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Ponte
Construção com o objetivo de transpor um obstáculo para estabelecer a continuidade de uma via de
qualquer natureza (ferrovia, rodovia, passagem para pedestres)
- Quando o obstáculo não tem água a ponte é chamada de Viaduto.
- Existe ainda um tipo de construção que em determinadas situações, pode ser enquadrado na categoria
de pontes: são as galerias.
a) Com características das pontes
b) Com características diferentes das pontes
Estrutura da ponte
Superestrutura
Lajes (tabuleiro)
Vigas (principais e secundárias)
Mesoestrutura
Pilares
Aparelhos de apoio
Encontros
Infraestrutura
Blocos
Sapatas
Estacas
Tubulões
Características particulares
Ações
Efeito dinâmico das cargas
Envoltória dos esforços
Fadiga dos materiais
Comprimento
Galerias/Bueiros (de 2 a 3 metros)
Pontilhões (de 3 a 10 metros)
Pontes (acima de 10 metros)
Natureza do tráfego
Pontes rodoviárias
Pontes ferroviárias
Pontes para pedestres (Passarelas)
Pontes de canal
Pontes aqueoduto
Pontes aeroviárias
Pontes mistas (rodo-ferroviária)
Desenvolvimento planimétrico (considera a projeção do eixo da ponte em um plano
horizontal – planta)
Retas: ortogonais (quando este ângulo é de 90º) ou esconsas (quando este ângulo é
diferente de 90º)
Curvas
Desenvolvimento altimétrico (considera a projeção do eixo da ponte em um plano
vertical – planta)
Pontes horizontais ou em nível
Pontes em rampa, retilíneas ou curvilíneas (convexo ou côncavo)
Sistema estrutural da superestrutura
Ponte em viga
Ponte em arco
Ponte em pórtico
Ponte pênsil
Pontes estaiada
(Ponte em laje; Ponte em viga reta de alma cheia; Ponte em viga reta de treliça; Ponte em quadro rígido;
Ponte em abóbada; Ponte em arco superior; Ponte pênsil)
Material da superestrutura
Pontes de madeira
Pontes de alvenaria (pedras, tijolos)
Pontes de concreto armado
Pontes de concreto protendido
Pontes de aço
Posição do tabuleiro
Tabuleiro superior
Tabuleiro intermediário
Tabuleiro inferior
Seção transversal
Ponte de laje (maciça, vazada)
Ponte de viga (seção T, seção celular, treliça)
Processo de execução
Os elementos da superestrutura são executados fora do local definitivo (na própria obra, em
canteiro apropriado ou em usina distante) e, a seguir, transportados e colocados sem os pilares.
Esse processo construtivo é muito usual em pontes de concreto protendido, principalmente
quando houver muita repetição de vigas principais. A pré-moldagem da superestrutura, em geral,
não é completa (são pré-moldados quase sempre, apenas os elementos do sistema principal,
vigas principais), o restante da superestrutura deve ser executado “in loco”.
A construção com o emprego de elementos pré-moldados, na sua forma mais comum, consiste
no lançamento de vigas pré-moldadas por meio de dispositivo adequado, seguido da aplicação
de parcela adicional de concreto moldado no local, em fôrmas que se apoiam nas vigas pré-
moldadas, eliminando - ou reduzindo drasticamente - o cimbramento.
ELEMENTOS DE PROJETO
Fundações
- Superficiais (diretas): blocos e sapatas
- Profundas: estacas e tubulões
Pilares
- Pequena altura: maciços ou formados por fustes ligados por vigas transversais
- Grande altura: seção retangular ôca ou em forma de H.
Encontros
- Dimensionados para absorver os grandes esforços horizontais decorrentes de frenagem dos
veículos.
Superestrutura
- Estrado: parte que serve de apoio imediato aos elementos com função viária.
