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Defensivos
Rua Buenos Aires, 40 - Centro - RJ - 20070-022
Central de Relacionamento: (21) 2179-2007 www.crea-rj.org.br
Alternativos
MISSÃO DO CREA-RJ
Garantir à sociedade a eficácia de suas
ações institucionais, verificando e
valorizando o exercício legal e ético das
profissões do Sistema Confea/Crea.
Este trabalho foi produzido no âmbito do plano geral de ação do Fórum Estadual de Combate aos Impactos dos
A AUTORA: Agrotóxicos (FECIA) – Rio de Janeiro, criado em novembro de 2011 como instrumento de articulação institucional
Maria do Carmo de Araújo Fernandes e de governança participativa, para o diagnóstico, planejamento e execução de políticas públicas e programas de
Mestre em Agronomia e Doutora em Genética/Melhoramento Vegetal gestão e controle do uso de agrotóxico, objetivando a prevenção dos danos à saúde do trabalhador,
Pesquisadora da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro - Pesagro-Rio do consumidor e ao meio ambiente, observados os princípios da justiça social.
O CREA-RJ é autarquia de serviço público, atuando na defesa resultando em grave ameaça à saúde pública. Além deste
da sociedade através da fiscalização do exercício profissio- aspecto, o número de trabalhadores rurais contaminados é
nal. Atualmente cerca de 150 mil profissionais estão regis- crescente, sem que se avalie com precisão estas estatísticas,
trados para atuarem no estado do Rio de Janeiro, dos quais já que a subnotificação é muito elevada no Brasil.
cerca de três mil são engenheiros agrônomos, mil são enge-
nheiros florestais e cem são técnicos agrícolas. A Câmara de A intenção desta cartilha sobre defensivos alternativos
Agronomia do CREA-RJ é composta por representantes de é difundir tecnologias inócuas de combate às pragas
entidades de ensino e de classe na área da agronomia e é um e doenças das lavouras aos engenheiros agrônomos,
fórum técnico de discussão das questões afetas ao exercício florestais, técnicos agrícolas, agricultores e sociedade
profissional e à realidade agrícola do estado e do país. em geral. Muitas receitas foram resgatadas do conhe-
cimento popular, de custo e preparo
Incentivar e disseminar práticas agrícolas A intenção desta muito acessíveis, podendo ser, em mui-
que visem à proteção da saúde huma- cartilha sobre tos casos, elaboradas na unidade de
na, dos trabalhadores rurais e do meio defensivos alternativos produção. Estas tecnologias também
Alternativos
e ecologicamente sustentável.
Estas técnicas foram desenvolvidas e consolidadas na
Atualmente o Brasil detém o título de campeão mundial no Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio
consumo de agrotóxicos, que já alcança cerca de um milhão de Janeiro - Pesagro-Rio, e com esta parceria o CREA-RJ
de toneladas por ano. Este crescimento no consumo deve- espera contribuir para a promoção da saúde coletiva e
-se, em grande parte, ao avanço do agronegócio, modelo de uma agricultura cada vez mais ecológica, esta que é
dependente da tecnologia dos agroquímicos. Entretanto, uma das questões contemporâneas mais importantes
a agricultura familiar também vem se tornando cada vez para a humanidade.
