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Tefé/AM
2013
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Tefé/AM
2013
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FICHA CATALOGRÁFICA
p.52.
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TERMO DE APROVAÇÃO
Banca Examinadora:
(CEST/UEA)
(CEST/UEA)
(CEST/UEA)
Tefé/AM
2013
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DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTOS
RESUMO
LISTA DE SIGLAS
CF - Constituição Federal
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.............................................................................................................10
INTRODUÇÃO
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das analises sistematizadas um rol de interpretações das heranças deixadas pelos nossos
antepassados.
Para a melhor compreensão do termo patrimônio e de seu significado, tornou-se
necessário que fosse feito à busca na etimologia da palavra para nos situarmos diante de
tal conceito. “O termo patrimônio, em inglês heritage, em espanhol herencia, traz no
conjunto de seu significado uma relação estreita com a idéia de herança: algo a ser
deixado ou transmitido para as futuras gerações” (CANANI, 2005, p.165), sendo que
precisamos ter o discernimento que no decorrer na historia da humanidade essa idéia de
ter que deixar algum legado para futuros sucessores era um dos privilégios de poucas
pessoas, ou seja, dos aristocratas.
O termo patrimônio para FUNARI & PELEGRINI, (2006, p.10) “é uma palavra
de origem latina, patrimonium, que se referia, entre os antigos romanos, a tudo o que
pertencia ao pai, pater ou pater famílias, pai de família”, sendo que é de suma
importância, termos a noção das profundas diferenças que esses termos esconderam em
seus significados, principalmente porque a sociedade romana era muito diversa da
sociedade atualmente.
O conceito de patrimônio é oriundo do setor privado em que estavam ligados aos
interesses aristocráticos, logo nessa sociedade romana quem tinha a possessão dos bens
patrimoniais eram os aristocráticos, por serem proprietários e também por possuírem
escravos. “O patrimônio era patriarcal, individual e privativo da aristocracia” (FUNARI
& PELEGRINI, 2006, p.10), assim, quem não possuísse essas características logo não
era possuidor de qualquer patrimônio.
Nota-se que essas foram algumas das diferenças em que os termos pater,
patrimonium e família ocultavam, e que diferenciavam a sociedade romana da
sociedade atualmente. Sandra C. A. Pelegrini& Pedro Paulo A. Funari argumentam que
o:
conceito de patrimônio cultural, na verdade, está imbricado com as
identidades sociais e resulta primeiro das políticas do estado nacional e, em
seguida, do seu questionamento no quadro da defesa da diversidade.
Patrimônio cultural associou-se, nos séculos XVIII e XIX com a nação, com
a escolha daquilo que representaria a nacionalidade, na forma de
monumentos, edifícios ou outras formas de expressão. Podiam ser objetos
antigos, como construções modernas ou, mais provavelmente, uma mescla
nova de ambos (2008, p.28).
Observa-se através dos argumentos dos teóricos que a palavra patrimônio está
sucedida do termo cultura, sendo que o termo “patrimônio cultural” só veio a ser usado
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no Brasil através da Constituição Federal de 1988, no seu artigo 16. Como o nosso
objetivo no momento é a cerca da origem da palavra patrimônio e, observa-se que tal
palavra citada acima está seguida do termo cultura, pensa-se que para melhor
desenvolvimento deste trabalho nesse momento, este termo não será discutido, mas isso
não significa que deixaremos de nós pronunciarmos diante do conceito de cultura, sendo
que mais adiante será abordada com mais cautela, devido o mesmo constituir-se como
parte significante para tal discursão.
Ao observarmos os argumentos dos teóricos nota-se que o uso do termo
patrimônio, diferentemente de como era utilizado no mundo clássico e no medievo,
passou a ser empregada pela sociedade moderna como designação de uma identidade
nacional, uma politica do estado nacional e pela defesa da diversidade, em que no
século XVIII e XIX este termo referiu-se principalmente para o mais novo contexto
histórico que estava surgindo na Europa, ou seja, a formação dos Estados nacionais, que
para (FUNARI e PELEGRINI, 2006, p.15) “era o que faltava para desencadear uma
transformação radical no conceito de patrimônio”. Assim, como os argumentos desses
teóricos, Maria Cecília Londres Fonseca argumenta que a
Segundo Maria Cecília Londres Fonseca, nesse período do século XVIII “as
ações deliberadas, voltadas para a preservação de monumentos, eram ocasionais, e,
quando ocorriam, eram realizadas pelos seguimentos sociais dominantes” (FONSECA,
1997, p. 57).
