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TÓPICOS DE BACTERIOLOGIA CLÍNICA

COLETA DA AMOSTRA

1. Interação:
1. Orientação Laboratório - Médico – Paciente = Diagnóstico correto e seguro Formatted: Bulleted + Level: 1 + Aligned at: 0" + Tab
after: 0.25" + Indent at: 0.25"
2. Falhas na coleta:
1. Leva a diagnósticos incorretos Formatted: Bulleted + Level: 1 + Aligned at: 0" + Tab
2. Deficiência no isolamento do verdadeiro agente infeccioso after: 0.25" + Indent at: 0.25"
3. Dificuldade de recuperar importantes microorganismos
4. Direciona a terapia à organismos contaminantes ou comensais
5. Exemplo: K. pneumoniae (é um legítimo causador de pneumonia, mas também é encontrado colonizando
a nasofaringe)

3. Conhecimento:
1. História natural e fisiopatologia da doença. Formatted: Bulleted + Level: 1 + Aligned at: 0" + Tab
2. Determina o tempo e local ideal da coleta after: 0.25" + Indent at: 0.25"
3. Exemplo: Febre tifóde e exame de fezes (somente 1% dos pacientes apresentavam coprocultura positiva
após 3 dias hospitalizados).

- Cultura e Diagnóstico Sorológico da febre tifóide:


Percentual de pacientes
com culturas positivas

1900ral
1900ral Aglutininas no soro
1900ral Sangue
1900ral
1900ral Fezes
1900ral
1900ral Urina
1900ral
1900ral
1900ral
1900ral
1900ral
1900ral
1900ral
1900ral
1900ral
1900ral
1900ral
Semanas de infecção

4. Instrumento:
1. Swabs (evitar swabs de algodão porque contém resíduos de ácidos graxos e aginato de cálcio que Formatted: Bulleted + Level: 1 + Aligned at: 0" + Tab
podem emitir produtos tóxicos inibindo algumas bactérias fastidiosas) after: 0.25" + Indent at: 0.25"
2. Recipientes estéreis, recipientes com meios de transporte e seringas (anaeróbios).

5. Transporte:
1. O mais rápido possível em recipientes e temperatura apropriados: com meios de transporte até 72 horas Formatted: Bulleted + Level: 1 + Aligned at: 0" + Tab
e congelar (- 20 ou - 70ºC) acima de 4 dias em líquidos apropriados. after: 0.25" + Indent at: 0.25"

6. Organismos frágeis são suscetíveis à variações de temperatura e pH:


1. Frágeis = S. pneumoniae, N. gonorrhoeae, N. meningitidis, Salmonella, Shigella, H. influenzae, Formatted: Bulleted + Level: 1 + Aligned at: 0" + Tab
Anaeróbios, Vírus, Mycoplasma, Chlamydia, Parasitos s/ preservativo (organismos frágeis que são after: 0.25" + Indent at: 0.25", Tab stops: 0.25", Left
suscetíveis a temperatura e pH devem ser evitados de se armazenar em geladeira).
1. Resistentes = Enterococcus, Pseudomonas, Streptococcus, Entéricos Staphylococcus, Leveduras, Formatted: Bulleted + Level: 1 + Aligned at: 0" + Tab
Fungos, Micobactérias, Legionella, C. difficile toxin. after: 0.25" + Indent at: 0.25", Tab stops: 0.25", Left

7. Armazenamento:
1. Urina, swabs, material de catéter e sangue com vírus = refrigeração Formatted: Bulleted + Level: 1 + Aligned at: 0" + Tab
2. Sangue com bactérias e fluido cerebroespinal = incubadores after: 0.25" + Indent at: 0.25"
3. Material para pesquisa de fungos = temperatura ambiente
4. Fezes e material respiratório = cuidado especial (critério do Laboratório), se armazenado a temperatura
ambiente a flora normal do local cresce inibindo o agente patogênico e se colocado em refrigeração pode
destruir microorganismos frágeis como a Shigella.
5. Geralmente:
Urina = Frasco estéril até 2 h, sob refrigeração até 4 h ou com ácido bórico após 4 h (evitar)
Fungos e micobactérias = potes plásticos estéreis (não usar vidro)
Anaeróbios = com tioglicolato de sódio
Fezes = salina glicerinada ou Cary Blair

8. Meios de transporte:
1. Mantém o estado original das amostras, preserva as bactérias viáveis, inibe o crescimento bacteriano Formatted: Bulleted + Level: 1 + Aligned at: 0" + Tab
mantendo a quantificação, protege de secamento e oxigenação. after: 0.25" + Indent at: 0.25"

9. Tipos de meio de transporte:


1. Amies Ana (qualquer tipo de bactérias), Amies Ana com carvão (amostras com antimicrobianos), Stuart Formatted: Bulleted + Level: 1 + Aligned at: 0" + Tab
(bactérias fastidiosas), Cary Blair (fezes) e Parasitológico de fezes. after: 0.25" + Indent at: 0.25"
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10. Anaeróbios:
1. Amostras inaceitáveis: Material coletado com Swab, Fezes e swab retal, Urina ceteterizada
1. Coleta recomendada: Coleta com Seringa por aspiração, Sangue em frascos p/ hemocultura e recipientes
livres de oxigênio.

EXAME DIRETO

1. Importância
1. Determina a qualidade e viabilidade da amostra
2. Seleciona amostras contaminadas
3. Direciona a cultura ou testes especiais
4. Indica o tempo e temperatura de incubação
5. Permite a observação de micélios, leveduras, parasitos, inclusões virais ou anaeróbios
6. Pode antecipar a terapia antes da cultura

2. Amostra inviável:
1. Material contaminado: Bactérias sem células de inflamação ou Escarro com > 10 células epiteliais, < 25
PMN/ campo.
1. Transporte e coleta inadequada (impossibilita o isolamento): anaeróbios, organismos frágeis

3. Preparo:
1. Tecidos: tocar a lâmina várias vêzes
2. Swab: rodar sobre a superfície da lâmina
3. Aspirados ou líquidos corporais:
1. gota direto sobre a lâmina
2. sedimento do centrifugado (15 min.)
3. camada espessa de material (escarro) Formatted: Bulleted + Level: 1 + Aligned at: 0" +
4. citocentrifugação (com ou sem aditivos) Indent at: 0", Tab stops: Not at 0.23"
1. Utilizar material apropriado para visualização específica. Formatted: Bulleted + Level: 1 + Aligned at: 0" +
Indent at: 0", Tab stops: Not at 0.23"
4. Material específico:
1. Salina: visualizar a motilidade. Formatted: Bulleted + Level: 1 + Aligned at: 0" +
2. Iodo: protozoários e ovos de helmintos intestinais; fungos e materias mucóides densos. Indent at: 0", Tab stops: Not at 0.23"
3. KOH 40% : fungos; materiais mucóides densos ou com queratina. Formatted: Bulleted + Level: 1 + Aligned at: 0" +
4. Tinta da India ou Nigrosina: visualizar cápsulas como nos Cryptococcus neoformans no líquor. Indent at: 0", Tab stops: Not at 0.23"
5. Campo escuro: Formas delicadas como do T. pallidum
6. Coloração: estruturas celulares, capacidade tintorial, formas bacterianas e não bacterianas. Formatted: Bulleted + Level: 1 + Aligned at: 0" +
Indent at: 0", Tab stops: Not at 0.23"
5. Coloração de Gram: Formatted: Bulleted + Level: 1 + Aligned at: 0" +
1. Desenvolvida por Christiam Gram em 1884
Indent at: 0"
2. Classifica as bactérias em dois grandes grupos
3. Permite visualizar elementos microscópios como leucócitos, células epeiteliais, parasitos, etc. Formatted: Bulleted + Level: 1 + Aligned at: 0" +
4. Sugere vários tipos de microorganismos permitindo a identificação presuntiva Indent at: 0"
Formatted: Bulleted + Level: 1 + Aligned at: 0" +
ESPÉCIME DOENÇA SUSPEITA MICROORGANISMOS CARACTERÍSTICOS
Indent at: 0"
Garganta Difteria - Delicados bacilos Gram positivos pleomórficos
arranjados em forma de letras chinesas Formatted: Bulleted + Level: 1 + Aligned at: 0" +
Úlcera oreofaringeal Doença de Vincent - Bacilos Gram negativos finos e em forma de espiral Indent at: 0", Tab stops: Not at 0.23"
Escarro Pneumonia - Variedade de bactérias Formatted: Bulleted + Level: 1 + Aligned at: 0" +
Lavado Bronquial bacteriana - S. pneumoniae com cápsulas
Indent at: 0", Tab stops: Not at 0.23"
Aspirado transtraqueal Tuberculose - Bacilos álcool ácido resistentes
Micose pulmonar •- Leveduras, pseudohifas ou hifas. Formatted: Bulleted + Level: 1 + Aligned at: 0" +
Ferida cutânea Celulite bacteriana •- Vários tipos de bactérias Indent at: 0", Tab stops: Not at 0.23"
Drenagem purulenta de •- Espécies de anaeróbios Formatted: Bulleted + Level: 1 + Aligned at: 0" +
cavidade subcutânea Gangrena gasosa - Bacilos Gram positivos sugestivo de Clostridium
Indent at: 0", Tab stops: Not at 0.23"
perfrigens
Micetoma - Delicados filamentos gram positivos ramificados; Hifas Formatted: Bulleted + Level: 1 + Aligned at: 0" +
verdadeiras; Nocardia. Indent at: 0", Tab stops: Not at 0.23"
Líquido Cerebroespinal Meningite bacteriana - Pequenos bacilos Gram negativos pleomórficos
Formatted: Bulleted + Level: 1 + Aligned at: 0" +
(Haemophilus)
Indent at: 0", Tab stops: Not at 0.23"
- Diplococos gram negativos (Neisseria meningitides)
- Diplococos Gram positivos (Streptococcus pneumoniae) Formatted: Bulleted + Level: 1 + Aligned at: 0" +
Listeriose - Delicados bacilos Gram positivos Indent at: 0", Tab stops: Not at 0.23"
Urina Infecção por - Pseudohifas ou leveduras.
Formatted: Bulleted + Level: 1 + Aligned at: 0" +
leveduras - Vários tipos bacterianos
Indent at: 0", Tab stops: Not at 0.23"
Infecção bacteriana
Material purulento uretral Gonorrhea - Diplococos gram negativos intracelulares Formatted: Bulleted + Level: 1 + Aligned at: 0" +
Indent at: 0", Tab stops: Not at 0.23"
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7. Técnica de preparo:
1. Cobrir com Cristal Violeta 30 a 60 segundos e escorrer.
2. Cobrir com Lugol fraco 60 segundos.
3. Escorrer e descorar com álcool acetona até a solução escorrer límpida (+/- 10 segundos).
4. Cobrir com Fucsina ou Safranina 30 a 60 segundos (60 seg. para anaeróbios)
5. Lavar com água corrente e secar ao ar.

8. Cuidados especiais:
1. Usar lâminas limpas e desengorduradas (não usar detergente)
2. Filtrar os corantes se houver precipitação
3. Não lavar entre o Cristal Violeta e o Lugol
4. O lugol deve ser armazenado em frascos de vidro.
5. Descorar a lâmina com tempo suficiente
6. Culturas velhas e células mortas são sempre Gram negativas (perdem a capacidade de reter o corante)
7. Organismos sob antibioticoterapia possuem morfologia e coloração atípica
8. Validação do método com bactérias padrão

9. Resultado:
1. Importante mencionar a presença e ausência de leucócitos e células epiteliais.
2. Relatar a morfologia dos organismos e a capacidade tintotial no Gram.
3. Número dos microorganismos: raros, poucos (+), moderado (++), muitos (+++ ou ++++).
4. Mencionar bactérias intra ou extracelulares
5. A quantidade de microorganismos observados na coloração direta deve ser proporcional a encontrada na
cultura.

10. Ziehl – Neelsen:


Coloração específica para Bacilos Álcool Ácido Resistentes (B.A.A.R.)
1. Não fornece diagnóstico seguro, a correlação entre a baciloscopia e cultura é de 60 a 70%.
2. Diagnóstico presuntivo de Tuberculose é dado com no mínimo 1000 bacilos/ml de escarro.
3. Baciloscopia positiva associada a dados clínicos e raio-x é indicativo de doença ativa Inicia Terapia

11. Técnica de preparo:


1. Cobrir com Fucsina e aquecer até a emissão de vapores por 5 minutos. Escorrer.
2. Descorar com álcool ácido até a solução escorrer límpida.
3. Cobrir com azul de metileno 60 segundos, lavar com água corrente e secar ao ar.

12. Causas de erro:


1. Amostra insuficiente em quantidade e qualidade
2. Uma única lâmina (triplicata)
3. Esfregaços muito espessos ou delgados
4. Processar várias amostras ao mesmo tempo
5. Lâminas riscadas ou engorduradas
6. Precipitado de Fucsina
7. Super aquecimento da fucsina (cristalização)
8. Descoramento excessivo com álcool ácido
9. Não limpar a lente de imersão entre as amostras
10. Visualização da lâmina

13. Resultado:
Escala semi quantitativa (Ziehl - Neelsen):
Resultado Visualização da lâmina
(- ) Ausência de B.A.A.R. em 100 campos obs.
( + )* Menos de 1 B.A.A.R. / campo em 100
campos observados.
( ++ ) 1 a 10 B.A.A.R./ campo em 50 campos obs.
( +++ ) Mais de 10 B.A.A.R./ campo em 20 campos
observados
* Convém solicitar nova amostra.
Evitar usar positivo e negativo no resultado do laudo, somente a baciloscopia junto com a clínica e exames
adicionais fornecem o diagnóstico positivo.

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CULTURAS DE SECREÇÃO VAGINAL


1.Definição:
1. Vaginites:possuem processo inflamatório, com presença de polimorfonucleados. É o caso de infecções
por C. Albicans e T. vaginalis
2. Vaginoses: São vaginites não específicas. Não possuem um processo inflamatório, e há ausência de
polimorfonucleados.

2.Principais microorganismos envolvidos em vaginites:


1. Virus
2. Fungos: Candida albicans, C. parapsilopsis, C. tropiclais, Torulopsis glabrata
1. Protozoários: Trichomonas vaginalis
2. Bactérias: Bacilos Gram negativos (geralmente flora fecal), Estafilococos ( Staphylococcus aureus),
Neisseria gonorrhoeae, Estreptococos hemolíticos, Haemophylus ducreyi, Treponema pallidum, Chlamydia
trachomatis.
1. Flora: ENPC (++), Enterococos (++), Enterobacteriacae (+), Microaerófilos e anaeróbios (-) Lactobacilos (
Bacilos de Döderlein, Bacilos difteroides, Gardnerella vaginalis, Mobiluncus, Leptotrix, Fusobacterium,
Mycoplasmas.