mais dependente de agrotóxicos. O resultado é o índice
absurdo de contaminações nos alimentos: no ano passado, Eng. Agrônomo Agostinho Guerreiro
quase 30% das amostras analisadas estavam insatisfatórias, Presidente do CREA-RJ
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PRESIDENTE 2a Diretor-Administrativa
Técnico em Geologia
Engenheiro Agrônomo MARCIO CISNALDO DE SOUZA
AGOSTINHO GUERREIRO
3º Diretor-Administrativo
DIRETORIA (mandato 2013) Técnico em Edificações
DAVI GONÇALVES MARTINS
1º Vice-Presidente
1º Diretor-Financeiro
Engenheiro Eletricista e de Segurança do Trabalho
Engenheiro Agrônomo
LUIZ ANTONIO COSENZA JOÃO SEBASTIÃO DE PAULA ARAÚJO
2º Vice-Presidente 2º Diretor-Financeiro
Engenheiro Mecânico e de Segurança do Trabalho Engenheiro Mecânico
JAQUES SHERIQUE JAIR JOSÉ DA SILVA
1º Diretora-Administrativa 3º Diretora-Financeira
Engenheira de Segurança do Trabalho e Civil Eng. de Operação – Constr. Civil, de Seg. do Trabalho e Téc. em Edificações
MARLISE DE MATOSINHOS VASCONCELLOS TENEUZA MARIA CAVALCANTI FERREIRA
Expediente: Autora:
Mestre em Agronomia Maria do Carmo de Araújo Fernandes
Publicação do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do
Estado do Rio de Janeiro - CREA-RJ Organização:
Rua Buenos Aires, 40 - Centro - RJ - CEP 20070-022 Engenheira Agrônoma Eliana Conde Barroso Leite
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O que são Defensivos Alternativos?
São produtos preparados a partir de substâncias não prejudiciais à saúde humana e ao meio ambiente, destinados a au-
xiliar no controle de pragas e doenças da agricultura. A possibilidade de utilização destas receitas em sistemas orgânicos
de produção é uma grande vantagem e representa também uma estratégia para o processo de transição agroecológica.
Pertencem a esse grupo as formulações que têm como características principais a baixa ou nenhuma toxicidade ao
homem e à natureza; a eficiência no combate aos artrópodos e pragas em geral; o não favorecimento à ocorrência de
formas de resistência dos mesmos; boa disponibilidade e custo reduzido. Estão incluídos nesta categoria os agentes de
biocontrole, os diversos biofertilizantes líquidos, as caldas Sulfocálcica, Viçosa e Bordalesa, os feromônios, os extratos
de plantas, entre outros.
A tecnologia dos defensivos alternativos deve ser utilizada como uma ferramenta a mais dentro de uma perspectiva
agroecológica de produção. Ressaltamos que a agroecologia deve ser pensada de modo sistêmico, considerando
o policultivo, a cultura e o agroecossistema local, a maior intensificação possível do trabalho e menor de capital, a
valorização dos saberes e dos recursos genéticos locais (pela rusticidade e adaptação, resistindo melhor a pragas e
doenças), a autonomia financeira dos agricultores e o pleno acesso à terra, entre muitos outros aspectos.
Maria do Carmo de Araujo Fernandes é mestre em Agronomia, na especialidade Fitopatologia e doutora em Genética/
Melhoramento Vegetal. Este inventário de defensivos alternativos, sistematizado aqui nesta cartilha, representa anos
de um persistente trabalho de pesquisa, visando a encontrar alternativas ao uso dos agrotóxicos. Sem dúvida alguma
uma valiosa contribuição na busca de uma agricultura mais ecológica, provedora de alimentos verdadeiramente
sadios para todos.
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Algumas informações importantes
No Brasil, os agrotóxicos são classificados toxicologicamente pelo Ministério da Saúde, entre outros aspectos, pelo seu efeito em ratos, nas
diversas formas (oral, dermal e inalatória), sendo a DL50 (dose letal) e a LC50 (concentração letal) as quantidades necessárias para matar a metade
das cobaias testadas, seja por administração ou por exposição ao agrotóxico, respectivamente. (Tabela 1).
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Defensivos Alternativos
Devido à sua inocuidade alguns Defensivos Alternativos estariam Onde posso comprar Defensivos Alternativos?
classificados na classe toxicológica IV, e suas embalagens se Os produtos comerciais identificados como Defensivos Alternativos,
apresentariam com rótulos verdes. Apenas para ilustrar, bastariam se registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
apenas algumas gotas ou uma simples pitada dos agrotóxicos (MAPA), podem ser encontrados nas lojas de produtos agropecuários
extremamente tóxicos (rótulo vermelho) para matar a metade das em todo território nacional.
cobaias testadas, enquanto que para os defensivos alternativos
seria necessário de um copo a um litro de produto para provocar o Como são muito pouco divulgados, acreditamos que um aumento na
mesmo efeito, grosso modo. sua procura poderá estimular as lojas a disponibilizar cada vez mais
estes produtos.
