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IRRETROATIVIDADE DA LEI

A irretroatividade da lei é condição básica e necessária para a garantia ou manutenção da


segurança jurídica, um dos principais objetivos do Direito. Paulo Nader nos diz: “O
princípio da irretroatividade da lei consiste na impossibilidade de um novo Direito atuar
sobre fatos passados e julgar velhos acontecimentos.” Teríamos, dessa maneira, o
ferimento ou o desrespeito à coisa julgada, que é uma decisão judicial irrecorrível, não
admitindo qualquer modificação.
Deve-se observar que, se a nova lei pudesse interferir em um fato jurídico passado,
dando-lhe novo entendimento, teríamos, sem sombra de dúvidas, uma insegurança
jurídica total e todos os princípios que buscam a certeza ordenadora, passariam a ter
apenas valor relativo.
Em matéria criminal temos o seguinte dispositivo: “a lei penal não retroagirá, salvo para
beneficiar o réu”.

Na Constituição Federal de 1988 temos, em seu artigo 5º, o seguinte inciso:

“XXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa
julgada;”

Na Lei de Introdução ao Código Civil, encontramos, em seu artigo 6º, o texto a seguir:

“Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico
perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.”

Os dois próximos parágrafos nos trazem o conceito de ato jurídico perfeito e direito
adquirido segundo a Lei de Introdução ao Código Civil:

ATO JURÍDICO PERFEITO

“§ 1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao


tempo em que se efetuou.”

O ato jurídico perfeito é aquele já realizado, acabado segundo a lei vigente ao tempo em
que se efetuou, pois já satisfez todos os requisitos formais para gerar a plenitude dos
seus efeitos, tornando-se portanto, completo ou aperfeiçoado.

DIREITO ADQUIRIDO

“§ 2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por


êle, possa exercer, como aquêles cujo comêço do exercício tenha têrmo pré-fixo, ou
condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem.”

Para compreender melhor o conceito de direito adquirido, necessário se faz a análise do


conceito do direito subjetivo, que é a possibilidade de ser exercido, de maneira garantida,
aquilo que as normas de direito atribuem a alguém como próprio. Em outras palavras, é
um direito garantido por normas jurídicas e exercitável segundo a vontade do titular. Se o
direito subjetivo não for exercido, sobrevindo uma lei nova, tal direito transmuda- se em
direito adquirido, porque era um direito exercitável e exigível à vontade do seu titular e
que já tinha incorporado ao seu patrimônio, para ser exercido quando conviesse.

Entretanto, se o direito não configurava direito subjetivo antes da lei nova, mas sim mera
expectativa de direito, não se transforma em direito adquirido sob o regime da lei nova,
pois esta não se aplica a situação objetiva constituída sob a vigência da lei anterior.

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