3. Epidemiologia:
1. Ocorrem quando lactobacilos que produzem peróxido de hidrogênio começam a decrescer em número; com
esse declínio e alteração do pH outras bactérias encontram um ambiente propício para o desenvolvimento.

4.Flora:
1. Os microorganismos da flora são de fundamental importância na cultura de secreção vaginal; estes devem
ser sempre observados quanto à presença/ausência e quantidade.

1. Dificuldade em estabelecer padrões: gravidez; menopausa; tipo de técnica empregada; diferenças sócio
econômicas; hipoestrogenismo (pós menopausa e pós parto; atrofia epitelial após uso prolongado de
contraceptivos orais).

1. Padrão Lactobacilar:
1. Presença de Bacilos Gram positivos com morfologia sugestiva de lactobacilos
2. raros elementos polimorfonucleados
3. pouca a moderada quantidade de células epiteliais

1. Padrão vaginites:
2. presença de vários a numerosos polimorfonucleados
3. pode haver presença de lactobacilos
4. está associado á presença de leveduras, protozoários ou bactérias.

1. Padrão anaeróbio:
2. bolhas de gás presentes no bacterioscópio
3. ausência de lactobacilos e polimorfonucleados

1. Padrão intermediário:
2. pouca ou nunhuma flora bacteriana
3. ausência de lactobacilos
4. ausência de polimorfonucleados
5. quadro sugestivo de transição de flora por distúrbio hormonal ou tratamento com antimicrobianos.

Qualquer alteração na flora pode vir a ser de interesse clínico e deve ser mencionada no resultado.

5. Bactérias aeróbias:
5.1.Cocos:
6. Provocam corrimentos purulentos e de odor moderado
7. incidência 4-22%
8. Espécie importantes:
1.Estreptococos hemolíticos: quantidade; identificação e antibiograma. Atentar para Streptococcus
agalacticae (grupo B) em gestantes e Streptococcus pyogenes (grupo A).
2.S. pneumoniae quantidade, identificar e antibiograma.
3.Estreptococos não hemolíticos:. Enterococos somente culturas puras em quantidade moderada/grande:
identificar e antibiograma.
4.Neisseria gonorrhoeae: positivo ou negativo com antibiograma (-lactamase)

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5.Staphylococcus aureus: tratando-se de uma cultura pura em quantidades moderadas/grandes: isolar;
identificar e antibiograma.

5.2.Coliformes:
6. São bacilos gram negativos. Como podem ser encontrados na pele da região do períneo e genitálias
(principalmente E. coli) há muita discussão quanto ao seu valor em culturas de secreções vaginais.
7. Mencionar a quantidade se for moderada/grande, pode ser indicativo de má higiene e vir a provocar um
vaginite; se a mesma já não estiver instalada (polimorfonucleados).

5.3.Bacilos Difteróides:
8. Bacilos gram positivos, morfologicamente semelhantes aos bacilos de Döderlein, porém mais finos
9. Lembram “palitos de fósforo com duas cabeças”
10.Considerados flora normal na mulher infante e pós menopausa
11.Estão associados a corrimentos vaginais clinicamente sem especificidade

5.4. Gardnerella vaginalis


12.Descrita ionicialmente em 1955 por Gardner e Dukes e em 1955 isolada por Ohm em mulheres
assintomáticas, supondo-se que façam parte da flora normal.
13.Bactérias gram negativas (inicialmente do gênero Haemophilus);oxidase negativa e catalase negativas;
colônias -hemolíticas em ágar sangue humano.
14.Infecção rara da pré-puberdade e pós-menopausa.
15.Reação inflamatória epitelial, pois é uma infecção essencialmente da superfície da mucosa vaginal. (
Combinação de aminas e ácidos orgânicos produzidos por esta bactéria causam esfoliação do epitélio
celular vaginal, resultando em exsudato não inflamatório).

6.Fungos;
O gênero mais freqüente é Candida. Outros gêneros tem sido mencionados como causadores de vaginites
como Saccharomyces e Geotrichum.
16.Corrimento inodoro, muito pruriginoso
17.1/3 das pacientes com candidíases não apresentam sintomas
18.Infecção com alto grau de rescidivas:
1. tratamento em pequenas doses
2. abstinência sexual não observada
3. parceiro não tratado
4. uso prolongado de contraceptivos orais
5. diabetes
6. gravidez

7.Dados Clínicos:
1. aspecto da mucosa, quantidade de secreção, prurido, odor, cor, pH, uso de antimicrobianos, contraceptivo
oral, idade, periodo menstrual, histórico de aborto, microscopia a fresco, coloração de Gram, cultura.

8.Causas de exames laboratoriais negativos:


1. A intensidade com a qual o epitélio vaginal descama varia direta e proporcionalmente com a qualidade e
duração da ação esteróide observada na atividade estrogênica combinada a progesterona ou a androgênios.
Desta forma o resídua vaginal encontra-se clinicamente aumentado na segunda fase do ciclo, isto ocorre
como causa da citólise, aumento da colonização lactobacilar (a citólise celular reduz o pH) e os lactobacilos
se proliferam, aumentado o “corrimento”.

9.Cultura de Secreção vaginal:


1. Com relação à cultura de secreção vaginal são cultivados e realizados antibiograma de N. gonorroeae,
Estreptococos hemolíticos (principalmente S. pyogenes e S. agalacticae) e Haemophylus spp.
1. Outros M.O. devem ser mencionados e realizado um antibiograma apenas quando encontrados em
médias/grandes quantidades:
2. Staphylococcus aureus
3. Enterobactérias
4. Estreptococos não Hemolíticos

Com base nestes dados seguimos com o roteiro básico de cultura;

9.1. Coleta: no momento da coleta realizar um exame do material a fresco para verificação de presença de
Trichomonas vaginalis. Exames pela coloração de Gram podem ser realizados para a pesquisa de T. vaginalis
mas dar preferência ao exame a fresco. Quando enviados ao laboratório sempre em meios de transporte
adequados e dentro de 18 horas. É sempre bom lembrar o quão fastidiosas e sensíveis são as Neisserias.

9.2. Fazer um esfregaço do material em lâmina para a coloração de Gram. Secar em estufa; fixar e corar.
Observar e anotar:
5. Quantidade de epitélio; leucócitos e hemácias.
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6. Atentar para flora mista (bacilos g-; cocos g+; bacilos g+; etc.) Anotar a quantidade.
7. Atentar para “Clue cells” (Gardnerella vaginalis)

9.3. Semear : ágar Chocolate; ágar Thayer Martin; ágar Sangue. Se possível semear um ágar Sabouraud.
Realizar esta semeadura da seguinte maneira:

02

01

03

04

A estria 01 é realizada com o próprio Swab. Estria 02 com um lado de uma alça de platina flambada e resfriada
e estrias 03 e 04 com o outro lado da alça de platina.
Esta metodologia de semeadura deve-se aplicar principalmente nos meios não seletivos (ágar sangue e
chocolate), pois propicia uma visualização de quantidade de um determinado M.O.. A leitura efetua-se após
24-48 horas levando-se em conta os seguinte parâmetros:

RAROS OU + POUCOS OU ++ MODERADO OU +++

MUITOS OU ++++

9.4. RESULTADOS:
8. Trichomonas vaginalis: positivo ou negativo
9. Haemophyllus: quantidade; identificação e antibiograma
10.Leveduras: Mencionar quantidade e identificação a nível de espécie (Cândida spp.)
11.Lactobacilos: mencionar apenas quantidade ou de acordo com o pedido médico.
12.Gardnerella vaginalis: quantidade e identificação.
13.Enterobactérias: tratando-se de uma cultura pura em quantidade moderada/grande: isolar; identificar
(gênero e espécie) e antibiograma.

Volto a frisar que este esquema é direcionado para culturas de secreção vaginal. Culturas de secreção uretral
tanto femininas como masculinas têm um outro enfoque visto que a presença da flora não é tão intensa. Nestas
culturas são as Neisserias e eventuais M.O. que venham a crescer em grandes quantidades e sendo culturas
puras de maior importância (ex.: Staphylococcus aureus e Enterobactérias).
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TÓPICOS DE BACTERIOLOGIA CLÍNICA

COCOS GRAM POSITIVOS


Estafilococos / Estreptococos

1. Prova da catalase : 2 H2O2 2H2O + O2

2. Taxonomia
Micrococcaceae Streptococcaceae
Planococcus Streptococcus Tetragenococcus
Micrococcus Enterococcus Globicatella
Stomatococcus Aerococcus Helcococcus
Staphylococcus Lactococcus Peptococcus
Leuconostoc Peptostreptococcus
Pediococcus Ruminococcus
Gemella Coprococcus
Alloiococcus Sarcina
Vagococcus

3. Staphylococcus:
S. aureus S. cohnii S. auricularis
S. epidermidis S. xylosus S. equorum
S. saprophyticus S. saccharolyticus S. delphini
S. haemolyticus S. caprae S. felis
S. warneri S. pulvereri S. muscae
S. hominis S. intermedius S. piscifermentans
S. simulans S. hyicus S. vitulus
S. lungdunensis S. chromogenes S. carnosus
S. capitis S. sciuri S. caseolyticus
S. schleiferi S. gallinarum S. Kloosii
S. pasteuri S. lentus S. arlettae

4. Estafilococos:
1. Cocos gram positivos, Imóveis, Não esporulados, Diâmetro de 0,7 a 1,2 m, catalase positiva.

5. Staphylococcus aureus:
1. Infecções supurativas superifciais, Infecções urinárias, Meningites, Abcessos pulmonares, Osteomielites,
Síndrome de choque tóxico, Septicemias, Infecções hospitalares (MRSA).

6. Staphylococcus epidermidis
1. 40% das endocardites bacterianas, Bacteremia neonatal, Speticemias, Pós operatórios cardíacos.

7. Staphylococcus saprophyticus
1. 2º agente mais isolado em ITU

8. Coagulase negativos:
1. Incidência de bactérias encontradas no norte da Carolina: S. epidermidis (64%), S. haemolyticus (13%),
S. hominis (7%), S. warnei (4%), S. lugdunensis (2,8%), S. simulans (2%).

9. Fatores de virulência:
1. Enzimas extracelulares: Coagulase, Lipase, Hialuronidase, Estafiloquinase, Nuclease, Fosfatase,
Dnase, Penicilinase, Lisosina.
2. Toxinas: Citolíticas, Alfa, Beta e Delta (hemolisinas), Leucocidina, Enterotoxina A, B, C, D e E, TSST-1,
Esfoliativa.

10. Meios de cultura seletivos:


1. Chapman, Manitol Salt Ágar, Staphylococcus 110, Baird Parker com gema de Ovos e Telurito.

11 . Prova da coagulase:
1. Material: Plasma de coelho com EDTA: Coagulase Ligada: Lâmina, Coagulase Livre: tubo
1. AGLUTINAÇÃO EM LÁTEX

12. Coagulase:
1. S. intermedius, S. hyicus e S. delphin são coagulase positivos
2. Falsos resultados dependendo do tipo de plasma e a incubação
3. São descritos resultados falso negativo com o teste em lâmina
4. Relação entre o teste de coagulase em tubo e aglutinação em látex

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TÓPICOS DE BACTERIOLOGIA CLÍNICA

Sensibilidade e especificidade dos diferentes testes para identificação de Estafilococos:

ESPECIFICIDADE SENSIBILIDADE
Aspecto morfológico 95,1% 92,0%
Coagulase em tubo (CT) 100,0% 100,0% (99,5%)
DNase 98,2% (99,1%) 96,9%
Staphclin (látex) 98,2% (99,1%) 97,7%
* Duas cepas (das 224 analisadas) foram CT - , DNase e Látex +.

13. Coagulase em Látex:


Vantagens:
1. Fornece diagnóstico precoce antecipando a antibioticoterapia
2. Seleciona S. aureus em amostras contaminadas
3. Têm alta especificidade e boa sensibilidade

Desvantagens:
1. Podem ocorrer reações duvidosas (fracamente positivas)
2. Pode ocorrer falso positivo com algumas cepas de S. saprophyticus
3. 2% de amostras CT negativas produzem proteína A
4. 50% das cepas de S. aureus MRSA têm deficiência de proteína A
5. Algumas amostras podem apresentar autoaglutinação

Observações:
1. Não é uma reação antígeno - anticorpo
2. Uma aglutinação bem evidente (4+) identifica presuntivamente o S. aureus
3. Aglutinação fraca ou duvidosa deve ser confirmada com CT

14. Identificação dos estafilococos:

Cocos Gram positivos

+ Catalase -

Micrococcacea Streptococcacea
e e
+ Coagulas -
e
Staphylococcus +/S Oxidase / Bacitracina - /R
aureus
Micrococcus Staphylococcus Coagulase Negativo
Provas complementares:
Provas complementares:
1.•Hemólise - pigmento Formatted: Indent: Left: 0", First line: 0", Numbered +
1.•OF glicose em
2.•Termonuclease Level: 1 + Numbering Style: Bullet + Start at: 0 +
2.• anaerobiose -
3.•DNase Alignment: Left + Aligned at: 0" + Indent at: 0", Tab
3.•Lisostafin e
4.•Fermentação Manitol
4.• Furazolidine R stops: Not at 0.5"
5.•Enterotoxinas S R
Novobiocin Formatted: Indent: Left: 0", First line: 0", Numbered +
a Level: 1 + Numbering Style: Bullet + Start at: 0 +
Staphylococcus Coagulase Negativo Staphylococcus Alignment: Left + Aligned at: 0" + Indent at: 0", Tab
(Staphylococcus epidermidis) saprophyticus stops: Not at 0.5"
Provas complementares:
1.•Fermentação de carboidratos Formatted: Indent: Left: 0", First line: 0", Numbered +
2.•Produção de urease Level: 1 + Numbering Style: Bullet + Start at: 0 +
3.•Produção de fosfatase alcalina Alignment: Left + Aligned at: 0" + Indent at: 0", Tab
stops: Not at 0.5"

15. Streptococcus:
1. Os estreptococos são anaeróbios facultativos, crescem melhor em condições anaeróbias, Oxidase -.
2. Metabolismo fermentativo com produção de ácido lático.

