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Universidade​ ​Estadual​ ​de​ ​Campinas 


Faculdade​ ​de​ ​Engenharia​ ​Química 
 
 
EQ531​ ​-​ ​Termodinâmica​ ​1 
​ ​ ​ ​ ​ ​ ​ ​ ​ ​ ​ ​ ​ ​ ​ ​ ​ ​Professor​ ​Luis​ ​Franco​ ​Mercier  
 
 
 
 
 
 
 
 
Ciclo​ ​de​ ​refrigeração​ ​da​ ​Amônia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Amanda​ ​Moraes​ ​Rosa 161756  
​ ​ ​ ​ ​ ​Giovana​ ​Correia​ ​de​ ​Assis​ ​Netto 173075 
​ ​ ​ ​ ​ ​ ​ ​ ​ ​ ​ ​ ​ ​ ​ ​ ​ ​ ​ ​ ​ ​ ​Guilherme​ ​Zaupa​ ​ ​Nebo  173997 
​ ​ ​ ​ ​ ​ ​ ​ ​Júlia​ ​Viana​ ​Haeitmann  177136 

Campinas
Dezembro​ ​|​ ​2017
 
 
Sumário 
 
Introdução 2

Dados​ ​Iniciais 2

Hipóteses 3

Procedimento 3
Cálculo​ ​da​ ​Pressão​ ​de​ ​Saturação 4
Estimativa​ ​da​ ​Pressão​ ​de​ ​Saturação 4
Cálculo​ ​dos​ ​volumes​ ​específicos 4
Cálculo​ ​da​ ​fugacidade 6
Método​ ​iterativo​ ​para​ ​cálculo​ ​da​ ​Psat​ ​correta 6
Cálculo​ ​de​ ​propriedades​ ​termodinâmicas 6
Entalpia​ ​(H) 6
Energia​ ​Interna​ ​(U) 8
Entropia​ ​(S) 8
Energia​ ​Livre​ ​de​ ​Helmholtz​ ​(A) 9
Energia​ ​Livre​ ​de​ ​Gibbs​ ​(G) 9
Balanço 10
Corrente​ ​1 10
Corrente​ ​2 10
Corrente​ ​3 11
Corrente​ ​4 11
Corrente​ ​5 11
Corrente​ ​6 12
Carga​ ​térmica​ ​do​ ​Vaporizador 13
Potência​ ​requerida​ ​pelo​ ​Compressor 13

Resultados 13

Análise​ ​dos​ ​Resultados 14

Referências 15
 
 
 

1
1. Introdução 
O  presente  relatório  objetiva  a  análise  de  um  processo  de  refrigeração  de amônia, 
cujo  fluxograma  está  representado  pela  ​Figura  1​.  A  partir  de  alguns  dados  iniciais,  foi 
possível  calcular,  para  cada  corrente  do  processo,  vazão  mássica,  pressão,  temperatura, 
densidade,  energia  interna  molar,  entalpia  molar,  entropia  molar,  energia  livre  de  Gibbs 
molar  e  energia  livre  de  Helmholtz.  E, a partir disso, calcular a carga térmica do trocador e 
a​ ​potência​ ​requerida​ ​pelo​ ​compressor.  

 
Figura​ ​1:​ ​Fluxograma​ ​do​ ​processo​ ​de​ ​refrigeração​ ​da​ ​amônia​[1]​​ ​elaborado​ ​no​ ​COFE 
 
Para  a  determinação  das  propriedades  termodinâmicas das correntes do processo, 
utilizamos  como  base  a  Equação  de  Estado  Peng  Robinson​[2]  e  as  equações  residuais, 
conforme​ ​será​ ​descrito​ ​na​ ​seção​ ​Procedimentos​ ​(​4)​.   
 

2. Dados​ ​Iniciais 
Para  efetuar  os  estudos  do  processo,  partiu-se  de  alguns  dados  iniciais  fornecidos 
pelo  enunciado  do  projeto  e  de  alguns  dados  padrões  para  a  amônia​[3]​,  os  quais  estão 
apresentados  na  ​Tabela  1​,  sendo  os  valores  subscritos  referentes  às  correntes  do 
processo​ ​.  
 
