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INDICADORES SOCIOECONÔMICOS

Caracterização Geográfica

Localizado na região Sudeste, o Estado de São Paulo limita-se ao norte e


nordeste com Minas Gerais, em extensões de 583 km e 425,4 km de linha
divisória, respectivamente; a oeste, com Mato Grosso do Sul e Paraná, em
648,5 km; a noroeste, com Mato Grosso do Sul, em 219,5 km; ao sul, com o
Paraná e o Oceano Atlântico, em 532,2 km; a sudeste, com o Oceano
Atlântico, em 451 km; a sudoeste, com o Paraná, em 150 km; e a leste, com
Minas Gerais e Rio de Janeiro, em 661,2 km.

Seus principais limites naturais são: o Rio Grande, ao norte, em uma


extensão de 590 km de divisa; o Rio Canoas, ao norte e nordeste, em 40 km de
extensão; a Serra da Mantiqueira, a leste, em 70 km, e a Serra do Mar, em 50
km; a Serra do Taquari, ao sul, em 40 km, o Rio Pardo, em 80 km, o Rio da
Ribeira, em 80 km, e o Rio Itapirapuã, em 40 km; o Oceano Atlântico, ao sul e a
sudeste, em 622 km; o Rio Itararé, ainda a sudeste, em 210 km; o Rio
Paranapanema, a oeste, em de 440 km; e o Rio Paraná, a oeste e a noroeste,
em 410 km.

O Estado de São Paulo ocupa uma superfície de 248.808,8 Km2,


representando 2,91% do território do País. A distância entre os pontos norte e
sul é de 5º31’00’’ (angular) ou 611 km (linear). Na direção leste-oeste, essa
distância é de 8º58’45’’ ou 923 km. Em relação ao Meridiano de Greenwich, o
Estado de São Paulo está a menos três horas no fuso horário.

Quanto à posição geográfica dos pontos extremos, registra-se, no extremo


norte, latitude sul de 19º47’22’’ e de longitude oeste13 de 50º28’37’’; no extremo
sul, latitude é de 25º18’35’’ e longitude de 48º05’52’’; no extremo leste, latitude
sul de 22º40’31’’ e longitude oeste de 44º09’46’’; e no extremo oeste, latitude
de 22º39’14’’ e longitude de 53º05’15’’.

Segundo o Censo Demográfico de 2000, o Estado de São Paulo tinha uma


população residente de 37.032.403 habitantes, quase 22% da população
brasileira, constituindo-se na mais populosa Unidade da Federação e em uma

13
Refere-se ao meridiano central do Observatório de Greenwich.

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das mais densas, com mais de 149 habitantes por km2, contra uma média
nacional de pouco menos de 20 habitantes por km2.

A maior parte do Estado está localizada na Bacia Hidrográfica do Rio


Paraná, onde se destaca um de seus formadores, o Rio Grande, além de
afluentes como o Tietê e o Paranapanema. Outros importantes rios do Estado
são o Turvo, o Pardo, o rio do Peixe, o Paraíba do Sul e o Piracicaba, além do
Ribeira do Iguape, único rio de importância na região litorânea.

São Paulo apresenta clima tropical, com chuvas variadas, inverno seco e
verão quente, diferenciando-se no litoral, onde é tropical úmido, com
temperaturas médias superiores a 22º C e chuvas abundantes, e no planalto,
onde é predominantemente tropical de altitude, com temperaturas mais baixas,
chuvas no verão e secas no inverno. A temperatura média oscila entre 16 e 18
graus e pluviosidade anual média, entre 1.000 e 1.400 mm.

O relevo do Estado pode ser dividido em três unidades distintas: o Cinturão


Orogênico do Atlântico, as Bacia Sedimentares Cenozóicas e, a mais extensa
das divisões, a Bacia Sedimentar do Paraná.

O Cinturão Orogênico do Atlântico (orogênico, por ser tratar de terrenos de


formação mais recente produzidos pelo processo da tectônica de placas)
localiza-se a leste do Estado, encontrando-se com a Depressão Periférica, a
oeste. É constituído de uma unidade chamada de Planalto Atlântico, com
altitudes que variam entre 800 e 2.000 metros. Nos trechos mais baixos, as
altitudes situam-se entre 700 e 800 metros, como no Planalto de Guapiara, ao
sul do Estado. Essa área contém um conjunto de 12 planaltos com diversos
tipos de solo, entre os quais cambissolos, litólicos, podzólicos e podzólicos
vermelho-amarelo e latossolo vermelho-amarelo, além de afloramentos
rochosos.

Na Bacia Sedimentar do Paraná, há duas grandes unidades


morfoesculturais. O Planalto Ocidental Paulista, com altitudes entre 300 e 1000
metros, apresenta terrenos levemente ondulados e com solos do tipo latossolo
vermelho-amarelo e vermelho escuro, podzólico vermelho-amarelo, o basalto,
latossolo roxo e terra roxa estruturada. Estende-se por quase metade do

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território paulista, predominando nas regiões nordeste, oeste e noroeste do
Estado.

A Depressão Periférica Paulista, com altitudes entre 600 e 750 metros,


localizada na parte central do Estado, abrange áreas das regiões
administrativas de Campinas e de Sorocaba, e pequenos trechos das de Bauru
e Central. Possui diversos tipos de modelado, entre os quais a “cuesta”
(formadas por derrame de basálticos), além de uma extensa rede de
drenagem. Na Depressão, há solos do tipo latossolo vermelho-amarelo e
vermelho-escuro, podzólico vermelho-amarelo, areias quartzosas e, no Médio
Tiête, pontos de latossolo roxo.

As Bacias Sedimentares Cenozóicas localizam-se na região leste do Estado,


e são cercadas pelo Planalto Atlântico. Ocupam áreas relativamente pequenas
constituídas pelas planícies litorâneas, a Depressão do Médio Paraíba e do
Baixo Ribeira e o Planalto de São Paulo, onde se assenta grande parte da
Região Metropolitana de São Paulo. Possuem relevo com colinas e patamares
aplainados e solos do tipo latossolo vermelho-amarelo e vermelho-escuro.

A planície litorânea é a menos extensa, estreita no trecho norte e bastante


larga ao sul. Na região costeira, encontram-se praias, manguezais, terraços e
maciços isolados, limitados a oeste pela Serra do Mar, resultando na presença
de costas baixas e costões. Suas altitudes em geral não excedem 300 metros.
O Planalto de São Paulo atinge altitudes de 700 a 800 metros, e é cercado
pelas áreas mais altas do Cinturão do Atlântico.

O ponto mais elevado do Estado é a pedra da Mina, na Serra da


Mantiqueira, na região leste, com 2.770 metros de altitude.

No aspecto político-administrativo, o Estado de São Paulo é dividido em 645


municípios, distribuídos em 42 Regiões de Governo, 14 Regiões
Administrativas14 e três Regiões Metropolitanas (Região Metropolitana de São
Paulo, Região Metropolitana da Baixada Santista e a Região Metropolitana de

14
O interior do Estado de São Paulo é dividido em 14 Regiões Administrativas (RA): RA de
Registro, RA de Santos, RA de São José dos Campos, RA de Campinas, RA de Sorocaba,
RA de Ribeirão Preto, RA de Bauru, RA de Marília, RA de São José do Rio Preto, RA de
Presidente Prudente, RA de Araçatuba, RA de Franca, RA de Barretos e RA Central. A RMBS

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Campinas), sendo que a RM de Campinas está contida na RA do mesmo
nome e a RMBS tem a mesma conformação espacial que a RA de Santos.

coincide com a RA de Santos e a RMC compreende 19 dos 90 municípios da RA de


Campinas.

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Economia
A economia do Estado de São Paulo caracteriza-se pela diversidade de
atividades econômicas, com importantes segmentos na indústria, na
agropecuária e nos serviços.

Seu parque industrial é o mais complexo e integrado do País. A integração


se dá tanto internamente ao Estado – com setores fornecedores de insumos e
peças articulados em rede à indústria de bens finais – quanto em âmbito
nacional, principalmente em setores intensivos em recursos naturais, como
metalurgia, siderurgia e petroquímica, por exemplo.

O processo de desconcentração industrial, em que o Estado de São Paulo


reduziu sua participação na produção industrial nacional, ocorrido com
intensidade entre 1970 e 1985, arrefecido entre 1985 e 1989 e estagnado até
1998, reiniciou-se nesse ano, principalmente pela exacerbação da “guerra
fiscal”. Entre 1998 e 2001, o valor da transformação industrial (VTI) da indústria
de transformação passou de 51,2% para 46,6%.

Por ser grande produtor de bens industriais de maior complexidade


tecnológica (bens duráveis de consumo e de capital), nos quais o País não tem
grande competitividade internacional, o Estado de São Paulo tem uma
estrutura produtiva voltada preferencialmente para o mercado nacional, sendo
grande fornecedor para o mercado interno, notadamente de bens industriais,
bem como grande demandador das demais regiões.15

Somente os estados de São Paulo, Amazonas, Espírito Santo e Paraná têm


saldo positivo nas transações interestaduais. Porém, o grande fornecedor é
São Paulo, que em 1999 contribuía com 50,1% de todas as entradas
interestaduais em outros estados. São Paulo também adquiria das demais
unidades da federação 41,2% de todas as vendas realizadas. Nas transações
internacionais, diversos estados são superavitários, enquanto São Paulo
registra elevado déficit. No conjunto da balança comercial (interestadual +

15
Isso pode ser comprovado na análise da matriz do fluxo de comércio interestadual de bens e
serviços, elaborada pelo Ipea. São informações referentes a 1999, mas sua distribuição pode
ser tomada como proxi do fluxo de comércio de anos recentes. Ver Vasconcelos. Ipea, Texto
para Discussão 817, Brasília, DF: Ipea, agosto de 2001.

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internacional), somente Amazonas, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e
Rio Grande do Sul, além de São Paulo, são superavitários.

Em síntese, a indústria paulista está mais voltada para o mercado interno,


não se estrutura a partir de um drive exportador e tem um grau de exposição
maior que a média nacional, motivo pelo qual é mais pró-cíclica que a de outros
estados e regiões. Isso significa que, em períodos de retração da demanda
agregada, ela tem redução maior que a média nacional, diminuindo sua
participação, e, em períodos de retomada do crescimento, responde mais
rapidamente, ampliando sua participação.

Na indústria de transformação, os segmentos mais importantes, em 2000,


eram os de fabricação de produtos químicos, de produtos alimentícios e
bebidas e de refino de petróleo e produção de álcool.16

Na agropecuária, o Estado liderava a produção nacional de cana-de-açúcar


e de laranja, com 59% e 81% do total, respectivamente, em 2002. Essas
culturas ocupam mais da metade de toda a área plantada no Estado e sua
produção tem destaque mundial: São Paulo é o maior produtor de laranja do
mundo, respondendo por quase um quarto da produção mundial; é o segundo
em cana-de-açúcar, com 16% da produção mundial, atrás apenas da Índia.
Outras culturas de grande relevância são o milho e o café, em que a produção
de São Paulo supera os 10% da total nacional.

As atividades do setor terciário que mais ampliaram sua participação na


economia paulista, nos últimos 15 anos, foram as de comércio e serviços
ligados a bens de consumo durável, instituições financeiras e comunicações.
Destaque especial deve ser dado aos serviços prestados a empresas, que
correspondem à atividade que, individualmente, mais cresceu entre 1985 e
2000. São significativas ainda as atividades relacionadas ao setor público e à
construção civil.

Outro aspecto fundamental na caracterização da economia do Estado de


São Paulo refere-se ao setor exportador.17 Com exportações da ordem de US$

16
O nome completo dessa divisão da indústria é: fabricação de coque, refino de petróleo,
elaboração de combustíveis nucleares e produção de álcool.
17
Os dados estão disponíveis em http://www.mdic.gov.br/indicadores/balancaEstados.html.

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20 bilhões desde 1999, é o Estado que registra o maior volume de vendas
externas, equivalente a mais de um terço do total nacional, que foi de US$ 58
bilhões em 2002. O crescimento destas vendas tem sido contínuo desde 1991,
quando representavam apenas US$ 11 bilhões. Entretanto, as importações
paulistas tiveram forte crescimento após o Plano Real, chegando a representar
mais de 47% do total nacional, em 1995. Em termos de saldo comercial, desde
o segundo qüinqüênio dos anos 90, tem havido déficit. Todavia, o
prolongamento da crise econômica nacional, com baixas taxas de crescimento
do mercado interno, e a desvalorização da moeda nacional contribuem para
ampliar as exportações e reduzir as importações, minimizando o déficit.18

Tabela 1
Valor das Exportações, Importações, Saldo e Corrente de Comércio
Brasil e Estado de São Paulo
1980-2003
Em US$ milhões FOB
Corrente de
Exportação Importação Saldo
Comércio
Anos
São Paulo São Paulo São São
Brasil Brasil Brasil Brasil
Valor % Valor % Paulo Paulo
1980 20.132 7.959 39,5 22.955 10.264 44,7 (2.823) (2.305) 43.087 18.223
1985 25.639 8.558 33,4 13.153 5.844 44,4 12.486 2.714 38.792 14.402
1990 31.414 11.356 36,1 20.661 9.130 44,2 10.753 2.226 52.075 20.486
1995 46.506 15.968 34,3 49.972 23.694 47,4 (3.466) (7.727) 96.478 39.662
2000 55.086 19.788 35,9 55.834 25.618 45,9 (749) (5.830) 110.920 45.406
2001 58.223 20.624 35,4 55.572 24.778 44,6 2.650 (4.155) 113.795 45.402
2002 60.362 20.106 33,3 47.241 19.835 42,0 13.121 271 107.603 39.941
2003(1) 52.790 16.461 31,2 34.993 14.791 42,3 17.797 1.670 87.783 31.252
Fonte: Secretaria de Comércio Exterior - Secex.
(1) Base ALICE – até setembro de 2003.
Nota: Os dados entre parênteses referem-se a valores negativos.

A pauta é muito fortemente orientada para os produtos manufaturados: em


2002, as exportações foram da ordem de US$ 16,9 milhões, ou cerca de 85%
do total de vendas do Estado. Numa comparação com o País, São Paulo foi
responsável por quase metade dos US$ 33,4 bilhões de exportações
manufatureiras naquele ano. Em compensação, o total de exportações
paulistas de produtos básicos e semimanufaturados, da ordem de US$ 2,5
bilhões, não chegou a representar nem 10% do total nacional. Em boa medida,
isto explica a grande discrepância no valor adicionado por unidade de peso

18
Após sucessivos déficits a partir do Plano Real, a balança de São Paulo passou a ser
superavitária desde dezembro de 2001, sendo que no acumulado de 2003 até junho, o
superávit já está calculado em US$ 400 milhões.

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exportada: para São Paulo, cada quilo de exportação valia, em 2002, 0,76
cents de dólar, contra 0,20 cents para o Brasil.

A pauta de exportação do Estado é diversificada e com predominância de


bens intermediários (42% do total exportado em 2002), bens de capital (29,7%)
e bens de consumo não duráveis (19%). Entre os dez principais produtos
exportados em 2002, destacam-se não apenas itens da indústria aeronáutica,
automobilística e eletrônica, mas também importantes segmentos da
agroindústria, como os de sucos de laranjas, açúcares e carnes.

Tabela 2
Valor das Exportações, por Fator Agregado
Brasil e Estado de São Paulo
1982-2003
Em US$ milhões FOB
Básicos Industrializados Total (1)
Anos São Brasil (A)/(B) Semimanufaturados Manufaturados Total São Brasil (A)/(B)
Paulo (B) (%) São Brasil (A)/(B) São Brasil (A)/(B) São Brasil (A)/(B) Paulo (B) (%)
(A) Paulo (B) (%) Paulo (B) (%) Paulo (B) (%) (A)
(A) (A) (A)
1982 1.854 8.238 22,51 231 1.433 16,12 5.356 10.253 52,24 5.587 11.686 47,81 7.520 20.17 37,27
1983 846 8.535 9,91 315 1.782 17,68 5.418 11.276 48,05 5.733 13.058 43,9 6.658 21.89 30,4
1984 756 8.706 8,68 427 2.872 14,87 7.793 15.132 51,5 8.220 18.004 9 33,55
45,66 9.059 27.00
1985 804 8.538 9,42 433 2.758 15,7 7.243 14.063 51,5 7.676 16.821 5 33,38
45,63 8.558 25.63
1986 689 7.280 9,46 309 2.492 12,4 6.740 12.404 54,34 7.049 14.896 9 34,86
47,32 7.790 22.34
1987 793 8.022 9,89 400 3.175 12,6 8.279 14.839 55,79 8.679 18.014 9 36,34
48,18 9.529 26.22
1988 1.007 9.411 10,7 624 4.892 12,76 10.632 19.188 55,41 11.256 24.080 4 36,44
46,74 12.31 33.78
1989 885 9.548 9,27 692 5.807 11,92 10.424 18.723 55,67 11.116 24.530 3 34.38
45,32 12.04 9 35,02
1990 1.312 8.746 15 518 5.108 10,14 9.458 17.180 55,05 9.976 22.288 1 3 36,15
44,76 11.35 31.41
1991 1.513 8.732 17,33 544 5.362 10,15 9.074 17.184 52,8 9.618 22.546 6 4 35,33
42,66 11.17 31.62
1992 1.330 8.835 15,05 662 5.166 12,81 11.196 21.505 52,06 11.858 26.671 0 35.79
44,46 13.24 0 36,99
1993 1.020 9.366 10,89 704 5.445 12,93 11.607 23.437 49,52 12.311 28.882 0 3 34,73
42,63 13.39 38.55
1994 1.223 11.059 11,06 1.033 6.893 14,99 12.386 25.164 49,22 13.419 32.057 1 5 33,84
41,86 14.73 43.54
1995 1.029 10.969 9,38 1.437 9.147 15,71 13.371 25.771 51,89 14.808 34.918 6 46.50
42,41 15.96 5 34,33
1996 1.032 11.900 8,67 1.378 8.613 16 13.989 26.596 52,6 15.367 35.209 8 6 34,72
43,64 16.57 47.74
1997 1.322 14.474 9,14 1.118 8.478 13,18 15.366 29.227 52,58 16.484 37.705 5 7 34,14
43,72 18.08 52.98
1998 965 12.977 7,44 1.237 8.120 15,23 15.814 29.414 53,76 17.051 37.534 8 51.14
45,43 18.22 6 35,64
1999 1.135 11.837 9,59 1.336 7.982 16,74 14.786 27.369 54,02 16.122 35.351 6 0 36,54
45,61 17.54 48.01
2000 1.036 12.562 8,24 1.130 8.500 13,29 17.236 32.950 52,31 18.366 41.450 2 1 35,92
44,31 19.78 55.08
2001 1.149 15.342 7,49 1.388 8.243 16,84 17.573 32.901 53,41 18.961 41.144 8 58.22
46,09 20.62 6 35,42
2002 1.330 16.952 7,85 1.512 8.965 16,87 16.877 33.400 50,53 18.390 42.365 4 3 33,31
43,41 20.10 60.36
2003
(
1.144 15.523 7,37 1.402 7.995 17,54 13.658 28.344 48,19 15.060 36.340 6 2 31,18
41,44 16.46 52.79
2)
Fonte: Secretaria de Comércio Exterior – Secex. 1 0
(1) Inclui Operações Especiais.
(2) Base ALICE – até setembro de 2003.