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TÓPICOS DE BACTERIOLOGIA CLÍNICA

16. Classificação de Lancefield:


ESPÉCIE GRUPO LANCEFIELD HEMÓLISE TERMOS
S. pyogenes A Beta Grupo A
S. agalactiae B Beta Grupo B
S. equisimilis C Beta Grupo C
S. bovis D Alfa, nenhuma Não enterococo

E. faecalis D Alfa, Beta, nenhuma Enterococo


E. faecium D Alfa, Beta, nenhuma Enterococo
E. durans D Alfa, Beta, nenhuma Enterococo

Outras espécies F,G Alfa, Beta, nenhuma


S. pneumoniae - Alfa Pneumococo

S. anginosus - Alfa, nenhuma Viridans


S. mutans Alfa, nenhuma Viridans
S. salivarius - Alfa, nenhuma Viridans

17. Classificação Britânica:


ESPÉCIE GRUPO DESIGNINAÇÃO
S. pyogenes - Grupo A
S. agalactiae - Grupo B I Grupo piogênico
S. equi, S. dysgalactiae - Grupo C
Grupo G

S. bovis, S. equinus - Grupo D II Grupo S. bovis

S. mitis, S. sanguis - Viridans III Grupo S. mitis


S. pneumoniae

S. mutans - Viridans IV Grupo S. mutans


S. sobrinus, S. macacae, S. rattus

S. salivarius - Viridans V Grupo S. salivarius


S. thermophilus, S. vestibularis

S. anginosus, S. intermedius, S. constellatus VI Grupo S. milleri

S. suis, S. pleomorphus VII Espécies não filiadas

18. Fatores de virulência dos Streptococcus:


ANTÍGENOS ENZIMAS TOXINAS
Complexo polissacarídeo Estreptolisina O e S Eritrogênica (febre escarlate)
Capsula Hialuronidase Hemolisinas
Proteína M Estreptoquinase
Fator impermeável Pneumolisina
Antígenos T e R Autolisina
Substância C DNase
Fator CAMP
Neuraminidase
Protease A

19. S. pyogenes Grupo A:


1. Infecção mais comum é a faringite em crianças de 5 a 15 anos
1. Complicações: Febre reumática, Glomerulonefrite
1. Patologia cardíaca (endocardio, pericárdio, válvulas cardíacas), Sinusite, Síndrome do choque tóxico,
Infecções piodermais (impetigo, celulite, erisipela), Febre escarlate.

20. S. agalactiae Grupo B:


1. Maior causa de doenças neonatais e perionatais, Coloniza assintomaticamente a vagina em 5-35% dqas
mulheres grávidas, Bacteremia, pneumonia, meningite, choque séptico e neutropenia.
1. Infecções em mulheres pós parto: endometrites, bacteremias e bacteriúria assintomática durante e após
gravidez.
1. Infecção urinária em mulheres grávidas, Cistite e pielonefrites, Pode causar a síndrome do choque tóxico
associado com o grupo A, Importância em pacientes imunodeprimidos.

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TÓPICOS DE BACTERIOLOGIA CLÍNICA
21. S. equisimilis - Grupo C: Faringites, celulites, meningites, pneumonia, osteomielites, artrite séptica,
endocardite.
22. S. bovis e S. equinus Grupo D:
1. Alfa ou não hemolítico (sangue de carneiro), beta hemolítico (sangue de coelho).
2. S. equinus com animais, raramente causa endocardite em humanos.
3. S. bovis é associado com carcinoma de cólon em humanos.
4. Produzem endocardite, infecções no trato urinário, abscessos.
5. São suscetíveis a penicilina (diferenciando dos enterococos)
6. São positivos para bile esculina mas negativos para cresecimento em 6,5% de NaCl e PYR.
1. S. bovis é muito semelhantes ao S. salivarius (diferenciados pela não produção de urease).

23. S. milleri (taxonomia Britânica) ou S. anginosus, S. constellatus e S. intermedius (taxonomia


Americana) Grupo F:
1. Alfa, beta ou não hemolíticos, causam severas inferções supurativas incluindo celulites, abscessos
profundos, bacteremia, osteomielite, endocardite.

24. Grupo G:
1. Parte normal da flora gastrointestinal, vaginal, orofaringeal e da pele, causam otite, faringite, celulites,
osteomielite, tromboflebites, endocardites e meningites (pacientes Aidéticos).

25. S. pneumoniae:
1. Principal virulência é a capsula de polissacarídeo, Mais de 80 tipos de antígenos capsulares, Doença
associada a problema broncopulmonar ou imunidade humoral comprometida, Maior causa de pneumonia,
bacteriana adquirida, Maior causa de meningites em adultos, Ocorre em 20-50% dos casos de otite média
aguda, Associado com sinusite, Importante patógeno em pacientes infectados por HIV.

26. Viridans:
1. Alfa e não hemolíticas, Parte da flora normal do trato respiratório superior e urogenital, Causa de 20-40%
das endocardites subagudas, Copmplicações envolvem abscessos paravalvular e glomerulonefrites,
Muitas espécies associadas com carie dentária (S. mutans produzem glicosiltransferases que hidrolizam
31a sacarose dentária).

27. Enterococcus:
1. Residentes da flora gastrointestinal e biliar, encontrado em baixo número na vagina e uretra masculina.
2. Importante causa de infeções adquiridas em Hospitais.
3. Resistentes a penicilina, cefalosporinas, aminoglicosídeos e vancomicina.
4. São diferenciados dos Streptococcus pelo crescimento em NaCl 6,5%.
5. E. faecalis é o mais frequentemente isolado 80-90%
6. E. faecium em segundo lugar com 10-15% das infecções.
7. Causam infecções urinárias complicadas, bacteremia, endocardites , infecções pélvicas.
8. Têm sido associados com cistites, pielonefrites, prostatites e abscessos perinefricos.

28. Aerococcus:
1. Oportunistas associados com água, vegetais, ar.
2. Têm sido isolados em pacientes com osteomielites, endocardites, menigites e outras infecções.
3. Crescem normalmente em tétrades quando em caldo.
4. Facilmente confundidos com o grupo viridans e enterococos.

29. Identificação:
- Hemólise - Hemólise Sem Hemólise

PYR Optoquina Bile esculina


Bacitracina * S R - +
+ S -R
Streptococcus Streptococci
pneumoniae Bile esculina não hemolítico
S. pyogenes - +
Grupo A
Hidrólise hipurato
CAMP teste Grupo Viridans
+ -

+
Bile esculina PYR
S. agalactiae
Grupo B NaCl 6,5% (Caldo M.T.S . ou S.F.)
+ -
-
Streptococcus  Hemolítico não Grupo A,B,C Enterococcus Grupo D
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R = Grupo A e B
* Recomendado fazer junto o teste de sensibilidade ao Sulfametoxazol/Trimetoprim: S = Grupo C e D

BACILOS GRAM NEGATIVOS


FAMILIA : ENTEROBACTERIACEAE

1. Introdução:
1. Bactérias mais frequentemente isoladas em laboratórios clínicos, fazem parte da flora normal humana.

2. Características:
1. Bacilos gram –negativos, Móveis ou imóveis, Anaeróbicos facultativos, Fermentadores da glicose (com ou
sem produção de gás), Catalase positiva, Reduzem Nitrato a Nitrito (com exeção de Enterobacter
agglomerans e algumas espécies de Serratia e Yersinia), Crescimento em meios simples e seletivos
(CLED e McConkey), Morfologia variada.

3. Provas Bioquímicas:
1. Identificação parcial através de características morfológicas em meios seletivos (CLED /McConkey)
2. Colônias puras = meios diferenciais.
1.- TSI = glicose; sacarose; lactose; gás e H2S
1.- Rugai: glicose, triptofano H2S, gás, urease, indol
1.- Rugai c/ lisina: glicose, triptofano, H2S, gás, indol, motilidade e lisina.
1.- EPM: glicose, gás, H2S, urease e triptofano.

4. Lactose / ONPG:
1. Lactose = glicose + galactose
2. ONPG (o- nitrofenil-beta-D-galactopiranoside) = molécula semelhante a lactose, a glicose é substituída
pelo grupo o-nitrofenil, é usado para detectar a beta-galactosidase e a reação ocorre mais rápida que a
fermentação da lactose (não substitui a fermentação da lactose porque detecta somente a enzima beta-
galactosidase).

5. Sistema Rb( Reações bioqímicas):


1. Definida estatisticamente por computador
1.Biotipo - código numérico
1.2.Biótipos: <95% : complementar com outras provas bioquímicase/ou serologia
KIT DE ENTEROBACTÉRIAS:
RUGAI OU EPM LMI MIO RHAMNOSE CITRATO
1.Triptofano 1.- Motilidade 1.- Motilidade Formatted: Bulleted + Level: 1 + Aligned at: 0.2" +
1.-Glicose 1.- Indol 1.- Indol Indent at: 0.2"
1.-Gás 1.- Lisina 1.- Ornitina
Formatted: Bulleted + Level: 1 + Aligned at: 0" +
1.-H2S
Indent at: 0", Tab stops: Not at 0.23" + 0.25"
7. Leitura dos códigos no catálogo: Formatted: Bulleted + Level: 1 + Aligned at: 0" +
Indent at: 0", Tab stops: Not at 0.23" + 0.25"
TRI – LAC – H2S GLI – GÁS – LIS IND – ORN – MOT CIT – RHA
Formatted: Bulleted + Level: 1 + Aligned at: 0.19" +
5 3 1 5 3 1 5 3 1 3 1
TRI = triptofano, LAC = lactose, GLI = Glicose, LIS = lisina, IND = indol, ORN = ornitina, MOT = motilidade, Indent at: 0.19"
CIT = citrato, RHA = rhamnose. Formatted: Bulleted + Level: 1 + Aligned at: 0.19" +
Indent at: 0.19"
1. Marcar e somar somente os positivos. Exemplo:
TRI – LAC – H2S GLI – GÁS – LIS IND – ORN – MOT CIT – RHA Formatted: Bulleted + Level: 1 + Aligned at: 0.19" +
5 3 1 5 3 1 5 3 1 3 1 Indent at: 0.19"

CÓDIGO: 3 9 9 1
CÁTALOGO: Escherichia coli (99,7 %)

8. Utilização dos Hidratos de Carbono:


Adonitol Galactose Rafinose Xilose
Arabinose Lactose Rhamnose Trealose
Celobiose Levulose Salicina Sacarose
Dextrose Maltose Sorbitol Dulcitol
Melobiose Manitol Inositol Manose

9. Descarboxilação de Aminoácidos:
1. Caldo Mueller Descarboxilase com Aminoácido
2. Semi-sólido (não necessita selar c/ vaselina)
3. Incubar 35-37ºC / 18-24 horas
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TÓPICOS DE BACTERIOLOGIA CLÍNICA
4. Interpretação: negativo = coloração amarela, positivo = coloração purpura original do meio.

10. Prova de Voges-Proskauer:


1. Meio de Clark-Lubs
2. Incubar 35-37ºC por 24 horas
3. 1 ml do Caldo + 0,6ml de alfa-naftol + 2ml de KOH 40%
4. Interpretação após 15 minutos: positivo = anel cor de rosa, Negativo = sem alteração visível

12. Prova da Utilização do Malonato:


1. Caldo Malonato
2. Incubar 35-37ºC por 24-48 Hrs.
3. Interpretação: positivo = coloração azul, Negativo = sem alteração de cor

NÃO FERMENTADORES

1. Características:
1. Bactérias gram negativas aeróbicas
2. Não esporuladas
3. Possuem a capacidade de metabolizar carbohidratos pela via oxidativa, por este motivo também
denominados como oxidativos ou sacarolíticos.

1.2. Localização:
1. Solo, água, plantas, matéria orgânica em decomposição e alimentos.
2. A nível hospitalar já foram isolados em nebulizadores, soluções salinas e cateteres.
3. São freqüentemente resistentes a agentes anti-sépticos como a clorhexidrina e compostos de amônio
quaternário.

1.3. Incidência e Infecções:


1. Formam aproximadamente 15% dos bacilos gram negativos isolados em laboratórios clínicos.
2. Os mais freqüentemente isolados são a Pseudomonas ssp, o Acinetobacter ssp e a Stenotrophomonas
maltophilia (antes Xantomonas).
3. A Pseudomonas aeruginosa é a espécie mais isolada do gênero, sendo ela incomum na flora normal
humana ( 4-12% das pessoas têm a P. aeruginosa presente na flora fecal).
4. Algumas das infecções frequentes são a septicemia, meningite, osteomielitis, conjuntivite, otite média e
pneumonias.
5. Eram considerados como oportunistas ou fruto de contaminações, mas com o aumento do número de
infecções hospitalares devido a internações prolongadas e imunodeprimidos, estes microorganismos
tendem a ter um papel cada vez mais representativo dentro do laboratório clínico, tanto em infecções como
quando isolados de equipamentos e líqüidos hospitalares.

1.4. Gênero Pseudomonas:


1. São aeróbios estritos
2. Crescem bem em meios comuns, sem exigências nutricionais.
3. A maioria das espécies crescem em MacConkey.
4. Em ágar sangue de carneiro a maioria dos isolados são -hemolíticos e produzem uma típica coloração
“verde metálica”, sendo que algumas espécies podem apresentar um aspecto mucóide.
5. Em ágar McConkey a síntese de piocianina pela P. aeruginosa confere às colônias um aspecto azul-
esverdeado. A síntese de piocianina pela P. aeruginosa é uma característica apenas desta espécie e é
notada principalmente em ágar Muller-Hinton e ágar cetrimide.
6. Cepas de P. fluorescens e P. putida não produzem piocianina e não crescem a uma temperatura de 42ºC.

1.5. Gênero Acinetobacter:


1. São cocobacilos da família Neisseriaceae.
2. Caracteristicamente dispostos aos pares, gram negativos, imóveis.
3. Fazem parte da flora cutânea humana e estão amplamente distribuídos na natureza.
4. São identificados 12 grupos (genospécies) de Acinetobacter; sendo a espécie mais isolada o Acientobacter
baumanii.
5. Em ágar McConkey pode apresentar características de organismos lactose positivo por ser este
microorganismo sacarolítico.
6. Tem se destacado como patógeno emergente, freqüentemente envolvido em graves surtos de infecções
nosocomiais.

1.6. Gênero Stenotrophomonas:


1. A Stenotrophomonas maltophilia é o terceiro bacilo gram negativo não fermentador mais isolado em
laboratórios clínicos.
2. A S. maltophilia não é considerada como parte da flora humana normal, mas pode colonizar pacientes
hospitalizados, principalmente aqueles expostos a equipamentos contaminados ou tratados com
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TÓPICOS DE BACTERIOLOGIA CLÍNICA
antibióticos para os quais este microrganismo é resistente. Estes antibióticos incluem cefalosporinas,
penicilinas, imipinem e os aminoglicosídios.

1.7. Identificação presuntiva das três bactérias Não Fermentadoras (N.F.) mais isoladas na clínica:
1. Coloração de Gram
2. Prova da oxidase
3. Motilidade – Redução de Nitrato a nitrito
4. OF Glicose

Pseudomonas aeruginosa:
1. 70% dos N.F. isolados na clínica
Acinetobacter spp:
1. Segundo N.F. mais isolado na clínica
Stenotrophomonas maltophilia:
1. Terceiro N.F. mais isolado na clínica.

