Вы находитесь на странице: 1из 15

ENTENDENDO OS CONCEITOS DE DIREITA E ESQUERDA DENTRO DE UMA

PERSPECTIVA HISTÓRICA

1. Trabalhando os conceitos assimilação, transformação e continuidade na formação do


ocidente

Em termos bem simples, a direita defende o pensamento ocidental formado através da moral
cristã, do direto romano e da filosofia grega, logo, o que vai direcionar o nosso estudo seria o termo
de assimilação, transformação e continuidade, que é fator determinante para a formação do processo
histórico, politico e social das sociedades contemporâneas.
Em contraponto o pensamento da esquerda é oriundo da ruptura e da negação de todo
acumulo histórico que formou a identidade do ocidente e do mundo, negando os valores adquiridos
ao longo da história, em detrimento de novos valores “progressistas” e iluminados, que vem negar
todos os principais pilares do ocidente.
O nosso estudo será baseado nesses dois conceitos, a assimilação e continuidade a qual a
sociedade ocidental se desenvolveu, e a negação e a ruptura de todo um processo histórico o qual é
defendido pela esquerda.

2. A base moral cristã e a formação do ocidente

Quando vamos falar de consolidação da religião cristã no mundo ocidental temos que ter em
mente o período medieval. O que seria marcado neste recorte temporal seria o governo
descentralizado por parte das monarquias e a influência da igreja nas relações culturais e sócias. O
que deu início a esta nova formação cultural foi a queda da antiga, o Império Romano, que há
séculos havia perpetuado uma estrutura politica e econômica sólida que começa a ruir por diversos
fatores, dentre eles o principal, o qual teria influência sobre o resto seria o geográfico.

2.1 A queda do império romano

O império havia se expandido demais, não havia poder militar suficiente que desse conta das
fronteiras que estavam sendo cada vez mais atacadas pelos povos germânicos (os bárbaros). Devido
a esse fator, a mão de obra escrava, base fundamental da economia Romana, começa a sofrer
escacês, pois a demanda populacional aumenta, e o império não consegue dar conta de mais mão de
obra, pois está ocupado demais em defender as suas fronteiras das invasões cada vez mais
crescentes. E para atenuar a situação da carência de mão de obra muitos escravos estavam
conseguindo o direito de cidadania Romana se tronando homens livres. A conversão do imperador
Constantino e a cristianização do império atenua mais ainda a situação, pois a mão de obra escrava
passa a ser mal vista pela sociedade cristã. Devido a estes diversos fatores, a mão de obra escrava
vai sendo paulatinamente diluída eté a sua completa dissolução.
Segundo o historiador Paul Veyne, Diferentemente do que é ensinado pela historiografia
tradicional, a queda do sacro império não foi devido a tomada de Roma, e sim a assimilação dos
bárbaros pelo império. Segundo Vayne os bárbaros não queriam derrubar o império, e sim fazer
parte dele, segundo fontes históricas, os devidos ataques forçaram os romanos a fazerem aliança
com diversos povos germânicos para que suas fronteiras ainda permanecessem protegidas. Assim, a
cultura germânica passou a ser assimilada pela Romana, e esta transformada por aquela. Quando
Odoacro comandou a invasão e o saque de Roma em 476, a estrutura política e administrativa do
império já havia ruido a muito tempo. O fator determinante para essa nova sociedade germano
romana foi a religião cristã, que cuidou de validar os valores e a conduta que determinariam essa
nova sociedade emergente.
Os generais e líderes bárbaros que foram aderidos pelo antigo império casaram-se com as
filhas da aristocracia romana, dando origem futuramente ao que seria a aristocracia feudal. A união
familiar e cultural entre o império e os germanos foi moldada a base do Cristianismo. O conceito de
família, valores e reta conduta dessa nova cultura emergente que daria base a formação do ocidente
foram baseados no cristianismo.

