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Universidade Mandume Ya Ndemufayo

Universidade Mandume Ya Ndemufayo


Faculdade de Economia do Lubango

Preparatório para ingresso ao


ensino superior 2017

MATERIAL DE APOIO DE
GEOGRAFIA FÍSICA E
GEOGRAFIA ECONÓMICA

Sá da Bandeira, 02 de Março de 2016


Elaborado por: José Carlos Bueti ( ECONOMISTA E MATEMÁTICO)-Fica
expressamente proibida efectuar qualquer alteração parcial ou total deste material
Universidade Mandume Ya Ndemufayo

SUMÁRIO:

GEOGRAFIA FÍSICA
1.A TERRA. AMBIENTE GLOBAL

1.1. O Universo: Sua formação

1.2.Componentes do Universo

1.3. O sistema solar. Sua formação

1.3.1. Os planetas

1.3.2. O sistema Terra-Lua

1.3.3.Asteróides, Meteoritos e Cometas

1.4. Os movimentos da superfície terrestre

2. A ATMOSFERA

2.1. Estrutura vertical da atmosfera: Sua composição

2.2. A radiação solar e a radiação terrestre: Sua influência nos climas do


mundo

2.3. A temperatura e a pressão atmosférica

2.4. O sistema de ventos

3. AS ÁGUAS NO MUNDO

3.1. Importância da água

3.1.1.Águas doces: Superficiais e subterrâneas

3.1.2. Acção da actividade Humana na variação dos recursos hídricos

3.2 As águas salgadas

3.2.1. A poluição das águas oceânicas

3.2.2. A exploração dos recursos marinhos

4- O AMBIENTE

4.1 Ozono

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4.2.Efeito Estufa

4.3.Aquecimento global

4.4. Distintos tipos de poluição

4.5. Desflorestação

GEOGRAFIA ECONÓMICA
1-DEMOGRAFIA E SUAS VARIAÇÕES

2-Variáveis Demográficas: Natalidade, Mortalidade, Fecundidade, Fertilidade


e cálculo das respectivas taxas

3. Agricultura tradicional e moderna: Segurança alimentar, agri-indústria e


combate contra a desertificação

4- Os transportes e comunicações: Sua importância e função social

5-Urbanização: Problemas e soluções

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Estes apontamentos destinam-se aos estudantes do Iᵒ ano do curso de


Economia. Do ponto de vista metodológico, a nossa primeira preocupação é de
oferecer aos estudantes em economia uma perspectiva de enquadramento de
uma geografia Física e económica que integre alguns aspectos de geografia
geral de Angola na análise dos fenómenos económicos, políticos e sociais de
cada época. Pela experiencia do nosso ensino do dia-a-dia, concluímos que
em muitos casos os acontecimentos da história geral descritiva vinculados aos
jovens nos primeiros anos de ensino secundário não se fazem sentir quando
estes transitam para o ensino superior, donde a necessidade de se construir
um programa de geografia económica e física, assim como a Demografia,
tendo em conta as lacunas dos anos anteriores, devidas aos diversos factores
que não interessam enumerar aqui, como isso podemos dizer bem vindos as
ciências do Universo, a GEOGRAFIA E DEMOGRAFIA.

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GEOGRAFIA FÍSICA
1.A TERRA. AMBIENTE GLOBAL

Geografia física é o estudo das características naturais existentes


na superfície terrestre, ou seja, o estudo das condições da natureza ou
paisagem natural.
A superfície da Terra é irregular e varia de um lugar para outro em função da
inter-relação dinâmica entre os factores entre si e geográfica em conjunto com
outros factores. A manifestação local deste produto dinâmico é conhecida
como paisagem, que é em Geografia um fenómeno de interesse particular,
mesmo considerado por muitos e ser o objecto de estudo da geografia .
Uma das teorias clássicas para explicação da evolução da paisagem como
produto da dinâmica da superfície terrestre, é denominada teoria do ciclo
geográfico (DAVIS, 1899). O ciclo geográfico começa com o surgimento do
relevo, de proporções continentais, através de processos geológicos
(epirogénese, vulcanismo, orogénese, etc.). A partir disso, os rios e o
escoamento superficial começam a criar vales com a forma de V entre as
montanhas (a fase chamada "juventude"). Durante esta primeira etapa, o
terreno é mais íngreme e mais irregular. Ao longo do tempo, as correntes
podem esculpir vales mais amplos ("maturidade"). Por fim, tudo se tornaria uma
planície (senilidade) nivelada à menor altitude possível (chamada de "nível do
base") Esta planície final foi chamada peneplanície por William Morris Davis,
que significa "quase plana".
Contudo, o reconhecimento da Tectónica de placas na década de 1950, e da
neotectónica em áreas plataformas, subsidiou novas interpretações acerca da
evolução das paisagens, como o princípio do equilíbrio dinâmico para
explicação das formas de relevo (HACK,1975). Segundo este princípio, a
superfície pode ser modelada indefinidamente sem que haja um arrasamento
do relevo e formação de peneplanícies. Isto se daria em função da
compensação isostática, sendo as formas de relevo resultantes da interacção
entre os tipos de rocha e os climas actuantes.

FORMAÇÃO DO UNIVERSO

Existem muitas teorias para explicar a formação do Universo, no entanto, a


actualmente aceite pela comunidade científica, é a Teoria do BIG BANG (o
grande Bum!), formulada pelo astrónomo e matemático belga, George Lemaître

Segundo esta teoria todo Universo estava concentrado numa "pequena" bola
de partículas que a dada altura explodiu, dessa explosão nasceu o Universo.
Isto ocorreu há cerca de 15 a 20 mil milhões de anos.

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Nos primeiros "300 000" anos ter-se-á formado todo o Hidrogénio e Hélio
existente no Universo. Da "fusão" destes elementos químicos foram-se
formando os restantes. Assim foram aparecendo os elementos químicos que
iam dando origem à matéria para formar os constituintes do Universo (galáxias,
nebulosas, astros.).

O Universo, segundo esta Teoria encontra-se desde a sua origem em


permanente expansão. Este dado apoia-se nos estudos da medição
de distâncias entre galáxias, estas parecem estar cada vez mais distantes
umas das outras.

Quanto à idade do Universo, os cientistas ao medirem distâncias entre


galáxias, fazem as contas ao contrário, quer dizer: quantos anos precisariam as
galáxias para estarem todas juntas num ponto (a tal bola de massa que deu
origem ao universo), e a idade seria de 15 a 20 mil milhões de anos. Como
deves reparar o erro é de 5 mil milhões de anos, embora nos possa parecer
uma grande diferença, em termos astronómicos.

Uma questão que sempre despertou curiosidade dos seres humanos desde a
antiguidade é como teria surgido o Universo, essa imensidão formada por
espaço, tempo, matéria e energia. Há muitos tipos de respostas, principalmente
religiosas, mas, conforme passou o tempo, foram surgindo novas teorias
científicas baseadas em aspectos reais. A teoria religiosa fala que o Universo e
tudo que há dentro dele, inclusive o ser humano e os animais, foi criado por um
ser supremo, no caso, Deus. Isso não foi comprovado, e ninguém nunca vai
saber se é verdade ou não. Se aconteceu, não sabemos, aí surge a dúvida.
Por isso, foi elaborada a teoria do Big Bang, e, por ela ser científica, é
considerada "mais real" e com mais chances de ser verdadeira.

A TEORIA DA GRANDE EXPLOSÃO


(Em inglês, Big Bang) diz que toda a matéria do Universo estava comprimida ,
ocupando um volume extremamente pequeno. Ocorreu então, uma grande
explosão, que originou o Universo que até hoje está em expansão. Estima-se
que ele aconteceu há aproximadamente 15 bilhões de anos!

A Teoria Religiosa, como disse aí em cima, é basicamente que Deus criou


o Universo. É muito simples. Muitos religiosos acreditam nessa teoria, que,
apesar de muito complexa em relação á Deus, é também muito simples, pois
não se sabe ao certo se foi isso o que aconteceu. Se for verdade, nunca
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saberemos. Quem acredita, acredita, mas muitas pessoas confiam mais na


teoria do Big Bang, por ser científica e aprovada por pessoas que entendem
disso (astrônomos, astronautas, etc). A Teoria Religiosa envolve também a
criação do Homem, pois depois que ele fez a luz do Universo, que antes eram
trevas, etc, ele criou os mamíferos, os répteis e, por fim, o Ser Humano e a
Mulher. Isso não foi comprovado, então, não pode ser utilizada como base para
estudos, pois não tem como se estudar sem provas de que realmente
aconteceu! Mas, apesar disso, ainda pode ser considerada uma teoria
avaliável.

Também existem as Teorias Mitológicas, que são muito parecidas com a


Teoria Religiosa. Elas consistem na crença de que os seres mitológicos, ou
seja, fruto das imaginações indígenas e das diversas culturas do Mundo, que
criaram todo o Universo. Algumas dizem que o Universo foi fruto do amor entre
o Sol e a Lua, que tiveram vários filhos, sendo eles os Planetas. Vou colocar
aqui uma imagem do mito da criação segundo aborígenes australianos.

QUESTÕES PARA DEBATE


1. Como Deus criou o Universo?

R.: A resposta a essa pergunta é ainda um mistério e, por enquanto, temos


de conformar-nos com o que a esse respeito foi respondido a Kardec,
conforme texto que forma a questão 38 d´O Livro dos Espíritos: “Para me
servir de uma expressão corrente, direi: Pela sua vontade. Nada caracteriza
melhor essa verdade omnipotente do que estas belas palavras da Gênese:
Deus disse: Faça-se a luz e a luz foi feita.”

2. . Quais são os dois elementos gerais do Universo?

R.: Os dois elementos gerais do Universo são o elemento material, bruto e


totalmente inerte, e o elemento espiritual, inteligente, susceptível de
elaboração e desenvolvimento evolutivo, objectivando a realização de
individualidades conscientes, dotadas de razão e de vontade.

3. Que é matéria, conforme a acepção comum do termo?

R.: Numa definição bastante singela, matéria é tudo o que existe


constituindo o Universo físico, isto é, onde ocorrem os fenómenos que
afectam nossos sentidos, estejam eles desarmados ou armados com
potentíssimos instrumentos ópticos.

4. Que são elementos químicos e quantos deles existem?

R.:Elemento químico é nome que se dá a um pequeno número de


substâncias simples, isto é, indecomponíveis, das quais não se podem
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extrair outras substâncias, senão elas próprias, mostrando que constituem


princípios elementares e unos. Os elementos químicos naturais,
escalonados desde o hidrogénio até o urânio, são em número de 92.

5. Existe no Universo uma única substância primitiva de que se


derivam todas as outras?
R.: Sim, o fluido universal ou matéria cósmica, que é a fonte de que, por
modificações e combinações variadíssimas, provém tudo o que existe no
Universo, mesmo a matéria mais densa, com excepção tão-somente dos
seres espirituais.

1.2.COMPONENTES DO UNIVERSO

As galáxias
O Universo é composto por milhares de galáxias. As galáxias são agrupamentos de muitos milhares de milhão
de estrelas,
gases e poeiras, podendo ter vários tamanhos e formas. Há galáxias em forma de espiral, elípticas e irregulares.

Existem ainda galáxias muito distantes e intensamente activas numa zona limitada que liberta muita energia. Estas
galáxias, com o aspecto de uma só estrela muito brilhante, são designadas por quasares.

No Universo as galáxias não estão distribuídas ao acaso. Formam conjuntos chamados enxames de galáxias.