P. aeruginosa Acinetobacter spp S. maltophilia


OXIDASE + - -
MOTILIDADE + - +
NITRATO + - + ou -
OF GLICOSE + + (A. baumanii) ou - + ou -
GRAM Bacilos Cocobacilos Bacilos
PIGMENTO Piocianina Sem Amarelo
OUTRAS Cetrimide 42ºC - Lisina + , DNAse +

1.8. Identificação bioquímica:


1. Reação da Oxidase: o CDC recomenda uma solução a 0,5% de tetrametil-parafenil N-diamina
hidroclorídrico que em presença da enzima citocromo C forma um produto de coloração azul.

2. Meio de Oxidação-Fermentação (OF): o meio de OF diferencia e classifica Bacilos Gram Negativos com
base no mecanismo oxidativo ou fermentativo de metabolização de carbohidratos pela bactéria. Com auxilio
desta técnica demonstra-se que, quando uma bactéria é inoculada em 02 tubos contendo um meio viável
e um determinado carbohidrato, e sendo um dos meios cobertos com vaselina ou óleo mineral (para excluir
o contato do meio com oxigênio) e deixando-se um segundo tubo descoberto em contato com oxigênio
pode-se determinar o caráter fermentativo ou oxidativo do microorganismo. Os microorganismos que
utilizam-se da via oxidativa para degradar o carbohidrato presente no meio produzem uma reação ácida no
meio não coberto com vaselina, enquanto que microorganismos que utilizam-se da via fermentativa
produzirão uma reação ácida em ambos os meios. Organismos que não produzem uma reação ácida em
ambos os meios são chamados inertes. A reação se identifica pela viragem de um indicador ácido-base
que torna-se amarelo quando o pH diminui, não ocorrendo a metabolização do carbohidrato meio
permanece com a cor original.

3. Motilidade: capacidade do microorganismo em mover-se por um meio contendo 3% de ágar, deve ser
inoculado somente a 4 mm da base. Algumas cepas necessitam de 48 h e outras à 25ºC.

4. Redução de Nitrato: resultado positivo é dado pelo desenvolvimento de cor vermelha com adição
do reativo ácido sulfanílico e alfa naftilamina. Quando não há desenvolvimento de cor vermelha o
resultado é negativo ou a redução do nitrato ocorreu antes da formação de compostos
denitrificantes, neste caso deve ser adicionado uma pequena quantidade de zinco que indicará se
houve uma redução inicial de nitrato (desenvolve coloração vermelha).

5. Ágar Cetrimide: o ágar cetrimide possui em sua composição uma amônia quaternária que age como um
agente seletivo para a Pseudomonas aeruginosa, favorecendo assim o crescimento deste microorganismo
e inibindo o crescimento de outros bacilos gram negativos. O ágar Cetrimide também é indicado para a
observação da produção da piocianina.

6. Produção de Pigmento: o ágar Proteose Peptnone 3 estimula a produção de fluoriceina pelas culturas
de Pseudomonas e inibe a formação de piocanina enquanto que o Ágar Peptone estimula a produção de
piocianina e inibe a formação de fluoriceina. Estes pigmentos difundem-se das colônias para o ágar. A
fluoreceina elaborada no ágar Proteose peptone 3 é de coloração amarela fluorescente e a piocianina no
ágar Proteose é de coloração azul. A pioverdina pode ser demonstrada em Flo ágar e luz ultravioleta.

7. Provas adicionais: descarboxilção de determinados aminoácidos, desaminação da uréia, hodrólise da


esculina, DNAse, indol e outras.

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TÓPICOS DE BACTERIOLOGIA CLÍNICA

1.9. Modificações taxonômicas da família Pseudomonadaceae de interesse clínico:

DENOMINAÇÃO ATUAL DENOMINAÇÃO ANTERIOR


Grupo I:
Pseudomonas aeruginosa P. pyocyanea, Bacterium aeruginosum, B. aeruginosa
Pseudomonas fluorescens P. aureofaciens, P. lemonnieri, P. chlororaphis, P. margialis
Pseudomonas putida P. ovalis
Pseudomonas stutzeri CDC grupo Vb-1
Pseudomonas mendocina CDC grupo Vb-2
CDC grupo Vb-3
Pseudomonas alcaligenes -
Pseudomonas pseudoalcaligenes -
Pseudomonas sp grupo 1 -

Grupo II:
Burkolderia cepacia Pseudomonas cepacia, P. multivorans, P. kingae, CDC EO-1
Burkolderia gladioli Pseudomonas gladioli, P. marginata
Burkolderia mallei Pseudomonas mallei
Burkolderia pseudomallei Pseudomonas pseudomallei
Ralstonia pickettii Pseudomonas pickettii, Burkolderia pickettii

Grupo III:
Comamonas acidovorans Pseudomonas acidovorans, P. desmolytica, P. indoloxidans
Comamonas testosteroni Pseudomonas testosteroni, P. desmolytica
Comamonas terrigena -
Acidovorax delafieldii Pseudomonas delafieldii
Acidovorax facilis Hidrogenomonas facilis
Acidovorax temperans -

Grupo IV:
Brevundimonas diminuta Pseudomonas diminuta, CDC Ia
Brevundimonas vesicularis Corynebacterium vesiculare, Pseudomonas
vesicularis

Grupo V:
Stenotrophomonas maltophilia Pseudomonas maltophilia, Xantomonas
maltophilia, CDC I
Stenotrophomonas africana -

Grupo ácido nucleico homólogo não conhecido:


Chryseomonas luteola Pseudomonas luteola, Cryseomonas polytricha,
CDC Ve-1
Flavimonas oryzihabitans Pseudomonas oryzihabitans, P. lacunoges, CDC Ve-2
Sphingomonas paucimobilis Pseudomonas paucimobilis, CDC IIk-1
Pseudomonas-like grupo 2 CDC grupo IVd
CDC grupo WO-1 -
Shewanella putrefaciens Pserudomonas putrefaciens, Alteromonas putrefasciens,
Achromobacter putrefasciens, CDC Ib-1, Ib-2

1.10.Modificações taxonômicas de interesse clínico:

DENOMINAÇÃO ATUAL DENOMINAÇÃO ANTERIOR


Família Methylococcaceae:
Methylobacterium spp -
Methylobacterium mesophilicum Pseudomonas mesophilica, P. extorquens
Roseomonas spp -
Roseomonas gilardii -
Roseomonas cervicalis -
Roseomonas fauriae -
Balneatrix alpica -

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TÓPICOS DE BACTERIOLOGIA CLÍNICA
Família Alcaligenaceae:
Alcaligenes xylosoxidans xylosoxidans Alcaligenes xylosoxidans denitrificans, Achromobacter
xylosoxidans , CDC IIIa e IIIb.
Alcaligenes xylosoxidans denitrificans Alcaligenes denitrificans denitrificans, CDC Vc
Alcaligenes faecalis Alcaligenes odorans, CDC VI
Alcaligenes piechaudii -
Bordetella pertussis -
Bordetella parapertussis -
Bordetella bronchiseptica Alcaligenes bronchiseptica, A. bronchicanis, Bordetella
bronchicanis, Brucella bronchiseptica
Bordetella avium e Bordetella hinzii -
Bordetella holmseii CDC NO-2

Família Rhizobiaceae:
Agrobacterium radiobacter Agrobacterium tumefaciens, CDC Vd-3

Família Flavobacteriaceae:
Chryseobacterium indologenes Flavobacterium indologenes, CDC IIb
Chryseobacterium meningosepticum Flavobacterium meningosepticum, CDC IIa
Empedobacterium brevis Flavobacterium breve
CDC grupos IIe, IIg, IIh, IIi -
Weeksella virosa Flavobacterium genitale, CDC grupo IIf
Bergeyella zoohelcum Weeksella zoohelcum, CDC grupo IIj
Myroides odoratus, M. odoratimimus Flavobacterium odoratum, CDC M-4f

Taxonomia incerta:
Ochrobactrum anthropi Achromobacter spp. biotipos 1 e 2, CDC Vd-1e Vd-2
Achromobacter grupos B, E, F -
Oligella urethralis Moraxella urethralis, CDC grupo M-4
Oligella ureolytica CDC IVe
CDC grupo IVc-2 -
Sphingobacterium multivorum Flavobacterium multivorum, CDC IIk-2
Sphingobacterium spiritivorum Flavobacterium spiritivorum, Sphingobacterium versatilis,
CDC Iik-3
Moraxella lacunata -
Moraxella osloensis -
Moraxella nonliquefasciens -
Moraxella phenylpyruvica CDC M-2
Moraxella atlantae CDC M-3
CDC grupo EO-2 -
CDC grupo EO-3 -
Psychrobacter immobilis -
Gilardi Rod grupo 1 -
Branhamella catarrhalis Moraxella catarrhalis
Neisseria weaveri CDC grupo M-5
Neisseria elongata nitroreducens CDC grupo M-6
Acinetobacter calcoaceticus A. calcoaceticus var. anitratus, A. anitratus
Acinetobacter baumannii Acinetobacter calcoaceticus var. anitratus, A. anitratus,
1.A. calcoaceticus
Acitetobacter haemolyticus Acinetobacter calcoaceticus var. anitratus, A. anitratus, A.
calcoaceticus var. lwoffii, A. lwoffii
Acinetobacter junii e Acinetobacter johnsonii -
Acinetobacter lwoffii Acinetobacter calcoaceticus var. lwoffii
CDC grupo NO-1 e CDC grupo EO-5 -

INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO (ITU)

1. Anatomia:
1. Superior: Pielonefrites
2. Inferior: Cistites, Cervicites, Uretrites, Prostatites, Vaginites

2. Fatores que predispõe uma ITU:


1. Obstrução mecânica (cálculo renal)
2. Refluxo vesicouretral
3. Obstrução da bexiga

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TÓPICOS DE BACTERIOLOGIA CLÍNICA
4. Hipertrofia da próstata
5. Manipulação mecânica (Cateterização)
6. Expansão do útero na gravidez
7. Diabete neuropática, poliomielite ou degeneração do nervo
8. Rompimento da mucosa ou úlceras
9. Alteração da osmolaridade e pH da urina (gravidez,diabetes)
10. Atividade sexual em mulheres jovens
11. Incontinência urinária em idosos
12. Outros fatores como fumo, álcool e antibióticos.

3. Agentes Microbianos de Infecções do Trato Urinário:


1. MAIS FREQUENTES : Enterobacteriaceae, Staphylococcus saprophyticus, Enterococos,
Streptococcus agalactiae, Streptococcus pyogenes, Staphylococcus aureus, Candida sp
1. MENOS FREQUENTES: Gardnerella vaginalis, Ureaplasma urealiticum, Micoplasma hominis,
Mobiluncos, Leptospira, Micobacterium spp.

4. ITU – Superior:
Agentes etiológicos mais comuns associados com a clínica:
1. Pielonefrite aguda: Enterobacteriaceae, Staphylococcus aureus
1. Pielonefrite subclínica: Estafilicocos Coagulase Negativo, Candida spp, Mycobacterium spp,
Mycoplasma hominis.

5. ITU – Inferior:
Agentes etiológicos mais comuns associados com a clínica:
1. Cistite Bacteriana aguda: Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, outras Enterobacteriaceae,
Enterococos, Estafilococos Coagulase Negativo
1. Uretrites (Síndrome Uretral Aguda): Chlamydia trachomatis, Neisseria gonorrhoeae, Ureaplasma
urealyticum.

6. Outras infecções:
Agentes etiológicos mais comuns associados com a clínica:
1. Uretrite gonococica: Neisseria gonorrhoeae
1. Uretrite Clamidial: Chlamydia trachomatis
1. Vaginite: Escherichia coli
1. Prostatite: Klebsiella spp
1. Bacteriúria Sintomática Associada – catéter: Proteus mirabilis, Pseudomonas, Candida spp

7. ITU:
ITU causadas por Estafilococos Coagulase Negativo:

CARACTERÍSTICA S. epidermides S. saprophyticus

Sexo e idade Homens e mulheres igual 95%Mulheres 16 a 35 anos

População de risco Pacientes Hospitalizados Paciente externo

Incidência Comum: 20% ou mais dos Incomum: 3,5%ou menos


pacientes hospitalizados dos pacientes hospitalizados com ITU
mais de 50 anos de idade

Terapia Frequentemente resistência múltipla Responde bem aos antimicrobianos


resistência múltipla do trato urinário tradicionais,
exceto ácido nalidíxico

Resultado Frequentemente a Reincidência rara,


bacteriúria persiste após a terapia reinfecção ocasional.

8. Flora Comensal do Trato Genital:


1. E. coli e outros “coliformes”, Estreptococos do grupo D, Lactobacillus spp, Estafilococos coagulase
negativa e várias espécies de anaeróbios.

9. Infecções do Trato Urinário - Fatores bacterianos:


1. FIMBRIAS - aderência: presença de adesina superficial do BGN. Presença de receptor na
superficia celular do hospedeiro
2. RECEPTOR: nas céluas uroepiteliais; carbohidratos (Ex.: manose)
3. FIMBRIAS: tipo 1 - receptor D-manose = cistitis tipo P manose R (gal-gal) = pielonefritis

10. Coleta de amostras:


1. Jato intermediário, Saco coletor, Aspiração suprapúbica, cateterização uretral
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TÓPICOS DE BACTERIOLOGIA CLÍNICA

11. Urina obtida por micção normal:


Adultos
1.- os pacientes devem lavar e secar bem as mãos
1.- pacientes de ambos os sexos deverão submeter-se a higiene cuidadosa da região genital, evitando a
utilização de anti-sépticos de ação residual que poderão interferir no resultado das culturas (pode se
utilizar água e sabão, enxaguar e secar bem os genitais externos)
1.- O primeiro e o último jatos devem ser desprezados (mais ou menos 2 segundos de micção)
1.- Colher o jato intermediário em frasco esterilizado de boca larga]

Crianças
1.- Usar saco coletor após higiene prévia (utilizar água e sabão, enxaguar e secar bem os genitais
externos), trocar o coletor a cada trinta minutos, repetindo a higiene.
1.- Punção supra-púbica
1.- (indicado nos casos duvidosos de infecção urinária em crianças quando não há contra indicação de
cateterização ou na suspeita de infecção por bactérias anaeróbia e fungos).

