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Universidade Estadual de Goiás – UEG

Unidade Universitária de Ciências Exatas e Tecnológicas – UnUCET

Estudos das propriedades químicas dos sais


duplos de compostos complexos

Acadêmicos: Lucas Rodrigues Ferreira


Lucas Sousa
Orientadora: Madalena
D Disciplina: Química inorgânica experimental II
J

Anápolis, 12 de março de 2010.


INTRODUÇÃO
No contexto da química de coordenação, o termo complexo significa um átomo
metálico ou íon central rodeado por um conjunto de ligantes. Um ligante é um íon ou molécu-
la que pode ter existência independente. Exemplo de um complexo é o [Co(NH3)6)]3+, no
qual o íon Co3+ está rodeado por seis ligantes NH3. O termo composto de coordenação é
usado para designar um complexo neutro ou um composto iônico no qual pelo menos um dos
íons é um complexo. Um complexo é a combinação de um ácido de Lewis (o átomo metálico
central) com várias bases de Lewis (os ligantes). O átomo da base de Lewis que forma a liga-
ção com o átomo central é chamado de átomo doador, porque ele que doa os elétrons usados
para formar a ligação. O átomo ou íon metálico, o ácido de Lewis do complexo, é o átomo
receptor.

Os compostos de coordenação são moléculas constituídas por um ou vários ácidos


de Lewis ligados a uma ou várias bases de Lewis. Os ácidos de Lewis podem ser metais de
transição e, neste caso, os compostos de coordenação também são chamados de complexos
metálicos.

Exemplo:

Cu2+ + 4NH3 ⇌ [Cu(NH3)4]2+

No caso dos complexos metálicos, estes são compostos neutros resultantes da a-


gregação de um complexo com um ânion. Um exemplo é o cloreto de hexaquocobre. As bases
são chamadas de ligante. Os ligantes são espécies ricas em elétrons e os metais que formam
complexos são íons com orbitais disponíveis para acomodar estes elétrons. A formação de
complexos é comum com metais de transição d e f.

As principais características das estruturas geométricas dos complexos metálicos


foram identificadas por Alfred Werner (1866-1919), profundo conhecedor da estereoquímica
orgânica. A teoria da coordenação de Werner, de 1893, foi a primeira tentativa de explicar a
ligação existente em complexos de coordenação. Esta teoria foi proposta antes da descoberta
do elétron por J.J. Thompson em 1896, e antes da formulação da teoria eletrônica de valência.
Essa teoria, e os 20 anos de trabalhosas pesquisas associados a ela, deu a Werner o prêmio
Nobel de Química de 1913. Werner não tinha à sua disposição nenhuma das modernas técni-
cas instrumentais, e todos os seus estudos foram feitos mediante a interpretação de simples
reações químicas. Werner foi capaz de explicar as principais características das estruturas
geométricas dos complexos metálicos, e concluiu que nos complexos o metal apresenta dois
tipos de valência. Valência primária corresponderia ao número de carga do íon complexo,
hoje chamado estado de oxidação. Valência secundária corresponderia ao número de ligantes
coordenados ao metal, hoje chamado de número de coordenação. Werner combinou a inter-
pretação de isomerismo óptico e geométrico com padrões de reações e com dados de conduti-
vidade elétrica num trabalho que ainda permanece como modelo de como usar, de maneira
efetiva e criativa, evidências físicas e químicas. As cores marcantes de muitos compostos de
coordenação de metais d e f, as quais são consequências das estruturas eletrônicas, eram um
mistério para Werner. Esta característica só foi elucidada quando as estruturas eletrônicas
passaram a ser descritas em termos de orbitais, no período de 1930-1960. Com a teoria de
Werner foi possível verificar que um número grande de moléculas e íons pode se comportar
como ligantes, e um grande número de íons forma complexos.
A teoria da coordenação de Werner, de 1893, foi a primeira tentativa de explicar a
ligação existente nos complexos de coordenação. Ele concluiu que esses compostos apresen-
aprese
tam dois tipos de valência:

Valência primária:éé o número de cargas no íon complexo. Por exemplo, no composto CoCl
Co 2,
2+ -
temos Co e mais dois átomos de Cl , portanto, temos 2 valências primárias.

Valência secundária: Se refere ao número de átomos ligantes coordenados ao metal central,


central
ou seja, é o Número de Coordenação do composto. Cada ligante doa um par de elétrons ao íon
metálico, formando uma ligação coordenada.

