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NEVES, Erivaldo Fagundes.

História regional e local: fragmentação e recomposição


da história na crise da modernidade. Feira de Santana: Universidade Estadual de Feira
de Santana; Salvador: Arcádia, 2002.

História regional e local: (p.45-61)

“a história regional consiste numa proposta de estudo de atividades de determinado grupo


social historicamente constituído, conectado numa base territorial com vínculos de
afinidades, como manifestações culturais, organização comunitária, práticas econômicas,
identificando-se suas interações internas e articulações exteriores e mantendo-se a
perspectiva da totalidade histórica” (p.45)

-Gomes Barbosa [de Portugal]: as noções de história regional e local não são coincidentes
→ um espaço local insere-se numa região, cujo conceito implicaria na definição do
espaço físico. Mas, uma região se constitui quando os habitantes conhecem o seu passado
e a noção espacial se dilui (p.46)

-interdisciplinaridade: alternativa para o trabalho com a história regional e local (p.46)

-ambas, não circunscrevem-se na noção de micro-história que refere-se, segundo Levi,


na redução da escala de observação e na micro-análise; Levi ainda propõe o estudo de
comunidades locais como objeto de sistemas de pequena escala, “nesse particular se
aproxima da formulação de história regional e local, embora esta priorize os recursos
interpretativos da hermenêutica e parta da ideia de que região, na caracterização de Denis
[BERNARDES], não se definiria por si, mas na relação com o todo” (p.47)

-faz um resumo sobre teoria da história e historiografia, comentando sobre as diferenças


entre história objetiva e interpretativa (p.47-56)

-José Amado Mendes: o surto de história regional e local recente não foi acompanhado
de uma reflexão teórica e metodológica sobre ela(p.56)

-considera-se que a história regional e local tem origem na Nouvelle Histoire, com as
monografias de Emmanuel Le Roy e Pierre Goubert da segunda geração dos Annales →
os dois propuseram uma alternativa para o que se convencionava chamar de história geral
{referia-se às regiões econômicas, onde predominava a história social e econômica;
valorização da dimensão geográfica da longa duração} (p.57)
- “não se deve confundir o sujeito da história regional e local, o homem na sua prática
social, com o do paradigma original, o espaço” (p.57)

-estes estudos do Le Roy e Goubert aproximavam-se do trabalho do Braudel: dominavam


as estruturas e a longa duração: priorizavam a interação entre a
geografia/economia/mentalidades/biologia e a vida política/cultural/intelectual (p.58)

-Ciro Flamarion Cardoso cita as razões p/ a expansão dos estudos em história regional e
local: a) prolongado contato dos historiadores com a geografia humana; b) a região era
uma unidade de análise apropriada, já que até o século XVIII a vida cotidiana era mais
marcada pela região do que pela nação; c) o estudo do regional possibilita que um só
historiador trabalhe com toda a documentação; d) possibilidade de observar, na longa
duração, a evolução de uma comunidade regional nos diversos níveis (p.58)

-na década de 1970 observa-se uma explosão temática da história regional e local (p.58)

-Aletta Biersack (década de 1980): a partir do conceito de saberes locais de Geertz, define
a história local como um estudo de um saber local nos moldes históricos → ao investigar-
se o passado cultural de uma localidade, produz-se conhecimento histórico. Pois, os
efeitos dos fatores do sistema total em um nível micro não são homogêneos, eles se
alinham a outros contextos resultado em diferentes consequências (p.58-59)

-Foucault e Durval Muniz de Albuquerque: antes de remeter a algo da geografia, região


simboliza uma noção fiscal, militar ou administrativa (p.59)

-é possível pensar a região a partir da emergência de diferenças internas de uma nação no


que concerne ao exercício do poder? p/ o autor, a partir de Albuquerque, não. Pq o
regional e o local não bastam, por si só, para fundar uma epistemologia ou um critério
para uma validação historiográfica → a história regional serviria para colocar a ideia de
região em outro patamar, legitimando-a e dando a ela uma história a partir da base
material (p.60)

-Albuquerque distancia-se, assim, do critério geográfico, destacando a instância cultural


de uma região (p.60)

-na mesma ótica, Ilmar de Mattos afirma que a ideia de região não se restringe aos limites
administrativos pq estas não estabelecem, necessariamente, redes de relações sociais nem
estabelecem consciência de pertencimento a uma região comum → se a região localiza-
se num dado espaço, este se distinguiria mais por sua construção social que por suas
características naturais (p.61)

“Nessas circunstâncias, a delimitação espaço-temporal existiria enquanto materialização


de limites, a partir das relações sociais” (p.61)

História regional e local no Brasil (p.86-94)

-José Honório Rodrigues: desde o começo se advertia p/ o perigo da fragmentação da


história local, embora se reconhecesse sua validade p/ a historiografia(p.87)

-nesse início, a maior parte da produção sobre regional vinha da geografia ou da economia
(p.87)

-p/ Ciro Falamarion Cardoso defende que existem várias alternativas pata recortes
espaciais e blocos operacionais, pois qualquer delimitação territorial seria uma
simplificação da realidade e pq as relações entre homem/espaço modificar-se-iam no
tempo, conforme as variáveis de organização do meio ambiente pelos grupos humanos
(p.88)

-o estudo do regional focalizaria a diversidade e as diferenças, identificando o indivíduo


no seu meio sociocultural na interação com os grupos sociais em todas as extensões (p.89)

“contrariamente à ideia de fragmentação do objeto de estudo e parcialidade dos resultados


finais da pesquisa, a história regional e local, sem perder a dimensão de totalidade,
restringe o universo espacial de estudo, permitindo ampliação do temporal, com
interdisciplinaridade” (p.89)

-o estudo de história regional no Brasil impulsionou-se a partir da publicação de uma


coletânea de 10 ensaios sobre história e região apresentado no XIII Simpósio da ANPUH:
o livro é o República em Migalhas (1990)

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