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V I JEEM

Setembro de 2016

A ELABORAÇÃO DE ARRANJOS DIDÁTICOS COMO


FERRAMENTA DE ENSINO-APRENDIZAGEM EM OFICINAS DE
PRÁTICA EM CONJUNTO

Alex Araujo da Silva, Universidade Estadual de Feira de Santana (alex.de.araujo@hotmail.com)

Resumo: O objetivo deste trabalho é compartilhar parte de uma estratégia de ensino aplicada a uma turma
com demandas diversificadas. As aulas aconteceram em oficinas de prática em conjunto durante os anos de
2014 e 2015. Estas oficinas foram desenvolvidas em um projeto social que teve como objetivo propo rcionar
a aprendizagem musical gratuita para qualquer aluno que tivesse interesse, sendo estabelecido como critério
o aluno ter o instrumento. A proposta acolhedora do projeto possibilitou a formação de uma turma diversa em
termos de faixa etária, instrumentos, nível técnico, teórico e musical. Neste contexto foi desenvolvida uma
estratégia de ensino que utiliza como principal ferramenta o arranjo didático.

Palavras-chave: Elaboração; Arranjo Didático; Ensino-Aprendizagem.

1. INTRODUÇÃO

O objetivo deste trabalho é demostrar a partir de uma experiência prática que o


arranjo didático pode ser uma ferramenta importante para o ensino-aprendizagem de
conhecimentos musicais em uma turma com demandas diversificadas.
As atividades a que este trabalho se refere aconteceram em uma escola de música
tradicional da cidade que oferece cursos livres de música para comunidade. Durante o ano
de 2014 a instituição abriu inscrições para novas propostas de trabalho que sendo
aprovadas poderiam ser aplicadas. A proposta relacionada a este trabalho foi aprovada e
durante os anos de 2014 e 2015 o projeto desenvolveu-se no formato de prática em
conjunto, sendo interrompido no ano de 2016 em função dos cortes financeiros impostos
pelo governo estadual à instituição.
Durante os dois anos de projeto, mantiveram-se participando ativamente das
oficinas cerca 20 a 30 alunos. O número de alunos participantes das oficinas variava pelo
fato de ser permitido que alunos novos pudessem participar das aulas durante quase todo
ano, exceto nos últimos meses de cada ano.

SILVA, Alex A. A elaboração de arranjos didáticos como ferramenta de ensino-aprendizagem em oficinas de


prática em conjunto. In: JORNADA DE ESTUDOS EM EDUCAÇÃO MUSICAL, 6., 2016. São Carlos. Anais.... São 245
Carlos: UFSCar, 2016. p.245-253.
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A atividade considerada principal, chamada de prática orquestral, acontecia aos


sábados das 10h às 12h com a maioria dos alunos do projeto. Durante a semana, alguns
alunos com disponibilidade de tempo foram organizados em 03 grupos menores, separados
por naipes: cordas, sopro e percussão. Cada grupo contava com 2h de duração para
desenvolver suas atividades específicas. A principal ferramenta metodológica utilizada nos
grupo de cordas, percussão e orquestral foi o arranjo didático – com exceção do grupo de
sopro por ser conduzido por outro professor.
Os arranjos didáticos foram desenvolvidos em um contexto de diversidade em
relação aos instrumentos musicais, níveis técnicos e faixas etárias dos alunos. O grupo de
prática orquestral foi composto por alunos e alunas com idade entre 13 e 50 anos, que
objetivavam o aperfeiçoamento e/ou a aprendizagem musical e/ou instrumental. Nestes
grupos tinham alunos aprendendo ou desenvolvendo-se nos seguintes instrumentos:
violino, violoncelo, baixo acústico, flauta transversal, clarinete, sax soprano, alto, tenor e
barítono, trompete, trombone, tuba, teclado/piano, violão, baixo elétrico e percussão
(bumbo, surdo, caixa, prato, metalofone, entre outros). Para elaboração dos arranjos
didáticos os alunos foram organizados em níveis técnicos distintos: iniciante e
intermediário, podendo haver variações de iniciantes e intermediários.
No primeiro dia de aula, a proposta de trabalho e o primeiro arranjo didático (Asa
Branca) foram apresentados. Alguns alunos ao ouvirem o áudio do arranjo didático de
“Asa Branca”, gerado pelo editor de partitura “finale”, demonstraram entusiasmo,
utilizando expressões como: “massa”, “que dia a gente vai tocar?”.
Na aula seguinte, deu-se inicio ao trabalho com o arranjo didático. Durante o
primeiro mês trabalhou-se a música “Asa Branca”, sem muito sucesso – o grupo
apresentou dificuldades relacionadas à afinação, execução de notas no contra tempo e a
dinâmica. Vale ressaltar que o primeiro arranjo didático não foi elaborado após uma
avaliação previa da turma, certamente este fator foi determinante para o resultado
insatisfatório do primeiro arranjo didático. No entanto, este cumpriu um papel importante,
serviu para apresentar a estratégia de ensino e acabou servindo também como ferramenta
para realizar uma avaliação processual dos alunos. Durante o primeiro mês foi possível
observar algumas facilidades e dificuldades de boa parte dos alunos e colher informações
determinantes para elaboração dos próximos arranjos didáticos.