A guerra fiscal entre os Estados é uma questão que preocupa o governo


estadual e o empresariado. Várias empresas estão deixando São Paulo para
se instalar em outros estados ou regiões, ou optando por expandir seus
negócios fora do Estado. Como exemplo, tem-se a indústria automobilística
que, a par os elevados investimentos no Estado, seja na modernização de

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unidades existentes ou na implantação de novas unidades, buscou a
diversificação regional. Essa permanência de elevados investimentos no
Estado, mesmo com a desconcentração regional, relativizou as perdas do setor
automobilístico. Contudo, indústrias mais tradicionais, como de têxtil e de
calçados, em boa parte deixaram o Estado, o que refletiu na queda da
produção desses setores.

Infra-estrutura

São Paulo possui a mais moderna infra-estrutura de transportes,


telecomunicações e energia do País. Nos transportes, o principal destaque é o
modal rodoviário, que apresenta maior capilaridade, com cerca de 200 mil
quilômetros de vias pavimentadas.

No modal hidroviário, o Estado conta com a Hidrovia Tietê-Paraná, que


afigura-se como importante vetor de desenvolvimento regional. Sua situação
geográfica a coloca como importante fator de reordenamento da matriz de
transportes da região centro-leste brasileira, permitindo o desenvolvimento, em
larga escala, da multimodalidade como fator de ganho de competitividade para
os produtos transportados.

Considerada a via de integração do Mercosul, a configuração da hidrovia


permite interligar regiões ricas e diversificadas: pólos industriais e extensas
áreas voltadas ao agribusiness, cortando o interior de São Paulo em direção ao
oeste e margeando parte dos estados de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do
Sul e Paraná. É uma importante via de ligação entre as regiões produtoras e
consumidoras do interior do Brasil e os países do Mercosul.

A hidrovia integra-se a ferrovias e rodovias, constituindo-se na espinha


dorsal de um sistema intermodal de transporte de grande importância para o
Mercosul, que permitirá o escoamento da produção agrícola do centro-oeste
brasileiro, leste da Bolívia, Uruguai e norte da Argentina para os portos do
Atlântico, com menores custos, já que o frete fluvial tende a custar 40% menos
que o transporte ferroviário.

Da extensão atual de 2.400 km, 620 km da hidrovia estão no Rio Tietê e dois
tramos no Rio Paraná: tramo norte de 399 Km, que vai até São Simão, no
Estado de Goiás, e tramo sul de 1.381 km, até a barragem de Itaipu. Está

SEADE 30
projetada para movimentar até 10 milhões de toneladas, em cada sentido, no
Rio Tietê, e até 28 milhões, no Rio Paraná.

O sistema portuário paulista também é capitaneado pelos portos marítimos


de Santos (principal porto exportador do País e o maior da América Latina) e
de São Sebastião.

No transporte aeroviário, o Estado conta com 35 aeroportos comerciais,


sendo três de âmbito internacional e de grande porte. No modal ferroviário,
existem cerca de 5.500 km de trilhos.

O setor de telecomunicações vem passando por uma total reformulação


desde o início do processo de privatização, na segunda metade dos anos 90.
Segundo levantamentos realizados pela Fundação Seade,19 entre 1996 e maio
de 2002, foram anunciados US$ 21,9 bilhões em investimentos na área de
telecomunicações no Estado, que passaria a contar com mais de 13 milhões de
terminais fixos instalados até o final de 2003, o que corresponderia a um
crescimento de 142% no período. Para o serviço móvel celular, eram previstos
quase 9 milhões de acessos e para os telefones de uso público, 560 mil
terminais instalados.

Como resultado desta excepcional expansão, vários dos maiores fabricantes


internacionais de equipamentos de telecomunicações montaram ou ampliaram
plantas no País, a maioria no Estado de São Paulo, sobretudo na região de
Campinas.

A capacidade de geração de energia elétrica instalada no Estado é de 13,7


GW, praticamente toda de origem hidrelétrica, e responde por cerca de 85% de
suas necessidades de consumo. Prevê-se uma diversificação da matriz
energética com a progressiva utilização de gás natural, particularmente
proveniente da Bolívia,20 e também da Bacia de Campos (RJ) e da Bacia de
Santos, que hoje já dispõe de grandes reservas, conforme se anunciou
recentemente.

19
Ver mais detalhes em: http://www.seade.gov.br/negocios/snpor_05-v2.html.
20
O gas boliviano chega ao Estado através do Gasoduto Brasil-Bolívia, inaugurado em junho
de 1999.

SEADE 31
Caracterização Regional

As regiões de maior dinamismo econômico no Estado são a Região


Metropolitana de São Paulo – RMSP e as Regiões Administrativas de
Campinas, São José dos Campos, Sorocaba e Santos. Em escala menor, e
com maior participação da agroindústria, têm destaque, também, as RA de
Ribeirão Preto, Bauru e São José do Rio Preto. O Mapa 2, a seguir, mostra a
divisão administrativa do Estado de São Paulo, segundo Regiões
Administrativas e Regiões Metropolitanas.

A RMSP inclui 39 municípios, que ocupam pouco mais de 8 mil quilômetros


quadrados, e sua atividade econômica concentra-se na indústria e nos serviços
que, em conjunto, representaram quase metade do valor adicionado fiscal
gerado no Estado no ano de 200021. Em termos de dinâmica, entretanto, o
comportamento tem sido muito diferenciado entre esses setores de atividade.
No período 1995-2000, enquanto o valor adicionado total na RMSP ficou
praticamente estagnado, a indústria perdeu 8%.

As regiões que apresentaram melhor desempenho foram as RA de São José


dos Campos e de Campinas, cuja participação na economia estadual passou
de 4,4% para 9,6% e de 13,9% para 19,8%, respectivamente, entre 1980 e
2000 (Tabela 3). O Mapa 3, a seguir, mostra a distribuição do VA em 2000,
segundo as Regiões de Governo.22 Observa-se claramente a concentração da
agregação de valor em regiões mais próximas à RMSP.

21
Os dados são referentes ao valor adicionado fiscal conforme cálculo da Secretaria de Estado
dos Negócios da Fazenda.
22 As RG são subdivisões das Regiões Administrativas.

SEADE 32
Tabela 3
Distribuição do Valor Adicionado Fiscal
Regiões Administrativas do Estado de São Paulo
1980-2000
Regiões Administrativas 1980 1985 1990 1995 2000
Total do Estado 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00
RMSP 60,21 53,19 53,10 51,39 47,55
Araçatuba 1,06 1,22 1,62 1,62 1,56
Barretos 0,82 1,30 0,96 0,83 0,85
Bauru 1,70 2,31 1,69 1,93 1,73
Campinas 13,90 16,08 16,62 18,16 19,78
Central 2,01 2,66 2,00 1,96 1,91
Franca 1,11 1,36 1,37 1,15 1,26
Marília 1,39 2,03 1,64 1,47 1,41
Presidente Prudente 1,22 1,42 1,23 1,12 1,06
Registro 0,18 0,23 0,21 0,20 0,20
Ribeirão Preto 1,77 2,56 2,18 2,66 2,46
Santos 4,62 3,77 3,82 3,28 3,56
São José do Rio Preto 1,66 1,94 2,17 2,20 2,14
São José dos Campos 4,42 5,06 6,78 7,03 9,57
Sorocaba 3,94 4,87 4,61 5,01 4,93
Fonte: Dipam – Secretaria de Estado dos Negócios da Fazenda e Fundação Seade.

SEADE 33
SEADE 34
SEADE 35
Investimentos

No período 1997–2002, observa-se uma tendência de queda dos


investimentos realizados no Estado, como ilustra o gráfico 1. A maior redução
ocorreu entre 1998 e 1999, e pode ser explicada pela desvalorização cambial
no período.23 A relativa estabilização, desde então, parece ter dado lugar a uma
nova trajetória de queda em 2002, tanto para os gastos de ampliação quanto
para os de implantação, que, no final do período, chegaram a valores próximos
a US$ 7 bilhões, enquanto em 1997 eram de US$ 14 e 19 bilhões,
respectivamente.

G r á f ic o 1
In v e s tim e n to s A n u n c ia d o s n o E s ta d o d e S ã o P a u lo
1 9 9 7 -2 0 0 2
45
40
35
US bi de 2002

30
25
20
15
10
5
-
1997 1998 1999 2000 2001 2002
F o n te : F u n d aç ão S ead e A m p lia ç ã o
Im p la n ta ç ã o
N o t a : In c lu e m - s e in v e s tim e n to s s u p e r io r e s a U S $ 1 0 m ilh õ e s . T o ta l

A desagregação dos investimentos anunciados a partir de 1996 mostra que


quase 60% destinava-se à indústria (Tabela 4). Os oito primeiros setores foram
responsáveis por três quartos de todos os investimentos na indústria. Na
indústria de transformação, destacam-se os segmentos automotivo, de
produtos químicos, de metalurgia básica, de papel e celulose e de material
eletrônico e equipamentos de comunicação, que totalizavam 45% dos
investimentos industriais. Também foram relevantes os investimentos em
eletricidade, gás e água quente, em construção e em refino de petróleo e
álcool. Os investimentos em energia representaram quase 10% do total do
Estado.

23
O levantamento de investimentos no Estado de São Paulo é de responsabilidade da
Fundação Seade (http://www.seade.gov.br/negocios/), e foi calculado em dólares, aqui
deflacionados pelo Producer Price Index dos EUA.

SEADE 36
Tabela 4
Investimentos Anunciados na Indústria, segundo Subsetores
Estado de São Paulo
1996-2002
Subsetores 1997 1998 1999 2000 2001 2002
Total 32.395
Outras Atividades 225,08 - - -
Agropecuária e Pesca -
Extração de Carvão Mineral - - - - -
Extração de Petróleo - - - - -
Extração de Minerais Metálicos - - - - -
Extração de Minerais Não-Metálicos - - -
Alimentos e Bebidas
Fumo - - - -
Têxtil
Vestuário e Acessórios - -
Couro e Calçados -
Madeira
Papel e Celulose 1.993,
Edição, Impressão e Gravações
Refino de Petróleo e Álcool 3.237,
Produtos Químicos 2.626,
Produtos Farmacêuticos
Borracha e Plástico
Minerais Não-Metálicos
Metalurgia Básica 2.522,
Produtos de Metal (exclusive Máq. e Equip.)
Máquinas e Equipamentos
Máq. Escrit. e Equip. Informática
Máq., Aparelhos e Materiais Elétricos
Material Eletrônico e Equip. Comunicação 1.406,
Equip. Médicos, Ópticos, de Automação e
Automotiva 7.740,
Outros Equip. de Transporte -
Aeronáutica
Móveis e Indústrias Diversas
Reciclagem - -
Eletricidade, Gás e Água Quente -
Captação, Trat. e Distrib. de Água - - -
Construção
Com. e Rep. Automotores e Varejo de Combust.
Atacado
Varejo e Reparação de Objetos 2.280,
Alojamento e Alimentação
Transporte Terrestre -
Transporte Aquaviário - - -
Transporte Aéreo
Ativ. Aux. Transportes e Ag. Viagens
Telecomunicações
Intermed. Financ. (excl. Seguros e Prev. Priv.) -
Seguro e Previdência Privada - -
Ativ. Aux. Intermediação Financeira - -
Atividades Imobiliárias 1.891,
Aluguel Veíc., Máq. e Equip. e Obj. Pessoais - -
Atividades de Informática -
Pesquisa e Desenvolvimento - - - -
Ativ. Juríd., Cont. e de Asses. Empresarial
Educação
Saúde e Serviços Sociais
Limpeza Urbana e Esgoto - -
Atividades Associativas - -
Atividades Recreativas, Culturais e Desportivas
Serviços Pessoais -
Fonte: Fundação Seade.
Nota: Empresas com investimentos superiores a US$ 10 milhões.

SEADE 37
Esta estratégia de investimentos revela a manutenção do perfil industrial do
Estado e, mais ainda, o reforço de alguns segmentos que, desde muito tempo,
têm tido destaque em São Paulo: a indústria automobilística, com cerca de
20% de todos os investimentos no período 1996-2002, a indústria química e a
metalúrgica. Entretanto, aponta também para o crescimento em importância de
áreas de retaguarda da indústria, como as de eletricidade, gás e água quente e
de refino de petróleo e álcool.

A análise da distribuição dos investimentos segundo Região Administrativa


(Tabela 4), mostra que a Região Metropolitana de São Paulo concentrava
quase um terço do total, ao longo do período 1997–2002, oscilando entre 25%
e 40%. Em segundo lugar, aparece a RA de Campinas, com 16%, tendo
atingido um pico de 20%. Juntas, estas duas regiões foram responsáveis por
quase metade de todos os investimentos contabilizados pela Fundação Seade.
Em seguida, destacam-se a RA de São José dos Campos e a Região
Metropolitana da Baixada Santista, com 12,4% e 4,3% do total dos
investimentos no período, respectivamente.

Tabela 5
Valor Total e Distribuição dos Investimentos Anunciados,
Regiões Administrativas do Estado de São Paulo
1997-2002
Região Administrativa 1997 1998 1999 2000 2001 2002 Total
Total (em US$ bi de 2002) 32,4 36,9 21,2 23,6 23,3 14,4 151,8
Araçatuba 0,3 - 0,2 0,9 0,1 3,3 0,6
Barretos - 0,3 0,1 0,0 0,1 0,2 0,1
Bauru 1,1 0,2 0,5 1,9 2,7 1,1 1,1
Campinas 26,6 4,8 19,3 16,3 16,0 19,4 16,3
Central 1,0 2,5 0,6 4,6 0,4 0,6 1,7
Franca 0,1 0,2 0,1 0,1 0 0,3 0,1
Marília 0,1 0,2 0,4 0,2 0,3 0,4 0,2
Presidente Prudente - 0,4 0,1 0,3 0,0 0,1 0,2
Registro 0,0 - - - 0,0 - 0,0
Ribeirão Preto 0,7 2,3 1,0 0,4 2,4 0,8 1,4
RMBS 4,8 2,6 5,6 2,8 5,8 5,2 4,3
RMSP 26,5 30,9 39,2 25,1 42,2 32,8 32,1
São José do Rio Preto 0,3 0,1 0,4 0,1 0,4 0,4 0,2
São José dos Campos 17,6 6,9 7,4 19,7 7,5 18,3 12,4
Sorocaba 5,7 1,8 4,5 2,8 3,0 3,9 3,5
Diversos Municípios 15,3 46,9 20,6 24,7 19,1 13,3 25,8
Fonte: Fundação Seade
Nota: Empresas com investimentos superiores a US$ 10 milhões.
(-): Não houve anúncio de investimento no patamar de valores coletados pela Pesquisa de
Investimentos no Estado de São Paulo.
(0,0) representa valores inferiores a 0,1% do total.

SEADE 38
Produto Interno Bruto

A economia do Estado de São Paulo apresentou um crescimento


ligeiramente inferior à média nacional nos últimos anos. Por esse motivo,
apesar da importância de novas plantas industriais e da ampliação da
capacidade instalada, sua participação na composição do Produto Interno
Bruto Nacional reduziu-se entre 1985 e 2000, como mostra a Tabela 5.

Depois de oscilar entre 35% e 38% do PIB nacional nos anos 80, a
participação do Estado começou a diminuir em 1991, em uma trajetória lenta
mas contínua, chegando a um terço do PIB em 1999/2000.

Na desagregação por setores de atividade, e usando o indicador Valor


Adicionado Bruto, pode-se afirmar que boa parte desta perda deve-se ao
comportamento da indústria de transformação. A participação do Estado de
São Paulo neste setor passou de valores sempre superiores à metade do total
nacional, no período 1985-88, para cerca de 45%, na metade dos anos 90, e
para cerca de 42%, no biênio 1999-2000.

Isto se confirma pelo fato de que não só a perda na indústria de


transformação é bastante expressiva, como não é possível detectar
movimentos desta monta em nenhum dos demais setores de atividade.

Em 2001, na estrutura do Valor Adicionado Bruto do Estado, os serviços


participavam com 47%, a indústria com 38% e a agropecuária com 6%. Esta
estrutura veio se alterando desde 1985, com aumento da participação relativa
dos serviços (que representavam 42% em 1985), diminuição da indústria (54%)
e relativa estabilidade da agropecuária (Tabela 6).

