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ANAIS

LOGÍSTICA HUMANITÁRIA: CONCEITOS, RELACIONAMENTOS E


OPORTUNIDADES

ENISE ARAGÃO DOS SANTOS ( enise.santos@hotmail.com )


UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
CRISTIANE BIAZZIN VILLAR ( cristianevillar@hotmail.com )
FGV / EAESP
ELAINE BURGARELLI ( elaineburgarelli@assessoriaemvarejo.com.br )
CAEDU CONFECÇÕES

Resumo

A logística humanitária é um ramo da logística responsável por todos os processos envolvidos


na mobilização de recursos, conhecimentos e pessoas, para ajudar comunidades afetadas por
situações emergenciais como catástrofes naturais, guerras ou atentados terroristas. A partir de
um criterioso estudo bibliométrico, e com a adoção das técnicas de análise fatorial e análise
de redes sociais, este estudo analisa e descreve a evolução dos estudos de logística
humanitária, explorando o atual estado-da-arte, a configuração da rede de pesquisadores e as
oportunidades de pesquisa.

Palavras-chave: Logística humanitária; análise fatorial; análise de redes.

Introdução

Uma porção significativa da população mundial tem sofrido nos últimos anos com o resultado
de desastres naturais e artificiais. A resposta humanitária aos diferentes desastres, tais como o
tsunami de 2004 no Oceano Índico, o terremoto de 2005 no Paquistão, aos vários furacões nos
Estados Unidos, e a propagação da AIDS na África não têm conseguido ser eficaz nem
eficiente. As razões são muitas, mas são em parte decorrentes da dimensão e do alcance de
tais desastres. Uma resposta eficaz e eficiente humanitária depende da capacidade da logística
para adquirir, transportar e receber o material no local de um esforço de ajuda humanitária.

Conforme relatado por Guha-Sapir (2011) do Centro de Investigação sobre a Epidemiologia


dos Desastres (CRED), na última década somente o continente americano sofreu 922
desastres naturais, matando mais de 247 mil pessoas, afetando outros 82 milhões e causando
pelo menos U$ 487bilhões de dólares em prejuízos econômicos.

Os desastres podem ser de origem natural ou antropogênicos. Entretanto, não estão em


evidência, no Brasil, atos terroristas, ataques químicos e crises de refugiados (Nogueira et al.,
2008). No contexto de desastres antropogênicos, a logística humanitária tem maior

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aplicabilidade, no país, em eventuais acidentes nucleares nas usinas de Angra I e II. Com
relação a desastres naturais, o país não costuma ter terremotos de grande magnitude,
maremotos, tufões ou tornados. Em 2004, ocorreu o primeiro registro de furacão sobre a costa
brasileira, o Catarina, que danificou 53 mil edificações e deixou 2,2 mil desabrigados
(Nogueira et al., 2008). Porém, o país costuma sofrer com secas, enchentes e deslizamentos.
Dos desastres naturais que ocorrem no Brasil, 58% são enchentes e 11% são deslizamentos
(Thenório, 2011).

Segundo dados divulgados pela ONU (ONU, 2011), na última década, o Brasil foi atingido,
em média, por seis desastres naturais por ano: seis secas atingiram dois milhões de pessoas;
37 enchentes deixaram 4,5 milhões de vítimas, sendo 1,2 mil fatais; cinco deslizamentos
mataram 162 pessoas; cinco tempestades atingiram 15,7 mil pessoas, sendo 26 fatais;
epidemias afetaram 606 brasileiros e mataram 203; um terremoto afetou 286 pessoas; e três
incidentes de temperaturas extremas mataram 39 pessoas. Ainda, o Relatório de Clima do
INPE mostra que eventos extremos de precipitação podem se tornar mais frequentes, gerando
enchentes e alagamentos mais severos no país (Nogueira et al., 2009). Estes constantes
desastres chamam a atenção para a necessidade de se estruturar procedimentos que tornem
mais eficientes as ações de atendimento à região atingida. Como principal foco deste processo
está à assistência à população diretamente atingida pelo desastre e, em paralelo, uma imediata
implantação de medidas para reduzir a extensão dos impactos no contexto geográfico.

