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09/09/2016 Tétano Acidental ­ Secretaria da Saúde

Governo do Estado do Paraná
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Tétano Acidental

Tétano Acidental ­ CID10: A35
Doenças Infecciosas e Parasitárias

ASPECTOS CLÍNICOS E EPIDEMIOLÓGICOS 

Descrição ­ É uma toxinfecção grave causada pela toxina do bacilo tetânico, introduzido no organismo através de ferimentos ou
lesões de pele. Clinicamente, o tétano acidental se manifesta por: hipertonia mantida dos músculos masseteres (trismo e riso
sardônico) e dos músculos do pescoço (rigidez de nuca), ocasionando dificuldade de deglutição (disfagia), que pode chegar à
contratura muscular generalizada (opistótono); rigidez muscular progressiva, atingindo os músculos reto­abdominais (abdome
em tábua) e o diafragma, levando à insuficiência respiratória; também ocorrem crises de contraturas desencadeadas, em geral,
por estímulos luminosos, sonoros ou manipulação do doente. 

Agente  etiológico  ­  Clostridium  tetani,  bacilo  gram  positivo,  anaeróbio  esporulado,  produtor  de  várias  exotoxinas,  sendo  a
poderosa tetanopasmina a responsável pelo quadro clínico. 

Reservatório  ­  O  bacilo  se  encontra  no  trato  intestinal  do  homem  e  dos  animais,  solos  agriculturados,  pele  e/ou  qualquer
instrumento pérfuro­cortante contendo poeira e/ou terra. 

Modo  de  transmissão  ­  A  transmissão  ocorre  pela  introdução  dos  esporos  em  uma  solução  de  continuidade  (ferimento),
geralmente do tipo perfurante, contaminado com terra, poeira, fezes de animais ou humanas. Queimaduras podem ser a porta de
entrada  devido  à  desvitalização  dos  tecidos.  A  presença  de  tecidos  necrosados  favorece  o  desenvolvimento  do  agente
anaeróbico. 

Período de incubação ­ Varia de 2 a 21 dias, geralmente em torno de 10 dias. Quanto menor o tempo de incubação, maior a
gravidade. 

Período de transmissibilidade ­ O tétano não é doença contagiosa, portanto não é transmitida diretamente de um indivíduo a
outro. 

Complicações  ­  Parada  respiratória  e/ou  cardíaca,  disfunção  respiratória,  infecções  secundárias,  diasautonomia;  crise
hipertensiva, taquicardia, fratura de vértebras, hemorragia intracraniana, edema cerebral, flebite e embolia pulmonar. 

Diagnóstico ­ Clínico­epidemiológico, não dependendo de confirmação laboratorial. 

Diagnóstico diferencial ­ Trismo e tetania por outras causas, raiva, histeria. 

Tratamento ­ Internamento em quarto silencioso e em penumbra, com redução máxima dos estímulos auditivos, visuais, táteis e
outros;  sedativos  (benzodiazepínicos)  e  miorrelaxantes;  soro  antitetânico  (SAT)  ou  gamaglobulina  (IGAT);  antibioticoterapia;
debridamento  e  limpeza  dos  focos  suspeitos;  cuidados  para  manutenção  da  via  respiratória  livre;  vacinar  sistematicamente  o
paciente  na  admissão  no  momento  da  alta  hospitalar.  Esquema  terapêutico:  uso  de  soro  antitetânico  após  teste  de
sensibilidade, administrar 20.000UI,  IM,  distribuídos  em  2  massas  musculares  ou,  IV,  diluídos  para  100ml  de  soro  fisiológico,
transfundir em 1 hora; usar gamaglobulina humana hiperimune antitetânica, IM (única via de administração), de 3.000 a 6.000UI,
distribuídas em 2 ou mais massas musculares. Antibioticoterapia: penicilina cristalina, 200.000UI/kg/dia, de 4 em 4 horas, IV, (9
a 12 milhões de UI/dia), durante 10 dias. Nos casos de alergia à penicilina, o cloranfenicol, 100mg/kg/dia, de 6 em 6 horas, IV,
máximo  de  4  gramas  ao  dia.  No  momento  da  admissão  hospitalar,  deve  ser  aplicada  a  vacina  toxóide  tetânica  em  massa
muscular  diferente  do  SAT.  Manutenção  das  vias  aéreas  devidamente  desimpedidas.  Lembrar  que  o  paciente  tetânico,
particularmente  nas  formas  mais  graves,  deve  ser,  de  preferência,  tratado  em  unidades  de  terapia  intensiva,  sendo  tomadas
medidas  terapêuticas  que  impeçam  ou  controlem  as  complicações  (respiratórias,  infecciosas,  circulatórias,  metabólicas),  que
comumente levam o paciente ao óbito. 