12. Conservação da urina em ambiente:


TEMPO UFC/ml
Tempo zero 900
Após 20 min. 1800
+ 20 minutos 3600
+ 20 minutos 7200
+ 20 minutos 14400
+ 20 minutos 28800
+ 20 minutos 57600
Após 2 horas Superior 100.000

13. Métodos de triagem:


1. NITRITO
2. LEUCÓCITO ESTEARASE
3. COLORAÇÀO DE GRAM

14. Coloração de gram para detecção de bacteriúria e piúria:


1. Exame de esfregaço corado de urina não centrifugada sob objetiva de 100X
2. Exame de esfregaço corado de urina centrifugada sob objetiva de 100X

15. Piúria:
1. ITU, Deshidratados, Cálculos, Trauma, Irritação química, Tuberculose renal

16. Piúria sem bacteriúria:


1. Urilitíase, Prostatites não bacterianas, Malignidade genitourinária, Tuberculose, Sindrome uretral aguda

17. Causas de infecções polimicrobianas:


1. RN de alto risco, Bexiga neurogênica, Sonda vesical de demora, Lesões obstrutivas, Fístula vésico-vaginal

18. Cultura:
1. Alça calibrada, Laminocultivo, POUR PLATE

19. Alça calibrada:


1. Placas de CLED / Mac Conkey
1. Placas de Ágar Sangue / Mac Conkey
1. Alças 1:1000 (0,001) e 1:100 (0,01)

20. Laminocultivo:
1. Urilab (CLED / Mac Conkey)
Escala tipo:

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TÓPICOS DE BACTERIOLOGIA CLÍNICA

1-4 colônias 5-16 colônias 17-45 colônias 49-50 colônias Homogêneo


103 UFC/ ml 104 UFC/ ml 105 UFC/ ml 106 UFC/ ml >107 UFC/ ml

21. Causas de contagens microbianas falsamente baixas:


1. Diurese vigorosa, Administração de antibióticos, Substâncias antissépticas contidas na frasco de coleta,
Obstrução distal ao sítio da infecção.

22. Resultados:
1. Interpretação dos resultados de culturas de urina usando alogarítmos baseados em contagem de
colônias, piúria e sintomas:

CULTURA PURA PIÚRIA SINTOMAS ALTERNATIVA


(ou predominante) (Disúria-Polaciúria)

< 102 ou sem Ausente Ausente Sem doença bacteriana


crescimento
Presente Clamydia, CMV, HSV, adenovírus.
Recomendado: Cultura urina, cérvice, uretra

Presente Ausente Piúria assética (desidratação)

Presente Síndrome Uretral Aguda:


Clamydia, Neisseria ou
Ureaplasma. Paciente pode
estar sob antibioticoterapia.
Recomendado: Cultura uretral ou cervical

> 102 a < 105 Ausente Ausente Provável colonização ou contatoperineal.

Presente Clamydia, Neisseria, etiologia não infecciosa


ou paciente está recebendo antibiótico.
Recomendado: Reexaminar em 1 semana se
persistir os sintomas.

Presente Ausente Bacteriúria assintomática ou


tratamento com antibiótico.
Presente Bacteriúria sintomática.

> 105 Ausente Ausente Bacteriúria assintomática (gestantes e idosos)


ou infecção transitória (recente atividade
Sexual)

Presente Cistite; Pielonefrite.

Presente Ausente Bacteriúria assintomática (gestantes e idosos)


Presente Cistite; Pielonefrite.

23. Interpretação:
1. Quando isolado apenas um microorganismo:
1. Acima 105 UFC/ml: Registrar contagem, identificação completa (gênero e espécie) e antibiograma.

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TÓPICOS DE BACTERIOLOGIA CLÍNICA
1. 103 a 105 UFC/ml: Dependendo da coloração de Gram e Clínica do paciente registrar contagem,
identificação completa (gênero e espécie) e antibiograma.

1. Quando isolados dois microorganismos:


1. Um > 104 UFC/ml e outro 10 x menos: Registrar contagem, identificação completa (gênero e espécie)
e antibiograma apenas do predominante.
1. Ambos > 104 UFC/ml (sem predominância): Registrar contagem de ambos, identificação apenas
descritiva sem antibiograma. Casos de paciente com bexiga neurogênica ou cateterizado fazer
identificação completa e antibiograma de ambos.
1. Ambos < 104 UFC/ml: Considerados contaminantes, exceto urinas coletadas por punção supra-
púbica.

1. Quando isolados três tipos ou mais de microorganismos:


1. Registrar o crescimento de várias espécies bacterianas solicitando nova amostra; com exceção de
pacientes neurogênicos, cateterizados ou com punção supra-púbica(fazer identificação completa e
antibiograma de todos).

COPROCULTURA

1. Estatísticas: Doenças que mais matam por ano


DOENÇAS NÚMERO DE MORTES
Doenças cardíacas 7.200.000
Câncer 6.300.000
Doenças cérebro-vasculares 4.600.000
Infecção aguda das vias respiratórias 3.900.000
Tuberculose 3.000.000
Doenças pulmonares crônicas obstrutivas 2.900.000
Diarréia 2.500.000
Malária 2.100.000
AIDS 1.500.000
Hepatite B 1.200.000
* Dados da Organização Mundial de Saúde - 1998.

1.2. Agente bacteriano: Enteropatógenos mais comumente associadas à ITG:


CONHECIDOS ALTAMENTE ASSOCIADOS
Salmonella Campylobacter spp
Shigella Vibrio spp
E. coli enterotoxigênica Plesoimonas shigelloides
E. coli enteropatogênica Edwardsiella tarda
E. coli enterohemorrágica Aeromonas spp
Campylobacter jejuni E. coli enteroagregativa
Campylobacter coli ORGANISMOS ENVOLVIDOS
Yersinia enterocolitica Bacterioides fragilis
Clostridium difficile Klebsiella pneumoniae
Vibrio cholerae K. oxytoca
V. parahaemolyticus Citrobacter freundii
Providencia alcalifaciens
Hafnia alvei
1.3. Flora normal:
1. Parte superior do intestino delgado: Enterococcus, Lactobacillus, Difterioides, Candida albicans Formatted: Indent: Left: 0.25", Bulleted + Level: 1 +
1. Flora microbiana encontrada no intestino grosso: Aligned at: 0" + Tab after: 0.25" + Indent at: 0.25",
GRAM NEGATIVOS ANAERÓBIOS GRAM NEGATIVOS AERÓBIOS Tab stops: 0.5", List tab + Not at 0.25"
Bacterioides fragilis Escherichia coli
Bacterioides spp Klebsiella spp
Fusobacterium spp Enterobacter spp
GRAM POSITIVOS ANAERÓBIOS Proteus spp
Lactobacillus Shigella (grupos A-D)
Clostridium spp, C. perfrigens Pseudomonas aeruginosa
Peptostreptococcus spp Salmonella enteritidis
Peptococcus spp Candida albicans

ANAERÓBIOS FACULTATIVOS: Staphylococcus aureus, Enterococcus spp, Estreptococos -


hemolítico (grupos B, C, F e G)

1.4. Síndromes clínicas:


1. Diagnóstico diferencial : história clínica, comida ingerida, exame microscópio das fezes no dia da coleta.
2. E. coli toxigênica: 50% das diarréias de viagem.
3. Giardia lamblia e Entamoeba histolytica: diarréia dias a semanas após a ingestão.
4. Medicamentos: efeitos colaterais semelhantes a gastroenterite.
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TÓPICOS DE BACTERIOLOGIA CLÍNICA
5. Doenças sexualmente transmissíveis (N. gonorrhoeae, T. pallidum, Clamydia e Herpes viral): podem
causar diarréia e sintomas de gastroenterite.

1.5. Diarréia infecciosa:


SINTOMAS INCUBAÇÃO FEBRE LEUC./ERITR. PATÓGENOS
Náusea e vômito 1-15 min. Não Negativo Metais pesados, doença psicogênica.

Náusea, vômito 1-18 h Não Negativo E. coli enterotoxigênica,


e diarréia C. perfrigens, B. cereus, S. aureus.

Náusea, vômito, 12h-3 dias Sim Negativo Rotavirus, Norwalk vírus.


mialgias e cefaléia

Diarréia e cólicas 1-3 dias Sim Positivo C. jejuni, Shigella spp, Salmonella sp,
abdominais Yersinia sp, C. difficile, E. histolytica

Sangramento 1-3 dias Não Sangue E. coli enterohemorrágica,


gastrointestinal. citomegalovírus.

Diarréia malabsort. 1-2 sem. Não Negativo Microsporidum sp, Isopora belli,
com inchaço Giardia lamblia

1.6. Transmissão:

TOXINAS INCUBAÇÃO TRANSMISSÃO


Staphylococcus aureus 1-6 h Nata, carne, frango.
Clostriduim perfrigens 8-20 h Carne requentada, peixe, aves.
Clostridium botulinum 12-36 h Comida enlatada, vegetais, peixe, frutas.
Bacillus cereus 1-20 h Comida requentada, vegetais.

INFECÇÃO
Salmonella 1-2 dias Ovo, aves.
Shigella 1-4 dias Fecal- oral, vegetais, leite.
Campylobacter 1-4 dias Frango, animais domésticos
Escherichia coli 1-4 dias Alimentos (viajente)
Vibrio cholerae 2 dias Fecal-oral, água, frutos do mar.
Yersinia enterocolitica dias-sem. Animais estimação, leite, carne porco.
Rotavírus 2-5 dias Contato fecal-oral.
Giardia lamblia 1-2 sem. Água contaminada
Entamoeba histolytica dias-sem. Água contaminada
Isospora belli dias-sem. Fecal-oral (AIDS)

1.7. Escherichia coli :


GRUPO DESIGNAÇÃO SINAIS E SINTOMAS MECANISMO DA DOENÇA

Enterotoxigênica ETEC Afebril, diarréia Produção de enterotoxinas,


aquosa em viajentes. Termo-lábil, termo-estável.

Enteropatogênica EPEC Febril, diarréia Ataque-aderência.


invasiva em crianças.

Enteroinvasiva EIEC Febril, diarréia com Invasão.


disenteria frequente.

Enterohemorrágica EHEC Afebril, diarréia Associada com produção de


sanguinolenta. Enterotoxina Shiga-like (SLT)

Enteroagregativa EAggEC Febril, diarréia Ataque aderência.


sanguinolenta.

1.8. Shigella:
1. 4 espécies: S. dysenteriae (grupo A), S. flexneri (grupo B), S. boydii (grupo C), S. sonnei (grupo D)
1. Semelhante ao gênero Escherichia (EIEC)
2. Todas as espécies causam infecção gastrointestinal
3. Organismos frágeis (pH, temperatura)
4. Tendem a ser bioquimicamente inertes (LAC - , MOT - , GÁS - , LIS - , URÉIA -)
5. Produz severas toxinas e invadem a mucosa causando úlceras e intensa resposta inflamatória.

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TÓPICOS DE BACTERIOLOGIA CLÍNICA

Formatted: Numbered + Level: 1 + Numbering Style:


1. Espécies (mais de 2200 sorotipos): 1, 2, 3, … + Start at: 1 + Alignment: Left + Aligned at:
1. S. typhi (febre tifóide), 0" + Tab after: 0.25" + Indent at: 0.25", Tab stops: Not
2. S. cholerasuis (bacteremia),
at 0.5"
3. S. paratyphi A, B e C (febre paratifóide),
4. S. eneteritidis (infecções gastrointestinais),
5. S. typhimurium (sorotipo mais frequente)
1. Síndromes relacionadas: Gastroenterites, Febre entérica, Bacteremia, Portador

Formatted: Numbered + Level: 1 + Numbering Style:


1, 2, 3, … + Start at: 1 + Alignment: Left + Aligned at:
0" + Tab after: 0.25" + Indent at: 0.25", Tab stops: Not
at 0.5"
SALINA FEZES CARY BLAIR
TAMPONADA

GN BROTH HECTOEN TEAGUE

4-6 h à 37ºC
18-24 h à 37ºC
XLD COLÔNIAS DIFERENTES EM CADA PLACA

RUGAI SEM SACAROSE E L.M.I.

TRIAGEM BIOQUÍMICA

SOROLOGIA POSITIVA

REISOLAMENTO EM MAC CONKEY

SISTEMA RB

ANTIBIOGRAMA

CONFIRMAÇÃO DA SOROTIPAGEM E
BIOQUIMISMO (Se necessário)

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TÓPICOS DE BACTERIOLOGIA CLÍNICA

1.11. Sorotipagem: Formatted: Numbered + Level: 1 + Numbering Style:


1, 2, 3, … + Start at: 1 + Alignment: Left + Aligned at:
Triagem com Rugai e LMI (Lisina – Motilidade – Indol: facilita o isolamento do possível agente 0" + Tab after: 0.25" + Indent at: 0.25", Tab stops: Not
patogênico para proceder a sorologia e identificação completa (genero e espécie).
at 0.5"

Não é recomendado Rugai com lisina, a produção de glicose intensa no meio de Rugai acidifica a Formatted: Indent: Left: 0.25", Bulleted + Level: 1 +
lisina alterando o resultado (falso lisina negativo) e a produção de uréia alcaliniza a lisina (falso Aligned at: 0" + Tab after: 0.25" + Indent at: 0.25",
resultado positivo na lisina) que ocorre com cepas de Serratia e Proteus. Tab stops: 0.5", List tab + Not at 0.25"
Formatted: Indent: Left: 0.25", Bulleted + Level: 1 +
Aligned at: 0" + Tab after: 0.25" + Indent at: 0.25",
Tab stops: 0.5", List tab + Not at 0.25"

- +
Rugai-L.M.I.: GLI + OXI -
L - TRIPTOFANO DESAMINASE
+ -
URÉIA Sem interesse clínico
- ou + +
GÁS - MOT - LACTOSE
H2S - LIS -
- +
LAC +/- IND +/- H2S
Crianças
até 1 ano
GÁS - ou fraco
IND - LIS + MOT +
SOROLOGIA H2S - IND +
Yersinia MOT +/- + -
LIS +/- MOTILIDADE SOROLOGIA
GÁS +/- Salmonella
- +
LIS + LIS -
IND - INDOL
SOROLOGIA EPEC

SOROLOGIA SOROLOGIA SOROLOGIA


EIEC Shigella Shigella e EIEC

12. Salmonella:
Antígeno O Antígeno H
fase 1 fase 2
GRUPO A: S. paratyphi A 2 a -
GRUPO B: S. paratyphi B 4 b 1,2
S. typhimurium 4 i 1,2
GRUPO C: S. paratyphi C 6,7,vi c 1,5
S. infantis 6,7 r 1,5
GRUPO D: S. typhi 9,vi d -
S. enteritidis 9 g,m -
S. panama 9 l,v 1,5

1.12. Campylobacter:

SALINA TAMPONADA FEZES CARY BLAIR


Morfologia Gram
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TSA SUPLEMENTADO (VTPAC)


Morfologia Gram 48 h à 42ºC - microaerofilia
TÓPICOS DE BACTERIOLOGIA CLÍNICA

ANTIBIOGRAMA
1. Metodologias: Formatted: Numbered + Level: 1 + Numbering Style:
1. Concentração inibitória mínima (CIM ou MIC) 1, 2, 3, … + Start at: 1 + Alignment: Left + Aligned at:
2. Epsilometer Test (E-test) 0" + Tab after: 0.25" + Indent at: 0.25", Tab stops: Not
3. Difusão em ágar (discos de papel)
at 0.5"
1.2. MIC: Formatted: Numbered + Level: 1 + Numbering Style:
1. Pacientes imunodeprimidos 1, 2, 3, … + Start at: 1 + Alignment: Left + Aligned at:
2. Endocardites bacterianas subagudas 0" + Tab after: 0.25" + Indent at: 0.25", Tab stops: Not
3. Suspeita de microorganismos resistentes (Enterococcus sp com alto nível de resistência)
at 0.5"
4. Resultado intermediário ou resistente por difusão
5. Aminoglicosídeos (dose tóxica - terapêutica)
6. Função renal comprometida
7. Anaeróbios