Os enxames de galáxias, por sua vez, ainda se reunem em grupos chamados superenxames.
Entre as estrelas de uma galáxia, entre as galáxias, entre os enxames de galáxias e os super-enxames, há muito,
muito espaço vazio.

Via Láctea
A Via Láctea é uma galáxia em espiral à qual pertence o Sol e todo o Sistema Solar. É formada por cerca de cem mil
milhões de estrelas, gases e poeiras.

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A Via Láctea pertence a um enxame de galáxias que tem cerca de trinta galáxias - o Grupo Local. Este enxame é dos
mais pequenos do Universo. O Grupo Local pertence ao Superenxame Local.

As galáxias que formam o Grupo Local girem, no seu conjunto, em volta do centro deste enxame de galáxias. As estrelas
que formam a Via Láctea giram em volta do centro da galáxia, mas nem todas as estrelas se movem à mesma velocidade.
O Sol, que está num dos braços da Via Láctea, gira à velocidade de 600 000 km/h, demorando cerca de 225 milhões de
anos para dar uma volta completa em torno do centro da galáxia.

1.3. O SISTEMA SOLAR. SUA FORMAÇÃO

SISTEMA SOLAR

O Sistema Solar é constituído pelo Sol e pelo conjunto dos corpos celestes
localizados no mesmo campo gravitacional. Fazem parte do Sistema Solar os
planetas, planetas anões, asteróides, cometas e os meteoróides (meteoritos).
Existem inúmeras teorias que tentam explicar como o Sistema Solar foi
formado, entretanto a mais aceite é a da Teoria Nebular ou Hipótese Nebular
onde diz que a formação do sistema se deu através de uma grande nuvem
formada por gases e poeira cósmica que em algum momento começou a se
contrair acumulando matéria e energia dando assim origem ao Sol.
Os planetas realizam sua órbita em torno do sol de forma elíptica cada qual
com suas próprias características como, por exemplo, massa, tamanho,
gravidade e densidade. Os planetas que estão mais próximos do sol possuem
composição sólida enquanto os planetas menos próximos possuem
composição gasosa.
Entre os outros corpos celestes, os asteróides são menores que os planetas e
são compostos por minerais não-voláteis. Os cometas são compostos por
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gelos voláteis que se estendem pelo núcleo, cabeleira e cauda.


Meteoróides são compostos por minúsculas partículas que ao chegar ao solo,
caso isso ocorra, recebe o nome de meteorito. O Sistema Solar está contido na
Via Láctea que ainda abriga cerca de 200 bilhões de estrelas.

PLANETAS DO SISTEMA SOLAR


Oito planetas orbitam em torno do Sol: Mercúrio, Vénus, Terra, Marte,
Júpiter, Saturno, Urano e Neptuno. Podemos classificar os planetas como
sólidos ou gasosos, ou, mais especificamente, de acordo com suas
características físico-químicas, como os planetas mais próximos do Sol sendo
sólidos e densos, mas de insignificante massa; e os planetas mais distantes
sendo gasosos massivos de baixa densidade.
Desde a sua descoberta em 1930 até 2006 Plutão foi considerado como o
nono planeta do Sistema Solar. Porém em 2006, a União Astronómica
Internacional criou a classificação de planeta anão. Actualmente, o Sistema
Solar possui cinco planetas anões: Plutão, Eris, Haumea, Makemake, e
Ceres. Todos são plutóides, com excepção de Ceres, localizado no cinturão
de asteróides.
As massas de todos estes objectos constituem em conjunto apenas uma
pequena porção da massa total do Sistema Solar (0,14%), com o Sol
concentrando a maior parte da massa total do Sistema Solar (99,86%). O
espaço entre corpos celestes dentro do Sistema Solar não é vazio, sendo
preenchido por plasma proveniente do vento solar, bem como poeira, gás e
partículas elementares, que constituem o meio interplanetário.

SOL

Imagem obtida da estação espacial Skylab da NASA em 19 de dezembro de 1973.

O Sol é a estrela central do Sistema Solar. Todos os outros corpos do Sistema


Solar, como planetas, planetas anões, asteroides, cometas e poeira, bem todos
os satélites associados a estes corpos, giram ao seu redor. O Sol é
responsável por 99,86% da massa do Sistema Solar.
O Sol possui uma massa 332 900 vezes maior que a da Terra, e, em seu
interior caberiam 1,3 milhões de Terras. A camada externa visível do Sol é
chamada fotosfera, e tem uma temperatura de 6.000°C. Esta camada tem uma

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aparência turbulenta devido às erupções energéticas que lá ocorrem.


A distância da Terra ao Sol é de cerca de 150 milhões de km e a luz solar
demora aproximadamente 8 minutos e 18 segundos para chegar à Terra.
A energia do Sol é responsável pelos fenômenos meteorológicos e pelo clima
na Terra, bem como a manutenção da vida de todos os seres vivos que
habitam nosso planeta.
O Sol é composto basicamente de hidrogênio (74% de sua massa, ou 92% de
seu volume) e hélio (24% da massa solar, 7% do volume solar), conta também
com traços de outros elementos, incluindo ferro, níquel, oxigênio, silício,
enxofre, magnésio, cálcio e cromo.

Eclipses do Sol

O eclipse solar ocorre quando a Lua passa diante do Sol e da Terra, cobrindo
parcialmente ou totalmente o Sol. Estes eventos podem ocorrer apenas
durante a Lua nova, onde o Sol e a Lua estão em conjunção, como visto da
Terra. Entre dois a cinco eclipses solares ocorrem por ano na Terra, com o
número de eclipses totais do Sol variando entre zero e dois. Eclipses totais do
Sol são raros em uma localização qualquer na Terra em razão de que cada
eclipse total existe apenas em um estreito corredor na área relativamente
pequena da penumbra da Lua.

1.3.1. OS PLANETAS

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Mercúrio

A superfície de Mercúrio é semelhante a superfície da Lua

Mercúrio é o planeta que está mais próximo do Sol e é o planeta que orbita
com maior velocidade (o ano mercuriano tem apenas 88 dias) é o segundo
planeta mais quente. Devido a sua proximidade à Terra e que permite a sua
observação a olho nu, é um dos 6 planetas conhecidos da antiguidade. Apesar
de não emitir luz própria aparente, reflecte a luz do Sol e é um dos planetas
mais brilhantes do céu. Entretanto, é um planeta complexo de observar. Visto
da Terra, nunca se afasta muito do Sol e está a maior parte do tempo ofuscado
por este. Sem o auxílio de um telescópio, só o conseguimos ver durante o pôr
ou o nascer do Sol. Por exemplo, pode ser visto pouco antes do nascer do Sol
como uma estrela da manhã que o precede. Além disso, o fato de Mercúrio ter
uma órbita mais próxima do Sol do que a da Terra permite-nos observar um
fenômeno astronômico interessante, chamado Trânsito Solar, que ocorre
quando Mercúrio visto da Terra passa à frente do Sol.

Vénus

Vênus é o segundo planeta mais próximo do Sol e o planeta mais próximo da


Terra. As perguntas intrigantes que este planeta "gémeo" da Terra nos coloca
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começam com o seu movimento de rotação própria. Uma rotação completa


sobre si mesmo demora 243.01 dias, o que é um período relativamente longo.
Além disso, enquanto que a maior parte dos planetas rodam sobre si próprios
no mesmo sentido, Vénus é uma das excepções. Tal como Urano e Plutão, a
sua rotação é retrógrada, o que significa que em Vênus o Sol nasce a leste e
põe-se a oeste. Durante muito tempo não se tinha a certeza do porquê que
existiam estas excepções, uma vez que a maior parte dos planetas no sistema
solar, mesmo os satélites dos vários planetas, rodam no mesmo sentido,
'herdado' do movimento de rotação da nuvem primordial, no entanto, estudos
dinâmicos recentes da obliquidade dos planetas podem explicar a rotação
atípica de Vênus.
Vênus pode ser visto com clareza a olho nu quatro horas antes de o Sol nascer
ou quatro horas depois do Sol se por, pois seu afastamento angular do Sol
visto da Terra é de no máximo 48 graus. E, quando o afastamento está próximo
do valor máximo, Vênus pode ser visto a olho nu a qualquer hora de um dia de
céu limpo, sendo necessário apenas conhecer sua localização na hora da
observação e desde que não esteja visualmente muito próximo do Sol. Por esta
razão, desde a antiguidade Vênus é também conhecido como a estrela
matutina ou estrela vespertina. No ponto do seu maior brilho, Vênus é 16 vezes
mais brilhante do que a estrela mais brilhante no céu, Sirius.

Terra

O planeta Terra é o 3º planeta a contar do Sol, apesar de ser aquele em que


vivemos e que conhecemos melhor, continua a ser o que nos intriga mais.
Única no nosso sistema solar, a complexidade física e química dos
mecanismos que a fizeram um lugar tão propício à vida continua a
surpreender-nos e a intrigar-nos.

Movimento de translação

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A Terra leva 365.256 dias para completar uma volta ao Sol. É este movimento,
combinado com a inclinação do seu eixo que dá origem às estações do ano.

Movimento de rotação, o dia e a noite.

A Terra demora 23.9345 horas para fazer uma rotação em torno do seu eixo
que tem uma inclinação de 23.45º com o plano da eclíptica. É este o
movimento responsável pela passagem dos dias e das noites.
A Terra possui uma só lua, que ficou presa ao campo gravitacional terrestre
após uma colisão, nos primeiros tempos do sistema solar, entre um
protoplaneta e a Terra.

A lua

A Lua é o único satélite da Terra e todos sabem que nos mostra sempre a
mesma face. Isto ocorre porque o seu período de rotação é igual ao seu
período de translação. Diz-se que tem uma rotação síncrona. Excessivamente
pequena para reter uma atmosfera, sem campo magnético global, a Lua está
geologicamente morta como indicam as grandes quantidades de crateras que
observamos.

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MARTE

Paisagem de Marte

Depois da Terra, Marte é o planeta mais fácil de observar.


Visto da Terra Marte parece um planeta vermelho. O seu eixo de rotação tem
uma inclinação muito semelhante à do nosso planeta, 25.19º, o que significa
que tem estações do ano. Ao contrário de Mercúrio, que está
exageradamente perto do Sol para que seja facilmente observado, e de
Vênus, cujas densa atmosfera e cobertura de nuvens bloqueiam a observação
da sua superfície, Marte está relativamente próximo da Terra sem estar muito
próximo do Sol. Possui uma atmosfera bem rarefeita, o que nos permite
observar a sua superfície com relativa facilidade. A melhor altura para observar
Marte é quando este se encontra na sua oposição, isto é, quando a Terra está
entre Marte e o Sol.

JÚPITER
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Júpiter é o maior planeta do sistema solar, e o primeiro dos gigantes gasosos.


Seu diâmetro é 11 vezes maior que o diâmetro da Terra e uma massa 318
vezes superior. Tal como Marte, a melhor altura para observar Júpiter no céu é
quando ele se encontra em oposição, quando a Terra fica entre Júpiter e o Sol.
Demora quase 12 anos a completar uma órbita, mas tem um período de
rotação relativamente rápido: 9h 50m 28s sendo considerado o planeta com a
rotação mais rápida do sistema solar.
O planeta possui uma atmosfera bastante complexa e dinâmica, com padrões
climáticos estáveis e uma aparente estrutura em camadas que exibem
diferentes cores. É um planeta com um interior quente, consequência da sua
própria ação gravitacional.
Júpiter será sempre um planeta difícil para estudos em razão das suas
condições agrestes. Pensa-se que a sua atmosfera é composta por nuvens de
gelo de amônia na primeira camada, seguidas por nuvens de hidrosulfureto de
amônio e finalmente por nuvens de água. As diferentes cores nas nuvens
observadas resultam da temperatura e, portanto da profundidade a que se
encontram: nuvens castanhas são as mais quentes, e portanto mais fundas,
seguidas de nuvens brancas, e as vermelhas as mais altas, e mais frias. No
entanto estas nuvens ocupam apenas os primeiros 100 km do interior do
planeta. À medida que penetramos no seu interior a pressão aumenta assim
como a temperatura. Júpiter, tal como os planetas terrestres, tem um núcleo
sólido, denso, com oito vezes a massa da Terra embora devido à pressão de
70 milhões de atmosfera tenha um diâmetro de apenas 11000 km (menor que a
Terra). A esta profundidade a temperatura é de 22000 K, ou 21726 ºC.

