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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO

PRÓ-REITORIA ACADÊMICA
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GERONTOLOGIA
Disciplina: Introdução ao Estudo do Envelhecimento – Parte dois
Professora: Drª. Cristina Maria de Souza Brito Dias
Email: cristina.msbd@gmail.com

Ementa: O cuidado: tipos, circunstâncias que facilitam e dificultam o cuidado. O


cuidador: motivações, perfil, características, sentimentos que experimenta ao cuidar.
Desafios para o cuidado em Gerontologia.

Objetivo geral: Mapear as características e as condições necessárias à atividade do cuidar


e do cuidador em Gerontologia.

Objetivos específicos: ao final do curso espera-se que o aluno consiga:


- Compreender a importância do cuidado na fase da velhice;
- Distinguir os fatores facilitadores e dificultadores de um bom cuidado;
- Identificar o perfil do cuidador e os sentimentos por ele experimentados.

Metodologia: aulas teóricas, com recurso a depoimentos dos participantes de pesquisas,


data show, slides e vídeos.

Referências:
KUCHEMANN, B.A. Envelhecimento populacional, cuidado e cidadania: velhos
dilemas e novos desafios. Revista Sociedade e Estado, v. 27, n. 1, p. 165-180, 2012.
LYRA, E. V. V. Cuidando de familiares com Doença de Alzheimer: um estudo sobre
cuidadores idosos. Tese de Doutorado, Programa de Pós-graduação em Psicologia
Clínica, Universidade Católica de Pernambuco, Recife, 2015.
NEUMANN, S. M. F. Doença de Alzheimer: intervenção psicoeducativa para familiares
cuidadores. Tese de Doutorado. Programa de Pós-graduação em Psicologia Clínica,
Universidade Católica de Pernambuco, Recife, 2014.
NEUMANN, S. M. F.; DIAS, C. M. S. B. Doença de Alzheimer: o que muda na vida do
familiar cuidador? Revista Psicologia e Saúde, v. 5, n. 1, p. 10-17, 2013.
PEREZ, J. M. T. Evaluacion vivencial del cuidador. Revista de Psiquiatria y Psicologia
Médica y Psicossomática, v. 18, n 2, p. 58-61, 1997.
PEREZ, L.L.; DIAZ, M. D., CABRERA, E.H.; HERNANDEZ, P. S. “Síndrome del
cuidador” en una poblacón atendida por equipo multidisciplinário de atención geriátrica.
Revista Cubana de Enfermagem, v. 17, n 2, p. 107-111, 2001.
PRADA, G. M. El cuidado con el cuidaor informal de pacientes com demência. Revista
Argentina de Alzheimer y otros transtornos cognitivos, v. 10, p. 11-19, 2010.
O CUIDADO NA VELHICE E A FIGURA DO CUIDADOR

Conceito: cuidar é uma atividade humana originária do campo da ética e da moral, que
implica em valorizar o que o outro é ou faz, respeitar, ajudar, proteger e se preocupar com
seu bem-estar. Significa estar presente. Ela perpassa diferentes profissões e atravessa
todas as fases do ser humano, especialmente a infância e a velhice.

Tipos principais de cuidado:


- Rede formal: constituída de instituições como hospitais, ILPIs, ambulatórios,
profissionais. No caso dos idosos, a maioria é cuidada em casa.
- Rede informal: abarca a família, amigos, vizinhos.

Características exigidas de um bom/boa cuidador/a: carinho, respeito, compaixão,


paciência, flexibilidade, boa vontade, capacidade de enfrentamento da situação, avaliação
subjetiva da experiência.

Circunstâncias que dificultam o cuidado: o/a idoso/a não querer aderir ao tratamento;
resistir ao cuidado com agressividade ou teimosia; ser refratário/a aos procedimentos; o
tempo dedicado ao cuidado; falta de apoio; dificuldades financeiras.

Fatores que facilitam o cuidado: ter experiência prévia de cuidado; sentimento de


autoeficácia; senso de controle da situação; conhecimento da doença e de suas
consequências; suporte familiar; espiritualidade/religiosidade.

A FIGURA DO CUIDADOR INFORMAL

Tipos de cuidador:
- Primário: é aquele que se responsabiliza totalmente pelo cuidado.
- Secundário: cuida ocasionalmente ou substitui o cuidador primário em algumas
tarefas.
- Terciário: é um coadjuvante e geralmente faz tarefas especializadas (ir ao banco,
fazer feira, etc).
Motivações do cuidador: obrigação matrimonial ou filial; maior ligação afetiva com o/a
idoso/a; relação de parentesco; gratidão; culpa; lealdade; ausência de outras pessoas para
cuidar; obrigação moral; boas condições financeiras; maior disponibilidade de tempo;
morar na mesma casa; oportunidade de rever erros do passado; compensação
intergeracional (solidariedade intergeracional); missão. Na maioria das vezes o/a
cuidador/a é designado/a pela família e isto pode gerar muitos conflitos e
desentendimentos entre seus membros.

Fases que o/a cuidador/a atravessa:


Segundo Pérez (1997): perplexidade, impotência, ambivalência, adaptação,
cansaço/solidão, vazio/liberação (quando o/a idoso/a morre).
Segundo Prada (2010); negação, busca de informação, reorganização, resolução.

