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Ciência ambiental
Tradução da 11a edição
norte-americana
Introdução à G. Tyler Miller Jr.
HIDROGEOGRAFIA Introdução à

Fillipe Tamiozzo Pereira Torres


Pedro José de Oliveira Machado
Introdução à
Pedro José de Oliveira Machado

HIDROGEOGRAFIA
Fillipe Tamiozzo Pereira Torres engenharia ambiental
Tradução da 2a edição
A série Textos Básicos de Geografia visa contri- norte-americana
buir com a formação acadêmica dos graduandos­
Pedro José de Oliveira Machado P. Aarne Vesilind e
em licenciatura e bacharelado em Geografia e áreas­
afins. Os livros desta série não têm o obje­tivo de
Fillipe Tamiozzo Pereira Torres Susan M. Morgan
substituir bibliografias já consagradas e utiliza-
das nas diferentes disciplinas dos cursos, mas pre- Introdução à
tendem somar-se a essas bibliografias, propor- hidráulica, hidrologia e
cionando mais informações de qualidade. A ideia gestão de águas pluviais
central da série é disponibilizar um livro intro- Tradução da 3a edição

Introdução à HIDROGEOGRAFIA
dutório com conceitos básicos em cada uma das
norte-americana
principais disciplinas presentes nos currículos dos
John E. Gribbin
cursos universitários brasileiros.
O objetivo deste volume é apresentar os con-
ceitos fundamentais ligados aos estudos da água, Desta mesma coleção:
tendo como recorte territorial principal a bacia Introdução à climatologia
hidrográfica, utilizando linguagem acessível e Fillipe Tamiozzo Pereira Torres e
dirigida ao público acadêmico dos primeiros pe-
Pedro José de Oliveira Machado
ríodos. Proporcionar aos leitores a possibilidade­
e o estímulo de aplicar conceitos, seja com o uso
de métodos mais técnicos ou mais simples.
Aplicações: Este livro pode ser usado nos cursos de
Geografia, Gestão Ambiental, Agronomia, Engenha-
rias e outros que tenham vínculo com as ciências
ambientais­dentro de disciplinas como meteorologia­,
climatologia e biogeografia.

ISBN 13 978-85-221-1224-1
ISBN 10 85-221-1224-X

Para suas soluções de curso e aprendizado,


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Introdução à
hidrogeografia

Pedro José de Oliveira Machado


e
Fillipe Tamiozzo Pereira Torres

Austrália • Brasil • Japão • Coreia • México • Cingapura • Espanha • Reino Unido • Estados Unidos
Sumário
Apresentação ix
Sobre os autores xi
Prefácio xiii
capítulo 1 Introdução à hidrogeografia 1
capítulo 2 A água na natureza (a água em números e
os números da água) 9
2.1 OCORRÊNCIA E DEMANDAS 18
2.2 CONSUMO E PERDAS 22

capítulo 3 Ciclo hidrológico 25


3.1 CICLO DO USO DA ÁGUA 33
3.2 CICLO DE CONTAMINAÇÃO 34

capítulo 4 Bacia hidrográfica 37


4.1 CÁLCULOS E ANÁLISES MORFOMÉTRICAS DE
BACIAS HIDROGRÁFICAS 46
4.1.1 Classificação geral dos cursos d’água e padrões de
drenagem 48
4.1.2 Divisor de águas 52
4.1.3 Área (A) e perímetro (P) da bacia 53

V
VI Introdução à hidrogeografia

4.1.4 Hierarquia fluvial – ordenamento de canais 53


4.1.5 Comprimento do rio principal (L) 56
4.1.6 Densidade de drenagem (Dd) 57
4.1.7 Coeficiente de manutenção (Cm) 59
4.1.8 Forma da bacia 59
4.1.9 Relação de bifurcação (Rb) 62
4.1.10 Declividade média (Dm ou H) 63
4.1.11 Coeficiente de rugosidade (CR ou RN) 64
4.1.12 Índice de sinuosidade (meandros) 65
4.1.13 Perfil longitudinal e gradiente 68
4.2 MEDIÇÃO DE VARIÁVEIS HIDROLÓGICAS 70
4.2.1 Velocidade (V) 70
4.2.2 Vazão (Q) 71

capítulo 5 Precipitação 79
5.1 FORMAÇÃO DAS PRECIPITAÇÕES 86

capítulo 6 Interceptação 99
6.1 VEGETAÇÃO E PROTEÇÃO DO SOLO 103

capítulo 7 Evaporação e evapotranspiração 107


7.1 EVAPORAÇÃO 109
7.2 EVAPOTRANSPIRAÇÃO 113

capítulo 8 Infiltração e águas subterrâneas 117


8.1 INFILTRAÇÃO 119
8.1.1 Fatores intervenientes 120
8.1.2 Grandezas características da infiltração 122
8.1.3 Determinação da infiltração 123
8.1.3.1 Simuladores de chuva 125
8.1.3.2 Parcelas experimentais 125
8.1.4 Armazenamento de água no solo 125
8.2 ÁGUAS SUBTERRÊNEAS 127
8.2.1 Distribuição das águas subterrâneas 128
Sumário VII

