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Introdução
Este guia é incompleto por natureza. Ele tenta ser simples e direto ao ponto.
Mesmo assim, ele contém grande profundidade. Nossa intenção é de que ele
possa ser lido tanto por pessoas iniciantes no tema quanto por facilitadores que já
tenham considerável experiência.
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Quais as características Liderando processos de mudança, engajando equipes e alunos, tomando decisões,
criando novas soluções, resolvendo conflitos e capacitando pessoas; tudo acontece
de um encontro com durante encontros em grupo, pequenos ou grandes. Nos próximos três capitulos
propósito? explicamos como tornar todos esses encontros, independente do contexto, mais
engajadores e inspiradores para os participantes.
Um líder que conduz o encontro Participantes engajados no Um bom planejamento, que começa
de uma forma diferente encontro e no propósito com o porquê do encontro
CAPÍTULO 1
O que é um líder O oposto de um líder-herói que tem Também sabe que podem confiar na
todas as respostas e soluções e se criatividade e compromisso de outras
facilitador? baseia na ilusão de que alguém pode pessoas para realizar o trabalho e que
estar no controle. O líder-anfitrião é podem ser tão diligentes, motivadas e
sincero o suficiente para admitir que criativas quanto ele, com o convite certo.
não sabe o que fazer e percebe que é
pura tolice confiar só nele mesmo para
obter respostas.
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Encontros que exigem propósito e uma nova liderança Compartilhe
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Encontros que exigem propósito e uma nova liderança Compartilhe
As perguntas formam a base da Ao dizer ‘pessoas certas’ não queremos Todo grupo passa por um processo
facilitação. O ato de fazer perguntas dizer que existem ‘pessoas erradas’, mas de desenvolvimento coletivo, desde
deve ser a principal ferramenta do que é necessário garantir que todos os o primeiro contato até o momento de
facilitador. Uma pergunta certa guia envolvidos estejam representados em celebração ou encerramento. Além
reflexões e cria propriedade de uma mesma sala. Públicos diferentes e disso, cada grupo tem indivíduos com
conteúdo, aprendizagem e decisão. que fazem parte de um conflito ou os necessidades diferentes, que podem
representantes de grupos que estão atrapalhar ou ajudar nesse processo.
Como facilitador, você é a pessoa que envolvidos em uma decisão, devem
menos oferece conteúdo. Você deve sempre estar presentes. Com isso, o papel da facilitação é
focar mais no processo de criação de olhar o momento do grupo como
conteúdo pelo grupo, estimulando Além disso, é importante olhar para um todo e também os momentos
a participação de todos, ao fazer as todas as pessoas e entender bem o individuais das pessoas, para decidir
perguntas certas para a sua equipe. contexto e a realidade de cada uma quais ações podem melhorar o
delas. Quais são suas histórias? Quais processo, a cada momento.
os contextos? Como você pode lidar
com isso? Facilitação é isso: olhar
sempre, em primeiro lugar, para as
pessoas presentes.
E você, está pronto Em nossos cursos e workshops, Tal qual um equalizador de músicas, o
convidamos os participantes a líder tem a possibilidade de imaginar
para ser esse refletirem sobre seus estilos pessoais, qual é o “tipo de música” necessário
líder-facilitador? a observarem suas próprias práticas e fazer os ajustes em tempo real na
em grupos e a elegerem o seu estilo frente de seu grupo de liderados,
“preferido” ou “usual”. como se fosse um DJ em frente a uma
pista de dança, de forma dinâmica,
Um jeito mais adequado para mapear intuitiva, artística.
o seu estilo é olhar nas dimensões,
como se eles fossem espectros em Convidamos você a se desafiar e
que você pode se posicionar. Por escolher certas áreas nas quais gostaria
isso, criamos o termo Equalizador de de aprender mais, praticar, expandir o
Liderança e Facilitação. seu repertório e se destacar.
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O Equalizador de
Liderança e Facilitação
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CAPÍTULO 2
Participantes engajados no
encontro e no propósito
Por que o engajamento faz a diferença? Compartilhe
Durante nossos cursos, fazemos essa mesma pergunta aos nossos participantes e
as respostas variam de acordo com as experiências prévias de cada um.