SEADE 39
Tabela 6
Participação do Estado de São Paulo no Valor Adicionado Bruto do Brasil a Preço Básico, segundo Setores de Atividade Econômica,
e no Produto Interno Bruto a Preço de Mercado
1985-2000
Em porcentagem
Setores de Atividade Econômica 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000

Agropecuária 18,00 11,78 15,21 14,94 14,35 20,25 22,22 23,84 21,02 19,88 21,45 18,04 21,18 23,70 20,79 18,19
Indústria Extrativa Mineral 0,44 0,49 0,54 0,52 0,51 0,51 0,48 0,40 0,36 0,42 0,44 0,41 0,42 0,52 0,25 0,16
Indústria de Transformação 51,58 51,47 52,79 52,02 49,87 48,25 46,41 45,44 45,49 44,53 45,71 43,75 43,96 43,53 41,79 42,05
Eletricidade, Gás e Água 27,11 31,63 36,55 27,24 38,05 37,61 32,74 40,53 38,93 39,85 40,85 41,17 41,52 40,65 38,85 36,27
Construção Civil 30,26 28,47 29,93 31,37 29,54 29,77 29,52 29,12 28,32 27,88 29,31 30,02 28,88 28,48 28,32 27,84
Comércio e Reparação de Veículos e Objetos 36,06 35,16 35,62 35,22 35,52 32,53 31,54 30,07 30,50 33,81 35,87 37,62 36,12 35,69 35,21 33,83
Pessoais e de Uso Doméstico
Alojamento e Alimentação 21,42 18,63 20,27 14,73 21,73 17,56 15,10 15,34 14,31 13,61 16,30 18,04 15,49 14,75 30,22 31,01
Transportes e Armazenagem 25,99 26,06 25,26 23,91 24,30 23,90 24,98 23,56 23,66 24,95 23,34 25,71 24,92 23,28 20,67 30,10
Comunicações 36,17 31,38 33,14 37,51 35,59 33,38 35,63 31,27 31,76 35,37 35,58 36,32 36,21 37,86 39,04 43,78
Instituições Financeiras 41,32 41,32 41,32 41,32 40,98 35,69 39,23 44,15 48,52 47,65 49,64 48,93 48,88 45,74 46,84 47,96
Atividades Imobiliárias, Aluguéis e Serviços 34,58 36,21 38,16 40,50 44,48 40,32 39,01 39,50 40,23 41,93 45,05 41,16 42,71 43,15 43,60 43,40
Prestados às Empresas
Administração Pública, Defesa e Seguridade Social 23,30 25,89 25,94 25,54 28,21 25,13 24,57 25,31 24,81 22,68 22,80 24,74 26,39 27,48 27,51 21,47
Saúde e Educação Mercantis 33,95 35,16 35,15 36,44 37,93 34,69 34,65 34,26 34,68 35,15 35,62 35,23 35,22 34,75 34,03 34,15
Outros Serviços Coletivos, Sociais e Pessoais 23,09 21,67 24,10 25,72 21,54 21,18 21,80 23,00 22,13 21,14 13,39 18,04 18,48 18,24 19,02 26,05
Serviços Domésticos Remunerados 35,90 35,25 31,72 31,45 32,32 31,83 32,17 32,48 32,93 33,75 34,54 32,86 34,42 32,71 32,80 34,15
Valor Adicionado Bruto a Preço Básico 36,10 35,21 37,60 37,65 37,62 35,33 34,86 36,52 37,45 34,97 35,53 34,74 35,34 35,29 34,68 33,34
Produto Interno Bruto a Preço de Mercado 36,12 35,73 37,72 38,14 37,77 37,02 35,25 35,49 34,88 34,15 35,47 34,93 35,47 35,46 34,94 33,67
Fonte: Fundação Seade; Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.

SEADE 40
Tabela 7
Distribuição do Valor Adicionado Bruto a Preço Básico Corrente, segundo Setores e Subsetores de Atividade Econômica,
e Produto Interno Bruto a Preço de Mercado
Estado de São Paulo
1985-2001
Em porcentagem
Setores e Subsetores de Atividade Econômica 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001
Agropecuária 5,71 3,62 4,16 3,91 3,94 4,39 4,56 4,84 4,70 5,73 4,86 3,94 4,32 5,00 4,38 3,75 5,91
Indústria 53,92 53,41 54,94 55,94 54,53 47,41 44,18 48,15 50,46 45,27 39,75 39,45 38,78 37,46 37,08 39,22 38,25
ExtrativaMineral 0,04 0,04 0,02 0,02 0,02 0,01 0,02 0,02 0,02 0,02 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,02
Transformação 47,11 45,57 46,95 48,62 46,17 39,58 36,67 38,97 40,90 35,03 29,74 28,36 27,40 26,13 26,66 29,20 29,11
Minerais Não-Metálicos 1,60 1,69 2,37 2,53 2,78 2,34 2,41 2,69 2,71 2,48 2,12 2,14 2,29 2,29 2,09 2,17 2,10
Metalúrgica 5,08 4,51 3,97 3,85 3,96 2,80 2,59 3,02 3,00 2,92 2,49 2,25 2,24 1,98 1,85 2,01 1,96
Mecânica 5,37 5,57 7,11 7,78 7,39 5,34 3,86 4,35 4,61 4,53 4,05 3,28 3,14 3,09 4,58 5,37 5,33
Material Elétrico e de Comunicação 4,62 4,54 3,82 4,20 3,79 3,84 2,61 2,47 2,12 1,72 1,45 1,42 1,26 1,18 1,08 1,06 1,16
Material de Transporte 4,14 3,73 4,38 4,99 3,11 3,82 3,67 3,88 4,89 4,37 3,77 3,53 3,38 2,79 2,18 2,15 1,87
Papel e Papelão 1,51 1,45 1,39 1,92 1,96 1,42 1,55 1,63 1,55 1,18 1,26 1,00 0,84 0,80 0,96 1,13 0,97
Borracha 1,21 0,97 1,14 1,13 0,61 0,72 0,76 0,78 0,95 0,90 0,74 0,75 0,73 0,65 0,81 0,92 0,87
Química 8,56 6,62 7,47 6,64 5,43 5,25 4,91 5,80 6,94 5,48 3,90 3,80 4,04 4,24 4,71 6,30 6,64
Produtos Farmacêuticos e Veterinários 0,97 0,98 1,07 0,67 0,53 0,53 0,55 0,58 0,68 0,59 0,50 0,50 0,58 0,61 0,75 1,03 1,10
Perfumaria, Sabões e Velas 0,44 0,40 0,46 0,52 0,66 0,70 0,72 0,94 0,97 0,79 0,65 0,69 0,70 0,73 0,74 0,68 0,68
Produtos de Matérias Plásticas 1,14 1,35 1,22 1,37 1,87 1,28 1,32 1,06 1,19 1,15 1,12 1,10 0,93 0,82 0,67 0,67 0,55
Têxtil 2,73 2,88 2,01 2,02 2,98 1,96 1,58 1,09 1,07 0,91 0,72 0,63 0,48 0,40 0,28 0,17 0,09
Vestuário, Calçados e Artefatos de Tecidos 2,03 2,05 1,36 1,32 1,94 1,38 1,06 0,68 0,74 0,56 0,49 0,49 0,36 0,35 0,33 0,30 0,25
Produtos Alimentares 3,82 4,94 5,32 5,58 5,04 4,53 5,12 5,86 5,09 3,46 2,87 3,18 2,94 2,86 2,34 1,80 2,16
Bebidas 0,43 0,48 0,49 0,44 0,51 0,67 1,00 1,08 1,27 1,35 1,23 1,31 1,39 1,33 1,25 1,21 1,21
Fumo 0,04 0,04 0,04 0,04 0,06 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,04 0,02 0,01 0,00 -
Editorial e Gráfica 0,78 0,75 0,72 0,98 1,00 0,74 0,80 0,85 0,81 0,62 0,65 0,53 0,45 0,43 0,51 0,61 0,54
Indústrias Diversas (1) 2,64 2,62 2,60 2,63 2,57 2,22 2,10 2,14 2,26 1,97 1,69 1,71 1,65 1,56 1,53 1,61 1,62
Serviços de Eletricidade, Gás e Água 2,01 2,20 3,03 2,05 2,75 2,86 2,55 3,95 3,90 3,75 3,26 3,80 3,89 3,88 3,69 3,33 2,93
Construção Civil 4,75 5,61 4,93 5,25 5,58 4,96 4,94 5,21 5,64 6,47 6,74 7,27 7,48 7,45 6,72 6,68 6,19
Serviços 42,39 37,02 44,49 43,40 54,42 44,32 49,32 59,48 70,90 52,46 49,70 50,08 50,74 51,47 51,45 48,87 47,16
Comércio e Reparação de Veículos e de Objetos
Pessoais e de Uso Doméstico 9,11 8,97 8,39 8,24 7,90 8,04 8,05 7,57 7,95 8,31 9,14 8,46 7,55 7,11 7,04 7,01 6,57
Alojamento e Alimentação 0,99 0,84 0,88 0,60 1,02 0,87 0,82 0,86 0,80 0,72 0,86 0,95 0,74 0,73 1,37 1,35 1,32
Transportes e Armazenagem 2,08 2,02 1,57 1,58 1,61 1,37 1,72 1,54 1,55 1,62 1,08 1,35 1,34 1,30 1,09 1,74 1,74
Comunicações 0,98 0,78 0,89 1,11 1,10 0,99 1,10 1,28 1,61 1,57 1,48 1,97 1,93 2,30 2,95 3,17 3,36
Instituições Financeiras 15,35 8,87 16,11 15,64 24,03 13,57 12,90 26,74 38,58 19,36 10,02 8,08 8,35 7,72 7,46 6,90 6,98
Atividades Imobiliárias, Aluguéis e Serviços Prestados
às Empresas 5,18 5,49 6,42 6,38 7,22 7,14 12,13 9,62 7,91 8,31 13,91 14,73 16,21 17,12 16,51 15,38 14,43
Administração Pública, Defesa e Seguridade Social 5,97 7,33 7,15 6,78 8,32 9,38 8,93 7,92 8,71 8,74 9,36 10,37 10,43 11,22 11,27 9,26 8,95
Saúde e Educação Mercantis 1,60 1,68 2,11 2,10 2,33 2,00 2,52 2,74 2,64 2,77 2,79 3,13 3,05 2,85 2,62 2,51 2,26
Outros Serviços Coletivos, Sociais e Pessoais 0,58 0,55 0,62 0,61 0,55 0,68 0,86 0,86 0,76 0,67 0,67 0,66 0,72 0,72 0,74 1,10 1,07
Serviços Domésticos Remunerados 0,55 0,49 0,35 0,34 0,35 0,27 0,30 0,35 0,39 0,39 0,40 0,38 0,41 0,39 0,40 0,43 0,48
Valor Adicionado Bruto a Preço Básico 102,02 94,06 103,59 103,24 112,89 96,13 98,07 112,47 126,06 103,46 94,31 93,47 93,84 93,93 92,91 91,84 91,33
(-) Dummy Financeiro (14,43) (8,41) (15,86) (15,75) (24,11) (14,22) (12,58) (26,21) (38,66) (17,46) (7,93) (6,67) (6,30) (6,19) (5,67) (5,13) (4,41)
(+) Impostos Sobre Produtos, Líquidos de Subsídios 12,41 14,35 12,27 12,50 11,23 18,09 14,51 13,75 12,60 14,00 13,63 13,20 12,46 12,26 12,76 13,28 13,09
Produto Interno Bruto a Preço de Mercado 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00
Fonte: Fundação Seade; Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.
(1) Agregam os gêneros Madeira, Mobiliário, Couros e Peles.

SEADE 41
Evolução das Ocupações e do Emprego

A população residente em áreas urbanas ocupada em atividades não-


agrícolas cresceu a uma taxa média anual de 2,6%, entre 1992 e 2001,
segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD). Os
ramos de atividade que registraram maiores taxas de crescimento no período
foram aqueles ligados ao comércio (4% a.a.) e aos serviços (variando entre 3,6
e 6,8% a.a.), como se observa na Tabela 7.

Tabela 8
População Ocupada (PEA Restrita) em Atividades Não-Agrícolas, Residente em
Áreas Urbanas, segundo Ramos de Atividade
Estado de São Paulo
1992-2001
Área Censitária 1992 1995 2001 1992/01 1995/01
Ramos de Atividades (1.000) (1.000) (1.000) % a.a. % a.a.
Total Urbano 12.041 13.256 15.198 2,6 *** 2,3 ***
Indústria de Transformação 2.959 2.958 3.018 0,2 0,3
Indústria da Construção 958 931 1.018 0,7 1,5 **
Outras Atividades Industriais 140 133 141 0,1 1,0
Comércio de Mercadorias 1.782 2.181 2.544 4,0 *** 2,6 ***
Prestação de Serviços 2.600 3.213 3.588 3,6 *** 1,9 ***
Serviços Auxiliares 649 760 1.175 6,8 *** 7,5 ***
Transporte ou Comunicação 588 682 807 3,6 *** 2,8 ***
Serviços Sociais 1.242 1.380 1.769 4,0 *** 4,2 ***
Administração Pública 610 601 703 1,6 *** 2,6 ***
Outras Atividades 512 417 435 -1,8 *** 0,7
Fonte: Tabulações Especiais do Projeto Rurbano, IE/UNICAMP..
***,**,*indicam respectivamente 5%, 10% e 20% de confiança, estimados pelo teste "t".

As atividades ligadas à produção apresentaram taxas de crescimento muito


menores, sempre inferiores a 1% a.a. Assim, a indústria de transformação, que
praticamente não ampliou a oferta de empregos, perdeu para a prestação de
serviços a posição de maior provedora de empregos, e perdeu igualmente
importância relativa, passando de um quarto do pessoal ocupado em 1992,
para menos de um quinto, em 2001.

Quando a distribuição das ocupações é desagregada por setores


econômicos, observa-se que o maior contingente de ocupados encontra-se no
emprego doméstico e, em seguida, na construção. Esses eram os únicos a
empregar mais de um milhão de pessoas em 1999 (Tabela 8). No período
1992/99, o crescimento do emprego urbano foi da ordem de 1,8% a.a., média
que encobre dois padrões de comportamento bem distintos. De um lado, o
emprego industrial, sobretudo em seus maiores segmentos (alimentos e

SEADE 42
metais), apresentou taxas negativas de crescimento, com uma única notável
exceção que foi a indústria gráfica. De outro lado, as atividades mais dinâmicas
estavam ligadas aos serviços, com destaque para ensino privado (7,4% a.a.),
serviços pessoais (5,9% a.a.) e transportes (acima de 3% a.a.), e ao comércio
varejista, particularmente os supermercados (5% a.a.).

A desagregação por ocupações mostra um perfil semelhante: as ocupações


ligadas ao comércio e aos serviços apresentaram os maiores volumes
absolutos bem como as maiores taxas de crescimento no período 1992-99,
como se observa na Tabela 9.

Tabela 9
População Ocupada em Atividades Não-Agrícolas, Residentes em Áreas Urbanas, segundo
Setores de Atividade - PEA restrita
Estado de São Paulo
1992-1999
Setor 1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999 1992/99 1996/99
Principal (1.000) (1.000) (1.000) (1.000) (1.000) (1.000) (1.000) %a.a. % a.a.
Total 12.041 12.336 13.256 13.198 13.398 13.465 13.613 1,8 *** 1,0 ***
Emprego Doméstico 888 941 1.123 1.037 1.110 1.040 1.154 3,2 *** 2,6
Construção 958 955 931 937 1.000 1.055 1.027 1,3 ** 3,3 *
Restaurantes 462 472 585 610 580 522 551 2,6 * -4,0
Estab. Ensino Público 394 421 439 388 437 423 443 1,1 3,7
Comércio Alimentos 283 301 339 365 318 364 356 3,2 *** 0,7
Indústria Alimentos 374 387 346 358 354 345 329 -1,8 *** -2,7 ***
Indústria-Metais 390 359 381 391 340 378 317 -1,7 * -5,1
Acessório Veículos 298 343 338 285 294 270 310 -1,5 1,7
Assist. Técnica – Veículos 278 271 316 322 307 307 307 1,8 ** -1,4
Clínicas e Ambulatórios 253 258 243 302 291 267 291 2,0 * -2,0
Ensino Privado 190 203 221 266 274 317 289 7,4 *** 4,0
Transporte de Carga 238 249 313 303 323 312 288 3,6 ** -1,9
Comércio Ambulante 226 264 341 226 250 259 286 1,3 7,6 ***
Administração Municipal 284 253 290 293 313 255 276 0,2 -3,8
Comércio Vestuário 243 316 310 341 279 280 275 0,3 -6,1 *
Transporte Público 221 230 232 236 274 289 259 3,3 *** 3,4
Alfaiataria 224 219 266 240 225 210 246 0,3 0,0
Comércio de Varejo 151 167 175 228 198 208 225 5,5 *** 0,1
Serviços Pessoais 129 155 191 165 171 195 213 5,9 *** 9,4 ***
Serviços Financeiros 275 270 233 226 202 189 205 -5,2 *** -3,6
Supermecados 150 168 162 185 194 223 200 4,9 *** 3,8
Serviços de Saúde Pública 138 133 142 149 154 178 200 5,2 *** 10,7 ***
Serviços Residenciais 171 174 165 164 178 210 177 1,5 4,1
Comércio Art. Construção 134 179 149 137 156 153 176 1,4 7,5 **
Equip. Mecânicos 195 170 205 210 228 158 168 -1,0 -9,7
Serv. Contabilidade e Econ. 130 115 144 160 148 146 160 3,7 *** -0,2
Indústria Gráfica 129 118 149 135 147 164 157 4,0 *** 5,9 *
Comércio Art. Transportes 138 173 144 156 171 167 156 1,2 -0,3
Equipamentos Elétricos 167 148 170 166 183 165 152 0,3 -3,5
Industria Vestuário 197 223 201 214 136 130 142 -6,9 *** -11,9
Subtotal 8.309 8.634 9.245 9.196 9.237 9.178 9.336 1,5 *** 0,4
Fonte: Tabulações Especiais do Projeto Rurbano, IE/Unicamp, setembro/2000.
***,**,*indicam respectivamente 5%, 10% e 20% de confiança, estimado pelo coeficiente de regressão log-linear contra o tempo.
"-" indica menos de seis observações na amostra.