A assistência à população envolve a arrecadação e distribuição de itens básicos, como


alimentos, roupas, abrigos, além de equipamentos para implantação de acampamentos visando
o desenvolvimento de atividades básicas e atendimento médico. Para isto, é necessária a
obtenção de recursos que possibilitem a aquisição destes itens. A maioria destes recursos é
canalizada pelas Nações Unidas (ONU) ou por organizações não-governamentais (ONG), que
recebem 90% dos recursos destinados à ajuda humanitária (Tatham e Pettit, 2010). O processo
de arrecadação e distribuição destes itens tem a característica de uma cadeia de suprimentos,
ou seja, deve ser tratado com enfoque logístico. Neste contexto, a logística de atendimento à
população impactada na região do desastre vem sendo chamada de Logística Humanitária.

A logística humanitária lida com uma série de desastres naturais, como terremotos, tsunamis,
furações, tornados, epidemias, secas, inundações, e também com desastres antropogênicos,
como atos terroristas, ataques químicos, crises de refugiados e acidentes nucleares (Kovacs e
Spens, 2007; 2009). A logística é um aspecto crítico para o sucesso de uma operação
humanitária, posto que 90% dos esforços de uma operação de mitigação a desastres se
destinam a atividades logísticas (Trunick, 2005).

Segundo Kuhn (1970) o conhecimento científico evolui de forma cumulativa, mas não
necessariamente linear. Como o próprio autor enfatiza (1970, p. 91):
“No desenvolvimento de qualquer ciência, admite-se habitualmente que o
primeiro paradigma explica com bastante sucesso a maior parte das
observações e experiências facilmente acessíveis aos praticantes daquela
ciência. Em consequência, um desenvolvimento posterior comumente requer a
construção de um equipamento elaborado, o desenvolvimento de um
vocabulário e técnicas, além de um refinamento de conceitos que se
assemelham cada vez menos com os protótipos habituais do senso comum”

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Neste contexto, emergem algumas questões: será que o paradigma da gestão da cadeia de
suprimentos convencional é adequado a gestão da logística humanitária? Como os estudos de
logística humanitária estão estruturados atualmente? Quais as oportunidades ainda não
exploradas?

A partir de um criterioso estudo bibliométrico, e com a adoção das técnicas de análise fatorial
e análise de redes sociais, este estudo analisa e descreve a evolução dos estudos de logística
humanitária, explorando o atual estado-da-arte, a configuração da rede de pesquisadores e as
oportunidades de pesquisa futura.

O artigo está estruturado da seguinte forma: inicialmente apresenta-se os principais conceitos


de logística humanitária e a evolução dos estudos, seguida pela detalhada descrição dos
procedimentos metodológicos adotados. Posteriormente, os dados são analisados com a
utilização das técnicas de análise de redes e análise fatorial. O trabalho encerra-se com as
conclusões e a discussão sobre oportunidades de pesquisa futura.

Logística Humanitária – Conceitos e evolução dos estudos

A definição da logística humanitária surge através dos objetivos da logística relacionados à


cadeia de abastecimento comercial, ou seja, vencer tempo e distância na movimentação de
materiais e serviços de forma eficiente e eficaz. A logística humanitária é a função que visa o
fluxo de pessoas e materiais de forma adequada e em tempo oportuno na cadeia de
assistência, com o objetivo principal de atender de maneira correta o maior número de pessoas
(Beamon,2004).

A logística humanitária é “o processo de planejamento, implantação e controle do fluxo


eficiente e eficaz de bens do ponto de origem ao ponto de consumo a fim de aliviar o
sofrimento de pessoas vulneráveis” (Thomas e Kopczak, 2007). Assim, a logística
humanitária engloba, além de planejamento, suprimento, transporte, armazenamento,
rastreamento, monitoramento e desembaraço alfandegário em resposta a catástrofes (Kovacs e
Spens, 2007).

Até 2006, existia um conjunto limitado de pesquisa sobre Logística Humanitária (Beamom e
Kotleba, 2006). Eram poucos os artigos dedicados ao tema até 2005 (Kovacs e Spens, 2007).
Porém, desde então, a Logística Humanitária passou a ser debatida em diferentes plataformas,
sendo tema de sessões especiais em congressos renomados como o INFORMS, POMS, LRN
(Kovacs e Spens, 2009). Foram publicadas edições especiais sobre o tema em periódicos
como o POMS, International Journal of Physical Distribution & Logistics Management,
Transportation Research Part E e Journal of Production Economics. Em 2011, foi publicado
o primeiro periódico exclusivo sobre Logística Humanitária, o Journal of Humanitarian
Logistics and Supply Chain Management. Ainda, foram criados grupos de estudo sobre o
tema, como o do Instituto Fritz, o do INSEAD e o do MIT (Kovacs e Spens, 2009).