8.2.2 Armazenadores de água subterrânea 133


8.2.3 Aquíferos 134
8.2.4 Nascentes 137

capítulo 9 Escoamento superficial 139


9.1 COMPONENTES DO ESCOAMENTO 142
9.2 FATORES INTERVENIENTES NO ESCOAMENTO SUPERFICIAL 143
9.3 TEMPO DE CONCENTRAÇÃO 145

capítulo 10 Aspectos da qualidade das águas 147


10.1 ALTERAÇÕES NA QUALIDADE DA ÁGUA 151
10.2 PARÂMETROS E PADRÕES DE QUALIDADE 155
10.2.1 Utilização dos parâmetros OD e DBO para avaliação da
qualidade das águas 156

capítulo 11 Gestão de bacias e gerenciamento de


recursos hídricos 161
Referências bibliográficas 169
Apresentação
A partir do segundo semestre letivo de 2007, o curso de Geografia da Uni-
versidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) passou a contar com uma nova
estrutura curricular, que objetivava atender aos novos desafios profissionais
enfrentados por seus alunos, futuros professores e geógrafos. Passaram a
compor a nova grade, dentre outras, as disciplinas Hidrogeografia e Gestão
de Recursos Hídricos, esta última direcionada ao bacharelado.
Desde então, passamos a ministrar tais disciplinas, tendo conseguido, com
nossos alunos, resultados muito satisfatórios, destacando-se a ampliação e o
aprofundamento das pesquisas sobre os recursos hídricos locais e regionais.
Tais disciplinas deram à luz trabalhos muito interessantes sobre qualidade das
águas urbanas e suas correlações com o processo de expansão da cidade, so-
bretudo na sua interface com os modelos de uso e ocupação do solo, alcançan-
do assim um de seus objetivos principais – que era integrar os alunos ao am-
plo, complexo e estimulante campo de pesquisas sobre os recursos hídricos.
Outra situação que se mostrou inicialmente importante foi representada
pela necessidade de criar um material específico para a disciplina Hidro-
geografia, que se destinasse aos alunos dos primeiros períodos do curso de
geografia. A inexistência de um material didático que reunisse todos os con-
teúdos que gostaríamos de trabalhar nessa disciplina fez com que preparás-
semos uma apostila básica que tentava reunir em um só lugar os vários temas
de interesse da geografia. É daí que surgiu a ideia de criar o presente livro,
ou seja, de agregar em um único volume os tópicos mais importantes e que
devem ter lugar em um semestre letivo.
Assim, em parceria com o professor Fillipe Tamiozzo Pereira Torres, com-
panheiro em outra obra – Introdução à climatologia –, ousamos transformar a
simples apostila em um livro destinado aos alunos de geografia e áreas afins.

IX
X Introdução à hidrogeografia

A ideia central é apresentar os conceitos fundamentais ligados aos estu-


dos da água, tendo como recorte territorial principal a bacia hidrográfica,
utilizando linguagem acessível e dirigida ao público acadêmico dos primeiros
períodos, sempre visando a exemplificar e ilustrar os conteúdos. Ao mesmo
tempo em que buscamos nos fundamentar em autores consagrados no campo
da hidrologia, tentamos proporcionar aos alunos-leitores a possibilidade e o
estímulo de tentar aplicar esses conceitos, seja com o uso de métodos mais
técnicos e sofisticados ou daqueles mais simples e expeditos. O importante
é buscar efetivar uma educação mais participativa, com o estímulo e o en-
volvimento direto dos acadêmicos no processo de geração do conhecimento.

PEDRO JOSÉ DE OLIVEIRA MACHADO


FILLIPE TAMIOZZO PEREIRA TORRES
Sobre os autores
PEDRO JOSÉ DE OLIVEIRA MACHADO é formado em Geografia pela UFJF
(1988). Titulou-se mestre em Geografia pela Unesp/Presidente Prudente
(SP), em 1998, na área de concentração “Desenvolvimento Regional e Plane-
jamento Ambiental”. Atualmente, é doutorando em Geografia na UFF, Nite-
rói (RJ). Foi geógrafo do Instituto de Pesquisa e Planejamento da Prefeitura
de Juiz de Fora (IPPLAN/JF) entre 1988 e 1991. Desde 1991 é professor da
UFJF, no Departamento de Geociências, lecionando disciplinas nos cursos de
Geografia, Arquitetura e Urbanismo e no curso de Especialização em Análise
Ambiental, da Faculdade de Engenharia.

