0,40. B  0,40
MA
Onde MA e MB são os momentos de 1ª ordem nos extremos do pilar, na direção considerada.
Considerar que MA é o momento de maior valor absoluto e que os dois momentos têm o mesmo sinal
quando tracionarem o mesmo lado do pilar.

Definição do parâmetro αb
1
αb

0,5 NB-1
Teórico

0
-1 -0,5 0 0,5 1
β=MB/MA
MA  MB M C   b .M A
b) Para pilares bi-apoiados com cargas transversais significativas ao longo de seu
comprimento:
 b  1,00
c) Para pilares em balanço:
M
1,00   b  0,80  0,20. B  0,85
MA
d) Para pilares em que os momentos de 1ª ordem são menores que o momento mínimo
definido no item 5.1.3.2:
 b  1,00
Neste último caso, a verificação à flexão oblíqua pode ser substituída por duas verificações de
flexão composta reta, considerando-se o momento máximo em uma direção simultaneamente com o
momento nulo na outra, e vice-versa. Considerar, neste caso, que a excentricidade adicional não
ocorrerá com seu valor máximo simultaneamente nas duas direções.

34
4.3.4.2 Pilares medianamente esbeltos: λ1 ≤ λ ≤ 90
Para estes pilares, considerando que tenham seção constante e armadura simétrica constante ao
longo de seu eixo, dois métodos aproximados baseados no pilar-padrão podem ser empregados, ver
NBR 6118, item 15.8.3.3.
4.3.4.2.1 O Pilar-Padrão
No pilar padrão, a linha deformada real é substituída pela senóide definida como:

  .x 
y( x )  y max .sen 
 le 

Da Geometria Diferencial, a curvatura do pilar deformado é dada aproximadamente por:


1 2 y  2   .x  2
2
1 le 1
 2  2 ymax .sen  
 , ou  y , ou y  .
x 
2 max max 2
r le  e 
l r max l e
r max
Considerando-se a seção central fletida, em um
Nd trecho infinitesimal ds:
Y  d 
CD = (r + z) dφ = EF + z dφ  ds.1  z 
 ds 
y le/2
 d 1
CD = ds.1   s  , então: s  
ymax z ds r
le/2 Como, por semelhança de triângulos:
s s  c 1
  , tem-se:
z d r
Nd 1 s c
X 
r d

c dφ

r
d E F

A1
C D
s ds

As

35
4.3.4.2.2 Método do Pilar-Padrão com curvatura aproximada
A NBR 6118 considera, neste método, um momento de segunda ordem igual a Nd.ymax.
Arredondando-se π2 para 10, o momento total máximo no pilar pode ser calculado pela expressão:
2

M d ,tot   b .M 1d ,A  N d . e .  M 1d ,A e M 1d ,MIN 
l 1
10 r
O valor da curvatura 1/r na seção crítica é avaliado pela expressão aproximada:
1 0,005 0,005
  (estas duas condições prevalecem quando,   0,5 e   0,5 )
r h.(  0,5 ) h

Nestas expressões, h é a altura da seção na direção considerada e   N Sd /( Ac . f cd ) .

4.3.4.2.3 Método do Pilar-Padrão com rigidez κ aproximada


Este método busca uma avaliação mais precisa para a curvatura.
De acordo com o item 15.3.1 da NBR 6118, a rigidez secante (EI)sec é definida como a relação
entre momento e curvatura, para um certo nível de força normal:
M
( EI )sec  Rd
1/ r

A Norma define a rigidez secante adimensional  como:


( EI )sec M Rd
  , já que Ac é a área de concreto (válido para pilares retangulares)
Ac h f cd ( 1 / r ).b.h 3 . f cd
2

O momento total máximo no pilar, incluindo os efeitos de 2ª ordem pode ser calculado a partir
da majoração do momento de 1ª ordem pela expressão:

 b .M 1d , A
M d , tot   M 1d , A e M 1d , MIN 
2
1
120 / 

O valor da rigidez adimensional aproximada κ é dado pela expressão:

 M d ,tot 
  32.1  5.  . , sendo   N Sd /( Ac . f cd ) .
 h.N d 

As grandezas têm o mesmo significado definido acima. Nd entra com sinal positivo na
compressão.
A substituição de segunda equação na primeira conduz a uma equação de segundo grau tendo
como incógnita Md, tot:

A (Md, tot)2 + B (Md, tot) + C = 0


2
N d .le
A  5.h ; B  h . N d 
2
 5.h. b M 1d ; C   N d .h 2 . b M 1d
320

Com isso, é evitado o cálculo interativo citado pela NBR 6118.


No caso de pilares submetidos à flexão composta oblíqua, a aplicação do Método do Pilar-
Padrão com curvatura aproximada não é permitida. O Método do Pilar-Padrão com rigidez κ
aproximada pode ser aplicado simultaneamente nas duas direções, quando λ ≤ 90.

36
4.3.4.3 Pilares esbeltos (90 ≤λ≤ 140)
Para estes pilares é obrigatória a consideração da fluência, de acordo com o item 15.8.4 da
NBR 6118. É permitido o uso do pilar padrão melhorado, conforme o item 15.8.3.3.4 da Norma.
O roteiro de cálculo abaixo deve ser seguido, de acordo com o item 15.3.1 da NBR 6118. É
reproduzida a seguir a Figura 15.1 da NBR 6118, que ilustra o procedimento recomendado (γf 3 =1,1).

As relações entre momento e curvatura são obtidas, por exemplo, pelo programa M-K-UFRJ,
desenvolvido pelo Engº Fábio Orsini, com base nos diagramas tensão-deformação do concreto e do
aço definidos na NBR 6118, conhecidas as resistências de cálculo do concreto e do aço, as armaduras e
as dimensões da seção transversal.
A curva tracejada, obtida com os valores de cálculo usuais das resistências do concreto e do
aço, é utilizada para definir o momento fletor resistente MRd em função de NSd. A curva cheia é obtida
substituindo-se a resistência do concreto 0,85 fcd por 1,1 fcd, para a força normal de cálculo igual a
NSd/1,1. A rigidez secante é obtida na segunda curva para o momento de cálculo igual a MRd/1,1. A
curva cheia AB, a favor da segurança é linearizada pela reta AB.
A rigidez secante adimensional κ e o momento total no pilar são, conforme já definido:
 b .M 1d , A
 M 1d , A e M 1d , MIN 
M / 1,1 ( EI )sec
( EI ) sec  Rd ;  ; M d , tot 
1/ r 2
Ac h f cd 2
1
120 / 
A fluência é considerada através de uma excentricidade adicional ecc, a ser adicionada à
excentricidade de primeira ordem e1 , conforme definido a seguir:
N Sg
10E ci I c  
Ne  ; e  e . 2,718
N e  N Sg
 1; e  M Sg  e ;
2 cc 1  1 a
e N Sg
 
ea é a excentricidade devida a imperfeições locais, conforme Figura 11.2 da NBR 6118;
Msg e Nsg são os esforços solicitantes devidos à combinação quase permanente, ver Tabela 11.4
da NBR 6118;
 é o coeficiente de fluência; tem sido correntemente tomado igual a 2,00.
Ic é a inércia da seção na direção considerada.
A consideração do efeito de 2a ordem deve ser feita conforme os procedimentos já descritos,
sendo a excentricidade de primeira ordem e1 previamente acrescida de ecc.
4.3.4.4 Pilares muito esbeltos (140 ≤ λ ≤ 200)
Para estes pilares é também obrigatória a consideração da fluência, de acordo com o item
15.8.4 da NBR 6118. O método geral, descrito no item 15.8.3.2 da Norma deve ser seguido. A análise
dos pilares muito esbeltos transcende os objetivos deste curso.
37
4.4 Pilares-parede.
Os pilares-parede são aqueles em que a maior dimensão excede cinco vezes a menor. A
verificação para momentos mínimos segue o mesmo critério aplicado nos pilares usuais; do ponto de
vista prático, é suficiente a verificação em torno do eixo de menor inércia do pilar. Na verificação para
momentos aplicados deve-se considerar que estes momentos atuarão de forma localizada, apenas em
um trecho do pilar. Este trecho é definido com os critérios definidos a seguir.
4.4,1 Dispensa de análise dos efeitos localizados de 2ª ordem.
De acordo com o item 15.9.2 da NBR 6118, em cada trecho do pilar parede pode ser verificada
a dispensa para a verificação dos efeitos localizados de 2ª ordem se:
- a base e o topo de cada trecho estiverem convenientemente fixados às lajes do edifício e se
estas conferirem ao conjunto o efeito de diafragma horizontal;
- a esbeltez λi de cada trecho, avaliada de acordo com a expressão a seguir, for inferior a 35:
l
i  3,46. ei , sendo:
hi
hi a espessura da peça e lei o comprimento equivalente, avaliado conforme definido abaixo:

Se o topo e a base puderem ser considerados como engastados e l b  1 , os valores de λi podem


ser multiplicados por 0,85.
4.4.2 Processo aproximado para avaliação dos efeitos localizados de 2ª ordem.
Nos trechos de pilares-parede em que i  90 pode ser aplicado o procedimento aproximado
aqui descrito para avaliação dos efeitos localizados de 2ª ordem. Para os efeitos locais, os mesmos
procedimentos aplicados para pilares usuais devem ser seguidos. Na análise dos efeitos localizados
com momentos mínimos, não é necessário se adotar valores de αb superiores a 0,6.
Os pilares-parede são decompostos em faixas verticais de comprimento ai, que serão analisadas
como pilares isolados, submetidos aos esforços Ni e Myid, sendo:
ai ≤ 3h ≤ 100 cm
N yid é a resultante das forças verticais na faixa i, determinada a partir da força linear nd ( x ) , que
é avaliada em função de Nd e M1xd. Os valores extremos de nd ( x ) são avaliados como:
38
N d 6M 1xd
nd ,max , nd ,min = 
b b2
M yid  m1 yd .ai é o momento fletor atuante na faixa i; m1 yd é o momento por metro atuando na
direção yy.