2.2. A economia Feudal e a descentrabilidade política

Como dito anteriormente, o império romano passou a introduzir os líderes dos povos
germânicos no governo imperial, logo, a relação entre o império e esses líderes era de concessão de
terras nas fronteiras – para protegê-las – em troca de fidelidade ao imperador, dando origem aos
primeiros feudos, tornando a relação do imperador e dos germanos em suserania e vassalagem. Com
a queda do império esses bárbaros passariam a se tornar a nobreza, e os monarcas, das terras que
lhes foram concedidas, já que, para fechar o acordo entre eles, a aristocracia romana, como dito
anteriormente, passa a casar suas filhas com a aristocracia germânica dando origem a aristocracia
feudal (Paul Vayne). Devido aos contantes ataques germânicos aos ajuntamentos urbanos a
aristocracia romana, bem como o povo, que viviam em grandes cidades, passam progressivamente a
migrar para os campos, principalmente após a queda do império – pois a administração romana
havia ruído – viver da agricultura era a maneira mais lógica de sobrevivência. Muitos dos nobres
falidos e cidadãos livres sem emprego, a mercê da violência e dos saques que se tornaram
constantes devidos a ausência da antiga força militar imperial, passam a vender sua mão de obra em
troca de terra para moradia e proteção por parte da nobreza, e outros que tinham terra, mas não
podiam defendê-la, devido ao grande caos que o fim do império deixou, ofereciam aos nobres da
guerra suas terras em troca de proteção.
A economia também sofre uma mudança bastante acentuada, devido a ascensão do
Cristianismo, desde a época de constantino, o dinheiro passou a ser associado a usura pela igreja, o
acumulo monetário passou a ser visto com maus olhos a luz de textos bíblicos do evangelho onde
relatam que o homem não pode servir a Deus e as riquezas ao mesmo tempo (Jackes Le-goff). Com
a queda do império o sistema administrativo dos feudos se tornam independentes, a mão de obra
agrícola faz com que cada feudo se torne autossustentável, pois estes passam a produzir o
necessário para sua sobrevivência, fazendo com que o uso monetário, já tão mal visto pela igreja,
seja progressivamente substituído por uma economia de trocas. Os frutos da terra seriam o
pagamento ao Senhor Feudal pela proteção e uso da terra por parte do camponês e sua família. O
termo rico e pobre é deixado de lado pelos termos humilde e poderoso, que é determinado por
aquele que tem terras e pode cobrar a corveia (o valor dos frutos da terra) e aquele que não tem.
A administração do feudo era de total autonomia do Senhor Feudal, a autoridade deste era
ligada a posse da terra, que poderia ser concedida pela igreja ou pelo Rei, este poderia conceder
terra a outros nobres, que a concedia para os seus cavaleiros, que podia conceder para outros
terceiros (nobres), e nisso se constituia a relação de suserania e vassalagem (March Bloch). Dentro
desta pirâmide, a base de sustentação de mão de obra era feita pelo camponês, que não podia ir para
guerra, nem tinha como se defender. Logo, a relação de contrato era, seu trabalho para o sustento
dos demais, em troca de proteção, moradia e segurança. Em alguns feudos essa troca era bem
vantajosa, pois o camponês poderiam tirar seus sustento e segurança durante toda a vida, mas essa
situação não era normativa, em outros feudos, a corveia, imposto cobrado pelos senhores feudais
dos frutos da terra, eram extremamente altos, o que diminui um bocado o bem-estar social.
Contudo, caso o camponês fosse um cidadão livre, (haviam os vilões e os servos – estes não podiam
abandonar o feudo –), ele não tinha a obrigação de permanecer naquele feudo, caso não quise-se,
poderia negociar sua mão de obra em outra terra.

3. A volta da moeda e o surgimento da burguesia

Além dos fatores religiosos e uma economia agrícola autossustentável que pouco a pouco
minaram o uso da moeda, a acensão do Islamismo no oriente e o cerco feito por estes no
mediterrâneo para vetar o comércio com o ocidente foram um dos principais fatores que
contribuíram para tirar a moeda de circulação. Com o passar dos anos, esse cerco foi desfeito, o
oriente, que nunca deixou de ser voltado para o comércio – e nunca abandonou o uso monetário –
volta a comercializar com ocidente, fazendo com que grandes feiras passem a ser formadas aos
redores dos castelos, estas feiras que inicialmente tinham como fator primário a economia de trocas
passam a se tornarem mais complexas fazendo com que o uso da moeda volta-se a circular no
ocidente. (Le-Goff)
Esses grandes mercados passaram a atrair muitas das pessoas que viviam nos feudos para as
cidades, camponeses passaram a comercializar o excedente dos produtos da terra, e os artesãos, que
trabalhavam no feudo a serviço do senhor feudal e que tinham como salário parte dos produtos do
campo para o seu sustento, começam a migrar par as cidades e a comercializar seu trabalho, e ter
um lucro muito maior voltado para ele mesmo, estes – seguindo o exemplo dos orientais – passam a
criar oficinas de ofício, onde passam a assalariar, com dinheiro, seus ajudantes e funcionários, que
aprendiam o ofício, e criavam suas próprias oficinas. E assim o mercado urbano passou a crescer
cada vez mais, muitas das pessoas que vivam nos campos migram para as cidades, pessoas comuns,
que eram fadadas a viverem como camponesas a mercê de proteção, começam a adquirir
independência por meio das propriedades adquiridas com o dinheiro, rompendo aos poucos com o
sistema feudal rígido que havia perdurado por séculos. Os castelos e cidades começam a se expandir
por meio dos burgos – pequenas cidades que eram formadas por comerciantes ao redor dos castelos
para poderem comercializar os seus produtos com aqueles que vinham e iam – que vão sendo
murados e anexados a cidade principal e se tornando parte dela, fomentando a transição do mundo
rural para o mundo urbano.
Assim, o mercado começa a criar uma nova condição social, e passa a moldar a sociedade o
qual ele começa a imergir. Até mesmo a religião católico passa a ser condicionada por essa
mudança, os Franciscanos – a ordem dos mendicantes – observam que o aumento populacional nas
grandes cidades também geraram para muitos os que não conseguiam crescer nos negócios,
pobreza, e como não havia um meio de autossustentabilidade nas cidades como havia nos campos, a
esmola, através do uso da moeda, passou a ser vista como um dever cristão, logo o dinheiro que
anteriormente era mal visto pela religião como augo mal, nessa nova sociedade emergente ganha
um papel essencial através da caridade.
A assimilação do mercado no ocidente foi o fator principal para adaptação social, cultural e
moral que determinaria todas as seguintes transformações políticas a qual iremos discorrer. Os
valores cristão e a hierarquia entre nobreza, religiosos e plebe ainda permaneciam, mas a liberdade
civil passou lentamente a ser idealizada por meio da propriedade, uma pessoa comum, poderia
adquirir independência, parcialmente, através de seus esforços, e essa liberdade será o fator decisivo
para entendermos a próxima etapa que determinará a transformação do pensamento político.
3.1 A Inglaterra e o livre mercado

