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RESUMO:
ABSTRACT:
Palavras-chave:
1
Eng Civil/ Seg Trab/ Ms Agronomia, COGERH, R Adualdo Batista 1550, 60830-080 Fortaleza/Ce. Email: alves.neto@cogerh.com.br
2
Prof. Adjunto, UFC, Campus do Pici – Centro de Tecnologia – Depart. Engenharia Hidráulica e Ambiental, 60451-970 Fortaleza/Ce. Email:
marco@ufc.br
3
Eng Civil/Ms Rec Hídricos, UFC - Campus do Pici, Fortaleza/Ce. Email: rosiel@ymail.com.br
4
Eng Civil/Ms Rec Hídricos, COGERH, Rua Adualdo Batista 1550, 60830-080 Fortaleza - Ceará. Email: alberto.teixeira@cogerh.com.br
O município de Várzea Alegre possui uma área de 835, 706 km², abrangendo os distritos de
Calabaça, Canindezinho, Ibicatu, Naraniu e Riacho Verde. Limita-se ao norte com o município de
Cedro; ao sul com Caririaçu e Granjeiro; a leste com Cedro e Lavras da Mangabeira, e a oeste com
Farias Brito e Cariús. Transpõem o município as seguintes rodovias: BR-230, CE-060 e CE-055
(IBGE, 2009).
Os principais cursos d´água são os riachos do Machado, São Miguel e Riacho do Meio com
seus afluentes Mocotó, Caiana, Feijão e Umari dos Carlos, que servem de limites naturais entre os
Municípios de Cedro e Lavras da Mangabeira. Constituem-se recursos hídricos, complementando a
rede hidrográfica do município, os açudes: Caraíbas, Riacho Verde, Lagoa Seca, Vacaria,
Mameluco, Olho D’Água (em destaque na Figura 01) e Ubaldinho; e as lagoas de São Raimundo,
Iputi, Nunes e Dentro (IBGE, 2009).
a) Características técnicas:
Tipo: terra zoneada
Cota do coroamento: 353,00 m
Extensão pelo coroamento: 381,00 m
Largura do coroamento: 6,00 m
Largura máxima da base: 310,00 m
Altura máxima: 26,00 m
Montante: 1:3,0
Jusante: 1:2,5 com uma berma de 2,0 m (cota 343,00 m)
Proteções dos taludes:
- Proteção de montante em enrocamento de pedra (rip-rap) com espessura de 07,0 m;
b) Tomada D'Água
Tipo: Galeria
Controle: Jusante com dois registros de gaveta em série DN 300 mm
Materiais e Revestimentos: Galeria em concreto armado e tubulação de aço carbono
Dimensões:
Extensão = 102,00 m
Diâmetro = 300 mm
Cota da geratriz inferior: 336,20 m
Bacia de dissipação e caixas de registro: caixa a montante em concreto armado com
comporta tipo stop-log; caixa de jusante em concreto armado com dois registros de gaveta
em série, com a função de bloqueio e controle de vazão.
Capacidade de vazão: 0,12 m³/s
c) Sangradouro
Tipo: Canal escavado em rocha
Soleira espessa com cordão de fixação
Largura do sangradouro: 50,00 m
Cota da soleira: 350,00 m
Características do canal de sangria:
- Muros de proteção em concreto armado, com altura máxima de 2,50 m;
- Canal de restituição sobre o terreno natural com extensão aproximada de 55,00 m.
3. METODOLOGIA
onde:
WB - Largura média de brecha (m);
tB - Tempo de formação da brecha (h);
K0 – Coeficiente admensional (1,0 para erosão interna; 1,4 para galgamento);
hB - Altura de água na base da brecha (m)
onde:
truptura - Tempo de rotura da barragem (h)
H0 - Altura inicial de água acima da cota final da brecha (m)
Vbarr - Volume de armazenamento (m³)
t −T p
Q ( t ) =Q p ∙ ( T b−T p), para t ≥ Tp (7)
onde:
QMax – Descarga máxima efluente da barragem em ruptura (m³/s)
Vr – Volume do reservatório no momento da ruptura (m³)
Tp – Tempo de pico (s)
Tb – Tempo de base (s)
O regime a ser aplicado no estudo é o não permanente, adequado para analises relacionadas à
propagação de cheias em rios de planícies ou vales, onde aparecem componenetes de
armazenamento lateral. A sistemática agrega, também, a vantagem de incorporar a componente de
variação temporal dos hidrogramas. Assim, o regime não permanente é uma ferramenta adequada
para os estudos de trânsito de cheias e a previsão de vazões em tempo real.
