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Curso: Docência do Ensino Superior

Disciplina: Legislação e Avaliação do Ensino Superior – do presencial ao


virtual

Apresentação

Nesta aula refletiremos sobre os aspectos da Gestão Democrática na


instituição educativa e o conteúdo aqui abordado vai percorrer os princípios de
gestão entrelaçando essas premissas frente ao ensino superior.

O roteiro de estudo foi organizado com a pretensão de destacar os


enfoques mais gerais sobre: conceito de gestão e democracia; os pressupostos
da gestão democrática; a construção de um modelo dinâmico de gestão e a
gestão democrática no Ensino Superior.

Assim, por meio do estudo desta temática, pretende-se compreender os


elementos e as estratégias inerentes aos encaminhamentos democráticos e
participativos no cotidiano escolar.
Aula 03 – Gestão Democrática no Ensino Superior

3.1 CONCEITO DE GESTÃO E DEMOCRACIA

Teixeira (2009) relata que “o verdadeiro papel da escola na sociedade”


se afirma quando a todos impõem um entendimento de concentrar a ofensiva
nacional1.

A escola consegue avançar, a partir do momento que consegue


convergir seus interesses, através da concentração de diferentes aliados das
camadas populares, um enfoque que se efetiva com participação e
coletividade. Conforme Grochoska (2012):

[...] a reflexão a respeito da importância da gestão democrática e


participativa para a organização dos espaços escolares atesta que as
escolas, em especial as públicas, somente imbuídas dos princípios de
participação em debates, discussões e encaminhamentos, realmente
poderão ter atitudes em prol da melhoria da educação
(GROCHOSKA, 2012, p. 11)

Assim, de acordo com a autora acima, constata-se que a participação


ativa é a única forma de a escola efetivar melhorias em seu processo de
ensino.

A observação contínua sobre os processos de gestão envolve várias


ações. É preciso pensar e planejar para impulsionar e mobilizar os sujeitos que
atuam na escola. Mediante um retrocesso dos sistemas educativos e das
relações de poder existentes em nossa sociedade, é possível entender que a
escola tende a reproduzir modelos e discursos autoritários e centralizadores
que engessam as perspectivas de participação e envolvimento.

1
GROCHOSKA (2012, p. 21): Organização escolar perspectivas e enfoques. A autora cita um
dos mais importantes escritos da educação brasileira, o „Manifesto dos Pioneiros da Educação
Nova (1932).
Vocabulário
A palavra “gestão” deriva de gestio e gerere que significa “trazer em si,
produzir” 2. Assim, gestão é produzir algo, ou ações, ou contextos, ou
encaminhamentos, não de forma isolada, sem interações.

Para Ferreira (2003, p. 206), gestão “é administração, é tomada de


decisão, é organização, é direção”. Assim, relaciona-se com o fato de
impulsionar ou dirigir uma organização, através de objetivos, cumprindo, dessa
maneira seus propósitos e função.

Fonte: http://1.bp.blogspot.com/-UP7RAm-5KL4/UUzwmuiemCI/AAAAAAAAAzw/DxpLpEN7Q3U/s1600/2342234.jpg

Nesse sentido, apesar de desafiadores os processos de organização


escolar são necessários, além de favorecer os demais processos, atividades e

2
CURY (2005, p. 201): Gestão Democrática da educação.
funções inerentes ao espaço escolar, o trabalho do professor, a aprendizagem,
entre outros elementos.

Para Libâneo (2007, p. 301), gestão “é a atividade pela qual são


mobilizados meios e procedimentos para atingir os objetivos da organização,
envolvendo, basicamente, os aspectos gerenciais e técnico-administrativos”.
Assim, para o autor, os processos de gestão e organização servem como
meios para garantir os fins do ensino, isto é, a aprendizagem.

3.2 OS PRESSUPOSTOS DA GESTÃO DEMOCÁTICA

Os modelos de gestão presentes na história da sociedade e nas teorias


gerais de administração são intrínsecos aos processos escolares, por sua vez
entendidos como tendências que se estabelecem nas relações políticas, entre
os pares que fazem parte de um determinado contexto.

Um novo modelo de gestão3, portanto, deve atender premissas,


interesses e decisões de determinados grupos envolvidos nos processos de
administração e que norteiam suas práticas na busca por padrões de eficiência
e racionalidade.

