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Resumo
O setor industrial da construção civil vem sofrendo nos últimos anos uma série de
transformações importantes motivadas pela busca da qualidade e preço para os seus
produtos em função de um mercado extremamente competitivo.
Enquanto um grupo de construtoras consideradas de “ponta” busca a utilização de
inovações gerenciais e organizacionais como o Just in Time, o Total Quality Control e a
Produção Enxuta, as demais tentam “tocar” a obra de acordo com as suas possibilidades.
O principal objetivo deste trabalho é apresentar um roteiro de gerenciamento de projetos,
voltado a pequenas construtoras, que utilize o método proposto pelo PMBOK Guide
agregado a outros instrumentos provenientes da Lean Construction, notoriamente aqueles
que vêm sendo objetos de pesquisas por parte do International Group for Lean Construction
– IGLP. Pretende-se, com este roteiro, indicar um caminho para novas pesquisas que possam
resultar em um novo método de planejamento e controle da produção, viável de ser
implementado e que agrega os conceitos da chamada Nova Filosofia da Construção (Lean
Construction).
1. Introdução
O planejamento e controle da produção é um processo extremamente importante para a
atividade de gerenciamento na construção civil. Alguns autores definem o planejamento da
construção como uma função básica gerencial (Laufer e Tucker, 1987). A indústria da
construção civil no Brasil tenta se modernizar no sentido de se tornar mais competitiva, tanto
pela melhoria da qualidade quanto pelo custo final de seus produtos.
De acordo com os dados do Instituto de Pesquisa, Estatística & Qualidade – IPQE, no ano de
2001, 65% das unidades residenciais que obtiveram Alvará de Construção na cidade de
Curitiba possuíam até três pavimentos. De acordo com o Sindicato da Construção Civil do
Estado do Paraná - SINDUSCON/PR, este tipo de construção é realizado preferencialmente
por micro e pequenas empresas. No grupo formado pelas empresas maiores, no qual estão
localizadas a maior parte das chamadas indústrias de ponta, existe um esforço no sentido de
intensificação do processo de planejamento e produção, diferentemente das empresas
menores, onde este movimento não ocorre de forma tão intensa e, com isso, desperdícios são
mais frequentes.
O gerenciamento de projetos é uma disciplina que tem como objetivo a melhoria do
desempenho de um projeto como um todo. Na construção civil, este gerenciamento, quando
ocorre, restringe-se basicamente com o controle do prazo, do custo e da qualidade. A
utilização por pequenas e médias empresas de modelos existentes não ocorre devido ao fato
conceitios de Taylor, porém conectados aos princípios da lean production que provaram seu
sucesso na indústria manufatureira. O IGLC tem como principal resultado os encontros anuais
nos quais são apresentadas e discutidas as últimas pesquisas realizadas.
4. Lean Construction versus PMBOK
De acordo com alguns pesquisadores do IGLC (HOWELL & KOSKELA, 2000 e KOSKELA
& HOWELL, 2001, LAUFER e TUCKER, 1987, KIM & BALLARD 2000, HOEMAN &
KENLEY, 1996) o Gerenciamento de Projetos tal qual é definido pelo PMBOK Guide é
inadequado e apresenta problemas teóricos relacionados com o entendimento de projeto e de
gerenciamento.
As principais críticas apresentadas ao gerenciamento de projeto convencional são:
− Como o gerenciamento de projeto está baseado no modelo da conversão, não são
reconhecidos os outros fenômenos além da simples transformação de input em output,
entre os quais a inspeção, o transporte e a espera (HOWELL & KOSKELA, 2000);
− Por se tratar do modelo da conversão, o enfoque principal é sobre o output, não
enfatizando o atendimento às necessidades dos clientes, nem tampouco, buscando otimizar
os recursos. Desta maneira, a produção gerenciada da maneira convencional tende a tornar-
se ineficiente (HOWELL & KOSKELA, 2000);
− A motivação em realizar o planejamento está mais relacionada ao controle a ser efetuado
do que à execução propriamente dita, não considerando, neste caso, as implicações legais e
as necessidades dos clientes. Por fim, a prática do planejamento tornou-se uma forma de
explicação após o fato ocorrido (LAUFER e TUCKER, 1987 apud KOSKELA e
HOWELL, 2000);
− O processo de execução não é composto por subprocessos e a única interface entre
planejamento e execução se refere à autorização de trabalho, a qual é definida pelo
PMBOK Guide como sendo um procedimento formal de autorização de trabalho para
assegurar que o trabalho seja realizado no momento certo e na seqüência própria
(KOSKELA e HOWELL, 2000);
− O gerenciamento do projeto não se atém ao gerenciamento da produção (HOWELL e
KOSKELA, 2000);
− Não existe uma teoria articulada de produção propriamente dita (KOSKELA e HOWELL,
2000);
− O processo de controle descrito no PMBOK Guide acaba ocasionando mais problemas do
que solução. Primeiramente porque o controle estimula explicação ao invés de correção. É
mais comum a preocupação em justificar o porquê da ocorrência de certos desvios das
atividades que foram desenvolvidas ontem do que corrigir as atividades que serão
desenvolvidas hoje e amanhã (LAUFER e TAUCKER, 1987 apud KOSKELA e
HOWELL, 2000) e, neste sentido, a reformulação do que foi planejado dificilmente ocorre;
− O controle pode levar à manipulação da ação, na medida em que, gerentes de projetos
realizem tarefas antecipadamente visando demonstrar maior valor agregado, mesmo que
esta seqüência não seja a ideal para a condução dos trabalhos, ou, até mesmo, venha a
prejudicar etapas posteriores (KIM & BALLARD 2000 apud KOSKELA e HOWELL,
2000);
− O tipo de controle proposto dificulta a colaboração entre as equipes de trabalho e,
conseqüentemente, a melhoria do desempenho do projeto. Na maioria das vezes, cada
equipe de trabalho no canteiro de obras visa priorizar seus interesses em detrimento das
necessidades dos outros (KOSKELA e HOWELL, 2000);
Estudo de Caso 1
Estudo de Caso 2
Estudo de Caso 3
características finais que o investimento deve possuir. Enquanto a primeira irá resolver o
planejamento da produção, a outra tem por objetivo alcançar as necessidades do cliente;
1. Descrição Preliminar do
2. Análise
Viabilidade
3. Declaração do Escopo
5. Estrutura Analítica de
9. Planejamento de Médio
13. Controle
6. Conclusão
Foi apresentada neste artigo uma visão geral de um roteiro preliminar para gerenciamento de
projetos utilizando a metodologia proposta pelo PMBOK aliada a alguns conceitos da Lean
Construction.
Do PMBOK todas as áreas de conhecimento serviram para o desenho do roteiro preliminar,
incluindo o gerenciamento do escopo, do prazo, do custo, da qualidade, das aquisições, dos
riscos, das comunicações e dos recursos humanos.
Da Lean Construction foram utilizados conceitos do método de fluxo e de agregação de valor.
Além disso, algumas ferramentas como o Lookahead Planning, o Last Planner e a