4.5 Verificação ao cisalhamento.


É considerado o Modelo de Cálculo I, de acordo com a NBR 6118, item 17.4.2.2:
Os estribos dos pilares são horizontais ( = 900).
A força cortante de cálculo máxima para efeito de compressão na biela (30   45) é:
VRd2 = 0,27 (1- fck /250) fcd bw d
Armadura transversal na flexão simples:
A sw
.0,9.d.f ywd  VSd  VC
s
VC = 0 em elementos tracionados quando a linha neutra está fora da seção
VC = VC0 na flexão simples e flexo-tração, quando a linha neutra está na seção.
VC = VC0 (1 + M0 / Msd max) ≤ 2 VC0 na flexo-compressão.
VC0 = 0,6 fctd bw d
Msd,max é o valor do momento fletor de cálculo máximo no trecho analisado
M0 é o valor do momento que anula a compressão na borda da seção tracionada por Msd, max,
calculada com γf = 1,0 :
N .h
M0  k
6
2/3
fctd = fctk,inf /  c ; fctk,inf = 0,7 fct,m ; fct,m = 0,3 fck (MPa)
Segundo o item 17.4.1.1.2 da NBR6118, a armadura mínima de cisalhamento pode ser
dispensada se a tensão de tração avaliada no Estádio I, para a combinação mais desfavorável no estado
limite último, não ultrapassar fctk e também se VSd ≤ VC.
Um exemplo de verificação a cisalhamento é apresentado no item 6.8. Utilizando este mesmo
exemplo, de forma que resulte em uma armadura menor que a mínima, considere-se VSd = 95 kN.
Para um estribo de 8 mm, têm-se Asw = 2.0,503 = 1,006 cm2 (duas pernas).
A sw
.0,9.d.f ywd  VSd  VC
s
1,006.0,9.0,11.50 1,15
s  0,082m
95  42,3
Estribo de 8 mm cada 7,5 cm.
39
5. DETALHAMENTO DOS PILARES E PILARES-PAREDE
5.1. Cobrimentos
As armaduras devem ser protegidas contra a corrosão durante a vida útil de uma estrutura. A
proteção das armaduras é função da qualidade do concreto (compacidade e impermeabilidade) e da
espessura dos cobrimentos. Observar que na definição da espessura do cobrimento devem-se
considerar as barras efetivamente mais externas da armadura, incluindo a eventual presença de
estribos, armaduras secundárias ou construtivas.
A compacidade do concreto depende da trabalhabilidade do concreto por ocasião de seu
lançamento e dos cuidados tomados no lançamento e na vibração. A impermeabilidade depende da
definição do fator água-cimento, adequado a cada construção e da dosagem do concreto, incluindo a
eventual utilização de aditivos e do adequado processo de cura.
As armaduras são protegidas da corrosão causada pela agressão de agentes externos nocivos,
mecanicamente, pela espessura do cobrimento e quimicamente, pelo fenômeno da passivação do aço.
Esta decorre da grande alcalinidade do concreto. Neste ambiente, é formada na superfície das barras de
aço, uma película passivadora, formada por uma camada microscópica de óxido de ferro, que impede a
corrosão. Existem dois mecanismos principais iniciadores da corrosão das armaduras:
- Despassivação do concreto por carbonatação, que é a despassivação da armadura pela ação do
gás carbônico da atmosfera sobre a armadura. O hidróxido de cálcio e outros reagem com o CO2
precipitando carbonato de cálcio. Aumenta com a relação água-cimento.
- Despassivação por ação de cloretos, que consiste na ruptura local da camada de passivação
por elevado teor de íon cloro.
A expectativa da despassivação do concreto a partir do cobrimento é de 2 cm em 50 anos e de
2,5 cm em 100 anos. Medidas preventivas consistem em dificultar o ingresso dos agentes agressivos ao
interior do concreto. O adequado cobrimento das armaduras e o controle da fissuração minimizam este
efeito.
A definição dos cobrimentos adequados a cada construção deverá, portando considerar
características específicas da obra e a agressividade do meio ambiente. Segundo a NBR 6118, item
7.4.7, os cobrimentos a serem considerados na construção são os cobrimentos nominais (cnom), sendo
esta grandeza definida como:

cnom = c + cmin

c é a tolerância de execução, igual a 10mm nas obras correntes.


cmin é o cobrimento mínimo a ser aceito na construção, definido pela Norma, em suas Tabelas
6.1 e 7.2, em função da classe de agressividade ambiental a que a estrutura está exposta. A Norma
define os seguintes valores para cnom (com cnom ≥ ø barra):
cnom = 20 mm (lajes) ou cnom = 25 mm (vigas ou pilares) - (Classe I – Peças submersas; peças
em zona rural; peças em zona urbana com ambientes internos secos: salas, dormitórios, banheiros,
cozinhas e áreas de serviço em edificações residenciais e comerciais ou em ambientes com concreto
revestido com argamassa e pintura; peças em zonas urbanas em regiões de clima particularmente seco,
conforme definição da Norma: umidade relativa média anual inferior a 65% e ambiente protegido da
ação direta da chuva).
cnom = 25 mm (lajes) ou cnom = 30 mm (vigas ou pilares) - (Classe II – Peças em zona urbana
não enquadradas na Classe I, como em ambientes internos úmidos ou com ciclos de molhagem e
secagem: vestiários, banheiros, cozinhas e lavanderias industriais e garagens; peças em zona marinha
ou industrial com ambientes internos secos: salas, dormitórios, banheiros, cozinhas e áreas de serviço
em edificações residenciais e comerciais; peças em zonas industriais em regiões de clima
particularmente seco).

40
cnom = 35 mm (lajes) ou cnom = 40 mm (vigas ou pilares) - (Classe III - Peças em zona marinha
ou industrial com ambientes internos úmidos ou com ciclos de molhagem e secagem: vestiários,
banheiros, cozinhas e lavanderias industriais e garagens).
cnom = 45 mm (lajes) ou cnom = 50 mm (vigas ou pilares) - (Classe IV – Peças em zona
industrial em ambientes quimicamente agressivos; peças sujeitas a respingos de maré).
As definições das diversas Classes encontram-se resumidas na tabela a seguir.

Outras condições climáticas


Clima Ambientes internos secos ou Ambientes
particularmente internos com revestimento externos ou
seco de argamassa e pintura internos úmidos
Peças submersas I I I
Zona rural I I I
Zona urbana I I II
Zona industrial II II III
Zona marinha III II III
Zona industrial com ambiente IV III IV
particularmente agressivo.
Zona com respingos de maré IV IV IV

5.2. Fenômeno da aderência.


A viabilidade do concreto armado é assegurada pela aderência entre o concreto e o aço, que
impede o escorregamento da armadura com relação ao concreto que a envolve, assim como garante a
transferência de forças e tensões entre os dois materiais. A aderência tem basicamente três parcelas:
adesão, por atrito e mecânica.

A aderência entre o aço e o concreto é medida experimentalmente, em ensaios de arrancamento


de barras de aço de um bloco de concreto.
Considera-se, por simplicidade, que ocorra uma distribuição simplificada uniforme, de tensões
de aderência fbd, entre o concreto e o aço. Supondo que o comprimento de ancoragem é lb, e que haja
ruptura simultânea por escoamento da barra e por aderência da barra no concreto, pode-se escrever a
expressão:
. 2 .f
.f yd  (..l b ).f bd ou l b  yd
4 4.f bd
Os valores a serem tomados para fbd são definidos no item 9.3.2.1 da NBR 6118:
fbd = 1 2 3 fctd

41
Os valores a serem tomados para 1 são de 1,0 , 2,25 e 1,4 , respectivamente para os aços CA-
25, CA-50 e CA-60; os valores a serem tomados para 2 são de 1,0 e 0,7 , respectivamente para
situações de boa e má aderência; os valores a serem tomados para 3 são de 1,0 para bitolas até 32 mm
e de 3 = (132 - )/ 100 para bitolas  superiores a 32 mm. Pode-se definir fctd pelas expressões do item
8.2.5 da Norma:
2/3
fctd = fctk,inf /  c fctk,inf = 0,7 fct,m fct,m = 0,3 fck (MPa)
5.3. Zonas de boa e má aderência
Todas as barras devem ser ancoradas no concreto para garantir que possam resistir, com
segurança, aos esforços para as quais foram calculadas. Além das características das barras, a
qualidade do concreto na zona de ancoragem é também importante para se garantir uma boa aderência.
A NBR 6118 identifica duas situações distintas (zonas de boa e de má aderência), para a consideração
da aderência entre o aço e o concreto. Estas duas situações estão associadas a condições mais ou
menos favoráveis para a vibração e o adensamento do concreto, reconhecendo-se que, no caso de
peças concretadas horizontalmente, a perda de água durante a pega (exudação) é mais intensa nas
regiões superiores das peças (ver NBR 6118, item 9.3.1).
São consideradas como pertencentes às zonas de boa aderência as barras com inclinação não
inferior a 450 com a horizontal e as barras com inclinação inferior a 45 0 com a horizontal, localizadas a
não mais de 30 cm da face inferior da peça ou junta de concretagem (peças com menos de 60 cm) ou a
mais de 30 cm da face superior (peças com mais de 60 cm). As demais são consideradas como
pertencentes às zonas de má aderência. As barras verticais dos pilares e pilares-parede podem,
portanto, ser sempre consideradas como pertencentes a zonas de boa aderência.
5.4. Ancoragem
Todas as barras devem ser ancoradas no concreto para garantir que possam resistir, com
segurança, às forças que as solicitam. O mecanismo de transmissão de forças do aço para o concreto
introduz tensões de tração transversais no concreto é esquematizado na figura abaixo:

Estes esforços transversais tendem a destruir a ligação existente entre os dois materiais,
prejudicando a eficiência da ancoragem. Esta pode ser então melhorada, com a redução da fissuração
transversal, pela presença de compressão transversal (por exemplo, nas zonas de apoio das bielas
inclinadas de compressão do concreto), por um cintamento helicoidal ou por uma armadura transversal
de costura.
O comprimento de ancoragem é de (NBR 6118, item 9.4.2.5):
.f yd
lb,nec = 1 lb As calc /As,ef  lb,min onde: lb 
 25
4.f bd
O comprimento de ancoragem básico lb pode, então, ser reduzido na relação entre a área de
armadura calculada As calc e a área existente As,ef . O comprimento de ancoragem adotado lb,nec não
pode ser, no entanto, inferior a lb,min que é o maior entre os valores: 0,3 lb, 10 e 10cm.
A presença de ganchos padronizados permite a aplicação do coeficiente 1, no comprimento de
ancoragem, igual a (1,0 ou 0,7) nos casos respectivamente da ausência de ganchos, ou na sua presença
com cobrimento mínimo no plano normal ao do gancho, de 3.
Nos casos das barras de alta aderência, age basicamente a ancoragem mecânica nas nervuras,
que não é destruída pelo incipiente escorregamento longitudinal, impedido pela ação dos ganchos.
Nestes casos, os ganchos são menos importantes. As ancoragens nos estribos são garantidas através de
seus ganchos.
42
As barras comprimidas serão ancoradas com barras sem ganchos, prejudiciais nestes casos,
pelas concentrações de tensões que introduzem nas extremidades das barras. O comprimento de
ancoragem é o mesmo das barras tracionadas. Esta definição de norma é conservadora, já que na
ancoragem de barras comprimidas, existe maior integridade do concreto, em virtude da compressão no
sentido longitudinal da ancoragem e pela resistência na ponta das barras. Esta pode ser significativa,
pois a resistência do concreto carregado em áreas parciais pequenas atinge valores elevados.
As trações transversais presentes ao longo do comprimento de ancoragem devem ser
consideradas, exceto quando houver compressão suficiente no concreto na zona de ancoragem, o que é
o caso de ancoragens comprimidas transversalmente por reações de apoio. Podem-se considerar estas
trações como resistidas pelo próprio concreto, desde que haja um cobrimento mínimo da barra
ancorada de 3 e que a distância entre as barras ancoradas seja pelo menos igual a 3 (NBR 6118, item
9.4.1.1). Caso contrário, para barras de diâmetro inferior a 32 mm, deve ser disposta armadura, ao
longo do comprimento de ancoragem, capaz de resistir a 25% do esforço ancorado em uma das barras.
Todas as barras transversais à região de ancoragem, como os estribos, podem ser computadas nesta
armadura. Para barras de diâmetro igual ou superior a 32 mm, o item 9.4.2.6.2 da Norma deve ser
consultado.
5.5. Emendas por traspasse
Da mesma forma que para as ancoragens, as emendas por traspasse introduzem tensões de
tração transversais no concreto:

Estas tensões são maiores nas barras de maior diâmetro. Não são permitidas emendas por
traspasse para bitolas maiores que 32 mm nem em tirantes ou pendurais. Os comprimentos de emenda
são determinados com as mesmas hipóteses e tem os mesmos valores numéricos dos comprimentos de
ancoragem. No entanto, devido ao efeito prejudicial das tensões transversais, mais ou menos críticas
em função do arranjo das emendas, ou seja, da distância entre elas e da percentagem das barras
emendadas em uma única seção, é introduzido um fator 0t, definido na Tabela 9.4 da Norma, abaixo
parcialmente reproduzida, que majora os comprimentos de ancoragem em barras tracionadas.

O comprimento de traspasse de barras tracionadas é de (NBR 6118, item 9.5.2.2.1):


l0t = 0t lb,nec  l0t min onde lb,nec tem a mesma definição dada para as ancoragens
O comprimento de traspasse adotado l0t não pode ser inferior a l0t min , que é o maior entre os
valores: 0,3 0t lb, 15 e 20cm. No caso das barras terem diâmetro diferente, o comprimento de
traspasse deve ser calculado pela barra de maior diâmetro. Nos casos usuais em que o carregamento é
predominantemente estático, a porcentagem máxima de barras emendadas em uma única seção é
definida na Tabela a seguir.
43
As barras comprimidas podem ser todas emendadas em uma única seção. O comprimento de
traspasse de barras comprimidas é de (NBR 6118, item 9.5.2.3):
l0C = lb,nec  l0C min
O comprimento de traspasse adotado l0C não pode ser inferior a l0C min, que é o maior entre os
valores: 0,6 lb, 15 e 20 cm.
Deverá sempre haver armadura transversal às emendas por traspasse. No caso usual em que a
percentagem de barras emendadas em uma mesma seção for maior ou igual que 25%, esta armadura
deverá ser capaz de resistir a uma força igual à de uma barra emendada. Esta armadura deverá ser
distribuída nos terços extremos das emendas, com espaçamento máximo de 15 cm.
A armadura deverá ser fechada, se a distância livre entre as duas barras mais próximas de duas
emendas em uma mesma seção for menor ou igual que 10. Adicionalmente, nas emendas de barras
comprimidas, uma das barras transversais, em cada lado da emenda, deverá estar posicionada 4 além
de cada extremidade da emenda (ver NBR 6118, itens 9.5.2.4.1 e 9.5.2.4.2).

5.6. Detalhamento dos pilares


 NBR 6118, item 18.4.1 - Nos pilares, a maior dimensão não excederá cinco vezes a menor.
 Item 13.2.3 - a menor dimensão dos pilares e pilares-parede não será inferior a 19 cm.
Excepcionalmente, dimensões entre 14 cm e 19 cm podem ser utilizadas, devendo ser aplicado
o coeficiente adicional de cargas γ n. Em nenhum caso o pilar poderá ter seção transversal
inferior a 360 cm2.
 Item 17.3.5.3 - A área mínima de armadura dos pilares deve atender às duas condições:
As, min = (0,15 Nd /fyd) e As, min = 0,4% Ac
 A percentagem máxima de armadura é de 8% da seção real de concreto, inclusive no trecho das
emendas, o que na prática limita esta percentagem a 4%, a menos quando utilizadas emendas
mecânicas.
 Item 18.4.2 - a armadura longitudinal deve ter bitola de pelo menos 10 mm, não superior a 1/8
da menor dimensão da seção transversal. No contorno dos pilares, a armadura vertical deverá
ter espaçamento máximo de 40 cm e de duas vezes a menor dimensão no trecho considerado; o
espaçamento mínimo livre entre as faces das barras, inclusive na região das emendas, será o
maior valor entre 2 cm, o diâmetro da barra e 1,2 vezes o diâmetro do agregado graúdo. Os
estribos cobrirão toda a altura do pilar, inclusive a região de cruzamento com as vigas. Seus
diâmetros deverão ser de pelo menos 5 mm e de 1/4 do diâmetro da armadura principal. Seu
espaçamento não excederá nenhum dos valores: 20 cm, menor dimensão da seção, 24 para
CA-25 e 12 para CA-50 ( - diâmetro da armadura principal).
 Item 18.2.4 - os estribos retangulares usuais protegerão contra a flambagem da armadura
longitudinal, além das barras dos cantos, mais duas barras em cada face do pilar, desde que a
mais distante delas esteja no máximo a 20  t (  t – diâmetro do estribo) do canto do estribo.
Para as barras não cobertas, deverão ser colocados estribos adicionais, aos quais se aplicará a
mesma regra enunciada. No caso da utilização de grampos suplementares em lugar de estribos
adicionais, todas as barras não cobertas deverão ser envolvidas.

44
5.7. Detalhamento dos Pilares-parede
 Item 18.5 - os pilares-parede devem atender aos requisitos de detalhamento definidos para os
pilares. Se houver flexão transversal, os requisitos definidos para lajes se aplicam. A armadura
secundária, perpendicular às cargas, deve ter seção transversal de pelo menos 25% da principal.

5.8. Exemplo de armadura mínima em pilar (Pilar de 40 x 100).

45
6. EXEMPLO NUMÉRICO COMPLETO
Serão dimensionados os pilares do 1º pavimento do edifício esquematizado abaixo.

6.1. Planta e elevação do edifício

46
6.2. Cargas e reações
6.2.1. Cargas consideradas nas vigas:
V1, V3, V4, V6 – p = 12 kN/m
V2, V5 – p = 36 kN/m
Os pilares são considerados como contraventados, sendo os momentos atuantes decorrentes do
engastamento das vigas nos pilares.
6.2.2. Análise das vigas:
Considerando inicialmente as vigas como engastadas nos extremos:

p.L2
Ma  Mb  Mc  
12
V1 = V3: L = 4,995 m; M a  M b  M c  24,95kN.m ;

V2: L = 4,92 m; M a  M b  M c  72,61kN.m

V4 = V6: L = 5,045 m; M a  M b  M c  25,45kN.m ;

V5: L = 5,02 m; M a  M b  M c  75,60kN.m

6.2.3. Momentos mínimos nos pilares extremos:


Considerando-se que os pilares têm a mesma seção, ao longo da altura do prédio, teremos a
avaliação aproximada dos momentos:
rsup
M sup  M inf  M eng. ; ri = Ii / Li (inércia/comprimento, sendo que para os pilares é
rvig  rinf  rsup
considerado a metade do comprimento)

Cálculos de Msup = Minf (conservadoramente, as vigas não são consideradas como “T”).

b.h 3 / 12 0,15.0,50 3 / 12
V1, V3: rvig    0,0003128m 3
Li 4,995
b.h 3 / 12 0,15.0,253 / 12
rsup  rinf    0,0001347m 3
Li 1,45
0,0001347
M sup  M inf  24,95.  5,77kN.m; M vig  11,55kN.m
0,0003128  2.0,0001347
Com este momento na viga, as reações são:
pl  (M b  M a ) 12,0.4,995  (24,95  11,55)
Ra  Rc      27,3kN
2 l 2 4,995
R b  2.p.l  2.R a  2.12,0.4,995  2.27,3  65,3kN

47
Diagrama final de momentos no vão a e nos pilares:

b.h 3 / 12 0,20.0,603 / 12
V2: rvig    0,000732m 3
Li 4,92
b.h 3 / 12 0,20.0,40 3 / 12
rsup  rinf    0,000736m 3
Li 1,45
0,000736
M sup  M inf  72,61.  24,25kN.m; M vig  48,49kN.m
0,000732  2.0,000736
Reações: Ra  Rc  83,7kN; Rb  186,9kN
b.h 3 / 12 0,15.0,50 3 / 12
V4, V6: rvig    0,0003097m 3
Li 5,045
b.h 3 / 12 0,153.0,25 / 12
rsup  rinf    0,0000485m 3
Li 1,45
0,0000485
M sup  M inf  25,45.  3,03kN.m; M vig  6,07kN.m
0,0003097  2.0,0000485
Reações: Ra  Rc  26,4kN; Rb  68,2kN
b.h 3 / 12 0,20.0,603 / 12
V5: rvig    0,000717m 3 ;
Li 5,02
b.h 3 / 12 0,20 3.0,40 / 12
rsup  rinf    0,000184m 3
Li 1,45
0,000184
M sup  M inf  75,6.  12,82kN .m; M vig  25,64kN .m
0,000717  2.0,000184
Reações: Ra  Rc  80,4kN; Rb  200,6kN
6.2.4. Cargas nos pilares, incluindo o peso próprio:
Em um pavimento:
P1=P3=P7=P9 – N = - (25.2,90. 0,15. 0,25+27,3+26,4) = - 56,4 kN
P2=P8 – N = - (25.2,90. 0,20. 0,40+65,3+80,4) = - 151,5 kN
P4=P6 – N = - (25.2,90. 0,20. 0,40+83,7+68,2) = - 157,7 kN
P5 – N = - (25.2,90. 0,30. 0,50+186,9+200,6) = - 398,4 kN