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SATURNO

Saturno é considerado um dos planetas mais bonitos e populares do sistema


solar. Apesar de todos os jovens planetas possuírem anéis, nenhum os possuí
como Saturno; tem uma órbita quase duas vezes maior que Júpiter embora
pelo seu grande tamanho (é o segundo maior planeta do sistema solar)
apareça no céu como uma estrela brilhante. De fato, ele é bem visível no céu,
sendo o planeta mais longínquo conhecido na antiguidade. Demora quase 30
anos a completar uma volta ao Sol e, tal como Júpiter, o seu período de
rotação interno é ligeiramente superior ao seu período equatorial..

URANO

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URANO foi o primeiro planeta a ser descoberto na era moderna.


Pela distância a que está do Sol, Urano demora 84 anos terrestres a completar
a sua órbita. Um dos aspectos mais curiosos da sua dinâmica é o seu eixo de
rotação ter uma inclinação de 97.86º com o plano da sua órbita, em outras
palavras, ele roda deitado. Especula-se que Urano tenha ganhado esta
inclinação depois da colisão com um protoplaneta de grandes proporções.
Curiosamente, apesar de um dos lados de Urano não receber luz solar durante
quase 22 anos, o registro de temperatura é o mesmo ao longo de toda a sua
superfície visível, o que sugere mecanismos eficazes de condução do calor
pela atmosfera, como as fortes tempestades originadas pelas diferenças de
temperatura.
Assim como Saturno, Urano também possui anéis. Porém, estes têm uma
composição química diferente, razão pela qual não é fácil observá-los já que
refletem muito pouco a luz do Sol.

NEPTUNO

Neptuno representa um marco na história do nosso conhecimento do Universo


e em particular do sistema solar, pois antes de ter sido observado no céu a sua
existência foi prevista no papel usando as leis de Newton. Tendo uma órbita, os
astrónomos apontaram os telescópios para a zona do céu onde esse planeta
deveria estar, e encontraram-no. O 8º planeta do sistema solar, 'deduzido' das
leis de Newton e descoberto depois em 1846, foi baptizando como Neptuno.
A uma distância média de 30 U.A., Neptuno demora 165 anos terrestres a
completar uma órbita. O movimento de rotação própria tem um período de 16
horas, e o eixo de rotação tem uma inclinação de apenas 29.56º com o plano
da órbita, ao contrário do que vimos em Urano.

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1.3.2. O SISTEMA TERRA-LUA

A Terra e a Lua formam entre si um sistema único. Os dois planetas


encontram-se unidos por uma forte ligação gravitacional e afectam-se
mutuamente. Na Terra, por exemplo, as marés dos oceanos são influenciadas
por alterações da força de gravidade exercida pela Lua.
O planeta Terra e o seu satélite natural, a Lua, encerram informações sobre a
história um do outro.
Terra e Lua estão interligadas entre si, precisam da existência uma da outra
para tudo funcionar.
Ambas estão próximas uma da outra, contudo estas foram formadas
separadamente.
Existem várias teorias sobre a origem da Lua, como por exemplo, pensa-se
que um planeta chamado Theia tenha chocado com o planeta Terra e com este
choque o planeta Theia se desintegrou, esta teoria é a mais aceite nos dias de
hoje.

IDADE DA TERRA
Os cálculos para determinação da Idade da Terra são feitos através de rochas
radioactivas, encontradas na crosta. De uma amostra de rocha contendo traços
de elementos radioactivos que se solidificou em certa época, basta conhecer
as meias-vidas desses elementos para saber o intervalo de tempo decorrido. A
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amostra não pode ter sido contaminada com amostras estranhas de elementos
radioactivos.

As mais antigas encontradas até hoje datam de 3,8 bilhões de anos,


encontradas na Groenlândia. Isso implica que a Terra se formou antes disso,
pois nessa época a Terra já havia se solidificado. De análises de meteoritos, foi
concluído que datam de 4,5 a 4,6 bilhões de anos. Acredita-se ser a época em
que se formaram os primeiros corpos sólidos do sistema solar

A Lua foi formada há 4.6 biliões de anos, esta é conhecida por ter um corpo
rochoso e isso deve-se aos inúmeros impactos por meteoritos.
Na Lua não existe vida, água nem ar por isso é-lhe chamada por um "mundo
morto", no entanto no caso da Terra ela está em constante evolução.
Na Terra podemos classificar a evolução por seis estágios provocados pelo
calor interno, destes estágios pode-se enumerar os mais importantes, há 4.5
biliões de anos sucedeu-se a formação de um núcleo denso, a actividade
vulcânica propiciou a formação de uma atmosfera.
A Terra e a Lua têm características com algumas diferenças, pois a Terra ao
possuir um interior quente e uma atmosfera erosiva esta não foi preservada tal
como ela era inicialmente, no caso da Lua tem um interior frio e não possui
atmosfera.
A Lua é um satélite que tem ¼ do diâmetro da Terra, e está apenas a 380 mil
Km de distância da Terra. A superfície da Lua é rica em alumínio e titânio e seu
interior é rochoso. Há possibilidades de existir na Lua em pequeníssima
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quantidade de uma atmosfera. A falta de água líquida e de atmosfera que


forme ventos, impede qualquer erosão, por isso a Lua tem grande quantidade
de crateras visíveis. Qualquer buraco formado na Lua não desmancha pois não
há erosão.

A quantidade de meteoritos que caem na Terra é muito maior do que a


quantidade que cai na Lua, só que na Terra a erosão causada pela chuva e
vento desmancha as crateras produzida por eles.

Ela é um dos maiores satélites relativo ao seu planeta, com uma relação 1/81
da massa terrestre.

1.3.3.ASTERÓIDES, METEORITOS E COMETAS

Qual é a diferença entre asteróide, cometa e meteoro?

COMETA
É uma grande bola de gelo - formada pela junção de vários gases - que vaga
pelo espaço. O cometa é uma espécie de "sobra" do processo de formação dos
grandes planetas gasosos do sistema solar, como Júpiter e Saturno. Este bloco
gelado que você vê aqui é só uma minúscula parte de todo o cometa, é o seu
núcleo sólido, que em geral tem uns 6 km de diâmetro

ASTERÓIDE
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Enquanto o cometa é uma bola de gases congelados, o asteróide é uma


grande pedra espacial. Também é uma "sobra" do sistema solar, mas uma
sobra do processo de formação dos planetas rochosos, como Terra e Marte.
Com formato irregular, a maioria dos asteróides tem cerca de 1 km de diâmetro
- mas alguns podem chegar a centenas de quilómetros.

METEORÓIDE
É um asteróide pequeno. Não há um limite exacto, mas a partir de 1 km de
diâmetro as pedras espaciais costumam ser chamadas de asteróides. A maior
parte dos meteoróides equivale a grãos de areia. Mas esses são quase
imperceptíveis: toneladas se dirigem à atmosfera da Terra todos os dias. Já
meteoróides com uns 4 m de diâmetro deixam sinais mais evidentes

RASTRO GIGANTE
Nuvem gasosa em volta do núcleo do cometa tem diâmetro 15 vezes maior que
a Terra!
O núcleo sólido é uma parte insignificante do cometa. Ele é permanentemente
envolvido por uma nuvem gasosa que chega a ter um diâmetro de 200 mil km,
mais de 15 vezes o diâmetro da Terra! E isso sem contar a famosa cauda, um
rastro de poeira e gases que surge quando o cometa se aproxima do Sol e
pode atingir 100 milhões de km de extensão!
Terra à vista! Quando entram na nossa atmosfera, pedras espaciais ganham
outros nomes
METEORO
Um meteoróide que entra na atmosfera da Terra passa a ser chamado de
meteoro. Com uma velocidade de 70 km/s, essas pedras queimam em contato
com os gases do ar, formando um rastro de luz - as populares estrelas
cadentes. A maioria dos meteoros são grãos de poeira que saíram de cometas

METEORITO
São os meteoros que não se desintegram totalmente no choque com a
atmosfera. Portanto são pedras espaciais que de fato caem na superfície do
planeta. O desgaste da passagem pelas várias camadas da atmosfera faz um
meteoro de 4 m virar um meteorito com cerca de 1 m de diâmetro

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1.4. OS MOVIMENTOS DA SUPERFÍCIE TERRESTRE

Movimentos da Terra: Rotação, translação e estações do ano

COComo todos os corpos do Universo, a Terra também não está parada. Ela
realiza inúmeros movimentos. Os dois movimentos principais do nosso planeta
são o de rotação e o de translação, cujos efeitos sentimos no cotidiano.

Rotação
O movimento de rotação da Terra é o giro que o planeta realiza ao redor de si
mesmo, ou seja, ao redor do seu próprio eixo. Esse movimento se faz no
sentido anti-horário, de oeste para leste, e tem duração aproximada de 24
horas. Graças ao movimento de rotação, a luz solar vai progressivamente
iluminando diferentes áreas, do que resulta a sucessão de dias e noites nos
diversos pontos da superfície terrestre.

Vale lembrar que, durante o ano, a iluminação do Sol não é igual em todos os
lugares da Terra, pois o eixo imaginário, em torno do qual a Terra faz a sua
rotação, tem uma inclinação de 23o 27, em relação ao plano da órbita terrestre.

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O movimento aparente do Sol - ou seja, o deslocamento do disco solar tal


como observado a partir da superfície - ocorre do leste para o oeste. É por isso
que, há milhares de anos, o Sol serve como referência de posição: a direção
onde ele aparece pela manhã é o leste ou nascente - e a direção onde ele
desaparece no final da tarde é o oeste ou poente.

Translação
Já o movimento de translação é aquele que a Terra realiza ao redor do Sol
junto com os outros planetas. Em seu movimento de translação, a Terra
percorre um caminho - ou órbita - que tem a forma de uma elipse.

A velocidade média da Terra ao descrever essa órbita é de 107.000 km por


hora, e o tempo necessário para completar uma volta é de 365 dias, 5 horas e
cerca de 48 minutos.

Esse tempo que a Terra leva para dar uma volta completa em torno do Sol é
chamado "ano". O ano civil, adotado por convenção, tem 365 dias. Como o ano
sideral, ou o tempo real do movimento de translação, é de 365 dias e 6 horas, a
cada quatro anos temos um ano de 366 dias, que é chamado ano bissexto

Estações do ano

As datas que marcam o início das estações do ano determinam também a


maneira e a intensidade com que os raios solares atingem a Terra em seu
movimento de translação. Essas datas recebem a denominação de equinócio e
solstício.

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Para se observar onde e com que intensidade os raios solares incidem sobre
os diferentes locais da superfície terrestre, toma-se como ponto de referência
a linha do Equador.

As estações do ano estão directamente relacionadas ao desenvolvimento das


actividades humanas, como a agricultura e a pecuária. Além disso, determinam
os tipos de vegetação e clima de todas as regiões da Terra. E são opostas em
relação aos dois hemisférios do planeta (Norte e Sul).