SEADE 43
Tabela 10
População Ocupada em Atividades Não-Agrícolas, Residente em Áreas Urbanas, segundo
a Ocupação Principal - PEA restrita
Estado de São Paulo
1992-1999
Em 1.000 pessoas
Ocupação 1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999 1992/99 1996/99
Principal (1.000) (1.000) (1.000) (1.000) (1.000) (1.000) (1.000) % a.a. % a.a.
Total 12.041 12.336 13.256 13.198 13.398 13.465 13.613 1,8 *** 1,0 ***
Serviços Domésticos 619 664 744 735 760 737 838 3,6 *** 3,7
Balconistas Atendentes 615 623 725 794 758 741 748 3,2 *** -2,0 *
Motorista 490 500 587 564 592 578 558 2,3 *** -0,6
Ajudante Administrativo 618 535 493 543 502 470 511 -2,5 ** -2,5
Pedreiro 500 443 453 502 506 537 495 1,4 0,2
Serviços Conta Própria 395 428 479 558 505 431 486 2,4 -5,6
Diversos 486 373 354 590 485 481 398 0,8 -11,2 ***
Servente Faxineiro 300 323 292 279 301 288 304 -0,6 2,2
Costureiro Alfaiate 282 290 313 334 250 246 293 -1,1 -4,0
Empregador - Comércio 200 239 229 221 262 258 265 3,3 *** 5,5 *
Atendentes de Serviços 99 128 149 147 226 243 225 13,3 *** 14,4
Chefias e Assistentes 306 260 217 278 222 222 222 -3,8 ** -6,4
Ajudante Diversos 157 207 227 186 195 194 213 2,0 4,0 *
Ajudante Pedreiro 170 201 166 174 185 180 209 1,2 5,4 *
Cozinheiro (não-domést.) 147 178 186 212 187 207 192 3,6 ** -2,0
Ambulante – outros 173 174 239 180 187 175 187 0,4 0,6
Ajudante Mec. Veículos 153 141 187 167 170 159 179 2,1 * 1,4
Técnicos Industriais Div. 151 198 124 175 145 166 179 0,4 2,0
Diarista Doméstica 149 155 207 150 171 149 163 0,3 1,1
Auxiliar Serv. Médico 153 128 132 149 122 139 162 0,6 3,9
Secretário Taquígrafo 162 133 116 156 115 141 160 -0,1 2,9
Guarda – Vigia 196 168 155 200 167 191 160 -0,9 -5,2
Provedor Serviços 117 115 108 116 105 131 136 1,9 7,5
Acondicionador 105 116 112 94 97 93 134 0,2 10,7
Caixa Recebedor 97 78 99 95 96 115 120 4,3 *** 9,4 **
Ajudante Pintor 84 97 91 95 113 118 105 3,9 *** 3,8
Empregador Indústria 121 127 108 123 108 125 104 -1,5 -3,7
Dirig. Indústria Transform. 76 92 104 78 82 82 102 1,2 8,1 *
Copeiro Balconista 99 160 179 113 161 132 102 -0,8 -4,9
Médico 50 65 64 77 85 70 102 7,9 *** 6,5
Subtotal 7.274 7.338 7.640 8.083 7.858 7.799 8.053 1,4 *** -0,2
Fonte: Tabulações Especiais do Projeto Rurbano, IE/Unicamp, setembro/2000.
***,**,*indicam respectivamente 5%, 10% e 20% de confiança, estimado pelo coeficiente de regressão
log-linear contra o tempo.
"-" indica menos de seis observações na amostra.

Assim, as ocupações que mais cresceram foram as de serviços domésticos,


motoristas, atendentes, serviços por conta própria. Para ficar numa única
comparação, basta mencionar que a ocupação de empregador cresceu 3,3%
a.a. no comércio e recuou 1,5% a.a. na indústria.

Em 2001, o número de empregados com vínculo formal no Estado de São


Paulo era de aproximadamente 8,3 milhões de pessoas, em cerca de 663 mil
estabelecimentos, segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais
(Rais), do Ministério do Trabalho e Emprego, resumidos na Tabela 11.
Destacam-se os setores de serviços e da indústria de transformação, que

SEADE 44
ocupavam respectivamente 2,7 milhões e 1,9 milhão de pessoas, seguidos
pelo comércio e pela administração pública. Juntos, esses setores de atividade
eram responsáveis por mais de 90% do emprego formal e por cerca de 85%
dos estabelecimentos do Estado.

Entre 1986 e 2001, o número de empregados no Estado teve um


crescimento de apenas 7,4%, menor até que o do número de
estabelecimentos, que foi de 16,4%. Praticamente todo o crescimento, tanto
em uma variável quanto na outra, deveu-se ao comportamento de serviços e
comércio, uma vez que, entre as demais atividades, apenas a administração
pública e a agricultura apresentaram taxas de crescimento positivas no
emprego. No caso da indústria de transformação, embora tenha aumentado o
número de ULs, o emprego caiu quase 7%, destruindo mais de 100 mil postos
de trabalho.

A distribuição mais desagregada dos estabelecimentos e do pessoal


ocupado segundo subsetores de atividade no período 1986/97, apresentada na
Tabela 12, revela, por outro ângulo, a perda de espaço da indústria para os
segmentos terciários. As quedas mais sentidas na indústria de transformação
ocorreram em alguns dos segmentos mais tradicionais da indústria paulista,
como o complexo metal-mecânico, de material elétrico e comunicação e de
material de transporte, que perderam entre 30% e 60% da importância que
tinham no início do período. No conjunto, esses quatro segmentos
representavam quase 16% de toda a mão-de-obra empregada em 1986,
chegando a apenas 9% em 1997. Segmentos mais tradicionais, como o de
têxtil e o de calçados, também sofreram perdas significativas.

O maior impacto positivo verificou-se no comércio, particularmente o


varejista, que em 1997 chegou à segunda posição, ficando atrás apenas do
serviço público, com mais de 12% do total de ocupações, e representando
quase um terço de todos os estabelecimentos. Na área de serviços, houve
crescimento ao longo de todo o período considerado, com destaque para
serviços médicos, ensino e serviços industriais de utilidade pública.

SEADE 45
Tabela 11
Estabelecimentos e Pessoal Ocupado, segundo Setores de Atividade Econômica
Estado de São Paulo
1996 e 2001
1996 2001 2001/1996 (%)
Setores de Atividade
UL PO UL PO UL PO
Total 569.300 7.658.270 662.736 8.227.367 16,4 7,4
Extrativa Mineral 1.149 15.176 1.064 13.265 -7,4 -12,6
Indústria de Transformação 74.224 1.987.845 77.636 1.851.200 4,6 -6,9
Serviços Industriais de Utilidade Pública 1.332 95.209 1.328 74.913 -0,3 -21,3
Construção Civil 21.377 350.093 22.028 304.119 3,0 -13,1
Comércio 203.737 1.126.655 253.176 1.394.438 24,3 23,8
Serviços 192.076 2.281.693 233.207 2.709.108 21,4 18,7
Instituições de Crédito, Seguros e Capitalização 10.135 237.373 11.567 230.257 14,1 -3,0
Administração Pública Direta e Autárquica 2.235 1.242.654 2.211 1.338.760 -1,1 7,7
Agricultura, Silvicultura, Criação de Animais,
Extrativismo Vegetal, Pesca, etc. 59.041 308.595 60.519 311.307 2,5 0,9
Outros e Ignorados 3.994 12.977 0 0
Fonte: Ministério do Trabalho – RAIS, vários anos.

SEADE 46
Tabela 12
Distribuição dos Estabelecimentos e do Pessoal Ocupado, segundo Subsetores de Atividade
Estado de São Paulo
1986-1997
1986 1990 1995 1997 1990/1986 1995 / 1990 1997 / 1995 1997 / 1986
Setores de Atividade Estab. P.O. Estab. P.O. Estab. P.O. Estab. P.O. Estab. P.O Estab. P.O Estab. P.O Estab. P.O
(em % sobre o total) (em taxa de variação no período)
Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 12,4 2,9 26,3 1,0 7,0 -0,8 51,9 3,1
Extrativa Mineral 0,3 0,2 0,3 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 11,0 11,5 -0,2 -4,9 -2,9 -1,6 7,6 4,3
Indústria Prod. Min. Não-Metálicos 1,2 1,6 1,2 1,4 0,8 1,1 0,8 1,1 10,4 -13,2 -14,2 -20,2 5,6 -0,1 0,1 -30,8
Iindústria Metalúrgica 1,8 4,6 1,8 3,6 1,7 3,1 1,7 3,1 13,9 -18,7 21,9 -13,1 7,0 -3,5 48,6 -31,8
Indústria Mecânica 1,1 3,5 1,2 2,9 0,8 2,2 0,7 2,0 21,2 -15,2 -17,2 -21,6 0,9 -12,5 1,3 -41,9
Indústria Mat. Elétrico e Comunicação 0,6 3,3 0,7 2,7 0,5 1,6 0,4 1,3 28,6 -14,3 -16,4 -38,9 -3,2 -20,4 4,1 -58,3
Indústria do Mat. de Transporte 0,3 4,3 0,3 3,7 0,4 2,8 0,4 2,6 7,1 -10,7 55,3 -23,5 -4,8 -7,8 58,3 -37,1
Indústria Madeira e Mobiliário 1,4 1,5 1,4 1,1 1,1 0,9 1,0 1,0 17,7 -20,9 -6,2 -17,5 2,1 0,6 12,8 -34,4
Indústria Pap.,Papelão, Edit. e Gráfica 1,1 2,1 1,1 2,0 1,1 1,9 1,1 1,9 22,2 0,0 22,2 -1,6 8,2 -4,6 61,6 -6,1
Ind. Bor., Fumo, Couros, Peles, Sim, Ind. Diversos 1,4 2,8 1,5 2,4 0,8 1,5 0,7 1,3 24,4 -11,6 -30,1 -36,5 -5,5 -15,5 -17,8 -52,6
Ind. Quím. Prod. Farm., Veter., Perf., Sabão 1,3 4,0 1,3 3,7 1,4 3,5 1,4 3,4 12,1 -5,3 38,8 -6,0 5,1 -1,6 63,5 -12,4
Indústria Têxtil do Vest. e Artef. de Tecidos 3,6 5,9 3,9 4,9 2,9 3,6 2,5 2,9 21,8 -14,5 -7,2 -24,6 -9,0 -19,7 2,8 -48,2
Indústria de Calçados 0,4 1,1 0,6 0,8 0,4 0,5 0,3 0,5 58,1 -24,3 -26,1 -32,3 -4,2 -14,6 11,9 -56,2
Indústria de Prod. Alim., Beb. e Álcool Etílico 1,3 3,5 1,2 3,3 1,6 3,9 1,6 3,5 3,4 -3,5 68,3 17,9 7,2 -10,8 86,6 1,5
Serviços Industriais de Utilidade Pública 0,2 0,8 0,3 1,0 0,2 1,3 0,2 1,2 76,8 17,7 -4,6 36,8 4,2 -6,2 75,6 51,0
Construção Civil 1,5 3,8 3,3 4,0 3,9 4,5 3,8 4,6 144,2 9,5 49,4 13,9 4,5 0,3 281,3 25,1
Comércio Varejista 29,5 9,4 30,5 9,9 30,8 11,2 31,5 12,2 16,4 8,0 27,5 14,0 9,3 8,4 62,2 33,4
Comércio Atacadista 5,0 2,8 5,0 3,0 5,0 3,0 4,7 3,0 11,1 9,1 26,3 3,2 0,8 -1,0 41,4 11,4
Instituições de Crédito, Seguros e Capitalização 1,5 4,1 1,3 3,8 1,8 3,3 1,8 3,1 -5,9 -5,1 75,3 -11,8 10,0 -7,8 81,5 -22,9
Com. Adm. Imov., Val. Mov, Serv. Téc. Prof., etc 9,9 8,1 11,1 8,4 12,4 8,5 13,3 9,8 25,5 6,5 40,8 2,8 15,3 13,7 103,8 24,4
Transportes e Comunicações 2,4 4,6 2,0 4,2 3,2 5,5 3,3 5,7 -9,3 -5,6 107,1 30,7 10,9 2,9 108,3 27,0
Serv. Aloj., Alim., Rep. Man. Red., Rádio, TV 14,5 8,8 14,1 9,4 10,2 7,7 11,1 8,5 9,0 9,4 -8,8 -17,5 17,0 10,0 16,3 -0,7
Serv. Médicos, Odontológicos e Veterinários 1,2 1,3 2,0 1,5 4,4 3,4 5,0 3,5 88,8 16,9 184,2 134,2 22,7 2,9 558,7 181,7
Ensino 1,1 0,7 0,9 0,8 1,6 3,2 1,8 3,3 -6,7 16,6 129,6 298,3 18,3 1,1 153,2 369,5
Administração Pública Direta e Autárquica 16,3 15,0 3,2 13,8 0,4 16,4 0,4 16,3 -77,7 -5,6 -85,3 20,1 11,4 -1,7 -96,4 11,5
Agric., Silvic., Criação Animais, Extr. Veg., Pesca 0,6 1,4 1,5 1,7 10,2 4,1 9,8 4,0 198,3 26,0 731,0 146,5 3,1 -3,3 2.455,7 200,3
Outros 0,4 0,6 8,2 5,7 2,3 0,7 0,2 0,0 2.387,7 827,6 -64,7 -86,7 -89,4 -93,9 -7,0 -92,4
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – MTb.

SEADE 47
A análise das Regiões Administrativas e de suas participações relativas no total
de ocupados do Estado mostra que a RMSP respondia por 57% do total, em 1997,
concentrando 43% dos estabelecimentos. Essa primazia era verificada em todos
os setores de atividade, com exceção da Agropecuária, geralmente com mais da
metade do emprego. No caso da indústria de transformação, a RMSP respondia
por praticamente metade do pessoal ocupado e do número de estabelecimentos.
(Tabela 13)

Em segundo lugar, vinha a RA de Campinas, respondendo por cerca de 15% do


total do Estado. Essa posição não era ameaçada, embora as RA de Sorocaba e
São José dos Campos, respectivamente terceira e quarta colocadas, estivessem
muito próximas em atividades como extrativa e agropecuária. No caso da
indústria, Campinas representava, em 2001, quase 20% do emprego, o dobro das
RA de Sorocaba e de São José dos Campos juntas. (Mapa 4)

SEADE 48
Tabela 13
Distribuição dos Estabelecimentos e do Pessoal Ocupado, por Setor de Atividade, segundo as Regiões Administrativas
Estado de São Paulo
1997
Serviços
Administração
Extrativa Industriais de Construção
Indústria Comércio Serviços Pública Direta Agropecuária Total
Região Administrativa mineral Utilidade Civil
e Autárquica
Pública
UL PO UL PO UL PO UL PO UL PO UL PO UL PO UL PO UL PO
Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Araçatuba 2,0 1,3 2,0 2,0 3,0 2,4 1,4 0,8 2,1 1,4 1,5 0,8 5,2 1,4 6,5 4,2 2,3 1,4
Barretos 0,8 0,5 0,6 0,6 1,6 0,6 1,2 0,6 1,1 0,9 0,8 0,5 2,3 0,6 4,8 5,8 1,3 0,8
Bauru 4,0 2,1 2,8 2,7 4,0 2,4 3,3 1,9 3,0 2,5 2,3 1,7 4,9 1,4 6,0 8,1 3,0 2,3
Campinas 26,2 18,7 18,9 19,9 12,0 13,9 16,9 11,9 16,5 15,4 13,9 12,1 14,4 7,7 16,8 19,2 15,9 14,0
Central 3,7 4,1 2,9 2,5 2,9 1,7 2,7 2,1 2,8 2,2 2,2 1,5 4,7 1,4 5,8 9,5 2,9 2,1
Franca 1,7 0,7 3,1 2,1 2,7 1,1 1,9 0,7 1,9 1,4 1,4 0,8 2,8 0,8 5,4 4,8 2,2 1,3
Marília 2,3 1,3 2,2 1,7 6,3 2,3 3,0 1,2 2,8 2,0 2,0 1,2 6,1 1,6 8,2 8,5 3,0 1,8
Presidente Prudente 2,1 1,2 1,7 1,1 5,4 1,8 3,2 1,4 2,4 1,7 1,7 1,0 6,2 1,6 7,5 3,7 2,6 1,3
RMSP 18,1 35,0 49,3 49,7 30,3 57,1 42,8 62,1 43,5 52,6 51,3 63,1 19,7 69,2 3,5 3,4 43,2 56,9
Registro 3,1 1,6 0,2 0,1 1,6 0,6 0,2 0,2 0,5 0,4 0,3 0,2 1,6 0,4 2,1 1,8 0,6 0,3
Ribeirão Preto 3,4 4,2 2,7 2,3 2,8 1,1 4,1 3,4 3,8 3,3 3,3 2,5 3,8 1,9 4,2 8,0 3,5 2,7
RMBS 1,2 2,3 1,2 1,0 2,6 2,2 4,2 4,6 3,6 3,3 6,6 4,3 2,2 2,3 0,4 0,6 4,2 2,9
São José do Rio Preto 3,0 1,7 4,0 2,5 7,2 2,1 2,9 2,2 4,1 3,1 2,9 2,0 10,2 2,2 11,0 6,5 4,2 2,5
São José dos Campos 10,7 11,2 2,9 5,1 6,0 4,7 6,1 3,7 5,3 4,6 5,1 3,9 5,8 3,7 5,5 2,8 5,0 4,2
Sorocaba 17,8 14,1 5,5 6,6 11,6 6,2 6,2 3,2 6,4 5,4 4,7 4,5 10,1 3,7 12,5 13,1 6,3 5,3
Fonte: Ministério do Trabalho – RAIS, vários anos.

SEADE 49
SEADE 50
População

O Estado de São Paulo tinha aproximadamente 37 milhões de habitantes,


em 2000, o que correspondia a 22% da população nacional. Caracteriza-se,
assim, pela elevada concentração populacional, abrigando mais da metade da
população da Região Sudeste (51%).

Apesar da redução generalizada do ritmo de crescimento da população


brasileira, evidenciada pelos dados do Censo Demográfico de 1991, e
decorrente, em grande medida, da queda da fecundidade, iniciada já nos anos
70, e das mudanças nos movimentos migratórios, marcantes nos anos 80, o
Estado de São Paulo continuou registrando taxas anuais de crescimento
superiores às médias nacional e regional. Durante a década de 80, a taxa
brasileira era de 1,9% ao ano (a.a.) e a paulista de 2,1% a.a., e no período
1991-2000, de 1,6% a.a. e 1,8% a.a., respectivamente.

As tendências de crescimento populacional observadas para o Estado de


São Paulo estão fortemente influenciadas pela Região Metropolitana de São
Paulo – RMSP, que abriga quase a metade da população estadual (48% em
2000). Nas duas últimas décadas, a RMSP vem registrando um decréscimo no
ritmo de crescimento da população, com uma taxa de 1,9% a.a. entre 1980-
1991 e de 1,7% a.a. entre 1991-2000, taxas abaixo das apresentadas pelo total
do Estado.

As outras duas áreas metropolitanas do Estado,24 Região Metropolitana


da Baixada Santista – RMBS e Região Metropolitana de Campinas – RMC,
apresentaram, nos mesmos períodos, ao contrário da RMSP, taxas anuais de
crescimento da população superiores à média estadual. A RMBS manteve um
ritmo de crescimento em torno de 2,2% a.a. nas duas décadas e a RMC
passou de 3,5% a.a., entre 1980-1991, para 2,6% a.a., entre 1991-2000.