Para modelar a propagação da onda de cheia causada pela ruptura da barragem, será utilizado
o modelo hidráulico HEC-RAS para cálculo da onda de cheia na simulação de fluxo não-
permanente, baseado na solução das equações completas unidimensionais de Saint-Venant, por
meio de métodos implícitos de diferenças finitas. Devendo ser observado que apesar de tratar da
propagação de uma onda de ruptura, o modelo não isola a onda de choque que pode ocorrer devido
ao colapso de uma barragem, nem utiliza outras equações que não as de Saint-Venant nas regiões
do choque.
Para uma abordagem unidimensional as equações de Saint-Venant podem ser descritas pelas
seguintes relações matemáticas (Lauriano, 2008):
∂h ∂h ∂u
Conservação de massa: +u +h =0 (8)
∂t ∂x ∂u
∂u ∂u ∂h
Conservação da Quantidade de Movimento: +u +g =g ¿) (9)
∂t ∂x ∂x
Onde:
t: é a variável independente relativa ao tempo (s);
x: é a variável independente relativa à direção do escoamento (m);
u: é a velocidade média do escoamento (m/s);
g: é a aceleração da gravidade (m/s²);
4. RESULTADOS
O curso principal do rio foi gerado com base no MDT, identificando as linhas que constituem
o talvegue, conforme mostra a Figura 06. As margens são geradas com base no MDT, identificando
as linhas que definem o canal natural principal. As linhas de escoamento são traçadas de modo a
identificar o escoamento na margem esquerda, na margem direita e no canal principal.
Figura 01 - Seções a jusante da Barragem Olho d'Água traçadas com base no MDT.
De acordo com os critérios então estabelecidos e com o objetivo de se estabelecerem critérios
para o traçado de seções ao longo do vale do rio, para um levantamento topográfico mais detalhado,
foi estimado, conforme metodologia descrita. A simulação do modelo hidrodinâmico depende de
Figura 02 - Estimativa inicial das zonas de inundação a jusante da Barragem Olho d'Água.
5. CONCLUSÃO
A análise do risco associado à rotura da barragem de Olho D’água é baseada nos parâmetros
que caracterizam a onda de cheia, para a cidade de Varzea Alegre, que está distanciada em 9,5 km,
a profundidade media de inundação obtida é de três metros acima do fundo da calha fluvial. Embora
Com o mapa obtido ainda não é possível representar, satisfatoriamente, a envoltória máxima
de inundação face às incertezas da conformação do terreno, visto que foram utilizadas curvas de
nível interpoladas de pontos associados ao modelo digital. Como o modelo adaptado deriva de um
MDE (Modelo de Elevação do Terreno) esta considerando estruturas civis de médio e grande porte
como parte do relevo natural, além de apresentar para o trecho em estudo planícies de inundação de
pequena declividade com grandes áreas de armazenamento. Fato que, originalmente, levou a
considerações mais abrangentes sobre o coeficiente de rugosidade adotado para áreas urbanizadas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHOW, VEN TE. Open - PREISSMAN Channel Hydralics. Mc Graw-Hill Book Company. New
York, 1959.
FREAD, D. L., LEWIS, J. M. NWS FLDWAV model: theoretical description and user
documentation. Maryland: National Weather Service, 1998.
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2001). Censo Demográfico 2000: Resultados
do universo Brasil, 2001.
SAMUELS, P.G. Backwater lengths in rivers. Proceedings - Institute of Civil Engineers, Part 2,
Re-search and Theory, n.87, p. 571-582, 1989.
HEC-RAS - River Analysis System. User’s Manual. Version 4.0. UNITED STATES ARMY
CORPS OF ENGINEERS. Davis: Hydrologic Engineering Center, 2008.