Os ligantes podem ser classificados conforme o número de átomos ligados ao íon


metálico. Ligantes que se coordenam através
através de um átomo são chamados de monodentados.
Ligantes que possuem mais do que um ponto de ligação são chamados como polidentados. Os
ligantes que se coordenam através de dois átomos são chamados de bidentados, aqueles com
três, como tridentados e assim por
por diante. Um exemplo é o ligante bidentado etilenodiamino
(en, NH2CH2CH2NH2), que forma um anel de cinco membros qundo os átomos de N se ligam
ao mesmo átomo metálico. Quando os dois nitrogênios efetuam ligação coordenada para um
mesmo átomo metálico, o ligante
ligante é dito quelante e o complexo pode ser chamado de quelato.
Quando cada um dos nitrogênios efetua uma ligação coordenada para um átomo metálico dis-di
tinto (estes metais podem ser iguais ou diferentes), a ligação é dita em ponte.

O ligante hexadentado, o ácido etilenodiaminotetraacético, na forma do seu ânion


[edta, (-O2CCH2)2NCH2CH2N(CH2CO2-)2], pode se ligar através de seis pontos (os dois áto-át
mos de N e os quatro átomos de O) e formar um complexo elaborado contendo cinco anéis de
cinco membros.

Figura 1 Figura 2

Ligantes ambidentados são aqueles que têm, potencialmente, mais de um átomo


doador diferente. Um exemplo é o íon tiocianato (NCS-),
(NCS ), que pode se ligar a um íon metálico
pelo N, formando complexos do isotiocianato, ou pelo átomo de S, formando complexos de
tiocianato. Os ligantess podem ser classificados também de acordo com a sua carga, ligantes
negativos (aniônicos), ligantes neutros (moléculas) e ligantes positivos (catiônicos). Os ligan-
liga
tes positivos são muito raros. Segue alguns exemplos:
São numerosos os íons negativos que desempenham o papel de ligantes em compostos de
coordenação. Eles podem ser classificados em dois tipos:

Monodentados: Ocupam um sítio de coordenação, onde os ligantes podem se ligar. Exem-


plos são os íons fluoreto, cloreto, cianeto e ligantes neutros, como a amônia e a água.

Polidentados: Ocupam mais de um sítio de coordenação. São chamados de Quelatos.

Quelatos: Quando o ligante ocupa mais de um sítio, formando assim, uma estrutura cíclica.
Estes compostos são mais estáveis que os monodentados. Quanto maior o número de anés
formados, maior será a estabilidade do composto. Exemplos: Etilenodiamina (en), (EDTA).
A teoria do campo cristalino considera que a interação entre os ligantes e o íon
metálico em complexos é de natureza puramente eletrostática e prevê que os níveis de energia
dos orbitais d do íon metálico perdem a degenerescência devido ao efeito produzido pelo
campo elétrico dos ligantes. Considerando-se um íon metálico M+ no centro de um sistema de
cargas elétricas puntiformes colocadas nos vértices de um octaedro, conforme figura:

Figura 3

Alguns orbitais d concentram-se em regiões mais próximas dos ligantes que os


outros, e os elétrons preferirão ocupar os orbitais que estiveram mais longe do ligante, con-
forme indicado na figura 4. Neste caso considerando os orbitais dz² e dx²-y² com lobos mais
concentrados nas vizinhanças dos ligantes e os orbitais dxy, dxz, dyz com lobos entre os li-
gantes obtém-se o seguinte diagrama de nível de energia:

Figura 4
Os orbitais dz² e dx²-y², de energias mais altas, são denominados eg, enquanto os
orbitais dxy, dzx, dyz denominados t2g apresentam menor energia, e ∆0 o – parâmetro de des-
dobramento do campo ligante - está associado à diferença de energia entre t2g e eg. Com racio-
cínio análogo, analisando uma estrutura tetraédrica, conforme figura 5 e 6, observa-se que os
orbitais dxy , dzx, dyz ficariam menos estáveis que os orbitais dz² e dx²-y², já que estes últi-
mos não estão tão concentrados na direção dos ligantes.

Figura 5

Tendo em vista as observações acima temos o diagrama do nível de energia abaixo


para sistemas tetraédricos:

Figura 6

Onde e refere-se aos orbitais dz² e dx²-y² enquanto que os orbitais dxy , dzx, dyz
são denominados t2, e ∆t está associado à diferença de energia entre t2 e e.Quando as distân-
cias cátion-ânion são iguais e o cátion e o anion são os mesmos nos casos octaédrico e tetraé-
drico tem-se que .