Dessa forma, entende-se que não eram as pessoas que faziam parte do Terceiro
Estado, que moviam ações de prevenção direcionadas aos patrimônios, mas a
aristocracia e o clero, porque entre os romanos os 96% que faziam parte da população
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É um conjunto de ações, realizadas pelo poder público e alicerçado por legislação específica, que visa
preservar os bens de valor histórico, cultural, arquitetônico, ambiental e afetivo, impedindo a sua
destruição e/ou descaracterização. É o ato de tombar, ou seja, inventariar, arquivar, registrar coisas ou
fatos relativos a uma especialidade ou região, para proteger, assegurar, garantir a existência por parte de
algum poder. A origem desse termo é de Portugal, vem da Torre do Tombo, ou do Arquivo (uma das torres
do Castelo de São Jorge), onde eram guardados documentos importantes que hoje fazem parte do Arquivo
Central do Estado Português.
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.
É notório no que determina a Constituição Federal (1988) no seu artigo 216, a
ênfase no termo cultura, bens de natureza material e imaterial. Com efeito, cabe destacar
o termo cultura, “entendido como as manifestações políticas, econômicas, sociais e
culturais de uma dada sociedade. Patrimônio percebido enquanto o conjunto de bens
culturais que se refere à identidade de um grupo, nação ou coletividade” (CANANI,
2005, p. 1). Pelegrini e Funari argumentam que a palavra cultura:
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é das mais antigas, sendo usada em latim, há mais de dois mil anos, para
designar o cultivo da terra (de onde deriva o termo “agricultura”). O sentido é
bastante concreto: plantar, cuidar da plantação, colher, tudo isso faz parte da
cultura (2008, p.11).
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“O Instituto de Patrimônio histórico e Artístico Nacional – IPHAN é uma autarquia federal vinculada ao
Ministério da Cultura, responsável por preservar a diversidade das contribuições dos diferentes elementos
que compõem a sociedade brasileira e seus ecossistemas. Esta responsabilidade implica em preservar,
divulgar e fiscaliza os bens culturais brasileiros, bem como assegurar a permanência e usufruto desses
bens para a atual e as futuras gerações. O IPHAN foi criado pelo Decreto-Lei n°25, de 30 de novembro de
1937, no governo do então presidente, Getúlio Vargas” (IPHAN, 2013).
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Brasil”, obra está em que a autora buscou avaliar as ações desenvolvidas durante o
período de 2000 a 2010.
QUADRO 1
É de suma importância para que esse quadro cada vez mais se multiplique, que a
sociedade e os órgãos públicos tenham o interligamento de interesses em prol de ações
dessa importância, e essas ações devem partir tanto dos órgãos como os IPHAN, como
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Bens móveis integrados são objetos e elementos artísticos integrados à arquitetura, como retábulos,
altares, forros pintados, painéis de azulejos, peças entalhadas, etc.
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Existem conjuntos urbanos com poucos imóveis, outros com algumas dezenas e alguns com milhares de
bens. Os maiores são: Salvador, São Luís, Ouro Preto, Olinda, Diamantina, Penedo e Cachoeira, com
cerca de 2 mil imóveis compondo as áreas tombadas. Paraty, Goiás, Tiradentes, Parnaíba, Laguna, São
Cristóvão, Corumbá e Marechal Deodoro aproximam-se dos mil imóveis. A maioria das cidades inclui em
média 300 a 400 imóveis.
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Chafarizes, açudes, pontes, aquedutos, bebedouros, pátios ferroviários.
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A responsabilidade pela proteção das paisagens naturais é compartilhada entre Iphan e Ibama.