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Atualmente, existem cursos de mestrado e doutorado sobre o tema em diversas universidades
(Kovacs e Spens, 2011). Logo, observa-se que a disciplina tem evoluído como corpo teórico.
Contudo, o conceito de logística humanitária ainda é incipiente no Brasil. Há um grupo de
pesquisadores que estudam o tema na Universidade Federal de Santa Catarina, tendo
publicado artigos sobre o tema desde o desastre do furacão Catarina. Também são poucas as
experiências de prevenção e mitigação de desastres no país. Segundo a ONG Contas Abertas,
em 2010, a União investiu 14 vezes mais para sanar estragos causados pelas chuvas do que
em prevenção (Campanato, 2011). No entanto, observa-se o início do desenvolvimento de
estudos e do planejamento para a prevenção e mitigação de desastres no país, como o Plano
Municipal de Redução de Riscos e o Sistema Nacional de Alerta e Prevenção de Desastres.

Assim, é necessário apresentar alguns pontos que segundo Meirim (2006), destacam os
grandes desafios à logistica humanitária:

a) Materiais: O que é necessário? Para onde deve ser enviado? Conforme podemos perceber
em diversos desastres, o acúmulo de doações nas primeiras semanas pode gerar
desperdícios e avarias, alem de ocorrerem chegada de itens inadequados as necessidades
daquele momento.
b) Ausência de processos coordenados sejam em relação ao fluxo de informações, pessoas e
materiais.
c) Infra Estrutura que na maior parte dos casos encontra-se destruída, dificultando assim o
acesso, a chegada de recursos e a saída de pessoas.
d) Recursos Humanos: Excesso de pessoas (voluntários) sem treinamento adequado, heróis
que agem somente com a emoção, celebridades que desejam “5 minutos de fama”, pessoas
que vão para o local e não conhecem a magnitude do problema.

De maneira geral, a logística humanitária propõe o uso efetivo dos conceitos logísticos
adaptados às especificidades da cadeia de assistência humanitária. Esses conceitos podem ser
o grande diferencial no sentido de maximizar a eficiência e o tempo de resposta à situação de
emergência.

Grandes desafios de pesquisa são apontados na direção da implementação de processos


logísticos sistematizados com foco na logística humanitária, merecendo destaque: aspectos
ligados à infraestrutura, localização de centrais de assistência, distribuição de recursos,
coordenação de processos (pessoas, suprimentos, informações, materiais).

Pettit e Beresford (2005) e Tatham e Pettit (2010) apontam semelhanças entre a logística
humanitária e a logística militar: ambas têm demandas incertas, enfrentam dificuldades dadas
pela degradação da infraestrutura física do local e à ausência de certas funções do Estado,
atendem a indivíduos feridos e traumatizados, e estão sob observação constante da mídia. Por
outro lado, para Ertem et al. (2010) a logística empresarial está 15 anos a frente da logística
humanitária.

Segundo Nogueira et al. (2008), as condições enfrentadas pelas empresas são diferentes das
enfrentadas em um desastre, de modo que há características específicas da logística
humanitária que diferem da tradicional abordagem empresarial, como questões ligadas à vida

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humana, sistemas de informações pouco confiáveis, incompletos ou inexistentes e a demanda
é gerada por efeitos aleatórios. O Quadro 1 apresenta as principais diferenças entre a logística
empresarial e a logística humanitária:

Tópicos Logística empresarial Logística humanitária


Objetivo Maximizar lucro Salvar vidas e prestar assistência a
beneficiários
Padrão de demanda Relativamente estável e pode ser Irregular, com alto grau de incerteza e
previsto a partir de técnicas de volatilidade. É estimada nas primeiras horas
previsão. do desastre.
Fluxo de materiais Produtos comercializados Recursos como abrigo, alimentos, kits de
higiene e limpeza, veículos para evacuação e
pessoal.
Fluxo Financeiro Bilateral e conhecido Unilateral (do doador ao beneficiário) e
incerto
Fornecedores De dois a 3 fornecedores, conhecidos Múltiplos fornecedores e doadores, sem
previamente acordos prévios
Clientes Consumidor final Beneficiário
Stakeholders Acionistas, clientes e fornecedores Doadores, governos, militares, ONGs, ONU
e beneficiários
Duração Costumam durar anos Costumam durar semanas ou meses
Lead time Determinado nas necessidades Lead time requerido é praticamente zero.
Fornecedor até consumidor final (zero entre a ocorrência da demanda e a
necessidade da mesma).
Medidas de Baseado em métricas de desempenho Tempo para responder ao desastre, % de
Desempenho demanda suprimida, atendimento às
expectativas dos doadores
Recursos Humanos Disponibilidade de mão de obra Alta rotatividade, com voluntários, ambiente
capacitada desgastante tanto fisicamente quanto
psicologicamente.
Equipamentos e Caminhões, veículos comuns e Equipamentos robustos, transporte aéreo.
veículos empilhadeiras
Quadro 1: Comparação entre logística humanitária e logística empresarial
Fonte: Adaptado a partir de Ertem et al. (2010)

Metodologia de Pesquisa

O principal interesse desta pesquisa é avaliar a abordagem dada à logística humanitária. Para
atingir o objetivo proposto pelo presente trabalho, conduziu-se um estudo bibliométrico
exploratório. Os autores decidiram não conduzir um meta-estudo uma vez que o objetivo de
pesquisa do presente estudo é explorar o que os pesquisadores tem estudado no âmbito da
logística humanitária e não nos resultados encontrados. Desta forma, um estudo bibliométrico
estruturado parece ser mais apropriado.

Esta pesquisa foi desenvolvida de forma iterativa e estruturada pelos autores, numa adaptação
aos passos adotados e sugeridos pela literatura (Miles e Huberman 1984, Terpend et al, 2008).
A revisão contou com cinco etapas, como apresentada na figura 1.

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Figura 1: Etapas para o desenvolvimento da pesquisa


Fonte: Elaborado pelos autores

Inicialmente, definiu-se o critério de seleção dos artigos para a base de dados. para tanto
optou-se por uma revisão da literatura baseada em um conjunto de artigos localizados através
dos portais eletrônicos EBSCO Search e Google Acadêmico, onde buscou-se as seguintes
palavras-chave: “humanitarian aid”, “humanitarian supply”, “humanitarian logistics”,
“humanitarian reliefs”, “logística humanitária”, “cadeia de fornecimento” +
“humanitária”.

Após selecionada a base preliminar de dados, três autores revisaram a base e selecionaram os
que eram apropriados ao contexto do estudo. A decisão pela inclusão foi sempre acordada
entre todos e este método proporcionou a validade da amostra e favoreceu a seleção de
estudos de alta qualidade. A amostra final contou com 59 artigos, conforme apresentado no
tabela 1.

A etapa seguinte do processo de revisão considerou a criação de uma planilha estruturada com
a descrição de cada estudo, metodologia de pesquisa adotada, pergunta e objetivos de
pesquisa, conclusões, palavras-chave e uma categorização sobre o escopo dos artigos, seguida
de uma apreciação sobre o artigo analisado. Esta etapa foi conduzida pelos 3 pesquisadores e
refinada posteriormente por um dos autores de forma a ter um relatório alinhado e estruturado.
A revisão desses artigos proporcionou uma discussão entre os autores de forma a buscar,
quando necessário, novos artigos para a inclusão a base de dados e/ou desenvolvimento do
presente estudo. Após concluída a construção dessa base de dados, esta foi analisada a partir
de duas técnicas estatísticas: análise de redes sociais e análise fatorial.

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Periódico Qtde de artigos
International Journal of Physical Distribution and Logistics Management 16
Journal of Humanitarian Logistics and Supply Chain Management 10
Disaster Prevention and Management 6
JOM 5
Management Research News 5
The International Journal of Production Economics 4
IJOPM 3
Supply Chain Management - An International Journal 3
International Journal of Public Sector Management 2
Food Policy 1
International Journal of Productivity and Performance Management 1
Journal of Manufacturing Technologies 1
Socio-Economic Planning Sciences 1
The International Journal of Logistics Management 1
Total 59
Tabela 1: Resultado da pesquisa – Periódicos
Fonte: Elaborado pelos autores

