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1.1 Localização:
Constituição Federal
e/ou Constituição Estadual
Atenção! Qualquer outra espécie não pode criar
1.2 Quem julga quem
STF: julga Presidente da República, Deputado Federal, Ministro de Estado, Senadores -
art. 102, I da CF
STJ: julga governador e desembargador - art.105, I da CF
TJ: julga Juiz, Promotor e Prefeito (art. 20, X e 96, III, ambos da CF)
1.3 Princípio da atualidade do cargo
O que interessa é saber se o réu ocupa cargo no momento em que é julgado e não no
momento do crime.
Isso está para mudar, ou pelo STF ou por meio de PEC
O que o STF quer fazer é os motivos do crime relacionados com a função.
*Atenção: Ficar atento pois isso está para mudar.
1.3.1 Renúncia do parlamentar
STF ficou que se a renúncia se der após o encerramento da instrução, não haverá
mudança da competência.
Ementa: AÇÃO PENAL CONTRA DEPUTADO
FEDERAL. QUESTÃO DE ORDEM. RENÚNCIA AO
MANDATO. PRERROGATIVA DE FORO. 1. A renúncia
de parlamentar, após o final da instrução, não acarreta
a perda de competência do Supremo Tribunal Federal.
Superação da jurisprudência anterior. 2. Havendo a
renúncia ocorrido anteriormente ao final da
instrução, declina-se da competência para o juízo
de primeiro grau.
2.2 - 109, IV - bens, serviços ou interesses da união, autarquias, e empresas públicas federais
2.2.1 - Sociedade de Economia Mista Federal é julgada pela justiça estadual = BB e Petrobras
Súmula 42 STJ: Compete à Justiça Comum Estadual
processar e julgar as causas cíveis em que é parte
sociedade de economia mista e os crimes praticados
em seu detrimento.
2.2.2 - Crimes praticas por ou contra funcionário público federal:
Depende do motivo do crime, poderá ser estadual ou federal
Súmula 147 do STJ: Compete à Justiça Federal
processar e julgar os crimes praticados contra
funcionário público federal, quando relacionados com
o exercício da função.
2.2.3 - Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos
Se a agência for explorada por franquia a competência será estadual
C O N F L I TO N E G AT I V O D E C O M P E T Ê N C I A .
INQUÉRITO POLICIAL. ROUBO MAJORADO PELO
EMPREGO DE ARMA DE FOGO E CONCURSO DE
AGENTES. POSTO DA AGÊNCIA DOS CORREIOS E
TELÉGRAFOS. CONTRATO ENTRE A ECT E O
BANCO DO BRASIL, GARANTINDO O
RESSARCIMENTO DE PREJUÍZOS DECORRENTES
DE ASSALTOS, ROUBOS, FURTOS OU SINISTROS.
SITUAÇÃO ASSEMELHADA À DE AGÊNCIA
FRANQUEADA DOS CORREIOS. COMPETÊNCIA DA
JUSTIÇA ESTADUAL. 1. Compete à Justiça
Estadual o processamento de inquérito policial
iniciado para apurar o delito, em tese, de roubo
praticado em posto de agência dos Correios e
Telégrafos - EBCT que se enquadra como agência
franqueada. 2. Nos termos da jurisprudência desta
Corte, o fundamento que justifica a exclusão de danos
financeiros à Empresa Brasileira de Correios e
Telégrafos quando o furto ou roubo ocorre em agência
franqueada é o fato de que, no contrato de franquia, a
franqueada responsabiliza-se por eventuais perdas,
danos, roubos, furtos ou destruição de bens cedidos
pela franqueadora, não se configurando, portanto, real
prejuízo à Empresa Pública. Precedentes: CC
116.386/RN, Rel. Ministro GILSON DIPP, TERCEIRA
SEÇÃO, julgado em 25/05/2011, DJe 07/06/2011 e CC
27.343/SP, Rel. Ministro FELIX FISCHER, TERCEIRA
SEÇÃO, julgado em 08/08/2001, DJ 24/09/2001, p.