A monarquia inglesa, percebendo que a sociedade estava se transformando através do


mercado, alia-se aos comerciantes (burgueses) para poder conseguir centralização e fortalecimento
estatal, os governos que eram descentralizados através dos feudos, passam a centralizar-se
novamente por meio da figura do rei, que conta com a ajuda da burguesia para poder garantir a
liberdade e poder para o reino. Diferente da França e dois demais países, a monarquia inglesa
propiciou a liberdade de mercado para os comerciantes, dando certas liberdades políticas, tipo
incentivo fiscal, para que estes pudessem crescer a economia nacional, produzindo em larga escala,
e fazendo com que outros reinos comprassem de seus produtos, enriquecendo o poder nacional. O
reino inglês foi o primeiro a regulamentar o uso da moeda em função da necessidade de seus
súditos, como também foi o primeiro a cunhar uma moeda nacional, durante o reinado de Ricardo
II, no período da alta idade média, no ano 1190.
Foi por isso que a Inglaterra se tornou rapidamente um império na modernidade, ela
assimilou as novas transformações oriundas do mercado e se adaptou, rompendo com o regime de
castas feudal, e concedendo o direito ao civil de poder contribuir com o crescimento do reino
através do livre mercado, que beneficiava tanto o comerciante, que conseguia maior autonomia em
relação a nobreza, como ao reino, que conseguia acumular poder, fazendo com que todos os outros
reinos precisassem de seus produtos.
Foi essa visão empreendedora que deu a Inglaterra uma imensa vantagem comercial ao
longo dos séculos, o governo apoiava os homens de negócios, este por meio do acumulo de capital
investia em novas pesquisas para desenvolver nova tecnologia, e assim, beneficiava todas as nações,
por exemplo a descoberta da linha férrea, um meio de transporte muito mais rápido, ao mesmo
tempo que criava um laço de dependência comercial das demais nações com ela mesma, a tornando-
a cada vez mais rica. Os outros reinos só foram atentar para isso anos depois, quando a Inglaterra já
estava na sua segunda revolução industrial.

3.2 A crise do feudalismo foi devido ao mercantilismo?

O conceito dialético de Marx funciona através de um determinismo econômico simplista, em


sua teoria, o meio de produção do opressor deve ser superado pelo meio de produção do oprimido,
para que haja uma mudança social e cultural das demais estruturas que determinam um tempo
histórico. Mas se analisarmos a história da “transição” do feudalismo para o capitalismo não é bem
isso que acontece. O historiador Jerônimo Baschet, em seu livro “Os modelos de Transição”, nos
mostra que a ascensão do comércio não necessariamente causou a destruição do modelo feudal, mas
o modificou em algumas instâncias. A grande demanda populacional das cidades requeria mas do
que nunca a produção do campo para sua sobrevivência, já que na cidade não se cultivavam
alimentos, logo, a afirmativa de Baschet é de que o grande aumento populacional das cidades
aumentaram como consequência a produção em larga escala dos genêros alimenticios do campo
para alimentação de uma sociedade urbana ascendente. A mudança central do modelo feudal
anterior, é que a corveia em vez de ser paga por meio dos produtos da terra passou a ser paga
através da moeda, as quais os camponeses adquiriam ao comercializar o produto da terra do senhor
feudal nas grandes cidades (comercializava para o Senhor e o excedente para ele próprio). Temos
que ter em mente que o modelo feudal durou até o século XX, em alguns países como a Rússia,
onde sofreu a transição definitiva para o outro modelo econômico através da revolução de 1917 (?).
Logo a teoria de Marx se mostra refutada pela própria experiência histórica, pois quando falamos de
história não pode haver modelos deterministas que deem conta do passado, presente e futuro sem
levar em conta as diversidades, culturais, sociais e filosóficas de determinadas épocas e povos, as
quais muitos não conhecemos, pois se perderam na história, ou estão a frente de nosso tempo para
que possamos determinar.