Observação muito importante:
Destacamos que é conveniente testar os produtos em áreas O defensivo alternativo na Agricultura Orgânica
reduzidas antes do emprego em maior escala e sempre preferir Para saber se o uso de determinado Defensivo Alternativo é permitido
efetuar os tratamentos à tardinha. Outra importante orientação em sistemas orgânicos, consulte os anexos da Instrução Normativa
é não descartar os excedentes e suas embalagens em nascentes, 46/11 do MAPA, bem como a sua certificadora.
cursos d`água, açudes ou poços.
Agentes de Biocontrole
Origem dos Defensivos Alternativos São produtos formulados a partir de parasitos de insetos ou de
A maioria das receitas dos extratos vegetais usados como defensivos microrganismos (fungos, bactérias, vírus, protozoários e nematóides),
alternativos são de conhecimento popular, que depois foram que lhes causam doenças, ou de parasitóides, que em geral depositam
validadas por instituições de pesquisa. Já as caldas caseiras, como s-prag (Tabela 2).
ovos diretamente nos insetos-praga
a Sulfocálcica e Bordalesa foram desenvolvidas no século XIX, a
primeira por Grison para banhar animais contra a sarna e a segunda
usada como fungicida.
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Alguns exemplos no Brasil:
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Biofertilizantes Líquidos
Denominações: Agrobio, Super Magro, Biofertilizantes Modo de Preparo:
Anaeróbicos (Vairo e Tinocão), efluentes de
biodigestor etc... Os ingredientes devem ser bem misturados e deixados fermentar por
uma semana. A este caldo nutritivo, nas seis semanas subsequentes,
são acrescentados, semanalmente, os seguintes produtos, previa-
Estes produtos, ao serem absorvidos pelas plantas, funcionam como
mente dissolvidos em água:
fonte suplementar de micronutrientes e de componentes inespecíficos.
Acredita-se que possam influir positivamente na resistência das plantas • 250 g de bórax ou ácido bórico
ao ataque de pragas e de agentes de doenças, regulando e tonificando • 700 g de cinza de lenha
o metabolismo. Revelam potencial para controlar diretamente alguns • 1100 g de cloreto de cálcio
fitoparasitas através de substâncias com ação fungicida, bactericida ou • 15 g cloreto de ferro
inseticida presentes em sua composição. • 150 g de farinha de ossos
• 200 g de termofosfato magnesiano
Biofertilizante Agrobio (PESAGRO-RIO) • 1 kg de melaço
• 10 g de molibdato de sódio
Ingredientes para a primeira semana: • 10 g de sulfato de cobalto
• 15 g de sulfato de cobre
(para produzir 500 litros do Agrobio)
• 30 g de sulfato de manganês
• 200 litros de água
• 50 g de sulfato de magnésio
• 150 litros de esterco fresco bovino • 20 g de sulfato de zinco
• 30 litros de leite de vaca • 450 g de torta de mamona
• 9 kg de melaço • 500 ml de urina de vaca
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A calda deve ser bem misturada duas vezes por dia. E na oitava
semana deve descansar por sete dias. Na sequência, o volume deve
ser completado para 500 litros e coado.
Recomendações de uso:
Na produção de mudas – tratamento preventivo com Agrobio
a 3% (30 mililitros do Agrobio para um litro de água), através de
pulverizações foliares.
Hortaliças de fruto
a) Cultivo orgânico em sistema protegido (estufas) - tratamento
preventivo através de pulverizações foliares semanais com
Agrobio a 6% (60 ml/l).
b) Cultivo convencional a campo - tratamento preventivo, através de
pulverizações foliares semanais com Agrobio a 6% (60 ml/l).