Tabela​ ​1:​ ​Dados​ ​iniciais​ ​do​ ​Processo​ ​de​ ​Refrigeração​ ​da​ ​Amônia 

T​1​​ ​(K)  298,15 

T​2​​ ​(K)  250,0 

T​3​​ ​(K)  250,0 

2
P​1​​ ​(MPa)  1,5 

P​6​​ ​(MPa)  1,5 

Vazão​ ​mássica​ ​1  100 


(kg/s) 

Fase​2  Vapor​ ​saturado 

Fase​3  Líquido​ ​saturado 

Fase​4  Vapor​ ​saturado 

T​c​NH3​​ ​(K)  405,6 

P​c​NH3​​ ​(bar)  113,0  

Fator​ ​acêntrico  0,25601 


(ω)​[4] 
 
3. Hipóteses 
● Válvula​ ​(V-01)​ ​isoentálpica;  
● Pressões​ ​de​ ​entrada​ ​e​ ​saída​ ​do​ ​Flash​ ​(F_01)​​ ​iguais; 
● Pressões​ ​de​ ​entrada​ ​e​ ​saída​ ​do​ ​trocador​ ​de​ ​calor​ ​(H_01)​ ​iguais; 
● Correntes​ ​de​ ​entrada​ ​e​ ​saída​ ​no​ ​misturador​ ​(M_01)​ ​têm​ ​mesmas​ ​temperatura​ ​e 
pressão; 
● Eficiência​ ​do​ ​compressor​ ​(C_01)​ ​é​ ​1. 
 
4. Procedimento 
Inicialmente,  no  código,  foram  declaradas,  de  maneira  global,  as  principais 
constantes​[3]  utilizadas,  algumas  das  quais  foram  apresentadas  na  seção  Dados  Iniciais  e 
outras​ ​estão​ ​apresentadas​ ​abaixo.  
P a.m3
R = 8, 314 M ol.K   
g
M M = 17, 031 mol  
Neste  programa,  utilizou-se  como  estado  de  referência  a  Amônia  como 
líquido​ ​saturado​ ​no​ ​ponto​ ​triplo,​ ​que​ ​corresponde​ ​a: 

3
T ref = 195, 4 K  
​ ​ P ref = 6060 P a = 0, 06060 bar  
 
4.1. Cálculo​ ​da​ ​Pressão​ ​de​ ​Saturação 
4.1.1. Estimativa​ ​da​ ​Pressão​ ​de​ ​Saturação 
Para  encontrar  uma  estimativa  para  a  pressão  de  saturação  da  amônia  foi  criada a 
função  ​Antoine​,  que  utiliza  como  dado  de  entrada  a  temperatura  para  qual  se  deseja 
calcular​ ​a​ ​pressão​ ​de​ ​saturação​ ​e​ ​está​ ​expressa​ ​pela​ ​expressão​ ​4.1: 
B
log 10 P sat = A − (T +C) (4.1) 

Os  coeficientes  da  Amônia  para  a  equação  de  Antoine  foram  obtidas  no  banco  de 
dados​ ​do​ ​NIST​[3]​.​ ​São​ ​eles: 
A = 4, 86886  
B = 1113, 928  
C = 10, 409  
 
4.1.2. Cálculo​ ​dos​ ​volumes​ ​específicos 
A  partir  da  estimativa para a Pressão de saturação, obtida no item 4.1.1, utiliza-se a 
equação  de  Peng  Robinson  (4.2)  para  encontrar  o  volume  específico  da  fase  líquida  e 
vapor,  através  da  resolução  da  cúbica,  por  meio  do  método  de  Newton-Raphson,  que 
fornece​ ​as​ ​raízes​ ​da​ ​equação.  
RT a(T )
P = (v−b) − v(v+b)+b(v−b) (4.2) 

Os  valores  de  a(T),  k,  T​r  e  b  podem  ser  encontrados  de  acordo  com  as  expressões 
4.3,​ ​4.4,​ ​4.5​ ​e​ ​4.6. 
0,45724R2 T C 2
a(T ) = Pc [1 + f (ω)(1 − T r 0,5 )]2 (4.3) 

f (ω) = 0, 37464 + 1, 54336ω − 0, 26993ω 2 = k (4.4) 


T
Tr = Tc (4.5) 

4
b = 0, 07780 R.T
Pc
c
(4.6) 

 
Sendo  o  fator  de  compressibilidade  Z  =  PV / RT,  pode-se  reduzir  a  equação  de 
Peng-Robinson​ ​para: 

Z 3 + βZ 2 + γZ + δ = 0 (4.7) 
Na​ ​qual,​ ​os​ ​coeficientes​ ​são: 
β = 1−B  
γ = A − 3B 2 − 2B  
δ = AB − B 2 − B 3  
a.P
A = 2 2  
R T
b.P
B =  
RT
Para  encontrar  as  raízes,  por  razões  que  serão  explicadas  na  seção  5,  utilizamos  o 
método  numérico  de  Newton-Raphson  aplicado  a  equação  4.7.  Tem-se  portanto  como 
fórmula​ ​de​ ​recorrência: 
f (Z i )
Z (i+1) = Z i − f ′(Z i ) (4.8) 