24
Região Metropolitana da Baixada Santista – RMBS, instituída pela Lei Complementar n°
815/96, e Região Metropolitana de Campinas – RMC, instituída pela Lei Complementar n°
870/2000.

SEADE 51
De um modo geral, nos períodos observados, as sedes metropolitanas
apresentaram taxas anuais de crescimento populacional menores que as do
conjunto dos demais municípios que compõem as regiões metropolitanas. Na
RMSP, o Município de São Paulo registrou taxa de 0,9% a.a. entre 1991-2000,
contra 2,9% a.a. nos demais. Na RMC, a taxa do Município de Campinas foi de
1,5% a.a. e dos demais municípios de 3,4% a.a. A maior diferença foi
observada na RMBS: sua sede (município de Santos) registrou apenas 0,02%
a.a. contra 3,2% a.a. dos demais municípios.

Ao contrário da RMSP, em que mais da metade da população residia na


sede (58,4% em 2000), nas outras duas áreas metropolitanas a maioria da
população residia nos demais municípios. Entretanto, em todas as sedes
metropolitanas observou-se, ao longo do período estudado, a tendência de
redução do peso relativo em relação às áreas de seu entorno.

Tabela 14
População Total e Taxa de Crescimento Populacional (% ao ano)
Regiões Metropolitanas do Estado de são Paulo
1991-2000
População Total Taxa de
Regiões Metropolitanas e Crescimento
Municípios 1991 % 2000 % 1991/2000
Estado de São Paulo 31.436.273 100,00 36.974.378 100,00 1,82
RM de São Paulo 15.369.305 48,89 17.852.637 48,28 1,68
São Paulo 9.610.659 62,53 10.426.384 58,40 0,91
Demais Municípios 5.758.646 37,47 7.426.253 41,60 2,87
RM da Baixada Santista 1.214.980 3,86 1.473.912 3,99 2,17
Santos 417.114 34,33 417.975 28,36 0,02
Demais Municípios 797.866 65,67 1.055.937 71,64 3,16
RM de Campinas 1.852.813 5,89 2.332.988 6,31 2,59
Campinas 843.516 45,53 968.160 41,50 1,54
Demais Municípios 1.009.297 54,47 1.364.828 58,50 3,41
Fonte: Fundação SEADE / Fundação IBGE. Censos Demográficos 1991 e 2000.
Nota: Estimativas populacionais ajustadas para 1° de julho.

Apesar da forte concentração populacional na RMSP, verificou-se o


crescimento de determinadas regiões localizadas no interior paulista,
beneficiadas por uma relativa desconcentração de atividades industriais, a
partir da década de 70. Contribuíram para a consolidação desse processo os
incentivos estatais nos setores petroquímico, siderúrgico e o Pró-Álcool, além
do crescimento da agroindústria, da exportação de manufaturados e dos
investimentos nas vias de transportes e comunicações. Com isso, iniciou-se um
redirecionamento dos fluxos migratórios para outras áreas com potencial de

SEADE 52
recepção, relativamente urbanizadas, com um parque industrial, tecnologia de
ponta, ou uma agricultura moderna, capazes de absorver atividades
econômicas liberadas pela RMSP, como os municípios de Campinas, Ribeirão
Preto, São José dos Campos, Sorocaba e São José do Rio Preto. Já nos anos
70, certas regiões do interior paulista destacavam-se por seu dinamismo
econômico e pela absorção de fluxos migratórios provenientes tanto da RMSP
como de regiões vizinhas, registrando taxas de crescimento superiores às da
RMSP.

Ainda que o processo de desconcentração econômica em direção ao


interior paulista, no período de estagnação dos anos 80 e 90, tenha perdido
bastante de seu dinamismo, as taxas de crescimento das áreas mais
desenvolvidas continuaram a ser maiores que a da RMSP, em grande parte,
devido aos posteriores efeitos dinamizadores dessa desconcentração industrial
sobre o mercado de trabalho nos setores de comércio e serviços. Assim, o
patamar de urbanização já atingido pelas principais áreas do interior contribuiu
para o fortalecimento de centros na rede urbana estadual e para o
direcionamento dos fluxos migratórios.

No período entre 1980 e 2000, regiões do interior, que se destacam por


seu dinamismo econômico, registraram expressivo ritmo de crescimento
populacional – as RA de Campinas, Central, Franca, Ribeirão Preto, São José
dos Campos e Sorocaba apresentaram taxas acima da média estadual durante
as duas décadas, como também significativos saldos migratórios anuais.

SEADE 53
SEADE 54
Tabela 15
População Total, Taxas de Crescimento Populacional (% ao ano) e Grau de Urbanização
Estado de São Paulo
1980-2000
Regiões Administrativas, População Total Taxas de Grau de
Regiões de Governo e Crescimento Urbanização
Regiões Metropolitanas 1980 1991 2000 1980/199 1991/2000 1991 2000
1
Estado de São Paulo 24.953.238 31.436.273 36.974.378 2,12 1,82 92,75 93,41
RMSP 12.549.856 15.369.305 17.852.637 1,86 1,68 97,84 95,75
RMC 1.269.559 1.852.813 2.332.988 3,50 2,62 95,03 97,07
RMBS 957.889 1.214.980 1.473.912 2,18 2,17 99,57 99,59
RA de Araçatuba 523.565 613.039 672.572 1,44 1,04 86,53 90,85
RG de Andradina 157.042 171.617 179.048 0,81 0,47 84,32 88,18
RG de Araçatuba 366.523 441.422 493.524 1,70 1,25 87,39 91,83
RA de Barretos 267.626 356.741 394.835 2,65 1,13 87,80 91,94
RG de Barretos 267.626 356.741 394.835 2,65 1,13 87,80 91,94
RA de Bauru 660.026 821.544 955.486 2,01 1,69 88,79 93,36
RG de Bauru 363.127 462.667 543.462 2,23 1,80 90,56 94,30
RG de Jaú 171.164 219.889 258.165 2,30 1,80 90,45 64,54
RG de Lins 125.735 138.988 153.859 0,92 1,14 80,25 88,06
RA de Campinas 3.196.969 4.382.452 5.383.260 2,91 2,31 89,86 92,83
RG de Bragança Paulista 288.495 380.114 470.200 2,54 2,39 79,59 80,35
RG de Campinas 1.399.531 2.019.329 2.529.419 3,39 2,53 94,80 97,00
RG de Jundiaí 399.447 534.129 669.781 2,68 2,55 89,88 90,41
RG de Limeira 338.487 465.002 557.281 2,93 2,03 86,95 94,01
RG de Piracicaba 294.437 394.800 471.979 2,70 2,00 90,58 92,50
RG de Rio Claro 149.315 188.024 235.899 2,12 2,55 90,27 93,66
RG de São João da Boa Vista 327.257 401.054 448.701 1,87 1,26 77,16 84,49
RA Central 540.889 725.635 853.866 2,71 1,82 88,52 92,31
RG de Araraquara 326.700 443.409 512.664 2,82 1,63 87,75 91,73
RG de São Carlos 214.189 282.226 341.202 2,54 2,13 89,73 93,19
RA de Franca 409.755 538.804 639.463 2,52 1,92 89,65 93,89
RG de Franca 317.374 426.940 509.124 2,73 1,98 90,34 93,82
RG de São Joaquim da Barra 92.381 111.864 130.339 1,75 1,71 87,04 94,17
RA de Marília 679.342 786.962 886.735 1,35 1,34 83,33 89,47
RG de Assis 158.694 198.209 224.580 2,04 1,40 86,05 90,42
RG de Marília 236.176 273.869 313.408 1,36 1,51 84,10 90,55
RG de Ourinhos 149.198 175.600 202.690 1,49 1,61 81,55 88,41
RG de Tupã 135.274 139.284 146.057 0,27 0,53 80,18 87,15
RA de Presidente Prudente 661.116 732.802 787.561 0,94 0,80 81,67 85,39
RG de Adamantina 137.726 130.726 130.165 -0,47 -0,05 76,24 84,33
RG de Dracena 106.538 107.523 108.041 0,08 0,05 79,45 86,04
RG de Presidente Prudente 416.852 494.553 549.355 1,57 1,17 83,58 85,52
RA de Registro 184.964 226.608 265.348 1,86 1,77 60,73 66,27
RG de Registro 184.964 226.608 265.348 1,86 1,77 60,73 66,27
RA de Ribeirão Preto 654.794 892.884 1.058.652 2,86 1,91 93,31 96,32
RG de Ribeirão Preto 654.794 892.884 1.058.652 2,86 1,91 93,31 96,32
RA de São José do Rio Preto 947.416 1.126.330 1.297.799 1,58 1,59 83,86 89,07
RG de Catanduva 189.591 221.314 248.285 1,42 1,29 85,23 91,63
RG de Fernandópolis 95.424 99.794 104.798 0,41 0,55 79,38 86,81
RG de Jales 131.896 135.849 142.114 0,27 0,50 73,82 82,17
RG de São José do Rio Preto 400.688 526.629 647.725 2,52 2,33 87,91 90,42
RG de Votuporanga 129.817 142.744 154.877 0,87 0,91 79,49 87,12
RA de São José dos Campos 1.215.549 1.642.399 1.988.498 2,77 2,15 91,56 92,96
RG de Caraguatuba 87.072 146.425 223.769 4,84 4,83 98,83 97,25
RG de Cruzeiro 91.071 104.219 113.969 1,23 1,00 85,27 88,37
RG de Guaratinguetá 231.566 275.285 308.074 1,58 1,26 88,00 90,68
RG de São José dos Campos 484.310 705.948 851.175 3,48 2,10 93,23 94,90
RG de Taubaté 321.530 410.522 491.511 2,25 2,02 90,10 90,13
(continua)

SEADE 55
Tabela 16
População Total, Taxas de Crescimento Populacional (% ao ano) e Grau de Urbanização
Estado de São Paulo
1980-2000
(continuação)
Regiões Administrativas, População Total Taxas de Crescimento Grau de
Regiões de Governo e Urbanização
Regiões Metropolitanas 1980 1991 2000 1980/1991 1991/2000 1991 2000
RA de Sorocaba 1.503.482 2.005.788 2.463.754 2,66 2,31 79,74 83,54
RG de Avaré 187.587 219.274 254.588 1,43 1,67 73,72 83,05
RG de Botucatu 154.337 203.866 242.838 2,56 1,96 83,67 88,02
RG de Itapetininga 225.250 307.025 388.741 2,86 2,66 78,82 84,19
RG de Itapeva 256.506 304.189 329.846 1,56 0,90 61,14 67,28
RG de Sorocaba 679.802 971.434 1.247.741 3,30 2,82 86,39 86,85
Fonte: Fundação Seade / Fundação IBGE. Censos Demográficos 1980, 1991 e 2000.
Nota: Estimativas populacionais ajustadas para 1° de julho.

Durante os anos 80 e 90, o Estado de São Paulo passou por importantes


transformações em seu quadro migratório, destacando-se, de um modo geral, a
diminuição do volume dos deslocamentos interestaduais e o aumento da
emigração, em parte pelo movimento migratório de retorno.

Entre as duas décadas, houve um aumento do saldo migratório anual,


que passou de pouco mais de 50 mil pessoas nos anos 80, para cerca de 147
mil pessoas nos anos 90, revelando uma tendência de recuperação migratória
no último período.

A RMSP apresentou uma redução de sua elevada perda migratória entre


1980-1991, revertendo o saldo anual migratório negativo de aproximadamente
26 mil pessoas para um saldo positivo em torno de 24 mil pessoas, nos anos
90. E o interior paulista passou de um saldo anual de quase 77 mil pessoas,
durante a década de 80, para aproximadamente 123 mil pessoas, entre 1991-
2000.

As RA de Campinas, Sorocaba e São José dos Campos registraram os


maiores saldos migratórios anuais durante os dois períodos, destacando-se
ainda a RMBS, pela elevada participação na década de 90.

Outras regiões, como Ribeirão Preto e Central, também com expressivos


saldos migratórios, apresentaram pequenas reduções. Além dessas, apenas a
RA de Barretos registrou uma diminuição de seu saldo; todas as demais
tiveram aumentos, com destaque para o mais expressivo da RA de São José
do Rio Preto.

SEADE 56
As RA de Presidente Prudente e Araçatuba, que já se caracterizavam
como áreas de evasão populacional durante os anos 80, mantiveram a mesma
tendência no período seguinte. A RA de Marília reverteu a tendência de
evasão, registrando um saldo positivo entre 1991-2000, assim como a RA de
Registro, embora em menor volume populacional.

Tabela 17
Saldo Migratório Anual
Estado de São Paulo
1980/2000
Regiões Administrativas Saldo Migratório Anual
1980/1991 1991/2000
Estado de São Paulo 50.584 147.443
RM de São Paulo -26.405 24.399
Interior do Estado de São Paulo 76.989 123.044
RA de Registro -1.188 288
RM da Baixada Santista 4.644 13.115
RA de São José dos Campos 9.467 12.358
RA de Sorocaba 11.162 19.652
RA de Campinas 40.841 50.917
RA de Ribeirão Preto 7.113 6.297
RA de Bauru 2.299 4.909
RA de São José do Rio Preto 473 7.804
RA de Araçatuba -1.298 -134
RA de Presidente Prudente -5.755 -2.684
RA de Marília -2.510 1.661
RA Central 6.231 5.581
RA de Barretos 2.659 120
RA de Franca 2.851 3.160
Fonte: Fundação Seade.
Nota: Método das Estatísticas Vitais.

Em 2000, a porcentagem de mulheres superava a dos homens no total da


população do Estado (51% contra 49%). Com exceção das RA de Registro e
de Sorocaba, a mesma tendência era observada em todas as regiões,
destacando-se Registro e Santos, onde a proporção de mulheres era bem
maior que a média estadual.

SEADE 57
Tabela 18
Distribuição da População, por Sexo, segundo Regiões Administrativas e Regiões de Governo
Estado de São Paulo
2000
Estado de São Paulo e Regiões Homens Mulheres
N° Absoluto % N° Absoluto %
Estado de São Paulo 18.111.165 48,98 18.863.213 51,02
Região Metropolitana de São Paulo 8.616.943 48,27 9.235.694 51,73
RA de Registro 135.441 51,04 129.907 48,96
RG de Registro 135.441 51,04 129.907 48,96
RA de Santos 713.853 48,43 760.059 51,57
RG de Santos 713.853 48,43 760.059 51,57
RA de São José dos Campos 988.703 49,72 999.795 50,28
RG de Caraguatatuba 113.423 50,69 110.346 49,31
RG de Cruzeiro 56.446 49,53 57.523 50,47
RG de Guaratinguetá 151.914 49,31 156.160 50,69
RG de São José dos Campos 421.698 49,54 429.477 50,46
RG de Taubaté 245.222 49,89 246.289 50,11
RA de Sorocaba 1.235.849 50,16 1.227.905 49,84
RG de Avaré 128.310 50,40 126.278 49,60
RG de Botucatu 121.217 49,92 121.621 50,08
RG de Itapetininga 196.256 50,49 192.485 49,51
RG de Itapeva 166.842 50,58 163.004 49,42
RG de Sorocaba 623.224 49,95 624.517 50,05
RA de Campinas 2.674.548 49,68 2.708.712 50,32
RG de Bragança Paulista 235.006 49,98 235.194 50,02
RG de Campinas 1.252.046 49,50 1.277.373 50,50
RG de Jundiaí 332.982 49,72 336.799 50,28
RG de Limeira 277.893 49,87 279.388 50,13
RG de Piracicaba 234.106 49,60 237.873 50,40
RG de Rio Claro 117.331 49,74 118.568 50,26
RG de São João da Boa Vista 225.184 50,19 223.517 49,81
RA de Ribeirão Preto 521.824 49,29 536.828 50,71
RG de Ribeirão Preto 521.824 49,29 536.828 50,71
RA de Bauru 474.801 49,69 480.685 50,31
RG de Bauru 269.433 49,58 274.029 50,42
RG de Jaú 128.814 49,90 129.351 50,10
RG de Lins 76.554 49,76 77.305 50,24
RA de São José do Rio Preto 643.309 49,57 654.490 50,43
RG de Catanduva 123.964 49,93 124.321 50,07
RG de Fernandópolis 52.292 49,90 52.506 50,10
RG de Jales 71.003 49,96 71.111 50,04
RG de São José do Rio Preto 318.545 49,18 329.180 50,82
RG de Votuporanga 77.505 50,04 77.372 49,96
RA de Araçatuba 334.083 49,67 338.489 50,33
RG de Andradina 89.991 50,26 89.057 49,74
RG de Araçatuba 244.092 49,46 249.432 50,54
RA de Presidente Prudente 392.427 49,83 395.134 50,17
RG de Adamantina 65.372 50,22 64.793 49,78
RG de Dracena 54.139 50,11 53.902 49,89
RG de Presidente Prudente 272.916 49,68 276.439 50,32
RA de Marília 439.004 49,51 447.731 50,49
RG de Assis 111.275 49,55 113.305 50,45
RG de Marília 154.606 49,33 158.802 50,67
RG de Ourinhos 100.550 49,61 102.140 50,39
RG de Tupã 72.573 49,69 73.484 50,31
RA Central 424.938 49,77 428.928 50,23
RG de Araraquara 255.311 49,80 257.353 50,20
RG de São Carlos 169.627 49,71 171.575 50,29
RA de Barretos 196.857 49,86 197.978 50,14
RG de Barretos 196.857 49,86 197.978 50,14
RA de Franca 318.585 49,82 320.878 50,18
RG de Franca 253.368 49,77 255.756 50,23
RG de São Joaquim da Barra 65.217 50,04 65.122 49,96
Fonte: Fundação Seade / Fundação IBGE. Censo Demográfico 2000.
Nota: Estimativas populacionais ajustadas para 1° de julho.

SEADE 58
O processo real de metropolização de Campinas e Santos, fenômeno até
então só observado em capitais estaduais, e a existência de diversas
aglomerações urbanas, a exemplo de São José dos Campos, Sorocaba,
Ribeirão Preto, Bauru, São José do Rio Preto e Araçatuba, são a face de uma
estrutura territorial, cuja contrapartida está no grande número de municípios
com população urbana inferior a 20 mil habitantes.