A decisão da utilização de análise de redes foi motivada pela possibilidade de descrever e


analisar os aspectos estruturais e a dinâmica de relacionamento entre atores sociais, o que,
segundo Mello, Crubellate e Rossoni (2009) apresenta emergencial importância para a
compreensão dos processos de imersão social. Neste contexto, buscou-se analisar as relações
entre os autores, bem como seus níveis de influência e compartilhamento de conhecimento.
Uma vez que o conhecimento científico é dado a partir do acúmulo e refutação de
paradigmas, a apreciação das relações entre os autores parece ser pertinente e relevante para a
compreensão do fenômeno. Para o desenvolvimento da análise de redes sociais os
pesquisadores utilizaram o software UCINET 6.0 (Borgatti, Everett e Freeman, 2002)

Complementar a esta abordagem, pretendeu-se explorar as conexões entre os temas


intrínsecos a logística humanitária e para tanto, adotou-se a técnica de análise fatorial
exploratória a partir das palavras-chave e dos códigos gerados pelos pesquisadores durante a
revisão dos artigos.

A análise fatorial exploratória é uma técnica de análise multivariada que visa definir a
estrutura inerente entre as variáveis de análise. Com esta técnica é possível identificar
conjunto de variáveis que são fortemente inter-relacionadas, conhecidas como fatores.
Segundo Hair Junior et al. (2009, p.143) “é uma poderosa ferramenta para melhor
compreender a estrutura dos dados, e também pode ser usada para simplificar análises de
um grande conjunto de variáveis substituindo-as por variáveis compostas.”

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Análise dos Dados

Nesta etapa os resultados da análise dos artigos serão apresentados. Observando a estrutura do
período de publicação das revistas acadêmicas, nota-se uma emergência dos estudos
relacionados ao tema principalmente nos últimos três anos, como apresentado no gráfico 1,
fato esse que será explorado pelo presente estudo.

Gráfico 1: Evolução dos estudos de logística humanitária


Fonte: Dados da pesquisa

Quanto à metodologia de estudo adotada nos artigos analisados, percebe-se grande destaque
aos estudos conceituais (39%) e estudos de caso (35,6%). Os estudos qualitativos são
tipicamente utilizados para explorar uma área não estudada previamente (Barrat, Choi e Li,
2011).

Em uma análise preliminar, isto parece contra intuitivo, uma vez que os estudos de logística,
gestão da cadeia de suprimentos e operações estão em discussão há algumas décadas na
academia. Entretanto, essa abordagem nos sugere a possibilidade da logística empresarial não
atender extensivamente as necessidades da logística humanitária.

Uma vez que o desenvolvimento do conhecimento científico está diretamente relacionado a


rede de cooperação entre autores, o passo seguinte foi a apreciação da relações entre os atuais
pesquisadores do tema, com o intuito de avaliar qual a convergência e cooperação entre esses
especialistas. Diversos autores já utilizaram essa abordagem analítica em campos de
operações (e.g. Pilkington e Fitzgerald, 2006; Martins et al., 2010), porém esta abordagem é
seminal nos estudos de logística humanitária.

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Empírico -
Modelagem Empírico - Empírico -
Ano Conceitual Estudo de
Matemática survey dados secund.
Caso
1994 1 0 0 0 0
2001 1 0 0 0 0
2003 2 0 0 0 0
2005 0 0 0 1 0
2006 2 1 0 0 0
2007 1 0 0 0 1
2008 0 0 1 0 2
2009 6 0 0 2 7
2010 4 2 0 1 5
2011 6 4 2 1 6
Total Geral 23 7 3 5 21
39,0% 11,9% 5,1% 8,5% 35,6%

Tabela 2: Metodologia de pesquisa adotada pelos estudos de logística humanitária


Fonte: Elaborado pelos autores

A partir da análise de redes de coautoria (1-mode), percebe-se que esta é altamente


desconectada, possivelmente por conta da emergência do tema e da amplitude de recortes de
pesquisa que esta abordagem favorece como apresentado no Apêndice A. Do total de 104
autores avaliados neste estudo, 6 desenvolveram suas pesquisas de forma isolada e estão
representados na rede pelos pontos isolados a esquerda. Para melhor compreensão da relação
entre os autores, foram calculados os graus de densidade, de centralidade e a centralidade de
intermediação.