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Após perceber que o arranjo didático de “Asa Branca” estava um pouco acima do
nível da turma, decidiu-se fazer o segundo arranjo didático de nível mais fácil. Este e os
próximos arranjos didáticos foram elaborados com base em avaliações processuais feitas a
cada aula mediante atenta observação sobre a prática dos alunos.
O segundo e o terceiro arranjos didáticos elaborados foram executados com maior
facilidade. Aos iniciantes destinaram-se as partituras voltadas para o desenvolvimento de
habilidades relacionadas à respiração, controle de arco, sonoridade, e a execução de notas
da harmonia. Já aos alunos de nível intermediário, destinaram-se as partes voltadas para o
desenvolvimento de fraseados, expressividade, execução de melodias e contracantos. Para
ambos os níveis, buscou-se trabalhar aspectos musicais relacionados à afinação, precisão
rítmica, dinâmica e execução de ostinatos.
Veja nas figuras 01 e 02 um pequeno exemplo de duas partituras escritas para
violino 01 (nível intermediário) e 02 (nível iniciante).

Figura 01 Figura 02

Violino 01 Violino 02
Para alunos de nível intermediário Para alunos de nível iniciante

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É possível observar nas figuras 01 e 02 que os arranjos didáticos foram escritos de


forma detalhada sinalizando a direção do arco, digitação dos dedos, dinâmica, e a divisão
da música em partes menores, que são utilizadas para realizar exercícios musicais baseados
em métodos tradicionais de ensino de instrumentos musicais.
No final do ano de 2014 o grupo conseguiu formar um repertório de 06 músicas e
em 2015 agregou mais 04 formando um repertório com o total de 10 músicas, a saber, por
ordem de elaboração, sem contar “Asa Branca” que não fez parte do repertório: 01. Agnus
Dai (Michael W. Smith); 02. Greensleeves; 03. Hino à Feira de Santana; 04. Carruagens de
Fogo; 05. A Conquista do Paraíso; 06. Então é natal; 07. Tema da 9ª Sinfonia de
Beethoven (também conhecido como Hino à Alegria); 08. Neaver My God Thee; 09. Con
Te Partirò; e 10. Além do Arco-Íris.
As músicas listadas acima foram tocadas durante apresentações públicas realizadas
entre os anos de 2014 e 2015. Todos os arranjos foram elaborados pelo professor a partir
das necessidades de aprendizagem dos alunos. Os arranjos foram escritos via editor de
partituras (finale) e disponibilizados através internet para que os alunos pudessem baixar os
arquivos em formato PDF e MP3. Outros arranjos foram elaborados durante este período,
porém não chegaram a ser trabalhados em sala de aula ou foram trabalhados, mas não
chegaram a fazer parte do repertório.

