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24/03/2018 Crise Soviética - História - InfoEscola

Crise Soviética
Por Antonio Gasparetto Junior

Mestrado em História (UFJF, 2013)


Graduação em História (UFJF, 2010)

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Quando a Segunda Guerra Mundial chegou ao fim, o mundo viu nascer um novo
conflito. Este seria travada entre os dois principais vencedores da guerra, Estados
Unidos e União Soviética. A diferença é que, a partir de então, a disputa seria baseada
em ideologia. Os Estados Unidos eram o país mais poderoso como representante do
sistema capitalista, enquanto a União Soviética era a grande representante do
socialismo. Ambos desfrutavam de grande poderio militar e de prestígio por esmagar e
derrotar as tropas nazistas. É justamente por essa capacidade tão similar de poderio
militar que os dois países sabiam que não poderiam entrar em conflito direto, sob o
risco de destruição mútua. Essa nova fase da história mundial marcada por um conflito
declarado, porém impossibilitado de se tornar concreto em batalhas passou a ser
chamada de Guerra Fria.

A União Soviética, por sua vez, era a grande representante do sistema socialista.
Possuía uma estrutura poderosa e uma grande capacidade militar que rivalizava
equitativamente com os Estados Unidos. A disputa ideológica constituía-se em grandes
investimentos para tentar angariar mais seguidores do sistema soviético no mundo. Um
dos grandes projetos que sofreram investimento financeiro foi a corrida espacial, que
rendeu muito prestígio aos soviéticos. Foram eles que enviaram o primeiro ser vivo ao
espaço – a cadela Laika – e também os primeiros a fazer a primeira viagem espacial
tripulada por um homem. Durante as décadas de 1950 e 1960, a União Soviética
conseguiu se equiparar aos Estados Unidos e, inclusive, apresentar momentos de
superioridade, como os exemplos da corrida espacial. Mas, a partir da década de 1970,
a União Soviética apresentaria traços de crise que se tornariam cava vez mais agudos
até culminar em sua fragmentação.

A década de 1970 demonstrou ao mundo que a União Soviética já não era mais a
grande rival dos Estados Unidos, sua capacidade já havia sido reduzida
consideravelmente. Os sinais de esgotamento econômico começaram a aparecer e isso
se tornou evidente com a divulgação de problemas graves, como a falta de alimentos. A
partir daí, seguiram-se uma série de estratégias erradas que só piorariam sua situação.
Logo depois, a União Soviética invadiria o Afeganistão, aumentando a crise. Esta se
consolidava, pois a maior parte dos recursos estava sendo consumida pelo setor militar,
a capacidade industrial – especialmente no que se refere aos bens de consumo – não
dava conta de atender à população, população esta que não era consultada em
momento algum e, por isso, perdia a atração pelo sistema. A falta de liberdade para
expressão do povo refletia-se diretamente na produtividade do país, pois os indivíduos
sentiam-se desmotivados com a realidade que viviam.

O acúmulo de problemas ao longo da década de 1970 estourou como uma bomba na


década de 1980. A situação ficou ainda pior quando a população passou a ter extremas
dificuldades para adquirir produtos básicos como pão ou vestimentas. Já estava muito
claro que a capacidade da União Soviética de se contrapor aos Estados Unidos na
Guerra Fria não era a mesma do final da Segunda Guerra Mundial. Em 1985, Mikhail

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Gorbatchev assume o poder na União Soviética e dedica-se a uma possível solução dos
problemas. Para conseguir algum resultado, o líder soviético tenta conquistar sua
população e lança dois projetos: a Perestroika e a Glasnost. O primeiro deles tratava-
se de uma tentativa de restruturação econômica. Já o segundo, propunha a
transparência política. A população, contudo, já estava saturada dos problemas e parte
dela queria o fim por completo do regime socialista soviético. Essa falta de apoio de
uma população desconfiada serviu para impossibilitar mais ainda a tentativa de
reorganização.

A Crise Soviética se expandiu pelos países que integravam o bloco socialista. A União
Soviética estava saturada de problemas militares e políticos. A população se rebelava
em vários países pedindo democracia e o fim do sistema socialista. Assim foi que,
progressivamente, os países deixaram de integrar a União Soviética. Sua completa
fragmentação já não deixava dúvidas ou qualquer esperança sobre seu futuro, a
definitiva dissolução da mesma. No auge da crise, vários países abandonaram a União
Soviética. Na Rússia, Boris Yeltsin assumiria o cargo de presidente, em 1991, e
decretaria o final da União Soviética, permitindo a criação de novos países.

A Crise Soviética levou à dissolução da União Soviética e, por consequência, ao


término da Guerra Fria. Neste conflito, os Estados Unidos consagraram-se como
vencedores e o sistema capitalista tomou seu posto de liderança incontestada no
mundo.

Fontes:
SEGRILLO, Angelo. O Declínio da URSS: um estudo das causas. Editora Record, 2000.
http://www.agb.org.br/files/TL_N9.pdf#page=101

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