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pela sociedade que vem atuando para que essa idéia não fique somente no papel. Ou
seja, as ações que são tomadas pela sociedade são de fundamental importância,
entretanto essa prática que deve ser exercida diariamente.
Diante do que foi observado nota-se que é através das ações dos cidadãos que os
patrimônios culturais constituem-se de suma importância para a sociedade. “A
valorização desse tipo de patrimônio visa a aspectos da vida social e cultural” (VOGT,
2008, p.16), mas, para que isso ocorra devem-se haver políticas educacionais voltadas
especificamente para a realização da mediação entre sociedade, patrimônio cultural e os
órgãos públicos, pois a sociedade precisa ter conhecimento dessa importância, para que
assim a mesma se sinta parte ‘desse’ patrimônio, é dessa forma que se torna
fundamental a utilização de uma Educação Patrimonial, em que os patrimônios sejam
utilizados além de fonte primária de conhecimento, mas acima de tudo como exercício
de cidadania.
QUADRO 2
Cabe ressaltar que além dessa obra existem outras como por exemplos: o
“Manual – Diretrizes para a Educação Patrimonial, elaborado pela equipe técnica do
Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais – IEPHA-MG,
em que traz estampado em suas páginas diversas sugestões de atividades para a
Educação Patrimonial como, por exemplo: elaboração de questionários, pesquisas,
relatórios, álbuns, visitas/excursões, jogos/brincadeiras, exploração/apropriação”, há
também o “Manual de atividades práticas de Educação Patrimonial (2007), elaborado
por Evelina Grunberg, no qual “tem como objetivo apresentar atividades que possam ser
desenvolvidas com crianças, jovens e adultos que frequentam ou não o ensino formal”
(Grunberg, 2007, p.4), entre as diversas atividades sugeridas pela autora apresento-lhes
uma no qual tem como titulo “Uma edificação, uma descoberta – Uma observação
detalhada”:
Essa atividade nos mostra mesmo que de forma superficial, caso queiramos,
como fazer uma observação detalhada de um Edifício histórico, é preciso ter em mente
que o processo de educação patrimonial é muito mais complexa, onde se tem que buscar
meios para que diferentes tipos de pessoas possam assimilar conhecimentos a partir dos
patrimônios culturais.
A Educação Patrimonial segundo PORTA (2012, p.81) “visa promover tanto a
disseminação de informações sobre o patrimônio cultural como a utilização desse
patrimônio como fonte de conhecimento e aprendizado”, sua utilização nas escolas se
tornam possível devido à mesma ser subsidiada através da Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996, em que o seu artigo 26
determina que os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base
nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento
escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da
sociedade, da cultura, da economia e da clientela.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997), especificamente o de Pluralidade
Cultural que estampa em sua página como um dos seus objetivos que as escolas devem
proporcionar aos discentes meios que os mesmo possam conhecer e valorizar a
pluralidade do patrimônio sociocultural brasileiro. Os agentes sociais das escolas devem
buscar conhecer as literaturas pertinentes sobre Educação Patrimonial, PCN -
Pluralidade Cultural, os projetos que já foram desenvolvidos, Leis, etc. Porque somente
assim, as escolas terão através das atividades desenvolvidas pela Educação Patrimonial
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A utilização bens patrimoniais nas salas de aulas podem e deve ser utilizado
pelos professores, basta lembrarmos e consultarmos os diversos trabalhos que já foram
desenvolvidos, no qual trazem em seu bojo experiências significativas que contribuem
para que os discentes e docentes possam desenvolver suas atividades escolares
especificamente direcionados aos bens patrimoniais, ou seja, esse processo educacional
deve ser utilizado pelos educadores devido há diversas justificativas, e entre as diversas
justificativas exponho uma que trata a educação patrimonial como um processo:
Nos demais setores que compõem a estrutura da sociedade tefeense como, por
exemplo, o lado politico que gera o destino desta cidade, talvez não seja muito diferente
das demais cidades, onde há várias disputas acirradíssimas onde a ética e a moral que
deveriam ser levada á sério como princípios norteadores para as eleições, são
simplesmente ignoradas antes e durante e após as eleições, é certo que esse quadro deve
ser mudado, mas isso não vai acontecer da noite para o dia, mas a certeza que tenho é
que isso um dia vai mudar, mas para que ocorra essa e outras mudanças é preciso que as
pessoas mudem suas concepções intelectuais, e o CEST deve assim como os demais
espaços da sociedade tefeense ter autonomia para gerir ações que possam mudar essa
estrutura que está instalada apenas para suprir os interesses de uma minoria de pessoas,
enquanto a maioria sofrer as consequências como, por exemplo, a falta de uma
educação de qualidade, postos de saúde que possam suprir as necessidades dos
enfermos, qualificação profissional dos trabalhadores, como também melhores
condições nos locais de trabalho, e muitas outras problemáticas que precisam ser
resolvidas.