Os pressupostos da gestão democrática são entendidos enquanto


conquista de espaços de luta política inseridos em estruturas de poder e
relações sociais em diversos tempos e movimentos. O enfoque político da
gestão democrática é justamente esse o de problematizar os conflitos entre a
gestão do trabalho e os sujeitos envolvidos nesses espaços que são canais
veiculadores de uma concepção de gestão.

A partir desses enfoques, os traços de uma organização são tomados na


perspectiva de gestão democrática, a qual se submete ao clamor de uma
organização hierárquica, não mais centralizadora e vertical, mas, democrática,

3
PEREIRA; SILVA (2010, p. 4): gestão democrática na educação superior e as tendências de
gestão presentes no conselho universitário. Material disponível em:
http://www.anpae.org.br/congressos_antigos/simposio2007/358.pdf. Acesso em março/2015
participativa e que exerce seu papel com base na consolidação de espaços
formadores de reflexão crítica e do exercício da cidadania.

Saiba Mais
Conheça mais a respeito deste assunto lendo o artigo Gestão Escolar
Democrática: uma Contextualização do Tema. Acesse:
http://periodicos.uesb.br/index.php/praxis/article/viewFile/306/340

Historicamente, em nosso país, os movimentos sociais foram


responsáveis por viabilizar diversos mecanismos de participação e de liberdade
de expressão para o exercício da cidadania e dos princípios democráticos.

A busca pela ruptura dos diversos sistemas autoritários e políticos que


surgiram após o período da ditadura emana das lutas de diferentes camadas
da sociedade brasileira e do fenômeno da democratização, nos anos 80.

No contexto escolar, esta prática começa a se estabelecer. Segundo


Pereira (2010. p. 9), vemos que essas ações são pautadas com base em
normas de princípio de gestão democrática.
Na busca pela ruptura de paradigmas que remetem a modelos de
gestão: autoritária e centralizadora. Na LDB 9394/96, ressaltamos que
visualmente evidenciado um modelo de gestão, centrado na ideia de
participação dos pares em todos os processos de organização do cotidiano
escolar. Veja o que dispõem os artigos 3 e 14 da Lei de Diretrizes e Bases:
LEI Nº 9394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996.

LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL


Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.

Art. 3º. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o
saber;
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII - valorização do profissional da educação escolar;
VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas
de ensino;
IX - garantia de padrão de qualidade;
X - valorização da experiência extraescolar;
XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.

Art. 14º. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público
na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes
princípios:
I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola;
II - participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.

Fonte: http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/ldb.pdf

Cabe destacar que a ressignificação dos princípios de gestão, enquanto


prática, é um processo que deve ser permanente e elaborado de forma
participativa na comunidade escolar 4. Dessa forma, a gestão democrática no
interior das instituições educativas deve ser ressignificada enquanto prática de
transformação social.

4
LIBÂNEO (2007, p. 301): Educação Escolar: política, estrutura e organização.
3.3 CONSTRUINDO UM MODELO DINÂMICO DE GESTÃO

O maior desafio de um administrador educacional consiste em


instrumentalizar seus processos de gestão, com base nos diferentes níveis do
domínio acadêmico e dos elementos que integram o processo educativo. Para
tal, deve possuir habilidades técnicas, humanas e conceituais 5. Segundo
Motumara (1998), o verdadeiro líder é aquele que faz com que todos na
instituição sejam líderes naquilo que fazem.

A escolha de bons líderes se constitui na principal tarefa de toda


organização. Como ressalta Lermen (2003), “líder é aquele que faz a
organização ir além do nível diagnóstico, erradica o problema, apresentando
uma postura de solução criativa, ousada e proativa.” (LERMEN, 2003, p. 45).

Howard Gardner (1996), segundo Lermen (2003), aponta que um líder


pode ser considerado ideal a partir dos seguintes pressupostos:

O líder detém autoridade, é persuasivo; assume risco; busca atingir


seus objetivos; desenvolve relações pessoais; se esforça para
completar seus conhecimentos, domínios e habilidades; se energizam
e revigoram suas forças; exercem influência; detém poder e se
relaciona com outros pares na sociedade; reflexivo. (GARDNER,
1996, citado por LERMEN, 2003, p. 51).