Quando no hemisfério Norte é inverno, no hemisfério Sul é verão. Da mesma


maneira, quando for primavera em um dos hemisférios, será outono no outro.
Isso ocorre justamente em função da posição que cada hemisfério ocupa em
relação ao Sol naquele período, o que determina a quantidade de irradiação
solar que está recebendo.

Durante o inverno, as noites são tanto mais longas quanto mais o Sol se afasta
da linha do Equador. É esse afastamento que faz as temperaturas diminuírem.
Já durante o verão, os dias são tanto mais longos quanto mais o Sol se
aproxima da linha do Equador e dos trópicos. Por isso, as temperaturas se
elevam. No outono e na primavera, os dias e as noites têm a mesma duração.

2. A ATMOSFERA

2.1. Estrutura vertical da atmosfera: Sua composição

Uma atmosfera (do grego antigo: ἀτμός, vapor, ar, e σφαῖρα, esfera) é uma
camada de gases que envolve (geralmente) um corpo material
com massa suficiente, os gases são atraídos pela gravidade do corpo e são
retidos por um longo período de tempo; se a gravidade for alta e
a temperatura da atmosfera for baixa, alguns planetas consistem
principalmente de vários gases e portanto têm atmosferas muito profundas (um
exemplo seria os planetas gasosos).
Atmosfera é a camada gasosa que envolve e acompanha a Terra em todos
os seus movimentos, devido à força da gravidade. Ela tem a função de
equilibrar a temperatura do planeta.
A atmosfera é composta de vários gases importantes para a vida, como
o oxigénio, o nitrogênio e o gás carbônico, que formam uma mistura
transparente, incolor e inodora chamada de ar atmosférico. Além dos gases, há
também vapor de água, partículas em pó, micro-organismos etc.
Os gases mais pesados da atmosfera estão concentrados mais próximos da
superfície terrestre e os mais leves estão mais distantes. À medida que
aumenta a altitude, a atmosfera torna-se cada vez mais rarefeita (em altitudes

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mais elevadas sentimos falta de ar). A 80 km de altitude o oxigênio é quase


inexistente, pois, por ser um gás pesado, não se mantém em altas altitudes.

A atmosfera faz parte do estrato geográfico junto com a "litosfera" (conjunto de


rochas e solos), a "hidrosfera" (conjunto de todas as águas do planeta) e a
"biosfera" (elementos encontrados na atmosfera, na litosfera e na hidrosfera).
Esses componentes se relacionam entre si, isto é, são interdependentes:
qualquer alteração em um deles implica a alteração do conjunto.

O termo atmosfera estelar é usada para designar as regiões externas de


uma estrela e normalmente inclui a porção entre a fotosfera opaca e o começo
do espaço sideral. Estrelas com temperaturas relativamente baixas podem
formar compostos moleculares em suas atmosferas externas. A atmosfera
terrestre protege os organismos vivos dos raios ultravioleta e também serve
como um estoque, fazendo com que o gás oxigénio não escape.
A pressão atmosférica é a força por unidade de área que é aplicada
perpendicularmente numa superfície pelo gás circundante. É determinada pela
força gravitacional planetária em combinação com a massa total de uma coluna
de ar acima de um determinado local na superfície. As unidades de pressão
atmosférica são baseadas pela atmosfera padrão

Composição

As camadas mais altas da atmosfera terrestre.

A composição inicial da atmosfera de um corpo geralmente reflecte a


composição e a temperatura da nebulosa solar local durante a formação
planetária e o subsequente escape dos gases interiores. Estas atmosferas
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originais sofrem uma evolução com o decorrer do tempo, sendo que a


variedade dos planetas se reflecte em muitas atmosferas diferentes.
Por exemplo, as atmosferas de Vênus e Marte são compostas primariamente
de dióxido de carbono, com pequenas quantidades de
nitrogênio, argónio e oxigênio, além de traços de outros gases.
A composição atmosférica terrestre reflecte as actividades dos seres vivos. As
baixas temperaturas e a alta gravidade dos planetas gasosos permitem a eles
reter gases com baixas massas moleculares. Portanto, estes contêm
hidrogénio e hélio e subsequentes compostos, formados pelos
dois. Titã e Tritão, satélites de Saturno e Neptuno, respectivamente,
apresentam composições atmosféricas não desprezíveis, primariamente
constituídas de nitrogénio. Plutão também apresenta uma atmosfera
semelhante, mas esta se congela quanto o planeta-anão se afasta do Sol.

Camadas da Atmosfera
A atmosfera é formada por cinco camadas desde a superfície terrestre até a
mais externa:

 Troposfera – Atinge até cerca de 10 a 12 km de altitude e concentra


75% dos gases e 80% da umidade atmosférica (vapor de água, cristais
de gelo etc. que formam as nuvens). É a camada na qual ocorrem as
perturbações atmosféricas. À medida que se eleva pode atingir -60°C na
parte superior, que é chamada de tropopausa.

 Estratosfera – Estende a partir da troposfera até cerca de 50 km. O


vapor de água é quase inexistente e não se formam nuvens. É uma
região importante devido à presença de ozônio, que filtra a maior parte
dos raios ultravioletas emitidos pelo sol. A temperatura aumenta com a
altitude, chegando a atingir 2°C na parte superior.

 Mesosfera – Dá início à chamada atmosfera superior e vai da


tropopausa até 80 km de altitude. Ao contrário do que ocorre na
estratosfera, aqui a temperatura diminui com a altitude (o ar é mais
rarefeito), podendo atingir -90°C no limite superior.

 Ionosfera – Prolonga-se da mesosfera até cerca de 600 km. O ar é


muito rarefeito e carregado de íons (partículas electrizadas que têm a
propriedade de reflectir as ondas de rádio e TVS). É nessa camada que
os meteoros (estrelas cadentes) se desintegram. A temperatura pode
atingir até 1000°C na parte superior.

 Exosfera – É a camada mais externa da atmosfera. Começa mais ou


menos a 600 km de altitude, com limites superiores imprecisos. A
inexistência de ar permite temperaturas elevadíssimas (mais de
1000°C).

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2.2. A RADIAÇÃO SOLAR E A RADIAÇÃO TERRESTRE: SUA INFLUÊNCIA


NOS CLIMAS DO MUNDO

A radiação solar é a quantidade de energia, sob a forma de luz e calor,


recebida por uma unidade de uma superfície horizontal. A luz solar
propaga-se para o espaço, em todas as direcções e em quantidades de
energia elevadíssimas – radiação solar –, mas só uma pequena parte atinge
a superfície da Terra.
A quantidade de energia solar recebida à superfície da Terra varia de lugar
para lugar, havendo, então, uma variação e uma distribuição desigual desta
energia. A radiação solar é um fenómeno de natureza electromagnética,
propagando-se segundo um movimento ondulatório. A velocidade da
radiação solar é de 300 000 km/s, levando cerca de oito minutos a chegar à
Terra. Esta é constituída por radiações simples, referenciadas pelo seu
comprimento de onda ou pela sua frequência. Constante Solar ,
corresponde à quantidade de radiação solar recebida no limite superior da
atmosfera, em cada segundo, por centímetro quadrado de uma superfície
perpendicular aos raios solares. Ao longo do dia, a temperatura começa a
subir a partir do momento em que os primeiros raios de sol chegam á Terra,
e, antes desse acontecimento registam-se os valores mais baixos do dia. A
radiação solar atinge o seu valor máximo por volta do meio-dia, que é a
altura em que os raios solares incidem mais na vertical sobre a superfície
terrestre.
Os processos atmosféricos que explicam perda da radiação solar são a
absorção, a reflexão e a difusão. Na absorção estratosfera, absorve
intervém grande o ozono parte da que, na radiação ultravioleta. O vapor de
água, o dióxido de carbono, as poeiras e as nuvens são, também,
responsáveis pela absorção de uma parte da radiação solar. Uma boa parte
da radiação solar perde-se por reflexão, no topo das nuvens e na superfície
terrestre, em particular nas regiões cobertas de gelo.
Tipos de Radiações e suas acções existe a radiação solar global (a que
atinge a superfície da terra), a radiação solar difusa (a que é recebida
indirectamente na superfície da Terra), a radiação solar directa (a que
incide directamente sobre a superfície da Terra) e a radiação terrestre (a
quantidade de energia devolvida pela Terra, sob a forma de radiações de
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grande comprimento de onda). A radiação difusa, ao atingir o solo, junta-


se à radiação solar directa e forma a radiação global, que é então absorvida
pela superfície da terra e rapidamente convertida em energia calorifica,
sendo posteriormente reenviada para a atmosfera, em igual quantidade à
que havia sido recebida, através da radiação terrestre. Deste modo, e tendo
em conta que a quantidade de energia recebida à superfície é igual à
devolvida para a atmosfera, a Terra encontra-se em equilíbrio térmico e se
assim não fosse, o planeta não conseguiria manter uma temperatura média
da ordem dos 15ºC, iria antes aquecendo ou arrefecendo constantemente.
Assim concluímos que a temperatura é constante porque a Terra perde uma
quantidade de energia equivalente à que recebe (a radiação solar é
equivalente à radiação terrestre, o que vai realizar o equilíbrio térmico)

2.3. A TEMPERATURA E A PRESSÃO ATMOSFÉRICA

A pressão atmosférica nada mais é do que a quantidade de peso que o ar


exerce na Litosfera. Quando o ar se aquece, suas moléculas se agitam com
mais intensidade, e com isso o ar tende a expandir. Com isso ele fica mais
leve, criando zonas de baixa pressão atmosférica, também chamadas
de ciclones, ou zonas ciclonais.

Quando o ar fica mais frio, acontece o contrário, menos agitação de moléculas


causa uma certa contracção do ar e estas moléculas tendem a se aproximar
mais. Quando isso acontece o ar acaba ficando mais concentrado e
consequentemente mais pesado. Porções de ar mais frio criam portando zonas
de alta pressão atmosférica, ou zonas anti ciclonais.

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RELAÇÃO ENTRE TEMPERATURA E PRESSÃO

Desta maneira, é possível perceber que conforme a temperatura aumenta a


pressão diminui. Quando a temperatura diminui a pressão atmosférica aumenta
consequentemente.

Aumento da temperatura causa diminuição da pressão

Uma consequência da diferença de pressão entre a Atmosfera, é o


deslocamento do ar, denominado de vento. Este se desloca sempre das
regiões de alta pressão para as de baixa pressão, ou seja, das áreas ciclonais
para as anti ciclonais.

A direcção dos ventos de zonas de alta pressão para zonas de baixa pressão
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Outro aspecto importante se dá quando analisamos as diferenças entre


pressão atmosférica em áreas com altitudes diferentes. Quanto mais próximo
do nível do mar, mais próximo o ar estará do centro gravitacional da Terra, com
isso a força de atracção será maior e consequentemente o ar tenderá a ficar
mais concentrado netas áreas de altitude baixa.
A consequência disto será percebida principalmente na temperatura. Como o
gás estará mais concentrado nas áreas de baixa altitude, ele conseguirá
manter o calor por mais tempo, com isso o calor se mantém por mais tempo no
ar. Já em áreas mais altas acontece o contrário. O ar estará mais disperso e
com isso tenderá a perder mais facilmente o calor.

