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IDENTIFICAÇÃO DA PROBLEMÁTICA

Amélia de Andrade Aragão


Bianca Macedo
Leonardo Araújo Rodrigues
Luana Viana de Paula Cabral
Universidade Federal do Ceará
Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Transportes

1. INTRODUÇÃO

No âmbito da disciplina de Análise e Planejamento de Sistemas de Transportes, que compõe a


grade das disciplinas obrigatórias para obtenção da titulação de mestre em Engenharia de
Transportes, na Universidade Federal do Ceará, o presente relatório se propõe a tratar dos
objetivos, métodos, resultados e conclusões obtidos com o intuito de identificar os problemas
existentes no Campus do Pici relacionados aos sistemas de transporte utilizando a bicicleta e
na locomoção a pé.

2. OBJETIVOS

2.1. Objetivo Geral


Propor e implementar um método de identificação da problemática que contemple a
percepção de tipos distintos de atores do sistema de transportes analisado.

2.2. Objetivos Específicos


 Levantar os problemas do sistema de transporte via bicicleta e na locomoção a pé;
 Contextualizar o sistema de transporte via bicicleta e na locomoção a pé;
 Identificar os atores do sistema de transporte via bicicleta e na locomoção a pé;
 Classificar e representar os problemas sistema de transporte via bicicleta e na locomoção a
pé;

3. MÉTODO
A contextualização do problema foi realizada mediante pesquisa bibliográfica e
caracterização da área de estudo, sendo observados pontos que, por formulação de hipótese,
seriam influentes na problemática do transporte pedonal e de bicicleta no Campus.

Em seguida, foram definidos os atores influentes nos sistemas em estudo, tendo em vista que
é necessário “o envolvimento dos diversos atores para o desenvolvimento de uma visão
plural. Só assim, o objeto pode ser definido de uma forma mais adequada ao planejamento”.
Como discutido no Caderno de Referência para Elaboração de Plano de Mobilidade Urbana,
elaborado pelo Ministério das Cidades (2007), a gestão da mobilidade urbana deve ser
democrática.

A partir de então, com intuito de realizar o levantamento dos problemas foi elaborado
formulário eletrônico que foi divulgado em redes sociais em grupos de usuários do Campus,
bem como através de grupos de chat via internet, sempre buscando o envolvimento de todos
os atores identificados. Também foi realizada entrevista com administradores do campus para
enriquecimento de informações.

Após a coleta de dados, estes foram tratados e consolidados. A partir dos resultados de
pesquisa, construiu-se árvores de problemas para os sistemas de transporte pedonal e de
bicicleta. Neste ponto, os sistemas foram tratados individualmente, por hipótese de uma
melhor interpretação da percepção dos usuários, sendo, por fim, necessário o estudo da
interseção das problemáticas dos dois sistemas.

O fluxograma a seguir destaca as etapas do método aplicado neste estudo de caso do Campus
do Pici:

Figura: Fluxograma do Método Aplicado para a Identificação de Problemas. Fonte: Autor.

4. CONTEXTUALIZAÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO


Este relatório tem como objeto de análise o sistema de transporte não motorizado no Campus
do Pici – Universidade Federal do Ceará. O Campus possui uma área de aproximadamente
2,12 km² e é lar do Centro de Ciências, Centro de Ciências Agrárias e Centro Tecnologia,
além do Instituto de Educação Física e Esportes. Ainda como parte de sua infraestrutura,
destaca-se a também existência de amenidades como bibliotecas, agências bancárias,
laboratórios e restaurantes universitários. Em 2011, mais de 11.000 alunos estavam
matriculados nos diversos cursos do Campus. A imagem abaixo mostra alguns destes pontos
relevantes do Campus.
Figura 1: Planta baixa esquemática da área de estudo. Fonte: RODRIGUES (2013).

O mapa em sequência identifica alguns dos principais polos geradores de viagens intracampus
e regiões de uso adensado, sendo assim possível perceber as distâncias de viagens entre estas
áreas.
Figura 2: Mapa de Polos Geradores de Viagens e Áreas Adensadas do Campus do Pici.
Fonte: Próprio Autor.

