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2 O AMBIENTE OPERACIONAL DA EMPRESA

As empresas operam em um ambiente econômico onde existem agentes econômicos


poupadores, que têm recursos financeiros em excesso e agentes econômicos deficitários, com
falta de recursos.
Os agentes econômicos são as famílias, as empresas e o governo. As famílias são
superavitárias quando sua renda supera seus gastos; as empresas, quando os recursos gerados
internamente superam as suas oportunidades de investimentos; os governos, quando o que
arrecada com tributos e imposição de mecanismos compulsórios de poupança é maior do que as
suas demandas de políticas econômicas. Os agentes econômicos são deficitários quando a renda é
menor que os desembolsos correntes, no caso das famílias; quando as oportunidades de
investimentos são maiores do que as fontes internas de financiamento, no caso das empresas; no
caso do governo, quando a arrecadação fica aquém de suas necessidades de recursos.
Quando não há um movimento sincronizado entre recebimentos e pagamentos, no que diz
respeito a prazo de recebimento/pagamento e volume de recursos, os intermediários financeiros
canalizam os recursos dos agentes superavitários para os agentes deficitários. A intermediação
em um ambiente econômico é a atividade de interligar ou atuar, entre o vendedor e comprador, o
produtor e o consumidor ou o doador e o tomador.
A intermediação financeira é a aproximação entre a oferta e a procura de recursos no
mercado financeiro. O processo de intermediação financeira significa a captação de recursos
excedentes dos agentes econômicos poupadores e a cessão destes recursos aos agentes
econômicos deficitários.

2.1 INSTITUIÇÕES E MERCADOS FINANCEIROS

A maioria das empresas tem necessidade permanente de fundos provenientes de fontes


externas. Elas podem obtê-los de três maneiras: Por meio de instituição financeira, pelos
mercados financeiros ou pelas colocações fechadas.

2.1.1 Instituições Financeiras

São intermediários que canalizam as poupanças de indivíduos, empresas e governos para


empréstimos ou investimentos. Estas instituições pagam aos poupadores juros sobre fundos
depositados, captam poupança e emprestam estes fundos aos clientes, investem economias dos
clientes em Ativos Rentáveis tais como: bens imóveis, ou ações e títulos de dívida. Elas prestam
serviços em troca de tarifas; recebem os depósitos dos clientes e emprestam esse dinheiro a
outros clientes: indivíduos, empresas e o governo.

 Indivíduos - são fornecedores líquidos às instituições financeiras, como um grupo, poupam


mais dinheiro do que tomam emprestado;
 Empresas – são parte do grupo de tomadores líquidos de fundos: tomam emprestado mais
dinheiro do que poupam;
 Governo - é, como as empresas, tipicamente um tomador líquido de fundos.

As principais instituições financeiras são: os bancos comerciais, as cooperativas de crédito,


as companhias de seguros, os fundos de pensão e os fundos de investimento.

2.1.2 Fundos de Pensão

São entidades fechadas de previdência, organizadas por empresas ou grupos de empresas,


com o objetivo de realizar investimentos para garantir uma complementação da aposentadoria
aos empregados que aderirem ao plano.
O dinheiro investido forma um patrimônio que é aplicado em imóveis, ações e renda fixa.
Quando o empregado se aposenta, passa a receber o benefício mensalmente. Se sair da empresa,
tem direito de retirar a parte que contribuiu.
Exemplos: Previ (Banco do Brasil, lidera o ranking patrimonial), Petros (Petrobras) e Funcef
(Caixa Econômica Federal).

2.1.3 Fundos de Investimento

Um fundo de investimento é uma forma de aplicação financeira, formada pela união de


vários investidores que se juntam para a realização de um investimento. Eles dividem as receitas
geradas e as despesas necessárias para o empreendimento.
Exemplo: Um investidor aplica $2.000 em cotas de um fundo que, na data do investimento,
possui um patrimônio líquido de $500.000 e 100.000 cotas. O valor da cota é determinado pela
divisão do patrimônio liquido pelo número de cotas do fundo de investimento na data da
aplicação: $500.000/100.000 = $5 e o número de cotas adquiridas pelo investidor: $2.000/$5 =
400 cotas.