Na outra ponta da hierarquia da rede urbana, cerca de 64% dos


municípios paulistas possuíam, em 2000, população total inferior a 20 mil
habitantes e abrigavam apenas 8% da população estadual, registrando taxas
negativas de crescimento populacional no período 1991-2000. Cerca de 26%
dos municípios apresentavam população entre 20 mil e 100 mil habitantes,
abarcando em torno de 20% da população estadual. Os municípios na faixa
entre 100 mil e 250 mil habitantes, que correspondiam a 17% da população do
Estado e a 6% do total de municípios, registraram a mais elevada taxa de
crescimento populacional, 4,9% a.a. nos anos 90. A classe de tamanho
populacional entre 250 mil e 500 mil habitantes também apresentou taxa de
crescimento positiva (1,4% a.a.), mas abaixo da média estadual. E os
municípios com a maior concentração populacional (42% da população
estadual em apenas oito municípios) registraram um significativo nível de
crescimento (2,0% a.a.).

SEADE 59
SEADE 60
Tabela 19
Número de Municípios, Distribuição da População e Taxas de Crescimento Populacional,
segundo Classes de Tamanho de Município
Estado de São Paulo
1991 e 2000
1991 2000 Taxa de
Classes de Cresci-
Tamanho População % Nº de % População % Nº de % mento
Total Municí- Total Municí- 1991-
(1)
pios pios 2000

Total 31.436.273 100,00 645 100,00 36.974.378 100,00 645 100,00 1,82
Até 5 Mil Habit. 611.589 1,95 195 30,23 581.154 1,57 180 27,91 -0,57
De 5 Mil a 10 Mil Habit. 874.335 2,78 124 19,22 826.706 2,24 116 17,98 -0,62
De 10 Mil a 20 Mil Habit. 1.877.673 5,97 129 20,00 1.632.374 4,41 116 17,98 -1,54
De 20 Mil a 50 Mil Habit. 3.212.093 10,22 101 15,66 3.633.605 9,83 117 18,14 1,38
De 50 Mil a 100 Mil Habit. 3.656.510 11,63 50 7,75 3.818.498 10,33 54 8,37 0,48
De 100 Mil a 250 Mil Habit. 4.040.119 12,85 27 4,19 6.218.749 16,82 40 6,20 4,91
De 250 Mil a 500 Mil Habit. 4.184.086 13,31 13 2,02 4.754.187 12,86 14 2,17 1,43
Mais que 500 Mil Habit. 12.979.868 41,29 6 0,93 15.509.105 41,95 8 1,24 2,00
Fonte: Fundação Seade / Fundação IBGE. Censo Demográfico 1991 e 2000.
(1) Em 1991, foram adotados os 645 existentes em 2000, para melhor comparabilidade.
Nota: Estimativas populacionais ajustadas para 1° de julho.

Em estudo sobre a morfologia e hierarquia da rede urbana do Estado de


São Paulo (Fundação Seade/Nesur-IE-Unicamp/IBGE e Ipea), destacam-se,
além das três áreas metropolitanas, onze aglomerações urbanas de diferentes
complexidades espaciais e nove centros urbanos regionais principais,
apresentados no Quadro 6.

O conjunto das metrópoles, aglomerações e principais centros urbanos


paulistas compreende 133 municípios e reúne 80% da população estadual.
Cerca de 58% da população encontra-se nas três regiões metropolitanas,
distribuída por 67 municípios; 17% reside nas 11 aglomerações, em 57
municípios; e 4% nos nove centros urbanos.

A distribuição espacial dos centros paulistas mostra uma concentração na


RMSP e em quatro RA – Sorocaba, São José dos Campos, Campinas e
Ribeirão Preto –, situadas no entorno da metrópole paulista e ao longo de dois
eixos principais a partir da capital: o eixo formado pelas rodovias Carvalho
Pinto/Presidente Dutra, que liga São Paulo ao Vale do Paraíba, e o eixo
Anhangüera/Bandeirantes em direção ao Interior, passando por Campinas,
indo até Ribeirão Preto.

SEADE 61
SEADE 62
Quadro 6
Regiões Metropolitanas, Aglomerações Urbanas e Centros Urbanos Isolados
Estado de São Paulo
Regiões Metropolitanas
RM de São Paulo Arujá, Barueri, Biritiba Mirim, Caieiras, Cajamar, Carapicuíba, Cotia,
Diadema, Embu, Embu-Guaçu, Ferraz de Vasconcelos, Francisco Morato,
Franco da Rocha, Guararema, Guarulhos, Itapecerica da Serra, Itapevi,
Itaquaquecetuba, Jandira, Juquitiba, Mairiporã, Mauá, Mogi das Cruzes, Osaco,
Pirapora do Bom Jesus, Poá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Salesópolis,
Santa Isabel, Santana de Paranaíba, Santo André, São Bernardo do Campo,
São Caetano do Sul, São Lourenço da Serra, São Paulo, Suzano, Taboão da
Serra, Vargem Grande Paulista.
RM de Campinas Americana, Artur Nogueira, Campinas, Cosmópolis, Engenheiro Coelho,
Holambra, Hortolândia, Indaiatuba, Itatiba, Jaguariúna, Monte Mor, Nova
Odessa, Paulínia, Pedreira, Santa Bárbara d'Oeste, Santo Antonio de Posse,
Sumaré, Valinhos, Vinhedo.
RM da Baixada Santista Bertioga, Cubatão, Guarujá, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Praia Grande,
Santos, São Vicente
Aglomerações Urbanas
São José dos Campos Caçapava , Jacareí, Pindamonhangaba, Taubaté, Tremembé, São José dos
Campos
Ribeirão Preto Barrinha, Cravinhos, Dumont, Guatapará, Pradópolis, Ribeirão Preto,
Serrana, Sertãozinho
Sorocaba Alumínio, Iperó, Itu, Mairinque, Piedade, Salto, Salto de Pirapora, São
Roque, Sorocaba, Votorantim
Jundiaí Cabreúva, Campo Limpo Paulista, Itupeva, Jundiaí, Louveira, Várzea
Paulista
São José do Rio Preto Bady Bassit , Mirassol, São José do Rio Preto
Araraquara / São Carlos Araraquara, Américo Brasiliense, Ibaté, Galvão Peixoto, São Carlos,
Araçatuba Araçatuba, Birigui
Bauru Agudos, Bauru, Lençóis Paulista ,Pederneiras
Limeira/Rio Claro Araras, Cordeirópolis, Iracemápolis, Leme, Limeira, Rio Claro
Guaratinguetá Aparecida, Guaratinguetá, Lorena, Cachoeira Paulista
Mogi Guaçu/Moji Mirim Estiva Gerbi, Itapira , Mogi Guaçu, Moji Mirim
Centros Urbanos Isolados
Bragança Paulista, Botucatu, Catanduva, Franca, Itapetininga, Jaú, Marília,
Presidente Prudente, Piracicaba

As aglomerações urbanas estão assim distribuídas: três na RA de


Campinas (AU de Limeira/Rio Claro e AU de Jundiaí, AU de Mogi-Guaçu/Moji
Mirim); duas na RA de São José dos Campos (AU de São José dos Campos e
AU de Guaratinguetá); uma na RA de Sorocaba (AU de Sorocaba ), uma na RA
de São José do Rio Preto (AU de São José do Rio Preto); uma na RA de
Ribeirão Preto (AU de Ribeirão Preto); uma na RA Araçatuba (AU de
Araçatuba), uma na RA Central (AU de Araraquara/São Carlos); uma na RA de
Bauru (AU de Bauru).

Os Centros Urbanos Isolados têm a seguinte distribuição por RA: Franca,


na RA de Franca; Piracicaba e Bragança Paulista na RA de Campinas;
Itapetininga e Botucatu na RA de Sorocaba; Jaú na RA de Bauru; Catanduva

SEADE 63
na RA de São José do Rio Preto; e Presidente Prudente e Marília situadas nas
RA de mesmo nome.

Caracterização dos Principais Centros Urbanos de São Paulo

Maior centro urbano do País, a RMSP é a principal metrópole da América


do Sul. A complexidade de suas funções no sistema de cidades brasileiro pode
ser exemplificada pelo fato de, concomitantemente, abrigar as sedes das
maiores empresas, ser o maior centro financeiro da América do Sul e ser o
principal centro industrial do País.

Campinas é hoje uma metrópole com mais de 2 milhões de pessoas,


superando, tanto em critérios populacionais, quanto econômicos, diversas
outras regiões metropolitanas do País. A área de influência do Município de
Campinas é constituída por uma rede urbana densa e articulada – com grande
facilidade de acesso, curtas distâncias e um bom sistema viário. A RMC
apresenta a mais expressiva concentração industrial do interior de São Paulo,
caracterizando-se por abrigar setores modernos e plantas industriais
articuladas em grandes e complexas cadeias produtivas.

Com mais de 1,4 milhão de habitantes, em 2000, a RMBS tem Santos


como maior município, com aproximadamente 400 mil habitantes. Principal
local de exportação do café, a economia regional especializou-se nas
atividades de comercialização, florescendo, na cidade de Santos, um grande
número de atividades complementares. A indústria de transformação e o setor
terciário, baseados principalmente nas atividades portuárias, são os principais
setores da economia regional.

A Aglomeração Urbana de São José dos Campos (AUSJC) é um dos


principais pontos de localização industrial do Estado. Formada pelos
municípios de São José dos Campos, Jacareí, Caçapava, Taubaté, Tremembé
e Pindamonhangaba, tem pouco mais de um milhão de habitantes. A
especificidade da ocupação regional − condicionada pela posição estruturadora
do Rio Paraíba do Sul, pelo relevo (a Serra do Mar e a Serra da Mantiqueira) e

SEADE 64
pela Rodovia Presidente Dutra − fez com que os principais eixos de expansão
urbana acompanhassem a rodovia ou o rio, ocasionando uma “urbanização em
rosário”, onde os diversos centros estruturavam-se a partir do mesmo eixo
viário. Esses fatos, associados às grandes facilidades de circulação e
comunicação pela Via Dutra e, ultimamente, também pela rodovia Carvalho
Pinto, favoreceram a conurbação e possibilitaram uma maior integração
funcional entre as cidades, com São José dos Campos exercendo o papel de
pólo regional.

A Aglomeração Urbana de Guaratinguetá (AUG) é formada pelos


municípios de Aparecida, Lorena e Guaratinguetá. Sua principal característica,
além da conurbação entre os três municípios, é a distribuição das funções
normalmente exercidas pelo “pólo” entre os três integrantes. A característica de
“urbanização em rosário” é a mesma observada na AUSJC, assim como as
causas – articulação dos principais vetores de expansão através do eixo viário
formado pela Via Dutra. Uma especificidade da AUG é o grau de
especialização observado na economia da cidade de Aparecida, que gira
praticamente em torno da Basílica de Nossa Senhora Aparecida e do
atendimento aos visitantes e romeiros.

A Aglomeração Urbana de Ribeirão Preto (AURP), situada a nordeste do


Estado, tem se destacado pela moderna agroindústria sucroalcooleira e pela
capitalização do setor. A cidade de Ribeirão Preto é o centro de uma vasta
região, que, inclusive, extrapola os limites do território paulista. Além dessa
polaridade mais difusa, exerce também uma grande atração sobre os
municípios de seu entorno, dividindo, com alguns deles, algumas funções
urbanas. Apesar de haver uma profunda integração funcional e intensos fluxos
de pessoas e mercadorias entre Ribeirão Preto e as cidades mais próximas,
uma peculiaridade dessa região é praticamente não haver pontos de
conurbação. Por esse motivo, é mais difícil a definição dos limites de uma
Aglomeração Urbana. Optou-se, então, por incluir os municípios contíguos à
Ribeirão Preto, que, certamente possuem um grau de integração nas funções
urbanas com o município pólo. Assim, a AURP é composta pelos municípios de
Barrinha, Cravinhos, Dumont, Guatapará, Pradópolis, Ribeirão Preto, Serrana e

SEADE 65
Sertãozinho, que juntos possuem uma população de aproximadamente 700 mil
habitantes.

A Aglomeração Urbana de Sorocaba (AUS) é formada pelos municípios


de Salto, Itu, São Roque, Alumínio, Votorantim, Mairinque, Salto de Pirapora,
Iperó, além de Sorocaba e Piedade. Juntos, abrigam uma população de cerca
de 1 milhão de habitantes. Há duas particularidades a serem destacadas na
AUS: primeiro, a de Votorantim ter sido desmembrado de Sorocaba quando já
se encontrava com pontos de conurbação e intensa integração de funções;
segundo, por sua proximidade da RMSP e das excelentes vias de transporte
representadas pela Castelo Branco e Raposo Tavares. A facilidade com que as
pessoas acessavam a RMSP inibiu, ou não incentivou, o surgimento em
Sorocaba de segmentos mais complexos do setor de serviços.

A Aglomeração Urbana de Jundiaí (AUJ) é formada pelos municípios de


Cabreúva, Campo Limpo Paulista, Itupeva, Louveira, Várzea Paulista e Jundiaí,
que possuem em torno de 560 mil habitantes, sendo mais da metade em
Jundiaí. Localizada entre a RMSP, a RMC e a Aglomeração Urbana de
Sorocaba, é uma região bastante industrializada e com grandes nexos de
integração com as regiões vizinhas. Jundiaí é um local privilegiado para a
localização industrial e tem recebido diversos investimentos nos últimos anos.
Além disso, possui uma economia urbana estruturada com diversos segmentos
do setor de serviços e grandes estruturas de comércio atacadista, de
abrangência regional.

A Aglomeração Urbana de São José do Rio Preto (AUSJRP) é composta


por municípios que apresentam pontos de conurbação: Bady Bassit, Mirassol e
São José do Rio Preto, município pólo que exerce grande influência sobre uma
grande região e é considerado capital regional. Mais de um terço da população
da Região Administrativa reside nesse município. A região é caracterizada pela
elevada capitalização do setor agropecuário e pela expansão da agroindústria.
Com boas rodovias e eixo ferroviário, aí se encontra importante eixo de
escoamento da produção agrícola do Centro-Oeste do País.

SEADE 66
A Aglomeração Urbana de Araçatuba (AUA), formada por Araçatuba e
Birigüi, é o segundo maior centro regional do oeste paulista com cerca de 260
mil habitantes. A região é conhecida, sobretudo, por historicamente ter se
voltado para a atividade pecuária, resultando daí uma ocupação esparsa do
território. Araçatuba é sede da Região Administrativa e polariza dezenas de
municípios do seu entorno.

A Aglomeração Urbana de Bauru (AUB) é composta pelos municípios de


Agudos, Bauru, Lençóis Paulista e Pederneiras, que, no conjunto, abrigam
aproximadamente 440 mil habitantes. Bauru, que possui mais de 300 mil
habitantes, sempre foi um importante entroncamento ferroviário de São Paulo e
é uma das mais promissoras cidades do interior do Estado para novos
investimentos.

A Aglomeração Urbana de Limeira/Rio Claro (AUL/RC) tem como principal


característica ser um conjunto de centros articulados, onde a integração
funcional ainda não é complexa. Cada centro exerce seu papel de cidade e
estão todos articulados − quase conurbados − através do eixo formado pela
rodovia Anhangüera. São seis municípios: Limeira, Rio Claro, Araras, Leme,
Iracemápolis e Cordeirópolis, que juntos abrigam uma população de
aproximadamente 630 mil habitantes. Limeira está localizada no centro da
produção de laranja e também na área de produção de cana-de-açúcar. A
economia de Rio Claro está baseada na liderança da agroindústria
sucroalcooleira.

A Aglomeração Urbana de Araraquara e São Carlos (AUA/SC) tem como


principais características possuir as funções de pólo divididas entre os dois
centros e não apresentar contigüidade, apesar da intensa inter-relação de
funções. Compõem, também, a AUA/SC, Ibaté, Américo Brasiliense e Gavião
Peixoto. Os cinco municípios abrigam uma população em torno de 430 mil
habitantes. Araraquara destaca-se pelo cultivo de cana-de-açúcar e de laranja
e é um importante centro de desenvolvimento de novos negócios e de
escoamento de mercadorias, pela possibilidade de utilização multimodal dos
meios de transporte. São Carlos destaca-se como pólo de alta tecnologia,

SEADE 67
graças às universidades existentes na cidade, USP e Universidade Federal de
São Carlos, com várias instituições de pesquisa.

Quanto aos principais Centros Urbanos, Presidente Prudente, com


aproximadamente 180 mil habitantes, tem uma forte concentração de
atividades econômicas no setor primário. Prevalecem grandes propriedades
destinadas à pecuária bovina extensiva ou ao plantio de culturas temporárias.
Cana-de-açúcar e milho respondem pelos maiores cultivos da região,
seguindo-se o feijão, a mandioca e a mamona.

Piracicaba, com cerca de 320 mil habitantes, é conhecida por ser um pólo
regional ligado à agroindústria sucroalcooleira e por abrigar a sede da Escola
Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), o Centro de Energia Nuclear
na Agricultura, instalado dentro do campus universitário e a Universidade
Metodista de Piracicaba – Unimep. Apresenta forte integração com Santa
Bárbara d’Oeste, município pertencente à Região Metropolitana de Campinas.

Franca, com aproximadamente 280 mil habitantes, por ter as terras pouco
férteis da região, especializou-se na pecuária e na atividade curtumeira até
tornar-se o maior pólo calçadista do País, com forte presença no mercado
nacional e grandes volumes de exportação para diversos países do mundo.
Situada no nordeste do Estado de São Paulo, é o maior núcleo exportador de
calçados masculinos do País, com cerca de 90 empresas vendendo para o
exterior.

Marília possui em torno de 190 mil habitantes, polariza uma ampla área
do centro-oeste do Estado de São Paulo, com articulações que se
estendem a vários municípios do norte do Paraná. Em parte, a
estruturação dessa área de influência é resultado do processo de
ocupação da região, a partir da expansão da lavoura cafeeira e depois do
algodão, ainda ao final dos anos 30 e início da década de 40.

Bragança Paulista, com aproximadamente 120 mil habitantes, nasceu


como um entreposto comercial para atender a amplas áreas de São Paulo e do
sul de Minas. Continua sendo um centro de serviços para ampla zona que

SEADE 68
procura a cidade como ponto de abastecimento, centro de serviços médicos,
de educação, serviços bancários.