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Biofertilizante Anaeróbico Vairo – Emater/RJ Agrobio, preconizam-se análises foliares nas culturas tratadas visando
ao acompanhamento de micronutrientes. É recomendado para todas
Outro biofertilizante líquido mais simples e bastante conhecido é as culturas, no mínimo, uma pulverização quinzenal.
produzido a partir da fermentação metanogênica ou anaeróbica de
esterco fresco bovino, proposto pelo engenheiro agrônomo Antonio
Biofertilizante Anaeróbico Tinocão – Emater/MG
Vairo dos Santos (EMATER-RJ). Ingredientes para produzir 200 litros do Biofertilizante:
• 30 a 40 kg de esterco de curral (fresco)
O esterco de gado leiteiro possibilita um efluente de melhor qualida-
de, pois os animais recebem dieta mais balanceada, contendo grande • 10 kg de esterco fresco de galinha caipira (ou cama de frango)
variedade de microrganismos, o que acelera a fermentação. • 2 ou mais litros de leite integral ou 1 pote de leite fermentado
(tipo Yakult)
Modo de Preparo: • 2 ou mais litros de garapa ou 1 kg de rapadura triturada
O esterco fresco, complementado ou não com urina, deve ser mistu- • 5 kg de cinza de madeira (fogão a lenha)
rado em volume igual de água não clorada, sendo a mistura coloca- • 1 kg de termofosfato magnesiano, ou 5 kg fosfato natural
da em biodigestor hermeticamente selado. Podem ser empregadas
• 1 a 2 Kg de FTE BR 12 pó (formulação contendo cálcio, enxofre e mi-
bombonas plásticas, tomando-se o cuidado de manter o nível da mis- cronutrientes) (dividido em etapas) ou outra fonte de minerais que
tura no mínimo 10 cm abaixo da tampa, onde se adapta um sistema contenha cálcio, enxofre, boro, cobre, manganês, molibdênio e zinco.
de válvula hidráulica de pressão ou uma mangueira plástica fina, cuja
• 5 Kg de folhas trituradas de diversas plantas: bougainville (flor roxa),
extremidade é mergulhada em recipiente com água, para permitir a urtiga, ramos de alecrim, melão de São Caetano, boldo nacional,
saída do gás metano que é produzido na fermentação. Desta forma, tomate orgânico, alho, capuchinha, crotalária, urucum e mamona.
mantém-se a condição de anaerobismo (ausência de oxigênio).
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Modo de preparo:
Colocar esterco fresco no tambor ou bombona de 200 litros e acres-
centar os demais ingredientes, com exceção do FTE BR 12, pois este
será adicionado dividido em três semanas subsequentes. Completar
com água pura, não clorada, até atingir nível de 15 a 20 centímetros
abaixo do nível máximo do tambor.
Recomendações de uso:
Realizar pulverizações foliares quinzenais a 5% (50 mililitros do Tino-
cão para um litro de água), ou adição do mesmo diretamente no solo
nas concentrações entre 30 a 50%, a cada 15 dias.
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4 - utilizar equipamento de proteção individual nas pulverizações; Calda Bordalesa
5 - não descartar os excedentes em nascentes, cursos d’água, açudes É uma suspensão coloidal, de cor azul celeste, obtida pela mistura de
ou poços; uma solução de sulfato de cobre com uma suspensão de cal virgem
ou hidratada. Acredita-se que foi usada pela primeira vez na Europa
6 - Após aplicação de caldas a base de cobre (Bordalesa e Viçosa), respei- no ano de 1800 para controle de doenças de origens fúngicas.
tar o intervalo mínimo de 20 dias para tratamento com a sulfocálcica.
Ingredientes:
Calda Sulfocálcica em emulsão (Para preparar 100 litros de calda a 1%)
• 1 kg de sulfato de cobre em pedra moída ou socada
Esta nova formulação da calda sulfocálcica é menos tóxica e pode • 1 kg de cal virgem
ser utilizada em temperaturas mais elevadas. Foi desenvolvida pelo • 100 litros de água
extensionista Vairo dos Santos, da EMATER-RIO.