2. ARRANJO DIDÁTICO

Em função do tema “arranjo didático” ser pouco explorado na literatura, torna-se


necessário dedicar-se um pouco a ele. Para facilitar a fundamentação sobre este assunto, os
termos “arranjos” e “didático” serão, a princípio, trabalhados separadamente.
Segundo DUARTE (2010, p. 17) “O termo arranjo abrange diversas práticas e
perspectivas diferentes...”. PEREIRA (2011, p. 180) considera que “o arranjo é uma prática
que consiste em maior liberdade de manipulação [...] onde aspectos estruturais como,
ritmo, forma, harmonia, ou melodia, poderão ser afetados”. De acordo com PEREIRA
(2011, p. 175) “parece que ao trazer no título o termo arranjo, explícito em uma obra,
torna-se permitido modificar, acrescentar, diminuir, enfim, adquirir maior flexibilidade de
manipulação de elementos estruturais”.

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Autores como Aragão (2001a e 2001b), Lima Júnior (2003), Duarte


(2010) e Pereira (2011) propõem reflexões sobre o conceito de arranjo.
Tais pesquisas trazem reflexões baseadas em documentos e dicionários
que apontam para o termo arranjo como sinônimo de transcrição,
orquestração, instrumentação, adaptação, redução, entre outros. (FLACH,
2014, p 21)

Segundo PEREIRA (2011, p. 175) “o arranjo é utilizado de forma ampla e


generalizada, seja como sinônimo ou englobando todas as outras categorias”. Deste modo
as outras categorias podem ser consideradas como subtemas do arranjo, tornando-o amplo
e adequado para definir um conjunto de músicas manipuladas das mais diferentes formas
para os mais diferentes fins.
FLACH (2014, p. 323) diz que “até o presente momento o termo arranjo se mostrou
bastante abrangente, por trazer em sua definição essa flexibilidade em relação à elaboração
musical, o que o torna, até agora, mais adequado para definir o material decorrente das [...]
elaborações musicais”. O arranjo proporciona maior liberdade de manipulação dos
elementos estruturais de uma música, permitindo que esta seja trabalhada para atender a
propósitos relacionados ao ensino-aprendizagem.
Antes de abordarmos o termo “didático” é importante que abordemos a “didática”,
por esta ser mais ampla. A didática é um ramo da pedagogia que estuda os diferentes
processos de ensino-aprendizagem. Segundo TAVARES (2011, p. 13) o termo didática
vem dos vocábulos gregos “techné didaktiké”, que traduzidos significam: arte ou técnica
de ensinar. Comenius1 em sua obra “Didática Magna” (1649), também conhecida como o
“Tratado da Arte Universal de Ensinar Tudo a Todos”, reconhece o direito de homens e
mulheres terem o acesso ao saber de forma igualitária independente de sua condição. Nesta
obra ele escreve que “Didática significa a arte de ensinar”.
Segundo LIBÂNEO (2002, p. 5) a didática trata dos meios de realização do
processo de ensino. Para AGUAYO (apud. PILETTI, 2004, p. 43) a didática pode ser
definida como “a técnica de estimular, dirigir e encaminhar, no decurso da aprendizagem, a

1
Comenius é um educador pedagogo do século XVII considerado o primeiro pensador ocidental da
pedagogia moderna e também o pai da didática, este também antecede a Rousseau em relaçã o à criança e é o
primeiro e se preocupar com o processo de ensino-aprendizagem.