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Por que o engajamento faz a diferença? Compartilhe
Mas por que engajamento De acordo com um estudo da Michael A consequência desse engajamento
Page, que ouviu mais de 400 pessoas, são pessoas protagonistas, líderes
é tão importante? entre elas muitos CEOs, o engajamento de si, capazes de levar intenção e
foi apontado como o melhor caminho criatividade em tudo o que fazem.
para se conseguir bons resultados em
uma organização. Agora, pessoas desengajadas podem
até fazer o que é esperado delas,
Nós da Manifesto 55 acreditamos que o explícita ou implicitamente, e algumas
caminho para chegar ao engajamento até mesmo de forma bem feita.
passa pela conexão, pelo significado e
pela autonomia. As pessoas buscam Entretanto, apenas pessoas engajadas
hoje mais do que nunca um significado, conseguem trazer curiosidade,
uma relevância naquilo que fazem. Ao dedicação e paixão para seu dia a dia.
mesmo tempo, elas querem contribuir, Não apenas no trabalho ou na escola,
se desenvolver, ter liberdade e fazer mas em todos os aspectos de suas
parte de algo com propósito. vidas.
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6 maneiras de engajar Engajar pessoas é hoje um dos maiores desafios das organizações. Não existe uma
receita pronta para engajar pessoas, mas alguns elementos podem ser utilizados
pessoas para manter o ambiente organizacional mais produtivo. Quer saber como?
Continue a leitura e confira alguns caminhos possíveis com as dicas a seguir!
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Faça uma análise Muito utilizada em processos seletivos, as dinâmicas de grupo também podem ser
1 bastante úteis para desenvolver competências e motivar equipes.
do seu grupo
O estudo da dinâmica de um grupo pode ser utilizado na compreensão
comportamental das pessoas, para mediar eventuais conflitos e, também, como
forma de aprendizagem para a adoção de novas diretrizes de convivência.
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Uma das teorias que tenta explicar o comportamento de grupos 03 NORMATIZAÇÃO: ocorre a aproximação entre os
de trabalho é o modelo criado pelo psicólogo Bruce Tuckman. membros e começa a ser formada uma coesão no
grupo. Neste momento, a equipe começa a trabalhar
O modelo consiste em 5 etapas: de forma coordenada, tornando-se uma estrutura mais
sólida. Aqui, o líder engajador ajuda a equipe a definir
01 FORMAÇÃO: é o começo da interação entre os as regras de convivência e os processos de trabalho.
membros da equipe, quando ocorre incertezas quanto à
sua liderança e estrutura. Nesse momento, alguns testes 04 DESEMPENHO: o grupo se torna funcional e concentrado
podem ser feitos para verificar se determinadas ideias e em realizar e concluir os objetivos. Neste momento, o líder
posições serão aceitas pelo grupo. Aqui, é o momento assume o papel de um coach que estimula a equipe
de criar uma visão compartilhada para a equipe. para continuar seu trabalho sem muita intervenção.
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Por que estou aqui? Confusão Como vamos fazer? Uau! Estamos Sim! Fizemos!
realizando!
Quem é você? Do controle O que, quando, O que
à cocriação como? Alta aprendemos?
O que estamos produtividade,
fazendo? Definição do execução e Fim do processo
processo de melhoria de
trabalho e das processo
Definição de metas
responsabilidades de
cada um
CONFRONTAÇÃO DESEMPENHO
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Ao invés de dar Muitos gestores acreditam que sua Veja alguns exemplos de boas
capacidade de dar respostas é o perguntas:
2 as respostas, faça que contribui para estabelecer sua
boas perguntas liderança. Saiba que, mais importante Como podemos
do que dar respostas prontas, é fazer melhorar nosso
boas perguntas e empoderar a equipe
ambiente de trabalho?
ao desenvolverem as respostas.