Alguns complexos costumam desviar-se da geometria octaédrica apresentando


distorções tetragonais, como por exemplo, complexos hexacoordenados de cobre(II). Essa
distorção é conhecida como distorção Jahn – Teller e corresponde a uma extensão ao longo do
eixo z e uma compressão nos eixos x e y. Assim todos os orbitais que tem componente em z
se estabilizam e os restantes se desestabilizam. Partindo-se de um sistema octaédrico, ocorre a
perda da degenerescência dos orbitais eg e t2g, pela redução na energia do orbital dz² e dxz e
dyz e o correspondente aumento da energia do orbital dx²-y² e dxy. Da mesma forma que po-
de ocorrer o alongamento ao longo do eixo z e compressão ao longo dos eixos x e y, poderá
ocorrer o inverso. E quando ocorre o salto de uma orientação para a outra temos o efeito Jahn-
Teller dinâmico.

Alongamento dos ligantes ao longo do eixo:

Figura 7

Compressão dos ligantes ao longo do eixo z:

Figura 8

Quanto aos complexos de geometria quadrada planar, típicos D4h, conforme apre-
sentado na figura 8, observa-se que deriva de uma estrutura octaédrica considerando os ligan-
tes ao longo do eixo z removidos. O parâmetro de desdobramento do campo ligante está asso-
ciado à diferença de energia entre dx²-y² e dxy.
Figura 9

O principal efeito dos ligantes, segundo a Teoria do campo Cristalino (TCC), é o


desdobramento dos níveis de energia correspondentes aos orbitais d do átomo central. No
caso mais simples, a interação do campo eletrostático gerado por seis ligantes idênticos distri-
buídos simetricamente ao redor do átomo central, simetria octaédrica, resulta no aumento da
energia dos orbitais d e na perda da degenerescência destes níveis, ou seja, os orbitais d do
átomo central dividem-se em 2 níveis de energia, t2g e eg..
A diferença de energia entre os dois conjuntos de orbitais denomina-se desdobra-
mento do campo cristalino ou desdobramento do campo ligante. Este desdobramento é repre-
sentado pelo parâmetro do desdobramento do campo cristalino ∆ ou 10 Dq. O símbolo ∆o é
empregado no caso específico de um complexo octaédrico. Em um íon octaédrico, em relação
ao baricentro, a energia de um orbital t2g é -0,4∆o e a de um orbital eg é +0,6∆o. Segue que a
energia resultante de uma configuração tx2g eyg em relação ao baricentro, que é chamada de
energia de estabilização do campo ligante (EECL), é: EECL=(0,4x-0,6y)∆o .

O termo energia de estabilização do campo cristalino (EECC) é muito usado no


lugar de EECL, mas esse termo é mais apropriado para íons nos cristais. A EECL é geralmen-
te apenas uma pequena fração da interação total entre o átomo metálico e os ligantes, a qual
aumenta da esquerda para a direita ao longo de um período devido ao decréscimo no raio dos
íons M2+ ao longo da série.
OBJETIVO
Estudar as propriedades químicas de íons complexos, sais duplos e compostos
complexos através de reações químicas.

MATERIAIS E EQUIPAMENTOS
1. Íons de um sal livre

• 2 tubos de ensaio
• 3 Pipetas Pasteur
• 3 béquers de 50mL

2. Íons de um sal livre e um sal complexo

• 4 tubos de ensaio
• 6 Pipetas Pasteur
• 6 béquers de 50mL

3. Compostos com íon complexo negativo

• 2 vidros relógio
• 6 Pipetas Pasteur
• 6 béquers de 50mL
• 1 tubo de ensaio

4. Compostos com íon completo positivo

• 5 Pipetas pasteur
• 2 tubos de ensaio
• 5 béquers de 50mL

5. Compostos complexos em reações de intercâmbio

• 1 tubo de ensaio
• 2 Pipetas Pasteur
• 2 béquers de 50mL

6. Decomposição de íons complexos

• Piceta
• Papel de Tornassol
• 3 béquers de 50mL
• 3 Pipetas Pasteur
7. Compostos complexos em reações de oxidação-redução