Além disso, relembro que até o prédio da prefeitura já foi incendiado, no qual
em decorrência desse fato vários documentos oficiais foram perdidos, ressalto também
que ainda ocorrem as faltas de energia (mais conhecidos como apagões) que vêm se
perpetuado há anos e tornando está cidade literalmente em Tefé em trevas (devido à
escuridão, calor e aos ataques das carapanãs), sendo que durante o dia essa situação
prejudica os diversos setores como, por exemplo, as Agências Bancárias, Casas
Loterias, Supermercados, Escolas, as secretarias municipais, cartórios, etc. Ou seja,
essas realidades devem ser mudadas!
Já em relação aos dois patrimônios culturais da cidade de Tefé, em que essa
monografia tem como foco de estudo, ou seja, o Seminário de São José (patrimônio
material) e a Feira de Tefé (patrimônio imaterial), esse bens culturais precisam ser
inventariados para que se possam ser tombados, é importante ressaltar que essas ações
devam ocorrer nos entrelaçamentos das ações da comunidade e dos órgãos públicos,
para que assim não ocorra apenas a preservação desses bens culturais, mas que esses
bens sejam utilizados constantemente pela sociedade tefeense, pois esses bens são uns
dos maiores legados que compõem a cidade de Tefé, principalmente porque possuem
características próprias dessa sociedade, além disso, a Constituição Federal do Brasil
(1988), em seu artigos 15 e 16, sobre essa situação.
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França, talvez seja pelo não-registros dos missionários do Espírito Santo, ou por uma
característica da história positivista, onde na história só há espaço para a classe
dominante, e como se sabe a igreja faz dessa classe na história do Brasil. Segundo Silva:
Essas características que foram citadas acima, atualmente ainda são bastante
nítidas, mesmo em decorrências da falta de preservação específica, principalmente em
se tratando dos trabalhos de manutenção e reparos devidos às deteriorações, observa-se
através das fotografias de Wandresson Rodrigo Martins de Castro (repórter da Rede
Amazônica), que mesmo devido à falta de preservação específica dos órgãos
municipais, ainda há muito a se fazer por esse monumento. Atualmente vem ocorrendo
no Seminário São José a troca do seu telhado, como se pode ver nas fotografias abaixo,
observa-se também que não há nenhuma placa indicando o valor da obra, os técnicos
responsáveis pela obra, prazo de entrega, etc.
IMAGEM 1
Essas
Fonte: imagensRodrigo
Wandresson tornam-se nítidas
Martins para
de Castro que se
– Fotos possa no
efetuadas refletir
domingosobre essas situações,
de 13/10/2013.
o problema não está porque estão trocando o telhado, mas aos riscos de
descaracterização desse edifício. A sociedade tefeense entre todas as suas esferas sócias
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e políticas, precisam tomar posse desse patrimônio cultural, para que assim sejam
tomadas ações que possam gerir o rumo mais especifico para inventariar e o tombar este
edifício significativo para a história da região, sendo que essas atitudes devem ser
realizadas antes que a natureza venha a colocar literalmente o seminário por água a
baixo, pois a cada cheia dos rios, às águas dos rios vem comprometendo toda a estrutura
IMAGEM 2
física desse edifício, no qual como se pode ver na fotografia abaixo que o muro deste
edifício já se encontra totalmente comprometido, assim colocando no grau maior de
risco toda a estrutura deste edifício.