4. O renascimento do clássico aos moldes do cristianismo

A liberdade cívica que se inciou com o mercado, concebendo ao cidadão comum o direito de
propriedade viabilizando a emancipação parcial do controle da nobreza, que se dava através das
propriedades de terra, começam a refletir no campo político através de pensadores como Petrarca
ainda durante o período da idade média.
O humanista Italiano Petrarca foi o percursor dos humanistas cívicos do renascimento.
Através do estudo dos escritos clássicos, principalmente os do escritor político Cicero, da República
Romana pré imperial, ele começa a criticar a forma de governo vigente em sua época, voltada para
os benefícios da nobreza em detrimento da liberdade cívica. Petrarca como seus predecessores
passam a alegar uma república como forma de governo superior a nobreza estamental a qual se
baseava a política de sua época. O filoso Cicero alegava que todo o homem que quisesse exercer a
primazia, ou se tornar um representante do povo, deveria ser aquele dotado da Virtus (virtudes) as
quais todo o homem deveria almejar alcançar, negando o direito pelo sangue, e defendendo a
representação popular característica da república.
Os pensamentos da petrarca deram origem na geração posterior aos humanistas cívicos da
Itália, os quais defendiam a ascensão da república em detrimento da monarquia ainda feudal, e a
volta aos valores políticos e filosóficos clássicos, antes da era cristã, como era determinado através
dos escritos do período, negando a reinterpretação, tanto da filosofia (feita por Thomas de Aquino)
quanto da política, que haviam se perpetuado na era medieval.
Os humanistas cívicos vão além dos petrárquicos, seguem o conceito de seu predecessor de
que a idade média (foi nessa época que surgiu o termo medieval) teria sido o período das trevas que
causou o atraso cultural da humanidade, e se autodenominam de modernos, aqueles que traziam o
pesamento iluminado da antiguidade de volta a história, para o aperfeiçoar e dar continuidade
aquilo que havia sido interrompido pela idade das trevas (esse conceito também surge com eles).
Com os humanistas renascentistas veio a surgir interpretação de que o período imperial romano foi
o início de sua queda, quando eles abandonaram o governo representativo republicano em troca do
governo do imperador.
Apesar do renascimento ser marcado por rupturas com a cosmovisão cristão medieval, o que
de fato acontece é a assimilação de muitos dos valores clássicos para a cultura política cristã, de
maneira que veio até mesmo a reinterpretá-la. O espírito renascentista é determinado pela volta a
literatura e pensamento clássico, Erasmo de Roterdã, teólogo humanista neerlandês, assim como
todos os humanistas da época, não quiseram romper com o Cristianismo ou com a moral Cristã, os
quais entendiam a luz da razão serem determinadas pelo Deus verdadeiro, o que eles questionavam
era a interpretação que a igreja romana havia feito do cristianismo original, dos manuscritos gregos
pré era cristã, e foi nesse espírito renascentista que Erasmo de Roterdã traduz o novo testamento do
original grego para o Latim, corrigindo muitos erros de tradução da versão feita por Jerônimo de
Savonarola, corrigindo erros determinantes para interpretação do Cristianismo como: Praticais
penitências e creia no evangelho (da versão de Savnarola) para: Arrendei-vos e creiam no
evangelho. Foi por meio da tradução de Erasmo que o reformador Marim Lutero começa a
questionar a interpretação da igreja acerca das escrituras, propondo uma reforma a luz da palavra de
Deus, afirmando ter sido o Evangelho de Cristo deixada de lado em detrimento de tradições
humanas, o vaticano, asseverava ele, havia omitido por séculos que o pecador é justificado pela fé
somente, pela fé em Jesus Cristo, colocando fardos que o próprio Deus não colocava, entendendo o
Senhor que para o homem era impossível o cumprimento da lei fora de Cristo.
O renascimento como um todo pode ser interpretado como a assimilação e reinterpretação
de alguns conceitos políticos, filosóficos, artísticos, etc, da cultura greco-romana pelo ocidente, os
quais foram remodelados a luz da moral cristã. As próprias virtudes que petrarca defendia serem
inerentes a todo homem por meio dos escritos de Cicero eram bem diferentes das defendidas pelo
próprio Cicero, essas virtudes eram cristãs: A fidelidade, o amor, a misericórdia, o autocontrole e
assim por diante. Quando Maquiavel escreve sua obra: “O Príncipe”, Erasmo, um dos maiores
humanistas do Norte, para combater o pragmatismo de Maquiavel escreve um tratado chamado “O
Príncipe Cristão”, baseado nas virtudes defendidas pelos humanistas.
No geral, a maior liberdade cívica condicionada pelo livre mercado fez com que muitos
pensadores passassem a questionar o direito de governar pelo sangue a qual mantinha a hierarquia e
estrutura feudal os fazendo voltar para os antigos modelos políticos do passado, onde a
representação cívica parecia se encaixar mais com novas demandas socieconômicas que
começavam e emergir na história. O humanismo foi o propulsor do renascimento, que começou no
meio artístico, onde esculturas e pinturas nus, assimiladas do paganismo, passaram a ser mesclada
com a história dos personagens bíblico. Eu não nego que por meio do renascimento o paganismo
começou a imergir novamente no ocidente, pois isso é um fato, mas outro fato que não pode ser
negado é que os valores clássicos foram moldados a luz da moral cristã ocidental. Em uma
interpretação pessoal, acredito eu ter sido o renascimento o fundamento para dois caminhos
culturais destintos na formação ocidental: Um desses caminhos foi a reforma protestante, e a
reafirmação do Cristianismo apostólico clássico, aonde todo o cristianismo moderno passa a ser
moldado por esses valores perdidos na antiguidade, e remoldado através da liberdade cívica que vai
orientar o processo de formação da economia capitalista, e o iluminismo, que seria reflexo da
relativização moral a qual adentra a sociedade por meio do paganismo.