O grau de densidade caracteriza a intensidade de colaboração entre os autores e o indicador


encontrado foi 0,73%, o que sugere que a rede é altamente desconectada. Por um lado esse
resultado sugere a ainda falta de congruência entre os autores possivelmente causada pela
incipiência do tema; por outro lado, seu conteúdo tende a não ser redundante uma vez que
ainda os pesquisadores parecem buscar novos pares e novas formas de conhecimento para o
tema.

Segundo Wasserman e Faust (1994), o grau de centralidade leva em conta o número de laços
que um autor possui com outros em uma mesma rede. Desta forma, como apresentado na
tabela 3, percebe-se que os autores mais centrais são Benita Beamon, Karen Spens, G.
Kovacs, Daniel Maxwell, Peter Tatham e Luk van Wassenhove. Entretanto o grau de
centralização da rede é baixo (0,89%).

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FREEMAN’S DEGREE CENTRALITY MEASURES Estatística Descritiva
Colunas1 Degree NrmDegree Share Degree NrmDegree Share
Beamon, B. 6.000 1.165 0.038 Mean 1.519 0.295 0.010
Spens, K. 6.000 1.165 0.038 Std Dev 1.101 0.214 0.007
Kovacs, G. 6.000 1.165 0.038 Sum 158.000 30.680 1000
Maxwell, D. 4.000 0.777 0.025 Variance 1.211 0.046 0.000
Tatham, P. 4.000 0.777 0.025 SSQ 366.000 13800 0.015
Wassenhove, L. 4.000 0.777 0.025 MCSSQ 125.962 4749 0.005
Charles, A 3.000 0.583 0.019 Euc Norm 19.131 3715 0.121
Régnier, P. 3.000 0.583 0.019 Minimum 0.000 0.000 0.000
McLachlin, R. 3.000 0.583 0.019 Maximum 6.000 1165 0.038
Jahre, M. 3.000 0.583 0.019 N of Obs 104.000 104000 104000
Overstreet, R.E. 3.000 0.583 0.019
Network Centralization = 0.89%
Blau Heterogeneity = 1.47%
Normalized = 0.51%
Tabela 3: Grau de centralidade dos autores
Fonte: Dados da pesquisa

Além do grau de centralidade, calculou-se também a centralidade de intermediação entre os


autores, como apresentado na tabela 4. Pode-se perceber que dois autores destacam-se tanto
na centralidade da rede como na centralidade de intermediação no desenvolvimento das
pesquisas em logística humanitária (A. Charles e P. Tatham).

FREEMAN BETWEENNESS CENTRALITY


Betweenness nBetweenness
Tatham, P. 3.000 0.029
Pettit, S. 2.000 0.019
Charles, A 1.000 0.010
Estatística Descritiva
Betweenness nBetweenness
Mean 0.058 0.001
Std Dev 0.362 0.003
Sum 6.000 0.057
Variance 0.131 0.000
SSQ 14.000 0.001
MCSSQ 13.654 0.001
Euc Norm 3.742 0.036
Minimum 0.000 0.000
Maximum 3.000 0.029
N of Obs 104.000 104000
Network Centralization = 0.03%
Tabela 4: Grau de centralidade de intermediação dos autores
Fonte: Dados da pesquisa

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Quanto ao escopo de estudo dos artigos selecionados, a partir análise de conteúdo dos
trabalhos, os autores geraram 88 códigos. A base de dados codificada foi avaliada com a
técnica de analise fatorial exploratória, utilizando o método de extração de componentes
principais e o tipo de rotação Varimax e 15 fatores foram extraídos que respondem pela
variância de 95%. Reconhece-se que a quantidade de fatores ainda é grande em relação à
quantidade de artigos publicados neste período, entretanto, dado a diversidade de abordagens
em que os estudos de logística humanitária se encontram, uma maior redução de fatores
poderia comprometer a compreensão e o estado-da-arte dos estudos. Os temas principais e os
artigos relacionados são apresentados no quadro 2.