2.1.4 Mercados Financeiros

São fóruns onde os fornecedores de fundos, tomadores de empréstimos e investidores


podem negociar diretamente. Enquanto os empréstimos e as aplicações pelas instituições são
feitos sem o conhecimento direto dos fornecedores de fundos, nos mercados financeiros eles
conhecem o destino do empréstimo ou da aplicação.
As empresas oferecem dois tipos básicos de títulos aos investidores: Títulos de dívida e
Títulos de propriedade. Os títulos da primeira categoria são obrigações contratuais de devolução
de empréstimos feitos à empresa (exemplo: debêntures). Os da última categoria são ações
preferenciais e ordinárias.

 Obrigações: título de crédito, que confere ao seu titular o direito de receber periodicamente
juros, e numa determinada data, o reembolso do capital aplicado.
 Ações ordinárias: são unidades de que se constitui a propriedade ou o patrimônio de uma
sociedade anônima. Os possuidores esperam dividendos e ganhos no preço das ações. Dá
direito de votar nas assembléias gerais de acionistas.
 Ações preferenciais: Tipo de ação que não dá direito de votar nas assembléias gerais de
acionistas, mas, garante ao seu proprietário prioridade no recebimento de dividendos e
restituição do capital em caso de extinção da empresa.

2.2 TAXA DE JUROS

É a compensação paga pelo tomador de fundos ao credor; do ponto de vista do tomador


de fundos, é o custo de captar os recursos financeiros.
Quando ocorre empréstimo de fundos, o custo de sua captação é a taxa de juros. Quando
os fundos são obtidos por meio da venda de um direito de propriedade, tal como na venda de
ações, o custo para o emitente (demandante) é chamado retorno exigido, que reflete o nível de
retorno esperado pelo fornecedor dos fundos (investidor).

2.2.1 Taxa Selic

Selic é a sigla de Sistema Especial de Liquidação e Custódia. É um sistema computadorizado


do Banco Central, ao qual apenas as instituições financeiras credenciadas têm acesso. Funciona
mais ou menos como a compensação de um banco, só que, no mercado de títulos públicos,
transfere os papéis para o comprador, ao mesmo tempo em que credita o valor da venda para o
vendedor.
O Comitê de Política Monetária (Copom) é o órgão decisório da política monetária do
Banco Central do Brasil, que por meio de uma reunião, estabelece a meta para a taxa básica de
juros, que no Brasil é a taxa Over-Selic, ou taxa Selic.
A taxa Selic é a média de juros que o governo brasileiro paga por empréstimos tomados
dos bancos. Essa média, chamada de taxa Over-Selic ou juro básico, serve de referência para todas
as outras taxas de juros do país.
Quando a Selic aumenta, os bancos preferem emprestar dinheiro ao Governo, que é
melhor pagador. Isso faz com que haja menos dinheiro disponível e um consequente impacto no
crédito para os consumidores, que fica cada vez mais caro.

2.2.2 Taxa Real de Juros (K*)

É taxa que cria um equilíbrio entre o fornecimento de poupança e a demanda por fundos
de investimento em um mundo perfeito, sem inflação, onde os fornecedores e tomadores não
têm preferência por liquidez e todos os resultados são certos. Em qualquer momento, neste
“mundo perfeito”, haveria um único custo do dinheiro: a taxa real.
2.2.2. Taxa Nominal (Kj) e Taxa Livre de Risco (RF)

Em finanças, é Taxa Nominal é a taxa efetivamente cobrada pelo fornecedor de fundos e


paga pelo tomador. Ao longo do estudo desta disciplina, as taxas de juros e as taxas exigidas pelos
investidores serão nominais, a menos que haja alguma observação em contrário. A taxa nominal
de juros difere da taxa real de juros, K*, em função de dois fatores:

(1) Expectativas de inflação refletidas em um prêmio por inflação (PI);


(2) Características dos títulos emitidos ou de seu emitente, tais como risco de inadimplência e
cláusulas contratuais, refletidas em prêmio por risco (PR).