48
Em cinco pavimentos:
P1=P3=P7=P9 – N = - 282,0 kN; Nd = 1,4 . 1,2 (-282,0) = - 473,8 kN
(considerado o fator adicional n = 1,95-0.05 b = 1,95 – 0,05. 15 = 1,20)
P2=P8 – N = - 757,5 kN; Nd = 1,4 . (-757,5) = - 1060,5 kN
P4=P6 – N = - 788,5 kN; Nd = 1,4 . (-788,5) = - 1103,9 kN
P5 – N = - 1992 kN; Nd = 1,4 . (-1992) = - 2788,8 kN
6.3. Dimensionamento de P1 = P3 = P7 = P9
6.3.1. Comprimento equivalente do pilar:
O comprimento equivalente le do pilar, em cada direção, é o menor entre os dois valores:
le = l0 + hpilar ou le = l0 + hviga

Para a direção XX:


le = 2,40 + 0,15 ou le = 2,40 + 0,50, então (le)x = 2,55m

Para a direção YY:


le = 2,40 + 0,25 ou le = 2,40 + 0,50, então (le)y = 2,65m
6.3.2. Cálculo dos índices de esbeltez:
le x 2,55
x  12  12.  58,89
h 0,15
le y 2,65
 y  12  12 .  36,72
b 0,25
6.3.3. Momentos mínimos de primeira ordem:
M1d, min,XX  Nd (0,015  0,03.h); M1d, min,YY  Nd (0,015  0,03.b)
Na direção xx (em torno de X): M 1dx,min  473,8.( 0,015  0,03.0,15 )  9,23kN.m
Na direção yy (em torno de Y): M 1dy,min  473,8.( 0,015  0,03.0,25 )  10,66kN.m
6.3.4. Momentos de cálculo advindos do engastamento das vigas (considerado o fator
adicional n = 1,20):
M1dx  1,4.1,2.3,03  5,09kN.m
M 1dy  1,4.1,2.5,77  9,69kN.m
6.3.5. Dimensionamento para os momentos mínimos:
25  12,5.e1x / h 25  12,5.0,0195 / 0,15
1x    26,6  1x  35 (considerar efeitos de 2ª ordem)
 bx 1,00
25  12,5.e1y / b 25  12,5.0,0225 / 0,25
1y    26,1 1y  35 (considerar efeitos de 2ª ordem)
by 1,00
 Cálculo dos efeitos de 2ª ordem para a direção xx pelo Método do Pilar-Padrão com curvatura
aproximada:
Avaliação do valor da curvatura 1/r na seção crítica pela expressão:

1 0,005 0,005 1 0,005 0,005 1


  ou     0,0276
r h.(  0,5 ) h r 0,15.( 0,707  0,5 ) 0,15 r

49
N Sd 473,8
Já que     0,707
Ac . f cd 0,15.0,25.25000 / 1,4
O momento total máximo é calculado pela expressão:
2
le 1 2,552
M d ,tot   b .M 1d ,A  N d . .  1,00.9,23  473,8. .0,0276  17 ,73kN .m
10 r 10
 Cálculo dos efeitos de 2ª ordem para a direção xx pelo Método do Pilar-Padrão com rigidez κ
aproximada:
Usando a formulação direta:

A (Md, tot)2 + B (Md, tot) + C = 0

A  5.h  5.0,15  0,75


2
N d .le 473,8.2,55 2
B  h 2 .N d   5.h. b .M 1d  0,15 2 .473,8   5.0,15.1,00.9,23  5,89
320 320
C   N d .h 2 . b .M 1d  473,8.0,15 2 .9,23  98,40
Md, tot = 16,03 kN.m

Será utilizado, somente nesta verificação, o momento obtido com o Método do Pilar-Padrão
com rigidez κ aproximada, que é a princípio é o mais preciso.
 Cálculo dos efeitos de 2ª ordem para a direção yy pelo Método do Pilar-Padrão com curvatura
aproximada:
Avaliação do valor da curvatura 1/r na seção crítica:

1 0,005 0,005 1 0,005 0,005 1


  ou     0,0166
r b.(  0,5 ) b r 0,25.( 0,707  0,5 ) 0,25 r
Já que   0,707 .
O momento total máximo é calculado pela expressão:
2
le 1 2,652
M d , tot  b .M1d , A  N d . .  1,00.10,66  473,8. .0,0166  16,18kN.m
10 r 10
 Verificações para a armadura selecionada:
A armadura selecionada (8 Φ 12,5 mm =
9,84 cm2) é verificada, considerando-se flexão
composta reta nas duas direções:
a) Nd = - 473,8 kN; Mxx = 16,03 kN.m;
b) Nd = - 473,8 kN; Myy = 16,18 kN.m.
As respectivas curvas de interação são
mostradas abaixo, nos sentidos X e Y,
respectivamente.

50
Curva de Interação (Nd x Md)
25

20

15
Md (kN.m)

As=0
As dado
10 Nd,Md

0
-1000 -800 -600 -400 -200 0 200 400

Nd (kN)

Curva de Interação (N d x Md)


40

35

30

25
Md (kN.m)

As=0
20
As dado
15
Nd,Md

10

0
-1000 -800 -600 -400 -200 0 200 400

Nd (kN)

6.3.6. Dimensionamento para os momentos de engastamento das vigas:


MA
 bx   by  0,60  0,40.  0,40 ;  bx   by  0,4
MA
25  12,5.e1x / h 25  12,5.( 5,09 / 473,8 ) / 0,15
1x    64,7 (não considerar efeitos de 2ªordem)
 bx 0,4
25  12,5.e1x / b 25  12,5.(9,69 / 473,8) / 0,25
1y    65,1 (não considerar efeitos de 2ª ordem)
bx 0,4

A verificação da flexão composta oblíqua é realizada com a expressão aproximada:


51
1, 2 1, 2
 Md,x   Md, y  1, 2
 5,09   9,69 
1, 2

         0,442  1
 M Rd, x   M Rd, y  19,4   31,8 

Já que os momentos atuantes são: Md,x = 5,09 kN.m e Md,y = 9,69 kN.m e os momentos
resistentes em flexão composta reta com o esforço normal Nd = -473,8 kN são:
MRd,x = 19,4 kN.m e MRd,y = 31,7 kN.m .
Resolução com o programa OBLÍQUA:

6.3.7. Verificação pelo Método do Pilar Padrão Melhorado


Apesar de não ser obrigatória para este pilar, já que o pilar é medianamente esbelto nas duas
direções, será apresentada, a título de exemplificação, a verificação pelo Método do Pilar Padrão
Melhorado para a situação crítica, que é Momento Mínimo, direção xx.
É processado o programa M-K-UFRJ com os seguintes parâmetros:
25 500 473,8
f cd  1,3.  23,214MPa; f yd   435MPa; NSd   430,7kN (positivo no programa)
1,4 1,15 1,1
19,4 1
Para: M Rd   17,63kNm;  0,02071m1
1,1 r
17,63 ( EI )sec 851,3
( EI )sec   851,3kN.m2 ;     56,50
0,02071 b.h f cd 0,25.0,153. 25000 1,4
3

52
b .M1d , A 1,00.9,23
M d , tot    14,45kN.m
x
2
58,892
1 1
 56,50
120. 120.
 0,707
Consideração da fluência:
M Sg 1 1
 0,0195m; H  14,5m;1   (OK , nós fixos )
N Sg 100. 14,5 381
1
ea  1.H i  .2,9  0,00761m
381
N Sg
 
ecc  e1. 2,718 e Sg  1; e1  0,0195  0,00761  0,02711m; Eci  5600. 25MPa  2,8.107 kPa
N N
 
 
0,25.0,15 3
10.Eci .Ic 10.2,8.107.7,03.105
Ic   7,03.10 5 m4 ;   2;  e  2,55m; N e  2
  3027kN
12 e 2,552
2.338, 4
473,8
N Sg   338.4kN; ecc  0,002711.(e 3027338, 4  1)  0,00776m;
1,4
M min  473,8.(0,0195  0,00776)  12,92kN.m
1,00.12,92
M d ,tot   20.23kN.m
58,89 2
1
56,50
120.
0,707
Este momento não é resistido pela seção, conforme pode ser verificado no ábaco da página
anterior. A armadura do pilar deveria ser redimensionada.
A saída gráfica e um trecho da listagem do programa M-K-UFRJ são apresentados na página
seguinte.
6.4. Dimensionamento de P2 = P8
6.4.1. Comprimento equivalente do pilar:
O comprimento equivalente le do pilar, em cada direção, é o menor entre os dois valores:
le = l0 + hpilar ou le = l0 + hviga

Para a direção XX:


le = 2,30 + 0,20 ou le = 2,30 + 0,60, então (le)x = 2,50m

Para a direção YY:


le = 2,40 + 0,40 ou le = 2,40 + 0,50, então (le)y = 2,80m
6.4.2. Cálculo dos índices de esbeltez:
le x 2,50
 x  12  12. 43,30
h 0,20
le y 2,80
 y  12  12 .  24,25 (não considerar efeitos de 2ª ordem)
b 0,40
6.4.3. Momentos mínimos de primeira ordem:
Na direção xx (em torno de X): M 1dx,min  1060,5.( 0,015  0,03.0,20 )  22,27kN.m
Na direção yy (em torno de Y): M 1dy,min  1060,5.( 0,015  0,03.0,40 )  28,63kN.m
53
17,63kN.m
20,71‰

==================================================================
* * * ANALISE NAO-LINEAR FISICA DE SECOES DE CONCRETO ARMADO * * *
==================================================================

SECAO TRANSVERSAL:
bw [cm] = 25.00
h [cm] = 15.00
fcd [MPa] = 23.21
fyd [MPa] = 435.00

DISPOSICAO DAS ARMADURAS:

CAMADA | As [cm2] | d [cm]

1 4.92 4.00
2 4.92 11.00

RESULTADOS DA ANALISE:

FORCA NORMAL [kN] | MOMENTO FLETOR [kN.m] | CURVATURA [1/1000.m] | kx (x/h) | EPS CONC [1/1000] | EPS ACO [1/1000]

-430.72 17.67 20.71828 0.66 -2.047 0.232


54
6.4.4. Momento de cálculo advindos do engastamento das vigas:
M 1dx  1,4.12,82  17,95kN.m
6.4.5. Dimensionamento para os momentos mínimos:
25  12,5.e1x / h 25  12,5.0,021 / 0,20
1x    26,3 1x  35 (considerar efeitos de 2ª ordem)
 bx 1,00
 Cálculo dos efeitos de 2ª ordem para a direção xx:
Será utilizado o Método do Pilar-Padrão com curvatura aproximada:

1 0,005 0,005 1 0,005 0,005 1


  ou     0,0201
r h.(  0,5 ) h r 0,20.( 0,742  0,5 ) 0,20 r
N Sd 1060,5
Já que     0,742
Ac . f cd 0,20.0,40.25000 / 1,4
O momento total máximo é calculado pela expressão:
2
l 1 2,50 2
M d ,tot   b .M 1d ,A  N d . e .  1,00.22,27  1060,6. .0,0201  35,59kN.m
10 r 10
 Verificações para a armadura selecionada:
A armadura selecionada (8 Φ 12,5 mm =
9,84 cm2) é verificada, considerando-se flexão
composta reta nas duas direções:
a) Nd = - 1060,6 kN; Mxx = 35,59 kN.m;
b) Nd = - 1060,6 kN; Mxx = 28,63 kN.m.
As respectivas curvas de interação são
mostradas abaixo, nos sentidos X e Y.

