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Você acreditaria numa pessoa que se diz eletricista, mas não consegue trocar uma lâmpada? Você acreditaria num homem
que diz ser excelente piloto, mas não consegue estacionar o carro numa garagem? Você acreditaria em alguém que diz ser
matemático, mas não sabe o resultado de 8 x 8? Tiago também quer saber como é que uma pessoa pode dizer que tem fé,
mas não possui uma obra, nem uma sequer, para poder provar esta fé! O problema é sério!
“Meus irmãos, qual é o proveito, se alguém disser que tem fé, mas não tiver obras? Pode, acaso, semelhante fé salvá-lo?”
(Tg 2.14).
A pergunta de Tiago leva-nos ao ponto central deste assunto. Tiago quer saber como uma pessoa sem obras pode dizer que
está salva.
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(Gl. 2:16) -> “ninguém é justificado pela prática da Lei, mas mediante a fé em Jesus Cristo”
Será que Tiago contradizendo o ensino de Paulo? Qual o papel das obras na salvação? Na verdade, veremos que não há
contradição, senão abordagens diferentes, mas com o mesmo fim: Paulo rejeita as obras sem fé, enquanto Tiago rejeita a
fé sem obras.
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Martilho Lutero, um dos grandes líderes da reforma protestante, disse a seguinte frase: “A fé salva sem obras, mas a fé que
salva SEMPRE vai seguida de obras.
ATENÇÃO: Não se trata de FÉ vs. OBRAS, nem de FÉ ou OBRAS. O contraste não é entre FÉ e OBRAS, e sim entre a FÉ COM
e SEM OBRAS.
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C.S. Lewis, um dos maiores escritores e teólogos do século passado, a respeito deste tem, disse que “os cristãos muito têm
discutido sobre se o que leva o cristão para o Céu são as boas obras ou a fé em Cristo [...] me parece que é como perguntar
qual das duas lâminas de uma tesoura é mais necessária”
Lewis concorda com Lutero ao dizer que realmente a fé em Cristo salva, e que dessa fé em Cristo devem vir as boas obras,
inevitavelmente.
Obras por si sós não são suficientes para salvação, pois esta não pode ser “merecida”. Efésios 2:8-9 diz “Pois vocês são salvos
pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie.”
Da mesma forma, pensar que apenas uma confissão de fé será suficiente para a salvação, sem importar o que fizermos, pois,
afinal de contas, mesmo se vivermos em pecado, Cristo nos salvará no fim, é completamente absurdo! Jesus mesmo disse:
“Este povo me honra com os lábios, mas seu coração está longe de mim.” (Mt. 15:8)
Lewis conclui dizendo que se aquilo que chamamos de “fé” não envolve o reconhecimento e obediência à Palavra de Deus,
então não é fé e sim um simples reconhecimento intelectual a respeito de alguma teoria que tenhamos de Deus.
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Tiago pergunta: você crê que existe um só Deus? Que bom por você! Mas até os demônios creem e temem!
William Barclay diz que “existem duas maneiras de crer: uma é puramente intelectual e não tem influência em nossa vida.
A outra é uma convicção que não temos apenas na mente, senão em nossas vidas, o que modifica as nossas ações.”
Tiago não discorda de Paulo. Pelo contrário, se opõe ao tipo de crença que não modifica em nada as nossas vidas.
Para Paulo, a verdadeira fé em Cristo Jesus deve manifestar-se na forma de uma nova vida, isto é, a do próprio Jesus (Gl.
2:20 “já não vivo eu”), deixando para atrás a antiga maneira de viver (2 Co. 5:17 “as coisas velhas passaram”).
Vamos olhar para 3 características que a nossa fé deve ter, segundo Tiago:
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Do grego peripateó, que significa “caminhar”, “viver” ou “a maneira de conduzir a sua vida”.
(Lc. 9:23) -> “Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me.”
O chamado de Jesus implica muito mais do que uma confissão da boca para fora. Seguir a Cristo implica partir de um ponto
A e ir para um ponto B. Em outras palavras, implica uma caminhada (peripateó) desde onde Cristo nos encontrou até o lugar
onde Ele está, e onde nós também estaremos com Ele por toda a eternidade.
A fé é a força invisível que nos move na certeza de que aquilo que não vemos é real. Hebreus 11:1 diz que “a fé é a certeza
daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos.”
Quando nos movemos pela fé (em Deus, na Palavra de Deus), agimos em obediência. Por exemplo, a palavra de Deus nos
exorta a cuidar uns dos outros, cuidar dos necessitados, a dar antes que esperar receber. No entanto, eu estou aperto
financeiramente... mas mesmo assim, decido “crer” e “agir pela fé”, então “obedeço” a palavra de Deus, a qual se opõe à
realidade, às circunstâncias, ao que se pode ver, etc. Por tanto, as obras nada mais são do que a materialização
comprobatória da nossa fé. Em outras palavras, são os frutos visíveis da nossa fé, que é invisível.
Por tanto (trocar de slide agora) a nossa fé deve também ser produtiva.
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Nossa fé deve ser produtiva (Tiago 2:17) -> “Assim também a fé, por si só, se não for acompanhada de obras, está morta.”
A igreja em Tessalônica havia se tornado um modelo para os crentes da Macedônia e Acaia (1 Ts. 1:8), tornando-se
conhecida a fé que eles tinham em Deus. Uma das três caraterísticas que o apóstolo Paulo salienta a respeito da igreja em
Tessalônica é “o trabalho que resulta de sua fé”. Em outras palavras, a produtividade de sua fé!
A palavra em grego usada tanto por Tiago quanto por Paulo para referir-se às obras é ergon, que também significa tarefa,
emprego, feitos, aquilo que é feito. Daí vem a palavra “ergonômico”, que se refere ao estudo da otimização das condições
do trabalho do homem para tornar-se mais eficiente.
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A nossa fé deve ser atrevida: Sem plano B! (Tiago 2:25) “não foi Raabe, a prostituta, justificada pelas obras, quando
acolheu os espias e os fez sair por outro caminho?”
Raabe tinha ouvido falar no Deus de Israel e nos milagres que havia feito. Na hora de escolher um lado, ela escolheu o
lado certo, o lado vencedor, o lado do Senhor dos Exércitos, Deus de Israel! Ela arriscou TUDO. Não havia plano B. Ela
sabia que esconder os espias e ajudá-los a escapar podia custar-lhe a vida, pois era um ato de traição. Mesmo assim, ela
escolheu crer em Deus. O que Raabe fez (suas obras) foi tudo uma consequência natural da sua fé (sua convicção), o que
lhe permitiu experimentar o agir sobrenatural de Deus em sua vida e a de toda a sua família.
(Lc. 9:62) -> Jesus respondeu: “Ninguém que põe a mão no arado e olha para trás é apto para o Reino de Deus”.
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Não somos salvos pelas nossas boas obras...somos salvos para boas obras.
(2 Tim. 3:17) -> “para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra.”