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peed eae ened feompeyieneen sac rrr Perera eae Lasers Pecans cere ra Cota eetones pater Cees ecmereaan erica oie cera ener eer erry Pee toes hieior rte ae ee rab Hints) 4 Regina Zilberman 2 ou ys alia BSTETICA, DA RECEPCAO B HISTORIA DA LITERATURA fa ‘samira ousse! Campos Prepeag any rcases alata coordenggto de Compoaipo Sumari ern ‘eds rtom toyota Dee bara ce Xabjo igh de arteriole), Titen Takeda . cape ‘ry Nnanna armen Sevil S008 ee Apresentagao 5 A 1.A estética da recepgao no horizonte dos anos 60 — —_ Jauss © Gadamee un 2, Paralelas que se encontram em algum lugar da teoria B ‘A sociologa da letra —_ _ 6 O extruuralisme tcheco 9 ¥ (0 Reader Response Eris 24 3, Projetando a nova histéria da literatura 29 (0s métodos da hist da ieratura 30 Sota Quatro premisss 8 f Programa de aei0 ——— 39 1990 4.Da teorla a pratica a eto o8 datos esonados t seat de aura Ag 8's are oe ung, 10 Resgata de Yiginle —____________ 48 Ena Tetgtato "Dominio" Sie Pass Experiéncla estética ____________ #9 (0s pads de interasda 5 6 Hermenéutica literdria -Aistoria das intrpretagées de uma cra de {te 6 una toca de expentncias ou oe au ‘sermos, um Jogo de pergutas resposts, Mane Robert Jause segunda vedo, aor competa, de expo tei mis abs, Jus procs exaia opens ee a como tanben sheen ern eV se Sie ingle. Noe nora til ase te ae one atrare da conjayo state es tenes ae aa tees conectheapci oip una pre Sst oe xe, vind ape gato ings prinete veo dete crmuanto «mesa er aprons de modo ee ©0 sobretudo no novo volume dedicado a esses t6picos. a Aspe pra capt dass de as po io deca dos oma, sien ue set eso Sanu, Agu rn dahermendutze ttc cba Sito a aperncia etecs ea homenc, cil terra, frei como tame pares eae eas Salta Sue rewiacm pine lane nos hiner nade eh Jauss é, pois, conseqiéncia do desdobramento de pesquias proceden- tes. Mesmo assim, ele abre a nova versio de Asthetische Erfahrung lund iterarische Hermeneutik com uma alegoria: a narrago, esrita no século ¥ d. C. por Marcianus Capella, do casamento de Hermes «com Filologia,vsandojustificar ajustaposicdo dos asuntos em que seu liva se divide ‘Como se viu, alguns concetos da hermenéutica,extraidos da ‘obra de Gadamer, Verdade e método, aparecem na conferéncia de {67:0 de horizonte de expectaivas, aa Segunda tes, explica come tet acesso ao mundo do leitor; a logica da pereunta e da resposa, na ‘quara 25, ajuda a compreendero dilogo entre o texto e sua ép0ca {entre o texto do passado e 0 leitor do presente, do que resulta a {usio de horizontes, conceito também emprestado de Gadamer, Igual- | mente formulagéo sua é 0 principio ou consciénia da historia dos efeitos, empregado na sexta tes, segundo a qual as repercussbes da obra do passado atuam sobre o sujito, determinando sua inter: retac. ‘A nocio de emancipapdo, que permite a Jauss ampliar 0 sigi- ‘cada do valor esttco, entendendo-o nfo apenas como rompimen- {to de um cédigo imposto de normas, mas também como projeto de [Hberagdo, tem componentes da hermenéuticae das idéias de Gada ser, Alem dso, o principio da perguntae da resposta,definido me todologicamente como dialteo efilosoficaente como horizante, talvez sua principal arma teérica, companhando-o em quase todos (os ensios, por possbltar aexplictagao tanto do procesto de inte. pretagio dos textos, como a natureza daldgice da literatura, Efeito e recepcio Eniretanto, apresenga ou a reapropriasio esses conceit, ainda que fundamentais, no bastam para cractrizar estatuto da hermenéutia iteréra, ref empreendida de manera sistematica desde a primeira edigdo do livo ctado e em ensaios subsequentes; nem para articulé-a 8 expe- rifneia estétiea, sem o que ndo pertenceria com legitimidade &tcoria literatura que, orientada agora para a recepea0, preclsa contr tam ‘bém uma metodologia compativel com as novas premissas Em vista disso, mo st pode entender a hermenéuica literéria {ora do quadto da experiéncia propiciada