O campus se situa na porção mais a oeste de Fortaleza, sendo pouco centralizada. Seus limites
são dados por:

 Norte: Av. Mister Hull (BR-222)


 Leste: Av. Engenheiro Humberto Monte
 Oeste e Sul: Rua Pernambuco e suas adjacentes

Pode-se destacar algumas vias arteriais de importância quanto à acessibilidade ao campus,


sendo estas: Av. Bezerra de Menezes, Av. Humberto Monte e Av. Jovita Feitosa. Ressalta-se
que a oferta de ciclorotas (ciclofaixas ou ciclovias) que conectem o campus às diversas áreas
de Fortaleza é deficiente. O mesmo se repete dentro do Campus, uma vez que não há áreas
prioritárias de ciclistas.

Quanto à oferta de transporte público, segundo dados da ETUFOR (2017), 25 linhas de


ônibus e de transporte alternativo operam nas proximidades do Campus do Pici, tomando-se
um raio de 350m de caminhabilidade cotado a partir da entrada principal do Campus, como
destacado na figura em sequência.
Figura 3: Oferta de Transporte Público em raio de caminhabilidade de 350m. Fonte: Mapa de
Ônibus Fortaleza – Dados ETUFOR.

5. IDENTIFICAÇÃO DOS ATORES


Foram definidos como atores na temática do sistema de transporte não motorizado no Campus
do Pici:

 Pedestres
 Usuários de bicicleta
 Usuários de transporte coletivo
 Usuários de outros modais motorizados
 Residentes do campus
 Administração do campus

6. APLICAÇÃO DE PESQUISA E LEVANTAMENTO DOS PROBLEMAS


Preparou-se um formulário de pesquisa a fim de tomar as percepções dos atores dos sistemas.
O formulário foi divulgado em redes sociais e em diversos grupos com características
diferentes, de forma a não obter uma amostra de respostas enviesada.

As perguntas consistiam em definir o principal modo utilizado pelo usuário, definindo


também sua categoria (estudante, servidor, residente no Campus, etc). Em seguida, foi
perguntado sobre os problemas percebidos pelo entrevistado quanto ao uso de bicicleta e
quanto ao transporte a pé no Campus. Estas duas últimas perguntas foram feitas de forma
aberta a fim de que os usuários se expressassem e a equipe técnica tivesse um melhor fruto
das discussões, sem tendenciar os usuários a problemáticas pré-definidas, como seria o caso
em perguntas com opções de respostas.

No total, 22 formulários foram respondidos.

7. RESULTADOS PRELIMINARES
Após a consolidação dos dados levantados, montou-se a árvore de problemas dos sistemas
pedonal e cicloviário.

7.1. Sistema de transporte pedonal


As principais queixas relatadas pelos usuários do transporte a pé se desenrolam do
desconforto da caminhada (térmico e de longas distâncias de percurso), da insegurança local
(viária e pública) e da precariedade da infraestrutura ofertada. A figura abaixo aborda os
problemas percebidos.

Figura 4: Árvore de Problemas – Sistema Pedonal. Fonte: Próprio Autor.

7.2. Sistema de transporte cicloviário


Quanto ao uso da bicicleta no Campus, as principais queixas relatadas são relativas à
infraestrutura disposta (tipo de pavimento, inexistência de circuitos de rotas para ciclistas e
falta de bicicletários. A figura abaixo aborda os problemas percebidos.
Figura 5: Árvore de Problemas – Sistema Cicloviário. Fonte: Próprio Autor.

Vale ressaltar que foi percebida uma diferença crucial nos dois sistemas de transporte: o
sistema cicloviário é muito mais sensível às causas extra Campus. Tal ponto se mostra lógico,
uma vez que o uso da bicicleta permite maiores distancias de locomoção e, para muitos
usuários, é o único modo utilizado. Já para o usuário a pé, a multimodalidade se faz presente,
uma vez que os deslocamentos a pé se dão, em sua maior parcela, apenas dentro do Campus.