2.4. O sistema de ventos

4. AS ÁGUAS NO MUNDO

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Antes de tudo é sempre bom lembrar que sem água não haveria
vida em nosso planeta. Ela é de extrema importância para a vida
de todos os seres vivos que habitam a Terra. Embora este
recurso seja encontrado em abundância em nosso planeta (cerca
de 70% da superfície é composto por água), somente 4% da
água é doce, ou seja, própria para o consumo. Levando em
conta que a população mundial atual é de sete bilhões de
habitantes e continua crescendo, é de fundamental importância
que o ser humano busque formas de usar a água de forma
racional e inteligente. Economizar água para que não falte no
futuro é o grande desafio ambiental neste início de milênio.

3.1. IMPORTÂNCIA DA ÁGUA

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A água é fonte da vida. Não importa quem somos, o que fazemos, onde
vivemos, nós dependemos dela para viver. No entanto, por maior que seja a
importância da água, as pessoas continuam poluindo os rios e destruindo as
nascentes, esquecendo o quanto ela é essencial para nossas vidas. A água é,
provavelmente o único recurso natural que tem a ver com todos os aspectos da
civilização humana, desde o desenvolvimento agrícola e industrial aos valores
culturais e religiosos arraigados na sociedade. É um recurso natural essencial,
seja como componente bioquímico de seres vivos, como meio de vida de várias
espécies vegetais e animais, como elemento representativo de valores sociais
e culturais e até como factor de produção de vários bens de consumo final e
intermediário.

Segundo as estatísticas, 70% da superfície do planeta são constituídos de


água. Dessa água toda, de longe o maior volume é de água salgada e somente
2,5% são de água doce e, desses míseros 2,5%, quase 98% estão
“escondidos” na forma de água subterrânea. Isto quer dizer que a maior parte
da água facilmente disponível e própria para consumo é mínima perto da
quantidade total de água existente na Terra. Nas sociedades modernas, a
busca do conforto implica necessariamente em um aumento considerável das
necessidades diárias de água.

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Os recursos hídricos têm profunda importância no desenvolvimento de diversas


actividades económicas. Em relação à produção agrícola, a água pode
representar até 90% da composição física das plantas. A falta d’água em
períodos de crescimento dos vegetais pode destruir lavouras e até
ecossistemas devidamente implantados. Na indústria, para se obter diversos
produtos, as quantidades de água necessárias são muitas vezes superiores ao
volume produzido.

Observando os dados abaixo, percebemos que precisamos utilizar a água de


forma prudente e racional, evitando o desperdício e combatendo a poluição,
pois:

– Um sexto da população mundial – mais de um bilhão de pessoas – não tem


acesso a água potável;
– 40% dos habitantes do planeta (2.9 bilhões – a estimativa da população em
2013 foi de 7.3 bilhões) não têm acesso a serviços de saneamento básico;
– Cerca de 6 mil crianças morrem diariamente devido a doenças ligadas à água
insalubre e a saneamento e higiene deficientes;
– Segundo a ONU, até 2025, se os atuais padrões de consumo se mantiverem,
duas em cada três pessoas no mundo vão sofrer escassez moderada ou grave
de água.

A ÁGUA NO MUNDO

No dia 22 de Março, é comemorado o dia mundial da água. Se hoje os países


lutam por petróleo, não está longe o dia em que a água será devidamente
reconhecida como o bem mais precioso da humanidade.

A Terra possui 1,386 bilhões de quilómetros cúbicos de água, mas apenas


2,5% desse total é de água doce. Os rios, lagos e reservatórios de onde a
humanidade retira o que consome só correspondem a 0,26% desse percentual.
Daí a necessidade de preservação dos recursos hídricos. Em todo mundo, em
média, 10% da utilização da água vai para o abastecimento público, 23% para
a indústria e 67% para a agricultura.

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A água doce utilizada pelo homem vem das represas, rios, lagos, açudes,
poços, reservas subterrâneas e em certos casos do mar (após um processo
chamado dessalinização). A água para o consumo é armazenada em
reservatórios de distribuição e depois enviada para grandes tanques e caixas
d’água de casas e edifícios. Após o uso, a água deveria seguir pela rede de
captação de esgotos. Antes de voltar à natureza, ela deveria ser tratada para
evitar a contaminação de rios e reservatórios, mas isso não é o caso em
grande parte dos países do mundo.

3.1.1.ÁGUAS DOCES: SUPERFICIAIS E SUBTERRÂNEAS


Água doce: é a água que encontramos em rios, lagos, riachos, etc. Possui
baixa quantidade de minerais e algumas impurezas (caso esteja contaminada).
É uma água de cor marrom, pois possui também grande quantidade de terra
dissolvida. Para ser consumida precisa passar por processo de tratamento
específico. Quando está limpa, costuma abrigar grandes quantidades de
peixes. O Brasil é um país rico em água doce graças a grande quantidade de
rios.

Águas subterrâneas são aquelas presentes no subsolo do planeta Terra,


localizando-se, principalmente, em espaços vazios entre as rochas.

Estas águas representam uma importante fatia da água doce do planeta e


estão presentes, principalmente, nos aquíferos.

IMPORTÂNCIA DA ÁGUA DOCE PARA OS SERES


HUMANOS (PRINCIPAIS USOS DA ÁGUA):

- Funcionamento e manutenção do corpo humano.

- Irrigação na agricultura (produção de alimentos para os seres


humanos). Uso também na pecuária (criação de gado).

- Funcionamento dos ecossistemas (fauna e flora), tanto


aquáticos quanto terrestres.

- Uso da água na produção industrial (bens materiais,


medicamentos, alimentos industrializados, etc.).

- Geração de energia nas usinas hidroeléctricas.

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- As evaporações da água doce das principais fontes hídricas


(rios, lagos, açudes e represas) são importantes na formação de
chuvas e da umidade do ar.

Principais características:

Quase a totalidade das águas subterrâneas é doce e, portanto, próprias para o


consumo humano.

Em muitos locais a extracção das águas subterrâneas é complexa, em função


da profundidade do aquífero ou da presença de rochas muito duras.
Em muitos locais podem possuir grandes quantidades de minerais.

Poluição das águas subterrâneas

As águas subterrâneas podem, assim como as superficiais, enfrentar


problemas relacionados à poluição. Esta deriva, principalmente, da
contaminação do solo por produtos químicos de origem agrícola (pesticidas),
industrial (chumbo e outros metais pesados) e residencial (esgoto doméstico).
Estes poluentes podem penetrar na terra e contaminar as águas subterrâneas,
deixando-as impróprias para o consumo. Uma vez poluídas, estas águas
subterrâneas podem conduzir estes poluentes para os rios e lagos com os
quais possuem contacto.

As águas subterrâneas estão presentes em grande volume no Brasil. Sendo


que a maior quantidade deste tipo de água está presente no Aquífero Guarani,
localizado no subsolo dos estados de SP, MS, GO, PR, SC, RS, noroeste do
Uruguai e faixa leste da Argentina. Este aquífero possui, aproximadamente, 35
trilhões de metros cúbicos de água doce.

Os mais importantes aquíferos brasileiros são: Barreiras (costa nordeste e


norte do Brasil); Solimões e Alter do Chão (Amazônia); Cabeças, Serra Grande
e Poti-Piauí (estados do Piauí e Maranhão); Açu (no Rio Grande do Norte) e
São Sebastião (na Bahia).
Água potável: destinada ao consumo humano por apresentar as condições
ideais para a saúde. Pode ser tratada ou retirada de fontes naturais, desde que
seja pura

As águas subterrâneas estão presentes em grande volume em todo o mundo.


Sendo que a maior quantidade deste tipo de água está presente no Aquífero
Guarani, localizado no subsolo dos estados de SP, MS, GO, PR, SC, RS,

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noroeste do Uruguai e faixa leste da Argentina. Este aquífero possui,


aproximadamente, 35 trilhões de metros cúbicos de água doce.

De acordo com estudos hidrológicos recentes, as águas subterrâneas possuem


volume cem vezes maior do que as águas doces superficiais (presentes nos
rios, lagos, córregos e etc.).
Em algumas localidades, as águas subterrâneas afloram das rochas com
temperaturas elevadas.

3.1.2. ACÇÃO DA ACTIVIDADE HUMANA NA VARIAÇÃO DOS RECURSOS


HÍDRICOS

A gestão dos recursos hídricos: as actividades humanas e a quantidade e


qualidade da água.

Actualmente, existe uma crescente contaminação dos cursos de água devido à


actividade industrial e agrícola e aos esgotos domésticos, que provocam uma
grande quantidade de afluentes (emissão localizada de líquidos, geralmente
esgotos).

Actividades que estão na base da produção de efluentes que contaminam


a água:
-poluição das águas subterrâneas (devido à agricultura intensiva)
-indústria (responsável por muitos dos poluentes existentes na água)
-pecuária
-actividade mineira
-produção energética
-crescimento urbano
-esgotos domésticos

Ultimamente, para inverter esta situação têm sido criadas Estações de


tratamento de esgotos industriais e domésticos, de forma a preservar um dos
maiores recursos do nosso planeta.

Os riscos da gestão dos recursos hídricos

Água residual: água procedente de usos domésticos, comerciais ou


industriais, pelo que se encontra poluída.

As estações de tratamento de águas residuais (ETAR) têm como objectivo


diminuir a quantidade de matéria poluente da água.

O consumo racional de água na actividade industrial apresenta duas


vertentes de grande importância:
-Utilização de tecnologias modernas menos exigentes em água (tecnologias
secas)
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-Reciclagem das suas águas residuais, com a instalação de sistemas de


tratamento e de reutilização.

Medidas para melhor gestão dos recursos hídricos


Agricultura Técnicas modernas de transporte de
água e de irrigação que evitam grandes
perdas líquidas
Transporte de água As condutas fechadas evitam a perda
de água por evaporação
Rega A irrigação controlada permite um
aproveitamento racional da água
Águas residuais Tratamento nas ETAR
Actividades domésticas Campanhas que visem evitar
consumos de água desnecessários

As medidas de controlo da qualidade das águas

Pode ser de diversos tipos e estendem-se a várias áreas de intervenção.


Assim podem ser:

Nível do ambiente Implementação das ETAR


Nível do abastecimento de água à Alargamento dos sistemas
população intermunicipais
Nível do ordenamento do território Implementação do POA (Plano de
ordenamento das bacias hidrográficas
que consiste na legislação que
regulamenta o ordenamento e o uso do
território que se inclui numa bacia
hidrográfica)
Nível da legislação Penalização de empresas que
contaminam os recursos hídrico
Nível da educação ambiental Formações de consciência cívica

3.2 AS ÁGUAS SALGADAS

Água salgada: é a conhecida água do mar. Possui grande quantidade de sais,


principalmente o famoso sal de cozinha (cloreto de sódio). Não pode ser
consumida pelo ser humano.

3.2.1. A POLUIÇÃO DAS ÁGUAS OCEÂNICAS

3.2.2. A EXPLORAÇÃO DOS RECURSOS MARINHOS

Os Recursos Marítimos

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Corrente marítima: Fluxo circular de água nas grandes bacias oceânicas do


mundo, produzido pelos efeitos combinados dos ventos dominantes e da
rotação da terra.

Factores responsáveis pela diversidade das correntes marítimas:


-temperatura
-salinidade
-ventos dominantes

Mecanismo das marés

As marés são igualmente um elemento muito importante dos oceanos. Elas


resultam numa subida e numa descida das águas oceânicas, devido à atracção
gravitacional combinada do sol e da lua. Assim:
Marés Vivas Verificam-se quando a atracção do sol
se associa à da Lua, dando lugar a
marés fortes
Marés Mortas Verificam-se quando a atracção do sol
se opõe à da Lua, dando origem a
marés mortas

É por acção sobretudo das ondas que os oceanos constituem importantes


agentes modeladores da costa litoral, uma vez que por acção das mesmas vão
transformando profundamente a paisagem costeira, a abrasão marinha*:

Abrasão marinha: É o processo de desgaste da superfície terrestre provocado


pelo embate de fragmentos de rocha transportados pelas ondas.