Tendo​ ​como​ ​critério​ ​de​ ​parada: 

f (Z i ) < 10−14  
Como  tem-se  interesse  apenas  nos  valores  de  Z  para o volume do líquido saturado 
e  do  vapor  saturado,  o  programa  utiliza  como  estimativas  iniciais  Z=0.00001  para  o 
volume  do  líquido  saturado  e  Z=1  para  o  volume  do  vapor  saturado.  Os  valores 
encontrados  para  Z  podem,  então,  ser  usados  para  calcular  o  volume  específico  da  fase 
líquida​ ​e​ ​da​ ​fase​ ​vapor,​ ​uma​ ​vez​ ​que:  
P .v RT
Z = R.T →v=Z× P (4.9) 

5
4.1.3. Cálculo​ ​da​ ​fugacidade 
Com  a  pressão  de  saturação,  temperatura  e  volume  pode-se  encontrar  a 
fugacidade​ ​do​ ​líquido​ ​ ​e​ ​do​ ​vapor​ ​através​ ​da​ ​equação​ ​4.10. 

ln ()
f
p = Z − 1 − ln(Z − B ) − A
2√2×B
ln(
Z+2,414B
Z−0,414B )
(4.10) 

 
4.1.4. Método​ ​iterativo​ ​para​ ​cálculo​ ​da​ ​P​sat​​ ​correta 
Na  situação  de  equilíbrio  de  fases  tem-se  que  f vap  =  f liq e esta será a condição para 
o  qual  certifica-se  que  o  valor  calculado  de  pressão  é  o  correto  através  de  um  método 
iterativo.  Para  isso,  comparam-se  os  valores  de  fugacidade  obtidos  tendo  uma  tolerância 
definida,​ ​conforme​ ​a​ ​expressão​ ​4.11: 
| | −4
| f vap − f liq | < ε = 10 (4.11) 

Enquanto  essa condição não for atingida, estabelece-se uma nova estimativa para a 
pressão​ ​de​ ​saturação​ ​através​ ​da​ ​expressão​ ​4.12. 
k
P sat,2 = P sat,1 × ( )
f liq
f vap
(4.12) 

O  valor  de  k  é  arbitrário,  sendo  uma  constante  para  desaceleração  do  método. 
Nesse​ ​projeto,​ ​utilizou-se​ ​k=0,2. 
 
4.2. Cálculo​ ​de​ ​propriedades​ ​termodinâmicas 
4.2.1. Entalpia​ ​(H) 
Para  o  cálculo  da  Entalpia  de  uma  corrente,  utilizou-se  o  método  das  Funções 
Residuais​ ​para​ ​determinação​ ​de​ ​propriedades​ ​de​ ​fluidos​ ​reais.​ ​Nesse​ ​caso​ ​tem-se​ ​que: 

h(T , v ) = hR (T 2 , v 2 ) − hR (T ref , v ref ) + ΔhGI + h ref (4.13) 

Criou-se  uma  função  para  calcular  a  entalpia  residual  para  condições  dadas.  A 
função  ​EntalpiaResidual  ​recebe  como  parâmetros  valores  de  Pressão  (P),  Volume 
Específico  (v)  e  Temperatura  (T).  Primeiramente  essa  função  irá  calcular  os  coeficientes 
para  a  equação  de  estado  de  Peng-Robinson  e  o  fator  de  compressibilidade,  cujas 

6
expressões  (4.9,  4.10  e  4.7)  foram  retiradas  do  artigo  “​A  New  Two-Constant  Equation  of 
State​”​ ​de​ ​Ding-Yu​ ​Peng​ ​e​ ​Donald​ ​B.​ ​Robinson​[2]​.   
Em  seguida,  calculou-se  a  derivada  do  coeficiente  ​a  em  relação  à  temperatura, 
obtendo-se​ ​a​ ​seguinte​ ​expressão:  
0,45724. R2 . T c2 −0,5
∂a
∂T
= ( Pc ). (1 + f (ω). (1 − T r0,5 )) . (− k . (T . T c) ) (4.14) 