• 1 tubo de ensaio
• 3 béquers de 50mL
• 3 Pipetas Pasteur

REAGENTES
1. Íons de um sal livre

• Sulfato duplo de alumínio e potássio


• Hidróxido de sódio
• Cloreto de bário

2. Íons de um sal livre e um sal complexo

• Cloreto de ferro III


• Sulfato de amônio
• Tiocinato de potássio
• Ferrocianeto de potássio

3. Compostos com íon complexo negativo

• Nitrato de prata
• Iodeto de potássio
• Cloreto de cobalto II
• Tiocianato de potássio
• Cloreto de zinco
• Hidróxido de sódio

4. Compostos com íon completo positivo

• Nitrato de prata
• Cloreto de bário
• Sulfato de cobre
• Hidróxido de sódio
• Amônia

5. Compostos complexos em reações de intercâmbio

• Cloreto de ferro III


• Ferrocianeto de potássio
6. Decomposição de íons complexos

• Água destilada
• Ácido clorídrico
• Hidróxido de sódio
• Sulfeto de sódio

7. Compostos complexos em reações de oxidação-redução

• Peróxido de hidrogênio
• Hidróxido de potássio
• Ferrocianeto de potássio

PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS
1. Íons de sal duplo

Em dois tubos de ensaio colocamos 2mL de solução de sulfato duplo de alumínio


e potássio. Adicionamos em um deles algumas gotas de solução de hidróxido de sódio e no
outro, solução de cloreto de bário.

2. Íons de um sal simples e um sal complexo

a) Colocamos 2mL de solução de cloreto de ferro III em dois tubos de ensaio, adiciona-
mos em um deles gotas de solução de sulfato de sódio e no outro solução de tiocianato
de potássio.

b) Colocamos 2mL de solução de K4[Fe(CN)6], em dois tubos de ensaio. Adicionamos


em um deles algumas gotas de solução de sulfato de amônio e no outro, solução de tio-
cianato de potássio.

3. Compostos com íon complexo negativo

a) Colocamos em um vidro relógio duas gotas de solução saturada de nitrato de prata e


adicionamos algumas gotas de solução saturada de iodeto de potássio até o precipitado
de dissolver todo o precipitado. Guardamos essa solução para um experimento poste-
rior.
b) Colocamos em um vidro relógio 4 gotas de solução saturada concentrada de cloreto de
cobalto II e adicionamos tiocianato de amônio. Guardamos essa solução para um expe-
rimento posterior.

c) Colocamos 1mL de uma solução de zinco em um tubo de ensaio e adicionamos 3 go-


tas de uma solução de hidróxido de sódio até que se formasse um precipitado branco.
Adicionamos mais hidróxido, como excesso, e observamos o que aconteceu.
4. Compostos com um íon complexo positivo
Pegamos 10mL de solução aquosa de nitrato de prata e misturamos com 10mL de
solução aquosa de cloreto de bário, ocorrendo uma reação de dupla-troca. Deixamos o tubo de
ensaio com o produto desta reação em repouso por cinco minutos para decantar o líquido e
formar a maior quantidade de precipitado possível.
Em seguida, pegamos 10mL de solução aquosa de sulfato de cobre e misturamos
com 10mL de solução aquosa de hidróxido de sódio, ocorrendo uma reação de dupla-troca.
Deixamos o tubo de ensaio com o produto desta reação em repouso por cinco minutos para
decantar o líquido e formar a maior quantidade de precipitado possível.
Após esse período, adicionamos excesso de amoníaco em cada tubo de ensaio.
Ao adicionarmos no tubo onde havia cloreto de prata notou-se o desaparecimento do precipi-
tado branco e a formação de uma solução incolor. Ao adicionamos no tubo onde havia hidró-
xido de cobre notou-se o desaparecimento do precipitado azul e a formação de uma solução
azul marinho escuro.

5. Compostos complexos em reações de intercambio

Colocamos 2mL de solução de solução diluída e acidulada de cloreto de ferro III.


Adicionamos o mesmo volume de solução de ferrocianeto de potássio.

6. Decomposição de íons complexos

a) Pegamos a soluções do composto que ficou no vidro de relógio no experimento 3 e,


nele, adicionamos água. Observamos as alterações.

b) Adicionamos acido nítrico vagarosamente, gota-a-gota, ao complexo de prata do expe-


rimento 4 até obtermos uma solução ácida (comprovando isso com papel tornassol).

c) Dividimos em duas partes a solução azul de amoníaco de cobre formado na experiên-


cia do item 4. A uma parte adicionamos solução de hidróxido de sódio até que se obti-
vesse alguma mudança, à outra parte adicionamos solução de sulfeto de sódio (essa
parte foi feita na capela).