Curva de Interação (Nd x Md)


60

50

40
Md (kN.m)

As=0
30 As dado
Nd,Md
20

10

0
-1750 -1500 -1250 -1000 -750 -500 -250 0 250 500

Nd (kN)

55
Curva de Interação (Nd x Md)

100

75

As=0
Md (kN.m)

As dado
50
Nd,Md

25

0
-1600 -1400 -1200 -1000 -800 -600 -400 -200 0 200 400

Nd (kN)

6.4.6. Dimensionamento para o momento de engastamento das vigas:


MA
 bx  0,60  0,40.  0,40 ;  bx  0,4
MA
25  12,5.e1x / h 25  12,5.( 17 ,95 / 1060,6 ) / 0,20
1x    65,1 (não considerar efeitos de
 bx 0,4
2ªordem)
Não há necessidade de se verificar a flexão composta, já que o momento de engastamento é
inferior ao momento mínimo total.

6.5. Dimensionamento de P4 = P6
6.5.1. Comprimento equivalente do pilar:
Para a direção XX:
le = 2,40 + 0,20 ou le = 2,40 + 0,50, então (le)x = 2,60m
Para a direção YY:
le = 2,30 + 0,40 ou le = 2,30 + 0,60, então (le)y = 2,70m
6.5.2. Cálculo dos índices de esbeltez:
le x 2,60
x  12  12.  45,03
h 0,20
le y 2,70
 y  12  12 .  23,38 (não considerar efeitos de 2ª ordem)
b 0,40
6.5.3. Momentos mínimos de primeira ordem:
Na direção xx (em torno de X): M1dx,min  1103,9.( 0,015  0,03.0,20 )  23,18kN.m
Na direção yy (em torno de Y): M 1dy,min  1103,9.( 0,015  0,03.0,40 )  29,81kN.m

56
6.5.4. Momento de cálculo advindos do engastamento das vigas:
M 1dy  1,4.24,25  33,95kN.m
6.5.5. Dimensionamento para os momentos mínimos:
25  12,5.e1x / h 25  12,5.0,021 / 0,20
1x    26,3 1x  35 (considerar efeitos de 2ª ordem)
 bx 1,00
 Cálculo dos efeitos de 2ª ordem para a direção xx:
Será utilizado o Método do Pilar-Padrão com curvatura aproximada:

1 0,005 0,005 1 0,005 0,005 1


  ou     0,0196
r h.(  0,5 ) h r 0,20.( 0,773  0,5 ) 0,20 r
N Sd 1103,9
Já que     0,773
Ac . f cd 0,20.0,40.25000 / 1,4
O momento total máximo é calculado pela expressão:
2
le 1 2,60 2
M d ,tot   b .M 1d ,A  N d . .  1,00.23,18  1103,9. .0,0196  37 ,81kN .m
10 r 10
 Verificações para a armadura selecionada:
A armadura selecionada (10 Φ 12,5mm = 12,3
cm2) é verificada, considerando-se flexão composta
reta nas duas direções:
a) Nd = - 1103,9 kN; Mxx = 37,81 kN.m;
b) Nd = - 1103,9 kN; Mxx = 29,81 kN.m.
As curvas de interação são mostradas abaixo,
nos sentidos X e Y, respectivamente.

Curva de Interação (Nd x Md)


70

60

50
Md (kN.m)

40 As=0
As dado
30 Nd,Md

20

10

0
-1750 -1500 -1250 -1000 -750 -500 -250 0 250 500 750

Nd (kN)

57
Curva de Interação (Nd x Md)
125

100

75 As=0
Md (kN.m)

As dado
Nd,Md
50

25

0
-1800 -1600 -1400 -1200 -1000 -800 -600 -400 -200 0 200 400 600

Nd (kN)

6.5.6. Dimensionamento para o momento de engastamento das vigas:


Não há necessidade de se considerar efeitos de 2ª ordem na direção YY (ver 6.5.2).
A verificação pode ser feita com a curva mostrada acima, usada para os momentos mínimos,
para os esforços: Nd = - 1103,9 kN; Myy = 33,95 kN.m (OK).
6.6. Dimensionamento de P5
6.6.1. Comprimento equivalente do pilar:
Para a direção XX:
le = 2,30 + 0,30 ou le = 2,30 + 0,60, então (le)x = 2,60m
Para a direção YY:
le = 2,30 + 0,50 ou le = 2,40 + 0,60, então (le)y = 2,80m
6.6.2. Cálculo dos índices de esbeltez:
le x 2,60
x  12  12.  30,02 (não considerar efeitos de 2ª ordem)
h 0,30
le y 2,80
 y  12  12 .  19,40 (não considerar efeitos de 2ª ordem)
b 0,50
6.6.3. Momentos mínimos de primeira ordem:
Na direção xx (em torno de X): M1dx,min  2788,8.( 0,015  0,03.0,30 )  66,93kN.m
Na direção yy (em torno de Y): M1dy,min  2788,8.( 0,015  0,03.0,50 )  83,66kN.m
 Verificações para a armadura selecionada:
A armadura selecionada (8 Φ 20 mm =
25,12 cm2) é verificada, considerando-se flexão
composta reta nas duas direções:
a) Nd = - 2788,8 kN; Mxx = 66,93 kN.m;
b) Nd = - 2788,8 kN; Mxx = 83,66 kN.m.
As respectivas curvas de interação são
mostradas abaixo, nos sentidos X e Y.
58
Curva de Interação (Nd x Md)
200

180

160

140

120
Md (kN.m)

As=0
100 As dado
80
Nd,Md

60

40

20

0
-3500 -3000 -2500 -2000 -1500 -1000 -500 0 500 1000

Nd (kN)

Curva de Interação (Nd x Md)

300

250

200
As=0
Md (kN.m)

As dado
150
Nd,Md

100

50

0
-3500 -3000 -2500 -2000 -1500 -1000 -500 0 500 1000

Nd (kN)

59
6.7. Dimensionamento de P2 e P4 como pilar-parede
De forma a apresentarmos exemplos de dimensionamento de pilar-parede, suporemos que os
pilares P2 e P4 passem a ter dimensão h = 14 cm e b = 90 cm. Neste exemplo, será dimensionada a
armadura mais desfavorável entre os dois pilares.
6.7.1. Reavaliação da carga vertical no pilar:
P2 - Em um pavimento: N = - (25.2,90. 0,14. 0,90+65,3+80,4) = - 154,8 kN
P2 - Em cinco pavimentos: N = - 774,2 kN; Nd = 1,4 . 1,25 (-774,2) = - 1354,9 kN
P4 - Em um pavimento: N = - (25.2,90. 0,14. 0,90+83,7+68,2) = - 161,1 kN
P4 - Em cinco pavimentos: N = - 805,2 kN; Nd = 1,4 . 1,25 (-805,2) = - 1409,1 kN
(considerado o fator adicional: n = 1,95-0.05 b = 1,95 – 0,05. 14 = 1,25)
6.7.2. Momentos de cálculo advindos do engastamento das vigas (considerado n = 1,25):
P2: M1dx  1,4.1,25.12,82  22,44kN.m
P4: M1dy  1,4.1,25.24,25  42,44kN.m
6.7.3. Comprimento equivalente do pilar e índice de esbeltez:
le x 2,90
lex = 2,90m ;  x  12  12.  71,76 (considerar efeitos de segunda ordem)
h 0,14
6.7.4. Dimensionamento considerando os efeitos locais de segunda ordem
 Momentos mínimos de primeira ordem:
M1d,min,XX  N d (0,015  0,03.h);
P2: M1dx, min  1354,9.(0,015  0,03.0,14)  26,01kN.m
P4: M1dx, min  1409,1.(0,015  0,03.0,14)  27,05kN.m

Cálculo dos efeitos de 2ª ordem para a direção xx pelo Método do Pilar-Padrão com
curvatura aproximada, momentos mínimos, P4:
1409,1 1 0,005 0,005 1
  0,626 ;     0,0317
0,14.0,90.25000 / 1,4 r 0,14.(0,626  0,5) 0,14 r
O momento total máximo é calculado pela expressão:
2
l 1 2,902
Md , tot  b .M1d , A  N d . e .  1,00.27,05  1409,1. .0,0317  64,62kN.m
10 r 10
Para os momentos mínimos (P2):
1354,9 1 0,005 0,005 1
  0,602 ;     0,0324
0,14.0,90.25000 / 1,4 r 0,14.(0,602  0,5) 0,14 r
2
le 1 2,902
Md , tot  b .M1d , A  N d . .  1,00.26,01  1354,9. .0,0324  62,92kN.m
10 r 10
Para os momentos aplicados (P2):
2
l 1 2,902
Md , tot  b .M1d , A  N d . e .  0,40.22,44  1354,9. .0,0324  45,89kN.m (não crítico)
10 r 10
A direção YY é considerada como não crítica neste exemplo, para as imperfeições locais.

60
 Verificação para a armadura selecionada:

A armadura selecionada (24 Φ 16 mm =


48,35 cm2) é verificada, considerando-se flexão
4 cm (típ) composta reta:
a) Nd = - 1409,1 kN; Mxx = 64,62 kN.m;
Horizontal: a) Nd = - 1354,9 kN; Mxx = 62,92 kN.m
24 Φ 16 Φ 8 c 7,5 A respectiva curva de interação é mostrada
abaixo, no sentido X.