pela obra de ate, quando acontece oefeito estétio, Est, conforme se vu, compose de dois fexomenossimultineos: a compreensiofruidor e ruigio compreen siva, O prazeresttico conta de antemZo com um componente inte Teetual, a ser dscrto por uma abordagem de tipo hermeneutico. ‘Todavi compre dstinguir entre duas modalidades de relaio- namento entre o texto e © leitor: de um lado, ao ser consumid, a obra provoca determinado efeito (Wirkung] sobre o destinatrio; de ‘outro, ela passa por um proceso histérico, sendo ao longo do tempo recebida einterpretada de maneras diferentes — esta €sua reepeio [Reception Esta espeificaedo ¢ importante, pos, por intermédio de Ta, Jauss procuraescarecer as diferencasenire a pesquisa que desea volve ea desu colega de universidade, Wolfsang Isr, sem crar um ‘urito entre as distntas orientagSes das investigactes respectvas. Re conheoe a originalidade e importancia heuristica do trabalho de ise, diverse do que desenvolve; mas, ao mesmo tempo, da entender que © projeto dele € englobado pelo seu. W. Iser examina o que classifica como estrutura de apelo do texto [Appelsiruktur der Texte], Apoiado nas conclusdes de R In arden, para quem 0 mundo imaginério representado numa obra ‘mastrase de modo esquematizado, portato, incompleto ecom pom tos de indeterminagées ou lacunas, Ier tem condigSes de confitmar um dos prneipaispostulados da esttica da recepeio: a obra literéria € comunicativa desde sua estrutura; logo, depende do leitor para a constitu de seu sentido, "Este nfo corresponde a neahum con teldo universl, perene e imutavel a ser extraido por um litor com petente: pelo contravio, pode mudar, se 0 piblico, a sociedade e a época forem outros. Essas afirmagdes colocam Iser&beira do relativismo, porém, neste ponto, cle recua: na realidade, as reagdes do leitor so prede terminadas pelas estruturas de apelo. Estas pecisam do leitor para adgutie sentido, Isr retomando aqui a esttica de Mukarovsky quan do indica sero sujetoo responsivel pela passagem do artefato arts tico & condigao de obra de arte. Porém, eas projet o sentido a ser ali depositado, provocando os efeitos que concider com a com cretizacdo desejaa. W. Iseremprega a nogio de coneretzaeio, encontrada tanto ‘os escrtos de Ingarden, quanto nos de Vodicka, segundo uma étca aque paradoxalmente parece nio contradizer nenhum dos dls. Coma) Vodicka, acredita que a coneetizasto depend dos eédigos introje: tados pelo recebedor: mas nio desmenteIngarden, concordando em que as orientagdes dadas pelo testo se imptem a0 leto, cujs pre- disposi ndo tm forca suficiente para alterar ou afetar a estrutu- ra basica (e,nesse caso, imutdvel) de uma obra de art. ‘© conceito de letar implicit, este ottulo de um ivr seu, representa, desta maneira, uma conquisa da estéticadarecepel0; po- ém, tem seus limites metodoldgics, pois nto ultrapassa 0 modelo dda anise imanente com a qual parece desejar romper. Mesmo as- ‘sim, &com ele que Jauss opera, embutindo-o & sua visto da histori dda Ticeratura ¢ da hermenutcalitedria, [Na conferéncia de 67, anterior & publicaglo do texto de Ise, 4 diferenga ene oleitor implicit eo leitor explicito no é mencio- nada, comesando a aparecer em escrito posteiores, No estudo so- bre {fgénia,o Autor indica que esté empregando a terminologia de Isere Vodicka, ao referirse&s nogbes respects deefetae conere- tizagdo, por ihe permitirem acentuar que "0 sentido da obra de arte nic deve ser entendid mais como subsncia temporal, exit como totalidade que se consr6ihistoicamente".” No retrospecto de 1975, enfatiza a importincia de se diferen- iarem dvas espécies de concretizasio: a do horizonte implicito de ‘expetativas, proposio pela obra, portanto de cunho intralitertio; ‘ea “andlise das expectativas, normas e paps extraliterdrios, origi- ndrios da experiénca exstenciale que pré-orientam o interesse estéti- ‘co das distintas camadas de etores”.