Itapetininga, com cerca de 120 mil habitantes, teve seu apogeu no


segundo rush cafeeiro no início do século. Situada às margens da Rodovia
Raposo Tavares, é um importante entroncamento na derivação da Rodovia SP
127 que faz a ligação com todo o sudoeste do Estado de São Paulo e com o
norte do Paraná, através das rodovias SP 258 (que liga Capão Bonito a Apiaí
e Ribeira) e SP 250 (que liga Capão Bonito a Itapeva e Itararé).

Jaú, com aproximadamente 110 mil habitantes, é importante pólo


calçadista. Pertence à Região Administrativa de Bauru e é acessada pela
rodovia SP 225, pela SP 300 e por ferrovia. É diretamente beneficiada pela
Hidrovia Tietê-Paraná e prepara-se para instalação de um Terminal Multimodal,
integrando os transportes hidro-rodoferroviários.

Botucatu localiza-se na Região Administrativa de Sorocaba e tinha, em


2000, mais de 100 mil habitantes. É servida pelas rodovias Castelo Branco e
Marechal Rondon e por ferrovia, tem aeroporto regional e está na área de
influência da Hidrovia Tietê–Paraná.

SEADE 69
Perfil Educacional

A análise da situação educacional do Estado de São Paulo fundamenta-se


nos indicadores de instrução da população (taxa de analfabetismo e
escolaridade), de acesso ao sistema e cobertura escolar (matrículas e taxa
líquida de escolarização dos ensinos fundamental e médio) e de desempenho e
rendimento escolar (concluintes, taxas de aprovação, abandono e reprovação e
taxa de distorção idade/série).

Para dimensionar as dificuldades de acesso da população ao sistema e de


permanência nele, foram utilizados dados sobre a população analfabeta e a
taxa de analfabetismo25 dos jovens – população-alvo da educação profissional
– visualizados mediante indicadores desagregados por grupos de idade (de 15
a 19 anos, de 20 a 24 anos e de 15 a 24 anos), em 1991 e 2000.

A queda das taxas de analfabetismo, embora não tenha ocorrido que forma
homogênea, mas de acordo com as características socioeconômicas do País e
refletindo suas desigualdades regionais, de gênero de raça/cor, foi observada
em todos os grupos etários e em todos esses segmentos da sociedade
brasileira.

No Estado de São Paulo, as taxas de analfabetismo em 1991, para as faixas


15 a 19 anos (3%) e de 15 a 24 anos (3,7%), eram inferiores às da Região
Sudeste (4,6% e 5,1% respectivamente) e do Brasil (12,1% para os dois grupos
de idade). Para a população de 15 anos e mais, as taxas para o Estado de São
Paulo (10,2%) correspondiam à metade da taxa nacional (20,1%).

Em 2000, as taxas observadas no Estado de São Paulo para os grupos de


15 a 19 anos, 15 a 24 anos e de 15 anos e mais (1,4%, 1,8% e 6,6%
respectivamente) também situavam-se abaixo daquelas apresentadas pela
Região Sudeste (1,9%, 2,3% e 8,1%) e eram mais do que a metade da taxa
nacional para os mesmos grupos etários (5%, 5,8% e 13,6%).

25
Refere-se à porcentagem de pessoas analfabetas de um grupo etário em relação ao total de
pessoas do mesmo grupo etário. Considera-se analfabeta a pessoa que declarou não saber
ler nem escrever um bilhete simples no idioma que conhece. Aquela que aprendeu a ler e
escrever, mas esqueceu, e aquela que apenas assina o próprio nome foram igualmente
consideradas analfabetas.

SEADE 70
O Estado de São Paulo e a Região Sudeste apresentaram, entre 1991 e
2000, quedas menos acentuadas das taxas de analfabetismo para a população
de 15 anos e mais, 3,6 e 4,2%, respectivamente, que o conjunto do País (-
7,5%).

Neste período, a redução mais expressiva ocorreu para a população rural de


15 anos e para o Brasil que, no entanto, registrava os maiores valores (40,5%
em 1991 e 29,8% em 2000).

Situação diferenciada foi observada para a população feminina jovem (de 15


a 24 anos), cujas taxas de analfabetismo já eram bem menores e ainda foram
reduzidas a metade, passando de 9,7%, 4,2% e 3,2%, em 1991, para 4,3%,
1,8% e 1,4%, em 2000, respectivamente no Brasil, na Região Sudeste e no
Estado de São Paulo. Os valores registrados para homens, em 2000, eram de
7,3%, 2,9% e 2,1%, respectivamente, para as três regiões.

SEADE 71
Tabela 20
População Total, População Não-Alfabetizada e Taxa de Analfabetismo, por Situação do Domicílio e Sexo, segundo Grupos de Idade
Brasil, Região Sudeste e Estado de São Paulo
1991-2000
População Total População Não-Alfabetizada Taxa de Analfabetismo
Grupos de Idade
Total Urbana Rural Homens Mulheres Total Urbana Rural Homens Mulheres Total Urbana Rural Homens Mulheres
1991
Brasil
15 a 19 Anos 15.017.472 11.157.641 3.859.831 7.460.490 7.556.982 1.810.236 756.558 1.053.678 1.127.382 682.854 12,10 6,80 27,30 15,10 9,00
20 a 24 Anos 13.564.878 10.485.477 3.079.401 6.712.435 6.852.443 1.652.047 766.266 885.781 935.263 716.784 12,20 7,30 28,80 13,90 10,50
15 a 24 Anos 28.582.350 21.643.118 6.939.232 14.172.925 14.409.425 3.462.283 1.522.824 1.939.459 2.062.645 1.399.638 12,10 7,00 27,90 14,60 9,70
15 Anos e Mais 95.837.043 74.443.693 21.393.350 46.683.696 49.153.347 19.233.239 10.561.449 8.671.790 9.266.587 9.966.652 20,10 14,20 40,50 19,80 20,30
Região Sudeste
15 a 19 Anos 5.968.244 5.176.845 791.399 2.966.449 3.001.795 276.245 175.263 100.982 168.847 107.398 4,60 3,40 12,80 5,70 3,60
20 a 24 Anos 5.816.529 5.145.516 671.013 2.903.716 2.912.813 320.097 217.024 103.073 179.713 140.384 5,50 4,20 15,40 6,20 4,80
15 a 24 Anos 11.784.773 10.322.361 1.462.412 5.870.165 5.914.608 596.342 392.287 204.055 348.560 247.782 5,10 3,80 14,00 5,90 4,20
15 Anos e Mais 43.155.676 38.394.514 4.761.162 20.966.451 22.189.225 5.312.159 3.917.146 1.395.013 2.297.965 3.014.194 12,30 10,20 29,30 11,00 13,60
São Paulo
15 a 19 Anos 2.943.075 2.712.878 230.197 1.460.447 1.482.628 89.310 74.390 14.920 51.761 37.549 3,00 2,70 6,50 3,50 2,50
20 a 24 Anos 2.965.936 2.762.832 203.104 1.490.125 1.475.811 126.810 109.130 17.680 71.089 55.721 4,30 3,90 8,70 4,80 3,80
15 a 24 Anos 5.909.011 5.475.710 433.301 2.950.572 2.958.439 216.120 183.520 32.600 122.850 93.270 3,70 3,40 7,50 4,20 3,20
15 Anos e Mais 21.880.608 20.408.956 1.471.652 10.695.400 11.185.208 2.223.073 1.919.803 303.270 911.357 1.311.716 10,20 9,40 20,60 8,50 11,70

2000
Brasil
15 a 19 Anos 17.939.815 14.403.539 3.536.276 9.019.130 8.920.685 896.417 465.411 431.006 582.348 314.069 5,00 3,20 12,20 6,50 3,50
20 a 24 Anos 16.141.515 13.352.132 2.789.383 8.048.218 8.093.297 1.085.714 581.543 504.171 671.417 414.297 6,70 4,40 18,10 8,30 5,10
15 a 24 Anos 34.081.330 27.755.671 6.325.659 17.067.348 17.013.982 1.982.131 1.046.954 935.177 1.253.765 728.366 5,80 3,80 14,80 7,30 4,30
15 Anos e Mais 119.533.048 98.841.430 20.691.618 58.069.097 61.463.951 16.294.889 10.130.682 6.164.207 7.997.285 8.297.604 13,60 10,20 29,80 13,80 13,50
Região Sudeste
15 a 19 Anos 7.155.091 6.435.630 719.461 3.586.053 3.569.038 133.933 103.544 30.389 84.179 49.754 1,90 1,60 4,20 2,30 1,40
20 a 24 Anos 6.824.937 6.212.414 612.523 3.401.361 3.423.576 190.251 144.023 46.228 115.231 75.020 2,80 2,30 7,50 3,40 2,20
15 a 24 Anos 13.980.028 12.648.044 1.331.984 6.987.414 6.992.614 324.184 247.567 76.617 199.410 124.774 2,30 2,00 5,80 2,90 1,80
15 Anos e Mais 53.084.509 48.355.265 4.729.244 25.616.052 27.468.457 4.316.576 3.405.838 910.738 1.884.986 2.431.590 8,10 7,00 19,30 7,40 8,90
São Paulo
15 a 19 Anos 3.640.171 3.395.168 245.003 1.817.616 1.822.555 51.220 45.081 6.139 30.763 20.457 1,40 1,30 2,50 1,70 1,10
20 a 24 Anos 3.535.393 3.312.138 223.255 1.757.537 1.777.856 75.876 66.170 9.706 45.172 30.704 2,10 2,00 4,30 2,60 1,70
15 a 24 Anos 7.175.564 6.707.306 468.258 3.575.153 3.600.411 127.096 111.251 15.845 75.935 51.161 1,80 1,70 3,40 2,10 1,40
15 Anos e Mais 27.288.622 25.599.214 1.689.408 13.195.542 14.093.080 1.810.618 1.601.522 209.096 748.802 1.061.816 6,60 6,30 12,40 5,70 7,50

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE; Ministério da Educação – MEC/Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais – Inep; Fundação Seade.

SEADE 72
A escolaridade da população de 10 anos e mais segundo anos de estudo26,
revela para o Estado de São Paulo, em 2000, um quadro ligeiramente favorável
em relação à Região Sudeste. Os dados mostram que, no Estado, 17,6%
dessa população tinha entre 8 a 10 anos, 18,9% de 11 a 14 anos e 6,3% 15
anos, valores 0,7, 1,4 e 0,8 pontos percentuais acima dos apresentados pela
Região Sudeste. A categoria de 4 a 7 anos de estudo apresentou valores iguais
(30,1% para ambos).

Já para o Brasil, a situação mostrou-se desfavorável, com a concentração de


valores elevados nas categorias “sem instrução” e “menos de 1 ano” e na “de 1
a 3 anos de estudo”, de 10,2% e 21,2%, respectivamente, em contraposição
aos valores de 6,7% e 16,8% observados na Região Sudeste, e de 5,7% e
14,5%, no Estado de São Paulo.

Mesmo tendo apresentado situação favorável em relação ao Brasil e à


Região Sudeste, é preocupante que apenas 42,8% das pessoas de 10 anos e
mais, no Estado, tenham mais de 8 anos de estudo.

Tabela 21
Distribuição da População de 10 nos e Mais, por Grupos de Anos de Estudo
Brasil, Região Sudeste e Estado de São Paulo
2000
Em porcentagem
Sem Instrução e 1a3 4a7 8 a 10 11 a 14 15 Anos Total
Abrangência
Menos de 1 Ano Anos Anos Anos Anos ou Mais (1)
Brasil 10,20 21,20 28,50 15,00 14,90 4,10 100,00
Região Sudeste 6,70 16,80 30,10 16,90 17,50 5,50 100,00
Estado de São Paulo 5,70 14,50 30,10 17,60 18,90 6,30 100,00
Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico 2000; Fundação Seade.
(1) Inclui as pessoas sem declaração de anos de estudo e os não determinados.

O nível de escolaridade da população também pode ser avaliado pela média


de anos de estudo27 da população, calculados a partir do número de séries
concluídas com aprovação.

O aumento da média de anos de estudo da população de 10 anos, entre


1991 e 2000, foi praticamente igual para todas as abrangências analisadas: 1,2
anos para o Brasil e o Estado e 1,1 anos para a Região Sudeste.

26
Classificação estabelecida em função da série e do nível/modalidade de ensino mais elevado
alcançado pela pessoa, considerando a última série concluída com aprovação (cada série
concluída com aprovação corresponde a um ano de estudo).

SEADE 73
Tabela 22
Média de Anos de Estudo da População de 10 Anos e Mais
Brasil, Região Sudeste e Estado de São Paulo
1991-2000
Em Anos
Regiões 1991 2000
Brasil 4,70 5,90
Região Sudeste 5,50 6,60
Estado de São Paulo 5,70 6,90
Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico 1991 e 2000; Fundação Seade.

A análise do acesso ao sistema de ensino, com base nas matrículas da


educação básica por dependência administrativa, aponta a participação pouco
significativa da rede federal em todos os níveis e modalidades de ensino,
inferior a 1,0% das matrículas no Estado de São Paulo, na Região Sudeste e
no Brasil.

No Estado, a rede estadual respondia por apenas 103 alunos da pré-


escola,28 54,8% do ensino fundamental e 86,0% do ensino médio; a rede
particular por 18,5% da pré-escola e por cerca de 13% dos ensinos
fundamental e médio; e a rede municipal por 81,5% da pré-escola, 32,3% do
ensino fundamental e menos de 1% do ensino médio.

Comparando-se a variação do número de matrículas entre 1991 e 1998,


verificam-se aumentos dos números de matrículas da pré-escola/classe de
alfabetização no Estado (61,4%) e na Região Sudeste (13,9%) e diminuição de
6,9% no Brasil. É interessante notar que, no Estado e na Região Sudeste, ao
contrário do Brasil, a implantação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento
do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério – Fundef, que modifica
o financiamento da educação ao vincular constitucionalmente recursos ao
ensino fundamental, aparentemente não levou à transferência de recursos que
poderiam ser destinados à pré-escola/classe de alfabetização para o ensino
fundamental.

No Estado, além da diminuição de 2,8% do total de matrículas do ensino


fundamental, entre 1991 e 1998, e de 6,3%, entre 1998 e 2002, a
implementação do Fundef incentivou a transferência das matrículas desse nível

27
Total de anos de estudo das pessoas de uma determinada idade dividido pelo número total
de pessoas nesta referida idade.
28
O Estado de São Paulo não tem alunos em classes de alfabetização.

SEADE 74
de ensino da rede estadual para a municipal – houve acréscimo de 230,6% e
de 62,0% na rede municipal e decréscimo de 32,3% e de 25,9%, na estadual,
entre 1991-98, e 1998-02, respectivamente.

O ensino médio, entre 1991 e 1998, apresentou crescimento de 92,7% do


número de matrículas no Estado de São Paulo, percentual superior ao
verificado na Região Sudeste (78,7%) e no Brasil (84,8%). Contudo, entre 1998
e 2002, o crescimento das matrículas na Região Sudeste (14,9%) e no Brasil
(25,0%) foi duas e três vezes maior, respectivamente, do que é observado no
Estado (7,5%).

SEADE 75
Tabela 23
Matrículas e Variação, segundo Níveis de Ensino e Dependência Administrativa
Brasil, Região Sudeste e Estado de São Paulo
1991-2002
1991 1998 2002 Variação (%)
Níveis de Ensino Dependência
Nº Absoluto % Nº Absoluto % Nº Absoluto % 91/98 98/02
Brasil
Pré-Escola/Classe Total 5.283.894 100,00 4.917.408 100,00 5.585.662 100,00 -6,90 13,60
de Alfabetização
Federal 17.240 0,30 2.585 0,10 2.612 0,00 -85,00 1,00
Estadual 1.209.937 22,90 461.663 9,40 312.050 5,60 -61,80 -32,40
Municipal 2.742.849 51,90 3.209.918 65,30 3.754.643 67,20 17,00 17,00
Particular 1.313.868 24,90 1.243.242 25,30 1.516.357 27,10 -5,40 22,00
Ensino Fundamental Total 29.203.724 100,00 35.792.554 100,00 35.150.362 100,00 22,60 -1,80
Federal 95.536 0,30 29.181 0,10 26.422 0,10 -69,50 -9,50
Estadual 16.716.816 57,20 17.266.355 48,20 14.236.020 40,50 3,30 -17,60
Municipal 8.773.360 30,00 15.113.669 42,20 17.653.143 50,20 72,30 16,80
Particular 3.618.012 12,40 3.383.349 9,50 3.234.777 9,20 -6,50 -4,40
Ensino Médio Total 3.770.230 100,00 6.968.531 100,00 8.710.584 100,00 84,80 25,00
Federal 103.092 2,70 122.927 1,80 79.874 0,90 19,20 -35,00
Estadual 2.472.757 65,60 5.301.475 76,10 7.297.179 83,80 114,40 37,60
Municipal 176.769 4,70 317.488 4,60 210.631 2,40 79,60 -33,70
Particular 1.017.612 27,00 1.226.641 17,60 1.122.900 12,90 20,50 -8,50
Região Sudeste
Pré-Escola/Classe de Total 1.741.941 100,00 1.984.408 100,00 2.306.808 100,00 13,90 16,20
Alfabetização
Federal 762 0,00 881 0,00 1.075 0,00 15,60 22,00
Estadual 427.753 24,60 52.250 2,60 58.819 2,50 -87,80 12,60
Municipal 839.316 48,20 1.484.140 74,80 1.650.408 71,50 76,80 11,20
Particular 474.110 27,20 447.137 22,50 596.506 25,90 -5,70 33,40
Ensino Fundamental Total 11.965.480 100,00 13.249.814 100,00 12.571.486 100,00 10,70 -5,10
Federal 12.740 0,10 13.801 0,10 13.610 0,10 8,30 -1,40
Estadual 8.141.672 68,00 7.603.871 57,40 5.997.726 47,70 -6,60 -21,10
Municipal 2.203.319 18,40 4.106.815 31,00 5.040.024 40,10 86,40 22,70
Particular 1.607.749 13,40 1.525.327 11,50 1.520.126 12,10 -5,10 -0,30
Ensino Médio Total 1.894.293 100,00 3.385.659 100,00 3.890.002 100,00 78,70 14,90
Federal 28.578 1,50 41.649 1,20 28.099 0,70 45,70 -32,50
Estadual 1.226.768 64,80 2.605.917 77,00 3.269.136 84,00 112,40 25,50
Municipal 68.665 3,60 111.803 3,30 57.234 1,50 62,80 -48,80
Particular 570.282 30,10 626.290 18,50 535.533 13,80 9,80 -14,50
São Paulo
Pré-Escola/Classe de Total 790.846 100,00 1.054.578 100,00 1.276.434 100,00 61,40 21,00
Alfabetização
Federal - 0,00 - 0,00 194 0,00 - -
Estadual 64.560 8,20 - 0,00 103 0,00 -99,80 -
Municipal 565.976 71,60 893.697 84,70 1.039.902 81,50 83,70 16,40
Particular 160.310 20,30 160.881 15,30 236.235 18,50 47,40 46,80
Ensino Fundamental Total 6.165.157 100,00 6.394.838 100,00 5.993.885 100,00 -2,80 -6,30
Federal - 0,00 - 0,00 194 0,00 - -
Estadual 4.851.574 78,70 4.436.407 69,40 3.285.418 54,80 -32,30 -25,90
Municipal 585.276 9,50 1.194.819 18,70 1.935.101 32,30 230,60 62,00
Particular 728.307 11,80 763.612 11,90 773.172 12,90 6,20 1,30
Ensino Médio Total 1.071.918 100,00 1.921.892 100,00 2.065.270 100,00 92,70 7,50
Federal 2.895 0,30 3.625 0,20 1.997 0,10 -31,00 -44,90
Estadual 778.208 72,60 1.587.717 82,60 1.776.566 86,00 128,30 11,90
Municipal 21.263 2,00 33.485 1,70 17.446 0,80 -18,00 -47,90
Particular 269.552 25,10 297.065 15,50 269.261 13,00 -0,10 -9,40
Fonte: Ministério da Educação – MEC/Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais – Inep; Fundação Seade.