FILLIPE TAMIOZZO PEREIRA TORRES é geógrafo formado pela Universidade Fe-


deral de Juiz de Fora e mestre em Ciência Florestal pela Universidade Federal
de Viçosa. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geografia
Física, atuando principalmente com climatologia geográfica e gestão ambien-
tal. Atualmente, é professor e coordenador do curso de Gestão Ambiental
da Universidade Presidente Antonio Carlos e Gerente da Divisão de Plane-
jamento e Gestão da Prefeitura Municipal de Ubá. Possui vasta produção
bibliográfica relacionada às ciências ambientais.

XI
Prefácio
Partindo da premissa de que água é vida, se a Hidro Geografia puder ser
considerada a Geografia das Águas, poderia sem modéstia alguma chamá-la
de Geografia da Vida. Portanto, falar de Hidrogeografia implica em abordar
os quatro elementos básicos: água, terra, fogo e ar. A “água” está contida e
contém todas as formas de vida. É o que diferencia o nosso planeta. A “ter-
ra” está em processo acelerado de mudanças devido a sociedade e cultura
dominante. Alterações na cobertura vegetal e uso da terra provocadas pelo
homem têm influído no deslocamento da água para outros lugares, diminuin-
do sua qualidade e disponibilidade. O “fogo” das queimadas e a dependência
energética e cotidiana dos combustíveis fósseis têm alterado o nosso “ar” em
todas as escalas. Sociedade camicase leva a natureza cada vez mais reativa:
ciclo de catástrofes humanas com frequência cada vez maior. A vida e a ex-
tinção de espécies tornam-se cada vez mais banalizadas: o homem é a causa e
sofre o efeito de todas estas mudanças. Exemplos como Fukushima, BR440 e
Usina de Belo Monte: erros do passado, do presente e do futuro. A tecnologia
pode resolver qualquer problema com segurança? A tecnologia tem acelerado
processos que a natureza demorou vários anos dentro do tempo geológico.
Até a adaptação dos seres vivos está se tornando difícil em face da velocidade
destas mudanças. Será possível daqui a alguns anos viver no Planeta Terra
com qualidade de vida?
Contudo, existe esperança quando encontramos seres humanos abne-
gados como os autores desse livro. Escrever é um ato de doação, em certa
medida até religioso. Prof. Pedro é um entusiasta da Ciência. Não se limita
a sala de aula, sempre levando seus alunos para a realidade nas suas memo-
ráveis aulas de campo. Posso testemunhar que não há aluno que deixe de

XIII
XIV Introdução à hidrogeografia

refletir após estas expedições geográficas. Da nascente do rio Paraibuna até


os mananciais de abastecimento de Juiz de Fora, é um dos maiores e mais
cuidadosos estudiosos da História e Geografia local. O Prof. Fillipe Tamiozzo
possui um espírito prático e empreendedor desde o seu tempo de estudante.
Quando estudante já se mostrava como um futuro profissional de iniciativa
sempre ligado com as novidades do campo da Geografia Física e com as
técnicas de Geoprocessamento. A união destas duas mentes inquietas só po-
deria produzir um material de excelente qualidade, ampliando os olhares da
academia para além das disciplinas isoladas, dentro da ideia transversal que a
área ambiental exige. Portanto, boa leitura para todos!

Juiz de Fora, 13/10/2011


PROF. CÉZAR HENRIQUE BARRA ROCHA
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) –
Núcleo de Análise Geo Ambiental (NAGEA)
capítulo 1