Por  fim,  calculou-se  a  entalpia  residual  conforme  a  equação  apresentada  no 


artigo​[2]​.  
∂a
T. −a Z+ 2,44. B
hR = R. T . (Z − 1) + ∂T
2. √2. b
. ln ( Z − 0,414. B ) (4.15) 

Criou-se,  então,  a  função  CalculaEntalpia  que  recebe como parâmetros Pressão (P), 


Volume  Específico  (v)  e  Temperatura  (T).  Ela  une  os cálculos da função residual e também 
para​ ​o​ ​gás​ ​ideal,​ ​podendo,​ ​então,​ ​retornar​ ​o​ ​valor​ ​de​ ​Entalpia​ ​de​ ​fluido​ ​real. 
Calculou-se  a  variação  de  entalpia  para  gás  ideal,  considerando  o  Cp  variável, 
representado  pela  Equação  de  Shomate  descrito  por  4.16,  cujos  coeficientes  foram 
retirados  do  endereço  eletrônico  do  NIST​[3]​.  A  variação  de  entalpia  de  gás  ideal  é  dada 
pela​ ​expressão​ ​4.17,​ ​como​ ​sendo​ ​a​ ​integral​ ​de​ ​Cp​ ​em​ ​relação​ ​à​ ​temperatura.  

C P = A + B. T + C. T 2 + D . T 3 + E
2 (4.16) 
T
T
GI
Δh = ∫ C p. dT (4.17) 
T ref

Então,  chamou-se  a  função  ​EntalpiaResidual  ​para  a  condição  do  processo  e, 


posteriormente,  para  a  condição  de  referência.  Estes  dois  valores  foram  subtraídos  e 
depois  somados  à  variação  de  entalpia  calculada  para  o  gás  ideal,  conforme  a  equação 
4.13.   
Também​ ​devemos​ ​considerar​ ​a​ ​Entalpia​ ​da​ ​referência.​ ​Por​ ​definição​ ​tem-se​ ​que: 
h = u + Pv (4.18) 
Como​ ​estabelece-se​ ​que​ ​U​ref​​ ​=​ ​0​ ​J,​ ​pode-se​ ​considerar​ ​que: 
href = P ref v ref (4.19) 

7
Adicionado  esse  valor  às  funções  residuais  e  também  a  variação  de  Gás  Ideal, 
tem-se​ ​o​ ​valor​ ​final,​ ​cujo​ ​a​ ​função​ ​retorna. 
 
4.2.2. Energia​ ​Interna​ ​(U) 
Por  definição,  tem-se  que  a  Energia  Interna  pode  ser  descrita  pela  equação  4.18, 
que​ ​então​ ​pode​ ​ser​ ​utilizada​ ​para​ ​calcular​ ​essa​ ​grandeza. 
A  função  ​CalculaEnergiaInterna  ​recebe  como  parâmetros  a  Pressão  (P),  Volume 
Específico (v), Temperatura (T) e Quantidade de Matéria (n) da corrente. Com esses dados, 
a  função chama ​CalculaEntalpia enviando como parâmetros os mesmos dados recebidos. O 
retorno  dessa  função  é  somado  ao  restante  da  expressão.  Essa  soma  é,  então,  retornada 
como​ ​resultado​ ​da​ ​função.​ ​A​ ​seguir​ ​é​ ​apresentada​ ​a​ ​equação​ ​utilizada,​ ​na​ ​expressão​ ​4.21. 
U (P , v , T , n) = n × C alculaEntalpia(P , v , T ) + P .v.n (4.21) 
 
4.2.3. Entropia​ ​(S) 
Para  cálculo  da  entropia  residual  fez-se  a  função  ​EntropiaResidual​,  a  qual  recebe 
como  parâmetros  Pressão  (P),  Volume  Específico  (v)  e  Temperatura  (T)  que  pela  própria 
definição​ ​da​ ​Energia​ ​Livre​ ​de​ ​Gibbs​ ​fornece: 
G = H − TS     (4.22) 
EntalpiaResidual (P ,v,T ) − GibbsResidual(P ,v,T )
sR = T    (4.23) 

A  função  ​GibbsResidual  pode  ser  calculada  pela  fugacidade  da  corrente,  que  é 
descrita​ ​pela​ ​equação​ ​4.8,​ ​pois​ ​como: 
f
g R = RT × ln( P )     (4.24) 

Substituindo​ ​a​ ​equação​ ​4.8​ ​na​ ​equação​ ​4.24​ ​tem-se: 


Z+2,414B
g R = RT × [Z − 1 − ln(Z − B ) − √
A
2 2×B
ln( Z−0,414B )]    (4.25) 

Que​ ​então​ ​é​ ​o​ ​valor​ ​retornado​ ​pela​ ​função​ ​GibbsResidual​. 