* De um lado, stuase 0 efeto, ‘condicionado pela obra que transmiteorientagBes préviase, de certo todo, imutiveis, poraue 0 texto conserva-e 0 mesmo, a0 ieitor; de ‘outro, a reeepedo, condicionada pelo leitor, que contribu com suas ‘vivncias pessoaiseeddigoscoletvos para dar vida & obra e dialogar ‘com ela. Sobre esta base, de mio dup acontece a fusio de horizen- tes, equvalente & concrtizagho do sentido, ‘Ao primero plano corresponde oleitr impliito, de certo mo do uma criaao fecional, ji que prefigurado pelo texto; a0 segundo, * haem Der mpl Lou Kosumsiaionfomen de Roma vo Bye i et hte ik 1. Gi Tas Haws Rode Rains wo Goethe. i 3. * Ke‘ ee 38 As der cages pov desta eto, snd ind s&_srecs 9a mecencko#asEa Dn TELATUNA 0 letorexplicito,incluindo elementos de ordem “histérice, social ¢ a8 biogréfica” (p. 39). Um depende das estruturas obetivas da obra, © outro, das “condigses subjtivase condicionamentos socials” (p. 339). Ambos sio igualmente importantes, porém cabe: 8) Consideri-os separadamente para maior efcitncia metodo- lea: “‘Contrastar 0 papel do leitor explicit eo do letor implicito —em outras palaras, 0 eédigo de um leitorhistoricamente determi nado ¢o de seu pape literrio predeterminado — é um prétequisito indispensével para uma anise hermenutica da expericia de eit- 8". 339), ') Dar preferéncia & reconsiuigto do letr implicto: “Te logo reconstrufmos o papel do letorimplicto num texto, pademos, com muito mais seguranca, defini as estraturas de pré-compreensioe, com isso, também as projesSes ideoldgicas de determinadas camadas de Icitres enquanto um segundo c6digo dstinto do primeira” (p. 339), ‘auss se refer a.esastarefas, quando retoma a questo na aber. tura da primeira edicdo de seu livro sobre aexperidncia estdtica e a Dhermentuticaliterria. Esta, entretanto, nfo estara completa sem a ‘ncusto de um outro processo, 0 ¢ aplicasio, indicado agora pelo Autor ecorrespondendo a atividade de “medir 9 efeitoatual de uma ‘obra de arte pela contraposicdo& histria anterior de sua experienc € formar 0 juzoestéico a partir de duasinstncias, a do efeto © 8 da recepeto”. * Compreenséo, Assim sendo, também a hers: interpretagao © aplicagiio néutica literériacomportatrés ‘tapas: acompreenso, a inter- pretaedo ea aplicasio. Inicialmente Jauss no empresa esa termi- nologia, ue adota mas tarde por: apresentar melhor artculaglo con ritual; considerar a reeepsdo oconjunto das ts fates, incorporando, pois, o plano do efeto, desrita por Iser;e mostra-se mas fel he ‘mendutia propriamente dita, Utliza-s ao final desse volume, a exa- minar poemas de Charles Baudelaire e Théophile de Viana partir da reconsttuiio de seu horizonte original idem. Aathatohe Ean iB 9 Alnda aqul, porém, Jauss nfo parece muito seguro a respeito do modo de inegrara ultima etapa seu projeto de constiuigdo da, hermentuticalterdra. Sea aplicacto éfailmentecompreensivel nos casos da teologia eda jurisprudéncia, quando a interpretacdo do ex to faculta& transferéncia de seu sentido a uma stuasao expecitica, ‘9 mesmo processo io parece Li ntido no caso da literatura. Os es: crits seguintestraduzem a busca de una solugio melhor eos resul- tados obtidos. ‘Um dos coldquios do grupo Poetik und Hermeneutik versouso- bre esse tema, Congregando jurstas,telogos,Flssofose critica i- terérios, procurou examiner as contribuigdes das hermenéuticas partculares para a hermenéutica geral;esobretudo para a consoida- ‘fo da hermenutica literria,jé que, ao contrrio das outras dis- iplinas, de tradiio sida, essa se encontra ainda em vias de orga- nizaco. A exposiio tefrica de Jauss enfrentou o tema; denominada “Para adelmitagdoe definigo de wma hermenéutica itrdra”, trou xe tona as questdesconsideradas fundamentals para ¢establizacéo dessa diseiplina. Ele usa como medida o processohermentutico, uni- dade consituida dees atvidades intelectuais: a comtpreensfo,ain- terpretasdo e a aplicagto, Ao mesmo tempo, apoiado nas idéias de Peter Szondi, centua a particularidade da hermenéutica Iterdria: a «la compete