Principais Temas Artigos Relacionados


Kovacs e Spens, 2011; McLachlin et al 2009; Rottkemper et al,
1 Ruptura 2011
2 Distribuição Kovacs e Spens, 2009
3 Riscos Kovacs et al, 2007; Lewis 2003
4 Logística Supuramanian e Dekker, 2003; Singhal e Singhal 2010
5 Gestão de conhecimento Schulz e Blecken, 2010; Tathan e Spens, 2011; Rodon et al 2011
Maxwell et al 2011; Chwen e Wacker, 2011; Kovacs e Spens,
6 Compras e Fornecimento 2011; Falasca e Zobel, 2011; Sandwell 2011
Rietjesn et al, 2007; Regnier, 2008; Walden et al, 2010; Trestrail
e Maloni, 2009; Scholten et al 2010; Tathan e Pettit, 2010; Jahre e
Jensen, 2010; Blecken, 2010; Ertem et al 2010; Pazirandeh 2011;
Pettit e Beresfrod, 2009; Kovacs e Tatham, 2009; Meredith, 2001;
Knemeyer et al 2009; Martineza et al 2011; Ertem e Buyurgan
2011; Chandes e Pache, 2010. Schulz e Heigh, 2009 Carroll e
Neu, 2009 Wild e Zhou, 2011 Gatignon et al, 2010 Bacik et al
7 Agências de Apoio 2010
8 Países Oloruntoba, 2005; Bagchi et al 2011

Trestrail e Maloni, 2009; Scholten et al 2010; Jahre e Jensen,


2010; Charles et al 2010; Ertem et al 2010; Pazirandeh 2011; Nolz
et al 2010; Oloruntoba e Gray, 2009; Kovacs e Tatham, 2009;
Kumar et al 2009; Beamon e Balcik 2008; Meredith, 2001;
Knemeyer et al 2009; Martineza et al 2011; Kovacs e Spens 2011;
Overstreet et al 2011; Schulz e Heigh, 2009; Tysseland, 2009;
9 Desastres Wild e Zhou, 2011; Oloruntoba e Gray, 2006; Maon et al 2009
Maxwell et al 201;1 Chwen e Wacker, 2011; Kovacs e Spens,
2011; Tatham e Houghton, 2011; Lodree 2011; Bensiou et al
10 Ajuda humanitária 2011; Kovacs e Spens 2011
11 Comunicação e Informação Walker e Harland, 2008
Gestão de alimentos -
12 agilidade Taylor e Taylor 2009
13 Gestão de estoques McLachlin e Larson, 2011; Jahre et al 2009
14 Tomada de Decisão Lodree 2011
15 Performance Takeda e Helms, 2006

Quadro 2: Os principais temas encontrados na literatura de logística humanitária


Fonte: Elaborado pelos autores

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Conclusões

Desastres ao longo das últimas décadas têm sido maiores e mais freqüentes, e é sabido que
ocorrerão em maior intensidade e proporção nos próximos 50 anos, tantos os causados
naturalmente, quanto os provocados pelos homens (Thomas e Kopzack, 2007). Lidar com o
contingente de necessidades nestes eventos torna-se crucial, pois uma decisão incorreta pode
levar inúmeras vidas a termo.

O presente estudo analisou e descreveu a evolução dos estudos de logística humanitária,


explorando o atual estado-da-arte, a configuração da rede de pesquisadores e as oportunidades
de pesquisa futura, a partir de um criterioso estudo bibliométrico, e com a adoção das técnicas
de análise fatorial e análise de redes sociais.

Em resumo, pode-se observar a emergência dos estudos relacionados ao tema principalmente


nos últimos 3 anos e possivelmente a atual abordagem dada a logística empresarial pode
contribuir, porém não atende exaustivamente às necessidades da logística humanitária.

O campo de estudos de logística humanitária ainda é fragmentado, o que pode ser claramente
observado a partir da existência de vários grupos de autores. Este é um ponto crítico, pois
dificulta o compartilhamento de ideias e o desenvolvimento científico, o que seria facilitado
na existência de uma rede de colaboração mais coesa (Moody, 2004). Assim, como levantado
por Bulgacov e Verdu (2001), a falta de planejamento de pesquisa possivelmente gera a
fragmentação.

Existe a necessidade de equalização de pesquisadores e profissionais em mesmo patamar


acadêmico e prático (Ferreira et al,2011). Entretanto, ressalta-se a necessidade de adoção de
medidas específicas dadas à natureza particular de cada desastre, natural ou antropogênico.
Neste contexto, recomendam-se trabalhos futuros calcados em ambas as experiências práticas
e pesquisa com fins de mitigação de riscos, apropriada gestão e adoção de medidas eficientes
para a reconstrução de áreas afetadas e gerenciamento de recursos financeiros disponíveis,
entre outras necessidades. Uma oportunidade de pesquisa futura é observar a evolução das
redes de colaboração de pesquisadores em logística humanitária nos próximos anos. A base de
dados atual ainda é insuficiente para o desenvolvimento adequado de uma evolução
longitudinal robusta.