1.3. Discos de papel: Formatted: Numbered + Level: 1 + Numbering Style:


1. Microorganismos de crescimento rápido: Enterobacteriaceae, Pseudomonas sp, Staphylococcus sp, 1, 2, 3, … + Start at: 1 + Alignment: Left + Aligned at:
Acinetobacter sp, Streptococcus pneumoniae, Haemophilus sp, Neisseria gonorrhoeae, Alguns 0" + Tab after: 0.25" + Indent at: 0.25", Tab stops: Not
estreptococos. at 0.5"

1.4. Padronização: Formatted: Numbered + Level: 1 + Numbering Style:


1. Meio de Cultura, Inóculo, Incubação, Procedimento, Discos de papel com antibióticos 1, 2, 3, … + Start at: 1 + Alignment: Left + Aligned at:
0" + Tab after: 0.25" + Indent at: 0.25", Tab stops: Not
1.5. Meio de cultura: at 0.5"
1. Muller Hinton (MHA)
Formatted: Numbered + Level: 1 + Numbering Style:
2. MHA com 5% sangue de carneiro (S. pneumoniae)
1, 2, 3, … + Start at: 1 + Alignment: Left + Aligned at:
3. MHA com 5% sangue de carneiro suplementado com fator VX (N. gonorrhoeae e Haemophilus sp)
0" + Tab after: 0.25" + Indent at: 0.25", Tab stops: Not
4. Concentração do ágar (1,5 a 2,0 %), a difusão do antibiótico varia com a concentração do ágar
at 0.5"
5. pH 7,3  0,1 (a diminuição diminui a atividade dos aminoglicosídeos, Clindamicina e eritromicina e
aumenta a atividade das tetraciclinas)
6. Concentração de Ca++e Mg++ (um aumento resulta em decréscimo da atividade dos aminoglicosídeos

para P. aeruginosa e da tetraciclina para todos microorganismos, o contrário produz o efeito inverso)
7. Deficiência de cátions
8. Concentração de timina e timidina (alteram a atividade do Sulfametoxazol + Trimetoprim)
9. Espessura = 5 mm (de 4 a 6 mm, espessuras menores resultam em halos falsamente aumentados
porque o antibiótico se difunde mais para os lados e maiores produzem halos falsamente diminuídos)

1.6. Inóculo: Formatted: Numbered + Level: 1 + Numbering Style:


1. Turvação da escala 0,5 de Mac Farland 1, 2, 3, … + Start at: 1 + Alignment: Left + Aligned at:
1. Aproximadamente 108 UFC/ml 0" + Tab after: 0.25" + Indent at: 0.25", Tab stops: Not
2. 0,5 ml de BaCl2 + 99,5 ml de H2SO4 1% at 0.5"
3. Absorbância 0,08 a 0,10 em 625 nm
1. Crescimento de 2-8 h em caldo MH
2. Suspensão em salina com colônia de 24 h
3. Selecionar 4 a 5 colônias semelhantes

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TÓPICOS DE BACTERIOLOGIA CLÍNICA
1.7. Discos: Formatted: Numbered + Level: 1 + Numbering Style:
1. Armazenamento: Refrigerador entre 2 a 8ºC e Freezer à -14ºC ou abaixo (-lactâmicos) 1, 2, 3, … + Start at: 1 + Alignment: Left + Aligned at:
2. Antibióticos instáveis podem permanecer em refrigerador por uma semana durante o uso 0" + Tab after: 0.25" + Indent at: 0.25", Tab stops: Not
3. Não congelar e descongelar repetidas vezes at 0.5"
1. Temperatura ambiente 1 hora antes do uso para evitar condensação de água dentro do frasco
2. Ausência de umidade (-lactâmicos)
1. Quantidade por placa: até 5 discos em placas de 100 mm e 12 discos em 150 mm
2. Controle: cepas padrões ATCC conhecido

Formatted: Numbered + Level: 1 + Numbering Style:


1. Temperatura de 35ºC (35º a 37ºC) 1, 2, 3, … + Start at: 1 + Alignment: Left + Aligned at:
2. Tempo: 0" + Tab after: 0.25" + Indent at: 0.25", Tab stops: Not
S. pneumoniae  18 - 24 horas at 0.5"
N. gonorrhoeae  20 - 24 horas
S. aureus  24 horas
Enterococcus sp  24 horas
Demais microorganismos  16 a 18 horas

1.9. Procedimento:
1. Selecionar 4 a 5 colônias semelhantes (cultura 24h)
1. Repicar para caldo e incubar 2 a 8 horas à 35ºC até atingir a turvação da escala 0,5 de Mac Farland
2. Passar para salina estéril até a turvação da escala 0,5 de Mac Farland
1. Embeber o swab
2. Retirar totalmente o excesso de líquido na parede do tubo
3. Passar sobre a placa em todos os sentidos
4. Deixar a placa semi aberta na estufa por 5 minutos (não mais que 15 minutos)
1. Colocar os discos embebidos com antimicrobiano

1.10. Controle:
1. Staphylococcus aureus - ATCC 25923
2. Escherichia coli - ATCC 25922
3. Pseudomonas aeruginosa - ATCC 27853
4. Escherichia coli - ATCC 35218
5. Enterococcus faecalis - ATCC 29212 ou 33186
6. Haemophilus influenzae - ATCC 49766 ou 49247
7. Neisseria gonorrhoeae - ATCC 49226
8. Streptococcus pneumoniae - ATCC 49619

1.11. Modificações:
1. Enterococcus Vancomicina resistente ou produtores de - lactamase: incubação de 24 h e observação
com lupa
2. Haemophilus sp: meio de MTH com incubação de 16-18 h em 5% de CO2
3. Neisseria gonorrhoeae: meio GC suplementado com incubação de 20-24 h em 5% de CO2
4. Streptococcus pneumomiae: meio MHA com 5% de sangue de carneiro, incubação de 20-24 h em 5% de
CO2
5. Staphylococcus aureus meticilina resistente: incubação de 30-35ºC por 24 h

1.12. Interpretação:
1. Sensível (concentração “in vitro” 3 x mais)
Ampicilina 10 g/disco = nível sérico 32 g/ml
Bactéria sensível = 8 g/ml
Bactéria moderadamente sensível = 16 g/ml
Bactéria resistente = 32 g/ml
1. Intermediário
2. Resistente

1.13. Leitura:
1. O crescimento em véu do Proteus dentro do halo de inibição deve ser desconsiderado
2. Colônias isoladas dentro do halo de inibição devem ser reisoladas e identificadas.

1.14. Representação:
1. Ampicilina = Amoxicilina / ácido clavulânico para enterococos, estreptococos e outros Gram positivos.
2. Cefalotina = Cefalotina, Cefaclor (exceto Enterobacteriaceae e Haemophilus), cefapirina, cefradina,
cefadroxil, cefazolina (exceto Enterobacteriaceae). Cefazolina e cefuroxima devem ser testados
separadamente para Enterobacteriaceae.
3. Clindamicina = Lincomicina
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4. Resistência a oxacilina para Staphylococcus = resistência a outras penicilnas, cefalosporinas, imipenem e
combinações com inibidores de beta lactamase.
5. Tetraciclina = outras tetraciclinas (clorotetraciclina, doxiciclina, minociclina, oxitetraciclina).

1.15. Cuidado especial:


Resultados que requerem verificação e repetição:
1. S. aureus resistente a oxacilina
2. S. pneumoniae resistente a penicilina e cefalosporinas de terceira geração
3. Streptococcus sp viridans resistente ou intermediário a penicilina
4. Gram positivos (exceto Lactobacillus sp, Leuconostoc sp, Pediococcus sp ou Erysipelothrix rhusiopathiae)
resistentes ou intermediário a vancomicina
5. Enterococcus sp com alto nível de resistência a gentamicina
6. Klebsiella sp e E. coli com potencial de -lactamase de espectro estendido (Ceftazidima resistente)
7. Klebsiella sp sensível a ampicilina
8. Bacilos Gram negativos:
9. Resistentes a gentamicina, tobramicina, amicacina
10. Resistentes a aminoglicosídeos (exceto S. maltophilia e B. cepacia)
11. Resistentes ou intermediários a imipenem (exceto S. maltophilia, Proteus/Providencia sp)
12. Resitentes a Ciprofloxacin (exceto S. maltophilia e B. cepacia)
13. Haemophilus influenzae resistente a ampicilina (-lactamase negativo)
14. Cepas resistentes a todas as drogas relevantes
15. Resultados atípicos para a espécie determinada

BETA LACTAMASES

1. Histórico
1. 1940 - primeiro betalactâmico (Penicilina G)
2. Resistência mediada pelas -lactamases
3. Desenvolvimento da Meticilina
4. 1960 - primeiros S. aureus resistentes a Meticilina

2. Definição
1. -lactâmicos: penicilinas, cefalosporinas, carbapenens (Imipenem e Meropenem) e monobactâmicos
(Aztreonam).
2. -lactamases são enzimas que hidrolizam o núcleo -lactâmico formando ácido penicilóico (inativo).
1. Gene Mec altera a proteína de membrana ligadora do anel -lactâmico - PBPs (Protein Binding
Penicilin) .
1. Resistência extrínseca: mediada por -lactamases.
1. Resistência intrínseca: mediada pelo Gene Mec.

3. Inibidores:
1. Bloqueiam a atividade da enzima -lactamase.
2. Não são ativos contra alteração de PBPs.
3. Exemplos: Sulbactam/Ampicilina, Clavulonato/ Amoxicilina, Tazobactam/ Piperacilina

4. Microorganismos:
1. Staphylococcus aureus e ENPC, Enterococcus sp, Streptococcus pneumoniae, Haemophilus
influenzae, Neisseria gonorrhoeae, Moraxella catarrhalis, Anaeróbios e Enterobactérias.

5. Staphylococcus
1. MRSA - S. aureus e ENPC resistentes à Meticilina.
2. ORSA - S. aureus e ENPC resistentes à Oxacilina.
3. MARSA - S. aureus e ENPC resistentes à Meticilina e Aminoglicosídeos.
4. BORSA - cepas “borderline”

Resistência:
1. Mediada por -lactamases.
2. Mediada por gene Mec (MARSA).
1. Homogêneas - toda população expressa o gene Mec
2. Heterogêneas - parte da população não expressa o gene Mec.
1. Intermediário ou BORSA (Borderline):
1 ) MARSA Heterogêneo
2 )Cepas hiperprodutoras de -lactamase
3 ) Cepas MOD-SA que alteram as PBP

Detecção -Lactamase:
1. Método Iodométrico - descoloração pelo ácido penicilóico que reduz o iodo.
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2. Método Acidométrico - muda de cor por acidificação do ácido penicilóico.
3. Cefalosporina cromogênica (Nitrocefin) - fita embebida com droga -lactâmica que muda de cor
quando clivada pela -lactamase.

Detecção Marsa:
1. Antibiograma Normal com PEN e OXA.
2. Muller Hinton 2% NaCl + disco Oxacilina 1 mcg (propicia expressão do gene Mec) - Halos: R 
10 mm I = 11 a 12 mm S  13 mm
3. Muller Hinton 4% NaCl + 6 mcg/ml Oxacilina (propicia expressão do gene Mec nas BORSA)

Interpretação:
1. PEN sensível e OXA sensível = Sensível a todos -lactâmicos
2. PEN resistente e OXA sensível = Sensível a inibidores de -lactamases e Penicilinas resistentes a
penicilinases (OXA e Meticilina)
3. PEN resistente e OXA resistente = Cepa MARSA, sensível somente a glicopeptídeos (Vancomicina e
Teicoplamina)
4. PEN resistente e OXA Intermediário = Cepa BORSA, verificar se a cepa é hiperprodutora de -
lactamase, gene Mec ou MOD-SA.

6. Enterococcus:
1. Resistência intrínseca aos -lactâmicos (mediada por alterações nas PBPs).
2. Resistência a baixos níveis de aminoglicosídeos - associação -lactâmico ou glicopeptídeo +
aminoglicosídeo (exceção urina - monoterapia AMP) com testes para HLAR
3. Enterococo Resistente à Vancomicina (VRE) - Genes induzíveis que diminuem a afinidade bactéria pelo
glicopeptídeo)
4. Resistência a altos Níveis de Aminoglicosídeos (HLAR) - Cromossômicas - alteram sítio ribossoma
(Resistência Estreptomicina) Plasmídeos transferíveis - enzimas que inativam aminoglicosídeos
5. Raras cepas produzem -lactamase (Detectado por Nitrocefin em sangue e líquor).

Identificação:
1. Antibiograma por difusão em disco:
2. Resistência PEN e AMP
3. Altos níveis de resistência à Vancomicina (Incubação 24 horas e medição do halo com lupa
e luz transmitida)
4. HLAR - GEN 120 g/disco e EST 300 g/disco (Prevê o sinergismo aminoglicosídeo + -
lactâmico)
* Amostras de sangue e Líquor devem ser testados resistência para PEN, AMP, VAN, HLAR e -
lactamases.

1. Triagem BHI com 6 g/ml de Vancomicina : Baixos níveis de resistência à Vancomicina
(Resultados intermediários por disco de difusão).

Interpretação:
1. AMP resistente e -lactamase negativo = Resistente aos -lactâmicos, inibidores de -lactamases e
ao Imipenem.
2. AMP sensível e -lactamase positivo = resistente aos -lactâmicos, sensível a Imipenem e
inibidores de -lactamases.
3. GEN 120 g resistente = HLAR - sem sinergismo com os -lactâmicos.