Assim, para que o líder exerça uma gestão dinâmica e democrática, é


preciso considera não somente sua autoridade, mas a forma como se relaciona
com os demais dentro da instituição.

3.4 GESTÃO DEMOCRÁTICA DO ENSINO SUPERIOR

No Brasil, o Poder Executivo é o mantenedor responsável pelas


instituições de ensino superior. Um importante aspecto nas instituições de
ensino superior se observa na criação de condições favoráveis para o exercício
da cidadania e ênfase no processo de aprendizagem pautados na qualidade do
ensino e no bem-estar profissional. A esse respeito, relata o artigo 56 da LDB:

5
LERMEN (2003, p. 19): Liderança na gestão por projetos.
LEI Nº 9394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996.

LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL


Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.

Art. 56º. As instituições públicas de educação superior obedecerão ao princípio da gestão


democrática, assegurada a existência de órgãos colegiados deliberativos, de que participarão
os segmentos da comunidade institucional, local e regional.
Parágrafo único. Em qualquer caso, os docentes ocuparão setenta por cento dos assentos em
cada órgão colegiado e comissão, inclusive nos que tratarem da elaboração e modificações
estatutárias e regimentais, bem como da escolha de dirigentes.

Fonte: http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/ldb.pdf

Nesse contexto, a gestão democrática aparece da seguinte maneira:

 No trabalho de um grupo de profissionais que estão envolvidos no


sistema do ensino aprendizagem;

 No bem-estar profissional e na sua interação com os gestores da escola;

 Na qualidade do ato pedagógico e de outros domínios que estão


vinculados nesta realidade;

 No processo de gestão participativa, uma gestão que aceita a igualdade


entre todos os sujeitos da educação;

 Em um processo de gestão que é detentora de transparência e com


características descentralizadoras;

 Em um processo de participação dos colaboradores de forma organizada


e sistematizada;

 Em um processo de gestão amiga, participativa, transparente.

Assim, constata-se que gestão democrática se estabelece como uma


poderosa ferramenta para aliar as relações no interior da escola e desencadear
processos permanentes de discussão, fazendo com que as pessoas aprendem
a repensar sobre a complexidade de fatores que permeiam os espaços
educativos.

É importante que você conheça mais a respeito da gestão democrática


do Ensino Superior. Complemente seus estudos assistindo o vídeo indicado a
seguir.

Assista
Veja a matéria intitulada A Gestão de Pessoas nas Instituições de Ensino
Superior, onde a Prof.ª Carla Cristina Dutra Búrigo aborda esta temática.
https://www.youtube.com/watch?v=hHMQq44YZdo

Como se pode perceber, a Gestão Democrática é uma ferramenta a ser


utilizada pelas instituições para administrar seus recursos e ações de forma
eficaz, participativa e crítica.
Síntese da Aula

Nesta aula foram abordados aspectos da gestão democrática da


educação brasileira, à luz da Lei de Diretrizes e Bases (LDB) da Educação
Nacional. Abordou-se o conceito de gestão e democracia e os pressupostos da
gestão democrática. Refletiu-se sobre a importância da construção de um
modelo dinâmico de gestão e sobre a gestão democrática no Ensino Superior.
Referências

CURY, C. R. J. Direito à educação: direito à igualdade, direito à diferença.


Cadernos de Pesquisa, n.116, p.245-262, jun. 2002.

GROCHOSKA, M.A. Organização escolar: perspectivas e enfoques. Curitiba:


IBPEX, 2011.

LERMEN. T.L. Liderança na gestão por projetos. Joinville: Univille, 2003.

LIBÂNEO. J. C. Educação Escolar: política, estrutura e organização. São


Paulo: Cortez, 2007.

MOTUMARA, O. (1988). A liderança necessária. Disponível em:


www.oscarmotomura.com.br. Acesso em março/2015.

PEREIRA, N.M.; SILVA, M.S.P. (2010). Gestão democrática na educação


superior e as tendências De gestão presentes no conselho universitário.
Disponível em:
http://www.anpae.org.br/congressos_antigos/simposio2007/358.pdf. Acesso em
março/2015.

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