5. Das Monarquias nacionais ao Absolutismo (Transição para o constitucionalismo)

A centralização dos estados, concedidas através do comércio, começou a dar origem a


monarquias nacionais, os poderes descentralizados por terra, característicos do feudalismo, a
diversos vassalos, começa a se concentrar na mãos do Rei que ascende ao centro por meio da
burguesia, essa ascensão varia de reino para reino. A colonização das Américas passam a conceder
riquezas as Monarquias Nacionais, aumentando cada vez mais o seu poder, a era do metalismo –
mercantilismo – se incia, o reino mais poderoso passaria ser aquele que tivesse maior concentração
de metais preciosos em sua posse, e a economia mundial começa a fervilhar dentro das regras de
oferta demanda, o reino que consegui-se fornecer mais produtos, e acumular mais tesouros, se
tornaria o reino mais poderoso. Esse poder se centralizou principalmente na França e na Inglaterra,
que por conta disso se tornaram grandes rivais.
A monarquia absoluta surge a partir desse acumulo de riquezas por parte dos estados, os reis
que gradativamente vinham assumindo um poder mais centralizado em si mesmo, e na visão de
muitos da época, garantindo maior organização administrativa do reino, ganham apoio de
intelectuais como o filoso político inglês Thomas Hobbes, em “O Leviatã”, e o o bispo francês
Jacques-Bénigne Bossuet, em sua obra “A política inspirada nas Sagradas Escrituras”, onde concede
o absolutismo monárquico como direito divino.
Muitas monarquias nacionais se tornaram prósperas através do absolutismo, como é o caso
do Rei Sol Luiz XIV, contudo o despotismo consequente dela causou muita desavença dos reis para
com a sua corte e súditos, os burgueses, representantes do povo, passaram a revindicar os direitos e
liberdade civis, sendo eles o sustentáculo de toda a economia, enquanto a nobreza ociosa tentava
persuadir o rei que assim não se fizesse, pois eles eram sustentados pelos impostos cobrados ao
terceiro estado. O pensamento Iluminista, que visava o progresso e a Civilização, faz com que
vários intelectuais passa-sem a apoiar a burguesia, o que será de extrema importância para os
processos revolucionários que irão ocorrer posteriormente. Essa situação ocorreu de maneira
diferente de nação para nação, a Inglaterra, que já tinha um parlamento que diminuía a centralidade
do poder Real, será a primeira a ser bem-sucedida na formação do que seria germinal na democracia
moderna, através de um parlamento representativo eleito popularmente e uma constituição que
garantia a liberdade e os direitos de cada cidadão livre. Na França as coisas ocorrem de maneira
diferente, em ambos os casos o Absolutismo da Monarquia causa revolta e insatisfação popular, mas
a Inglaterra, por meio da democracia, o Monarca é deposto pelo parlamento, enquanto na França
ocorre um período revolucionário que perdurou vários anos.

REVISÃO

Podemos ver que a liberdade civil que foi germinada através do comércio na baixa idade
média, foi o fator fundamental para a transição de novas ideais políticas e sócias. Essas ideias se
consolidam no renascimento, e vão gradativamente tomando formar por meio de intelectuais que
vão surgindo ao longa dos séculos. Os valores morais do Cristianismo nunca foram abandonados,
eles sedimentaram a moral ocidental até os nossos dias, sendo assimilado a esses valores a liberdade
civil, que demanda uma nova forma de política moderna de inspiração clássica na democracia grega
e república romana.
A formação do Ocidente nunca foi marcada por negação histórica, e sim pelo acumulo
cultural oriundo da própria experiência histórica que determinara a formação dos nossos valores
morais, políticos e filosóficos. E é nisso que o pensamento Ocidental (a direita), vai divergir
fortemente dos valores defendidos pela esquerda.