235. 3. Não se revela preponderante, para a fixação
da competência na situação em exame, o fato de que
os funcionários da agência de Correios foram
ameaçados por armas de fogo, pois, a despeito de o
delito de roubo tutelar, também, a proteção à
integridade física do ser humano, seu aspecto
primordial relaciona-se à tutela ao patrimônio, até
porque o tipo do art. 157 está incluído no capítulo dos
delitos contra o patrimônio. 4. Conflito conhecido, para
declarar a competência do Juízo de Direito da Vara de
Axixá do Tocantins/TO, o Suscitante, para o
processamento e julgamento do presente inquérito
policial.
3 - Competência territorial
Regra do art. 70 do CPP, teoria do resultado —> local da consumação
Exceções:
a) art. 73
nos casos envolvendo exclusiva ação privada, poderá o querelante preferir o
domicílio ou residência do réu, ainda que conhecido o local da consumação.
b) Teoria do esboço do resultado
nos crimes plurilocais, a competência é do local onde o resultado se projetou, se
esboçou.
PROCEDIMENTOS
1 - Modalidades de procedimento
1.1 - Procedimento comum (394)
a) ordinário - crimes com pena máxima cominada maior ou igual a 4 anos
b) sumário - crimes com pena máxima cominada menor que 4 anos
c) sumaríssimo - infrações de menor potencial ofensivo
1. contravenções penais
2. crimes com pena máxima cominada menor ou igual a dois anos,
cominada ou não com multa.
Procedimentos especiais
Júri
Honra
Funcionário Público
Etc.
3 - Rejeição da denúncia
art. 395
a) Manifestamente inepta
b) Faltar condição da ação ou pressuposto processual
c) Faltar justa causa
Atenção o STJ permite a rejeição após a resposta, é a chamada rejeição tardia da denúncia.
4 - Desclassificação
Para o STJ pode haver desclassificação em duas hipóteses antes da sentença:
a) Quando a nova tipificação gerar mudança na competência
b) Quando a nova tipificação gerar direito antes inexistente
5 - Recebimento da denúncia
Para o STJ não pode receber a denúncia sem qualquer motivação. É preciso que haja
motivação ainda que singela
RHC 56980/SC
Reynaldo Soares da Fonseca
j. 02.06.16
6 - Citação
Art. 351 ao 369 do CPP
Premissa: A falta de citação é causa de nulidade absoluta, sua deficiência é causa de nulidade
relativa.
Citação circunduta = é a citação que foi anulada por algum defeito
6.1 Modalidades de citação
a) Real —> mandado
É a regra do Processo Penal
Preso é SEMPRE citado pessoalmente —> art. 360
Militar é citado pelo chefe do serviço - art. 358 do CPP
Estrangeiro - citado por carta rogatório - art. 368
Enquanto não realizado o ato, a prescrição fica suspensa.
b) Citação Ficta
Hora certa
Art. 362, ocorre quando o réu se oculta para não ser citado
Segue o regime do 252 - 254 do CPC
STF entende que é constitucional a citação por hora certa
RE635145/RS Luiz Fuz, j. 01.08.16
Edital
É exceção
Prazo é de 15 dias do edital
Art. 366
Citado por edital —-> não comparece E não constitui advogado —>
autos vão para o juiz —> juiz deve suspender o processo e a prescrição (súmula 415 do STJ) e o
juiz PODE decretar a prisão preventiva e/ou produzir prova urgente (súmula 455 STJ)
Para as demais formas de citação se o réu não comparecer nem
constituir advogado o juiz nomeia defensor e o processo segue. As condutas obrigatórias não
exigem motivação. Elas decorrem da LEI.
Atenção! Súmula 415 - a prescrição ficará suspensa levando-se em
conta o máximo da pena em abstrato. Vencido esse prazo, corre a prescrição.
Condutas facultativas exigem motivação idônea.