fefetir sobre as propriedades estticas da obra de arte, aspecto que nfo pertence& ordem de preocupagtes das demais her menduticas. ‘Todavia, as reflexdes nio partem desse onto, esi das rela- {$8es do processo hermenutico com a obra literdria. Reconheeendo as etapas mencionadas, chama a atengfo para ainterpenetragao que acontece entre os diferentes momentos: “na compreensio jd esta 0 Inicio da interpretagdo ea interpretasao , portato, a forma explii- tadacompreensio". ® Como a compreensBo deflagtao process in- teio, a explicitagdo desse comega por a, fundamentada na Vita da pergunta e da resposta, {eZ Ata Reiman en Herat: Fu lain; Teloge, Jussrutens na Lieaturistesca i Rerneeutten ‘Sepa. Mincen in ow p20. Ar cays qr prove ese io S50 Inlet pes tic de pana cae se econ Na “Provocagio™, Jaus jf recorrera a essa ilkima, para deter rinar o relacionamento do texto com o momento histric. Seme- Thantemente a Gadamer, acsedita que a compreensdo equvale a ““compreender algo como resposta” (p. 462), afirmagto onde subjaz uma proposi¢#o metodoldgica: se 9 texto cortesponde a respost, compreendé-lo significa chepar as perguntas a que respondeu, Jauss lransfere a ida para 0 plano histérico, atribuindo & hermenéutica lterria a tarefa de dar @ compreender as obras do passado Anermentutia tra connece essa eagto de pergunta eee posta parr co ua praticanerpetatvn, quando ge ata de comproen fer um txt de pasado ne aus teria, ou see eeuperaraporgante Dare qual ele, laments, fla espects tecontrvind, apr dat ‘horizons essence pergutaseesposta, den do qual a brs ‘tginamente einer fp. #6, Este gesto hermendutico faz com que o texto, até entto mudo, volte a falar, ou sea, respata o didlogo original a que ele se prop ha. Eis por que a hermenutcaliterdria, correspondendo 80 ques tionamento do texto pelo intérprete,deponde da experiencia ett, ‘quando se efetivao itercdmbio produtivo entre osujeito eo objeto ‘tético. Assim, ndo ha solugao de continuidade entre os dois mo- mentos; por esa azo, Jauss pode afiemar que a tarefa hermenduti- «a, fundada na compreensto, comeza pla percepeo eid, cas possibilidades amplia de mancira cresente.E insstir no earétrdia- T5gfeo desse proceso, aspecto a que se refere com assiduidade eque ‘consiste no tema da Shima parte de Beperincia exten e hermentue ea lterdria, em sua edi final ‘A-compreensio, decorrente da percepoo estéic, & também 0 Ponto de partida do process de leitura, compost de trés momentos, sucesivos. A fase sepuinte, posterior & da leitura comprcensiva, é 8 sa leitura retrospectiva, quando sed a interpetacko: este “sempre Dressupoe de antemio a percepcdo esttica enquanto pré-compreen- slo”, pols apenas podem ser coneretizadas sgnificagdes que "apare- 2am ou poderiam ter aparecido ao intérprete como possiels no horizonte de sua letura anterior” (p. 475) Por outro lado, enquanto 1 percepeo estélic € progressiva ¢ vai acompanhando a partitura do texto, & imerpretado €licto volta do fim para o comeso ou do ‘odo ao particular, razdo pela qual pode sr chamada de retrospeciva, 0 tereero momento é oda letra hstriea, que reeupera are ‘expeio de que a obra foi alvo ao longo do tempo. Hermeneuticamen- te, corresponde etapa da aplicasto, dependendo também da com preensdo esética, pois s esta explica a importincia de uma obra na histéria, Por sua vez, como “também a compreenso cimterpreaga «stética necesitam da funcio controladora da leitura de reconstr so hist6rica”, que “possibilita a compreensao do texto na sua alte- ‘idade” (p. 478), a aplicapio revelase come etapa téo importante ‘quanto as demaise parte do proceso daldgico proprio & hermenéu- ‘ica ltrdea, Pela mesma razio, aIiura reconstrutive leva a ‘procurar as pperguntas — na maria das vezes nao expressamente aricladas — Dara as quaiso texto foi uma respostana época” (p. 478). Isto signi fica interpreta o texto literrio enquanto resposta tanto para expec tativas de tipo formal, quanto para as questes de