A  seguir  faz-se o cálculo da Entropia. Para isso tem-se a função ​CalculaEntropia​, que 
recebe  como  parâmetros  pressão  (P),  Volume  específico  (v)  e  Temperatura  (T).  A  função 
irá  calcular  o  valor  da  entropia  para  gás  ideal,  conforme  a  expressão  4.26,  e  somar  com  a 

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diferença  entre  a  entropia  residual  para  as  condições  setadas  (s​R​2​)  como  parâmetros  e  a 
entropia  residual  das  condições  de  referência  (s​R​Ref​),  como  indicado  na  expressão  4.27.  A 
variação​ ​de​ ​Entropia​ ​de​ ​gases​ ​ideais​ ​é​ ​dada​ ​por: 
T
CpGI P ref
GI
Δs = ∫ T · dT − R × ln( P ) (4.26) 
T ref

O​ ​C​P​​ ​de​ ​Gás​ ​Ideal​ ​da​ ​Amônia​ ​pode​ ​ser​ ​descrito​ ​pela​ ​equação​ ​de​ ​Shomate​ ​4.16.  
A  função  ​CalculaEntropia  retorna,  considerando  que  por  definição  do  problema  s​ref 
=​ ​0​ ​J.K​-1​​ ​,​ ​então​ ​o​ ​valor​ ​de: 
​ ​ ​ ​ s = s2 R − sref R + Δs GI   (4.27)

4.2.4. Energia​ ​Livre​ ​de​ ​Helmholtz​ ​(A) 


Para  o  cálculo  da  Energia  Livre  de  Helmholtz  criou-se  a  função  ​CalculaHelmholtz 
que  recebe  como  parâmetros  Pressão  (P),  Volume  Específico  (v),  Temperatura  (T)  e 
Quantidade  de  Matéria  (n).  A  função  calcula  o  parâmetro  termodinâmico  a  partir  da 
energia​ ​interna​ ​e​ ​da​ ​entropia,​ ​de​ ​acordo​ ​com​ ​a​ ​expressão​ ​4.28. 
A = CalculaEnergiaInerna (P , v , T , n) − T * n * C alculaEntropia (P , v , T ) (4.28) 

4.2.5. Energia​ ​Livre​ ​de​ ​Gibbs​ ​(G) 


Analogamente  a  Energia  Interna,  a  Energia  Livre  de  Gibbs  pode  ser  calculada  por 
sua  própria  definição  como  propriedade  termodinâmica  indicada  pela  equação  4.22.  A 
função  ​CalculaGibbs​,  que  recebe  Pressão  (P),  Volume  Específico  (v)  e  Temperatura  (T) 
como​ ​parâmetros,​ ​então​ ​realiza​ ​as​ ​seguintes​ ​operações:  
g (P , v , T ) = C alculaEntalpia(P , v , T ) − T × C alculaEntropia(P , v , T ) + g ref (4.29) 
Deve-se  também  somar  os  valores  de  referência  ao  cálculo  de Gibbs. Sabendo que 
S​ref​​ ​=​ ​0​ ​J.K​-1​,​ ​tem-se​ ​portanto​ ​que:  
g ref = href − T * sref = href = P ref v ref (4.30) 
A  função  retorna  a  soma  do  valor  calculado  para  as  propriedades  recebidas  e  o 
valor​ ​de​ ​referência. 
 

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4.3. Balanço 
O  balanço  é  a  única  parte  do  projeto  que  não  foi  resolvido  por  meio  de funções do 
SciLab.​ ​A​ ​seguir,​ ​discorreremos​ ​sobre​ ​a​ ​realização​ ​do​ ​balanço​ ​do​ ​sistema.
Inicialmente,  para  cada  corrente,  eram  determinados  os  parâmetro  principais: 
Pressão  (P);  Temperatura  (T);  Vazão  Molar  (n),  que  era  determinada  pela  Vazão  Mássica 
(m)  dividida pela Massa Molar (MM) da Amônia; e Volume Específico (v), que era calculado 
por​ ​meio​ ​da​ ​Equação​ ​de​ ​Peng-Robinson​ ​(4.2)​ ​dados​ ​todos​ ​os​ ​outros​ ​dados. 
Com  esses  valores,  era  possível  calcular  as  outras  grandezas  termodinâmicas 
solicitadas  pelo  problema  por  meio  das  funções  ​CalculaEntalpia,  CalculaEnergiaInterna, 
CalculaEntropia,  CalculaHelmholtz  e  ​CalculaGibbs.​   Além  disso,  a  densidade  da  corrente  é 
dada​ ​por: 
1
ρ = v (4.31) 

A​ ​seguir,​ ​discorreremos​ ​sobre​ ​as​ ​especificidades​ ​de​ ​cada​ ​corrente. 