Observação:
1. E. faecalis e E. faecium - rara resistência à VAN (Repetir teste)
2. E. faecalis - rara resistência à AMP (Repetir teste)
3. E. gallinarum e E. casseliflavus - resistência a baixos níveis VAN

7. S. pneumoniae:
1. Resistência intrínseca aos -lactâmicos (PBPs)
2. A resistência a Penicilina é verificada pela Oxacilina 1 mcg.
3. Antibiograma normal (Muller Hinton 5% sangue carneiro desfibrinado)

Interpretação:
1. OXA  20 mm = PEN Sensível
2. OXA  19 mm = PEN Intermediário ou Resistente (Proceder o teste em Caldo - MIC ou E-Test)
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8. Bacilos Gram Negativos:


1. Incidência ESBL hospitais brasileiros (1997):
2. 5-10% E. coli
3. 30-50% K. pneumoniae
4. 56,2% K. pneumoniae em hemoculturas
5. 37,7% K. pneumoniae em uroculturas
6. 37,7% K. pneumoniae em pneumonias
7. Diminuição > 70% da sensibilidade à Cefoxitina

1. A resistência ao -lactâmico depende:


2. Quantidade de -lactamase produzida
3. Potência da enzima para hidrolizar o -lactâmico
4. Velocidade que a enzima penetra na membrana

1. As três -lactamases de maior importância:


1 ) Cromossômicas induzíveis
2 ) Plasmidiais de espectro estendido
3 ) Capazes de degradar os carbapenens

1. -lactamases cromossomas induzíveis:


2. Induzidas pela presença de -lactâmicos
3. Mediada pelo gen Amp C
4. Mediada gen Amp C e R - Falência terapeutica (C. freundii, E. cloacae, Serratia sp, M.
morganii, Providencia sp, P. vulgaris e P.aeruginosa).
5. Cefoxitina - aumenta 100 a 600 x -lactamases (E. cloacae, C. freundii, P. stuartii, S.
marcescens, M. morganii e P. aeruginosa).
6. Indutores: Cefoxitina, Imipenem > Celalosporinas 1º, Penicilinas > Cefalosporinas 4º
(Cefepime)

1. -lactamases cromossomas induzíveis:


C. freundii E. cloacae E. aerogenes Serratia sp
M. morganii P. vulgaris Providencia sp P.aeruginosa
2. Antibiograma Normal (Cefalosporinas = Sensível) Cepas capazes de produzir -lactamases
cromossômicas induzíveis (adquirem resistência)
3. Teste aproximação em disco:
1º dia - halos de Cefotaxima (indutor) e outro -lactâmico
2º dia - diferença do halo na zona truncada  4mm = Positivo

1. -lactamases de espectro estendido (ESBL):


2. Mediada por plasmídios (enzimas TEM 1 e SHV 2)
3. K. pneumoniae, E. coli e K. oxytoca.
4. Raramente em Enterobacter sp e Serratia sp.
5. Resistentes aos -lactâmicos (celalosporinas de amplo espectro e monobactans)
* Testes de sensibilidade podem ser sensíveis.
6. Sensível às cefaminas (Cefoxitina), carbapenens (IPM e Meropenem) e inibidores de -
lactamases. * Já isolado cepas IPM resistentes.
7. Geralmente apresentam resistência a aminoglicosídeos, sulfonamidas, TET e CLO.

1. -lactamases de espectro estendido (ESBL):


Problemas na identificação: genes diferentes (diferenças no perfil de sensibilidade)
2. Teste “in vitro” pode não detectar a resistência
3. Degradação do -lactâmico pode ser lenta e depende do inóculo.

1. Identificação -lactamases espectro estendido (ESBL):


2. Disco de difusão utilizando “breakpoints”:
Halos  22 mm Cepdoxima/ Aztreonam / Ceftazidima
Halos  27 mm Cefotaxima
Halos  25 mm Ceftriaxona
3. Dupla difusão em disco: disco -lactâmico + Inibidor
Cefalosporina (CAZ, CTX, ATM) + Ácido clavulânico - 30 mm
Deformação (aumento) halo no -lactâmico = Positivo

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LAUDO: cepas ESBL resistentes a Cefalosporinas e Aztreonam.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. KONEMAN, Elmer, et al. Diagnostic Microbiology. Lippincott, USA, 5 ed., 1997.
2. MAHON, Connie, MANUSELIS, George Jr. Diagnostic Microbiology. Saunders, USA, 1995.
3. Manual of Clinical Microbiology, 5 ed., A.S.M., 1991.
4. DANESSA, Maria. Introdution to Diagnostic Text and Work Book. Delost.
5. MOURA, Roberto. Técnicas de Laboratório. 2 ed., São Paulo, 1992.
6. LIMA, Oliveira. Métodos de Laboratório Aplicados à Clínica - Técnicas e Interpretação. 7ed., 1992.
7. PELCZAR Jr., Michael. Microbiologia - Conceitos e Aplicações. 2 ed., Volume 1, 1996.
8. TRABULSI, Luíz. Microbiologia. Atheneu, São Paulo, 2 ed., 1989.
9. RUGAI, E.; ARAÚJO, A. Meio de Cultura para identificação presuntiva de Bacilos intestinais Gram
negativos. Rev. Inst. Adolfo Lutz, 28:79-83, 1968.
10. PESSOA, G.V.A. & SILVA, E.A.M. Meios de Rugai e Lisina-Motilidade combinados em um só tubo
para identificação presuntiva de Enterobactérias. Rev. Inst. Adolfo Lutz, 32:97-100, 1972.
11. NATIONAL COMMITTEE FOR CLINICAL LABORATORY STANDARDS: Performance Stardards for
Antimicrobial Susceptibility Testing; Eighth Informational Supplement, 1999.
12. LIBERA, M.; RUBEL, R.; BOTÃO, G.; SOUZA, D. Antibiograma. Núcleo de Estudos de Bacteriologia
Clínica de Curitiba (NEBAC), UFPR, 1999.

Microbiologia Clínica *
Grupos sugeridos de Agentes Antimicrobianos para informes de
Antibiograma & rotina de organismos não exigentes - NCCLS.
Antimicrobianos

Grupos Sugeridos de Agentes Antimicrobianos Aprovados pelo FDA-USA que devem ser considerados pelos
Laboratórios de Microbiologia Clínica para as provas e informes de rotina de Organismos não exigentes - Tabela 1 -
Documento NCCLS M100-S9
h Pseudomonas aeruginosa m
Enterobacteriaceae k Staphylococcus spp. Enterococcus spp.
e Acinetobacter spp.
1. Ceftazidima 1. Oxacilinal 1. Penicilinan ou Formatted: Bulleted + Level: 1 + Aligned at: 0.25" +
1. Ampicilinaa,h
2. Gentamicina 2. Penicilinal Ampicilina Indent at: 0.5", Tab stops: Not at 0.5"
Grupo A 2. Cefazolinaa,b
3. Mezlocilina ou
Primário 3. Cefalotinaa,b
Ticarcilina Formatted: Bulleted + Level: 1 + Aligned at: 0.25" +
4. Gentamicinaa
4. Piperacilina Indent at: 0.5", Tab stops: Not at 0.5"

2. Amicacina 1. Amicacina 1. Azitromicinac 1. Vancomicinao Formatted: Bulleted + Level: 1 + Aligned at: 0.25" +
3. Amoxacilina/AC 2. Aztreonam 2. Claritromicinac Indent at: 0.5", Tab stops: Not at 0.5"
ou Ampicilina/ 3. Cefoperazona ou Eritromicinac Formatted: Numbered + Level: 1 + Numbering Style:
Sulbactam 4. Cefepime 3. Clindamicinac Bullet + Start at: 0 + Alignment: Left + Aligned at:
4. Piperacilina/ 5. Ciprofloxacina 4. Trimetoprim/ 0.25" + Indent at: 0.5", Tab stops: Not at 0.5"
Tazobactam 6. Imipenem ou sulfametoxazol
5. Ticarcilina/AC Meropenem 5. Vancomicina Formatted: Numbered + Level: 1 + Numbering Style:
6. Cefuroxima ou 7. Tobramicina Bullet + Start at: 0 + Alignment: Left + Aligned at:
Cefonicid 0.25" + Indent at: 0.5", Tab stops: Not at 0.5"
7. Cefepime Formatted: Bulleted + Level: 1 + Aligned at: 0.25" +
8. Cefmetazole Indent at: 0.5", Tab stops: Not at 0.5"
f 9. Cefoterazonah
Grupo B 10.Cefotetan Formatted: Bulleted + Level: 1 + Aligned at: 0.25" +
Secundário 11.Cefoxitina Indent at: 0.5", Tab stops: Not at 0.5"
12.Cefotaximah,i,j Formatted: Bulleted + Level: 1 + Aligned at: 0.25" +
13.Ceftriaxonah,i,j Indent at: 0.5", Tab stops: Not at 0.5"
14.Ciprofloxacinaa,h
ou lebofloxacinaa,h
1. Imipenem ou Formatted: Bulleted + Level: 1 + Aligned at: 0.25" +
Meropenem Indent at: 0.5", Tab stops: Not at 0.5"
2. Mezlocilina ou
Piperacilina Formatted: Numbered + Level: 1 + Numbering Style:
3. Ticarcilina Bullet + Start at: 0 + Alignment: Left + Aligned at:
1. Trimetoprim/ 0.25" + Indent at: 0.5", Tab stops: Not at 0.5"
sulfametoxazola,h Formatted: Bulleted + Level: 1 + Aligned at: 0.25" +
Indent at: 0.5", Tab stops: Not at 0.5"
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2. Aztreonam 1. Cefotaxima ou 1. Cloranfenicolc 1. Gentamicina Formatted: Numbered + Level: 1 + Numbering Style:
3. Ceftazidimaj Ceftriaxona (somente
2. Ciprofloxacin ou
resistência de alto
Bullet + Start at: 0 + Alignment: Left + Aligned at:
(Tanto a Ceftazidima 2. Cloranfenicol levofloxacin ou
como o Aztreonam nível) 0.25" + Indent at: 0.5", Tab stops: Not at 0.5"
3. Netilmicina ofloxacin 2. Estreptomicina Formatted: Bulleted + Level: 1 + Aligned at: 0.25" +
compreendem bons
agentes indicativos da 4. Trimetoprim/ 3. Gentamicina (somente
presença de ESBL) sulfametoxazol 4. Rifampicinae resistência de alto Indent at: 0.5", Tab stops: Not at 0.5"
g 4. Cloranfenicolc,h 5. Tetraciclinad nível)
Formatted: Bulleted + Level: 1 + Aligned at: 0.25" +
Grupo C
3. Cloranfenicol
Suplementar 5. Netilmicina Indent at: 0.5", Tab stops: Not at 0.5"
6. Tetraciclinaa 4. Eritromicina
5. Tetraciclinad Formatted: Bulleted + Level: 1 + Aligned at: 0.25" +
7. Tobramicina
6. Rifampicina Indent at: 0.5", Tab stops: Not at 0.5"
(Estes agentes
podem ser Formatted: Numbered + Level: 1 + Numbering Style:
testados para Bullet + Start at: 0 + Alignment: Left + Aligned at:
VRE)p 0.25" + Indent at: 0.5", Tab stops: Not at 0.5"
7. Carbenicilina 1. Carbenicilina 1. Lomefloxacin ou 1. Ciprofloxacin Formatted: Numbered + Level: 1 + Numbering Style:
8. Lomefloxacin ou 2. Ceftizoxima Norfloxacin ou Bullet + Start at: 0 + Alignment: Left + Aligned at:
Grupo U Norfloxacin ou 2. Notrofurantoína Levofloxacin
3. Levofloxacin ou 0.25" + Indent at: 0.5", Tab stops: Not at 0.5"
Suplementar ou Norfloxacin
Ofloxacin Lomefloxacin ou 3. Sulfizoxazole
somente para
9. Loracarbef Norfloxacin ou 4. Trimethoprim 2. Nitrofurantoína Formatted: Bulleted + Level: 1 + Aligned at: 0.25" +
isolados
10.Nitrofurantoína Ofloxacin 3. Tetraciclina Indent at: 0.5", Tab stops: Not at 0.5"
urinários
11. Sulfizoxazole 4. Sulfisoxazole Formatted: Bulleted + Level: 1 + Aligned at: 0.25" +
12. Trimetoprim 5. Tetraciclinad Indent at: 0.5", Tab stops: Not at 0.5"
Formatted: Bulleted + Level: 1 + Aligned at: 0.25" +
* Texto retirado do site : www.saudetotal.com.br/microbliogia Indent at: 0.5", Tab stops: Not at 0.5"

NOTA 1: A seleção dos agentes antimicrobianos mais apropriados para serem testados e reportados é
uma decisão que deve ser de cada Laboratório Clínico em conjunto com a Comissão de Infecção
Hospitalar. A lista de cada organismo compreende agentes de eficácia comprovada e que tem um
comportamento aceitável nas provas in vitro. Algumas das considerações para distribuição dos
agentes nos Grupos A, B, C e U incluem a eficácia clínica, prevalência da resistência,
minimização de resistências emergentes,o custo e as recomendações atuais para as drogas de
eleição e alternativas, em adição aos comentários f e g. O teste de alguns dos agentes
selecionados pode ser de ajuda para as propostas de controle de infecções.

NOTA 2: Cada agrupamento na tabela mostra grupos de agentes comparáveis que não necessitam ser
duplicados nos testes porque os resultados são habitualmente similares e sua eficácia clínica
comparável. Além disso, o "ou" mostra um grupo de agentes relacionados que tem um espectro
de ação e interpretação de resultados muito similares e para os quais a sensibilidade e
resistência cruzada está provada. Todos os agentes informados necessitam ser testados, a não
ser que o informe seja baseado no resultado de outro agente que proporcione resultados mais
precisos (ex: sensibilidade de Staphylococcus a cefazolina ou cefalotina baseado na prova com
oxacilina). Resultados inesperados devem ser informados (ex: resistência de enterobacteriaceae
ao grupo das cefalosporinas de terceira geração ou ao imipenem).

Comentários Gerais

a. Pode também ser apropriado para inclusão no grupo U para testes com cepas do trato urinário.
b. A cefalotina pode ser usada para representar a Cefapirina, Cefradina, Cefalexina, Cefaclor e
Cefadroxil. A Cefazolina, Cefuroxima, Cefpodoxima, Cefprozil e Loracarbef (somente cepas do
trato urinário) podem ser testados de forma individual já que algumas cepas podem ser sensíveis
a estes agentes quando são resistentes a Cefalotina.
c. Não informar rotineiramente em cepas isoladas do trato urinário.
d. Tetraciclina é o representativo para todas as tetraciclinas e os resultados podem ser aplicados
para Doxiciclina e Minociclina. Doxiciclina ou Minociclina podem ser testadas no lugar de, ou em
adição a Tetraciclina. Certos organismos, no entanto, podem ser mais sensíveis a Minociclina e
Doxiciclina do que a Tetraciclina.
e. Rx:Rifampicina não deve ser usada como único agente em quimioterapia.
f. O Grupo B representa agentes que podem ser testados primariamente, mas que devem ser
informados de forma seletiva, como quando um organsmo é resistente aos agentes de uma
mesma classe do Grupo A. Outros indicadores para compor um resultado inclui os tipos de
amostras selecionadas (ex: informar cefalosporinas de terceira geração em enterobactérias
isoladas de LCR, ou informar Trimethoprim/sulfamethoxazol em cepas de urina); em caso de
alergia ou intolerância ou falta de resposta a um agente do Grupo A; ou em casos de infecções
polimicrobianas; infecções envolvendo multiplos sítios com diferentes organismos; ou pode-se
informar a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar como uma ajuda epidemiológica.