7. Compostos complexos em reações de oxidação-redução

Em um tubo de ensaio misturamos cerca de 2mL de uma solução de peróxido de


hidrogênio em hidróxido de potássio. Depois adicionamos 2mL de solução de ferrocianeto de
potássio.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

1. Íons de sal duplo

A mistura do sulfato duplo de alumínio e potássio com o hidróxido de sódio gerou ra-
pidamente um precipitado cristalizado e branco. O hidróxido de alumínio é o precipi-
tado formado nessa mistura. Esta reação é demonstrada a seguir:
K+Aℓ3+(SO4)22-(aq) + Na+OH-(aq) → AℓOH3(s) + KOH(aq) + 2Na2SO4(aq)

A mistura do sulfato duplo de alumínio e potássio com o cloreto de bário gerou um


precipitado branco e gelatinoso. Este precipitado formado nesta reação será o sulfato
de bário. Esta reação é demonstrada a seguir:

• K+Aℓ3+(SO4)22-(aq) + Ba2+Cℓ2-(aq) → KCℓ(aq) + AℓCℓ3(aq) + BaSO4(s)

1. Íons de um sal simples e um sal complexo

a) A mistura do cloreto de ferro III com a solução de sulfato de sódio gerou um precipi-
tado gelatinoso de cor marrom. Este precipitado formado é o sulfeto de ferro. Esta rea-
ção é demonstrada a seguir:

• 2Fe3+Cℓ-3(aq) + 3Na2S2-(aq) →6 NaCℓ(aq) + Fe2S3(s)

A mistura do cloreto de ferro III com a solução de tiocianato de potássio gerou uma
solução com uma coloração vermelha bem intensa, como cor de sangue. Esta reação é
demonstrada a seguir:

• Fe3+Cℓ-3(aq) + 6K+SCN-(aq) → k3[Fe(SCN)6](aq) + 3KCℓ(aq)

b) Os experimentos realizados no item b não obtiveram precipitados, pois o ferro no pro-


duto participa de uma esfera de coordenação, então não pode ser rompido da mesma,
ao menos que haja uma reação com um ácido ou uma base.

• K4[Fe(CN)6](aq) + (NH4)2SO4(aq) → não ocorreu

• K4[Fe(CN)6](aq) + K+SCN-(aq) → não ocorreu

2. Compostos com íon complexo negativo

a) Quando adicionamos o nitrato de prata na solução de iodeto de potássio houve a for-


mação de um precipitado amarelado de aparência viscosa (AgI), como a de um sabo-
nete liquido. Esse precipitado reage com o iodeto de potássio que ainda não reagiu e
faz a mistura ficar homogênea e incolor, o que indica a formação do íon complexo. As
reações dessa mistura podem ser demonstradas da seguinte maneira:

• Ag+NO3-(aq) + 2K+I-(aq) → AgI(s) +KI(aq) + KNO3(aq)

• KI(aq) + AgI(s) → K[AgI2](aq)


b) A reação de cloreto de cobalto II com tiocianato de amônio, pois o cloreto de cobalto
II estava acidificado.

• CoCl2(aq) + NH4SCN(aq) → não ocorreu.

c) Quando misturamos a solução de zinco com o hidróxido de sódio houve a formação de


um precipitado gelatinoso e branco. Este precipitado é o hidróxido de zinco. A reação
pode ser escrita da seguinte maneira:

• Zn2+Cℓ-2(aq) + 2Na+OH-(aq) → Zn(OH)2(s) + 2NaCl(aq)

3. Compostos com íons complexos positivos

TUBO 1 - 2AgNO3(aq) + BaCl2(aq) 2AgCl(s) + Ba(NO3)2(aq)

Esta foi a reação de nitrato de prata e o cloreto de bário realizada em laboratório,


uma reação de dupla troca. Houve a formação de cloreto de cobre, um precipitado branco,
logo um composto insolúvel. Além da formação do nitrato de bário, um composto aquoso
incolor, logo um sal solúvel.