Entretanto, o que se deve fazer de forma emergência para preservação deste
edifício é a construção de um muro no qual possa diminuir os riscos que o mesmo se
encontra exposto, além disso, a sociedade como o todo deve buscar ações que possam
Fonte: Wandresson Rodrigues Martins de Castro – Fotos efetuadas no domingo de 13/10/2013.
reconhecer oficialmente este edifício como patrimônio histórico do município de Tefé.
Apesar de não ter uma área adequada, ampla e nem organizada, tem muito a
dizer sobre essa região e seus habitantes. A feira municipal de Tefé é
carregada de significados e memórias coletivas para além das relações
econômicas capitalistas. Ali se entrelaçam a cultura do campo e da cidade,
modos de vidas diferentes, consumidores da região, de diversas partes do
Brasil e às vezes do mundo, construindo, na apropriação daquele espaço,
territórios complexos de relações, sobretudo dos trabalhadores. Cada
trabalhador que por ali vende os seus produtos troca bens simbólicos entre o
comprador e vendedor (CUNHA, 2011. p.31).
Ou seja, esse espaço é muito mais que um local de comercialização dos produtos
agrícolas e outros derivados. Todavia, é importante buscarmos entender o contexto
histórico de como se originou esse espaço, em que devido a crescimento populacional
da cidade, tornava-se necessário que fosse construído um local fixo para
comercialização e armazenamento dos produtos agrícolas para suprir uma das
necessidades básica dos seres humanos, a alimentação.
Antes da construção da primeira feira no município de Tefé, os feirantes
colocavam seus produtos dentro de tabuleiros e bacias, e saiam caminhados pela cidade
para comercializarem os produtos, enquanto outros vendiam pelas esquinas e calçadas,
pois não havia um lugar próprio para a comercialização dos produtos. No decorrer da
década de 1970-80,
O espaço onde está localizada atualmente a feira foi inaugurado, em 1996, sob
mínimas condições em sua estrutura física, onde os feirantes eram submetidos a colocar
os seus produtos sob as lonas que ficavam sobre o chão. Assim, o que se percebe é que
através desses atos “inconscientes” dos agricultores e feirantes, esses produtos
colocavam em risco a saúde dos consumidores, pois o único local que se tinha era esse
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Os feirantes são aquelas pessoas que possuem seus boxes e que todos os dias
estão comercializando seus produtos que podem ser frutas, legumes,
verduras, vendedores de farinha, alimentação, banana, artesanatos e estivas.
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IMAGEM 3
Fonte: Wandresson Rodrigo Martins de Castro - Fotos efetuadas no domingo de 13/10/2013
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independente de idade ou séries, possam não apenas usufruir desses ambientes, mas que
os discentes assimilem todas as complexidades que dinamizam e que fazem com que
estes bens culturais sejam reconhecidos como patrimônios culturais. Entretanto, essas
propostas devem ser analisadas minuciosamente pelos os docentes, para que assim os
mesmo possam a adapta-las de utiliza-las da melhor forma possível.
Observação
Observar o que se vê e pensar a respeito. Usar jogos de comparação com fotos
antigas e recentes, visita ao prédio, etc.
Objetivo
Fixar o conhecimento percebido.
Desenvolver a memória.
Pesquisa / Exploração
Discutir com os alunos ou grupo sobre conceitos e dúvidas. Desenvolver
trabalhos sobre o tema com entrevistas, pesquisas em livros, jornais, etc.
Objetivos
Desenvolver a capacidade de análise e de critica.
Aprender a interpretar os fatos e acontecimentos.
Exemplo de trabalho a ser realizado:
Quais as mudanças que ocorrem no prédio desde a sua construção?
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Objetivos
Apropriação do bem como patrimônio cultural.
Valorização da cultura local.