4- O AMBIENTE

4.1 OZONO

4.2.EFEITO ESTUFA

O Efeito Estufa é a forma que a Terra tem para manter sua temperatura
constante. A atmosfera é altamente transparente à luz solar, porém cerca de
35% da radiação que recebemos vai ser reflectida de novo para o espaço,
ficando os outros 65% retidos na Terra. Isto deve-se principalmente ao efeito
sobre os raios infravermelhos de gases como o Dióxido de Carbono, Metano,
Óxidos de Azoto e Ozónio presentes na atmosfera (totalizando menos de 1%
desta), que vão reter esta radiação na Terra, permitindo-nos assistir ao efeito
calorífico dos mesmos.
Nos últimos anos, a concentração de dióxido de carbono na atmosfera tem
aumentado cerca de 0,4% anualmente; este aumento se deve à utilização de
petróleo, gás e carvão e à destruição das florestas tropicais. A concentração de
outros gases que contribuem para o Efeito de Estufa, tais como o metano e os
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clorofluorcarbonetos também aumentaram rapidamente. O efeito conjunto de


tais substâncias pode vir a causar : Mudanças climáticas drásticas, onde
lugares de temperaturas extremamente frias sofrem elevações nas mesmas ou
em áreas úmidas comecem a enfrentar períodos de estiagem. Além disso, o
fenómeno pode levar áreas cultiváveis e férteis a entrar em um processo de
desertificação.
Aumento significativo na incidência de grandes tempestades, furacões ou
tufões e tornados.
Perda de espécies da fauna e flora em distintos domínios naturais do planeta.
Contribuir para o derretimento das calotas de gelo localizadas nos pólos e
consequentemente.
Provocar uma elevação global nos níveis dos oceanos.
O efeito estufa é um fenómeno atmosférico que ocorre na troposfera e
consiste na retenção do calor irradiado pela superfície terrestre, pelas
partículas de gases e de água em suspensão, garantindo a manutenção do
equilíbrio térmico do planeta e, portanto a sobrevivência das espécies vegetais
(que processam a fotossíntese) e animais. Um desequilíbrio na composição
atmosférica, provocado pela concentração elevada de certos gases que têm
capacidade de absorver calor, como o metano, o dióxido de carbono e o óxido
nitroso, provocam um armazenamento maior de calor que é reflectido para a
terra resultando no efeito estufa.

4.3.AQUECIMENTO GLOBAL

4.4. DISTINTOS TIPOS DE POLUIÇÃO

4.5. DESFLORESTAÇÃO

GEOGRAFIA ECONÓMICA
1-DEMOGRAFIA E SUAS VARIAÇÕES

DEMOGRAFIA

A Demografia é uma área da ciência geográfica que estuda a dinâmica


populacional humana. O seu objecto de estudo engloba as dimensões,
estatísticas, estrutura e distribuição das diversas populações humanas. Estas
não são estáticas, variando devido
à natalidade, mortalidade, migrações e envelhecimento. A análise
demográfica centra-se também nas características de toda uma sociedade ou
um grupo específico, definido por critérios como a Educação, a
nacionalidade, religião e pertença étnica.

No século XIX, mais precisamente no ano de 1855, Achille Guillard, em seu


livro Eléments de Statistique Humaine ou Démographie Comparée (Elementos
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de Estatística Humana ou Demografia Comparada), usou pela primeira vez o


termo demografia.

POLÍTICAS DEMOGRÁFICAS NO MUNDO


Significado: demo- povo; grafia- estudo, ou seja, Demografia é o estudo do
povo/população.
A demografia é um estudo que engloba desde estudos individuais e
dependentes, até projectos do governo em relação à população, como o IDH.
Ao definir sua política (governo) tem duas opções: estimular ou dificultar novos
nascimentos. Medidas como complementação salarial para auxílio aos pais que
têm mais filhos, ou aumento de impostos para os jovens de uma certa idade
que ainda não tenham filhos, podem ser chamadas natalistas, pois estimulam o
aumento da taxa de natalidade. Por outro lado, quando o governo sobretaxa o
imposto para pais que têm mais filhos, ou desenvolve políticas directas de
controle da natalidade como liberação do aborto ou distribuição
de anticoncepcionais, está optando por uma política anti natalista.
A população está em explosão demográfica desde a revolução industrial que
começou na Inglaterra no século XIX, na primeira metade desse mesmo
século. Apresenta-se de seguida a evolução da população mundial:[3]

 1 a 2 bilhões de pessoas entre 1804 a 1927 - 123


anos se passaram.
 2 a 3 bilhões de pessoas entre 1927 a 1960 - 33
anos se passaram.
 3 a 4 bilhões de pessoas entre 1960 a 1975 - 15
anos se passaram.
 4 a 5 bilhões de pessoas entre 1975 a 1987 - 12
anos se passaram.
 5 a 6 bilhões de pessoas entre 1987 a 1999 - 12
anos se passaram.
 6 a 7 bilhões de pessoas entre 1999 a 2011 - 12
anos se passaram.
A análise da progressão da população humana indica que esta está crescendo
cada vez mais lentamente (actualmente 1.14% ao ano), e prevê-se que
estabilize nos 10 bilhões por volta do ano 2100.
A população mundial é de cerca de 7377 milhões de pessoas.
A demografia estendeu-se além do campo da antropologia. Principalmente na
segunda metade do século XX, muitos estudos voltaram-se ao estudo da
demografia de animais e de plantas.

CONCEITOS DEMOGRÁFICOS

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Compreender os conceitos demográficos é fundamental para entender as


dinâmicas populacionais
A demografia – ou Geografia da População – é a área da ciência que se
preocupa em estudar as dinâmicas e os processos populacionais. Para
entender, por exemplo, a lógica actual da população brasileira é necessário,
primeiramente, entender alguns conceitos básicos desse ramo do
conhecimento.
População absoluta: é o índice geral da população de um determinado local,
seja de um país, estado, cidade ou região. Exemplo: a população absoluta do
Brasil está estimada em 180 milhões de habitantes.
Densidade demográfica: é a taxa que mede o número de pessoas em
determinado espaço, geralmente medida em habitantes por quilómetro
quadrado (hab/km²). Também é chamada de população relativa.
Superpovoamento ou superpopulação: é quando o quantitativo populacional
é maior do que os recursos sociais e económicos existentes para a sua
manutenção.
Qual a diferença entre um local, populoso, densamente povoado e
superpovoado?
Um local densamente povoado é um local com muitos habitantes por metro
quadrado, enquanto que um local populoso é um local com uma população
muito grande em termos absolutos e um lugar superpovoado é caracterizado
por não ter recursos suficientes para abastecer toda a sua população.
Exemplo: o Brasil é populoso, porém não é densamente povoado. O
Bangladesh não é populoso, porém superpovoado. O Japão é um país
populoso, densamente povoado e não é superpovoado.
Taxa de natalidade: é o número de nascimentos que acontecem em uma
determinada área.
Taxa de fecundidade: é o número de nascimentos bem sucedidos menos o
número de óbitos em nascimentos.
Taxa de mortalidade: é o número de óbitos ocorridos em um determinado
local.

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Crescimento natural ou vegetativo: é o crescimento populacional de uma


localidade medido a partir da diminuição da taxa de natalidade pela taxa de
mortalidade.
Crescimento migratório: é a taxa de crescimento de um local medido a partir
da diminuição da taxa de imigração (pessoas que chegam) pela taxa de
emigração (pessoas que se mudam).
Crescimento populacional ou demográfico: é a taxa de crescimento
populacional calculada a partir da soma entre o crescimento natural e o
crescimento migratório.
Migração pendular: aquela realizada diariamente no cotidiano da população.
Exemplo: ir ao trabalho e voltar.
Migração sazonal: aquela que ocorre durante um determinado período, mas
que também é temporária. Exemplo: viagem de férias.
Migração definitiva: quando se trata de algum tipo de migração ou mudança
de moradia definitiva.
Êxodo rural: migração em massa da população do campo para a cidade
durante um determinado período. Lembre-se que uma migração esporádica de
campo para a cidade não é êxodo rural.
Metropolização: é a migração em massa de pessoas de pequenas e médias
cidades para grandes metrópoles ou regiões metropolitanas.
Desmetropolização: é o processo contrário, em que a população migra em
massa para cidades menores, sobretudo as cidades médias

Para comparar a natalidade e a mortalidade de diferentes países e


regiões, utilizamos a taxa de natalidade( TN), o número de nados vivos
ocorridos durante o ano, por cada 1000 habitantes. Calcula-se dividindo a
natalidade pela população absoluta

TN꞊ Nº de nados vivos/população absolutax1000

A taxa de mortalidade(TM) , nº de óbitos ocorridos durante um ano, por


cada 1000 habitantes. Calcula-se dividindo a mortalidade pela população
absoluta.

TM꞊Nº de óbitos/população absolutax1000

Calculando a diferença entre a taxa de natalidade e mortalidade,


obtemos a taxa de crescimento natural( TCN).

TCN꞊TN-TM

Da diferença entre a natalidade e a mortalidade, resulta o saldo


fisiológico ou Crescimento natural( CN).

CN꞊N-M

Densidade Demográfica ꞊População absoluta/Superfície em Km2

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TAXA BRUTA DE MORTALIDADE (TBM)


Também é designada "taxa geral de mortalidade". Corresponde ao número
de óbitos ocorridos numa determina região, para um determinado período de
tempo (geralmente um ano civil), relativamente à população dessa região
calculada para o meio do período considerado. Geralmente é expressa por
1000 habitantes.
Fórmula de cálculo: TBM = ( Ob ÷ Pm ) x 1000; em que
Ob: total de óbitos ocorridos durante o período de análise; e
Pm: população a meio do período em análise.

TAXA BRUTA DE NATALIDADE (TBN)


Também é designada "taxa geral de natalidade". Corresponde ao número de
nados-vivos numa determina região, para um determinado período de
tempo (geralmente um ano civil), relativamente à população dessa região
calculada para o meio do período considerado. Geralmente é expressa por
1000 habitantes.
Fórmula de cálculo: TBN = ( NV ÷ Pm ) x 1000; em que
NV: total de nados-vivos durante o período em análise; e
Pm: população a meio do período em análise.

TAXA GLOBAL DE FECUNDIDADE (TGF)


Também é designada "taxa geral de fecundidade". Corresponde ao número
total de nados-vivos numa determinada região, para um determinado período
de tempo (geralmente um ano civil), relativamente às mulheres em idade fértil
(entre os 15 e os 49 anos de idade) estimadas para o meio do período
considerado. Geralmente é expressa por 1000 mulheres.
Fórmula de cálculo: TGF = ( NV ÷ Mm ) x 1000; em que
NV: total de nados-vivos no período em análise; e
Mm: total da população do sexo feminino com idades compreendidas
entre os 15

TAXA DE CRESCIMENTO NATURAL (TCN)


É o saldo natural observado num determinado período de tempo (entre os
momentos "0" e "t" − geralmente um ano civil), relativamente à população
média desse período. Geralmente é expressa por 100 ou 1000 habitantes.
Fórmula de cálculo: TCN = SN ÷ [( P0 + Pt ) ÷ 2 ] x 100 ou TCM = SN ÷ [( P0
+ Pt ) ÷ 2 ] x 1000; em que
SN: saldo natural entre os momentos "0" e "t";
P0: população no momento "0"; e
Pt: população no momento "t".

