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Análise do conto A triste história de Eredegalda, na perspectiva da teoria de leitura

Caique Alexandre Rocha

Cidade de Goiás - 2018


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Caique Alexandre Rocha

Análise do conto A triste história de Eredegalda, na perspectiva da teoria de leitura

Produção textual paper, realizado no curso


de pós-graduação lato-sensu: texto,
discurso e ensino, da disciplina: Leitura:
teoria e prática, na Universidade Estadual
de Goiás - Câmpus Cora Coralina,
orientado pela professora Dra. Márcia
Maria de Melo Araújo, para fins avaliativos.

Cidade de Goiás – 2018


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ANÁLISE DO CONTO A TRISTE HISTÓRIA DE EREDEGALDA, NA


PERSPECTIVA DA TEORIA DE LEITURA

Caique Alexandre Rocha1

RESUMO
Esta pesquisa analisa o conto A triste história de Eredegalda, de José Mauro Brant
(2013), à luz da teoria de leitura. Dessa forma, intenta-se discutir e propor uma
análise acerca do conto, apontando os caminhos interpretativos que a leitura do
texto permite ao leitor. Compreende-se nesse sentido, a dicotomia entre autor e
leitor no processo de leitura textual, sendo que ambos cooperaram na construção do
sentido do texto. Para tanto, o trabalho fundamenta-se em aportes como,
(BARTHES,1987 ; CANDIDO, 1972 ; CHARTIER, 2011 ; ECOS, 2012). Com base
nas análises realizadas, espera-se apontar o itinerário para a compreensão do
conto, mas também para o papel do leitor em quanto colaborador de sentido. Por
fim, os apontamentos lançados subsidiam para a reflexão da leitura em quanto
prazer e da literatura em quanto ferramenta social.

PALAVRAS-CHAVE: Leitura. Leitor e Autor. Sentido. Literatura

INTRODUÇÃO

O prazer do texto é construído a partir das experiências de leitura que o


sujeito se organizar no decorrer diacrônico da sua jornada literária (BARTHES,
1987). Pensando nisso, este estudo discute a importância da prática da leitura,
refletindo o papel do leitor/autor numa perspectiva transformadora. Pois, a literatura
em quanto ferramenta pedagógica, fica a cargo de possibilitar mudanças sociais,
políticas e culturais. Sendo assim, como base nas teorias de leitura, entende-se que
a literatura vai além de um hábito de leitura, ou seja, interpretando-a como
mecanismo de ruptura de paradigmas, ela pode construir e desconstruir ideologias
na sociedade.

1
Possui graduação em Letras: português/inglês pela Universidade Estadual de Goiás - Câmpus Cora
Coralina - (2016). Atualmente, é professor de Língua Portuguesa na Esc. Mun. Chagas Guedes.
caiquerochag4l@gmail.com
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Nas palavras Antônio Candido (1972), o teórico ressalta a importância da


literatura como formação humanizadora, isto é, compreendê-la numa processo em
que o sujeito confirma sua capacidade de ser humano. Dessa forma, propõe-se
entender a função da literatura na sociedade contemporânea, apontando aspectos
relevantes no que diz respeito ao conto em análise.
Ainda para Roland Barthes (1987), o texto possui uma fruição que apenas
o leitor é capaz de penetrar nos sentidos deixados por ele. O prazer da leitura para o
estudioso se dá a partir de certas colisões que o leitor faz com o texto, de forma que
a linguagem seja redistribuída, ou seja, o leitor também é autor do texto, pois ele
colabora para a construção de sentido.
Já no raciocínio de Umberto Eco (2012), ele ratifica o discurso de Roland
Barthes, segundo o teórico todo texto tem como ferramenta essencial a preguiça, de
forma a convidar o leitor a ser peça fundamental para a constituição da tessitura
textual.
Até aqui, pode-se compreender que a necessidade de discutir a prática de
leitura, perpassando a ótica do leitor/autor é de suma relevância, principalmente
para a concepção do professor. Desde já, observa-se que de acordo com Chartier
(2011) o hábito da leitura nunca foi algo comum nas sociedades. Começando pela
Idade Medieval com o número limitado de leituras (apenas a bíblia), até a Idade
Contemporânea com a publicação intensa de obras literárias e muitas das vezes
com acesso. Reflete-se nesse processo a função da literatura, no sentido de que
fica a cargo ainda de um mediador, este tendo que lidar com questões ideológicas
raizadas na sociedade.
Tendo como corpus de pesquisa o conto A triste história de Eredegalda,
de José Mauro Brant (2013), apresenta-se uma análise interpretativa a cerca da
prática de leitura, mas também da função que a literatura exerce na sociedade
contemporânea. Nessa perspectiva, a escolha desse conto se dá por meio do
entendimento da literatura como reflexo da realidade (BARTHES, 1987). Isto é, por
meio dela compreendem-se as possibilidades de mundos distintos, e mesmo que
estes sejam fictícios, há sempre uma expressão de verdade.
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Com base nesses pressupostos, esta pesquisa intenta investigar e analisar


o percurso interpretativo que a leitura pode permitir ao leitor, de maneira a apontar
os intertextos para compreensão textual. Por conseguinte, o trabalho se articular em
duas fases, a primeira uma discussão teórica a cerca da prática de leitura,
perpassando pela concepção de literatura e leitor/autor. E, por último, a análise do
conto de Brant (2013), subsidiada nos aportes teóricos já mencionados acima.

2 DESENVOLVIMENTO

Tomando como referência os estudos de Roland Barthes (1987),


pormenor na obra O prazer do texto, observa-se nitidamente a intertextualidade com
a teoria freudiana. Isto é, o impulso sexual é uma força que nos estimula e atua de
forma consecutiva, de forma a realizar um determinado objetivo na vida social.
Nesse sentido, o livro pós-estruturalista propõe uma ruptura com as concepções
formais de texto. Indo ao encontro com uma possível leitura erótica do texto.
Seguindo esse pensamento, para o teórico,

lugar mais erótico de um corpo não é lá onde o vestuário se entreabre? Na


perversão (que é o regime do prazer textual) não há zonas erógenas
(expressão aliás bastante importuna); é a intermitência, como o disse muito
bem a psicanálise, que é erótica: a da pele que cintila entre duas peças (as
calças e a malha), entre duas bordas (a camisa entreaberta, a luva e a
manga); é essa cintilação mesma que seduz, ou ainda: a encenação de um
aparecimento-desaparecimento. (BARTHES, 1987, p.15-16)

No entanto, essa percepção do texto só é dada ao leitor/autor que penetra


nas fendas (espaços) que a prática de leitura permite. Assim como Eco (2012),
apresenta o leitor modelo, ou seja, aquele capaz de colaborar na construção do
texto, no que diz respeito aos sentidos. Roland Barthes, ressalta a importância do
leitor entrar nas fendas do texto, no sentido de ser o coautor no processo de
interpretação da obra. Portanto, o texto de prazer “é aquele que contenta, enche, dá
euforia, aquele que vem da cultura e não rompe com ela, está ligado a uma prática
confortável da leitura” (BARTHES, 1987, p.21).
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Ainda nisso, de acordo com Chartier (2011) para que a leitura tenha
produção de sentidos, deve-se compreender que não há uma prática de leitura
ingênua, ou seja, fora de um contexto cultural. Pois, a literatura sendo uma
expressão da realidade, a todo o momento ira apontar para algo (coisa) no mundo
referencial.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS

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