Objetivo: ()
CONSIDERAÇÕES FINAIS
mundo clássico e no mundo medieval, entretanto o uso deste termo a partir do final do
século XVIII durante a Revolução Francesa, ou seja, na noite de 14 de junho de 1789,
quando o povo tomou conta das ruas em marcha, começou a receber o novo estereotipo
diferente que era usada na sociedade antiga e medieval, em que o termo patrimônio
referenciava aos legados deixados pelos aristocratas, no qual se constituíam entre
objetos e obras de arte.
Assim, em decorrência dos motins e da destruição dos monumentos e obras de
artes que vinham acontecendo nesse período, (no qual temos como exemplo clássico a
queda da Bastilha), foram criadas as comissões que tinham como atribuições criar ações
para a preservação dos monumentos e obras de arte que representam o estado nacional
francês. No decorrer das duas guerras mundiais também foram tomadas atitudes para a
preservação dos monumentos e obras de arte, a ONU no qual criou a UNESCO, em que
veio fazendo subsídios para a preservação dos patrimônios, tornou-se como ponto de
referências para as ações em diversos países.
No Brasil essas preocupações aos bens patrimoniais também teve em principio
ligações referente à identidade nacional brasileira, principalmente com o Estado Novo
durante o período do governo de Getúlio Vargas. As primeiras ações que foram tomadas
foi através do ministro da educação Gustavo Capanema, que solicitou a Mário de
Andrade que elaborasse um anteprojeto para a criação do Instituto Preservacionista,
logo veio à criação do Decreto-Lei n°25, de 30 de novembro de 1937, mais conhecida
como a Lei do Tombamento e do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico – SPHAN,
no qual esse órgão tinha como atribuições fazer o tombamento dos patrimônios
históricos e artísticos brasileiro, ou seja, durante muitos anos tudo o que era
tombamento era o que representava a elite da sociedade brasileira. Esse quadro só
começou mudar através da Constituição Federal de 1789, que modifica tanto a
nomenclatura, quanto a determinação do que são considerados como bens culturais do
Brasil, em seu artigo 16, que constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de
natureza material e imaterial. A partir de 1983, no museu Imperial foram realizadas as
propostas que em os monumentos históricos fossem utilizados como fonte primária de
conhecimento, sendo que essas ações foram direcionadas especificamente para os
museus, em decorrências do Guia Básico de Educação Patrimonial e de outras obras,
esses trabalhos têm a cada dia sendo elaborados por diversas partes do Brasil.
Diante de tudo o que foi abordado chegou a tal reflexão que tanto o Seminário
de Tefé, quanto a Feira Municipal de Tefé, possa ainda mais, devem ser explorados
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REFERÊNCIAS
CASTRO, Maria Laura Viveiros de, CASTRO, Maria Laura Viveiros, FONSECA,
Maria Cecília Londres. Patrimônio imaterial no Brasil. Brasília: UNESCO, Educarte,
2008.
CASTRO, Suzi de. Estamos satisfeito com a feira em Tefé? Monografia. Mamirauá –
Tefé, 2006.
FONSECA, Maria Cecília Londres. Para além da pedra e cal: por uma concepção ampla
de patrimônio cultural. In: Regina Abreu, Mário Chagas (orgs.). Memórias e
patrimônios: ensaios contemporâneos. Rio de Janeiro: DP&A, 2003.
SILVA, Gleibe Monteiro da. Otimização dos espaços do prédio Seminário São José
da Prelazia de Tefé. Relatório apresentado a Universidade do Estado do Amazonas do
Centro de Estudos superiores de Tefé para a obtenção do grau de Cientista Político –
Tefé-Am – 2006.
TOMAZ, Paulo Cesar Fênix – Revista de História e Estudos Culturais Maio/ Junho/
Julho/ Agosto de 2010 Vol. 7 Ano VII nº 2 ISSN: 1807-6971 Disponível em:
www.revistafenix.pro.br – Acesso:22 out. 2012.
VOGT, Olgário Paul. MÉTIS: história& cultura – v. 7, n. 13, p. 13-31, jan./jun. 2008.
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ANEXOS
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