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formação do homem”. Deste modo, podemos dizer que a didática preocupa-se com os
processos de ensino-aprendizagem.
Tratando do termo “didático”, o minidicionário Aurélio (2004) diz que este, está
relacionado ao ensino ou é próprio dele. Segundo FREITAS (2007, p. 21) os materiais
didáticos “são todo e qualquer recurso utilizado em um procedimento de ensino, visando à
estimulação do aluno e à sua aproximação do conteúdo”.
Após refletirmos um pouco sobre os termos “arranjo” e “didático” agora talvez seja
mais fácil compreendermos a nomenclatura “arranjo didático”, amparados por bibliografias
de duas áreas do conhecimento: música (arranjo) e pedagogia (didática).
O termo arranjo quando trabalhado de forma isolada não aponta para uma
elaboração musical desenvolvida com objetivo de promover o ensino-aprendizagem. Um
arranjo pode ser desenvolvido para diversos fins relacionados ao entretenimento, religião,
eventos sociais, culturais, shows, gravações em estúdios, produções cinematográficas,
teatrais, publicitárias, educacionais e etc.
É fácil perceber que a aplicação do arranjo é ampla e atende a diversos fins,
inclusive educacionais. Para tornar o termo mais específico e conduzir o leitor de forma
mais rápida a um conjunto de conhecimentos relacionados à utilização do arranjo como
ferramenta de ensino-aprendizagem, escolheu-se trabalhar os termos arranjo didático de
forma conjunta.
As características de um arranjo se formam durante a sua concepção. Porém,
independente da intenção de quem o cria, um arranjo pode ser aplicado a contextos
diferentes, por suas características possibilitarem está aplicação. Deste modo, um arranjo
que foi elaborado objetivando exclusivamente a performance pode ser utilizado como
ferramenta de ensino-aprendizagem, e vice-versa.
O que confere identidade a um arranjo é a intencionalidade de quem o produz. Um
arranjo pode ser denominado como didático se este foi elaborado para facilitar o ensino e a
aprendizagem de conhecimentos musicais - apesar deste também poder ser utilizado para
atender exclusivamente a outras finalidades, como as relacionadas à performance. O
arranjo didático recebe identidade segundo a intenção pedagógica de seu produtor e é
caracterizado durante seu processo de elaboração. Sua finalidade é ser uma ferramenta de
ensino que amplia as possibilidades de aprendizagens musicais, sendo assim, o arranjo

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didático é destinado a aplicações específicas, relacionadas aos processos de ensino-


aprendizagem, diferenciando-se assim de arranjos com outras finalidades.

3. ELABORAÇÃO

Os arranjos didáticos foram criados com base nas necessidades de aprendizagem


dos alunos e em exercícios e repertórios de alguns métodos “tradicionais” voltados para o
ensino de instrumentos musicais.
Durante a elaboração dos arranjos didáticos alguns critérios considerados
motivacionais foram observados: 01. A música escolhida deve ter significado para alunos,
professor e comunidade. Alunos e professor, pois estes estarão se relacionando diariamente
com a música escolhida, e comunidade, pois esta assistirá posteriormente a apresentações
públicas realizadas por alunos e professor; 02. O arranjo deve promover de forma
intencional a aprendizagem de conhecimentos musicais relacionados à percepção,
expressão, técnica, teoria e/ou criação; e 03. Os elementos dispostos na partitura devem
estar adequados ao nível técnico dos alunos – os sinais gráficos não devem ser
extremamente difíceis ou fáceis de serem lidos e executados. A observação destes critérios
dá identidade e caracteriza o arranjo didático, tornando-o diferente de outros tipos de
arranjos aplicados a finalidades não relacionadas ao ensino-aprendizagem.
O arranjo didático de Greensleeves2 para violino 02 (figura 02) foi elaborado com o
objetivo de trabalhar questões relacionadas à leitura musical, precisão rítmica, legato,
staccato, pizzicato, acentuação, figura (mínima) pontuada, sinais de repetição (ritornelo e
casa 1 e 2), compasso ternário, notas no contra tempo, sonoridade, mudança de corda,
afinação das cordas soltas, e digitação do dedo 01 na primeira posição. Apesar de se
utilizar em alguns momentos o dedo 01 na primeira posição, este arranjo didático trabalha
de maneira predominante as cordas soltas.
Os conhecimentos musicais implícitos no arranjo didático são trabalhados de forma
processual a depender do desenvolvimento do aluno. O arranjo didático é dividido em
partes que se caracterizam como exercícios que podem originar novos exercícios prévios
(elaborados fora da aula) e/ou espontâneos (elaborados durante a aula).

2
Sem considerar Asa Branca, Greensleeves foi o segundo arranjo didático a ser trabalhado com a turma.
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Os 10 arranjos didáticos elaborados durante os 02 anos de trabalho seguiram, na


medida do possível, uma lógica de sistematização: do simples para o complexo.