sentido, decorren tes de seu posicionamento diane do mundo e as vivenciashistéreas de seus primeizos litres A etapa da aplicacto ¢indispensivel, porque durante a leitura reconstrutivao intérprteverfica seu lugar na cadeia temporal, Esa sirounstaneia reforcaoutra propriedade da hermenduticaliterri, jus tifeando por que €urgeate a consolidagdo de sua atvidade no terre- ‘no das cigncas humanas: ela posibilita — e depende dso — s0 er ‘ico ou ao historiador examinar seus préprios pé.juzos, segundo um permanente vaivém que delimita a ambi totalitiriaeabarcante da inerpretacto. Esta €outra faceta de sua fungao de controle, asim demarcads aum texto posterior: do, sea reconstrugae da insergso do ator ni devs consi mals ne Instnciattima de compreeneo, de otto a concer ao mesmo te po ungdo de controle Por auto fdo, experinca de letra itor fo passede deve ser euperposte laura atl de otor de uma époce postr, pare qu ee poseaesgotar durante ainterpetagtoa der ‘a entre o horizon passedo pasent ca itr, Sauss espera que, pelo execicio da hermentutcs litera, 0 in téxprete, no questionamento do texto, dexese também interrogar. ‘A importincia dese aspecto do & neligenidvel, evando Odo Mar. {uard, no coléquioctado, a atribuir a superioridade da hermendut ‘a literéria ao fato de que, a0 contrdrio das dsciplins vzinhas, eta es coe: ett nD dc Boh pode incr osujita da interpretacko no processo de questionamien to balizando suas pretensdese limites. * Proposta metodolégica Nio ¢ durante o coléquio citado ‘gue Jaussapresenta provas pit «as de.ua proposta metodolésca, sim auma versio posterior e mais completa do ensaio. Mais uma vez o processo & dividido em tes eta- ‘as: primeira corresponde a0 orizonte prostesiva da experiéncia estétca, quando reconstitui a apreensdo do texto através da leitara —"‘a percep estética€ acompanhada in actu edescrita como efi- todas estruturas poticas, como também das ainda abertas etrutu- 13 sigificativas do texto” *; a segunda, a0 “horizonteretrespecivo 4a compreensio interpeetativa”. sta s6 comosa a operar apés a conclusfo da primeira fase da Isitura, a0 fim da qual 0 leitor pode reconhecer a forma do texto, ‘mas ndo necessariamente & todo seu significado como uma totll- de” (p. 837). Apés essa compreensio,& preciso volar 20 inicio, “pata, desde o conjunto da forma jé apreendida, iuminar os deta: Ines ainda obscuros, esclarecer a série de conjeturas dentro do con- texto e procurar aspecios do sentido que ainda ficaram em aberto na sua coeréncia de conjunto sinificativo” (p. 83). 6 entio se realza a leiturareconstrutiva,exemplificada pela andlise de um poema de Baudelaire, Juss enfatiza a diferenga entre as etapas anteriores e esta, quando itervém 0 conhecimento histori- ‘20 que localiza 0 texto na época, as mudansas por que passou e pro- ‘yacou, © moda como foi assimilaco a uma linha de tempo, Nas suas palavres, esta € sua intense ‘Quoremas tomar conscent s istnca no temo, norada du or mato ce content xpreseo fio o harzonte de compreansso passado eo aus dela claroco Mo signieade do poema se desdoteouhistoricamento pela nr 1p Pru, and as, Ha Raker Psa, Wah, Hing Op. * Sas, Hany Rober Hortons ty pM ° debe poeta Tw un Hortoval de Lettre fam Bip von ade se sehen Speen Ouch Is nhac Baume pM Sate seas rota esi a 162 perguntes que crietam a nossa in {erpretaggo pare a quis ext, eu tempo, ands fol nebeaee Marente a resposte."" Jauss procede & reconstrupio do horizont, verificando quais rnormas foram rompidas por Baudelaire. Chege as concretizagSe pos sibltadas pelo texto, earacterizadas pelo modo negativo com que 0 receberam. Persegueentio as interpretagbes motivadas, a0 longo do ‘tempo, pelo poema, entre as quals sacha a sus, que vio conformando a radio a condicionar a crculacéo social da obra. Em outras pala: vras, que formam a hist6ra de seus efits, cuja descr €2 condi- 0 para selucidar os prépros préjuizos. Como ee esceve, é quando “se eslarece a prOpria pré-compreensio, que