TUBO 2 - CuSO4(aq) + 2NaOH(aq) Cu(OH)2(s) + Na2SO4(aq)

Esta foi a reação de sulfato de cobre e o hidróxido de sódio sintetizada em labora-


tório, uma reação de dupla troca. Houve a formação de hidróxido de cobre, um precipitado
azul, logo um composto insolúvel. Além da formação do sulfato de sódio, um composto a-
quoso azul claro, logo um sal solúvel.

• Ao adicionarmos excesso de amoníaco a cada tubo de ensaio, após a formação do pre-


cipitado e deixar os tubos em repouso durante cinco minutos, ocorreram as seguintes reações:

TUBO 1 - 2NH3(aq) + AgCl(s) [Ag(NH3)2]+Cl-(aq)


Cloreto diaminprata I

Através desta reação houve a formação do cloreto diaminprata I, notando-se o de-


saparecimento do precipitado (cloreto de prata) e a formação de uma solução incolor, Assim,
observou-se que ao acrescentar amônia à solução o sólido se dissolveu e a solução ficou inco-
lor.

TUBO 2 - Cu(OH)2(s) + 4NH3(aq) [Cu(NH3)4]2+ + 2OH-


Tetra-amincobre II
Através desta reação houve a formação do cloreto tetra-amincobre II, notando-se
o desaparecimento do precipitado (hidróxido de cobre) e a formação de uma solução azul ma-
rinho escuro. Assim, observou-se que ao acrescentar amônia à solução o sólido se dissolveu e
a solução ficou azul marinho escuro.

4. Compostos complexos em reações de intercambio


Quando misturamos a solução de cloreto de ferro com a solução de ferrocianeto
de potássio observamos a mudança de coloração. A mistura dessas soluções se verteu em uma
solução com precipitado de coloração azul bem intensa, conhecido como azul da prúcia. A
reação é escrita da seguinte maneira:

• 4Fe3+Cℓ-3(aq) + 3K4+[Fe2+(CN)6-]4+(aq) → Fe4[Fe(CN)6]3(s) + 12KCl(aq)

5. Decomposição de íons complexos

a) Quando diluímos água na solução presente no vidro de relógio, observamos a forma-


ção de uma substancia ligeiramente esbranquiçada. Quando a água foi adicionada, ob-
teve-se um equilíbrio, demonstrado na seguinte reação:

• AgI(aq) + KI(aq) ⇌ [AgI2]1- + H2O

b) Adicionamos algumas gotas de ácido nítrico na solução da experiência. Para conferir-


mos a acidez na solução, usamos um pedaço de papel tornassol azul. Quando o inse-
rimos no tubo de ensaio, comprovamos realmente que a solução tornou-se acida, pois
o papel adquiriu a coloração vermelha. A reação pode ser descrita da seguinte manei-
ra:

2[Ag(NH3)2]+Cl-(aq) + 4HNO3(aq) → AgCℓ(aq) + 3NH3NO3(aq) + AgNO3(aq) + NH3Cl(aq) + 4H+

c) Dividimos o amoniacato de cobre da experiência 4 em dois tubos de ensaio. Quando


adicionamos solução de hidróxido de sódio em um dos tubos, observamos que ocorreu
a troca de coloração de azul marinho para azul claro. A reação pode ser descrita da se-
guinte maneira:

• [Cu(NH3)4]2+(aq) + 2NaOH(aq) → Cu(OH)2(s) + 4NH3+(aq) + 2Na+(aq)

• [Cu(NH3)4]2+(aq) + Na2S → CuS(s) + 4NH3+(aq) + 2Na+(aq)


7. Compostos complexos em reações de oxidação-redução

Ao misturarmos peróxido de hidrogênio e hidróxido de potássio notamos a forma-


ção de bolhas, devido à formação de oxigênio, como pode ser observado na reação abaixo:

• H2O2(aq) + 2KOH(aq) → ½ O2(g) + KOH(aq)

Após a saída do gás oxigênio, adicionamos ferrocianeto de potássio à solução. Em


seguida, notamos o desaparecimento da cor amarelada, cor característica do ferro.

• 2KOH(aq) + K4[Fe(CN)6](aq) → 6KCN(aq) + Fe(OH)2(aq)

CONCLUSÃO

Em suma, as reações para o estudo das propriedades químicas dos sais duplos de
compostos complexos foram bem sucedidas. E por meio dos experimentos foi possível efetuar
as análises necessárias nas diferentes etapas dos procedimentos, aplanando os conhecimentos
a cerca das técnicas e teorias utilizadas, assim, atingindo o objetivo da aula prática.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

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