Características  epidemiológicas  ­  A  distribuição  anual  da  doença  não  apresenta  variação  sazonal  definida.  Apesar  da
incidência universal, o tétano é relativamente mais comum em países subdesenvolvidos, com baixa cobertura vacinal, ocorrendo
indistintamente em área urbana e rural. Sua ocorrência está relacionada com as atividades profissionais ou de lazer, mas pode
afetar todos os indivíduos não vacinados. 

VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA 
Objetivo ­ Reduzir a incidência da doença através da vacinação adequada da população. 

Notificação ­ Doença de notificação compulsória. 

Definição de caso ­ Todo paciente que apresenta trismo e ou contraturas musculares localizadas ou generalizadas, que não se

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09/09/2016 Tétano Acidental ­ Secretaria da Saúde
justifiquem por outras etiologias, deve ser suspeito de tétano, particularmente na ausência de história vacinal adequada. A falta
de ferimento sugestivo de porta de entrada não afasta a suspeita, pois nem sempre se detecta a porta de entrada do bacilo. 

Medidas de Controle 
a) Vacinação ­ Manutenção de níveis adequados de cobertura vacinal da população e, especificamente, crianças e adultos da 3ª
idade  e/ou  pessoas  portadoras  de  úlceras  de  pernas  crônicas,  mal  perfurante  plantar  decorrente  de  hanseníase  e  os
trabalhadores de risco, tais como agricultores e operários da construção civil. Esquema vacinal de rotina: usar vacina DTP no
2º,  4º  e  6º  meses,  com  reforço  aos  15  meses  e  aos  10  anos.  Posteriormente,  os  reforços  serão  feitos  a  cada  10  anos  com  a
vacina dT; 
b)  Profilaxia  ­  Em  relação  à  necessidade  de  imunização  ativa  e  passiva,  o  quadro  a  seguir  resume  os  procedimentos
recomendados. 

Observações ­ São focos em potencial de contaminação pelo bacilo: ferimentos de qualquer natureza contaminados por poeira,
terra, fezes de animais ou humanas; fraturas expostas, com tecidos dilacerados e corpos estranhos; queimaduras; mordeduras
de animais peçonhentos. Todo ferimento suspeito deve ser limpo com água e sabão, além de ser debridado amplamente. Após a
remoção de tecido necrosado e de corpos estranhos, deve­se fazer limpeza com água oxigenada ou solução de permanganato
de potássio a 1:5000. Deve ser ressaltado que o uso de Penicilina Benzatina, na profilaxia do tétano acidental, não é eficaz. 

ORIENTAÇÃO PARA PROFILAXIA DO TÉTANO EM CASO DE FERIMENTOS

História de imunização
com o toxóide tetânico
Menos de 3 doses ou ignorada 3 ou mais doses
(DPT, dT, DT, TT) Tipo de
ferimento

APLICAR O TOXÓIDE TETÂNICO • Se menor de 7 anos, aplicar DPT, • Só aplicar o toxóide
completando 3 doses, com intervalos de 2 meses; • Se tiver 7 anos ou tetânico se decorridos
mais, aplicar toxóide tetânico (TT) ou dupla (dT), completando 3 doses, mais de 10 anos da
com intervalo de 2 meses. última dose.
FERIMENTO LEVE NÃO
CONTAMINADO
NÃO APLICAR O
NÃO APLICAR O SORO ANTITETÂNICO (SAT) SORO ANTITETÂNICO
(SAT)

APLICAR TOXÓIDE TETÂNICO 
• Se menor de 7 anos, aplicar DPT, completando 3 doses, com intervalo de • Só aplicar o toxóide
2 meses.  tetânico se decorridos
• Se tiver 7 anos ou mais, aplicar o toxóide tetânico (TT) ou dupla (dT), mais de 10 anos da
completando 3 doses, com intervalo de 2 meses. APLICAR O SORO última dose.
TODOS OS OUTROS ANTITETÂNICO (SAT)
FERIMENTOS
INCLUSIVE
PUNCTÓRICOS
OU IMUNOGLOBULINA ANTITETÂNICA (IGAT)
• Administrar 5.000 unidades, por via intramuscular, após teste
intradérmico de sensibilidade ou usar imunoglobulina antitetânica (IGAT), .
via intramuscular, 250 unidades (com título de 1:400, ou dosagem
equivalente com outro título.

Fonte: Doenças Infecciosas e Parasitárias: Guia de Bolso, Volume II, 3ª edição, pág. 149 ­ Ministério da Saúde Brasília/DF ­ junho
2004

Profissionais de Saúde 

Nota Técnica ­ Médicos

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