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g. O Grupo C representa uma alternativa ou agentes antimicrobianos suplementares que podem
compor o informe em Instituições que apresentam cepas resistentes endêmicas ou epidêmicas a
uma ou mais drogas primárias (especialmente de uma mesma classe, ex: beta-lactâmicos ou
aminoglicosídeos), ou para o tratamento de organismos incomuns (ex:Cloranfenicol para algumas
das Pseudomonas spp., Cloranfenicol, Eritromicina, Rifampicina e Tratraciclina para alguns
Enterococcus resistentes a Vancomicina-VRE), ou pode-se informar a Comissão de Controle de
Infecção Hospitalar como uma ajuda epidemiológica.

Enterobacteriaceae

h. Em cepas de Salmonella e Shigella spp., somente Ampicilina, uma quinolona e


Trimethoprim/sulfamethoxazol devem ser testados e informados de rotina.O Cloranfenicol e um
cefalosporina de terceira geração devem ser testados e informados em cepas de Salmonella spp.
extraintestinais.
i. Testar e informar em cepas isoladas do LCR juntamente com agentes do Grupo A.
j. Algumas cepas de Klebsiella spp. e Escherichia coli podem ser clinicamente resistentes a uma
terapia com Penicilinas, Cefalosporinas e Aztreonam pelo fato de serem produtoras de beta-
lactamase (ESBL-Beta lactamase de espectro extendido), apesar de uma aparente sensibilidade
in vitro a alguns deste agentes. Algumas cepas podem ser reconhecidas por resultados
intermediários ou resistentes a um ou mais dos seguintes agentes: Cefpodoxima, Ceftazidima,
Aztreonam, Cefotaxima, Ceftriaxona ou Ceftizoxima.Para todas as cepas produtoras de ESBL, a
zona de diâmetro apresenta um aumento na presença de ácido clavulônico.
Para todas as cepas produtoras de ESBL, o informe deve ser reportado como resistente a todas
as Penicilinas, Cefalosporinas e Aztreonam (Consulte tabela 2A para o screening e confirmação
dos testes para ESBL).

Não Enterobacteriaceae
k. Outras não enterobacteriaceae devem ser testadas pelo método de diluição (ver M7).

Staphylococcus
l. Os Staphylococcus sensíveis a Penicilina são também sensíveis a outras penicilinas, cefems e
carbapenems de uso aprovado pelo FDA-USA para infecções produzidas por Staphylococcus.
Cepas resistentes a Penicilina e Oxacilina sensíveis são resistentes as penicilinas beta-lactamse
lábeis, mas são sensíveis as penicilinas beta-lactamase estáveis, combinações com inibidores de
beta-lactamases, aos cefems relevantes e aos carbapenems. Os Staphylococcus resistentes a
Oxacilina são resistentes a todos os beta-lactâmicos atualmente disponíveis. Portanto, a
sensibilidade ou resistência a um grande número de antibióticos pode ser concluída pelos testes
com Penicilina e Oxacilina. Não é necessário informar de rotina as outras penicilinas, as
combinações com inibidores de beta-lactamase, os cefems e os carbapenems.

Enterococcus
m. Advertência: Para Enterococcus spp., as Cefalosporinas, os Aminoglicosídeos (exceto por
resistência de alto nível), a Clindamicina e o Trimethoprim/sulfamethoxazol podem aparecer
ativos in vitro mas não são efetivos clinicamente e neste isolados não devem ser informados
como sensíveis.
n. A sensibilidade a Penicilina pode ser usada para predizer a sensibilidade a Ampicilina,
Amoxacilina, Ampicilina/sulbactam, Amoxacilina/ácido clavulônico, Piperacilina,
Piperacilina/tazobactam para cepas de enterococos não produtoras de beta-lactamase. Em
cepas isoladas de sangue e LCR, recomenda-se fazer a prova de beta-lactamase. Rx: Terapia
combinada de Penicilina ou Ampicilina mais um aminoglicosídeo é habitualmente indicado em
infecções severas causadas por enterococos, tais como endocardites.
o. Rx: Se a Vancomicina for usada para infecções graves por enterococos, como a endocardite, é
habitualmente recomendado sua combinação com um aminoglicosídeo.
Devido a limitação de alternativas, Cloranfenicol, Eritromicina, Tetraciclina (ou Doxiciclina ou
p. Monociclina), e Rifampicina podem ser testados para VRE (Enterococcus Resistente a
Vancomicina)..

Referência: National Committee for Clinical Laboratory Standards. Reprodução parcial do Documento
M100-S9 do NCCLS. Performance Standards for Antimicrobial Susceptibility Testing de Janeiro de 1999.

* Texto retirado do site : www.saudetotal.com.br/microbliogia

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TÓPICOS DE BACTERIOLOGIA CLÍNICA

TABELA DE SENSIBILIDADE DOS DISCOS DE ANTIBIÓTICOS

PADRÃO INTERPRETATIVO TESTE QUALITATIVO


Zonas de inibição em (mm) Zonas limites em (mm)
R I S S.aureus E.coli P.aeruginosa
ANTIBIÓTICO CONC SIGLA ATCC ATCC ATCC
25923 25922 27853
ÁC. NALIDÍXICO 30 g NAL 13 ou - 14 a 18 19 ou + - 22-28 -
AMOXICILINA + 20/10g AMC 13 ou - 14 a 17 18 ou + 28-36 19-25 -
AC.CLAVULANICO 1
Estafilococos e
Haemophilus spp.2 19 ou - - 20 ou +
AZTREONAM 30 g ATM 15 ou - 16 a 21 22 ou + - 28-36 23-29
Haemolhilus spp. 2 - - 26 ou +
AMICACINA 30 g AMI 14 ou - 15 a 16 17 ou + 20-26 19-26 18-26
AMPICILINA 3 10 g AMP 27-35 16-22 -
Enterobactérias 13 ou - 14 a 16 17 ou +
Estafilococos 28 ou - - 29 ou +
Enterococos 16 ou - - 17 ou +
Estreptococos 18 ou - 19 a 25 26 ou +
Haemophilus spp.2 18 ou - 19 a 21 22 ou +
Listeria monocytogenes 19 ou - - 20 ou +
CARBENICILINA 100 g CAR - 23-29 18-24
Enterobactérias 19 ou - 20 a 22 23 ou +
Pseudomonas aeruginosa 13 ou – 14 a 16 17 ou +
Acinetobacter spp. 19 ou - 20 a 22 23 ou +
CEFALOTINA4 30 g CFL 14 ou - 15 a 17 18 ou + 29-37 15-21 -
CEFEPIME 30 g CPM 14 ou - 15 a 17 18 ou + 23-29 29-35 24-30
Estreptococos 23 ou - 24 a 25 26 ou +
Haemophilus spp. 2 - - 26 ou +
Neisseria gonorrhoeae 5 - - 31 ou +
CEFOXITINA 30 g CFO 14 ou - 15 a 17 18 ou + 23-29 23-29 -
Neisseria gonorrhoeae 5 23 ou - 24 a 27 28 ou +
CEFOTAXIMA 30 g CTX 14 ou - 15 a 22 23 ou + 25-31 29-35 18-22
Estreptococos 25 ou - 26 a 27 28 ou +
Haemophilus spp. 2 - - 26 ou +
Neisseria gonorrhoeae 5 - - 31 ou +
CEFTRIAXONA 30 g CRO 13 ou - 14 a 20 21 ou + 22-28 29-35 17-23
Estreptococos 24 ou - 25 a 26 27 ou +
Haemophilus spp. 2 - - 26 ou +
Neisseria gonorrhoeae 5 - - 35 ou +
CEFTAZIDIMA 30 g CAZ 14 ou - 15 a 17 18 ou + 16-20 25-32 22-29
Haemophilus spp. 2 - - 26 ou +
Neisseria gonorrhoeae 5 - - 31 ou +

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TÓPICOS DE BACTERIOLOGIA CLÍNICA
CEFUROXIMA SÓDICA 30 g FUR 14 ou - 15 a 17 18 ou + 27-35 20-26 -
Haemophilus spp.2 16 ou - 17 a 19 20 ou +
Neisseria gonorrhoeae 5 25 ou - 26 a 30 31 ou +
CIPROFLOXACIN 5 g CIP 15 ou - 16 a 20 21 ou + 22-30 30-40 25-33
Haemophilus spp. 2 - - 21 ou +
Neisseria gonorrhoeae 5 27 ou - 28 a 40 41 ou +
CLINDAMICINA 2 g CLI
Estreptococos 15 ou - 16 a 18 19 ou +
Estafilococos 14 ou - 15 a 20 21 ou + 24-30 - -
CLORANFENICOL 30 g CLO 12 ou - 13 a 17 18 ou + 19-26 21-27 -
Estreptococos não S. 17 ou - 18 a 20 21 ou +
peumoniae
S. pneumoniae 6 20 ou - - 21 ou +
Haemophilus spp. 2 25 ou - 26 a 28 29 ou +
ERITROMICINA 15 g ERI 13 ou - 14 a 22 23 ou + 22-30 - -
Estreptococos 15 ou - 16 a 20 21 ou +
ESTREPTOMICINA 10 g EST 11 ou - 12 a 14 15 ou + 14-22 12-20 -
ESTREPTOMICINA (HLAR) 7 300 g HLS 6 7a9 10 ou +
GENTAMICINA 10 g GEN 12 ou - 13 a 14 15 ou + 19-27 19-26 16-21
GENTAMICINA (HLAR) 8 120 g HLG 6 7a9 10 ou +
IMIPENEM 10 g IPM 13 ou - 14 a 15 16 ou + - 26-32 20-28
Haemophilus spp. 2 - - 16 ou +
NETILMICINA 30 g NET 12 ou - 13 a 14 15 ou + 22-31 22-30 17-23
NITROFURANTOINA 300 g NIT 14 ou - 15 a 16 17 ou + 18-22 20-25 -
NORFLOXACIN 10 g NOR 12 ou - 13 a 16 17 ou + 17-28 28-35 22-29

CONC = Concentração R = Resistente I = Intermediário S = Sensível

PADRÃO INTERPRETATIVO TESTE QUALITATIVO


Zonas de inibição em (mm) Zonas limites em (mm)
R I S S.aureus E.coli P.aeruginosa
ANTIBIÓTICO CONC SIGLA ATCC ATCC ATCC
25923 25922 27853
OXACILINA 1 g OXA
Staphylococcus aureus 10 ou - 11 a 12 13 ou + 18-24 - -
Estafilococos coagulase neg. 17 ou - - 18 ou +
S. pneumoniae 6 - - 20 ou +
PENICILINA G 10 units PEN 26-37 - -
Estafilococos 28 ou - - 29 ou +
Enterococos 14 ou - - 15 ou +
Estreptococos 19 ou - 20 a 27 28 ou +
Neisseria gonorrhoeae 5 26 ou - 27 a 46 47 ou +
Listeria monocytogenes 19 ou - - 20 ou +
PEFLOXACIN 9 5 g PEF 15 ou - 16 a 18 19 ou + 21-26 24-31 13-17
RIFAMPICINA 5 g RIF 16 ou - 17 a 19 20 ou + 26-34 08-10
S. pneumoniae 16 ou - 17 a 18 19 ou +
SULFAZOTRIN 10 25 g SUT 10 ou - 11 a 15 16 ou + 24-32 24-32 -
S. pneumoniae 6 15 ou - 16 a 18 19 ou +
SULFONAMIDA 300 g SUL 12 ou - 13 a 16 17 ou + 24-34 18-26 -
TETRACICLINA 30 g TET 14 ou - 15 a 18 19 ou + 24-30 18-25 -
Estreptococos 18 ou - 19 a 22 23 ou +
Haemophilus spp. 2 25 ou - 26 a 28 29 ou +
Neisseria gonorrhoeae 5 30 ou - 31 a 37 38 ou +
TICARCILINA + ÁCIDO 75/10 g TIM 14 ou - 15 a 19 20 ou + 29-37 25-29 20-28
CLAVULÂNICO11
Estafilococos 22 ou - - 23 ou +
P. aeruginosa 14 ou - - 15 ou +
TOBRAMICINA 10 g TOB 12 ou - 13 a 14 15 ou + 19-29 18-26 19-25
VANCOMICINA 30 g VAN 17-21 - -
Enterococos 14 ou - 15 a 16 17 ou +
Estafilococos - - 15 ou +
Estreptococos - - 17 ou +

CONC = Concentração R = Resistente I = Intermediário S = Sensível

AMOXICILINA 3, CEFALEXINA4 , CEFADROXIL4 = verificar as referências abaixo.

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TÓPICOS DE BACTERIOLOGIA CLÍNICA
1. Também deve ser testado a bactéria Escherichia coli ATCC 35218 (18 a 22 mm), no teste Qualitativo de
Controle da Qualidade.
1.2. Deve ser testado a bactéria Haemophilus influenzae ATCC 49247, Haemplhilus influenzae ATCC 49766,
no teste Qualitativo de Controle da Qualidade, as zonas limites podem ser solicitadas pelo SAC 0800-
410027.
1.3. Os resultados da Ampicilina podem ser usados para representar a atividade da Amoxicilina.
1.4. Os resultados da Cefalotina podem ser utilizados para representar a atividade do Cefaclor, Cefalexina e
Cefadroxil.
1.5. Deve ser testado a bactéria Neisseria gonorrhoeae ATCC 49226, no teste Qualitativo de Controle da
Qualidade, as zonas limites podem ser solicitadas pelo SAC 0800-470021.
1.6. Deve ser testado a bactéria Streptococcus pneumoniae ATCC 49619, no teste Qualitativo de Controle da
Qualidade, as zonas limites podem ser solicitadas pelo SAC 0800-410027.
1.7. Antibióticos recomendados para Enterococcus spp. de alta resistência, HLAR (High Level Aminoglycoside
Resistance). O teste Qualitativo de Controle da Qualidade deve ser feito com Enterococcus faecalis ATCC
29212 (14 a 19 mm).
1.8. Antibióticos recomendados para Enterococcus spp. de alta resistência, HLAR (High Level Aminoglycoside
Resistance). O teste Qualitativo de Controle da Qualidade deve ser feito com Enterococcus faecalis ATCC
29212 (16 a 22 mm).
1.9. Zonas de inibição obtidas em trabalho publicado no "Journal of Microbiology: Tentative Disk Diffusion
Susceptibility Interpretative Criteria for Pefloxacin. Sept. 1986, Vol. 24, p.448-450."
1.10. Sulfazotrim = Sulfametoxazol + Trimetoprim (23,75 g + 1,25 g).
1.11. Também deve ser testado a bactéria E. coli ATCC 35218 (21 a 25 mm), no teste Qualitativo de Controle
da Qualidade.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1. NCCLS. Performance Standards for Antimicrobial Susceptibility Testing; Tenth Informational Supplement.
NCCLS document M100-S10. January 2000.

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