Na educação profissional, em 2002, as matrículas totalizaram 565 mil no


Brasil, 383 mil na Região Sudeste e 244 mil no Estado.

SEADE 76
Do total das matriculas do Estado, a grande maioria concentrava-se na área
de serviços (73,9%), seguida das áreas de indústria (22,5%), agropecuária e
pesca (1,7%) e comércio (1,9%).

Tabela 24
Matrículas na Educação Profissional, segundo grandes Áreas
Estado de São Paulo
2002
Grandes Áreas Nos. Abs. %
Total 244.151 100,0
Agropecuária e Pesca 4.233 1,7
Indústria 54.849 22,5
Comércio 4.664 1,9
Serviços 180.405 73,9
Fonte: Ministério da Educação - MEC/Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais - Inep;
Fundação Seade.

Embora tenha apresentado crescimento de 31,2%, no País, no período entre


1998 e 2002, o número de matrículas nos cursos presenciais de jovens e
adultos manteve-se estável na Região Sudeste e diminuiu 2,0% no Estado (de
753 mil para 738 mil matrículas).

A rede estadual, responsável pela maioria desse atendimento, manteve-se


praticamente estável no Brasil (-0,9%), apresentou queda de 7,8% na Região
Sudeste e crescimento pouco significativo no Estado(1,9%). A rede municipal,
no mesmo período, desempenhou papel preponderante na oferta desse
atendimento, com um crescimento do número mais de duas vezes no País, de
37,1% na Região Sudeste e 17,9% no Estado.

Apesar disso, a queda do total do número de matrículas na educação de


jovens e adultos e o crescimento de apenas 7,5% no ensino médio, no período
de 1998-2000, revelam insuficiência na oferta das modalidades regular e
supletivo na rede pública de ensino para atender a totalidade da população
jovem, demandatária desses níveis/modalidade de ensino, tanto na Região
Sudeste quanto no Estado de São Paulo.

SEADE 77
Tabela 25
Matrículas nos Cursos Presenciais de Jovens e Adultos, com Avaliação no Processo,
por Dependência Administrativa
Brasil, Região Sudeste e Estado de São Paulo
1998-2002
Dependência Administrativa
Anos/Variação Total
Federal Estadual Municipal Particular
1998
Brasil 2.881.231 1.220 1.775.454 740.016 364.541
Sudeste 1.150.719 520 621.641 319.183 209.375
São Paulo 752.946 82 365.280 262.933 124.651
2002
Brasil 3.779.593 3.327 1.759.487 1.700.862 315.917
Sudeste 1.150.501 1.957 573.191 437.555 137.798
São Paulo 738.116 - 372.150 309.956 56.010
Variação 98/02
Brasil 31,20 172,70 -0,90 129,80 -13,30
Sudeste 0,00 276,30 -7,80 37,10 -34,20
São Paulo -2,00 -100,00 1,90 17,90 -55,10
Fonte: Ministério da Educação – MEC/Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais – INEP; Fundação
Seade.

O exame dos dados sobre conclusão da educação básica revela um


crescimento significativo no País tanto para o ensino fundamental (25,8%)
quanto para o ensino médio (39,5%).

O aumento no ensino fundamental foi cerca de três vezes maior que o


verificado na Região Sudeste (8,6%) e no Estado (7,0%), e no ensino médio
(39,5%) de 12,9 pontos superior ao registrado na Região Sudeste (26,6%) e de
16,5 no Estado (23,0%).

O elevado crescimento do número de concluintes do ensino fundamental


provavelmente causará impacto na oferta e na demanda de matrículas na
educação superior, quadro delineado para o País pelos resultados visualizados
nos dois níveis de ensino, e para a região Sudeste e o Estado no ensino médio.

Tabela 26
Concluintes e Variação, por Nível de Ensino
Brasil, Região Sudeste e Estado de São Paulo
1997-2001
Ensino Fundamental Ensino Médio
Regiões Variação Variação
1997 2001 1997 2001
97/01 (%) 97/01 (%)
Brasil 2.151.835 2.707.683 25,80 1.330.150 1.855.419 39,50
Região Sudeste 1.089.407 1.182.575 8,60 698.082 884.109 26,60
São Paulo 617.265 660.564 7,00 415.008 510.375 23,00
Fonte: Ministério da Educação – MEC/Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais – Inep; Fundação
Seade.

A taxa líquida de escolarização – relação entre o número de alunos na faixa


etária adequada matriculados em determinado nível de ensino e a população

SEADE 78
nesta mesma faixa etária –, no Estado de São Paulo, em 1994, era de 95,4%
para o ensino fundamental e de 33,1% para o ensino médio. Em 2000, essas
proporções aumentaram para 97,3% e 54,7%, respectivamente, valores
superiores aos registrados na Região Sudeste e no País.

Observa-se que tanto o Estado quanto a Região Sudeste, que já possuíam


altas taxas de escolarização do ensino fundamental – o que é um indicador da
universalização do atendimento à população de 7 a 14 anos –, apresentaram
aumento de cerca de 2 pontos percentuais, menor que o verificado para o País,
elevando a taxa nacional de 87,5%, em 1994, para 94,3%, em 2000.

No ensino médio, o Estado e a Região Sudeste registraram, entre 1994 e


2000, aumentos mais expressivos (21,6 e 17,9 pontos percentuais,
respectivamente) do que o observado para o País (12,5 pontos percentuais).
Assim, a taxa nacional (33,3%) manteve-se bem abaixo daquelas verificadas
na Região Sudeste (45,6%) e no Estado (54,7%), sinalizando sérios problemas
de acesso e de permanência da população jovem nesse nível de ensino.
Embora a situação do País seja mais grave, é igualmente problemática no
Estado de São Paulo e na Região Sudeste.

Tabela 27
Taxas Líquidas de Escolarização, por Nível de Ensino
Brasil, Região Sudeste e Estado de São Paulo
1994-2000
Em porcentagem
Ensino Fundamental Ensino Médio
Regiões
1994 2000 1994 2000
Brasil 87,50 94,30 20,80 33,30
Região Sudeste 94,40 96,10 27,70 45,60
São Paulo 95,40 97,30 33,10 54,70
Fonte: Ministério da Educação – MEC/Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais – Inep;
Fundação Seade.

Com relação à educação superior, o País contava, em 2002, com cerca de


3.480 mil estudantes, dos quais 50,2% na Região Sudeste (1.746 mil
matrículas) e 28,4% no Estado de São Paulo (988 mil).

No Estado, o exame dos dados por categoria administrativa e áreas de


conhecimento mostra que 84,5% dos estudantes estavam matriculados em
instituições privadas e apenas 15,5% na rede pública, concentrado-se o maior
contingente nas áreas de Ciências Sociais, Negócios e Direito (45,6%),
seguidas de Educação (13,3%) e Saúde e Bem-Estar Social (12,7%), que,

SEADE 79
juntas, representavam cerca de 82% das matrículas. A rede privada respondia
por mais de 70% das matrículas em todas as áreas de conhecimento, com
exceção de Agricultura e Veterinária, em que a rede pública detinha 34% dos
matriculados e o setor privado 66%.

Gráfico 2
Matrícula da Educação Superior, por Áreas de Conhecimento, segundo Categoria
Administrativa
Estado de São Paulo
2002

Em %
100,0
90,0
80,0
70,0
60,0
50,0
40,0
30,0
20,0
10,0
0,0
Agricultura e Ciências Ciências, Educação Engenharia, Humanidades e Saúde e Bem- Serviços Total
Veterinária Sociais, Matemática e Construção e Artes Estar Social
Negócios e Computação Produção
Direito
Privada
Áreas de Conhecimento
Pública

A análise do desempenho do sistema escolar segundo taxas de aprovação


dos alunos do ensino fundamental, no período de 1996-2001, mostra uma
melhoria desses índices no Estado, na Região Sudeste e no Brasil.

No Estado, em 1996, em 1996, essas taxas eram ligeiramente mais


elevadas que na Região Sudeste (3,2 pontos percentuais de 1ª à 8ª série, 2,5
de 1ª à 4ª série e 4,3 pontos percentuais de 5ª à 8ª série). Essa diferença era
ainda mais acentuada em relação ao País: 13,1, 15,6 e 10,3 pontos
percentuais, respectivamente.

Essa tendência manteve-se em 2001, quando as taxas do Estado (91,6% de


1ª à 8ª, 93,6% de 1ª à 4ª série e 89,8% de 5ª à 8ª série) eram cerca de 3,5
pontos percentuais superiores às da Região Sudeste, apresentando diferenças
que situavam-se entre 13,9 e 10,9 pontos percentuais acima dos valores
obtidos pelo País.

SEADE 80
Tabela 28
Taxas de Aprovação, Reprovação e Abandono do Ensino Fundamental
Brasil, Região Sudeste e Estado de São Paulo
1996-2001
Em porcentagem
Total 1ª à 4ª Série 5ª à 8ª série
Regiões Aprova- Repro- Aban- Aprova- Repro- Aban- Aprova- Repro- Aban-
ção vação dono (1) ção vação dono (1) ção vação dono (1)
Brasil
1996 73,00 14,10 12,90 73,30 14,80 11,90 72,70 13,00 14,30
2001 79,40 11,00 9,60 79,70 12,10 8,20 78,90 9,70 11,40
Região Sudeste
1996 82,90 10,20 6,90 86,40 9,40 4,20 78,70 11,10 10,10
2001 88,20 6,90 4,90 90,20 6,50 3,30 86,20 7,20 6,60
São Paulo
1996 86,10 8,80 5,10 88,90 8,70 2,40 83,00 8,90 8,10
2001 91,60 5,20 3,20 93,60 4,50 1,90 89,80 5,80 4,40
Fonte: Ministério da Educação – MEC/Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais – Inep.
(1) Abandono = 100 menos a taxa da aprovação menos a taxa de reprovação.

Observam-se avanços igualmente em relação ao desempenho do ensino


médio, entre 1996 e 2000, embora com menor elevação das taxas de
aprovação. O Estado registrou, também nesse nível de ensino, maior elevação
na sua taxa, de 6,0 pontos percentuais contra 2,6 pontos no País e 1,3 pontos
na Região Sudeste.

Tabela 29
Taxas de Aprovação, Reprovação e Abandono do Ensino Médio
Brasil, Região Sudeste e Estado de São Paulo
1996-2001
Em porcentagem

Regiões Aprovação Reprovação Abandono (1)

Brasil
1996 74,40 9,90 15,70
2001 77,00 8,00 15,00
Região Sudeste
1996 78,20 9,10 12,60
2001 79,50 8,00 12,50
São Paulo
1996 78,10 9,00 12,90
2001 84,10 7,30 8,60
Fonte: Ministério da Educação – MEC/Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais – Inep.
(1) Abandono = 100 menos a taxa da aprovação menos a taxa de reprovação.

Apesar dos avanços observados, cabe registrar que as perdas escolares


(soma das taxas de reprovação e de abandono) ainda eram elevadas, em
2001, notadamente no 2º ciclo do ensino fundamental e no ensino médio, o que
revela que, mesmo com a implementação de programas de correção de fluxo
escolar, em vários estados do País, nos estados da Região Sudeste e no

SEADE 81
Estado de São Paulo, ainda há um longo caminho a ser percorrido para se
chegar a um patamar aceitável das taxas de reprovação e de abandono
escolar.

Ressalte-se também que, o Estado, mesmo com seus valores ligeiramente


inferiores aos observados na Região Sudeste, 13,8% e 20,5%,
respectivamente, de 5ª à 8ª série do ensino fundamental e médio, e
significativamente menores do que os registrados no País, 21,1% e 23,0%,
apresentou, em 2001, perdas escolares elevadas: de 10,2% no 2º ciclo do
fundamental e de 15,9% no ensino médio.

Tabela 30
Taxas de Distorção Idade-Série, por Nível de Ensino e Dependência Administrativa
Brasil, Região Sudeste e Estado de São Paulo
2002
Em porcentagem
Ensino Fundamental Ensino Médio
Regiões
Total Pública Privada Total Pública Privada
Brasil 36,60 39,60 7,30 51,10 56,50 15,70
Região Sudeste 22,30 24,70 5,40 42,10 46,70 12,60
São Paulo 13,60 15,10 3,60 32,70 36,30 8,80
Fonte: Ministério da Educação – MEC/Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais – Inep;
Fundação Seade.

O exame das taxas de distorção idade-série29 evidenciam a ocorrência de


sérios problemas na trajetória escolar da maioria dos alunos, com sucessivas
reprovações, abandonos e retornos à escola, que começam no ensino
fundamental e acabam desaguando no ensino médio – fato comprovado pelas
elevadas taxas observadas, em 2002, no ensino fundamental e médio: 36,6% e
51,1%, respectivamente, no País, 22,3 e 42,1% na Região Sudeste e 13,6% e
32,7% no Estado.

A relação existente entre qualidade de ensino e formação dos professores


indica que, para complementar a análise do desempenho do sistema, é
necessário considerar o perfil de escolaridade dos docentes, notadamente dos
ensinos fundamental e médio.

29
Refere-se ao percentual de alunos, em cada série, com idade superior à idade recomendada.
Considera-se 7 anos a idade adequada para o ingresso no ensino fundamental e 15 anos,
para o ingresso no ensino médio. Visto que no Censo Escolar a idade é calculada a partir do
ano do nascimento informado (o aluno pode iniciar uma série com determinada idade, no
decorrer do ano, completar mais um ano de vida e permanecer na mesma série), considerou-
se aluno com distorção idade série aquele com dois anos a mais da idade exata
recomendada para aquela série.

SEADE 82
Os dados relativos à formação do pessoal mostram que no Brasil, em 2000,
30,3% das funções docentes30 de 1ª à 4ª série, 75,1% de 5ª à 8ª e 89,6% do
ensino médio tinham curso superior completo, enquanto que na região Sudeste
esses percentuais eram de 43,2%, 89,6% e 95,3%, e no Estado de São Paulo
de 53,9%, 96,3% e 96,8%. Mostram também que, no País, 24,6% dos docentes
que lecionavam no 2º segmento do ensino fundamental e 10,6% no ensino
médio não possuíam a habilitação exigida para tal, tendo apenas o ensino
médio completo. Na Região Sudeste, esses percentuais eram menores, de
10,2% e 4,7%, respectivamente, para a 5ª à 8ª e ensino médio.

O Estado apresentava um perfil de formação dos docentes superior ao


verificado no País e na Região Sudeste, com valores residuais – 3,6% e 3,2% –
de sua função docente lecionando no 2º segmento do ensino fundamental e no
médio sem a formação exigida pela lei.

Tabela 31
Funções Docentes por Grau de Formação, segundo Nível de Ensino em que Lecionam
Brasil, Região Sudeste e Estado de São Paulo
2002
Total Grau de Formação (%)
Nível de Ensino Fundamental
Médio Superior
Nº Absoluto % Docentes Incompleto /
Completo Completo
Completo
Brasil
1ª a 4ª série 809.125 100,00 2,80 66,90 30,30
5ª a 8ª série 800.753 100,00 0,30 24,60 75,10
Ensino Médio 468.310 100,00 0,10 10,60 89,30
Região Sudeste
1ª a 4ª série 284.380 100,00 0,80 56,00 43,20
5ª a 8ª série 332.121 100,00 0,10 10,20 89,60
Ensino Médio 220.757 100,00 0,00 4,70 95,30
São Paulo
1ª a 4ª série 114.148 100,00 0,40 45,80 53,90
5ª a 8ª série 150.491 100,00 0,10 3,60 96,30
Ensino Médio 113.058 100,00 0,00 3,20 96,80
Fonte: Ministério da Educação – MEC/Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais – Inep; Fundação
Seade.
Nota: O mesmo docente pode atuar em mais de um nível/modalidade de ensino e em mais de um
estabelecimento.

A análise comparativa dos dados educacionais do Estado revela que, a


despeito da significativa queda do analfabetismo e do aumento da escolaridade
da população, da universalização do ensino fundamental, do crescimento do

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O mesmo docente pode atuar em mais de um nível/modalidade de ensino, assim como em
mais de um estabelecimento.

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número de matrículas da educação superior e dos concluintes da educação
básica, ainda é necessário um grande esforço para a expansão do atendimento
do ensino médio e da educação de jovens e adultos, assim como do número de
vagas na rede pública da educação superior.

Aponta também a necessidade premente de investimento nos aspectos


qualitativos do ensino, para reduzir a reprovação e o abandono escolar e a
conseqüente defasagem idade-série, e para interromper esse ciclo,
proporcionando aos alunos avanços progressivos e melhorando os níveis de
eficiência e rendimento do sistema escolar – condição necessária para a
garantia de educação de qualidade para todos.

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