Curva de Interação (Nd x Md)

80

60
Md (kN.m)

As=0

40 As dado
Nda,Mda
Nda,Mda
20

0
-4000 -3500 -3000 -2500 -2000 -1500 -1000 -500 0 500 1000 1500 2000

Nd (kN)

6.7.5. Dimensionamento considerando os efeitos localizados de segunda ordem


Os pilares são divididos no menor número possível de faixas, no caso três faixas, com b = 0,30m

a) P2

N d 6M 1 yd 1354,9 n  ni 1 b
nd ,max , nd ,min =  2
=  0 ; Ni= i .
b b 0,90 2 3

1505,4 (kN/m)

451,6 451,6 451,6 (kN)

Considera-se o momento aplicado pela viga V5 ( M1dx  22,44kN.m) atuando somente na faixa
central.
61
451,6 1 0,005 0,005 1
  0,602     0,0324
0,14.0,30.25000 / 1,4 r 0,14.(0,602  0,5) 0,14 r
2
le 1 2,902
Md , tot  b .M1d , A  N d . .  0,4.22,44  451,6. .0,0324  21,28kN.m  22,44kN.m
10 r 10

Não há necessidade de considerar o momento mínimo nesta verificação de efeitos localizados, já


que neste caso seria reproduzida a mesma situação dos efeitos locais.

b) P4
N d 6M 1 yd 1409,1 6.42,44 n  ni 1 b
nd ,max , nd ,min =  2
=  2
; Ni= i .
b b 0,90 0,90 2 3

1251,3 1460,9 1670,4 1880,0 (kN/m)

406,8 469,7 532,6 (kN)

 Momentos mínimos:
Normal máximo: M1dx, min  532,6.(0,015  0,03.0,14)  10,23kN.m
532,6 1 0,005 0,005 1
  0,710 ;     0,0295
0,14.0,30.25000 / 1,4 r 0,14.(0,710  0,5) 0,14 r
2
le 1 2,902
Md , tot  b .M1d , A  N d . .  0,6.10,23  532,6. .0,0295  19,35kN.m
10 r 10
Normal mínimo: M1dx, min  406,8.(0,015  0,03.0,14)  7,81kN.m
406,8 1 0,005 0,005 1
  0,542 ;     0,0343
0,14.0,30.25000 / 1,4 r 0,14.(0,542  0,5) 0,14 r
2
le 1 2,902
Md , tot  b .M1d , A  N d . .  0,6.7,81  406,8. .0,0343  16,42kN.m
10 r 10

6.7.6. Verificação da armadura selecionada


A armadura selecionada (8 Φ 16 mm = 16,12 cm2 por faixa) é verificada, considerando-se
flexão composta reta:
a) P2: Nd = - 451,6 kN; Mxx = 22,44 kN.m (momento aplicado);
b) P4: Nd = - 532,6 kN; Mxx = 19,35 kN.m (normal máximo, momento mínimo);
c) P4: Nd = - 406,8 kN; Mxx = 16,42 kN.m (normal mínimo, momento mínimo).

A respectiva curva de interação é mostrada abaixo, no sentido X, mostrando que a armadura


adotada é suficiente.

62
Curva de Interação (Nd x Md)
30

25

20
Md (kN.m)

As=0
15
As dado
Nda,Mda
10 Ndb,Mdb
Ndc,Mdc

0
-1400 -1200 -1000 -800 -600 -400 -200 0 200 400 600 800

Nd (kN)

6.8 Verificação do cisalhamento


Somente para os pilares P1, P3, P7, P9 será efetuada uma verificação do cisalhamento, para as
forças transversais ao pilar (Fy), pelo Modelo de Cálculo I.
Esforços de cálculo: Nd = - 473,8 kN; Nk = 282,0 kN; M 1dx  5,09kN.m
Força cortante de cálculo:
2.5,09
Vd   3,51kN .
2,9
Força cortante de cálculo máxima para efeito de compressão na biela:
VRd2 = 0,27 (1- fck /250) fcd bw d =
= 0,27.(1- 25 /250) . 25000/1,4 . 0,25 . 0,11 = 119,3 kN (OK)

fct,m = 0,3 fck 2/3 = 0,3 .25 2/3 = 2,564 MPa;


fctk,inf = 0,7 fct,m = 0,7 . 2,564 = 1,795 MPa; fctd = fctk,inf /  c = 1,795/1,4 = 1,282 MPa = 1282 kPa

VC0 = 0,6 fctd bw d = 0,6 . 1282 . 0,25 .0,11 = 21,15 kN ;


N .h 282,0.0,15
M0  k   7 ,05kN.m
6 6
VC = VC0 (1 + M0 / Msd max) = 21,15 (1 + 7,05/5,09) ≤ 2 VC0 ; VC = 2VC0 = 42,30 kN

Armadura transversal na flexão simples:


(Asw / s) 0,9 d f ywd = VSd - VC ≤ 0 (armadura mínima de estribo)
Verificação adicional para dispensa de armadura mínima de cisalhamento:
Tensão máxima de tração:
(compressão, OK)

63
6.9. Detalhamento das armaduras
6.9.1. Dimensões
Quando utilizadas dimensões entre 14 cm e 19 cm, deve ser aplicado o coeficiente adicional de
cargas γn (OK).
Em nenhum caso o pilar poderá ter seção transversal inferior a 360 cm 2. Como a menor
dimensão adotada para os pilares é de 15 cm x 25 cm, OK.

6.9.2. Cobrimentos adotados:


cnom = 25 mm, válido para pilares em ambiente com Classe de Agressividade I. É suposto que a
estrutura está em zona urbana com ambientes internos secos. Pode ser verificado que no caso mais
crítico, que é do pilar P5, o parâmetro d’= 4 cm adotado é adequado:
d’ = 25 mm (cobrimento) + 5 mm (estribo) +20 mm/2 (barra principal) = 40 mm (OK)

6.9.3. Comprimentos de emenda:


Pilares e pilares-parede pertencem a zonas de boa aderência. Considera-se barras sem gancho,
aço CA-50 c fck = 25 MPa.
fbd = 1 2 3 fctd = 2,25 . 1,0 . 1,0 . 1,282 = 2,885 MPa
.f yd  f yd  500 1,4
l b,nec  l b   . 23
 . .
4.f bd 4 0,7.0,3.f ck 4 1,15 1,0.2,25.1,0.0,7.0,3.f ck 2 3
1 .2 .3 .
c
322.
fyd = 500/1, 15 = 434,8 MPa; ou l b  2 / 3 (MPa) ≥ 25 
f ck
O comprimento de traspasse de barras comprimidas é de (NBR 6118, item 9.5.2.3):
l0C = lb,nec  l0C min
Para Ф = 10 mm, l0C = 38 cm; para Ф = 12,5 mm, l0C = 47 cm; para Ф = 20 mm, l0C = 75 cm

Número mínimo estribos a ser disposto nas emendas, considerando que 50% deles irá a cada
um dos dois terços:
Para Ф = 10 mm, 4 Ф 5 mm; para Ф = 12,5 mm, 8 Ф 5 mm; para Ф = 20 mm, 16 Ф 5 mm.
Observar que o espaçamento entre estribos neste último caso fica da ordem de 3 cm.

6.9.4. Armaduras principais:


A percentagem mínima de armadura dos pilares deve atender às duas condições:
ρmin = 0,15 . Nd /(Ac . fyd ) e ρmin  0,004

Verificação (fyd = 50/1,15 = 43,48 kN/cm2):


P1, P3, P7, P9 – Nd = - 473,8 kN. ρmin = 0,15 . 473,8/(15 . 25 . 43,48) = 0,0044  ρmin = 0,0044
ρ = (8 x 1,23)/(15 . 25) = 0,026 (OK).
P2, P8 – Nd = -1060,5 kN. ρmin = 0,15 . 1060,5/(20 . 40 . 43,48) = 0,0046  ρmin = 0,0046
ρ = (8 x 1,23)/(20 . 40) = 0,0123 (OK)
P4, P6 – Nd = -1103,9 kN. ρmin = 0,15 . 1103,9/(20 . 40 . 43,48) = 0,0048  ρmin = 0,0048
ρ = (10 x 1,23)/(20 . 40) = 0,0153 (OK)
P5 – Nd = - 2788,8 kN. ρmin = 0,15 . 2788,8/(30 . 50 . 43,48) = 0,0064  ρmin 0,0064
ρ = (8 x 3,14)/(30 . 50) = 0,0167 (OK)

64
A percentagem máxima de armadura é de 8% da seção real de concreto (OK). A armadura
longitudinal deve ter bitola de pelo menos 10 mm, não superior a 1/8 da menor dimensão da seção
transversal (OK).
No contorno dos pilares, a armadura vertical deverá ter espaçamento máximo de 40 cm e de
duas vezes a menor dimensão no trecho considerado; o espaçamento mínimo livre entre as faces das
barras, fora da região das emendas, será o maior valor entre 2 cm, o diâmetro da barra e 1,2 vezes o
diâmetro do agregado.
Verificação:
Espaçamento livre entre barras fora da região das emendas (cobrimento de 2,5 cm e estribos de
5 mm):
P1, P3, P7, P9: e = (25 – 2 . 2,5 - 2 . 0,5 – 4 . 1,25) / 3 = 4,7 cm (OK).
P2, P8: e = (40 – 2 . 2,5 - 2 . 0,5 – 4 . 1,25) / 3 = 9,7 cm (OK).
P4, P6: e = (40 – 2 . 2,5 - 2 . 0,5 – 5 . 1,25) / 4 = 6,9 cm (OK).
P5: e = (50 – 2 . 2,5 - 2 . 0,5 – 4 . 2,0) / 3 = 12,0 cm (OK).

Na região das emendas, estes valores passam a ser:


P1, P3, P7, P9: e = (25 – 2 . 2,5 - 2 . 0,5 – 8 . 1,25) / 3 = 3,0 cm (OK).
P2, P8: e = (40 – 2 . 2,5 - 2 . 0,5 – 8 . 1,25) / 3 = 8,0 cm (OK).
P4, P6: e = (40 – 2 . 2,5 - 2 . 0,5 – 10 . 1,25) / 4 = 5,4 cm (OK).
P5: e = (50 – 2 . 2,5 - 2 . 0,5 – 8 . 2,0) / 3 = 9,3 cm (OK).