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Crie um espaço A regra é não ter muitas regras. Quanto objetos simbólicos que representem
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mais o líder tenta controlar as pessoas, o processo criativo no ambiente de
menos criativas elas tendem a se tornar. trabalho, como lâmpadas, baterias,
O segredo do sucesso é encorajar a bolas de cristal. Há, ainda, os murais
equipe a agir criativamente como um de brainstorming, em que os líderes
grupo e não atrapalhar este processo fazem perguntas que estimulam a
apenas como forma de demonstrar que equipe a participar com ideias.
está sob o controle de tudo e todos.
Tudo isso é importante pois, ao
Muitas organizações adotam o desenvolver seu potencial criativo e
“cantinho da criatividade”, com cocriar soluções inovadoras, a equipe
livros, jogos e vídeos que estimulam tende a se engajar mais nas atividades
a criatividade. Outras pedem que as desenvolvidas.
pessoas coloquem em suas mesas
PARA SABER MAIS, LEIA:
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CAPÍTULO 3
4 passos para criar Percebemos que encontros engajadores Pensando nisso, sugerimos 4
com propósito exigem uma nova passos de como planejar encontros
encontros engajadores liderança e, para isso, precisamos de engajadores, sessões facilitadas
empatia, boas perguntas, conexão, ou reuniões criativas para gerar
confiança e um espaço aberto. Essas experiências verdadeiramente
atitudes e habilidades nos ajudam transformadoras.
na facilitação e no planejamento dos
encontros.
2º PASSO:
4º PASSO:
1º PASSO: Os arcos do processo 3º PASSO:
Coisas práticas
O olhar macro Escolha das ferramentas
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Como criar encontros engajadores? Compartilhe
1º PASSO:
O olhar-macro
Para realmente criar encontros com propósito e que gerem engajamento é essencial
pensar bem sobre o porquê você está organizando o encontro.
As necessidades Objetivos
que tornam específicos e
esses encontros os resultados
relevantes O propósito desejados Os “atores”
desses envolvidos e os
encontros participantes
presentes
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As necessidades Toda ação efetiva deve partir de uma Alguns questionamentos ajudam a
necessidade realmente efetiva. Às decidir sobre a real necessidade de
que tornam vezes, esquecemos de refletir que é um encontro:
esses encontros essencial ter uma necessidade clara
relevantes para organizar um encontro. Muitas Por que realizar esse encontro?
vezes, fazemos encontros que, no fim,
eram desnecessários. Quais são as necessidades do
grupo e dos indivíduos que
Para evitar a perda de tempo de todos
precisam ser atendidas durante
os envolvidos, é essencial pensar não
o encontro?
apenas em quais são as necessidades
do grupo, mas também no contexto Existem demandas dos grupos
ao redor do grupo.
e públicos ao redor do grupo
que precisam ser atendidas
Cada grupo acaba sendo representado
durante o encontro?
por indivíduos com necessidades e
contextos diferentes. Mapear essas
Existe algum conflito nas
necessidades e entendê-las é o
necessidades ou demandas?
primeiro passo para organizar um
encontro com propósito.
Onde está a intersecção entre as
necessidades dos indivíduos, do
grupo e dos públicos ao redor?
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02 TOMADA DE DECISÃO: quando o propósito é chegar a uma decisão ao fim do encontro. A decisão pode servir para um
planejamento estratégico ou um novo projeto. Às vezes, a tomada de decisão serve também para resolver um conflito.
03 RESOLUÇÃO DE UM CONFLITO: quando o propósito é resolver um conflito em um grupo ou entre públicos diferentes
representados no encontro. Às vezes, temos que colocar um ponto final no conflito, mas também precisamos escutar
todos os lados sem tomar decisões precipitadas.
04 PROCESSO CRIATIVO: quando o propósito é gerar novas possibilidades. Criar um novo projeto ou pensar em novas
oportunidades para o grupo ou para a organização. Processos criativos não precisam incluir a tomada de decisões.
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Os “atores” Tão importante quanto saber quem está Algumas perguntas orientadoras:
no encontro é saber porque
envolvidos e os estamos nele. É preciso considerar Todos que serão afetados estão
participantes as necessidades, os interesses e presentes ou estão representados?
presentes perspectivas de todos.