condiciona 6 orizon- te de interpreteedo do critco. Pade-se eno verifiear se aquelacom- preendeu 0 texto de modo original ou se reproduri 0 trabalho dos precursores”. Se, diante de Wfigénia, de Goethe, Jauss revise a recepgdo do texto para, depois, propor Sua interpretacio da obra, na andlise do “Spleen IT, de Baudelaire, percore o caminho inverse: da compreen- so primeira, que é pessoal, chega &recepgo, que &coetva. Por seu turno, esta no tem caréteraleatéro, plo contrévio, acompana de- terminado padréo, conforme esreve em outta ctcunstAnci: “A his- ‘ria da recepedo de uma obra iterdria nao & a soma arbitréra de todas as interpretagbessubjetivas; pelo contrrio, existe uma espécie de logic hstriea, onde entram apenas as interpretagdes que eu cha- maria de coneretizagdes, pois elas So acltas publicamente como for madoras de normas”, Este segundo trajeto parece mals coerénte com os prinepios da estética da recepeo, porque, em vez de elativizar a obra, relaiviza 1s interpretagdes dadas a ela e impede que se suponba ser certo ar- ranjo intelectual melhor que outro. Todavia, hi um risco ase evita- do, pois a afrmasao feta por iio pode dara envender que a estticn da recepeto consste numa nova forma de impresionismo. * iam agua wads dada 20 weco de JAS, Has Robart. O tet pod ota dana do horn eas Lota, Uae Cnt ng Toone de iat ‘rout fot Relat Pcie Aes DUE yp. 3 Nave a, Siac Hane Rote Bnig: Horoomsrktr., cys 7, A citapio precedente jé procurava prevenir contra o subjetivs ‘mo; eno ensaio sobre Baudelaire, Jause chama a afengio para pos Sibilidade de ocritico errar, nfo por ser considerado ulrapassado ~ uma interpretagio peculiar a eerta época equivale a eoncretizagio, vale dizer, a0 horizonte possvel de sua compreensao naquelas ct: ceunstncias, decorrente dos problemas eexperincas do periodo —, sim quando o intérprete aborda o texto de modo equivocado. Ey conforme advert em ensaio bastante anterior, & esse mesino horzonte ‘que protege as interprotagdes Navas contra o excessa de arbitraredade -Aestrtura bora caratorizada pels indeterminag es perm: te sempre rovasintrpetacoes po ut lad, a renomiasto Pst fadoesas cls lilagaconva a vnpins abivariecace plo neronts Ge conagoes de pergenta sexpostas™ Outro exemplo de exerecio da hermenéatcaHitrdria€ andli- sedo romance Le neveu de Rameau, de Diderot. Embora no se ‘mantenha rigorosamente fel seqiéncia comproensto-interpreta aplicarto, pois, como no estado sobre igen, termina, lve &re- velia, por priviegiar sua posigdo, o trabalho ¢ representative do me. todo. Coerente com os principios bésicos, cle ndo examina 0 sienifieado da obra enguanto um conte cristalizado no texto, pro- ccurando véla como proposta de recuperasao do dialogo soeratco. Este € adotado por Diderot por he oportunzar a implosio do siste- sma flosdfico entaovigente erestauraro carder contrastante — di lgico — das idtiase dos discutsos. A seguir, examina como Hegel ‘etoma Diderot, a partir de quem formula a nosio de dialéticaen- ‘quanto representacdo de hstéria, Robert Holub, debatedor no col6- duio onde aexposigao foi orginalmente apresentada, resume een, juleando.a representativa do procedimento metodolgico de Jaus A comunicagt do Professor Jaues prove ume Bima stags ssa ebordagem. Pals seu ansai reune uma saqhnela de eresen. tos obs sobre col ators: primer, Digro Ione oaalogo Soottico, dopois Hegel endo Diseot Se nreecentamon Jas onde Diderat e Hegel sous lofores endo Juss lando esses dos sures, Dectva now are 2 Stereos cm bs hia lod a, meson. Pe Fe eddoaconpana do ent que propou poano ao ado ogo oe Com efeito, 2 hermentutica itrdria, enquanto permanente r= leitura de historia, parece suprimir 0 centro, pos retire o intérprete esse lugar privilegiado e nfo o substitu — melhor: no desea subs. tituir — por ninguém. Se fer permitda a imagem, troca o circu het- rmenutico pea espiral das infinits interpretapdes. Sob est aspecto,

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