6.9.5. Estribos
O diâmetro dos estribos (t) deverá ser de pelo menos 5 mm e de 1/4 do diâmetro da armadura
principal (OK). Seu espaçamento não excederá nenhum dos valores: 20 cm, menor dimensão da seção
e 12 (CA-50,  - diâmetro da armadura principal), o que leva ao espaçamento máximo de 15 cm para
P1 a P4 e P6 a P9 e de 20 para P5.
Os estribos retangulares usuais protegerão contra a flambagem da armadura longitudinal, além
das barras dos cantos, mais duas barras em cada face do pilar, desde que a mais distante delas esteja no
máximo a 20t do canto do estribo. Para as barras não cobertas, deverão ser colocados estribos
suplementares, aos quais se aplicará a mesma regra enunciada. Desta forma, já que a cobertura máxima
a partir do canto do estribo é de 20 . 0,5 = 10 cm, é necessário prever estribos duplos para P2, P5 e P8
e de estribos duplos mais um grampo de amarração em P4 e P6.
6.9.6. Exemplo de detalhamento –P1
47

Φ5 c15

4Φ5
16+15+16
4Φ5

65
6.9.7. Pilares-parede:
Percentagem mínima de armadura:
Nd = - 1521,8 kN. ρmin = 0,15 . 1521,8/(14 . 90 . 43,48) = 0,0042 e ρmin = 0,004
ρ = (24 x 2,01)/(14 . 90) = 0,0382 (OK), também menor que a porcentagem máxima 0,04 (OK).
A armadura longitudinal deve ter bitola de pelo menos 10 mm, não superior a 1/8 da menor
dimensão da seção transversal ( OK).
Espaçamento livre entre barras na região das emendas:
e = (90 – 2 . 2,5 - 2 . 0,8 – 24 . 1,6) / 11 = 4,09 cm (OK).
Deverá haver grampos em todas as barras, à exceção das protegidas por serem diretamente
vizinhas a estribos.
12.2,01
Armadura principal por metro: a s   26,8cm 2 / m
0,90
Armadura secundária: (Φ 8 mm c 7,5) = 0,503/0,075 = 6,71 cm2/m, ≥ 25% da principal, OK.

66
7. TORÇÃO

7.1. Modelo biela-tirante para a torção


Dimensionamento à torção (=45)(Ver Leonhardt, Vol.1, pg.233):
Td .1 . b
2b a
Td / 2a

Td / 2b
b
Td

b Td / 2a
b

Td / 2b a

Td /2a Td / 2a
Força nos estribos por metro:
T 1 T
F90  d .( )  d ( Ae = a . b)
2a b 2.A e
Força na armadura longitudinal por metro:
T 1 T
Fsl  d .( )  d
2a b 2.A e
Segundo a NBR 6118, item 17.5.1.6, para =45:
A 90 A sl Td
  ; ue =2 (a+b)
s ue 2.A e .f ywd
De acordo com o item 17.5.1.5 da NBR 6118:
TSd  0,5.v 2 .fcd .Ae .he .sen2
A
he é a espessura da parede: h e  ; h e  2.c1
u
com c1, distância do eixo das barras longitudinais à face e A e u, área e perímetros externos da seção
f
v 2  (1  ck )
250
As armaduras de torção devem ser somadas às de flexão e de cisalhamento.
A verificação da combinação de tensões de compressão diagonal do concreto é feita com:
Vsd T
 Sd  1,0
VRd2 TRd2

67
1

7.2. Exemplo numérico


Seja uma varanda em que a laje é rebaixada com relação à laje do prédio principal, e engastada
na viga de fachada. Em seção esquemática:

A viga de fachada tem um vão de 10m. O momento de cálculo transmitido pela laje à viga é
igual a 34 kN.m/m. A viga de fachada é considerada como engastada à torção nas suas extremidades,
gerando o seguinte diagrama de momentos torsores:

A seção retangular da viga será então dimensionada para o momento de torção máximo, igual a
Td= 170KN.m. Considerar aço CA-50 e concreto com fck = 20 MPa.

- Cálculo da espessura de parede equivalente


A
h e  ; h e  2.c1
u
A = 0,60 . 0,90 = 0,54 m2 ; u = 2.(0,60 + 0,90) = 3,00 m; c1 = d’ = 0,04m
0,54
h e  0,08m   0,18m; h e  2.0,04m
3,00
- Verificação da compressão diagonal no concreto (θ=45º)
TRd2  0,50. V 2 .f cd .A e .h e.sen 2
20
 V 2  (1  )  0,92 ; f cd  20000 1,4  14286kPa ; A e  0,52.0,82  0,4264m 2
250
TRd2  0,50.0,92.14286.0,4264.0,08.1,00  224,2kN(OK)
- Cálculo das armaduras (θ=45º)
CA50: f ywd  50 1,15  43,48kN / cm 2
A 90 A sl Td 170
    4,584cm 2 / m
s ue 2.A e .f ywd 2.0,4264.43,48
Armadura transversal:
Para Φ = 8mm (0,503cm2), espaçamento s=10,97cm (Φ 8mm cada 10)
Armadura longitudinal:
Como ue = 2.(0,52 + 0,82) = 2,68m: Asl = 12,29 cm2 (16 Φ 10mm)
68
ANEXOS
ÁBACOS ADIMENSIONAIS PARA A FLEXÃO COMPOSTA RETA (para aço CA-50)
 Seção TIPO 1 – C50
Armadura simétrica com d’/h = 0,05 e As1 = As2 = 0,5 As (Ábaco Adimensional 1)
Armadura simétrica com d’/h = 0,10 e As1 = As2 = 0,5 As (Ábaco Adimensional 2)
Armadura simétrica com d’/h = 0,15 e As1 = As2 = 0,5 As (Ábaco Adimensional 3)
Armadura simétrica com d’/h = 0,20 e As1 = As2 = 0,5 As (Ábaco Adimensional 4)
Armadura simétrica com d’/h = 0,25 e As1 = As2 = 0,5 As (Ábaco Adimensional 5)
 Seção TIPO 2 – C50
Armadura simétrica com d’/h = 0,05, com As1 = As2 = As3 = As4 = 0,25As (Ábaco Adimensional 6)
Armadura simétrica com d’/h = 0,10, com As1 = As2 = As3 = As4 = 0,25As (Ábaco Adimensional 7)
Armadura simétrica com d’/h = 0,15, com As1 = As2 = As3 = As4 = 0,25As (Ábaco Adimensional 8)
Armadura simétrica com d’/h = 0,20, com As1 = As2 = As3 = As4 = 0,25As (Ábaco Adimensional 9)
 Seção TIPO 3 – C50
Armadura simétrica com d’/h = 0,05, com As3 = As4 = 0,5As (Ábaco Adimensional 10)
Armadura simétrica com d’/h = 0,10, com As3 = As4 = 0,5As (Ábaco Adimensional 11)
 Seção TIPO 4 – C50
Seção circular com d’/d = 0,05 (Ábaco Adimensional 12)
Seção circular com d’/d = 0,10 (Ábaco Adimensional 13)
 Seção TIPO 1 – C90
Armadura simétrica com d’/h = 0,05 e As1 = As2 = 0,5 As (Ábaco Adimensional 14)
Armadura simétrica com d’/h = 0,10 e As1 = As2 = 0,5 As (Ábaco Adimensional 15)
Armadura simétrica com d’/h = 0,15 e As1 = As2 = 0,5 As (Ábaco Adimensional 16)
Armadura simétrica com d’/h = 0,20 e As1 = As2 = 0,5 As (Ábaco Adimensional 17)
Armadura simétrica com d’/h = 0,25 e As1 = As2 = 0,5 As (Ábaco Adimensional 18)
 Seção TIPO 2 – C90
Armadura simétrica com d’/h = 0,05, com As1 = As2 = As3 = As4 = 0,25As (Ábaco Adimensional 19)
Armadura simétrica com d’/h = 0,10, com As1 = As2 = As3 = As4 = 0,25As (Ábaco Adimensional 20)
Armadura simétrica com d’/h = 0,15, com As1 = As2 = As3 = As4 = 0,25As (Ábaco Adimensional 21)
Armadura simétrica com d’/h = 0,20, com As1 = As2 = As3 = As4 = 0,25As (Ábaco Adimensional 22)
 Seção TIPO 3 – C90
Armadura simétrica com d’/h = 0,05, com As3 = As4 = 0,5As (Ábaco Adimensional 23)
Armadura simétrica com d’/h = 0,10, com As3 = As4 = 0,5As (Ábaco Adimensional 24)

69
Seção TIPO 1 - d’/h = 0,05 e As1 = As2 = 0,5 As - Ábaco Adimensional 1 – C50
70
Gráfico de Interação Adimensional -Tipo 1- d'/h = 0,10 - C50

0,55

0,50

0,45

0,40 ω=0
ω = 0,2
0,35
ω = 0,4

71
0,30 ω = 0,6
ω = 0,8
0,25
ω = 1,0
0,20

0,15

Momento adimensional (µ)


0,10

0,05

0,00
-2,00 -1,75 -1,50 -1,25 -1,00 -0,75 -0,50 -0,25 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00

Seção TIPO 1 - d’/h = 0,10 e As1 = As2 = 0,5 As - Ábaco Adimensional 2 – C50
Normal adimensional (η)
Gráfico de Interação Adimensional -Tipo 1- d'/h = 0,15 - C50

0,50

0,45

0,40
ω=0
0,35
ω = 0,2
0,30 ω = 0,4

72
ω = 0,6
0,25 ω = 0,8
ω = 1,0
0,20

0,15

Momento adimensional (µ)


0,10

0,05

0,00
-2,00 -1,75 -1,50 -1,25 -1,00 -0,75 -0,50 -0,25 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00

Seção TIPO 1 - d’/h = 0,15 e As1 = As2 = 0,5 As - Ábaco Adimensional 3 – C50
Normal adimensional (η)
Gráfico de Interação Adimensional -Tipo 1- d'/h = 0,20 - C50

0,45

0,40

0,35
ω=0
0,30 ω = 0,2
ω = 0,4
0,25

73
ω = 0,6
ω = 0,8
0,20 ω = 1,0

0,15

0,10

Momento adimensional (µ)


0,05

0,00
-2,00 -1,75 -1,50 -1,25 -1,00 -0,75 -0,50 -0,25 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00

Seção TIPO 1 - d’/h = 0,20 e As1 = As2 = 0,5 As - Ábaco Adimensional 4 – C50
Normal adimensional (η)
Gráfico de Interação Adimensional -Tipo 1- d'/h = 0,25 - C50

0,35

0,30

ω=0
0,25
ω = 0,2
ω = 0,4
0,20

74
ω = 0,6
ω = 0,8
0,15 ω = 1,0

0,10

Momento adimensional (µ)


0,05

0,00
-2,00 -1,75 -1,50 -1,25 -1,00 -0,75 -0,50 -0,25 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00

Seção TIPO 1 - d’/h = 0,25 e As1 = As2 = 0,5 As - Ábaco Adimensional 5 – C50
Normal adimensional (η)
Gráfico de Interação Adimensional -Tipo 2- d'/h = 0,05 - C50