4. CONCLUSÃO

O arranjo didático mostrou ser uma excelente escolha para se trabalhar em uma
turma diversa em termos de técnica, faixa etária e instrumentos, pois através desta
ferramenta foi possível propor exercícios personalizados para cada aluno e trabalhá-los
simultaneamente possibilitando resultados sonoros animadores.
Apenas o termo arranjo, escrito de forma isolada, não traduz as especificidades das
elaborações musicais destinadas a aplicações didáticas. Por esta razão a nomenclatura
“arranjo didático” foi adotada nesta produção textual por conseguir traduzir de forma
eficiente à função deste tipo de elaboração musical: facilitar o processo de ensino-
aprendizagem de conhecimentos musicais.
Durante a elaboração dos arranjos didáticos é importante observar alguns critérios:
01. O arranjo didático deve promover o desenvolvimento musical e ser elaborado de
acordo com as necessidades de aprendizagens dos alunos; 02. É importante que a música
escolhida tenha significado para os alunos, professor e comunidade; e 03. Os arranjos
didáticos devem estar adequados ao nível técnico dos alunos.
Essa estratégia de ensino possibilitou que os alunos realizassem apresentações
públicas durante os anos de 2014 e 2015, nas seguintes formações: quarteto de cordas,
grupo de câmara e orquestra. As apresentações musicais aconteceram em locais variados,
como: teatro, biblioteca, palco na rua, shopping e museu.
A experiência de trabalhar com arranjos didáticos, apesar de trabalhosa,
principalmente em relação à sua elaboração, se mostrou satisfatória - é gratificante ensinar
e aprender música enquanto se a produz. Esta ferramenta aponta para a possibilidade de se
alcançar as necessidades individuais de aprendizagens musicais de cada aluno em uma
turma de prática em conjunto composta de alunos com instrumentos musicais e níveis
técnicos diferentes. Com relação a está metodologia de ensino-aprendizagem, ainda há
muito a se desenvolver, principalmente no que se refere a sua sistematização.

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Espera-se com este trabalho contribuir com a área de educação musical, ao


demostrar que é possível promover a aprendizagem de conhecimentos musicais de forma
satisfatória em uma turma de alunos com idades, níveis técnicos e instrumentos musicais
diferentes, através de atividades que partam da prática musical, com instrumentos
musicais, sem deixar de lado a leitura musical.
Referências

DUARTE, Luiz de Carvalho. O conceito de arranjo: revisão e novas perspectivas. In:

DUARTE, Luiz de Carvalho. Os arranjos de Claus Ogerman na obra de Tom Jobim:


revelação e transfiguração da identidade da obra musical. 65 f. Dissertação (Mestrado
Música) – Universidade de Brasília, Brasília, 2010, p. 17-31.

FLACH, Gisele Andrea. Piano em grupo: arranjos elaborados a partir de alternativas


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PEREIRA, Flávia Vieira. As práticas de reelaboração musical. 154 f. Tese (Doutorado


em Musicologia) – Escola de Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo, São
Paulo, 2011, p. 175-215.

COMENIUS, Iohannis Amos. Saudações aos Leitores. In: COMENIUS, Iohannis Amos.
Didática Magna. Introdução, tradução e notas de Joaquim Ferreira Gomes. Fundação
Calouste Gulbenkian, 2001, p. 3-6.

FREITAS, Olga. Principais materiais e equipamentos didáticos utilizados nas escolas


brasileiras. In: FREITAS, Olga. Equipamentos e materiais didáticos. Universidade de
Brasília, 2007, p. 19-51.

TAVARES, Rosilene Horta. Conceito de Didática. In: TAVARES, Rosilene Horta.


Didática Geral. – Belo Horizonte : Editora UFMG, 2011, p. 13-16.

PILETTI, Claudino. Pedagogia e Didática. In: PILETTI, Claudino. Didática Geral. 23ª
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LIBÂNEO, José Carlos. O essencial da didática e o trabalho do professor. In: LIBÂNEO,


José Carlos. Didática: Velhos e novos temas. Edição do autor, 2002, p. 4-7.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Miniaurélio Eletrônico versão 5.12. Editora


Positivo Ltda, 2004.

SILVA, Alex A. A elaboração de arranjos didáticos como ferramenta de ensino-aprendizagem em oficinas de


prática em conjunto. In: JORNADA DE ESTUDOS EM EDUCAÇÃO MUSICAL, 6., 2016. São Carlos. Anais.... São 253
Carlos: UFSCar, 2016. p.245-253.

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