Introdução à
hidrogeografia
Com o ar atmosférico (combinação essencial a quase todas as formas vivas)
e com a energia solar (motor propulsor de quase todos os processos físicos e
químicos da Terra, como a fotossíntese, por exemplo), a água é um elemento
imprescindível às várias formas de vida presentes no planeta, pois é necessá-
ria e fundamental, de maneira direta e/ou indireta, a todas elas. É o que co-
mumente se chama de essencialidade, por ser a água um elemento essencial
e insubstituível.
Bem natural dotado de valor econômico, tal como reconhecido legalmen-
te pela Lei Federal nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997 (que em seu Título I,
Capítulo I, Artigo 1º, Inciso II reconheceu que ela é “um recurso natural
limitado, dotado de valor econômico”), a água é o elemento que diferencia
a Terra dos demais planetas, pois somente aqui ela pode ser encontrada nos
seus diferentes estados físicos – sólido, líquido e gasoso. Foi ela que possibi-
litou a formação e manutenção das várias formas de vida terrenas conhecidas
e por isso, como apontado por Miranda (2004, p. 17), ela “é um pouco como
Deus. Nem sempre de forma visível, está presente em toda parte neste úmi-
do planeta”.
Está diretamente relacionada a efeitos simples e comuns (como a forma-
ção de nuvens, as chuvas e o escoamento dos rios) e a eventos catastróficos
(como inundações, secas, geadas e furacões). Teve implicação direta na orga-
nização social da humanidade, uma vez que a passagem do estágio humano da
caça e coleta para o da agricultura e criação de animais só se tornou possível
graças ao seu controle, tanto para irrigação (como na Suméria, na Mesopotâ-
mia e no Egito) quanto para a dessedentação de animais, fato que possibilitou
nossa sedentarização e viabilizou a implantação das primeiras cidades, que
tinham (e ainda mantêm) uma localização preferencialmente marginal aos
cursos d’água (o Egito é uma dádiva do Nilo).
Ao mesmo tempo que se tornou um elemento vital para as cidades, tam-
bém se transformou em ponto de destinação final dos mais variados tipos
de efluentes aí produzidos, constituindo-se até mesmo num importante ve-

3
4 Introdução à hidrogeografia

tor para a transmissão de inúmeras doenças. Assim, a água que viabilizou


o processo de urbanização tem sido constantemente inviabilizada por ele.
Drew (1986, p. 87) analisa esta relação, salientando o exemplo dado pelas
chamadas civilizações hidráulicas, do antigo Egito, da China, da Índia e da
Mesopotâmia, enfatizando que “sua ascensão e subsequente queda estão in-
timamente relacionadas ao uso e abuso da água”.
O que se observa especialmente (mas não unicamente) nas cidades é a
ocorrência de profundas e severas alterações na sua qualidade, quantidade
e disponibilidade (ocorrência). As relações entre o processo de urbanização e
os recursos hídricos têm se notabilizado, sobretudo, pelo insucesso, com sig-
nificativos prejuízos para as águas urbanas, fato que tem se mostrado muito
prejudicial para toda a coletividade. A degradação da qualidade das águas urba-
nas tem se constituído num elevado custo econômico e social, gerado por um
modelo de desenvolvimento geralmente descomprometido com a qualidade
do ambiente.
De maneira geral, embora se saiba que a água é um recurso natural es-
sencial à vida, ao desenvolvimento econômico e ao bem estar social, como
destacado por Conte e Leopoldo (2001), os recursos hídricos têm tido sua
qualidade severamente comprometida na razão direta do maior desenvolvi-
mento tecnológico da sociedade.
O crescimento da população e do consumo médio por habitante, o au-
mento das demandas para suprir aos novos e variados usos, e a poluição de-
corrente do conjunto das atividades humanas têm gerado uma grande pressão
sobre os recursos hídricos. Vários autores destacam um cenário futuro no
qual deverão ser intensificados os conflitos relativos ao seu acesso e controle.
Felizmente, também, vem-se difundindo a percepção de que a água é um re-
curso finito e que há limites para sua utilização. É a desejável desmistificação
de sua inesgotabilidade.
A água é um recurso estratégico e não por acaso os estudos relativos a
ela têm despertado enorme interesse nos mais diversos níveis da sociedade,
assumindo papel de destaque no meio científico e acadêmico, mas também
nos meios político e administrativo. Ela tem se configurado no objeto de
pesquisas de várias áreas do conhecimento (química, geografia, climatologia,
geologia, urbanismo, engenharia etc.) e de vários cursos e profissionais; há
um número sempre crescente de produções específicas e de publicações va-
Introdução à hidrogeografia 5