0,45

0,40

0,35
ω=0

0,30 ω = 0,2
ω = 0,4

75
0,25 ω = 0,6
ω = 0,8
0,20 ω = 1,0

0,15

0,10

Momento adimensional (µ)


0,05

0,00
-2,00 -1,75 -1,50 -1,25 -1,00 -0,75 -0,50 -0,25 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00

Normal adimensional (η)

Seção TIPO 2 - d’/h = 0,05 e As1 = As2 = As3 = As4 = 0,25 As - Ábaco Adimensional 6 – C50
Gráfico de Interação Adimensional -Tipo 2- d'/h = 0,10 - C50

0,40

0,35

0,30 ω=0
ω = 0,2
0,25 ω = 0,4

76
ω = 0,6
0,20 ω = 0.8
ω = 1,0
0,15

0,10

Momento adimensional (µ)


0,05

0,00
-2,00 -1,75 -1,50 -1,25 -1,00 -0,75 -0,50 -0,25 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00

Normal adimensional (η)

Seção TIPO 2 - d’/h = 0,10 e As1 = As2 = As3 = As4 = 0,25 As - Ábaco Adimensional 7 – C50
Gráfico de Interação Adimensional -Tipo 2- d'/h = 0,15 - C50

0,35

0,30

ω=0
0,25
ω = 0,2
ω = 0,4
0,20

77
ω = 0,6
ω = 0,8
0,15 ω = 1,0

0,10

Momento adimensional (µ)


0,05

0,00
-2,00 -1,75 -1,50 -1,25 -1,00 -0,75 -0,50 -0,25 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00

Normal adimensional (η)

Seção TIPO 2 - d’/h = 0,15 e As1 = As2 = As3 = As4 = 0,25 As - Ábaco Adimensional 8 – C50
Gráfico de Interação Adimensional -Tipo 2- d'/h = 0,20 - C50

0,35

0,30

ω=0
0,25
ω = 0,2
ω = 0,4
0,20

78
ω = 0,6
ω = 0,8
0,15 ω = 1,0

0,10

Momento adimensional (µ)


0,05

0,00
-2,00 -1,75 -1,50 -1,25 -1,00 -0,75 -0,50 -0,25 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00

Normal adimensional (η)

Seção TIPO 2 - d’/h = 0,20 e As1 = As2 = As3 = As4 = 0,25 As - Ábaco Adimensional 9 – C50
Gráfico de Interação Adimensional -Tipo 3- d'/h = 0,05 - C50

0,35

0,30

ω=0
0,25
ω = 0,2
ω = 0,4
0,20

79
ω = 0,6
ω = 0,8
0,15 ω = 1,0

0,10

Momento adimensional (µ)


0,05

0,00
-2,00 -1,75 -1,50 -1,25 -1,00 -0,75 -0,50 -0,25 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00

Seção TIPO 3 - d’/h = 0,05 e As3 = As4 = 0,5 As - Ábaco Adimensional 10 – C50
Normal adimensional (η)
Gráfico de Interação Adimensional -Tipo 3- d'/h = 0,10 - C50

0,35

0,30

ω=0
0,25
ω = 0,2
ω = 0,4
0,20

80
ω = 0,6
ω = 0,8
0,15 ω = 1,0

0,10

Momento adimensional (µ)


0,05

0,00
-2,00 -1,75 -1,50 -1,25 -1,00 -0,75 -0,50 -0,25 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00

Seção TIPO 3 - d’/h = 0,10 e As3 = As4 = 0,5 As - Ábaco Adimensional 11 – C50
Normal adimensional (η)
Seção Circular - Gráfico de Interação Adimensional - d'/d = 0,05

0,35
ω=0
0,30 ω = 0,2
ω = 0,4
0,25 ω = 0,6
ω = 0,8

81
0,20 ω = 1,0

0,15

0,10

Momento adimensional
0,05

0,00

Seção TIPO 4 - d’/h = 0,05 – Seção Circular -Ábaco Adimensional 12 – C50


-1,75 -1,50 -1,25 -1,00 -0,75 -0,50 -0,25 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00

Normal adimensional
Seção TIPO 4 - d’/d = 0,10 – Seção Circular -Ábaco Adimensional 13 –C50
82
Gráfico de Interação Adimensional -Tipo 1- d'/h = 0,05 - C90

0,55

0,50

0,45

0,40 ω=0
ω = 0,2
0,35
ω = 0,4

83
0,30 ω = 0,6
ω = 0,8
0,25
ω = 1,0
0,20

0,15

Momento adimensional (µ)


0,10

0,05

0,00
-2,00 -1,75 -1,50 -1,25 -1,00 -0,75 -0,50 -0,25 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00

Seção TIPO 1 - d’/h = 0,05 e As1 = As2 = 0,5 As - Ábaco Adimensional 14 – C90
Normal adimensional (η)
Gráfico de Interação Adimensional -Tipo 1- d'/h = 0,10 - C90

0,50

0,45

0,40
ω=0
0,35
ω = 0,2
0,30 ω = 0,4

84
ω = 0,6
0,25 ω = 0,8
ω = 1,0
0,20

0,15

Momento adimensional (µ)


0,10

0,05

0,00
-2,00 -1,75 -1,50 -1,25 -1,00 -0,75 -0,50 -0,25 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00

Seção TIPO 1 - d’/h = 0,10 e As1 = As2 = 0,5 As - Ábaco Adimensional 15 – C90
Normal adimensional (η)
Gráfico de Interação Adimensional -Tipo 1- d'/h = 0,15 - C90

0,45

0,40

0,35
ω=0
0,30 ω = 0,2
ω = 0,4
0,25

85
ω = 0,6
ω = 0,8
0,20 ω = 1,0

0,15

0,10

Momento adimensional (µ)


0,05

0,00
-2,00 -1,75 -1,50 -1,25 -1,00 -0,75 -0,50 -0,25 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00

Seção TIPO 1 - d’/h = 0,15 e As1 = As2 = 0,5 As - Ábaco Adimensional 16 – C90
Normal adimensional (η)
Gráfico de Interação Adimensional -Tipo 1- d'/h = 0,20 - C90

0,35

0,30

ω=0
0,25
ω = 0,2
ω = 0,4
0,20

86
ω = 0,6
ω = 0,8
0,15 ω = 1,0

0,10

Momento adimensional (µ)


0,05

0,00
-2,00 -1,75 -1,50 -1,25 -1,00 -0,75 -0,50 -0,25 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00

Seção TIPO 1 - d’/h = 0,20 e As1 = As2 = 0,5 As - Ábaco Adimensional 17 – C90
Normal adimensional (η)
Gráfico de Interação Adimensional -Tipo 1- d'/h = 0,25 - C90

0,30

0,25

ω=0
0,20 ω = 0,2
ω = 0,4

87
ω = 0,6
0,15 ω = 0,8
ω = 1,0

0,10

Momento adimensional (µ)


0,05

0,00

Seção TIPO 1 - d’/h = 0,25 e As1 = As2 = 0,5 As - Ábaco Adimensional 18 – C90
-2,00 -1,75 -1,50 -1,25 -1,00 -0,75 -0,50 -0,25 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00

Normal adimensional (η)


Gráfico de Interação Adimensional -Tipo 2- d'/h = 0,05 - C90

0,40

0,35

0,30 ω=0
ω = 0,2
0,25 ω = 0,4

88
ω = 0,6
0,20 ω = 0,8
ω = 1,0
0,15

0,10

Momento adimensional (µ)


0,05

0,00
-2,00 -1,75 -1,50 -1,25 -1,00 -0,75 -0,50 -0,25 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00

Normal adimensional (η)

Seção TIPO 2 - d’/h = 0,05 e As1 = As2 = As3 = As4 = 0,25 As - Ábaco Adimensional 19 – C90
Gráfico de Interação Adimensional -Tipo 2- d'/h = 0,10 - C90

0,40

0,35

0,30 ω=0
ω = 0,2
0,25 ω = 0,4

89
ω = 0,6
0,20 ω = 0,8
ω = 1,0
0,15

0,10

Momento adimensional (µ)


0,05

0,00
-2,00 -1,75 -1,50 -1,25 -1,00 -0,75 -0,50 -0,25 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00

Seção TIPO 2 - d’/h = 0,10 e As1 = As2 = As3 = As4 = 0,25 As - Ábaco Adimensional 20 – C90
Normal adimensional (η)
Gráfico de Interação Adimensional -Tipo 2- d'/h = 0,15 - C90

0,35

0,30

ω=0
0,25
ω = 0,2
ω = 0,4
0,20

90
ω = 0,6
ω = 0,8
0,15 ω = 1,0

0,10

Momento adimensional (µ)


0,05

0,00
-2,00 -1,75 -1,50 -1,25 -1,00 -0,75 -0,50 -0,25 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00

Normal adimensional (η)

Seção TIPO 2 - d’/h = 0,15 e As1 = As2 = As3 = As4 = 0,25 As - Ábaco Adimensional 21 – C90
Gráfico de Interação Adimensional -Tipo 2- d'/h = 0,20 - C90

0,30

0,25

ω=0
0,20 ω = 0,2
ω = 0,4

91
ω = 0,6
0,15 ω = 0,8
ω = 1,0

0,10

Momento adimensional (µ)


0,05

0,00
-2,00 -1,75 -1,50 -1,25 -1,00 -0,75 -0,50 -0,25 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00

Normal adimensional (η)

Seção TIPO 2 - d’/h = 0,20 e As1 = As2 = As3 = As4 = 0,25 As - Ábaco Adimensional 22 – C90
Gráfico de Interação Adimensional -Tipo 3- d'/h = 0,05 - C90

0,35

0,30

ω=0
0,25
ω = 0,2
ω = 0,4
0,20

92
ω = 0,6
ω = 0,8
0,15 ω = 1,0

0,10

Momento adimensional (µ)


0,05

0,00
-2,00 -1,75 -1,50 -1,25 -1,00 -0,75 -0,50 -0,25 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00

Seção TIPO 3 - d’/h = 0,05 e As3 = As4 = 0,55 As - Ábaco Adimensional 23 – C90
Normal adimensional (η)
Gráfico de Interação Adimensional -Tipo 3- d'/h = 0,10 - C90

0,30

0,25

ω=0
0,20 ω = 0,2
ω = 0,4

93
ω = 0,6
0,15 ω = 0,8
ω = 1,0

0,10

Momento adimensional (µ)


0,05

0,00
-2,00 -1,75 -1,50 -1,25 -1,00 -0,75 -0,50 -0,25 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00

Seção TIPO 3 - d’/h = 0,10 e As3 = As4 = 0,55 As - Ábaco Adimensional 24 – C90
Normal adimensional (η)

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