Modo de preparo:
Inicialmente, prepara-se a solução matriz oleosa com mistura de óleo
O sulfato de cobre deve ser colocado em um saco de pano poroso,
vegetal comestível menos viscoso, como milho ou girassol, e deter-
deixado imerso em 50 litros de água por 24 horas, para que ocorra
gente líquido neutro.
total dissolução dos cristais.
Ingredientes:
Em outro vasilhame procede-se a queima ou extinção da cal
• 900 ml de óleo vegetal comestível
em pequeno volume d’água; à medida que a cal reagir, vai-se
• 500 ml de detergente líquido neutro
acrescentando mais água até completar 50 litros.
• 900 ml de calda sulfocálcica concentrada
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É necessário coar antes das pulverizações. Nesta fase a calda já está
pronta para uso, não havendo necessidade de diluição.
2 - a calda deve ser empregada logo após o seu preparo ou no máximo den-
tro de 24 horas; quando estocada pronta, perde eficácia com rapidez;
Calda de Viçosa
Foi desenvolvida a partir da calda bordalesa pela Universidade Fede-
ral de Viçosa.
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alternária e requeima em tomateiro; míldios e manchas foliares Obs: Devem ser tomados os mesmos cuidados indicados para as
em abobrinha, alface, alho, cebola, chicória, couve, cucurbitáceas e caldas bordalesa e sulfocálcica.
podridão de esclerotinia em alface e chicória. Em culturas perenes,
também exerce controle satisfatório de doenças de origem fúngica
que ocorrem na parte aérea das plantas e por ser complementada Extratos de Plantas
com sais minerais (cobre, zinco, magnésio e boro). Também funciona
como adubo foliar. Agave - Piteira ou Sisal (Agave sisalana)
Ingredientes: Ingredientes:
(Para preparar 100 litros de calda) • 5 folhas moídas de Agave (tamanho médio a grande)
• 500 g de cal virgem • 5 litros de água
• 200 g de ácido bórico
• 500 g de sulfato de cobre Deixar em infusão as folhas moídas em 5 litros de água por 48 horas.
• 800 g de sulfato de magnésio Aplicar o extrato diretamente no olheiro principal de formigueiro de
• 200 g de sulfato de zinco formigas saúvas e vedar as saídas do mesmo para que não ocorra fuga
dos animais.
Modo de Preparo:
Para a preparação de 100 litros da calda é necessário dissolver 500 g Alho (Allium sativum L.)
de cal virgem em 50 litros de água.
Ingredientes:
Em outro recipiente são dissolvidos: 200 g de ácido bórico, 500 g de • 100 g de dentes de alho picado
sulfato de cobre, 800 g de sulfato de magnésio, 200 g de sulfato de • 250 ml de álcool
zinco em outros 50 litros de água.
Adicionar 100g de alho picado ou amassado em 250 ml (1/4 de litro)
A seguir, num terceiro recipiente, adiciona-se esta mistura dos sais, de álcool e deixar macerar por 24 horas. Após, coar em gaze e guardar
sob forte agitação, à água de cal previamente preparada. Não é ne- o extrato puro, para uso posterior.
cessário diluir.
Para fazer pulverizações foliares visando o controle de pulgões e
Recomendações de uso: lagartas é necessário diluir o extrato em água da seguinte forma:
Hortaliças – tratamento preventivo, através de pulverizações foliares
quinzenais. Colocar 100 ml do extrato puro em 1 litro de água e acrescentar 10
Culturas perenes – realizar pulverizações foliares quinzenais após as ml de detergente neutro. Agora o extrato está pronto para fazer as
manifestações dos sintomas das doenças. pulverizações sobre as plantas.
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Importante lembrar que as pulverizações devem ser feitas no final da Para pulverizações foliares visando o controle de pulgões e lagartas é
tarde porque as temperaturas ficam mais amenas. necessário diluir o extrato, a 10%, em água (100ml de extrato puro em
1 litro de água). Para melhorar a ação do extrato, acrescentar 1% de
Alho e Cavalinha (Equisetum spp.) detergente neutro (10ml de detergente por litro de extrato diluído).