riadas (livros técnicos, manuais, revistas etc.); ela está cada vez mais presente
nas várias formas de mídia (rádio, televisão, jornais, internet), em eventos
específicos (encontros, seminários, congressos etc.) e também nas decisões
políticas. É o espaço da água.
Nesse momento, alguns conceitos se tornam preliminarmente impor-
tantes. Água e recurso hídrico constituem bom exemplo. Embora não exista
conceituação específica e definitiva desses termos, pode-se dizer que a água
é o elemento natural, quando sem uso ou utilização (como a chuva, o es-
coamento, a infiltração). Mas quando a ela se atribui ou se agrega um valor
econômico qualquer, pode-se então considerá-la como um recurso. Orlando
(2006, p. 21), em sua tese de doutorado, argumenta que “dentro do quadro
de uma sociedade de mercado, assentada no modo de produção capitalista, a
água, como qualquer outro recurso natural, acaba sendo colocada como mer-
cadoria, uma vez que é dotada de valor econômico”. Assim, exemplificando
de maneira simples, pode-se dizer que aquela água mineral da garrafinha é
água, sem dúvidas, mas como está dotada de valor econômico, está mais para
um bem, ou seja, um recurso hídrico.
Outro conceito inicial importante é o de hidrologia. Pinto (2005, p. 01)
define hidrologia como “a ciência que trata do estudo da água na natureza.
Abrange, em especial, propriedades, fenômenos e a distribuição da água na
atmosfera, na superfície da Terra e no subsolo”. Santos et. al. (2001, p. 21)
explicam que “a palavra hidrologia deriva das palavras gregas hydor (água) e
logos (ciência) designando, portanto, a ciência cujo objeto é o estudo da água
sobre a terra, sua ocorrência, distribuição e circulação, suas propriedades e
seus efeitos sobre o meio ambiente e a vida”. Tucci (1993, p. 25), na mesma
linha, conceitua hidrologia como “a ciência que trata da água na Terra, sua
ocorrência, circulação e distribuição, suas propriedades físicas e químicas, e
sua relação com o meio ambiente, incluindo sua relação com as formas vivas”.
Nace (1978), de maneira interessante e paradoxal, argumenta que a hi-
drologia é uma “ciência moderna de 5.000 anos”. De fato, ela tem um longo
rastro histórico, como os registros egípcios das cheias do rio Nilo, datados
de 3000 a.C.; as observações meteorológicas feitas na China desde 1200
a.C.; as evidências de medição das precipitações pluviais na Índia, em 350
a.C. (PINTO, 2005, p. 1-2); o sistema de aquedutos romanos etc., mas ao
mesmo tempo é uma ciência recente (a sistematização do conhecimento do
6 Introdução à hidrogeografia

ciclo hidrológico, por exemplo, se dá a partir do século XV, com destaque


para as concepções de Leonardo Da Vinci; em 1580, Bernard Palissy publica
sua obra sobre nascentes, poços artesianos, águas subterrâneas, rios e ciclo
hidrológico; no século XVII, o desenvolvimento da meteorologia – com a
invenção do barômetro, termômetro e higrômetro – dá grande impulso à hi-
drologia; Edmund Halley, em 1687, faz importantes experiências e observa-
ções sobre a evaporação dos oceanos; no século XIX iniciam-se as medições
sistemáticas de precipitação e vazão nos Estados Unidos – em 1819 e 1888,
respectivamente; ela torna-se disciplina específica em fins do século XIX e
mais recentemente experimenta grande evolução com a utilização de mode-
los matemáticos, estatísticos e com o uso da informática).
Como é muito abrangente, geralmente é subdividida em alguns ramos,
destacando-se dentre vários:
Limnologia: de acordo com Esteves (1998, p. 05) pode ser definida como
“o estudo ecológico de todas as massas d’água continentais, independentemen-
te de suas origens, dimensões e concentrações salinas. Portanto, além de lagos,
inúmeros outros corpos d’água são objetos de estudo da limnologia, como por
exemplo: lagunas, açudes, lagoas, represas, brejos, áreas alagáveis [...]”;
Hidrometeorologia: estuda especificamente a água na atmosfera e as
interrelações das fases atmosférica e terrestre do ciclo hidrológico;
Hidrometria: “é a parte da Hidrologia ligada à medida das variáveis hi-
drológicas, e tem como objetivo obter dados básicos, tais como precipitações,
níveis de água, vazões, entre outros, e a sua variação no tempo e no espaço”
(SANTOS et al., 2001, p. 21);
Potamologia: trata dos estudos dos rios e arroios, ou seja, é o estudo das
águas correntes;
Hidrossedimentologia: estudo dos sedimentos que são transportados e
depositados pela água, e dos processos erosivos geradores, relacionando-se
assim aos importantes estudos sobre assoreamento, perda de solos, vida útil
de reservatórios etc.;
Hidrogeologia: ramo da geologia que trata das águas subterrâneas e,
especialmente, de sua ocorrência. É o “estudo das formas de interação entre
a água e o sistema geológico” (IGAM, 2008, p. 37).
Nesse contexto (e sem pretender atribuir uma conceituação definitiva),
a hidrogeografia se apresenta como uma evolução acadêmica da hidrografia,
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