A taxa nominal de juros ou taxa de retorno exigido sobre um investimento j, Kj, é dada pela
equação:

Kj = K* + PI + PR
Taxa livre de Prêmio por
risco (RF) risco

Podemos dizer que Kj possui dois componentes básicos em sua formação: uma taxa de
juros livre de risco, RF (do inglês risk-free), e prêmio por risco, PR.
Taxa livre de risco ou retorno livre de risco: RF = K* + PI

Logo, também podemos escrever a taxa nominal da seguinte forma: Kj = RF + PR

Exemplo: Os títulos A e B foram emitidos por empresas diferentes no mesmo período de tempo.

Características Título A Título B

Prêmio pela inflação esperada 5,0 % 6,0 %

Prêmio pelo risco de:


- inadimplência 0,6 % 1,1 %
- taxa de juros 0,9 % 0,8 %
- liquidez 1,5 % 0,5 %
- prazo de vencimento 1,0 % 1,4 %

Considerando uma taxa real de 3%, a taxa nominal será calculada da seguinte forma:
KjA = K* + PI + PR
KjA = 3 + 5 + (0,6 + 0,9 + 1,5 + 1,0)
KjA = 8 + 4 = 12%
KjB = K* + PI + PR
KjB = 3 + 6 + (1,1 + 0,8 + 0,5 + 1,4)
KjB = 9 + 3,8 = 12,8%

A taxa livre de risco pode ser encontrada aplicando a fórmula:


RFA = K* + PI
RFA = 3 + 5 = 8%

RFB = K* + PI
RFB = 3 + 6 = 9%

EXERCÍCIOS:

1) Os títulos A e B foram emitidos por empresas diferentes no mesmo período de tempo.

Características Título A Título B


Tempo para o vencimento 5 anos 15 anos
Prêmio pela inflação esperada 6,0 % 4,0 %
Prêmio pelo risco de:
- inadimplência 0,3 % 1,5 %
- taxa de juros 0,7 % 1,8 %
- Liquidez 0,3 % 0,7 %
- Prazo de vencimento 0,7 % 1,0 %

a) Sendo a atual taxa real de retorno igual a 4,0 %, determine a taxa de retorno livre de risco para
cada título.
b) Calcule o prêmio total de risco atribuível à empresa emitente.
c) Calcule a taxa nominal de juros de cada título.
2) A taxa real de juros é atualmente de 8%. Seguem-se as expectativas de inflação e os prêmios
por riscos associados a uma série de títulos.

Prêmio por
Título Prêmio por risco
inflação esperada
A 10% 5%
B 8% 4%
C 6% 4%
D 2% 8%
E 3% 2%

a) Encontre a taxa de juros livre de risco para cada título.


b) Embora não seja comentado, que fator deve ser responsável pelas diferenças entre as taxas
livres de risco encontradas na questão “a”?
c) Determine a taxa de juros nominal para cada título.

3) Abaixo, temos as informações sobre três títulos emitidos por empresas diferentes, no mesmo
período de tempo.

A B C
Tempo para o vencimento 5 anos 7 anos 9 anos
Prêmio por risco 2,2% 3,5% 4,7%
Inflação esperada 2% 4% 6%

Sabendo que a taxa real de retorno é igual a 6%, marque a única alternativa totalmente correta:

a) A taxa livre de risco de B é 15,0 % e a taxa nominal de C é 7,5%.


b) A taxa livre de risco de A é 11,0 % e a taxa nominal de B é 10,0%.
c) A taxa livre de risco de C é 16,7 % e a taxa nominal de A é 8,0%.
d) A taxa livre de risco de A é 12,0 % e a taxa nominal de C é 10,2%.
e) A taxa livre de risco de B é 10,0 % e a taxa nominal de C é 16,7%.

4) Para captar recursos no mercado, o administrador financeiro irá encontrar diversas taxas de
juros, que têm como referência a taxa Selic – a média de juros que o governo brasileiro paga por
empréstimos tomados dos bancos. Considerando o atual momento econômico, explique por que o
crédito ofertado às empresas está cada vez mais “caro” (maiores taxas de juros).

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