5. CONCLUSÕES
Ao fim, foi possível gerar uma árvore de problemas para os modos cicloviário e pedonal. É
válido ressaltar que não foram atingidas todas as categorias de atores, e que outras técnicas
devem ser utilizadas para abranger mais democraticamente a discussão, como grupos focados
por exemplo. Também se notou dificuldade de compreensão de alguns problemas listados,
como “falta de acesso em alguns locais”, não sendo precisa o entendimento do analista sobre
a percepção do usuário. Quanto aos próximos passos, além de aderir as percepções dos outros
atores, há de se validar a representação dos problemas identificados e sua representatividade.
Por fim, este estudo se mostra como um estudo prévio da problemática do transporte não
motorizado no campus, sendo necessária uma continuação de discussões e pesquisas.

6. REFERÊNCIAS

PlanMob Cidade Sustentável. Caderno de Referência para Elaboração de Plano de Mobilidade


Urbana. Semob – Secretaria de Mobilidade Urbana. Ministério das Cidades. 2007.
Anexo 1 – Formulário de Pesquisa
Anexo 2 – Respostas Problemas “A Pé” obtidas diretamente do formulário

 Necessidade de travessias elevadas para pedestres em alguns pontos mais


movimentados.
 Excluindo-se as questões de temperatura ambiente, acho que a locomoção a pé é uma
das melhores opções de locomoção local.
 Distâncias
 Perigoso andar sozinha dentro do campus.
 calçadas não terminadas, principalmente, onde tem muito mato.
 Risco de assaltos, alguns trechos do passeio em péssimas condições, dificuldade de
acesso em alguns locais, desrespeito dos motoristas com relação aos pedestres
 Ausência de arborização para fornecer conforto térmico e ausência de padronização de
passeios.
 Distância
 Indicações, Mapa do campus, etc.
 Sol muito forte, nem sempre ha uma passagem coberta
 Tudo muito distante. Cansativo se deslocar a pé
 Longas distâncias
 Faltam algumas faixas de pedestre.
 O sol, tem pouca sombra
 Não vejo problemas em caminhar a pé, mas com certeza o pavimento é fator limitante
para outras pessoas
 As longas distâncias entre os blocos e os serviços auxiliares (restaurante universitário,
as gráficas), principalmente em relação aos blocos da Engenharia Civil e do DET;
 Sensação de insegurança em relação ao medo de ataque por parte dos cachorros que
habitam o campus.
 Grande distância entre os blocos.
 Insegurança
 Assalto
 Acho tranquilo caminhar no Campus
Anexo 3 – Respostas Problemas “Bicicleta” obtidas diretamente do formulário
 Pavimentação irregular para andar de bicicleta. poucos bicicletários.
 Muitos pontos de conflitos com veículos, principalmente nas diversas rotatórias
 N deixaria uma bicicleta só pra lá e não ha infraestrutura de ciclorrotas até residência
 muito ruim andar de bicicleta nos paralelepípedos, poucos lugares para guardar a
bicicleta.
 A inexistência de ciclofaixas faz com que o uso de bicicletas seja extremamente
perigoso. Além disso, há poucos locais para estacionar as mesmas
 Ausência de ciclovias e de bicicletários.
 Falta de ciclovia
 Não existe um posto dentro do campus.
 Falta de ciclofaixa
 Faltam ciclovias
 Falta de bicicletarios
 Ausência de ciclo faixa em todo o campus, ausência de estacionamento para bicicletas,
péssima sinalização, iluminação e segurança.
 O material da via, a bicicleta trepidante muito
 Faltam paraciclos distribuídos no campus, ideal seria q cada departamento tivesse uma
certa capacidade de atendimento.
 Incômodo no trajeto (trepidação) pela irregularidade do pavimento intertravado,
ocorrendo em quase toda a área central do Pici;
 Sensação de insegurança em termos de visibilidade e reconhecimento do espaço do
condutor do automóvel particular, com medo de ser alvo de colisões;
 Sensação de insegurança em relação ao medo de ataque por parte dos cachorros que
habitam o campus.
 Com exceção do CT, não tem onde guardar as bikes de forma segura (centro de
ciências agrárias)
 Roubo
 A pavimentação não é boa para a bicicleta

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