6. O período revolucionário e a formação do pensamento político moderno

6.1 A revolução Gloriosa


Devido a rápida assimilação do mercantilismo burguês a Inglaterra se tornou um terreno
fértil para germinação dos governos constitucionais que caracterizariam a política moderna. Desde a
revolução puritana liderada por Oliver Cromwell, onde o rei Carlos I havia sido decapitado por
decisão parlamentar contra o Absolutismo Anglicano, que intensamente dava continuidade a
perseguição religiosa nas terras britânicas, que teve como resultado um curto período republicano
na Inglaterra, fez com que o povo inglês passasse a rejeitar o absolutismo monárquico ainda vigente
na Europa. Após a morte de Cromwell a dinastia Stuart volta ao poder, dando um novo fôlego ao
absolutismo inglês. O neto de Carlos I, o rei Jaime II, tentando de toda a forma dissolver o poder
parlamentar, fica em situação ainda mais desfavorável devido ao fato de seu único filho homem ser
da concepção de sua segunda esposa, que era católica, as quais aos olhos do parlamento
representavam um grande perigo a linhagem real, podendo o governo inglês voltar a centralismo
romano.
Em 1689 o parlamento inglês nomeia Guilherme de Orange da Holanda o novo Rei da
Inglaterra, o qual ficou conhecido como “Protetor da Liberdade”, este era casado com uma das
filhas de Jaime (ele tinha duas), Maria Stuart, da primeira esposa protestante. Orange invade a
Inglaterra e ocupa Londres sem tiros, sendo coroado como Rei Guilherme III da Inglaterra.
Alinhado com os ideais parlamentares, Orange assina um documento que ficou conhecido como
“Bill of Rights”, ou “Carta de Direitos”, a primeira constituição moderna. Tendo sido Influenciado
pelas ideias do filosofo Inglês John Lock, o documento garantia a propriedade privada como direito
inalienável a todo cidadão livre, também garantindo o direito de voto ao povo para escolher os seus
representantes parlamentares, tornando o parlamento o primeiro poder legislativo da forma como
conhecemos hoje, permanente, independente e com representantes eleitos. Limitava o poder dos reis
das rainhas, e garantia os direitos a todos os civis. O documento, que ficou conhecido como a
primeira constituição nacional do mundo, também sancionava a liberdade de expressão, a punição
proporcional, e o julgamento justo.
Apesar da grande influência sofrida pelas ideias renascentistas e iluministas, não a uma
ruptura com a monarquia como foi proposto pelos humanistas cívicos, e sim uma adaptação
contextual dos valores políticos republicanos defendidos por estes, o povo ganha um governo
representativo por aclamação popular, bem como bem público garantido por meio dos direitos
constitucionais. Como vemos, não a uma ruptura, mas uma assimilação e adaptação dos valores que
foram sendo fundamentados ao longo da história. A Inglaterra continuou sendo uma Monarquia,
mas chegara ao fim do Absolutismo, por meio do constitucionalismo, sendo a pioneira e modelo
para as demais revoluções democráticas que iriam suceder posteriormente.

6.2 A revolução Americana


Para entendermos melhor a revolução americana é interessante intendermos primeiro o seu
processo de colonização. As colônias do Sul foram, de início, habitadas majoritariamente por
aventureiros em busca de riqueza rápida, após guerra civil inglesa, que levou a morte do Rei Carlos
I, muitos defensores da monarquia absolutista inglesa migraram para o novo mundo, constituindo
uma colônia de grandes proprietários e terras e escravos, estes seriam aqueles que caracterizariam
os defensores da democrácia. A segunda leva de imigrantes, seriam aqueles que viriam fugidos do
absolutismo inglês e das perseguições religiosas, os puritanos, que seriam posteriormente os
defensores da república americana, colonizam as terras do Norte, ambos os grupos dão origem ao
que nós conhecemos como as 13 colônias. (explicar a diferença entre é democracia e república)
Diferentemente das colônias portuguesas e espanholas do mesmo período as 13 colônias
contavam com um sistema de auto governabilidade, tendo assim relativa autonomia política,
embora ainda fossem vinculadas às leis inglesas. No século XVIII, contudo, esta autonomia foi
progressivamente diminuída com diversas restrições e imposições da metrópole, que passou, por
exemplo, a proibir que as 13 colônias tivessem fábricas que competissem com indústrias inglesas,
ou exportar sua produção agrícola para qualquer outro país que não fosse a Inglaterra, fazendo a
insatisfação dos habitantes crescer gradualmente. Já na década de 1750, os gastos efetuados durante
a Guerra dos Sete Anos contra a França deixou a Inglaterra em péssima situação financeira. Para se
reequilibrar, a metrópole optou por submeter às colônias a mais tributos. Assim, foram aprovados
vários novos impostos para produtos de uso diário dos colonos – como açúcar, selo e chá. Essas
medidas foram muitíssimo impopulares, e logo os primeiros protestos e boicotes contra o governo
britânico ocorreriam. Além disso, as assembleias coloniais passaram a questionar o próprio direito
do governo inglês de tributar os habitantes, uma vez que as 13 Colônias não tinham representação
qualquer no Parlamento. Quando os colonos atacaram o carregamento de chá da Companhia
Britânica das Índias Ocidentais disfarçados de indígenas, atirando todo o conteúdo ao mar,
Parlamento inglês ocupou militarmente a cidade de Boston e restringiu os poderes da Assembleia
local. Em setembro do ano seguinte, representantes de todas as colônias se reuniram no Primeiro
Congresso Continental e conceberam uma petição pedindo o fim de tais medidas, a revogação
contudo não ocorreu, e tropas britânicas entraram em confronto com grupos de colonos armados,
fazendo o rompimento inevitável e a criação de um Exército Continental Americano, liderado pelo
coronel George Washington. A guerra propriamente dita, contudo, só estouraria em julho de 1776,
depois da entrega da Declaração de Independência e a criação oficial dos Estados Unidos da
América.
A constituição americana inspirada na Bills of Rights inglesa seria algo totalmente novo,
devido as perseguições religiosas e o absolutismo a monarquia não seria uma opção para os antigos
colonos, a garantia da liberdade e dos valores cívicos seriam os principais norteadores desta nova
política, influenciados pelo iluminismo, a república seria o viés escolhidos pelos americanos.
Apesar da influencia republicana ser algo que remete aos valores políticos romanos, a
republica criada nos EUA seria algo totalmente novo, o modelo principal que inspiraria as demais
republicas modernas. Entre as novidades a quais a constituição vem trazer as mais importantes
seriam o modelo federativo e a divisão dos três poderes. Na primeira, criou-se o sistema federativo,
com dois níveis de governo: o federal (conhecido como União) e os estaduais. A divisão dos
poderes foi inspirada nas ideias do barão de Montesquieu (1689-1755), que dizia que o poder do
estado deveria ser dividido em três: o Legislativo, o Executivo e o Judiciário, para poder evitar que
as partes pudessem sozinhas passar por cima das leis e começar uma ditadura. E, pelo visto, deu
certo: a democracia norte-americana não foi apenas a primeira, mas também a mais antiga, com a
mesma constituição desde 1787, até hoje.
Vemos então que a politica moderna foi determinada pelo ideal de liberdade o qual teve
como modelo a antiga república e os valores cívicos as quais o direito romano clássico defendia.
Contudo, esses valores foram adaptados e remodelados a uma nova realidade religiosa e econômica
as quais nortearam a modernidade. Podemos então concluir que o pensamento ocidental (a direita) é
o resultado de um longo processo histórico de assimilação e continuidade.