Os participantes representam
Esta é a oportunidade de garantir públicos distintos?
que todos os indivíduos e grupos
interessados foram considerados e Existem conflitos entre os
envolvidos. diferentes atores?
Os participantes já se conhecem
bem ou será a primeira vez que
se encontram?
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2º PASSO:
Os arcos de processo
Imagine que todo o encontro, de uma forma geral, pode ser visto como um grande arco, composto de
três estágios:
PREPARAÇÃO: nesta fase inicial de qualquer processo, o objetivo é garantir a clareza do propósito, a
definição de regras e combinados, além de gerar confiança no processo, sempre alinhando as expectativas.
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Cada encontro é um Pensando em todo encontro, reunião ou aula como um arco com um começo,
meio e fim, poderíamos planejar diferente. O segundo passo do planejamento é
processo, e assim um arco mapear o(s) arco(s) do encontro.
Pode acontecer também que um encontro faz parte de um processo (arco) maior.
Planejando o encontro é importante entender esse contexto para planejar melhor
o arco do seu encontro. Quando planejamos, o conceito dos arcos nos oferece um
mapeamento claro do nosso encontro, e exige um planejamento que considera
uma boa preparação, sustentação e aterrissagem.
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3º PASSO:
Para cada tipo de sessão indicamos diferentes ferramentas. Nesse momento (e não
antes), abrimos nossa “caixa de ferramentas” e apresentamos as diferentes atividades
e metodologias que podem servir de apoio para criar encontros engajadores.
SUSTENTAÇÃO
PREPARAÇÃO ATERRISSAGEM
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Preparação Esta fase inicial tem o objetivo de garantir a clareza do propósito, a definição de
regras, além de gerar confiança no processo e alinhamento de expectativas. Temos
que escolhar dinâmicas, técnicas e ferramentas que apoiam esse objetivo.
TOMADA DE DECISÃO
RESOLUÇÃO DE UM CONFLITO
PROCESSO CRIATIVO
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PONTOCRACIA: Esse processo é útil para a maioria dos grupos por ser uma
forma de os indivíduos refletirem sobre suas prioridades, ver como o grupo
como um todo está pensando e permite testar a decisão antes de tomá-la.
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RESOLUÇÃO DE CONFLITOS DEMOCRACIA PROFUNDA: Essa metodologia tem como base a tomada de
decisão coletiva, propondo-se inclusive a considerar a sabedoria das minorias.
Normalmente, a conversa é iniciada a partir de uma votação, estimulando a
apresentação de todas as visões de uma determinada questão.
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4º PASSO:
Pense bem sobre aqueles momentos em que o grupo vai falar e participar. Se você
deixar 25 pessoas falarem 2 minutos cada, já são 50 minutos. Controle também seu
próprio tempo de fala e apresentação. Isso vai fazer toda diferença, pois assim você
conseguirá respeitar os participantes e, ao mesmo tempo, o conteúdo apresentado.
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Além disso, conheça previamente o espaço físico. Ele é bem arejado, iluminado,
com cadeiras confortáveis e boa acústica? Esses confortos trazem o bem-estar e
favorecem o aprendizado e as boas conversas e facilitam os diálogos mais difíceis.
PLANO B: Pense no que pode dar errado, pois imprevistos sempre acontecem. Se
planejou uma atividade externa, pense na possibilidade de chuva. Se faltar luz ou
tiver algum problema com a tecnologia de projeção da sua apresentação, como
prosseguir com o encontro sem o uso dos slides? Não esqueça de verificar se
algum dos participantes tem alguma necessidade especial.
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Mais algumas dicas NÃO TENHA MEDO DO SILÊNCIO. Deixe a pergunta flutuar. Antes de repetir uma
pergunta várias vezes para “encher o silêncio”, deixe os participantes pensarem
sobre o que foi perguntado.
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Conclusão A facilitação efetiva e rápida de encontros é uma habilidade que pode ser treinada e
desenvolvida. A capacidade de atuar como facilitador tem se tornado uma habilidade
fundamental nas organizações.
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