Foi possível identificar também que em nenhum dos trabalhos há citações ou participação de
pesquisadores brasileiros. Apesar da crescente internacionalização dos pesquisadores
brasileiros, a participação em grupos de pesquisa ainda não foi constatada pelos autores, pelo
menos no campo explorado pelo presente estudo. Poderia inferir-se que tal fato dá-se por
questões culturais e comportamentais e, não por questões tecnológicas ou de recursos como
elucidado por Bulgacov e Verdu (2001), entretanto, não há evidências claras das razões da
não participação brasileira.

Esse trabalho pode contribuir para o avanço dos estudos de logística humanitária, uma vez
que pode identificar uma série de lacunas ainda não exploradas pelos pesquisadores. Isto não

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é de nenhuma maneira uma lista exaustiva, mas um começo de um registro de potenciais
tópicos futuros de pesquisa, o qual é dinâmico por natureza, a saber:

a) Pré-posicionamento: facilidade de localização, gestão de inventário para melhorar a


velocidade de distribuição, desenvolvimento de modelos de fácil utilização.
b) Características da cadeia de suprimentos humanitários: a visibilidade em função da
velocidade, a complexidade das cadeias de abastecimento existentes contra a
simplificação para a distribuição, a vulnerabilidade a perturbações, o tempo de ciclo
do processo.
c) O fluxo de materiais na cadeia de suprimentos humanitários: a demanda estocástica, o
âmbito na gestão de abastecimento com a incerteza em escala e complexidade.
d) Fluxo de Pessoas em uma cadeia de suprimentos humanitários: a evacuação, respostas
dos clusters, e a capacidade da comunidade local,
e) Objetivo da cadeia de suprimentos humanitários: salvar vidas em emergência,
sustentação a longo prazo e ajuda para o seu desenvolvimento.
f) Medidas de desempenho: estabelecimento e definição,
g) Gestão da informação: visibilidade da rede e transparência nos fluxos de banco de
dados comuns, para a localização e disposição das agências humanitárias.
h) Colaboração: do outro lado e dentro dos setores, bem como entre as diversas agências.

Além das lacunas apresentadas, pretende-se ressaltar a questão da cultura local na logística
humanitária. Sob o aspecto da ajuda humanitária, um fator de extrema importância além da
própria logística é conhecer o próprio beneficiário. Lidando com as mais variadas culturas,
muitas vezes uma decisão óbvia para um ocidental pode refletir de maneira equivocada a um
oriental, por exemplo. Entre as diversas definições, cultura pode ser entendida como uma
conceituação de regras, normas de comportamento e inúmeras formas de relações de poder,
que funcionam como guias de conduta para as ações das pessoas pertencentes ao mesmo
grupo (Walsham, 2002).

Diversos estudos anteriores puderam demonstrar a relevância desse ponto. A cultura existente
nos locais de desastre pode influenciar significativamente no modo do resgate e sua
coordenação (Van Wassenhove, 2006; Petit e Beresdorf, 2009; Balcik et al, 2010; Dowty e
Wallace, 2010). Rodon et al (2011) desenvolveram um estudo sobre a influência da cultura
como fator crítico de sucesso nas questões humanitárias. Eles analisaram um caso de
epidemia de “cólera” na Somália em fevereiro de 1994. A organização de ajuda humanitária
“Médicos sem Fronteiras” esteve presente neste episódio epidêmico e por entender que por
questões sanitárias e para a preservação das vidas envolvidas, seria ideal que os corpos dos
mortos, fossem queimados, porém sem o atributo do ritual da cultura local. Isso ocasionou
uma revolta na comunidade, que preferiu estar presente, e que causou outras tantas mortes
pela mesma moléstia, devido à contaminação. A revolta causou também a retirada de toda a
comunidade do centro de ajuda ao combate à cólera.

Dessa forma, se a cultura local não for conhecida e respeitada, se não houver um guia local ou
algum membro que conheça a comunidade, está poderá ir contra a ajuda humanitária e colocar
toda a operação em risco, podendo causar até um segundo desastre.

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Apêndice A
Rede de relações de coautoria entre os pesquisadores de logística humanitária
Fonte: Elaborado pelos autores

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