Adicionar 50g de fumo de rolo picado em 250 ml (1/4 de litro) de Inseticida – manipueira diluída em igual volume de água (uma parte
álcool e deixar macerar por 24 horas. Após, coar em gaze e guardar o de manipueira para uma parte de água) - três pulverizações foliares, a
extrato puro, para uso posterior. intervalos semanais.
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Nematicida – controle de nematoides formadores de galhas
(Meloidogyne spp) – 1 litro de manipueira diluída em igual volume
de água para 6 litros de solo infestado. Deixar o solo em repouso no
mínimo por 8 dias e revolvê-lo para plantio.
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Para fazer pulverizações foliares visando ao controle de insetos em geral Adicionar 10g do produto diretamente dentro do olheiro principal do
é necessário diluir o extrato em água da seguinte forma: formigueiro de saúvas.
Colocar 100 ml do extrato puro em 1 litro de água e acrescentar 10
ml de detergente neutro. Agora o extrato está pronto para fazer as Isca para lagarta rosca
pulverizações sobre as plantas.
(Exemplos de plantas que já são utilizadas no controle de insetos em Ingredientes:
geral: manjericão, arruda e citronella). • 100 g de açúcar
• 100 g de arroz moído bem fino
Outras formas de controle de pragas e doenças • 5 g de bio inseticida com Bacillus thurigiensis, classe toxicológica IV
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Leite de cabra Pasta de Enxofre, cal e sal de cozinha
Utilizado no controle de nematóides formadores de galhas (Meloidogyne Utilizada no controle de pragas em geral que ocorrem em troncos de
spp.) que ocorrem em áreas de plantios de hortaliças e fruteiras. árvores, por meio de pincelamento da pasta diretamente nos troncos.
Ingredientes:
O leite de cabra diluído em água a 30%, deve ser incorporado em • 1 kg de enxofre
substrato comercial, na proporção de uma parte de leite para cinco • 2 kg de cal virgem
partes de substrato, e deixado a fermentar por sete dias. Após este • 500g de sal de cozinha
período, o substrato está pronto para ser utilizado em produção • 12 litros de água
de mudas, obedecendo a proporção de 50%, ou seja, uma parte de
Modo de preparo:
substrato enriquecido com leite de cabra e outra parte de substrato
sem tratamento. Misturar todos os produtos e aplicar diretamente nos troncos das
plantas por meio de broxas.
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Feromônios
Feromônios são substâncias secretadas por animais que transmitem aos outros indivíduos de uma mesma espécie informações comportamentais:
alarme, agregação, contribuição na produção de alimentos, defesa, ataque, acasalamento, sendo o de natureza sexual o mais estudado e utilizado
no controle de pragas agrícolas (Tabela 3).
Obs: Todos os produtos aqui listados estão registrados na classe toxicológica IV (pouco tóxico), no banco de dados AGROFIT, do MAPA.
Tabela 3 – Feromônios
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Os defensivos alternativos constituem ferramenta
para produção de alimentos sadios e proteção à saúde
humana e ao meio ambiente.
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MISSÃO DO CREA-RJ
Garantir à sociedade a eficácia de suas
ações institucionais, verificando e
valorizando o exercício legal e ético das
profissões do Sistema Confea/Crea.
Este trabalho foi produzido no âmbito do plano geral de ação do Fórum Estadual de Combate aos Impactos dos
A AUTORA: Agrotóxicos (FECIA) – Rio de Janeiro, criado em novembro de 2011 como instrumento de articulação institucional
Maria do Carmo de Araújo Fernandes e de governança participativa, para o diagnóstico, planejamento e execução de políticas públicas e programas de
Mestre em Agronomia e Doutora em Genética/Melhoramento Vegetal gestão e controle do uso de agrotóxico, objetivando a prevenção dos danos à saúde do trabalhador,
Pesquisadora da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro - Pesagro-Rio do consumidor e ao meio ambiente, observados os princípios da justiça social.
978- 85- 88204- 20- 1
Ferramenta para uma
agricultura ecológica,
produtora de
alimentos sadios
Defensivos
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