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TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL (TMI)


Corresponde ao número de óbitos em crianças com menos de um ano de
idade, ocorridos num determinado período de tempo (geralmente um ano civil),
relativamente ao total de nados-vivos no mesmo período. Geralmente é
expressa por 1000 nados-vivos.
Fórmula de cálculo: TMI = ( Ob ÷ NV ) x 1000; em que
Ob: total de óbitos em crianças com menos de 1 ano de idade, durante o
período em análise; e
NV: total de nados-vivos no período em análise.

Exercícios
1- Considera as seguintes situações demográficas.

Situação A Situação B
Dados Demográficos Portugal Polónia
População* 9800000 37700000
Número de Nascimentos 115000 161000
Número de Óbitos 84000 10100
*Dados arredondados.

a) Calcula o crescimento natural, a taxa de natalidade, a taxa de mortalidade e a


taxa de crescimento natural para o país A e para o país B.
b) Compara os resultados obtidos.

2- Num determinado concelho do nosso país nasceram, em 1988, 260 crianças


vivas e verificaram-se 210 óbitos.
2.1- Calcula a taxa de mortalidade, sabendo que a população era, nesse ano,
de 20 600 habitantes.

3- Considera as informações relativas a dados de populações de duas


localidades (A e B).
· Localidade A: nasceram 136 crianças e faleceram 114 pessoas.
· Localidade B: nasceram 17 crianças e morreram 24 pessoas.
a) Calcula o crescimento natural em cada uma das localidades.
b) Compara os resultados obtidos.

4- Numa localidade residiam 2020 pessoas. Nasceram 14 bebés e morreram


10 pessoas, 2 das quais eram bebés com menos de um ano de idade. Calcula:
a) Taxa de natalidade;
b) Taxa de mortalidade,
c) Taxa de Mortalidade Infantil;
d) Crescimento Natural;
e) Crescimento efectivo, sabendo que emigraram 5 pessoas e imigraram 9.
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f) Taxa de crescimento Efectivo.

5- Numa localidade em 1977 residiam 1903 pessoas. Nesse mesmo ano


nasceram 17 crianças e morreram 15 pessoas, 3 das quais bebés com menos
de um ano de idade.
Emigraram ainda, 79 pessoas e imigraram 3.
Calcula:
a) Crescimento Natural.
b) Crescimento Efectivo.
c) Taxa de Natalidade.
d) Taxa de Mortalidade.
e) Taxa de Mortalidade Infantil.
f) Taxa de Crescimento Natural.

6- Numa localidade residiam 1903 pessoas. Durante um ano nasceram 12 e


morreram 15 pessoas, 3 das quais bébés com menos de um ano de idade.
Nesse ano emigraram 79 pessoas e imigraram 3 pessoas.
6.1- Calcula o crescimento efectivo.
6.2- Calcula a Taxa de Natalidade.
6.3- Calcula a Taxa de mortalidade infantil.
6.4- Dá uma definição de saldo fisiológico.

Vinte em cada mil crianças angolanas morrem ao nascer ou nos primeiros dias
de vida.
Da imprensa diária, 6/ 11/ 86
7.1- Designa o tipo de mortalidade contido na frase.
7.2- Indica a evolução genérica da Tmi neste século.
7.3- Refere quatro causas desta evolução.

2-Assinala as frases Verdadeiras.

a)Um censo conta toda a população e os dados a ela referentes, de 10 em 10


anos.
b)Demografia é a ciência que estuda a população
c)População absoluta é o número de habitantes que reside em cada Km2
d)Densidade populacional é o número total de habitantes que vivem numa
dada área.
e)As áreas mais fracamente povoadas do continente europeu correspondem às
regiões montanhosas de clima agreste.
f)O crescimento natural obtém-se subtraindo as pessoas que nascem às
pessoas que morrem.
g)O crescimento natural é a diferença entre a natalidade e a mortalidade.
h)A taxa de natalidade é o número total de crianças que nasceram durante um
ano.
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i)A taxa de natalidade obtém-se dividindo a mortalidade por a população total e


multiplicando por mil.
j)A taxa de mortalidade obtém-se dividindo a mortalidade por a população
absoluta e multiplicando por mil.
k)A taxa de mortalidade infantil relaciona o número de crianças mortas, com
menos de um ano de idade, com a população absoluta.
l)A taxa de mortalidade infantil relaciona o número de crianças mortas, com
menos de um ano de vida, com o número total de mortos.
m)O crescimento efectivo resulta da subtracção entre o crescimento natural e o
saldo migratório.
n) Estrutura etária é a repartição da população por grupos de idades.
o) Os jovens são a população que tem entre zero e vinte anos.
p) Os idosos são a população com mais de 50 anos.
q) O grupo etário dos adultos representa a população que tem entre 18 e 65
anos.
r) Uma população envelhecida é uma população crescente.
s) Uma população jovem é uma população decrescente.
t) Pirâmide etária é um gráfico que representa a forma como a população se
u)reparte por grupos de idades e por sexo.
v) Uma pirâmide em cúpula representa uma população adulta.
w)Uma pirâmide em cúpula representa uma população crescente.

5. AGRICULTURA TRADICIONAL E MODERNA: SEGURANÇA


ALIMENTAR, AGRI-INDÚSTRIA E COMBATE CONTRA A
DESERTIFICAÇÃO

A AGRICULTURA TRADICIONAL

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A agricultura tradicional é um tipo de agricultura praticada em minifúndio (ou


seja numa pequena propriedade), pratica a policultura (ou seja o cultivo de
vários produtos no mesmo local).

Este tipo de agricultura utiliza técnicas rudimentares (uso da enxada, da


queimada, do arado e da tracção animal), artesanais e ancestrais. Tem como
objectivo de produção o autoconsumo e subsistência das famílias que a
praticam. Tem um baixo rendimento e produtividade agrícolas.

Em muitas regiões da terra existem práticas da agricultura assentes


nas técnicas ancestrais completamente dependentes das condições
naturais, é chamada por isso de agricultura de subsistência cujas
características São:

Elevada percentagem de população agrícola. Os activos destes países


menos desenvolvidos ultrapassam os 70%;

O facto das tarefas agrícolas serem exclusivamente manuais ou através de


animais, vê-se pela ausência de maquinação;

A produção para a auto-suficiência, pois estes não exportam as suas


plantações para os mercados ou se por vezes exportarem, é em quantidades
reduzidas;

Organizações de tipo familiar ou tribal das explorações, com as


tarefas sendo feitas pelos vários elementos desta;
Policultura, para possibilitarem a produção de vários e diversos tipos
de produtos anuais e assim respondendo às necessidades da família
ou do grupo;
Agricultura extensiva, ou seja, o elevado número de terras incultas,
já que a ocupação do espaço é apenas a necessária para a auto-
suficiência do grupo;
A falta de conhecimento dos agricultores que utilizam técnicas
agrícolas primitivas e recorrem quer a instrumentos, quer a técnicas
arcaicas e isto provoca baixa produtividade.
Vejamos alguns exemplos:

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A agricultura
itinerante sobre
queimada – é a forma
de agricultura mais
primitiva, pratica-se
nos países em vias de
desenvolvimento da
África, Ásia e América
Latina, nas áreas de
floresta e savana.
Existe nomeadamente
nas áreas de fraca
densidade
populacional. Este
processo de cultivo consiste na queimada da floresta para o
arroteamento de terás e aproveitamento de cinzas. A organização das
terras é comunitária, as técnicas e os instrumentos são arcaicos e em
relação ao número de culturas é Policultura.

AGRICULTURA MODERNA
.

A agricultura moderna, a
Revolução Industrial e tem
como principal objectivo o maior
número de produção possível
abastecendo os vários circuitos
comerciais, para isso houve
uma enorme evolução e
modernização desta,
começando pelos fertilizantes,
maquinações e até mesmo o
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modo de trabalho mais moderno. Recai principalmente nos países


industrializados da Europa como: América do Norte, Japão, Austrália e Nova
Zelândia, recaindo também na Argentina e África do Sul.

A agricultura moderna apresenta as seguintes características:

Agricultura de mercado – é principalmente nos agricultores bem


informados que saibam qual é o modo de cultivo mais adequado de
maneira a obter o maior lucro possível. Actualmente os agricultores
são empresários e frequentam cursos de formação.
A agricultura mecanizada – é onde todo o processo de produção é
feito mecanicamente.
Agricultura científica – utiliza técnicas extremamente sofisticadas
como uso de fertilizantes, sistemas de irrigação adequados às
culturas, correcção dos solos, atribuindo-lhes produtos químicos para
corrigir as suas características, uso de estufas e selecção de
sementes.
Agricultura especializada – existente nas regiões de exploração
agrícola com produções adaptadas ao clima, relevo e solo com o
objectivo de produzir o máximo com menor custo, havendo uma
elevada produtividade.
Agricultura ligada à indústria – fornece a esta actividade matérias-
primas, ou seja, são indústrias relacionadas com a actividade agrícola,
uma vez que, transformam produtos agrícolas ou a conservação
destes.

As características desta agricultura são as seguintes:


Agricultura europeia – é uma agricultura praticada em terras de
pequena e média dimensão, é bastante mecanizada e recorre muito a
fertilizantes químicos. A agricultura europeia tem tido inúmeras
transformações e com progressos para uma especialização cada vez
mais acentuada, tendo em mente corrigir o excesso de produção em

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determinados aspectos. Esta tendência acentuou-se com a criação da


PAC (política agrícola comum) que através de subsídios tentou
diminuir as produções excedentárias e fundar outras actividades
complementares como por exemplo o artesanato, a caça, a pesca, etc.

Tem ainda produção de matérias-primas de interesse industrial como


o café, cacau, algodão, borração, etc., sendo posse de grandes
empresas estrangeiras (multinacionais). A mono produção, é
caracterizada desta agricultura.

Conclusão

Concluímos que a agricultura nos vários países têm características e


hábitos diferentes mas ambas têm uma importância significativa para
todos nós, vimos que a agricultura é um meio indispensável para a
sobrevivência do ser humano, pois se esta não existisse não haveriam
alimentos saudáveis como os legumes e os frutos e todos nós
morreríamos.
Damos por concluído o nosso trabalho salientando que a agricultura
tem características e factos que nós não damos muita importância,
mas ela é muito importante, pois sem ela não haveria vida na terra.

SEGURANÇA ALIMENTAR, AGRI-INDÚSTRIA E COMBATE CONTRA


A DESERTIFICAÇÃO

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As ofertas da Agricultura da DuPont( Empresa do ramo da agricultura), trazem


ciência e soluções inovadoras para atender aos desafios enfrentados por
fazendeiros hoje e no futuro.

Na agricultura, êxito para nossos clientes significa ter uma cultura saudável,
comercializável e lucrativa. Para a DuPont, isso significa algo maior: alimentar
o mundo de forma sustentável. Nossa missão é oferecer produtos agrícolas de
sementes à proteção agrícola para entregar culturas maiores e alimentos mais
nutritivos. Acreditamos que, ao trabalharmos juntos com nossos clientes,
podemos encontrar maneiras melhores para aumentar a quantidade e melhorar
a qualidade e a sustentabilidade da cadeia alimentar mundial.

DESERTIFICAÇÃO

A desertificação é o processo de destruição do potencial produtivo da terra


através de actividades humanas agindo sobre ecossistemas frágeis, com baixa
capacidade de regeneração. Em geral, a desertificação ocorre em zonas
áridas, semiáridas e subúmidas secas.