6.2 A revolução Francesa e o surgimento dos conceitos de esquerda

6.2.1 Rousseau

Se a esquerda pude-se revindicar uma paternidade, com certeza o DNA de sua estrutura
ideológica apontaria para a pessoa do filoso suíço Jean-Jacques Rousseau. Diferente dos conceitos e
modelos que foram formados ao longo do ocidente através do processo histórico que determinariam
o pensamento político do que se chamaria direita, a ontologia esquerdista foi determinada a partir
do pensamento de um único homem, que negando todo o acumulo filosófico adquirido até o
presente momento histórico em que se encontrava, cria um modelo epistemológico distinto dos
demais, legando a natureza humana algo que a bíblia e a maioria dos teóricos da época negavam
veementemente.
Para Rousseau o homem em sua natureza pura era bom, uma folha em branco, contudo a
sociedade e suas instituições o corromperam, sendo a culpa dos roubos, assassinatos, furtos, etc,
das instituições, e não do homem propriamente dito, para que a sociedade pude-se se reergue era
necessária a criação de novas instituições, e a negação de todas as outras construídas dentro do
processo histórico até então. No pensamento do filósofo, o grande problema da humanidade estaria
concentrado na propriedade privada, que causava desigualdade, furtos, miséria, etc. Marx e os
demais teóricos do socialismo se baseariam nessas ideias para afirmarem a necessidade da
destruição da burguesia, do capitalismo e do cristianismo para implantação de uma sociedade
igualitária, no conceito de Rousseal, igualdade e liberdade significavam a mesma coisa.
Contudo teóricos como Thomas Hobbes e John Locke, e a própria realidade histórica,
discordam veementemente. Como podemos ver nesse estudo o que garante a liberdade do indivíduo
é a sua propriedade, pois ele conduz o seu destino a sua livre escolha através do que é seu, se o
individuo não tem propriedade, ou aquilo que é seu é condicionado por outros (como por exemplo o
estado), este fica a mercê do controle de terceiros não podendo ele mesmo exercer a sua
independência. A primícia de que todo homem é bom e é a sociedade que o corrompe é quebrada
pelo próprio fato de que foi o homem que corrompeu a sociedade pois ele a antecede. A sociedade
utópica onde tudo é de todos não funciona pois pessoas têm gostos, desejos e vontades diferentes e
iriam sempre descordar no uso da propriedade comum, e nisso, na ideia de Rousseal e Marx, é que
o estado entra para ordenar o bem-estar comum até que a sociedade por si só se organize, a questão
é que as pessoas pensam diferente, e sempre vão discordar umas das outras, e o estado assumirá em
todas as instâncias o poder total em nome da igualdade social, enquanto as pessoas por não terem
propriedade, aquilo que é seu para fazerem o que bem entendem, ficarão eternamente a mercê do
totalitarismo do estado.

6.2.2 A revolução Francesa

O processo revolucionário da França também foi resultado da ruptura com o absolutismo e