Atenção Súmula 455 do STJ - a possibilidade de esquecimento da
testemunha não é motivação idônea para antecipação da prova. Há duas exceções a súmula:
a) Se houver risco concreto de perecimento de sua colheita em
razão da alta probabilidade de esquecimento dos fatos distanciados do tempo de sua prática:
RHC 56791/RO
Reynaldo Soares da Fonseca, j. 09.08.16
b) Se a testemunha é policial, PODE antecipar sua oitiva!
IMPORTANTE
RHC 64086/DF
Rogério S. C.
7 Resposta à acusação
Art. 396
Art. 396-A
Obrigatória no processo penal
Prazo de 10 dias.
Termo inicial é a data da efetiva citação
Súmula 710 do STF
Atenção, se o juiz mandar o MP se manifestar em réplica não haverá nulidade
RHC 56882/MS
Reynaldo S. F. j. 02.08.16
Debates:
A: 20` +10`
D: 20` +10`
J: Julga
O assistente técnico fala depois da acusação por 10 minutos sem prorrogação. Se ele falar,
devem ser acrescentados 10 minutos no tempo da defesa.
Conversão dos debates orais em memoriais escritos, é possível em 3 hipóteses:
1) causa complexa (403, §3º)
2) Quando forem vários acusados (403, §4º)
3) Quando for deferida diligências (404)
Para o plenário do Supremo, não haverá nulidade se ouvir acusação sobre as preliminares da
defesa e depois julgar
RHC 104261/ES
Dias Toffoli
j. 15.03.12
———-
PCO PCS
8 testemunhas 5 testemunhas
60 dias para audiência de instrução 30 dias para fazer audiência
Pode requerer diligências
Pode requerer memoriais finais e não debates orais Não há previsão expressa
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Procedimento nos crimes de responsabilidade de funcionários públicos afiançáveis
Art. 513 a 518 do CPP
Premissa 1 - Trata-se dos crimes previstos nos artigos 312 a 326 do Código Penal
Premissa 2 - Parte desses crimes é de competência do Jecrim, uma vez no Jecrim segue-se o rito
do Jecrim.
Rito:
Denúncia ——> defesa preliminar (art. 514) ———-> juiz recebe a denúncia —-> rito comum
—————-
Júri
Competência:
É competente para os crimes dolosos contra a vida, consumados e tentados, e crimes
conexos
Trata-se de procedimento bifásico
AIDJ
Pronúncia —> rese
Desclassificação —-> rese
Impronúncia —> Apelação
Absolvição sumária —> apelação
Decisão com consoante, recurso com consoante
Decisão com vogal, recurso com vogal
Não se aplica a absolvição sumária do 397 pois ele está excluído da primeira fase do júri nos
termos do artigo 394, §3º.
HC 172925/SC
Nefi Cordeiro
j. 17.12.15
No júri, os memoriais da defesa não são obrigatórios, pois pode se tratar de estratégia defensiva.
Conteúdo
Juiz decide:
Tipo
Causas de aumento
Privação de liberdade
Não decide
Agravantes
Causas especiais de diminuição de pena
Art. 17 da Lei de Introdução ao CPP
Atenção! Eloquência acusatória:
O juiz não pode se exceder na pronúncia. Não pode usar adjetivos e não pode usar juízos
de valor absolutos, sob pena de nulidade.
Intimação da pronúncia:
a) MP é intimado pessoalmente
b) Advogado constituído é intimado pela imprensa
c) advogado dativo/público é intimado pessoalmente
d) acusado é intimado pessoalmente ou por edital se não encontrado
Preclusão da pronúncia:
a)Para a defesa não há preclusão das matérias de fato.
b) acusação em regra haverá preclusão (denúncia por qualificada, juiz desclassifica o
qualificado, promotor sustenta a qualificadora em plenário)
Exceção artigo 431, §1º
Se houver modificação na situação de fato que altera a classificação do
crime, então poderá haver modificação da pronúncia (vítima morre antes do julgamento do júri)
Desclassificação
art. 419
Se o juiz entender que não se trata de crime doloso contra a vida, irá desclassificar e
remeter os autos ao juízo competente.
2ª Fase do Júri