Esse processo provoca três tipos de impactos: ambientais, sociais e


económicos. Como costuma ocorrer em áreas pertencentes a países
subdesenvolvidos, a perda de solo agricultável vem aumentando
significativamente, agravando ainda mais a situação das economias desses
países, o que tem chamado a atenção de autoridades de todo o mundo.

No entanto o processo de desertificação só ganhou relevância a partir de um


grande processo de degradação do solo ocorrido nos estados americanos de
Oklahoma, Kansas, Novo México e Colorado.
Entre as principais causas responsáveis pela desertificação estão: o
desmatamento de áreas com vegetação nativa, o uso intenso do solo,
tanto na agricultura quanto na pecuária e as práticas inadequadas de
irrigação.

Como consequência da desertificação ocorre a eliminação da cobertura


vegetal; diminuição da biodiversidade, salinização e alcalinização do solo,
intensificação do processo erosivo, redução das terras agricultáveis e
diminuição da disponibilidade e da qualidade dos recursos hídricos.

O processo de desertificação

O termo desertificação tem sido utilizado para a perda da capacidade produtiva


dos ecossistemas causada pela actividade humana. Devido às condições
ambientais, as actividades económicas desenvolvidas em uma região podem
ultrapassar a capacidade de suporte e de sustentabilidade. O processo é pouco
perceptível a curto prazo pelas populações locais. Há também erosão genética
da fauna e flora, extinção de espécies e proliferação eventual de espécies
exóticas.

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O que acontece é um processo em que o solo de determinados lugares


começa a ficar cada vez mais estéril. Isso quer dizer que a terra perde seus
nutrientes e a capacidade de fazer nascer qualquer tipo de vegetação, seja
florestas naturais ou plantações feitas pelo ser humano.

Sem vegetação, as chuvas vão rareando, o solo vai ficando árido e sem vida, e
a sobrevivência fica muito difícil. Os moradores, agricultores e pecuaristas
geralmente abandonam essas terras e vão procurar outro lugar para viver.

No caso de desertos arenosos, origina-se a partir do empobrecimento do solo e


consequente morte da vegetação, sendo substituída por terreno arenoso. No
caso dos desertos polares, a causa evidente é a temperatura extremamente
baixa daquelas regiões.

Nas regiões semiáridas e semi-úmidas secas, a acção humana intensifica os


processos de desertificação. As actividades agro-pecuárias insustentáveis são
responsáveis pelos principais processos: a salinização de solos por irrigação, o
sobre pastoreio e o esgotamento do solo pela utilização intensiva e
insustentável dos recursos hídricos por procedimentos intensivos e não
adaptados às condições ambientais, além do manejo inadequado na agro-
pecuária.

O crescimento demográfico e a consequente demanda por energia e recursos


naturais também exerce pressão pela utilização intensiva do solo e dos
recursos hídricos.

As consequências deste processo geram grandes problemas sociais,


econômicos e culturais. Em primeiro lugar, reduz a oferta de alimentos. Além
disto, há o custo de recuperação da área ambiental degradada. Do ponto de
vista ambiental, a perda de espécies nativas vegetal e animal é uma
consequência funesta. Isso se caracteriza pelo próprio nome segundo o
entendimento da Organização das Nações Unidas, uma vez que o clima se
transforma em deserto, somente algumas espécies conseguem se adaptar,
como as Cobras e Ratos. Onde temos noites invernais de baixa temperatura e
dias de verão rigorosos de mais de 40 graus centígrados, ou seja, no deserto
não existe a chamada meia estação. O outono e a primavera. Note-se,
actualmente o tempo de primavera e outono está diminuindo e o tempo de
verão e inverno está aumentando no mundo inteiro, segundo estatísticas nas
obras de renomados especialistas em climatologia

Finalmente, os problemas sociais: a migração das populações para os centros


urbanos, gerando a pobreza, o desemprego e a violência. Isto estabelece um
desequilíbrio entre as diversas regiões mundiais, uma vez que as áreas
susceptíveis à desertificação encontram-se em regiões pobres onde existe a
ignorância com relação ao uso do solo e também onde já há uma desigualdade
social na educação ambiental a ser vencida.

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4- OS TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES: Sua importância e função


social

De fundamental importância nas cidades é o transporte público colectivo no qual várias pessoas são
transportadas juntas em um mesmo veículo. Nas cidades grandes, o transporte colectivo urbano também
tem a função de proporcionar uma alternativa de transporte em substituição ao automóvel, visando à
melhoria da qualidade de vida da comunidade mediante a redução da poluição ambiental,
congestionamentos, acidentes de trânsito, necessidade de investimento em obras viárias caras, consumo
desordenado de energia, etc.

O transporte público é, assim, imprescindível para a vitalidade económica, a justiça social, a qualidade de
vida e a eficiência das cidades modernas.

Actualmente os meios de transportes disponíveis para a nossa locomoção são muitos, em que vem
causando grandes transtornos no trânsito brasileiro devido ao excesso e ao desrespeito a legislação
atuante. Os meios de transportes são diversos e infelizmente nem todos tem a possibilidade de ter acesso
ao um meio particular e, por isso, é que foi criado os transportes públicos, em que toda a sociedade
poderia utilizá-los para se deslocarem de um ponto a outro e até mesmo de região a região.

O crescimento das cidades tem reflectido no tempo que as pessoas demoram para ir de casa ao trabalho.
O Censo 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), perguntou aos
brasileiros, pela primeira vez, o quanto demora esse percurso e descobriu que, para 52,2% da população,
ele leva em média de seis a 30 minutos. Quem vive em unidades da Federação mais desenvolvidas e
populosas, porém, costuma levar, em média, mais de uma hora. É o caso de paulistas e cariocas.

As três piores cidades brasileiras em relação ao quanto a população demora para ir e vir são nesta
ordem: São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador. É necessário o aperfeiçoamento da infra-estrutura e da
priorização das vias de ônibus para o transporte público ganhar mais velocidade, e consequentemente a
preferência da população.

Uma das maneiras de se priorizar o uso de ônibus seria o sistema BRT (Bus Rapid Transit) que consiste
basicamente em construir corredores exclusivos para ônibus.

O futuro deve pertencer ao transporte público de qualidade e acessível a todos. Para que isso aconteça
será necessária uma mudança de mentalidade e a aceleração na realização de obras que privilegiem o
uso do transporte colectivo como meio de deslocamento e que o uso de carros particulares seja
secundarizado. Para o bem de todos nós e das futuras gerações. É preciso repensar.

COMUNICAÇÃO: processo de transmissão e recepção de idéias, informação e


mensagens. Nos últimos 150 anos, e especialmente nas duas últimas décadas,
a redução dos tempos de transmissão da informação à distância e de acesso a
ela é um dos desafios essenciais de nossa sociedade.
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A comunicação actual entre duas pessoas é o resultado de métodos múltiplos


de expressão, desenvolvidos ao longo de séculos. Os gestos, o
desenvolvimento da linguagem e a necessidade de interagir exercem aqui um
papel importante.

Jornalismo, processo de pesquisa de dados e busca de informações (por


parte dos jornalistas), avaliação (por parte dos editores) e distribuição (através
de veículos diferentes) de fatos da actualidade. Originalmente, o jornalismo
compreendia, apenas, jornais e revistas. Entretanto, neste século, estendeu-se
ao rádio e à televisão.
Jornais, publicações editadas normalmente com uma periodicidade diária ou
semanal, cuja principal função consiste em apresentar notícias, embora
também contenham comentários sobre elas, defendam diferentes posturas
públicas, proporcionem informações e conselhos aos seus leitores e às vezes
incluam histórias em quadrinhos, charges e capítulos de livros. Em quase todos
os casos, e em diferentes medidas, seus rendimentos se baseiam na inserção
de publicidade.

5-URBANIZAÇÃO: PROBLEMAS E SOLUÇÕES

Urbanização é um processo de agrupamento das características rurais de uma


localidade ou região, para características urbanas que existia desde o neolítico,
mas se intensificou na revolução industrial europeia, segundo Chomsky.
Usualmente, esse fenómeno está associado ao desenvolvimento da civilização
e da tecnologia. Demograficamente, o termo denota a redistribuição das
populações das zonas rurais para assentamentos urbanos. O termo também
pode designar a acção de dotar uma área com infra-estrutura e equipamentos
urbanos, o que é similar a significação dada à urbanização pelo Dicionário
Aurélio - Século XXI: "conjunto dos trabalhos necessários para dotar uma área
de infra-estrutura (por exemplo, água, esgoto, gás, electricidade) e/ou de
serviços urbanos (por exemplo, de transporte, de educação, de saúde) ". Ainda
pode ser entendido somente como o crescimento de uma cidade. São Paulo,
por exemplo, é uma cidade extremamente urbanizada.

Os detentores do título de maiores aglomerações mundiais pertencem aos


países emergentes. Tudo isso apenas reforça a ideia de que quanto mais um
país demora para se industrializar, mais rápida é sua urbanização.

A urbanização é estudada por ciências diversas, como a sociologia, a geografia


e a antropologia, cada uma delas propondo abordagens diferentes sobre o
problema do crescimento das cidades. As disciplinas que procuram entender,
regular, desenhar e planejar os processos de urbanização são o urbanismo, o
planeamento urbano, o panejamento da paisagem, o desenho urbano, a
geografia, entre outras.

Urbanização Mundial
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Países pobres

A urbanização em países pobres, ocorre de maneira explosiva, ou seja, ocorre


muito rápido, fazendo com que as cidades alvos não tenham tempo para se
adaptar sua infra-estrutura gerando muitos problemas sociais, como:

 Formação da periferia
 Violência
 Problemas com o transporte público

Esses problemas somente acontecem em países subdesenvolvidos, pois


grande parte da população rural migra para uma cidade desenvolvida, e em
países pobres há poucas cidades que sejam alvo de migrações. Exemplo: São
Paulo é uma cidade alvo, onde muitos migram para lá. A cidade tem muitos
problemas sociais.

Países Desenvolvidos

Em países desenvolvidos, ocorre o contrário do que em países


subdesenvolvidos. A urbanização em países desenvolvidos é muito lenta e
existem muitas cidades alvo. Essas cidades têm o tempo de preparar sua infra-
estrutura e consegue dar conta de um grande número de pessoas. Exemplo: A
Inglaterra está no processo de urbanização há 250 anos, enquanto o Brasil há
apenas 50.

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REFERÉNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1- Alcaravela, Maria José. Rodrigues, Américo. Ciências da terra e da vida


10º ano. Plátano editora. Lisboa, 1996
2- Antunes, João. Ciências do ambiente 1º Ano Curso Liceal Nocturno.
Plátano Editora, Lisboa, 1992.
3- Duarte e Marques: Geografia, 9º Ano de Escolaridade, Plátano Editora,
SA, Lisboa, 2000.
4- INIDE:Geografia física Geral, 9ª classe. República de Angola, 1982.
5- Luísa da Silva e outros: Geografia 10º ano de Escolaridade, Plátano
Editora, SA, Lisboa, 1989.
6- FNUAP. Fundo das Nações Unidas para a Infância. A situação da
população mundial 1996.
7- JACINTO, ELISABETE, PINA, MARIA EDUARDA. Guia de
aprendizagem de Geografia, Ciências Sociais e Formação Cívica. Vol. II.
Plátano Editora, 2ª ed., Lisboa, 1996.
8- INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA. Fundo das Nações Unidas
para a infância. Inquérito de indicadores Múltiplos. MICS.Novembro
2002. Luanda.
9- Organização das nações unidas para a Agricultura e a Alimentação.
Alimentação para todos. Guia ilustrado para a questão da segurança
alimentar. Roma, 1996.
10- BUETI, JOSÉ CARLOS: Suas pesquisas

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