 
4.3.1. Corrente​ ​1 
Inicialmente foram fornecidas temperatura, pressão e vazão mássica da corrente. A 
seguir​ ​compara-se​ ​a​ ​pressão​ ​em​ ​1​ ​com​ ​a​ ​pressão​ ​de​ ​saturação.  
Se  P(1)<Psat,  então  a  fase  da  corrente  é  líquida  e  usa-se  o  volume  de  líquido 
calculado  pela  cúbica,  conforme  explicado  no  procedimento  4.1.2.  E  se P(1)>Psat, a fase é 
gasosa​ ​e​ ​utiliza-se​ ​o​ ​volume​ ​de​ ​gás. 
 
4.3.2. Corrente​ ​2 
Nessa  corrente,  é  necessário  realizar  um balanço de energia para determinar quais 
as  proporções  molares  de  saída  da  Coluna  Flash.  Para  isso,  é  necessário  resolver  o 
seguinte​ ​sistema: 
n1 = n2 + n3 (4.32) 

n1 h1 = n2 h2 + n3 h3 (4.33) 
Que​ ​nos​ ​fornece​ ​a​ ​seguinte​ ​relação: 

10
n2 h1 −h3 CalculaEntalpia(P ! ,v 1 ,T 1 )−CalculaEntalpia(P 3 ,v 3 ,T 3 )
n1 = h2 −h3 = CalculaEntalpia(P 2 ,v 2 ,T 2 )−CalculaEntalpia(P 3 ,v 3 ,T 3 )
(4.34) 

Como​ ​sabe-se​ ​que,​ ​para​ ​Colunas​ ​Flash: 


P1 = P2 = P3  
T1 = T2 = T3  
Como  as  pressões  e  temperaturas  são  iguais  nas  três  correntes,  o  volume 
específico  das  duas  correntes  de  saída  serão  dadas  pela  expressão  para  o  volume 
calculado  através  da  cúbica, sendo o volume da corrente 2 correspondente a raíz de vapor 
e​ ​a​ ​corrente​ ​3​ ​a​ ​de​ ​líquido. 
 
4.3.3. Corrente​ ​3 
Inicialmente  foi  fornecida  a  temperatura  desta  corrente.  A  pressão  no  ​flash  ​foi 
calculada  como  sendo  a  pressão  de  saturação  para  a  temperatura  dada,  vide 
procedimento  4.1.  O  número  de  mols  foi  calculado  como  sendo  a  fração  de  líquido  nesta 
etapa  multiplicada  pela  vazão  mássica de 1. E o volume usado foi o de líquido, já que esta é 
a​ ​fase​ ​da​ ​corrente.  
 
4.3.4. Corrente​ ​4 
Foi  dado  o  valor  da  temperatura desta corrente. A pressão foi obtida como sendo a 
pressão  de  saturação  para  esta  situação,  como  explicado  no  procedimento  4.1.  A  vazão 
molar  é  igual  à  vazão  molar  da  corrente  m3.  E  o  volume  é  calculado  a  partir  do  que  foi 
explicado​ ​no​ ​procedimento​ ​4.2.1,​ ​usando​ ​o​ ​volume​ ​de​ ​gás,​ ​já​ ​que​ ​esta​ ​é​ ​a​ ​fase​ ​da​ ​corrente.  
 
4.3.5. Corrente​ ​5 
A  temperatura desta corrente também foi um valor fornecido.  A pressão, mais uma 
vez,  foi  calculada  como  a  pressão de saturação, conforme descrito no procedimento 4.1. A 
vazão  molar  é  dada  como  a  soma  das  vazões  para as correntes 2 e 4. E o volume é igual ao 
volume  da  corrente  2  e  4,  uma  vez  que  se  tratam  ambos  de  vapor  saturado  a  mesma 
temperatura​ ​de​ ​250​ ​K.