seu governo desposta, como dito anteriormente, a França havia apoiado os EUA contra o seu maior
rival, a Inglaterra, e isso fez com que o país emergisse em uma grande crise econômica que seria
crucial para o início do período revolucionário.
Diferente da Inglaterra, que já havia se adequado ao liberalismo econômico e ao
constitucionalismo democrático, visando garanti os direitos e a liberdade do cidadão comum, a
França continuava em um regime absolutista extremamente Feudal, as propriedades de terra
garantiam o imposto que era cobrado pela nobreza – que era isenta dele – ao cidadão comum, e
como cidadão comum se entendia a burguesia, o trabalhador urbano (classe operária) e o camponês,
estavam cada vez mais altos, ouve a manifestação para a formação de um terceiro estado – dos
comuns que não tinham representação politica – contra a nobreza (o primeiro estado) e o clero (o
segundo estado).
A nobreza revoltada contra as medias da monarquia, que devido a crise vinha diminuindo
seus direitos políticos, convoca uma assembleia geral para que novas medias sejam tomadas
mediante a situação. A assembleia, na visão do rei, serviria para vetar a ação dos revoltosos, mas
ambos não perceberam que o terceiro estado vinha se articulando para revindicar seus direitos, e
que de maneira estratégica conseguiram reunir um número de votantes que superaria os dois outros
estados vigentes que detinham o poder político. E foi no ano de 1789 que o terceiro estado, sentado
a esquerda da assembleia, revindica seus direitos através da famosa “Declaração dos Direitos do
Homem e do Cidadão”, este documento foi um manifesto contra a sociedade hierárquica dos
privilégios concedidos a nobreza. Dizia o documento em seu primeiro artigo: “Os homens nascem e
vivem livres e iguais perante as leis”; a declaração também afirmava que “todos os cidadãos têm o
direito de colaborar na elaboração das leis” […] “pessoalmente ou através de seus representantes” e
entre outros direitos revindicados. A validação dos direitos ocorreu em 14 de Julho de 1789 com a
queda de Bastilha, e em 1791 e criada a primeira constituição francesa que passa a funcionar como
uma monarquia constitucional. Vemos que seguindo o modelo histórico da Inglaterra, a França –
inicialmente – não rompe com o modelo político da monarquia, mas revindica os direitos civis que
desde a revolução gloriosa havia servido de modelo de sociedade livre para todo o ocidente,
contudo, a traição do monarca ao seu próprio país, buscando aplicar um golpe de estado no modelo
constitucionalista na tentativa de restabelecer o absolutismo, ao pedir ajuda a outros países
absolutistas para derrubar o governo de seu próprio país, o rei causa uma revolta popular dentre os
cidadãos franceses, que se revoltam com a monarquia e passam a apoiar o partido dos radicais
Jacobinos (esquerda), que se baseavam nas ideias de Rousseau, onde o problema de toda a França
(ou mundo), não se tratava unicamente do constitucionalismo, mas sim, nas próprias instituições
vigentes que haviam corrompido a sociedade, a igreja, a monarquia, a nobreza, a propriedade
privada, etc, ou seja, todo o processo histórico o qual havia determinado a sociedade a identidade
dos valores ocidentais e sua civilização. Esse governo de curta duração, a republica Francesa
Jacobina, que durou de 1972 a 1974, ficou conhecida como a era do terror pela sua imensa
quantidade de mortes, e desequilíbrio político.
No livro “Política, Cultura e Classe na Revolução Francesa” da historiadora Lynn Hunt, é
detalhado de maneira sistemática o caos que foi instaurado durante o período em que Robespierre
esteve no poder da revolucionária republica francesa; eles tentaram criar uma nova religião, onde o
culto era dirigido a liberdade, uma nova economia que negava o liberalismo que havia se
desenvolvido ao longo dos séculos, uma nova politica que no discurso revindicava a representação
das necessidades gerais do povo, e entre muitas outras coisas, baseados nas ideias de Rousseal,
eliminavam todo aquele que fossem contra a aniquilação do antigo sistema, pois novas instituições
deveriam ser criadas, para que pudessem auxiliar a boa natureza humana a se reorganizar, e foi
assim que nasceu os princípios que serviriam de base para o desenvolvimento de todos as ideias
socialistas posteriores.

7. Conclusão: Os ideais de Esquerda e de direita – prós e contras


Como pudemos ver ao longo do estudo a formação do pensamento de direita é o resultado
do processo de assimilação e adaptação cultural ao longo da história, é algo que foi determinado
pelas próprias sociedades e demandas politicas que a condicionaram dentro de um processo natural
de conservação e adaptação. O cristianismo, a filosofia grega, a liberdade econômica e o direito
romano foram as bases que se formularam aos longos das gerações como processo civilizatório
natural do ocidente, algo que foi determinado pela própria história.
Em contraponto a esta realidade vimos que o pensamento de esquerda foi algo formulado
por uma filosofia a parte da realidade histórica constituinte do ocidente, para Rousseal a filosofia
servia para transformar o mundo, para Hobbes e a maioria dos filósofos, para entendê-la. Vimos ao
longo do estudo que o processo histórico que determinou a formação do ocidente se sedimento
como progresso através das liberdades individuais, a propriedade privada e a moral cristã, como
garantia do direito e bem-estar de todo o cidadão livre, e por meio do Cristianismo, leis e valores
que inibiriam má conduta inerente a humanidade que leva a corrupção, imoralidade, desordem e
caos.
Todos esses valores são o resultado de um longo processo de continuidade e adaptação, são
provados, tem experiência e validade histórica, e são a garantia para uma sociedade ideal
desvinculada de corrupção, totalitarismo e imoralidade, que leva a corrupção e aos demais. Quando
defendemos o conservadorismo, defendemos a permanência desses valores que nortearam todo o
desenvolvimento ocidental.

Вам также может понравиться