Perfil do/a cuidador/a: em todos os países os cuidadores são predominantemente


mulheres, embora os homens também estejam cuidando. Trata-se de uma carreira de
cuidados. Em primeiro lugar figura a esposa, seguida de filhas, irmãs, noras e agora netas.
Geralmente não trabalha ou procura reduzir sua carga horária para se dedicar ao cuidado;
o estado civil é solteira ou separada; na faixa etária entre 40 e 60 anos; escolaridade média
ou ensino fundamental. É comum morar na mesma casa.

Impacto do cuidado na vida do/a cuidador/a dependendo do grau de dependência ou


fragilidade do/a idoso/a, bem como do tempo dedicado a essa atividade, o/a cuidador/a
poderá sofrer diversas dificuldades a nível psicológico (ansiedade, estresse, sobrecarga,
depressão) ou físico (hipertensão, desordens digestivas, respiratórias, alteração no sono),
bem como alterações na vida familiar, profissional e social. Trata-se da “Síndrome do
cuidador”. Isso varia a depender da sua história de vida, do estágio da doença, do apoio
familiar e da capacidade de enfrentamento. Em geral, são pessoas que necessitam de
orientação, capacitação e supervisão. Sua contribuição à família e à sociedade ainda é
invisível.

Sentimentos positivos eliciados pelo cuidado: sentir-se útil; solidariedade; dedicação;


demonstração de amor; lealdade; amadurecimento pessoal; significado pessoal e
existencial; visão mais humanizada da vida e das pessoas; desenvolvimento de novas
competências e qualidades. Importa frisar que há ambivalência e contradição, a depender
das fases do adoecimento e do contexto. Os sentimentos positivos ativam as estratégias
de enfrentamento e minimizam as dificuldades.

O/a cuidador/a idoso/a: é uma situação de risco apontada pela OMS, devido ao
crescimento desse tipo de cuidador. Pesquisas têm apontado a participação de cuidadores
com idades que variam de 61 a 92 anos. Muitos relatam mudanças ocorridas em sua vida,
a partir do momento em que passaram a cuidar, seja a nível emocional, físico, social,
laboral, financeiro, e de preparo para a tarefa. Por outro lado, muitos mostraram menor
sobrecarga que os cuidadores mais jovens provavelmente porque não têm mais tantos
compromissos sociais e laborais. Além disso, o fato de o indivíduo idoso ser mais
maduro/a e flexível, o ajuda a encarar com mais serenidade o cuidado.

Desafios para um bom cuidado aos idosos:


1) Trabalho feminino;
2) Diminuição da natalidade;
3) Avaliar e valorizar a contribuição social e econômica do trabalho doméstico não
remunerado;
4) Redistribuir as responsabilidades do cuidado com o mercado e o Estado de forma
a garantir uma maior participação das mulheres no setor produtivo;
5) Promover modelos alternativos de maternidade, paternidade, masculinidade, de
forma que a mulher não esteja associada ao sacrifício e ao cuidado;
6) Estabelecer novas formas de organização do trabalho e do tempo;
7) Desconstruir o modelo de que o trabalhador ideal (homem) não tem
responsabilidades domésticas com sua família;
8) Proibir a discriminação associada às responsabilidades familiares. Mudança de
paradigma (Kuchemann, 2012).
9) Cursos de preparação, grupos de autoajuda, intervenções psicoeducativas para os
cuidadores.
10) Conscientização da família na divisão das responsabilidades.

Referências:
KUCHEMANN, B.A. Envelhecimento populacional, cuidado e cidadania: velhos
dilemas e novos desafios. Revista Sociedade e Estado, v. 27, n. 1, p. 165-180, 2012.
LYRA, E. V. V. Cuidando de familiares com Doença de Alzheimer: um estudo sobre
cuidadores idosos. Tese de Doutorado, Programa de Pós-graduação em Psicologia
Clínica, Universidade Católica de Pernambuco, Recife, 2015.
NEUMANN, S. M. F. Doença de Alzheimer: intervenção psicoeducativa para familiares
cuidadores. Tese de Doutorado. Programa de Pós-graduação em Psicologia Clínica,
Universidade Católica de Pernambuco, Recife, 2014.
NEUMANN, S. M. F.; DIAS, C. M. S. B. Doença de Alzheimer: o que muda na vida do
familiar cuidador? Revista Psicologia e Saúde, v. 5, n. 1, p. 10-17, 2013.
PEREZ, J. M. T. Evaluacion vivencial del cuidador. Revista de Psiquiatria y Psicologia
Médica y Psicossomática, v. 18, n 2, p. 58-61, 1997.
PEREZ, L.L.; DIAZ, M. D., CABRERA, E.H.; HERNANDEZ, P. S. “Síndrome del
cuidador” en una poblacón atendida por equipo multidisciplinário de atención geriátrica.
Revista Cubana de Enfermagem, v. 17, n 2, p. 107-111, 2001.
PRADA, G. M. El cuidado con el cuidaor informal de pacientes com demência. Revista
Argentina de Alzheimer y otros transtornos cognitivos, v. 10, p. 11-19, 2010.

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