Elementos estruturais: laje do tabuleiro e vigamento
Elementos utilitários: pista de rolamento, passeios, barreiras de proteção, guarda corpo, juntas,
dispositivos de drenagem, dispositivos de iluminação, tubulações para utilidade pública, placas
de transição.
Elementos geométricos
Tramo – parte da superestrutura situada entre dois elementos sucessivos da mesoestrutura. Vão
teórico do tramo – distância medida horizontalmente entre os centros de dois apoios sucessivos.
Altura de construção – distância medida verticalmente entre o ponto mais alto da superfície do
estrado e o ponto mais baixo da superestrutura.
Altura livre – distância medida verticalmente entre o ponto mais baixo da superestrutura e o
ponto mais alto do obstáculo transposto pela ponte.
Esconsidade – quando o eixo longitudinal da ponte não forma um ângulo reto com o eixo
longitudinal do obstáculo transposto.
Gabarito – conjunto de espaços livres que a seção transversal da ponte deve ter para cumprir
sua finalidade.
As estradas federais são divididas em:
- Classe I (7,20m)
- Classe II (6,00m a 7,00m)
- Classe III (6,00m a 7,00m)
Velocidades diretrizes (Km/h) em rodovias federais
Região Classe I Classe II Classe III
Plana 100 80 70
Ondulada 80 70 60
Montanhosa 60 50 40
Raios mínimos de curvatura horizontal (m) em rodovias federais
Região Classe I Classe II Classe III
Plana 345 200 110
Ondulada 210 110 50
Montanhosa 115 50 30
Rampas máximas (%) em rodovias federais
Região Classe I Classe II Classe III
Plana 3 3 3
Ondulada 4,5 5 5
Montanhosa 6 7 7
Declividades transversais:
- estradas não pavimentadas – 3 a 4%
- estradas com pavimento tipo intermediário – 2 a 3%
- estradas com pavimento tipo superior – 1 a 2%
Elementos topográficos
- Planta e perfil do trecho da rodovia onde será construída a ponte em uma extensão que
ultrapasse 1000m para cada lado.
- Planta do terreno onde vai ser implantada a ponte, numa extensão tal que exceda de 50
metros, em cada extremidade, seu comprimento com curva de nível de metro em metro e
contendo a posição do eixo e a esconsidade.
- Perfil ao longo do eixo locado numa extensão que exceda de 50 metros, em cada extremidade,
o comprimento da ponte.
- Quando se tratar de transposição de curso d’água, seção do rio segundo o eixo locado com as
cotas de fundo do rio em pontos distanciados de 5 metros.
Elementos hidrológicos
- Cotas de máxima cheia e estiagem observadas com indicação das épocas, frequência e
período dessas ocorrências.
- Dimensões e medidas físicas suficientes para a solução dos problemas de vazão do curso
d’água sob a ponte e erosão do leito, quais sejam:
- área da bacia hidrográfica a montante da obra até a cabeceira;
- extensão do talvegue desde o eixo da obra até a cabeceira;
- altura média anual das chuvas;
- declividade média do espelho d’água em um trecho próximo da obra, de extensão suficiente
para caracterizá-la, bem como indicações concernentes à permeabilidade do solo, existência na
bacia hidrográfica de vegetações e retenções evaporativas, aspecto das margens, rugosidade e
depressões do leito no local da obra.
- Notícias sobre a mobilidade do leito.
- Se a região for de baixada ou influenciada por marés, a indicação dos níveis máximo e mínimo
das águas, velocidades máximas de fluxo e de refluxo, na superfície, na seção em estudo.
- Informações sobre obras de arte existentes na bacia, com indicações de comprimento, vazão,
tipo de fundação, etc.
- Notícia sobre serviços de regularização, dragagem, retificações ou proteção das margens.
Elementos geotécnicos
- Relatório de prospecção de geologia.
- Relatório de sondagem de reconhecimento do subsolo.
Elementos acessórios
- Informações de caráter tecnológico
- Informações de caráter econômico
- Informações de caráter construtivo