11
4.3.6. Corrente​ ​6 
Nessa  corrente  a  pressão  é  conhecida,  porém  a  temperatura  é  desconhecida, após 
passar  por  um  compressor  considerado  reversível.  Por  balanço  entrópico  no  compressor 
tem-se​ ​que: 

Q
dS
dt = n5 s5 − n6 s6 + ∫ T dΩ + Sp (4.35) 
Ω

Sendo  reversível  e  adiabático,  podemos  chegar  a  conclusão  de  que  o  processo  é 


isoentrópico.  A partir disso, deve-se encontrar a temperatura de saída do compressor, que 
com​ ​a​ ​pressão​ ​de​ ​saída​ ​conhecida​ ​possui​ ​o​ ​mesmo​ ​valor​ ​de​ ​entropia. 
Para  isso,  usou-se  um  método  numérico  iterativo  para  encontrar  o  valor  da 
temperatura.  Nesse  programa  foi  implementado  o  método  da  Secante  na  função 
EncontrarTemperatura​.  O  primeiro  passo  era  estimar  duas  temperaturas  iniciais  para 
começar  o  método.  As  estimativas  foram  250  K  e  251  K,  que  são  temperaturas  próximas 
de​ ​T​5​. 
Com  dois  pares  de  Pressão  e  Temperatura  Estimada,  calculamos  o  volume 
específico  através  da  mesma  função  implementada  para  as  grandezas  termodinâmicas 
calculadas,  enviando  como  estimativa  Z=1  que  corresponde  a  obtenção  da  raíz  de  vapor. 
Tendo  agora,  Pressão  (P),  Volume  Específico  (v)  e  Temperatura  (T),  pode-se  chamar  a 
função​ ​CalculaEntropia​ ​para​ ​determinar​ ​a​ ​Entropia​ ​para​ ​essas​ ​estimativas. 
O  método  iterativo  tem  como  objetivo  tornar  a  diferença  entre  a  Entropia  da 
estimativa​ ​e​ ​a​ ​Entropia​ ​calculada​ ​para​ ​a​ ​corrente​ ​5​ ​suficientemente​ ​desprezível,​ ​tal​ ​que: 
| | −4
| CalculaEntropia (P , v , T ) − S 5 | < ε = 10 (4.36) 

Enquanto  essa  condição  não  for  atendida,  o  método  continua  seguindo  a  fórmula 
de​ ​recorrência: 
T −T
T novo = T 2 − S (T 2 , v 2 , P ) × [ S2 −S 1 ] (4.37) 
2 1

E​ ​com​ ​isso,​ ​para​ ​a​ ​próxima​ ​iteração: 


T 1 = T 2 ​ ​e​ ​ T 2 = T novo  

12
Para  cada  novo  valor  de  T  obtido  nas  iterações,  um  novo  valor  para  o  volume  é 
calculado​ ​até​ ​que​ ​a​ ​condição​ ​4.36​ ​seja​ ​satisfeita. 
 
4.4. Carga​ ​térmica​ ​do​ ​Vaporizador 
O​ ​balanço​ ​de​ ​energia​ ​no​ ​vaporizador​ ​é​ ​descrito​ ​por:  
dU
dT = n3 h3 − n4 h4 + Q + W s (4.38) 

Assumindo  que  o  processo  se  encontra  em  Estado  Estacionário,  e  não  há  trabalho 
de​ ​eixo​ ​aplicado​ ​no​ ​vaporizador​ ​tem-se​ ​que: 
Q = n4 h4 − n3 h3 = n3,4 (h4 − h3 ) (4.39)

A  carga  térmica  do  Vaporizador,  por  balanço,  será  então  igual  a  Entalpia  de 
vaporização  da  Amônia  a  temperatura  da  corrente  3  e  4.  A Entalpia de vaporização nessa 
temperatura​ ​é​ ​igual​ ​a​ ​diferença​ ​das​ ​entalpias​ ​específicas​ ​das​ ​correntes​ ​3​ ​e​ ​4: 

hvap = h4 − h3 = (27413, 26 − 4061, 12) J.mol−1  


QV aporizador = n3 hvap = 4891.67 mol × 26352, 14 J.mol−1  
QV aporizador = 114 229 435, 29 J (4.40) 

 
4.5. Potência​ ​requerida​ ​pelo​ ​Compressor 
Analogamente  ao  vaporizador,  para  o  balanço  de  energia  4.38,  assumindo  estado 
estacionário​ ​e​ ​que​ ​o​ ​compressor​ ​é​ ​adiabático,​ ​tem/se​ ​que: 
W s = n6 h6 − n5 h5 = n5,6 (h6 − h5 ) (4.41)

A​ ​potência​ ​será​ ​dada​ ​então​ ​por: 


P Compressor = n(h6 − h5 ) = 34 434 884, 42 W (4.42) 

5. Resultados 

1 2 3 4 5 6

(kg/s) 100 16,69 83,13 83,31 100 100

13
T​ ​(K) 298,15 250 250 250 250 420,18

P​ ​(MPa) 1,5 0,16 0,16 0,16 0,16 1,5

U​ ​(J/mol) 7911,33 25380,48 4056,46 25380,48 25380,48 29944,82

H​ ​(J/mol) 7958,85 27413,26 4061,12 27413,26 27413,26 33277,87

S 32,55 111,80 18,39 111,80 111,80 111,80


(J/(molK))

A​ ​(J/mol) -1792,61 -2569,71 -541,60 -2569,71 -2569,71 -17031,66

G​ ​(J/mol) -1744,94 -536,77 -536,77 -536,77 -536,77 -13698,45

Fase líquido Vapor Líquido Vapor Vapor Supercrític


saturado saturado saturado saturado o

6. Análise​ ​dos​ ​Resultados 


Para  basear  a  análise,  criou-se  uma  simulação  do  mesmo  processo  no  ambiente 
COCO.  Ao  comparar  os  resultados, pode-se concluir que as grandezas extensivas Pressão 
(P),  Volume  Específico  (v)  e  Temperatura  (T),  e  também  a  carga  térmica  e  separação  do 
Flash  eram  praticamente  idênticos,  o  que  leva  a  crer  que  o  código  foi  construído  da 
maneira  correta.  As  divergências  entre  alguns  dos  valores,  como  para  as  propriedades 
termodinâmicas  como  Entalpia  (H),  Energia  Interna  (U),  Entropia  (S)  entre  outras,  podem 
ser  explicadas  pelo  estado  de  referência  utilizado  pelo  simulador  de  processos,  o  que 
gerava  algumas  incongruências  nos  valores  encontrados  pela  execução  do  código  em 
SciLab. 
Para  o  cálculo  das  raízes  da  equação  cúbica,  preferiu-se  a utilização de um método 
numérico  ao  método  analítico  de  resolução.  Isso  ocorreu  porque  para  determinar  a 
temperatura  da  corrente  6, era necessário a implementação de um método numérico para 
encontrar  as  condições  nas  quais  o  processo  de  compressão  fosse  isoentrópico,  porém 
acredita-se  que  o  cálculo  dos  volumes  específicos  para  cada  temperatura  gerada  pela 
iteração​ ​do​ ​método​ ​tenha​ ​alguma​ ​falha. 
Notou-se  que  entre  as  temperaturas  375,173681  K  e  375,173682  K,  a  função 
volume  específico  apresentava  um  salto  significativo,  o  que  impedia  a  convergência  do 
método  numérico  para  encontrar  a  temperatura,  de  modo  que  a  função  S​calculado​-S​5​=0  não 
podia​ ​encontrar​ ​sua​ ​raiz. 
Por  esse  motivo,  optou-se  pela  utilização  do  método  de  Newton-Raphson  para  a 
resolução​ ​das​ ​raízes​ ​da​ ​equação​ ​cúbica​ ​4.2. 
 

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7. Referências 

[1]​ ​Franco,​ ​L.​ ​F.​ ​M,​ ​Trabalho​ ​-​ ​EQ415.​ ​Disponível​ ​em: 
<​http://www.ggte.unicamp.br/eam/mod/assign/view.php?id=92233​>.​ ​Acesso​ ​em​ ​02​ ​de 
dexembro​ ​de​ ​2018. 
[2]​ ​Peng,​ ​D.​ ​Y.;​ ​Robinson,​ ​D.​ ​B.,​ ​A​ ​new​ ​two-constant​ ​equation​ ​of​ ​state,​ ​Ind.​ ​Eng.​ ​Chem. 
Fundamen.,​ ​15,​ ​59-64,​ ​1976.  
[3]​ ​Ammonia.​ ​National​ ​Institute​ ​of​ ​Standarts​ ​and​ ​Technology.​ ​Disponível​ ​em: 
<​http://webbook.nist.gov/cgi/cbook.cgi?ID=C7664417​>.​ ​Acesso​ ​em​ ​02​ ​de​ ​dezembro 
2017.  
[4]​ ​ ​Equações​ ​de​ ​Estado.​ ​UFPR.​ ​DIsponível​ ​em: 
<​http://www.ambiental.ufpr.br/wp-content/uploads/2015/06/Ap%C3%AAndice-D.pdf​>. 
Acesso​ ​em​ ​02​ ​de​ ​dezembro​ ​de​ ​2017. 

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